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COORDENAÇÃO‐GERAL DA POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO 

 
 
 
 
 

RECOMENDAÇÕES PARA O 

PLANEJAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO  

DAS AÇÕES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NAS 

SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
Brasília 
2010 
APRESENTAÇÃO  INTRODUÇÃO 
   
   
O  planejamento  é  fundamental  na  gestão  do  Sistema  Único  de  Saúde,  tendo  por  Este documento, visa orientar o planejamento das ações de alimentação e nutrição 
objetivo desenvolver ações de forma permanente, articulada, integrada e realizada a  nos municípios que recebem recursos federais para a estruturação e implementação 
partir  do  compromisso  solidário  das  três  esferas  de  gestão.  Existem  várias  das ações de alimentação e nutrição.  
metodologias  para  sua  elaboração,  mas  o  planejamento  deve  ser  sempre  um   
processo participativo e ascendente envolvendo gestores, trabalhadores e usuários.   Desde  2006  o  Ministério  da  Saúde  repassa  recursos  financeiros  para  incentivar  a 
  estruturação e a implementação das ações de Alimentação e Nutrição no âmbito das 
Planejar  é  a  arte  de  elaborar  o  plano  de  um  processo  de  mudança,  definir  Secretarias  Estaduais  e  Municipais  de  Saúde,  com  base  na  Política  Nacional  de 
prioridades,  mobilizar  recursos  e  vontades  em  prol  de  objetivos  conjuntamente  Alimentação  e  Nutrição  cujo  recurso  financeiro  é  transferido  do  fundo  nacional  de 
estabelecidos,  que  oriente  o  cotidiano  das  práticas  de  saúde.  É  um  processo  de  saúde para o fundo municipal de saúde. No ano de 2009 foi publicada a Portaria nº 
analisar  e  entender  um  sistema,  avaliar  suas  capacidades,  formular  suas  metas  e  2.324,  de  6  de  outubro,  que  definiu  o  incentivo  financeiro  para  os  estados  e  
cursos alternativos de ação para atingir essas metas e objetivos, e também definir os  municípios com população igual ou superior a 150mil habitantes. 
instrumentos  de  monitoramente  e  avaliação  da  efetividade  das  ações  e  planos.    
(Mattus)  A  Portaria  nº399/06  divulga  o  Pacto  pela  Saúde  2006  ‐  Consolidação  do  SUS  com 
  seus  três  componentes:  Pactos  Pela  Vida, em  Defesa  do SUS  e de  Gestão  e  aprova 
Portanto, no setor da saúde, o planejamento é o instrumento que permite melhorar  suas  Diretrizes  Operacionais,  além  de  definir  os  instrumentos  básicos  para  o 
o desempenho, aperfeiçoar a produção e elevar a eficácia e eficiência dos sistemas  planejamento no âmbito do SUS: o Plano de Saúde e suas Programações Anuais de 
no desenvolvimento das funções de proteção, promoção, recuperação e reabilitação  Saúde e Relatório Anual de Saúde. 
da saúde.   
  Considerando  as  ações  e  programas  prioritários  elencados  pela  Coordenação‐Geral 
  da Política de Alimentação e Nutrição e os instrumentos legais de planejamento do 
 
  Sistema  Único  de  Saúde,  apresentamos  as  recomendações  para  o  planejamento 
  municipal. 
 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO PÚBLICO   INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO EM SAÚDE  
NORMAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS     
  Nas leis orgânicas da saúde (8.080 e 8.142/90) estão consubstanciados os principais 
O Planejamento e o Orçamento Público compreendem a elaboração e execução de  elementos norteadores para organização do planejamento, destacamos que todo o 
três leis – o plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento  processo deve ser construído com a participação efetiva do conselho de saúde. 
anual  (LOA)  –  que,  em  conjunto,  materializam  o  planejamento  e  a  execução  das   
políticas públicas.  Plano Municipal de Saúde (PS) 
  Deve  apresentar  as  intenções  e  os  resultados  a  serem  buscados  no  período  de 
Plano Plurianual (PPA) estabelece o plano para os próximos quatro anos, sendo que  quatro  anos,  os  quais  são  expressos  em  objetivos,  diretrizes  e  metas.  Define  a 
o poder executivo deve elaborá‐lo até agosto do primeiro ano de governo.  política  de  saúde  no  município  a  partir  das  informações  epidemiológicas, 
  socioeconômicas  e  do  relatório  proveniente  da  conferência  municipal  de  saúde.  O 
Lei  de  Diretrizes  Orçamentárias  (LDO)  orienta  a  elaboração  e  execução  do  Plano de Saúde é a base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e a gestão 
orçamento e serve de orientação da LOA. Até o final de abril de cada ano o executivo  do sistema de saúde. 
apresenta ao Legislativo, que deve devolvê‐la até o fim de junho.   
  Programação Anual de Saúde (PAS) 
Lei Orçamentária Anual (LOA) define detalhadamente o orçamento financeiro para  Operacionaliza  as  intenções  expressas  no  Plano  de  Saúde.  Nela  são  detalhadas  as 
o ano seguinte e deve ser aprovada até o final de setembro. Portanto, os programas  ações,  as  metas  e  os  recursos  financeiros  que  operacionalizam  o  respectivo  Plano, 
e  ações  previstas  na  LOA  terão  vinculação  financeira  prevista  no  orçamento  assim como apresentados os indicadores para a avaliação (a partir dos objetivos, das 
municipal.   diretrizes e das metas do Plano de Saúde e discutidos no conselho de saúde). 
   
