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Curso de Formação em Práticas Interdisciplinares e Investigativas e As Percepções Iniciais de Residentes Pedagógicos em Formação Sobre Interdisciplinaridade e Pesquisa No Ensino
Curso de Formação em Práticas Interdisciplinares e Investigativas e As Percepções Iniciais de Residentes Pedagógicos em Formação Sobre Interdisciplinaridade e Pesquisa No Ensino
Resumo
Apesar da necessidade de investimento em formação interdisciplinar e investigativa de
estudantes de licenciatura há carência dessas discussões. Assim, propôs-se um curso de
formação em práticas interdisciplinares e investigativas para 25 licenciandos em ciências da
natureza que participam do Programa de Residência Pedagógica da Universidade Federal
do Vale do São Francisco (UNIVASF). A proposta do curso e as percepções iniciais de dez
desses participantes sobre interdisciplinaridade e da pesquisa no ensino são apresentadas.
Os dados foram coletados por questionários e analisados por análise de conteúdo. Apesar
de a maioria dos participantes entenderem a interdisciplinaridade como processo de junção
de disciplinas e confundirem a pesquisa no ensino como práticas investigativas realizadas
pelos alunos em sala de aula, eles afirmaram terem visto sobre interdisciplinaridade em seu
curso de licenciatura.
Resumen
Apesar de la necesidad de invertir en la formación interdisciplinaria e investigativa de los estudiantes
de pregrado, faltan estas discusiones. Por lo tanto, se propuso un curso de capacitación en prácticas
interdisciplinarias e investigativas para 25 estudiantes universitarios de ciencias naturales que
participan en el Programa de Residencia Pedagógica de la Universidad Federal de Vale do São
Francisco (UNIVASF). Se presentan la propuesta del curso y las percepciones iniciales de diez de
estos participantes sobre la interdisciplinariedad y la investigación docente. Los datos fueron
recolectados por cuestionarios y analizados por análisis de contenido. Aunque la mayoría de los
participantes entienden la interdisciplinariedad como el proceso de unir las disciplinas y confunden
la investigación en la enseñanza como prácticas de investigación realizadas por los estudiantes en
el aula, dijeron que vieron la interdisciplinariedad en su licenciatura.
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Doutora em Educação em Ciências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora na
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).
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Abstract
Despite the need for investment in interdisciplinary and investigative training of undergraduate
students, these discussions are lacking. Thus, a training course in interdisciplinary and investigative
practices was proposed for 25 undergraduates in natural sciences participating in the Pedagogical
Residence Program of the Federal University of Vale do São Francisco (UNIVASF). The course
proposal and initial perceptions of ten of these participants on interdisciplinarity and teaching
research are presented. Data were collected by questionnaires and analyzed by content analysis.
Although most participants understand interdisciplinarity as the process of bringing disciplines
together and confuse research in teaching as investigative practices conducted by students in the
classroom, they said they saw interdisciplinarity in their undergraduate degree.
Introdução
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estudantes indicaram que ele se constitui por atividades que envolvem mais de uma
disciplina, seis deles trataram o trabalho interdisciplinar como tema central que abarca
outras áreas e um aluno definiu esse trabalho como vivenciar duas coisas em uma. A grande
maioria dos estudantes (n=21) nunca leu texto ou livro sobre interdisciplinaridade, sendo
que os que afirmaram ter lido não o fizeram com autores de base da temática.
Nessa mesma pesquisa de Laurindo e Silva (2018), o pós-teste indicou que, dos 25
estudantes que o responderam, 12 deles afirmaram ter tido alguma experiência
interdisciplinar, o que converge com o observado no pré-teste, considerando que os dois
estudantes que não responderam tenham marcado “não” no pré-teste. Sobre definição de
atividade interdisciplinar, a maioria dos respondentes (n=22) afirmou que atividades
interdisciplinares são aquelas que envolvem várias pessoas e áreas. Sobre se já leram texto
acerca de interdisciplinaridade, nove deles afirmaram que sim, citando autores. Assim,
houve pequeno progresso nas concepções e leituras sobre interdisciplinaridade após a
realização do curso de formação interdisciplinar.
Lopes e Almeida (2019) analisaram limites e possibilidades para adoção da
interdisciplinaridade num curso de licenciatura em ciências naturais da Universidade
Federal da Bahia (UFBA). Os autores coletaram dados por meio de entrevistas
semiestruturadas realizadas com estudantes, professores, coordenadores e um
representante institucional.
Os resultados apresentados por Lopes e Almeida (2019) indicaram que o currículo
do curso investigado possui caráter mais generalista do que interdisciplinar. O pouco
envolvimento de docentes que compõe quadro de professores de outros cursos também
se mostrou como fator dificultador da formação interdisciplinar no curso, além de maioria
dos docentes serem bacharéis e desconhecerem um perfil de curso de licenciatura em
ciências naturais. Entretanto, os licenciandos são vistos como professores interdisciplinares
em potencial.
