Está en la página 1de 31

N° 18 - Fevereiro 2008

Revista Digital de Podologia


Gratuita - Em Português
re v i s t a p o d o l o g i a . c o m n ° 1 8
Fe v e re iro 2 0 0 8

Diretora c ientífic a
Podologa Márcia Nogueira

Diretor c omerc ial: Sr. Alberto Grillo

C olaboradores desta ediç ão:

Dr. Alberto Quirantes Hernández. Cuba


Dr. Jorge Jiménez Armada.Cuba
Dr. Vladimir Curbelo Serrano.Cuba
Dr. Leonel López Granja.Cuba
Dr. Alberto Quirantes Moreno.Cuba
Podologa Miriam Mesa Rosales.Cuba
Podologa Lafont .França
Podologa Pechin. França
Lic.Virginia Fedrizzi. Brasil.
Podologo Armando Bega. Brasil

Humor
Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 28.

Capa: Capa da Revista Podologia


Argentina nº 14 - Agosto de 1999.

ÍNDICE
Pag.
5 - Terapia fotodinâmica tópica para onicomicoses.
7 - Diabetes Mellitus. Folheto educativo como aporte para a prevenção.
13 - Saltos y remédios.
20 - Fístulas e higromas nos pés.

Mercobeauty Imp e Exp de Produtos de Beleza Ltda.


Tel: #55 19 - 3365-1586 - Campinas - Brasil
www.revistapodologia.com - revista@revistapodologia.com
La Editorial no asume ninguna responsabilidad por el contenido de los avisos publicitarios que integran la presente edición, no solamente por el
texto o expresiones de los mismos, sino también por los resultados que se obtengan en el uso de los productos o servicios publicitados. Las
ideas y/u opiniones vertidas en las colaboraciones firmadas no reflejan necesariamente la opinión de la dirección, que son exclusiva responsabi-
lidad de los autores y que se extiende a cualquier imagen (fotos, gráficos, esquemas, tablas, radiografías, etc.) que de cualquier tipo ilustre las
mismas, aún cuando se indique la fuente de origen. Se prohíbe la reproducción total o parcial del material con tenido en esta revista, salvo
mediante autorización escrita de la Editorial. Todos los derechos reservados.

www.revistapodologia.com 2
www.revistapodologia.com
1º Congresso Brasileiro de Podologia
Domingo 18 e Segunda 19 de Maio de 2008
Palestrantes e palestras

Podologo e Fisioterapeuta Rogério Romeiro Podólogo Carlos Alberto Banegas - Argentina


Rio de Janeiro Tema 1: Onicomicoses.
Tema: Iatrogenia na podologia - Principais causas e con- Como resolver e recuperar o aparelho ungueal contami-
seqüências. nado em casos de unhas dolorosas, grosas e amarelas
Iatrogenia é uma alteração patológica provocada no sem descuidar o componente estético do resultado final.
paciente por diagnóstico ou tratamento de qualquer tipo. Tema 2: Onicocriptoses.
Tratamento podológico não invasivo dos encravamentos
Podologo e Fisioterapeuta Jonas Campos periungueais. Um detalhado passo a passo para um
Rio de Janeiro final exitoso. Trabalho de investigação.
Tema: Ficha de Anamnese. Porque e como fazer ? Vídeo-dissertação mostrando o antes, durante e depois.
A ficha de anamnese funciona como um prontuário para
o podólogo, e a partir dela que se conhece o cliente, suas Podologa Maria Elaine Hagino - Rio de Janeiro
características e se pode acompanhar os procedimentos Tema: Terapias Alternativas na podologia.
realizados. O podólogo deve estar sempre apto para dar alívio,
descanso e completo conforto aos pés de seus pacien-
Dr Ademir Carvalho Leite Junior - São Paulo tes. Apresentação de Terapias Alternativas.
Tema: Manifestações da pele e unhas nos pés de obesos.
Apresentação de diversas manifestações da pele e unhas Dr. Mauro Pena - Rio de Janeiro
encontradas em pacientes obesos e obesos mórbidos. Tema: Dores nos pés: principais causas e tratamentos.
Quais são as principais causas da dor, o que fazemos
Podólogo e Enfermeiro Armando Bega - São Paulo para detectar suas causas e quais são os seus trata-
Tema: Laserterapia em Lesões. mentos.
Este tema aborda o uso do laser terapêutico, 660 nm,
"red laser", desde a historia da laserterapia, até os seus Pdga Aparecida Maria Bombonato - São Paulo
princípios físicos e químicos, bem como os mecanismos Tema: Técnicas e Procedimentos no Aparelho Ungueal.
de ação nas células, tecidos, órgãos e sistemas, sua Abordagem dos vários tipos de lâminas ungueais com
dosimetria, indicações, precauções, contra-indicações e as técnicas de tratamento, causas e procedimentos na
casos clínicos. onicocriptose com e sem granuloma.