Referência Legal  Relatório Anual de Gestão (RAG) 
Constituição Federal – Art.165 e 195.  Apresenta os resultados alcançados, apurados com base no conjunto de indicadores, 
Lei Complementar n. 101/2000.  que  foram  indicados  na  Programação  para  acompanhar  o  cumprimento  das  metas 
  nela fixadas. 
Material de Apoio   
Publicação CONASEMS: Participação Social no SUS: o Olhar da Gestão Municipal.  Referência Legal 
Série Cadernos de Planejamento/MS – Vol. 3  Portaria n. 3.232, de 28 de dezembro de 2006. 
  Portaria n. 3.176, de 24 de dezembro de 2008. 
  Portaria n. 2.751, de 11 de novembro de 2009. 
   
  Material de Apoio  
  Série Cadernos de Planejamento – PlanejaSUS/MS 
   
  Leitura Recomendada 
  O  Plano  como  aposta.  Carlos  Matus.  Tradução  do  texto  de  Carlos  Matus  feita  por 
  Frank Roy Cintra Ferreira. São Paulo em perspectiva. 5 (4): 28‐42 out/dez. 1991. 
PLANEJAMENTO DA ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO   POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
   
No  processo  de  planejamento  das  ações  de  alimentação  e  nutrição  no  âmbito  Objetivo 
municipal,  torna‐se  imprescindível  o  conhecimento  das  principais  políticas  do  Oferecer  um  conjunto  de  ações  de  saúde,  no  âmbito  individual  e  coletivo,  que 
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, 
Ministério  da  Saúde  que  expressam  as  diretrizes  para  organização  da  gestão  e  da 
o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. 
atenção a saúde no Sistema Único de Saúde nas três esferas de gestão.  
 
 
Diretrizes programáticas 
  ‐  Possibilitar  o  acesso  universal  e  contínuo  a  serviços  de  saúde  e  efetivar  a 
POLÍTICA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO  integralidade da assistência a saúde, entre outros. 
   
Objetivo  Referência Legal 
Promover e assegurar o direito humano à alimentação adequada e reduzir os riscos  Portaria nº. 648 de março de 2006. 
relacionados  aos  determinantes  e  condicionantes  da  situação  de  saúde  e  Material de apoio: 
alimentação da população brasileira.   www.saude.gov.br/dab  
   
Diretrizes programáticas   
‐ Ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos;   
‐ Garantia da segurança e qualidade dos alimentos;  POLÍTICA NACIONAL DE PROMOÇÃO DA SAÚDE 
‐ Monitoramento da situação alimentar e nutricional;   
‐ Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis;  Objetivo 
Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados 
‐ Prevenção e controle de distúrbios e doenças nutricionais; 
aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, 
‐ Desenvolvimento de linhas de investigação; 
habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. 
‐ Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. 
 
  Diretrizes programáticas 
Referência Legal  Reconhecer  na  promoção da  saúde  uma parte  fundamental  da  busca  da  equidade, 
Portaria nº. 710 de julho de 1999.  da melhoria da qualidade de vida e de saúde. 
   
Material de apoio:  Referência Legal 
www.nutricao.saude.gov.br   Portaria nº. 687 de março de 2006. 
   
Leitura Recomendada  Material de Apoio 
Arruda  BKG,  Arruda  IKG.  Marcos  referenciais  da  trajetória  das  políticas  de  www.saude.gov.br/promocaodasaude  
alimentação e nutrição no Brasil. Ver.Bras.Saúde Materno Infantil 2007; 7(3): 319‐26.   
   
SISVAN  ‐  MONITORAMENTO  DA  SITUAÇÃO  ALIMENTAR  E  Instrumentos para a operacionalização do SISVAN: 
 
