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De acordo com a proposta apresentada decidi optar por escolas cujas realidades conheço,
porque já lá trabalhei ou porque se situam na minha área de residência. Decidi incluir a avaliação do
meu próprio agrupamento, pois ainda não tinha feito uma análise a este nível dos documentos que
dizem respeito à minha actual realidade enquanto Professora Bibliotecária. As escolas seleccionadas
foram:
Para a elaboração da tarefa (o quadro) procurei ter sempre em mente o tipo de informação
resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes Domínios/Sub-domínios e respectivos
Indicadores, bem como os Campos de análise e Tópicos descritores estabelecidos pela IGE, tal como
solicitado.
Como forma de orientação e para não me desviar do assunto pedido, decidi fazer primeiro
uma síntese dos tópicos a ter em consideração na análise dos três relatórios que escolhi:
Como é facilmente observável, pelo quadro acima, a referência às Bibliotecas e ao seu contributo para a mudança na vida da escola e nas
aprendizagens ainda não é uma constante dos relatórios da IGE, ou então a prática das nossas bibliotecas não é interiorizada pelos docentes e pelas
direcções das escolas, nem considerada como unidade de referência a ter em conta aquando da recolha de evidências a apresentar para a avaliação interna e
externa.
Continua a verificar-se que as referências feitas à Biblioteca, pela IGE, são isoladas e não articuladas com todas as outras estruturas pedagógicas da
escola/agrupamento e respectivos documentos estruturantes.
No caso do meu agrupamento fiquei surpreendida por não corresponder à realidade. A Direcção apoia fortemente as dinâmicas da Biblioteca e os
seus professores bibliotecários. Os documentos produzidos são discutidos em conselho pedagógico assim como a problemática da avaliação. A coordenadora
já aplica o modelo de auto-avaliação há 3 anos (uma das 100 escolas piloto). A biblioteca é muito utilizada pelos professores e alunos quer nos tempos livres
que em situação de trabalho. A sua forma de organização e de funcionamento já serviu de referência a várias escolas aquando da sua entrada para a RBE.
Penso que o contraditório apresentado se deve ao facto de haver algumas incoerências e por não traduzir com exactidão o trabalho desenvolvido nos
vários sectores/departamentos da escola/agrupamento. Todos os documentos do agrupamento referem a biblioteca e a sua missão como recurso
importante no desenvolvimento das aprendizagens.
Nos três relatórios por mim analisados constatei que é omissa a referência à Biblioteca nos domínios 1 e 5.
A Biblioteca nunca é referida em termos de processos e de impactos no favorecimento do currículo e das aprendizagens dos alunos. Só é feita
referência à sua existência e/ou aos seus equipamentos.
No caso da minha escola não estranhei tanto a omissão do relatório da IGE, pois estava a começar a ser implementado o modelo de auto-avaliação
das BE não havendo ainda evidências recolhidas para os domínios a avaliar propostos pelo modelo de avaliação apresentado pela RBE. Contudo estranho que
tal ausência de referências se mantenha no relatório de 2009 analisado.
Assim, posso concluir que ou a Biblioteca não tem um papel importante nas escolas, ou ainda não é possível medir o impacto da sua actuação.
A FORMANDA
Dezembro 2010