Local: Centro de Convenções Sul America - Cidade Nova - Rio de Janeiro - Brasil

www.revistapodologia.com
Terapia Fotodinâmica Tópica para Onicomicoses.
Podologo Armando Bega. Brasil.

A terapia fotodinâmica começou a ser desen-


volvida no início do século XX, quando Raab
corou paramécios (um protozoário que vive na
água) com alaranjado de acridina (corante) e
descobriu que ao se aplicar uma fonte de luz
sobre esses paramécios corados, eles morriam,
podendo deduzir daí que essa junção da luz com
um determinado tipo de corante era capaz de
destruir microrganismos.
Nascia assim a terapia fotodinâmica, cuja sigla
em inglês é PDT - Photodynamic Therapy.

Durante muitas décadas os cientistas estu-


daram vários tipos de corantes e perceberam que
somente alguns apresentam características
especiais de fotossensibilização, ou seja, são
sensibilizados pela luz, mantêm-se estáveis
durante a irradiação luminosa e excitam o LASER de baixa potência (de 30 a 100mW) ou
oxigênio presente na área aplicada, formando um LED vermelho com 1W de potência, que emite
tipo de oxigênio excitado e levando à liberação de fótons na cor vermelha (comprimento de onda de
radicais oxidativos que destroem os microrganis- 660nm).
mos.
As sessões terapêuticas acontecem uma ou
Esses corantes foram chamados de fotossensi- duas vezes por semana e se repetem até o cresci-
bilizadores e passaram a ser usados para a mento da unha sadia, que varia de acordo com o
obtenção de efeitos terapêuticos. tempo de crescimento da unha de cada pessoa.
Estudos em meados do século XX demon- As vantagens dessa terapia são as seguintes:
straram que a aplicação de fotossensibilizadores não apresenta toxicidade; não necessita de trata-
em tumores e a posterior irradiação de Laser ter- mento combinado, a não ser que, a critério médi-
apêutico (soft Laser) fazia diminuir e, até co, seja prescrito um medicamento tópico ou
mesmo, desaparecer as células neoplásicas. sistêmico e não apresenta efeitos adversos.
Foi no final da década da década de 1990 que Muitos casos têm recebido esses cuidados e
a PDT chegou ao Brasil e começou a ser usada têm apresentado ótimos resultados, ainda não se
no tratamento de tumores, pela equipe do Dr. sabe se todos os tipos de fungos são sensíveis a
Guilherme Cestari Filho, do Hospital Amaral essa terapêutica e recomenda-se o acompan-
Carvalho, de Jaú, e da Dra. Cacilda da Silva hamento multidisciplinar, médico e podólogo,
Sousa, do HC da USP de Ribeirão Preto .

Em estudo recente realizado pela Faculdade de


Medicina do ABC, em Santo André, estado de
São Paulo , aplicou-se a PDT em paciente com
Sarcoma de Kaposi e onicomise, conseguindo-se
o desaparecimento das lesões do sarcoma, bem
como a negativação da onicomicose em todas as
unhas.