NUTRICIONAL  ‐ Equipamentos antropométricos: balança pediátrica e de plataforma; infantômetro 
  (estadiômetro infantil ou horizontal), estadiômetro vertical e fita métrica; 
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) tem como objetivo principal  ‐  Calculadora,  planilha  ou  disco  para  a  identificação  do  Índice  de  Massa  Corporal 
promover uma informação contínua sobre as condições alimentares e nutricionais da  (IMC); 
população  e  os  fatores  que  as  influenciam.  Constituindo‐se  em  uma  ferramenta  ‐  Declaração  de  nascido  vivo  e/ou  Caderneta  de  Saúde  da  Criança,  Caderneta  de 
epidemiológica bastante utilizada para definir as necessidades de saúde e auxiliar o  Saúde  do  Adolescente,  Caderneta  de  Saúde  do  Idoso,  Caderneta  de  Saúde  de 
Gestantes. 
planejamento dos serviços.  
‐  Gráficos  ou  tabelas  de  crescimento  infantil  e  tabelas  de  valores  de  IMC  para 
 
classificação do estado nutricional do adolescente, segundo sexo; 
Considerando que no país as situações de insegurança nutricional perpassam todas 
‐ Mapa de acompanhamento do SISVAN para crianças, adolescentes, adultos, idosos 
as fases da vida em diferentes magnitudes, recomenda‐se a ampliação da cobertura  e gestantes; 
da vigilância alimentar e nutricional para todos os grupos populacionais. Podem ser 
‐ Planilhas de Tanner para identificação do desenvolvimento puberal do adolescente; 
adotados  critérios,  baseados  no  perfil  epidemiológico  nacional,  para  definir  e 
‐ Gráficos ou tabelas para avaliação do estado nutricional da gestante segundo IMC 
evidenciar os grupos populacionais mais vulneráveis a agravos de nutrição e saúde, 
por semana gestacional; e 
por exemplo: 
‐ Formulário de marcadores do consumo alimentar do SISVAN. 
 • vulnerabilidade etária: abrange crianças menores de dois anos, gestantes e idosos   
com mais de 60 anos;  Além de: 
•  vulnerabilidade  por  morbidade:  abrange  casos  de  indivíduos  com  diagnóstico  co  • Realizar processos de educação permanente em serviço; e  
de  doenças  crônicas  não‐transmissíveis,  com  especial  atenção  para  portadores  de  •  Divulgar  periodicamente  as  informações  provenientes  do  Estado  Nutricional  das 
hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade;  pessoas acompanhadas. 
•  vulnerabilidade  social:  corresponde  aos  beneficiários  de  programas  sociais,  de   
doação de alimentos ou de transferência de renda, como o Programa Bolsa Família,  Referência Legal 
povos e comunidades tradicionais, moradores sem teto, pessoas em situação de rua,  Portaria nº 2.246, de 18 de outubro de 2004. 
acampados e moradores de áreas desprovidas de serviços públicos essenciais.   
  Material de Apoio 
Protocolo do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na Assistência à 
O planejamento referente à implantação ou ampliação do SISVAN no nível municipal 
Saúde. http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php  
abrange  diferentes  estratégias  que  visam  preparar  as  unidades  básicas  de  saúde  e 
 
organizar o fluxo de informações do SISVAN. Uma ferramenta muito importante para 
Leitura Recomendada 
o  monitoramento  alimentar  e  nutricional  do  público  atendido  na  atenção  básica  à  Indicadores de Vigilância Alimentar e Nutricional – Brasil 2006. 
saúde  é  o  SISVAN  Web.  Este  deve  ser  alimentado  regularmente  com  informações  http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php‐ Coutinho, J.G. et al. A organização da 
referentes ao estado nutricional e ao consumo alimentar de indivíduos de todas as  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional  no  Sistema  Único  de  Saúde:  histórico  e  desafios 
fases da vida, de forma a se traçar o perfil alimentar e nutricional da população do  atuais. Rev. Bras. Epidemiologia 2009; 12(4): 688‐99. 
município.    
REDUÇÃO E MONITORAMENTO DO BAIXO PESO  ∙ Fortalecer a implementação do Programa Nacional de Suplementação de Ferro e o 
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A; 
 
A  erradicação  da  pobreza  e  da  fome  está  entre  os  objetivos  consignados  nos  ∙  Apoiar  ações  de  estímulo  ao  aleitamento  materno  exclusivo  até  os  seis  meses  e 
compromissos  estabelecidos  pelos  Estados–Membros  das  Nações  Unidas.  Para   complementar  até  os  2  anos  de  idade,  pelo  menos  e  estimular  e  apoiar  a 
tal,  os  desafios  são:  reduzir  pela  metade,  até  2015,  a  proporção  da  população  que  implantação da Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável; 
vive abaixo da linha da pobreza e a proporção da população que sofre com a fome.  ∙  Monitorar  a  alimentação  e  utilização  do  sistema  informatizado  de  vigilância 
Trabalhar  nessas  metas  exige  programas  de  geração  de  renda,  redução  da  elevada  alimentar  e  nutricional  (SISVAN  Web)  para  o  diagnóstico  nutricional  individual  e 
desigualdade entre ricos e pobres e direito à alimentação saudável para todos.  coletivo. 
   