Além disso, Lopes e Almeida (2019) apontaram que o curso investigado é visto como
desvalorizado pelos participantes do estudo, tendo um mercado de trabalho incerto (maior
preocupação dos estudantes). Também foi apontado o conservadorismo institucional
como aspecto limitante do implementação de práticas inovadoras.
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Caminhos da pesquisa
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O projeto A interdisciplinaridade e a pesquisa no ensino de ciências: relações, limites e Possibilidades, segue
os parâmetros de ética na pesquisa conforme Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNIVASF em 11 de Janeiro de 2019, inscrito no número
CAAEE 03143118.4.0000.5196.
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O curso teve duração de um ano, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020 e pode ser
compreendido a partir do conhecimento das seguintes etapas, expostas no quadro 1.
O objetivo geral do curso foi promover interação entre ações de ensino, pesquisa e
extensão em educação em ciências por meio do desenvolvimento de estudos e de
sequências didáticas interdisciplinares investigativas com licenciandos em ciências da
natureza participantes do núcleo de ciências do programa de residência pedagógica. O
mesmo teve, como objetivos específicos: a) Refletir acerca da interdisciplinaridade no
ensino e suas relações com ensino de ciências; b) Discutir, junto aos demais
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Nº da
Questões
questão
1. O que significa interdisciplinaridade no ensino para você?
Você já desenvolveu ou participou de alguma ação interdisciplinar (seja especificamente durante
2. o curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da UNIVASF/Campus Senhor do Bonfim ou em
outros espaços e momentos de sua vida)? Comente.
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Os dados das respostas dos dez licenciandos foram transcritos e organizados num
quadro, em arquivo de texto e analisados por análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Esse
material foi impresso e foram realizadas diversas leituras, de modo a destacar as principais
informações acerca de categorias de análise elencadas a priori a partir dos conteúdos das
perguntas do questionário. Posteriormente, as informações, organizadas nas categorias
pré-elencadas, foram transcritas e analisadas a luz da literatura selecionada. A seguir são
apresentados resultados e discussões sobre cada categoria de análise encontrada.
Resultados e Discussões
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Categorias Subcategorias
Percepções •
de Junção de duas ou mais disciplinas;
• Disciplinas trabalhando o mesmo conteúdo ou projeto;
interdisciplinaridade
• Comunicação, envolvimento, articulação disciplinar;
Práticas interdisciplinares • Não desenvolveu práticas interdisciplinares
• Acredita ter desenvolvido práticas interdisciplinares
Percepções de pesquisa no • Não explicou;
• Utilização de pesquisa pelos estudantes;
ensino
• Investigação de situações para melhorar ensino.
Práticas de pesquisa no
• O professor como investigador de sua prática;
ensino • Utilização de pesquisa pelos estudantes.
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As identidades dos participantes da pesquisa foram preservadas, assim atribuiu-se identificação por meio do
uso da letra R (representando a palavra Residente) junto a letra entre A e J.
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escolas, que insistem em permanecer com velhas práticas. Ainda em referência a Lopes e
Almeida (2019), a maioria dos representantes institucionais participantes indicou o
conservadorismo institucional e a organização curricular como os maiores entraves à
implementação da interdisciplinaridade no curso de ciências naturais. Assim, diante do
cenário institucional de universidades brasileiras, as práticas interdisciplinares e
investigativas podem ser apontadas como inovadoras, apesar das discussões referentes às
mesmas já datarem de décadas.
A segunda categoria, Práticas interdisciplinares, trouxe informações sobre se os
participantes já se envolveram ou participaram de ações interdisciplinares durante o curso
de licenciatura em ciências da natureza. Dos respondentes, apenas dois afirmaram não ter
tido contato com práticas interdisciplinares.
Oito residentes afirmaram já ter participado de práticas interdisciplinares no
decorrer do curso. Dentre eles, metade (RA, RE, RI, RJ) mencionou que teve contato com
atividade interdisciplinar a partir de participação em atividade envolvendo as disciplinas
Estágio I e Evolução. Nessa proposta, os estudantes elaboraram planos de aula que foram
apresentados a banca composta pelas professoras formadoras das disciplinas Estágio e
Evolução, que avaliaram, respectivamente a metodologia e o conteúdo abordados na
proposta. Não é possível avaliar o caráter interdisciplinar dessa referida atividade apenas
pelos relatos dos estudantes nos questionários. Apesar de a proposta ter sido programada
como ação interdisciplinar, seria preciso avaliar o nível de envolvimento e interrelação das
duas disciplinas e dos docentes envolvidos para a consecução da proposta, além do ganho
geral resultante do trabalho à aprendizagem dos estudantes e, particularmente de cada
disciplina individualmente. De modo geral, a avaliação de aspectos separados do plano de
aula aponta para a divisão de olhares e tarefas, o que ocorre em propostas
multidisciplinares. Entretanto, como referido anteriormente, seria preciso entender o
processo de construção dos planos de aula, as trocas estabelecidas, sobre o quanto cada
disciplina contribuiu ou não para a resolução do problema de produção do plano e como
esses conhecimentos puderam ser articulados.