Na Podologia a PDT é utilizada, até o momen-


to, na terapia de onicomicoses, apresentando
excelentes resultados.
O procedimento é simples e consiste em
limpeza da unha e aplicação tópica de um foto-
ssensibilizador combinado com a aplicação de
www.revistapodologia.com 5
para a realização de diagnóstico diferencial de
outras doenças da unha, com realização de Bibliografia
exames micológico direto e de cultura de fungos. Fotos: Armando Bega, Consultório.
1- SILVA, A.R. Análise das propriedades fotossensi-
bilzantes do In (III)-mesotetrafenilporfirina para uso em
terapia fotodinâmica; Tese de Mestrado, Instituto de
Podologo Armando Bega Química, Universidade Estadual de Campinas, 2003. In:
Coordenador do Curso de Graduação Tecnológica http://biq.iqm.unicamp.br/arquivos/teses/vtls0002940
em Podologia 16.pdf
Universidade Anhembi Morumbi 2- TARDIVO, J.P.; et. Al. Revista da Soc. Bras de
Técnico em Podologia, Enfermeiro. Laser - vol. 14, n.1/2006
armando.bega@uol.com.br

www.revistapodologia.com 6
Diabetes Mellitus.
Folheto Educativo como Aporte para a Prevenção.
Autores:
Dr. Alberto Quirantes Hernández * - Dr. Jorge Jiménez Armada **
Dr. Vladimir Curbelo Serrano ** - Dr. Leonel López Granja ***
Dr. Alberto Quirantes Moreno **** - Tec. Miriam Mesa Rosales *****

* Especialista de Segundo Grado en Endocrinología Jefe del Servicio de Endocrinología


** Especialista de Segundo Grado en Medicina Interna
*** Especialista de Primer Grado en Medicina Interna
**** Residente de Segundo Año en Endocrinología - Hosp. "Hermanos. Amejeiras"
***** ATD en Podología. Profesora de Área Práctica

Hospital Docente Clínico-quirúrgico "Dr. Salvador Allende"


Municipio Cerro - Ciudad de la Habana - Cuba.