PACTO PELA VIDA  PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA ‐ PBF 
Entre  as  iniciativas  do  Ministério  da  Saúde,  realizadas  por  intermédio  da  Historicamente  o  Ministério  da  Saúde,  por  intermédio  da  Coordenação‐Geral  da 
Coordenação‐Geral da Política de Alimentação e Nutrição, destacamos a inclusão de  Política  de  Alimentação  e  Nutrição,  apresentou  várias  iniciativas  para  o 
indicadores  na  pactuação  2010  e  2011,  proveniente  do  Pacto  pela  Saúde,  com  o  enfrentamento  e  redução  da  fome  e  desnutrição,  programas  que  estabeleciam, 
objetivo de reduzir e monitorar a prevalência de baixo peso em crianças menores de  desde  a  entrega  de  alimentos  até  a  transferência  de  renda  vinculada  a 
5 anos.  condicionalidades. 
   
Pacto pela Vida e de Gestão – Pactuação 2010 e 20111  O Programa Bolsa Família‐PBF apresenta uma linha de continuidade nesta forma de 
As  prioridades,  objetivos,  metas  e  indicadores  dos  Pactos  pela  Vida  e  de  Gestão  enfrentamento da fome e desnutrição, ele integra a estratégia “Fome Zero”, que tem 
representam o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que  o  objetivo  de  assegurar  o  direito  humano  à  alimentação  adequada,  promovendo  a 
impactam nas condições de saúde da população.  segurança  alimentar  e  nutricional  e  contribuindo  para  a  erradicação  da  extrema 
  pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à 
Indicadores  do  Objetivo  V  ‐  Reduzir  e  monitorar  a  prevalência  de  baixo  peso  em  fome. 
crianças menores de 5 anos.   
Indicador  21  ‐  Percentual  de  crianças  menores  de  cinco  anos  com  baixo  peso  para  Referência Legal 
idade.  Portaria nº 2.669, de 3 de novembro de 2009 – Pactuação 
Indicador  22  –  Percentual  de  famílias  com  perfil  saúde  beneficiárias  do  Programa  Lei 10.836, de 09 de janeiro de 2004 – Bolsa Família 
Bolsa Família acompanhadas pela atenção básica.  Decreto nº 5.209, de 17 de setembro de 2004 – Bolsa Família 
   
Ações estratégicas que podem contribuir para o alcance das metas:  Material de Apoio 
∙  Estimular  que  o  grupo  de  risco  nutricional  seja  priorizado  para  realizar  o  Instrutivo da Pactuação 2010/11: http://portalweb04.saude.gov.br/sispacto/  
acompanhamento  periódico  do  crescimento  e  desenvolvimento,  com  atenção  Dez passos para alimentação saudável 
especial ao público mais vulnerável, como os beneficiários do Programa Bolsa Família  Cadernos de Atenção Básica n. 23 – Nutrição Infantil 
e outras populações em situação de vulnerabilidade econômica, social e de saúde;    
∙  Supervisão  das  equipes  de  Saúde  da  Família  e  discussão  periódica  dos  resultados  Leitura Recomendada 
alcançados;  http://www.ibfan.org.br/  
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/visualizar_texto.cfm?idtxt=30133  
OBESIDADE  ‐  Organizar  a  linha  de  cuidados  ao  indivíduo  portador  da  obesidade,  considerando 
  todos os níveis de atenção, promovendo, desta forma, a integralidade da assistência.  
As  doenças  e  agravos  não  transmissíveis  vêm  aumentando  e,  no  Brasil,  são  a 
‐ Disseminar a cultura da alimentação saudável e seus atributos em consonância com 
principal  causa  de  óbitos  em  adultos,  sendo  a  obesidade  um  dos  fatores  de  maior 
os  princípios  do  Guia  Alimentar  para  crianças  menores  de  dois  anos  e  o  Guia 
risco para o adoecimento neste grupo.  
Alimentar para a População Brasileira; 
 
Diagnóstico Nutricional – Avaliação do Estado Nutricional  ‐  Apoiar  e  fortalecer  o  desenvolvimento  de  ações  que  promovam  e  garantam  a 
  adoção de práticas alimentares mais saudáveis no ambiente escolar; 
A prevenção e o diagnóstico precoce da obesidade são importantes aspectos para a 
promoção da saúde e redução de morbimortalidade, não só por ser um fator de risco  ‐ Incentivar o consumo de frutas e hortaliças, especialmente os alimentos regionais; 
importante para outras doenças, mas também por interferir na qualidade da vida. 
 
 
Referência Legal 
A  Vigilância  Alimentar  e  Nutricional,  por  intermédio  do  SISVAN,  tem  o  objetivo  de 
Portaria nº. 710, de julho de 1999.  
fazer  o  diagnóstico  descritivo  e  analítico  da  situação  alimentar  e  nutricional  da 
Portaria Nº 1.569, de 28 de junho de 2007. 
população do seu município.   
 
