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NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

EM 30 DE SETEMBRO DE 2008

(Valores expressos em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

1 - CONTEXTO OPERACIONAL

1.1 - Objetivo Social

A Companhia Energética de Brasília – CEB é uma sociedade de economia mista de capital


aberto, autorizada pela Lei nº 4.545, de 10 de dezembro de 1964, com sua sede social
localizada na cidade de Brasília, no Distrito Federal, controlada pelo Governo do Distrito
Federal, com objetivo principal de atuar como Holding, conforme reestruturação societária
ocorrida em 12 de janeiro de 2006, por meio da Resolução Autorizativa nº 318 de 14 de
setembro de 2005 – ANEEL, participando de outras sociedades ou de consórcios,
desenvolvendo atividades nos diferentes campos de energia, em quaisquer de suas formas,
sobretudo a elétrica, serviços de telecomunicações, transmissão de dados e prestação de
serviços de consultoria.

1.2 – Compromisso de Subscrição de Ações

a) Em 23 de janeiro de 2006, foi firmado o instrumento particular “Compromisso de


Subscrição de Ações” entre a Companhia Energética de Brasília – CEB e a CEB
Distribuição S.A., com a participação da CEB Lajeado S.A. e do Distrito Federal na
qualidade de Intervenientes Anuentes, estabelecendo que:

i A CEB compromete-se a subscrever e a integralizar, até 31 de dezembro de 2012, prazo


este alterado pela Resolução Autorizativa nº 958, de 12 de junho de 2007 da Agência
Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, número de ações ordinárias nominativas, sem valor
nominal, de emissão da CEB Distribuição S.A., correspondente ao valor histórico total de
R$ 142,7 milhões, atualizado para R$ 175.364 milhões em 30 de setembro de 2008.

A Resolução Autorizativa nº 318, de 14 de setembro de 2005, previa o aporte inicial em


dezembro de 2006. Entretanto, a Resolução Autorizativa nº 958, de 12 de junho de 2007,
alterou o cronograma de aportes, conforme mostrado a seguir:

Anos dos Aportes Valor


Dezembro de 2008 22.741
Dezembro de 2009 30.000
Dezembro de 2010 30.000
Dezembro de 2011 30.000
Dezembro de 2012 30.000
Total 142.741

ii Como garantia do aporte do valor total da subscrição, a CEB constituiu, em favor da CEB
Distribuição S.A., penhor sobre 33.830.000 (trinta e três milhões, oitocentos e trinta mil) ações
ordinárias da CEB Lajeado S.A., de sua propriedade, devendo o valor desta garantia ser
reduzido na proporção em que forem acontecendo as integralizações.

iii A CEB em 30 de maio de 2008 efetuou o repasse a CEB Distribuição S/A de R$


5.000.000,00 (cinco milhões), referente a parte da primeira parcela do “ Compromisso de
Subscrição de Ações”, conforme Resolução de Diretoria nº 028 de 27 de maio de 2008.

1.3 - Participações Em Outras Sociedades


A Companhia Energética de Brasília – CEB possui participações diretas nas seguintes
sociedades:

1.3.1 - Empresas Controladas

a) CEB Distribuição S.A.

A CEB Distribuição S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.710
de 24 de maio de 2001, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando desde 12 de janeiro de 2006, conforme
desverticalização da Companhia Energética de Brasília, na atividade de distribuição de
energia elétrica no Distrito Federal.

b) CEB Geração S.A.

A CEB Geração S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.648 de
26 de dezembro de 2000, constituída como subsidiária integral, concessionária do serviço
público de energia elétrica, atuando na geração de energia elétrica.

c) CEB Participações S.A. – CEBPar

A CEB Participações S.A. – CEBPar é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei
Distrital nº 1.788 de 27 de novembro de 1997, constituída como subsidiária integral,
atuando na compra e venda de participações acionárias ou cotas de outras empresas
energéticas, de telecomunicações e de transmissão de dados, majoritária ou
minoritariamente.
A sociedade também atua na comercialização da energia elétrica, na proporção de sua
cota-parte de 17,5% no Consórcio CEMIG–CEB, produzida pela Usina Hidrelétrica de
Queimado, na condição de produtora independente de energia elétrica.

d) CEB Lajeado S.A.