Resumo tir ao menos duas pessoas vinculadas ao


paciente por rações de parentesco e convivência,
Considerando que a educação diabetologica é a se pode pensar que em nosso país tem mais de
base fundamental para prever nos pacientes dia- um milhão de pessoas relacionadas com a dia-
béticos as complicações, a mortalidade e os cus- betes mellitus, direta ou indiretamente, em uma
tos que puderam derivar-se dessa doença, decidi- população de 11,257,105 habitantes.
mos tomar de uma investigação ramal oficial do
Ministério da Saúde Publica o código de conduta A diabetes mellitus é em muitos paises o prin-
para os pacientes diabéticos desenvolvidos pelos cipal problema de saúde e esta alcançando pro-
autores dessa investigação e imprimi-la em um porções epidêmicas (1). A Organização Mundial
folder, veiculo idôneo por seu baixo custo e a da Saúde ressalta a importância de esses
facilidade de sua distribuição, para que fosse dis- doentes logrem um maior grau de autocuidado e
tribuído de forma massiva entre os diabéticos de de qualidade de vida (2).
todos os níveis de saúde como ferramenta educa-
tiva. O objetivo deste trabalho e desenhar um folder
educativo, sumamente fácil e econômico, com
Este código de conduta foi chamado ''As 7 leis um conteúdo de elevado nível cientifico e
do Êxito do Paciente Diabético'' e constitui uma pedagógico, que permite a educação diabetolog-
mensagem compacta e fácil que ao repeti-lo com ica integral do paciente, dos seus familiares e do
freqüência se converte no reforço constante pessoal da saúde relacionado com a doença,
dessa plataforma educativa que exorta aos dia- para diminuir a mortalidade, as complicações,
béticos, de forma razoável e bem argumentada, muitas delas graves e mortais, e os custos na
a que atuem de determinado modo para eliminar diabetes mellitus.
da maneira mais completa possível os fatores de
risco que favorecem a aparição das compli- Material e método
cações, muitas delas graves e mortais, derivadas
de sua doença, tendo em conta, ademais, que Se desenho um folder educativo com ''As 7 Leis
apóia de forma importante a educação popular do Êxito do Paciente Diabético'', um completo
diabetologica desses pacientes e de seus famil- código de conduta para lograr um ótimo controle
iares. Outros paises também se podem benefi- destes doentes, exposto em um programa desen-
ciar deste folder já que tem a vantagem de sua volvido e proposto para sua generalização pelo
fácil distribuição através do formato digital. Grupo de Expertos do Programa Ramal de Saúde
''Qualidade de Vida'' do Ministério da Saúde
Introdução Publica No seu Trabalho de Fechamento de pro-
jetos ramais (3,4,5).
Ao finalizar o ano 2005, segundo dados oficiais
do Ministério da Saúde Publica, existiam em Parta o desenho do folder foi utilizado um com-
Cuba 356,850 diabéticos. putador Pentium IV com programa Word XP, com
pagina horizontal de 8 por 11 polegadas e a fer-
Se por cada diabético conhecido pude-se exis- ramenta colunas. *
www.revistapodologia.com 7
Resultados massiva ao conter um material educativo de ele-
vado valor cientifico e pedagógico validado na
Se adjunta o folder educativo para a diabetes investigação sobre como elevar a qualidade da
mellitus com ''As 7 Leis do Êxito do Paciente vida do diabético que se realizou durante quatro
Diabético'' e a forma em que se deve dobrar para anos em uma comunidade de mais de 130,000