 
Material de Apoio 
Organização da Atenção à Saúde 
Protocolo do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN na assistência a 
 
Saúde: http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php  
‐  Identificar  os  principais  determinantes  e  condicionantes  que  contribuem  para 
Caderno de Atenção Básica n. 12‐ Obesidade/MS 
aumento significativo da obesidade; 
Guia Alimentar para a População Brasileira/MS 
‐ Realizar o monitoramento do estado alimentar e nutricional da população por meio  Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos/ MS 
do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN Web, implementado‐o em  Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral nas DCNT: 
todas as unidades básicas de saúde;   http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/volume_8_completo.pdf  
 
‐ Utilizar os dados do monitoramento (SISVAN Web) para o planejamento de ações  Leitura Recomendada 
em âmbito municipal e local;  ‐  Série  Pactos  pela  Saúde:  Diretrizes  e  orientações  para  o  cuidado  integral  nas 
DCNT/MS 
‐ Promover educação permanente dos profissionais de saúde em relação à temática 
‐  Estratégia  Global  para  Promoção  da  Alimentação  Saudável,  Atividade  Física  e 
da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. 
Saúde/OMS 
‐  Organizar  o  processo  de  trabalho  na  atenção  básica,  nas  equipes  da  estratégia  ‐  Gigante,  Denise  et  al.  Prevalência  de  excesso  de  peso  e  obesidade  e  fatores 
saúde  da  família  e  dos  núcleos  de  apoio  à  saúde  da  família  (NASF)  para  realizar  associados, Brasil, 2006. Rev Saúde Pública, v. 43 (Supl 2): p. 83‐89, 2009. 
diagnóstico individual e coletivo, desenvolver os cuidados alimentares e nutricionais   
e promover a alimentação saudável em relação a obesidade;   
 
DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES  Programa Nacional de Suplementação de Ferro 
   
As  ações  do  Ministério  da  Saúde  para  reduzir  a  prevalência  da  deficiência  de  O  Programa  Nacional  de  Suplementação  de  Ferro  consiste  na  suplementação 
micronutrientes  na  população  brasileira  estão  apoiadas  na  suplementação  com  preventiva  com  sulfato  ferroso  para  todas  as  crianças  de  6  meses  a  18  meses  de 
sulfato ferroso e megadoses de vitamina A; fortificação das farinhas de trigo e milho  idade, gestantes a partir da 20ª semana e mulheres até o 3º mês pós‐parto. 
enriquecidas  com  ferro  e  ácido  fólico  e  a  adição  de  iodo  no  sal  para  consumo   
humano e na educação alimentar e nutricional.  Identificação e acompanhamento do público a ser assistido  
   
Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A  Cada município deverá adotar a sua estratégia para a identificação da população que 
  será atendida e rotineiramente acompanhada, podendo ser: 
‐  Por  demanda  espontânea  nas  unidades  de  saúde  (identificação  durante  as 
Para  prevenir  e  controlar  a  deficiência  de  vitamina  A,  o  Ministério  da  Saúde  faz 
consultas regulares do Crescimento e Desenvolvimento infantil e do Pré‐natal); 
aquisição  e  distribuição  de  cápsulas  de  vitamina  A  na  concentração  de  100.000  UI 
‐  Por  busca  ativa,  realizada  através  dos  Agentes  Comunitários  de  Saúde,  Equipe 
para  crianças  de  6  a  11  meses  de  idade  e  na  concentração  de  200.000  UI  para 
Saúde da Família; 
crianças  de  12  a  59  meses  de  idade  e  para  as  puérperas  (mulheres  no  pós‐parto  ‐ Em campanhas de vacinação e em maternidades; 
imediato, antes da alta hospitalar), nos Estados da Região Nordeste e no Estado de  ‐  Por  meio  da  indicação  de  parceiros  que  atuam  na  prevenção  e  controle  dos 
Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha e Vale do Mucuri).  distúrbios  nutricionais  em  nível  local  como,  por  exemplo,  os  líderes  da  Pastoral  da 
  Criança, dentre outras. 
Estratégias para prevenir a deficiência de vitamina A   
‐ Educação nutricional com ênfase na diversificação da dieta e estímulo e aumento  Referência Legal 
do  consumo  de  alimentos  fontes  de  vitamina  A  e  fomento  à  produção  e  cultivo  Portaria n. 730, de 13 de maio de 2005. 
desses alimentos;   
‐ Suplementação com megadoses de vitamina A.  Material de Apoio 
  ‐ Cadernos de Atenção Básica n. 20: Carências de Micronutrientes 
Referência Legal  ‐ Manual Operacional do Programa 
Portaria n. 729, de 13 de maio de 2005.  http://nutricao.saude.gov.br/ferro.php  
   