Outros quatro residentes que afirmaram terem se envolvido em atividades
interdisciplinares mencionaram que participaram de atividades interdisciplinares no curso
em situações distintas, que foram: participação em projeto interdisciplinar de
Revista Cenas Educacionais, Caetité – Bahia - Brasil, v. 2, n. 2, p. 186-213, jul./dez. 2019.
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Do mesmo modo, os demais participantes (RA, RB, RD, RI, RJ), apesar de não terem
demonstrado entender o que seja a pesquisa no ensino, também apontaram que a mesma
é realizada por meio do envolvimento dos estudantes em atividades investigativas, que
promovam a reflexão, a construção do conhecimento, numa conexão teoria-prática.
A despeito de a pesquisa no ensino auxiliar no desenvolvimento de conhecimentos
e habilidades importantes ao exercício da docência (JORDÃO, 2005; AZEVEDO, 2014), é
importante que haja o entendimento de todo processo realizado, inclusive da compreensão
do que seja a pesquisa no ensino. Conforme Jordão (2005), a pesquisa no ensino promove
o processo reflexivo-compreensivo do licenciando no decorrer de seu estágio. É preciso que
esse processo seja consciente para o licenciando, já que envolve a reflexão não somente no
ato de planejar, mas também durante e processo de ensino-aprendizagem e a partir dele.
A quinta categoria, Compreensão da relação entre interdisciplinaridade e pesquisa
no ensino, envolveu o entendimento dos participantes de como a interdisciplinaridade e a
pesquisa no ensino podem estar ligadas. As opiniões dos participantes foram diversificadas,
articulando pesquisa e interdisciplinaridade de diferentes formas.
Para RA, a pesquisa propicia a busca pelo conhecimento, que pode ajudar no
trabalho interdisciplinar, o que também foi apontado pelos estudantes RB, RF, RE e RJ, que
afirmaram que a pesquisa no ensino auxilia na elaboração da proposição de prática
interdisciplinar. Já o estudante RI entendeu que a interdisciplinaridade é que pode auxiliar
no desenvolvimento de pesquisas, já que o trabalho interdisciplinar envolve a articulação
de diferentes áreas do conhecimento e auxilia na contextualização do problema. Também,
os estudantes RC e RH trouxeram a importância de possíveis contribuições tanto da
interdisciplinaridade quanto da pesquisa para a resolução de problemas. Apesar
de RH não ter explicado sobre isso, RC respondeu que “[...] se busca com a
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No caso tratado por Lopes e Almeida (2019) apesar da cultura institucional arcaica e
do currículo do curso de ciências naturais da UFBA não propiciar a interdisciplinaridade, os
licenciandos são considerados professores interdisciplinares em potencial e suas
oportunidades de exercer a integração de saberes depende de ações formativas
complementares, tais como a participação de atividades no âmbito do Programa de
Iniciação à Docência (PIBID). Desse modo, é possível perceber que apesar de dificuldades
curriculares e institucionais, espaços diversos podem ser palco de ações interdisciplinares e
locais formativos, seja no âmbito de projetos, palestras, cursos ou estágio.
Para alguns estudantes (RB, RE, RI, RJ) a organização curricular do curso de
licenciatura em ciências da natureza favorece a interdisciplinaridade, dada a interrelação
entre as disciplinas da matriz curricular. Além disso, os estudantes RG, RI e RJ mencionaram
que professores formadores realizam discussões em classe sobre interdisciplinaridade e
levantam a proposta de trabalhar com essa abordagem. Essas assertivas que favorecem o
curso de licenciatura em ciências da natureza da UNIVASF não ocorrem com o curso de
ciências naturais da UFBA, conforme já mencionado (LOPES; ALMEIDA, 2019).
O estudante RF indicou que professores realizam a interdisciplinaridade quando
fazem referências em suas disciplinas a conteúdos trabalhados em outras disciplinas. O
mesmo estudante apontou que a interdisciplinaridade foi mencionada por uma docente
formadora e que práticas interdisciplinares foram propostas e no âmbito do estágio e da
residência pedagógica. Essa disposição de professores formadores se empenharem
buscando discutir acerca da interdisciplinaridade ou de desenvolver práticas
potencialmente interdisciplinares são positivas no curso de ciências da natureza da
UNIVASF. Na pesquisa de Araújo e Alves (2014) os professores afirmaram não se sentir
confortáveis em ultrapassar sua área disciplinar e os estudantes demonstraram
preocupação com a possibilidade de seus professores formadores não conseguirem agir
interdisciplinarmente. No curso de ciências naturais da UFBA, um pequeno grupo de
docentes de fato pertencem a esse curso, que é considerado desvalorizado na instituição
(LOPES; ALMEIDA, 2019).
Outros dois estudantes pesquisados acreditam que o curso de licenciatura em
ciências da natureza da UNIVASF não trabalha com propostas de interdisciplinaridade e
pesquisa no ensino (RH) ou que o faz de modo insuficiente (RC). Para RH, a
Revista Cenas Educacionais, Caetité – Bahia - Brasil, v. 2, n. 2, p. 186-213, jul./dez. 2019.
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Considerações finais
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