sua entrega. ** habitantes e cuja base fundamental consistiu em
instruir aos diabéticos estudados no cumprimen-
Discussão to de ''As 7 Leis do Êxito do Paciente Diabético''
(3,4,5).
''As 7 Leis do Êxito do paciente Diabético'' con-
stitui uma mensagem compacta e fácil que, ao Com uma sólida base cientifica este folder,
repeti-lo com freqüência, se converte no reforço voltado em código unificador de ações de pre-
constante dessa ferramenta educativa que exorta venção na população diabética, é uma valiosa
aos diabéticos, de forma razoável e bem argu- ferramenta que também serve de orientação ao
mentada, a que atuem de determinado modo pessoal da saúde tanto em contatos individuais
para eliminar da maneira mais completa possív- como para guiar reuniões de treinamento de
el os fatores de risco que favorecem a aparição pacientes diabéticos e de seus familiares e se
das complicações derivadas dessa doença. converte a sua vez em um guia de auto-controle
desses doentes que lhes permite empenhar-se
Tal como se expressa na Primeira Lei, a edu- em alcançar o cumprimento das úteis orien-
cação diabetologica e de vital importância para o tações propostas, que de forma notável elevaria
diabético possa manter um controle adequado a qualidade da vida do paciente diabético.
de sua doença. Com esta educação, que se incre-
menta com a assistência sistemática a consulta Conclusões
medica, tal como o dize a Segunda Lei, se con-
segue o cumprimento das restantes (6,7). A educação diabetologica do paciente diabético
é a arma fundamental para aumentar a quali-
Em relação à Terceira Lei que orienta sobre a dade da vida desses doentes. Com isto em mente
necessidade da assistência mensal a consulta de decidimos confeccionar um material educativo
podologia com o fim de prever o chamado ''pe proveniente de uma investigação cientifica já val-
diabético'' e as subseqüentes amputações, aqui idada e de comprovada efetividade, ''As 7 Leis do
se podem tomar medidas oportunas na pre- Êxito do Paciente Diabético'', código unificador
venção dessa complicação e reforçar a educação de ações de prevenção na diabetes mellitus, e
diabetologica do paciente 8. imprimi-lo em formato folder, plataforma de fácil
O diabético é mais suscetível de padecer lesões distribuição e muito baixo custo que contribui a
gengivais e dentarias e na Quarta Lei se enfatiza melhora da qualidade de vida destes doentes e
a necessidade da visita mensal ao estomatólogo diminuir a mortalidade, as complicações e os
com a explicação correspondente 9. custos dessa doença em qualquer pais do
A Quinta e Sexta Lei assinalam a importância mundo.
de manter um peso adequado e de evitar o
sedentarismo. Com o cumprimento dessas leis Impressão e dobrado do folheto
se controla e se prevê a diabetes e suas compli-
cações (10,11,12,13). * Para a montagem da revista teve que fazer
modificações do trabalho original e o formato de
A Sétima Lei proíbe nos diabéticos o alcoolis- impressão das paginas 10 e 11 é A4.
mo, o tabaquismo e a drogadição, pois tais
adições se apresentam com um risco incremen- ** Explicação de como dobrar o folheto.
tado nos pacientes diabéticos e com facilidade Imprimir as paginas 10 e 11 em A4 frente e
provocam estados de consciência alterados e verso.
graves deficiências econômicas que impedem
apresentar a atenção necessária ao controle da Atrás da Sexta Lei devera ficar impressa a