Material de apoio  Leitura Recomendada 
Vitamina A Mais – Programa Nacional de Suplemetnação de Vitamina A  Informe de Atenção Básica nº 46 
http://nutricao.saude.gov.br/documentos/vita/manual_vita.pdf   http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/informes/psfinfo46.pdf  
Cadernos de Atenção Básica n. 20: Carências de Micronutrientes    
http://nutricao.saude.gov.br/vita.php   Sistema de Gerenciamento dos Programas de Suplementação 
  Com  o  objetivo  de  acompanhar  a  execução  dos  Programas  de  Suplementação  por 
Leitura Recomendada  meio das informações sobre o número de pessoas (crianças, gestantes e mulheres no 
Boletim de Carências Nutricionais  pós‐parto)  que  receberam  quais  e  quantos  suplementos  mês  a  mês,  foi  criado  um 
http://nutricao.saude.gov.br/documentos/boletim_carencias_nutricionais_vita_a.pdf   sistema de gerenciamento para cada programa. 
Para  cadastrar  a  Secretaria  Municipal  de  Saúde,  acesse  a  página  da  CGPAN  http://nutricao.saude.gov.br/iodo.php  
(http://www.saude.gov.br/nutricao) clique em Acesso Restrito e digite em Usuário, o   
número do IBGE do município e em Senha, aquela alfanumérica gerada pela CGPAN  Leitura Recomendada 
(caso  não  possua,  entre  em  contato  com  a  coordenação  estadual).  Clique  em  Boletim de Carências Nutricionais 
“Cadastro da Secretaria Municipal de Saúde”. Informe o CNPJ e clique em “Enviar”.  http://nutricao.saude.gov.br/documentos/boletim_carencias_nutricionais.pdf  
Em seguida, confirme ou altere os dados que aparecerão na tela.   
   
   
Programa  Nacional  de  Controle  dos  Distúrbios  por  Deficiência  de   
Iodo   
   
No Brasil, o Ministério da Saúde preconiza a iodação do sal desde a década de 1950,   
por ser a estratégia mais efetiva, de menor custo e de mais fácil implementação. O   
Programa  Nacional  de  Controle  dos  Distúrbios  por  Deficiência  de  Iodo  (Pró‐Iodo  ),   
coordenado pelo Ministério da Saúde, em parceria com outros órgãos e entidades, é   
uma  das  ações  mais  bem  sucedidas  no  combate  aos  distúrbios  por  deficiência  de   
micronutrientes.  Seu  objetivo  é  promover  a  eliminação  virtual  sustentável  dos   
Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI).   
   
Linhas de ação do PRÓ‐IODO   
   
O Pró‐Iodo apresenta as seguintes linhas de ação:   
I ‐ monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano;   
II ‐ monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população;   
III  ‐  atualização  dos  parâmetros  legais  dos  teores  de  iodo  do  sal  destinado  ao   
consumo humano; e   
IV ‐ implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação   
e mobilização social.   
   
Referência Legal   
Portaria Nº 2.362, de 1º de dezembro de 2005   
 Resolução ‐ RDC Nº 130, de 26 de maio de 2003   
 