A CEB Lajeado S.A. é uma sociedade por ações, autorizada pela Lei Distrital nº 2.515 de
31 de dezembro de 1999, controlada pela Companhia Energética de Brasília – CEB, com
59,93% (cinqüenta e nove vírgula noventa e três por cento) das ações ordinárias, e
coligada da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, que detém 40,07%
(quarenta vírgula zero sete por cento) das ações da Companhia.

e) Companhia Brasiliense de Gás – CEBGÁS

A Companhia Brasiliense de Gás – CEBGÁS é uma sociedade de economia mista,


autorizada pela Lei Distrital nº 2.518 de 10 de janeiro de 2001, controlada pela Companhia
Energética de Brasília – CEB, com 51% (cinqüenta e um por cento) das ações ordinárias, e
17% do total das ações.

1.3.2 - Empresas Coligadas e Ligadas

a) Corumbá Concessões S.A.


A Corumbá Concessões S.A. é uma sociedade por ações constituída em 06 de dezembro
de 2000, concessionária do serviço público de energia elétrica, atuando na geração de
energia elétrica, na condição de produtora independente de energia elétrica.

b) Energética Corumbá III S.A.

A Energética Corumbá III S.A. é uma sociedade por ações constituída em 25 de julho de
2001, concessionária do serviço público de energia elétrica na condição de produtora
independente de energia elétrica.

c) BSB Energética S.A.

A BSB Energética S.A. é uma sociedade por ações, constituída em 24 de março de 2000,
para construir Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, com potência global máxima
instalada de 200 MW e participar de outros empreendimentos ou sociedades, seja como
acionista ou quotista.

2) – APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TRIMESTRAIS

As Informações trimestrais foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade


com as disposições da Lei das Sociedades por Ações, de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, conjugadas com a legislação específica da Aneel e regulamentações da
Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

As informações trimestrais foram elaboradas em conformidade com os princípios, métodos e


critérios contábeis uniformes em relação àqueles adotados em 31 de dezembro de 2007.

Alteração na Lei das Sociedades por Ações

Em 28 de dezembro de 2007 foi promulgada a Lei nº. 11.638/07, que alterou, revogou e
introduziu novos dispositivos à Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76), quanto à
divulgação e preparação de demonstrações contábeis, que vieram a modificar, entre outros
aspectos, o critério de reconhecimento e valorização de ativos e passivos. Estas mudanças de
práticas contábeis entraram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2008.

Algumas das principais alterações ou novos procedimentos constantes da Lei, com vigência a
partir de 2008, que poderão impactar as Demonstrações Contábeis da Companhia dos
próximos exercícios estão resumidas a seguir:

• Inclusão da Demonstração do Valor Adicionado – DVA no conjunto das demonstrações


financeiras elaboradas, divulgadas e que devem ser aprovadas pela assembléia geral
ordinária – AGO;
• Criação de dois novos subgrupos de contas: o Intangível, no ativo permanente e os
Ajustes de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido;

• Introdução do conceito de Ajuste a Valor Presente para as operações ativas e passivas de


longo prazo e para as relevantes de curto prazo, ainda pendente de regulamentação
específica pela CVM;

Conforme comunicado ao mercado, a CVM pretende concluir, ainda em 2008, o seu processo
normativo para os dispositivos da lei societária que foram alterados e que necessitem de
regulação, e reverá todos os seus atos normativos que tratam de matéria contábil, a fim de
verificar e eliminar possíveis divergências em relação às alterações específicas produzidas
pela nova lei.