doença, favorecendo a aparição de complicações Quinta lei.
vasculares ao facilitar a vaso-constrição e a Logo depois de imprimir as duas caras da
aparição de severas e as vezes fatais hiper- folha, com a parte da Segunda à Quinta lei de
glicemias alcoólicas (14,15,16,17). frente, dobrar as partse de Segunda e Quinta lei
para dentro, ficando a nossa vista a Primeira e a
Este folheto educativo é uma forma econômica, Sexta lei, dobrar novamente ao meio, assim
simples, de fácil divulgação nacional e interna- ficara como primeira pagina a parte onde esta o
cional que parte da orientação diabetologica texto Folheto Educativo.
www.revistapodologia.com 8
FOLDER EDUCATIVO
Sexta Lei Sétima Lei Primeira Lei
AS 7 LEIS DO ÊXITO
EDUCAÇÃO
A LEI DO NÃO: DO PACIENTE DIABÉTICO
PRATICAR DIABETOLOGICA
- NÃO TABAQUISMO
SISTEMATICAMENTE Por: PARA O PACIENTE
- NÃO ALCOOLISMO Dr. Alberto Quirantes
ATIVIDADES FÍSICAS E SEUS FAMILIARES
- NÃO DROGADIÇÃO Hernández
DE ACORDO COM
Na diabetes mellitus Dr. Leonel López Granja A educação diabetologi-
A IDADE E COM ca e uma arma preciosa
O ESTADO a pratica de qualquer Dr. Vladimir Curbelo Serrano
no arsenal terapêutico do
DE SAÚDE. deses estados aditivos Dr. Jorge Jiménez Armada
paciente diabético e por
adquire uma dimensão Dr. Alberto Quirantes
isso a colocamos em
A atividade física e uma nociva agigantada já que Moreno primeiro lugar.
forma de manter baixo se produz um abandono no Pod. Miriam Mesa Rosales O paciente educado no
controle as cifras da cuidado desta doença ao Hospital docente que significa sua doença,
glicemia ao aumentar provocar-se estados de "Dr. Salvador Allende" dará aos diferentes níveis
o consumo de açúcar consciência alterados Municipio Cerro de saúde em que será
pelos músculos. assim como uma afetação Cidade de Habana - Cuba atendido uma valiosíssima
na economia pessoal e cooperação que se
A atividade física E uma mensagem
familiar. Se afeta reverterá em que sua
qualquer que seja sua compacta e simples, que
notavelmente a circulação saúde se mantenha em
intensidade, ao repeti-lo com freqüência,
sanguínea com o uso do condições ótimas.
facilita o gasto de energia se convertera no reforço Ademais de que
tabaco ou da cocaína e seus
e, por tanto ajuda a constante dessa conhecerá de maneira
derivados. Favorecem-se as
dieta na redução do peso. infecções inoculadas com o ferramenta educativa que perfeita como afrontar as
O exercício físico uso freqüente e inapropriado exorta aos diabéticos, de diferentes contingências
também estimula a de injeções endovenosas forma razoável e bem que se lhes podem apre-
formação e inibe a como é o caso da heroína rgumentada, a que atuem sentar no curso de sua
perda do osso. que também traumatizariam de determinado modo para vida ainda quando não
O exercício físico repetidamente as valiosas eliminar, da maneira mais tenham um medico a seu
realizado regularmente veias do d,iabético e se completa possível, os lado. Uma família
também produz uma fatores de risco que conhecedora do que é a
provocaria as vezes com
maior sensação de favorecem a aparição das diabetes será manancial
resultados fatais, as
bem estar geral. complicações, muitas delas inesgotável de
hiperglicemias alcoólicas.
graves e mortais, derivadas compreensão na vida
CENDA Reg.No. 2201-2007 desta doença. desses doentes.
Segunda Lei Terceira Lei Quarta Lei Quinta Lei