Material de Apoio 
 
Manual Técnico e Operacional do Pró‐Iodo   
Cadernos de Atenção Básica n. 20: Carências de Micronutrientes    
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA  A  baixa  oferta  de  ações  de alimentação  e  nutrição  na  rede  de  unidades  básicas  de 
  saúde,  ou  a  sua  baixa  incorporação  na  atuação  das  equipes  de  saúde,  implica  em 
limitar  o  cumprimento  dos  princípios  da  integralidade,  universalidade  e 
Núcleo de Apoio à Saúde da Família‐NASF 
resolubilidade  da  atenção  à  saúde.  Para  superar  esse  desafio,  é  preciso,  além  de 
A  inserção  das  ações  de  Alimentação  e  Nutrição  na  Atenção  básica  favorece  a 
fomentar a inserção das ações de alimentação e nutrição, no âmbito das estratégias 
discussão  e  a  implementação  das  diretrizes  da  Política  Nacional  de  Alimentação  e 
de  atenção  à  saúde,  de  forma  multidisciplinar,  promover  o  apoio  e  a  incorporação 
Nutrição (PNAN), potencializa a prática de promoção da alimentação saudável junto 
qualificada do nutricionista, especialmente na rede básica de saúde (fonte: matriz).  
aos profissionais e a comunidade, situa a alimentação e nutrição na perspectiva do 
Direito  Humano  à  Alimentação  Adequada,  permitindo  uma  visão  ampliada  do 
Processo de trabalho do nutricionista no NASF 
processo  saúde  e  doença,  a  partir  do  processo  de  trabalho  multidisciplinar  e 
‐  Elaboração  do  planejamento,  implementação,  monitoramente  e  avaliação  das 
interdisciplinar. 
ações de alimentação e nutrição no território de cada equipe da saúde da família; 
Eixos Estratégicos   ‐  O  trabalho  remete  à  compreensão  de  uma  tecnologia  de  gestão  denominada  de 
‐ Promoção de práticas alimentares saudáveis, em âmbito individual e coletivo, em  “apoio  matricial”,  que  apresenta  as  dimensões  de  suporte:  assistencial  e  técnico‐
todas as fases do ciclo de vida;  pedagógico, dentre as possibilidades de organização do trabalho, destacamos: 
‐ Contribuição na construção de estratégias para responder às principais demandas  ‐ Formulação de projeto terapêutico singular/discussão de casos;                                              
assistenciais quanto aos distúrbios alimentares, deficiências nutricionais, desnutrição  ‐ Atendimento em conjunto; 
e obesidade;  ‐ Ações programáticas em saúde;  
‐  Desenvolvimento  de  projetos  terapêuticos,  especialmente  nas  doenças  e  agravos  ‐ Visitas domiciliares em conjunto com os profissionais da saúde da família; 
não‐transmissíveis;  ‐ Educação em saúde dos profissionais da saúde da família. 
‐ Realização do diagnóstico alimentar e nutricional da população, com a identificação   
de  áreas  geográficas,  segmentos  sociais  e  grupos  populacionais  de  maior  risco  aos  Referência Legal 
agravos nutricionais, bem como identificação de hábitos alimentares regionais e suas  Portaria nº. 710, de julho de 1999. 
potencialidades para promoção da saúde.  Portaria nº 648, de março de 2006. 
‐  Promoção  da  segurança  alimentar  e  nutricional  fortalecendo  o  papel  do  setor  Portaria nº 154, de janeiro de 2008. 
saúde no sistema de segurança alimentar e nutricional, instituído pela Lei nº 11.346,   
de 15 de setembro de 2006, com vistas ao direito humano à alimentação adequada.  Material de Apoio 
  Cadernos de Atenção Básica 23 ‐ NASF 
Alimentação e Nutrição no NASF  Matriz das Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Primária 
As  ações  de  alimentação  e  nutrição  a  serem  desenvolvidas  pelos  profissionais  dos  Manual de Orientações das Ações de Alimentação e Nutrição no NASF 
Núcleos  de  Apoio  à  Saúde  da  Família  (NASF)  conjuntamente  com  as  Equipes  da  http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php (Matriz e Manual) 
Saúde da Família, orientam‐se pelos princípios da universalidade, da acessibilidade e   
da coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade da atenção, da integralidade,  Leitura Recomendada 
da  responsabilização,  da  humanização,  da  equidade,  da  interdisciplinaridade,  do  CAMPOS,  G.W.S;  Domitti,  A.  Apoio  matricial  e  equipe  de  referência:  uma 
trabalho intersetorial e da participação social.  metodologia para a gestão do trabalho interdisciplinar em saúde Cad. Saúde Pública, 
Rio de Janeiro, 23(2):399‐407, fev, 2007. 
 
ESTRATÉGIA  NACIONAL  PARA  A  ALIMENTAÇÃO  Material de Apoio 
Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável: Caderno do Tutor.  
COMPLEMENTAR SAUDÁVEL ‐ ENPACS 
  Dez Passos para uma Alimentação saudável: Guia Alimentar para Crianças Menores 
A  introdução  de  alimentos  na  dieta  da  criança  após  os  seis  meses  de  idade    deve  de 2 anos.  
complementar  as  numerosas  qualidades  e  funções  do  leite  materno,  que  deve  ser  Cadernos de Atenção Básica n. 23 – Saúde da Criança: Nutrição Infantil 
mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais.  
  Preparações regionais para crianças dos 6 aos 24 meses 
Além de suprir as necessidades nutricionais, a partir dos seis meses a introdução da  Dez Passos para uma Alimentação Saudável: Folder 
alimentação  complementar  aproxima  progressivamente  a  criança  aos  hábitos 
alimentares de quem cuida dela e exige todo um esforço adaptativo a uma nova fase  http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php  
do ciclo de vida, na qual lhe são apresentados novos sabores, cores, aromas, texturas   
e  saberes.  Procura‐se  contemplar  a  formação  de  hábitos  alimentares  saudáveis  Leitura Recomendada 
desde  a  infância,  com  a  introdução  da  alimentação  complementar  em  tempo  Impactos da implementação dos dez passos da alimentação saudável para crianças: 
oportuno e de qualidade, respeitando a identidade cultural e alimentar das diversas  ensaio de campo randomizado. Cadernos de Saúde Pública, 21 (5):1448‐1457; 2005. 
regiões brasileiras.  Metodologias  Ativas  de  ensino‐aprendizagem  na  formação  profissional  em  saúde: 
  debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (Supl 2):2133‐2144, 2008. 
A ENPACS é uma estratégia definida para fortalecer as ações de apoio e promoção à 
Norma  Brasileira  de  Comercialização  de  Alimentos  para  Lactentes  e  Crianças  de 
alimentação complementar saudável no Sistema Único de Saúde. Tem por objetivo 
Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras. 
incentivar  a  orientação  alimentar  como  atividade  de  rotina  nos  serviços  de  saúde. 
Para garantir o alcance e a efetividade da proposta formou‐se um núcleo operacional  Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos 
de  facilitadores  capacitados  pela  Rede  Internacional  em  Defesa  do  Direito  de  http://nutricao.saude.gov.br/publicacoes.php  
Amamentar  ‐  IBFAN  Brasil  e  a  Coordenação‐Geral  da  Política  de  Alimentação  e   
Nutrição  do  Ministério  da  Saúde.  Esse  núcleo  operacional  capacitou  uma  rede  de 
tutores  estaduais,  em  todas  as  unidades  da  federação,  que  são  responsáveis  por 
 
multiplicar as oficinas nas Unidades Básicas de Saúde de seus municípios.    
 