Conforme Instrução CVM n° 469 de 02 de maio de 2008, a Administração da Companhia e de


suas controladas, em função de adaptação de seus sistemas operacionais, ainda não
efetuaram avaliação dos possíveis impactos da nova Lei, caso as alterações previstas
tivessem ocorrido até o 3º trimestre de 2008. Assim, não foi possível estimar os impactos no
Patrimônio líquido e no Resultado do exercício.

3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS – Controladora e Controladas

3.1 - Ativos e Passivos Circulantes e Não Circulantes e Apuração do Resultado

O regime contábil é o de competência e a classificação em circulante e não circulante


obedece à Deliberação CVM nº 488/2005, estando os bens e os direitos demonstrados pelos
valores de realização e as obrigações por valores conhecidos ou calculáveis, incluídos os
rendimentos, encargos e variações monetárias incorridos até a data do balanço.

3.2 – Tributos e Contribuições Sociais Compensáveis

Representados pelos saldos de créditos de tributos pagos com característica de recuperação


ou compensação com tributos a recolher.

3.3 - Serviços Prestados a Terceiros

Estão representados pelo saldo dos créditos a receber do Governo do Distrito Federal,
referentes aos serviços de construção e de manutenção da rede de iluminação pública do
Distrito Federal.

3.4 - Estoques
Os estoques são registrados pelo custo médio de aquisição, não excedendo os seus custos
de reposição ou valores de realização; e, são destinados à aplicação na construção e na
manutenção da rede de iluminação pública do Distrito Federal.

3.5 - Imobilizado

Esses ativos estão registrados ao custo de aquisição, a depreciação é calculada pelo método
linear, a taxas anuais variáveis de 2% a 20%.

3.6 - Investimentos

As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo


método da equivalência patrimonial e os outros investimentos estão registrados pelo custo de
aquisição. As práticas contábeis adotadas pelas empresas controladas e coligadas estão
consistentes com aquelas aplicadas pela Companhia Energética de Brasília – CEB.

4 - INVESTIMENTOS
Principais informações sobre as Empresas Controladas e Coligadas em 2008
Participação da Patrimônio
Quantidade de Capital Social Resultado
Empresas CEB no Capital Líquido
ações da CEB Integralizado Líquido
Social (a)
CEB Distribuição S.A. 48.406.369 100% 48.406 15.756 38.306

CEB Geração S.A. 7.575.212 100% 7.575 7.042 (781)

CEB Participações S.A. – CEBPar 41.565.555 100% 41.566 46.022 4.296

CEB Lajeado S.A. 82.013.911 59,93% 145.656 317.921 13.880

Companhia Brasiliense de Gás –


30.600 17% 3.171 2.759 (399)
CEBGAS (b)

Corumbá Concessões S.A. 256.009.911 36,95% 375.453 389.962 6.518

Energética Corumbá III S.A. (c) 21.491.379 37,5% 53.647 53.647 –


(a) Inclui Adiantamentos para Futuro Aumento de Capital – AFAC.
(b) A CEB detém 51% das ações ordinárias.
(c) Empresa em fase pré-operacional.

Informações Sobre os Investimentos em Participações Societárias


30.09.2008 30.06.2008
Descrição (R$ Mil) (R$ Mil)
Investimento AFAC* Total Investimento AFAC* Total
Participações Societárias Permanentes
Empresas Controladas
CEB Distribuição S.A. 15.756 5.000 20.756 11.704 5.000 16.704
CEB Geração S.A. 7.042 - 7.042 6.949 - 6.949
CEB Participações S.A. – CEBPar 46.022 - 46.022 44.104 - 44.104
CEB Lajeado S.A. 101.455 - 101.455 97.458 - 97.458
Companhia Brasiliense de Gás – CEBGAS 469 - 469 473 - 473
Subtotal 170.744 5.000 175.744 160.688 5.000 165.688
Empresas Coligadas e Ligadas
Corumbá Concessões S.A. 145.274 - 145.274 143.556 3.232 146.788
Energética Corumbá III S.A. 21.679 - 21.679 21.679 - 21.679
BSB Energética S.A. 176 836 1.012 176 765 941
Subtotal 167.129 836 167.965 165.411 3.997 169.408
Total de Ligadas, Coligadas e Controladas 337.873 343.709 326.099 8.997 335.096
Imóveis Destinados a Renda 1.442 - 1.442 1.442 - 1.442
Outros 287 - 287 747 - 747
Total Geral 339.602 5.836 345.438 328.288 8.997 337.285
* Adiantamentos para Futuros Aumentos de Capital

5 – Empréstimos, Financiamentos e Encargos

As obrigações são atualizadas pela variação monetária e pelos juros incorridos de acordo com
os termos dos contratos.