ASSISTÊNCIA ASSISTÊNCIA MENSAL ASSISTÊNCIA ALCANÇAR E/OU MAN-


TRIMESTRAL A CONSULTA DE SEMESTRAL A TER
A CONSULTA MEDICA PODOLOGIA CONSULTA DE O PESO IDEAL SEGUIN-
DE CONTROLE ESTOMATOLOGIA DO
A principal causa de A DIETA INDICADA
Aqui se identifica ingresso ao hospital do A visita ao estomatólogo
precocemente paciente diabético em de forma preventiva pode Pergunte a seu medico
qualquer problema de muitos paises são as evitar ou detectar a tempo qual e seu peso ideal
saúde que possa lesões ulceradas dos pés. lesões sépticas bucais de
apresentar o diabético, O chamado pe diabético e diferentes causas, caries O paciente deve manter
a que o paciente tenha a primeira causa de dentais, doença periodontal, uma alimentação saudável
acesso oportuno a amputações não etc. que de existir de forma que lhe ajude a alcançar o
qualquer outra traumáticas no mundo. mais ou menos inadvertida peso ideal que se lhe tem
especialidade em que É crucial para os estabeleceria uma negativa calculado.
precise ser atendido. A diabéticos a visita sis- relação com níveis elevados O excesso do peso
realização das temática a consulta de da glicemia, o que por sua corporal contribui a que
investigações comple- podologia pois é nesta vez permitira a aparição ou se mantenham glicemias
mentarias que se especialidade que se agravamento das elevadas e a aparição de
precisem, a verificação realiza um exame direto complicações derivadas novas doenças
do controle metabólico e minucioso dos pés e em das hiperglicemias associadas com a
do próprio doente e as etapas precoces se pode mantidas. obesidade tais como a
determinadas e repetidas tomar medidas oportunas hipertensão arterial, o
ações por parte do sobre as mais simples aumento das graxas no
medico e do pessoal de alterações que possam sangue, lesões nas
enfermaria ajudante. aparecer nos membros articulações que
inferiores somado a suportam o peso,
educação constante do transtornos circulatórios,
podólogo nas repetidas etc.
visitas do paciente
diabético.
Bibliografia 2003. J Periodontal Res 2006;41(4):253-8.
10- Rizvi,A.A.: Management of diabetes in older adults. Am
1- Ahman,A.J.: Guidelines and performance measures for J Med Sci 2007;333(1):35-47.
diabetes. Am J Manag Care 2007; 13(2 suppl):41-6. 11- Boer,I.H., Sibley,S.D., Kealenbaun,B., Sampon,J.N.,
2- Alleyne,G.: La diabetes: una declaración para las Young,B et al.: Cenbtral obesity, incident microalbuminuria
Américas. Bol Of Sanit Panam l996; 12(5):461-6. and change in creatinine clearance in the epidemiology of
3- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., Curbelo diabetes intervention and complications study. J Am Soc
Serrano,V., Montano Luna,A., Machado Leyva,P., Quirantes Nephrology 2007;18:235-43.
Moreno,A.: La calidad de la vidadel paciente diabético. Rev 12- Edelstein,S.R., Lachen,S.M., Bray,G.A. Delahanty,L.,
Cubana Med Gen Integr 2000;16(1):50-6. Hoskin,M. et al.: Effect of weight loss with lifestyle interven-
4- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., Curbelo tion on risk of diabetes. Diabetes Care 2006;2102-07.
Serrano, V., Jiménez Armada,J., Tubau Campos,F., Quirantes 13- Smith,T.C., Wingard,D.L., Smith,B., Kritz-Silverstein,D.,
Moreno,A.: Resultados sobre mortalidad, complicaciones y Barrett-Connor,E.: Walking decreased risk of cardiovascular
costos en la diabetes mellitus. Rev Cubana Med Gen Integr disease mortality in older adults with diabetes. J Clin
2000;16(3):227-32. Epidemiol 2007;60(3):309-17.
5- Quirantes Hernández,A., López Granja,L., Curbelo 14- Meisinger,C., Doring,A., Thorand,B., Lowel,H.:
Serrano,L., Jiménez Armada,J., Quirantes Moreno,A., Mesa Association of cigarette smoking and tar and nicotine intake
Rosales,M.: Programa "Mejorar la calidad de la vida del with development of type 2 diabetes mellitus in men and
paciente diabético". Resultados finales sobre mortalidad. women from the general population: the MONICA/KORA
Rev Cubabana med Gen Integr 2005;21:1-10. Augsburg Cohort Study. Diabetologia 2006;49(8):1770-6.
6- Menard,J., Peyette,H., Dubuc,N., Baillargeon,J.P., 15- Mukamal,K.J.: Hazardous drinking among adults with
Maheux,P., Ardilouze,J.L.: Quality of life in type 2 diabetes diabetes and related eye disease or visual problems: a popu-
patients under intensive multitherapy. Diabetes Metab lation-based cross-sectional survey. Ophthalmic Epidemiol
2007;33(1):54-60. 2007;14(1):45-9.
7- Thomas, P.D., Miceli,R.: Evaluation of the "Know Your 16- Nyenwe,E.A., Loganathan,R.S., Blum,S., Ezuteh,D.O.,
Health" program for type 2 diabetes mellitus and hyperten- Erani,D.M., et al.:Active use of cocaine: an independent risk
sion in a large employer group. Am J Manag Care factor for recurrent diabetic ketoacidosis in a city hospital.
2006;12:SP 33-9. Endocr Pract 2007;13(1):22-9.
8- Anichini,R., Zecchini,F., Cerretini,I., Meucci,G., Fusilli,D., 17- Ng,R.S., Darko,D.A., Hillson,R.M.: Street drug use
Alviggi,,L., Seghieri,G., DeBellis,A.: Improvement of fdiabetic among young patients with type 1 diabetes in the UK.
foot care alter Implementation of the international Diabet Med 2004;21(3):295-6. ¤
Consensus on the Diabetic Foot (ICDF): results of a 5-year
prospective study. Diabetes ResClin Pract 2007;75(2):153-8. DR. ALBERTO QUIRANTES HERNÁNDEZ
9- Mattout,C., Bourgeois,D., Bouchard, P.: Type 2 diabetes Emai: alberto.quirantes@infomed.sld.cu
and periodontal indicators: epidemiology in France 2002-

www.revistapodologia.com 11
Saltos e Remédios.
Lic. Virginia Fedrizzi. Brasil.