O objetivo da oficina é habilitar tutores em alimentação complementar, por meio da 
 
educação critico‐reflexiva, capacitando‐os para a multiplicação e formação de novos   
tutores  e  para  a  realização  de  oficinas  de  trabalho  em  alimentação  complementar 
nas Unidades de Atenção à Saúde. 
 
   
Para  realizar  a  capacitação  da  ENPACS  em  seu  município,  entre  em  contato  com  a 
sua Coordenação Estadual.     
 
   
 
 
 
INTERSETORIALIDADE   
  Material de Apoio 
A promoção da alimentação saudável e adequada, como componente da qualidade  Caderno de Atenção Básica nº 24 – Saúde na Escola. 
de vida , destaca‐se no âmbito das políticas públicas saudáveis, da governabilidade,  Manual  Operacional  para  profissionais  da  saúde  e  da  educação:  promoção  da 
da  gestão  social  integrada,  da  intersetorialidade,  das  estratégias  dos  municípios  alimentação saudável. 
saudáveis  e  do  desenvolvimento  local.  No  nosso  entendimento,  estes  são   
mecanismos  operacionais  concretos  para  a  implementação  da  estratégia  da   
promoção  da  saúde  e  da  qualidade  de  vida,  com  ênfase  particular  no  contexto  do  SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
nível local. Do ponto de vista conceitual, a intersetorialidade procura superar a visão   
isolada e fragmentada na formulação e implementação de políticas e na organização  Todo  mundo  tem  direito  a  uma  alimentação  saudável,  acessível,  de  qualidade,  em 
do setor saúde. (BUSS, 2000)  quantidade  suficiente  e  de  modo  permanente.  Isso  é  segurança  alimentar  e 
  nutricional. Ela deve ser totalmente baseada em práticas alimentares promotoras da 
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA   saúde,  sem  nunca  comprometer  o  acesso  a  outras  necessidades  essenciais.  Esse  é 
  um  direito  do  brasileiro,  um  direito  de  se  alimentar  devidamente,  respeitando 
O  Programa  Saúde  na  Escola  ‐  PSE  surge  como  uma  política  intersetorial  entre  os  particularidades e características culturais de cada região. 
Ministérios da Saúde e da Educação, na perspectiva da atenção integral (prevenção,   
promoção e atenção) à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público  Espera‐se que o setor saúde seja protagonista na busca pela intersetorialidade, com 
básico, no âmbito das escolas e unidades básicas de saúde, realizadas pelas Equipes  vistas a alavancar as discussões que envolvem a Segurança Alimentar e Nutricional e 
de Saúde da Família. O Programa está organizado em cinco componentes:  o Direito Humano à Alimentação Adequada das populações. 
‐ Avaliação clínica e psicossocial;   
‐ Ações de promoção da saúde e prevenção das doenças e agravos;  Referência Legal 
‐  Educação  permanente  e  capacitação  de  profissionais  da  Educação  e  Saúde  e  de  Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional – LOSAN (Lei n.11.346, de 15 de 
jovens;  setembro de 2006) 
‐ Monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes; e    
‐ Monitoramento e avaliação do Programa.  Material de Apoio 
  http://nutricao.saude.gov.br  
Na prática o PSE aponta que as equipes de Saúde da Família e da Educação Básica  www.presidencia.gov.br/consea  
devem constituir uma estratégia para a integração e a articulação permanente entre   
as  políticas  e  ações  de  educação  e  de  saúde,  com  a  participação  da  comunidade  Leitura Recomendada 
escolar.  BUSS,  Paulo  Marchiori.  Promoção  da  saúde  e  qualidade  de  vida.  Ciênc.  saúde 
  coletiva [online]. 2000, vol.5, n.1, pp. 163‐177. ISSN 1413‐8123.   
Referência Legal  Ação  Brasileira  pela  Nutrição  e  Direitos  Humanos  (ABRANDH).  Direito  Humano  à 
Portaria Interministerial n. 1.010, de 8 de Maio de 2006.  Alimentação  Adequada  no  Contexto  da  Segurança  Alimentar  e  Nutricional.  Brasília, 
Decreto Presidencial nº 8286, de 5 de Dezembro de 2007.  DF: ABRANDH, 2010. 204p. 
Portaria MS Nº 2931, de 4 de Dezembro de 2008. 
Portaria MS nº 3146, de 17 de Dezembro de 2010. 

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