Controladora
Encargos
Entidades 30.09.08 30.06.08
Juros de 5% a 8% a.a. acrescidos de 1% a 2% de
0
Eletrobrás 668 taxa de administração
CEF 8.333 10.000 CDI + 1,45% ao ano.
Total do Circulante 8.333 10.668
Total do Não Circulante 0 833

6- CONTROLADAS E COLIGADAS

O saldo de R$ 119 mil, relativos à CEB Distribuição, refere-se a arrecadação de faturas de


energia elétrica creditadas indevidamente em contas bancárias da Companhia, a serem
transferidos para a CEB Distribuição S/A.

7 - CAPITAL SOCIAL

O Capital autorizado é de R$ 368.724, conforme art. 7º do Estatuto da Companhia, e o Capital


Social subscrito e integralizado é de R$ 342.056 em 30 de setembro de 2008.
As ações são escriturais e sem valor nominal, sendo que as ações preferenciais de ambas as
classes não têm direito a voto.
A composição do Capital Social subscrito e integralizado por classe de ações e principais
acionistas é a seguinte:
Classe de Ações Quantidade de Ações
Ações Ordinárias Nominativas 4.576.432
Ações Preferenciais Classe "A" 1.313.002
Ações Preferenciais Nominativas classe "B" 3.294.024
Total 9.183.458
Fonte: Relações com Investidores da Companhia Energética de Brasília
Acionistas Quantidade de %
Ações Ordinárias
Governo do Distrito Federal – GDF 4.085.364 89,27
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP 150.473 3,29
REGIUS – Sociedade Civil de Previdência Privada 97.380 2,12
BRADESCO Capitalização S.A. 57.740 1,26
Bransfield LLC 20.670 0,46
Fundo de Investimento de Ações – Dividendos Canoi 15.900 0,35
Outros 148.905 3,25
Total 4.576.432 100,00
Fonte: Relações com Investidores da Companhia Energética de Brasília

8 - INSTRUMENTOS FINANCEIROS

A atividade da Companhia tem como objetivo principal atuar como holding, participando de
outras sociedades ou de consórcios, desenvolvendo atividades nos diferentes campos de
energia, em quaisquer de suas formas, sobretudo a elétrica, serviços de telecomunicações,
transmissão de dados e prestação de serviços de consultoria.
A Companhia possuí instrumentos financeiros representados por empréstimos junto à
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – ELETROBRÁS, destinados ao financiamento de projetos
no âmbito do Programa Nacional de Iluminação Pública – ReLuz e junto a instituição
financeira para financiamento de capital de giro necessário à manutenção de suas atividades
operacionais, conforme divulgado na nota 5.
O valor desses instrumentos reconhecidos aproxima-se do valor de mercado, mediante
comparação de taxas de juros contratuais com taxas de juros prevalecentes no mercado em
operações similares na mesma data.
Não tem sido política da Companhia operar com instrumentos financeiros derivativos e hedge
com a finalidade de proteger-se dos riscos de perdas com flutuações nas taxas de juros.

Brasília, 30 de setembro de 2008.

JOSÉ JORGE DE VASCONCELOS LIMA FERNANDO OLIVEIRA FONSECA


Diretor-Geral Diretor

HAROALDO BRASIL DE CARVALHO ELIAS BRITO JÚNIOR


Diretor Diretor de Relações com Investidores
VALDAIR TAVARES DA FONSECA
Contador
CRC-DF 8269/0

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