A relação das mulheres e homens com os Recorrentes são as dúvidas sobre até que ponto
saltos altos vêm de longa data, alguns registros pode ser verdade tudo o que se ouve e lê a
datam de 2000 a.C., onde nas sociedades anti- respeito deste estilo que encanta mulheres que
gas, os homens caçavam e proviam o lar e as enquanto jovens se recusam sequer a pensar nas
mulheres criavam, educavam e alimentavam conseqüências decorrentes das escolhas que
suas famílias, pressupondo uma divisão de tare- vem fazendo hoje poderiam vir no futuro.
fas sem desigualdades.
A altura ideal dos saltos para uso diário
Rituais para homenagear as mulheres colo-
cavam-nas em pedestais de pedra de quase dois Alguns ortopedistas recomendam o uso de
metros de altura em sinal de reconhecimento e saltos de aproximadamente 2 a 3cm, porque
valorização a ela pelos cuidados com a família e seria altura considerada ideal, segundo estudos
o lar. científicos, para iniciar a caminhada. Esta espé-
Devido a altura destes, passaram a diminuí-los, cie de "plataforma de lançamento" diminuiria o
gradativamente de tamanho, sendo então con- esforço que ocorreria toda vez que se inicia um
feccionados com materiais mais leves e amarra- passo e o movimento de caminhar perdurando ao
dos aos seus pés e, com auxílio de outras pes- longo do mesmo, mas em menor intensidade, até
soas, mantinham-se em local de destaque per- cessar o movimento.
ante todos e também conseguiam participar das Este esforço poderia estar relacionado com
festividades. desgastes e deformações em regiões específicas
do pé, tornozelos, joelhos, pernas e coluna.
Por muito tempo o sapato designava proteção Importante o uso do salto, mas igualmente
para os pés e em algumas sociedades também importante é entender anatômica e ortopedica-
representava a classe social a que o usuário per- mente quais efeitos que os mesmos podem
tencia, em outras o sapato definia o homem livre, causar.
dos escravos.
Quem sempre usou saltos altos não consegue
A idéia dos pedestais corria o mundo antigo, usar saltos baixos
como em Veneza onde as damas da nobreza para
fugir do fenômeno da "Água Alta", utilizavam altas Não seria verdade. O que estaria ocorrendo ao
estruturas aos pés, as primeiras "plataformas", pé e perna seria uma espécie de atrofiamento
impossíveis de caminhar sem apoio, e assim temporário de toda musculatura, ligamentos,
mesmo cada vez mais a altura se tornava um nervos e demais partes posteriores da perna
símbolo de status. habituada ao uso de saltos altos.
Assim, o tanto de altura que o salto estaria evi-
Os reis franceses denominados Luízes uti- tando fazer para que o pé não encoste no chão,
lizavam os saltos uma importante peça do seu será o tamanho do objetivo de quem está queren-
vestuário como forma de mostrar simbolica- do usar calçados baixos sem dor. Ou seja, trabal-
mente sua superioridade, conhecidos até hoje os har na recuperação destas partes através de
famosos saltos Luiz XV. alongamento, fisioterapia, massagens, ginástica,
com orientação, para que seja possível voltar aos
Falar em saltos altos sem tentar fazer um raio poucos a contar com o funcionamento da pan-
x do pé em questão, no momento do uso pode se turrilha, perna e conseqüentemente o restante
tornar em uma espécie de retórica. Na prática, o do corpo, sem dor.
que poderia estar ocorrendo a quem usa este
estilo de salto, com a intenção de partilhar exper- O uso de salto alto dá varizes
iências sobre o que pode estar ocorrendo fisica-
mente neste momento e propor uma perspectiva Até muito recentemente sempre se soube que
mais realista baseada em atendimentos a era melhor evitar o uso de calçados com salto
clientes que tem dificuldades em encontrar alto mas, através de uma criteriosa pesquisa
calçados, conseqüência das escolhas feitas desenvolvida durante dois anos pelo professor e
quando mais novas. cirurgião vascular do Hospital das Clínicas da
www.revistapodologia.com 13
Unicamp, em Campinas (SP), teríamos uma
outra realidade.
Dr. João Potério Filho diz: "Com o elevamento
do calcanhar, os músculos das pernas fazem
mais força, ajudando assim a diminuir a pressão
nas veias, que normalmente provocam os
inchaços, independentemente de haver ou não a
flexão dos pés", e indica o difícil e lento retorno
do sangue como causador de varizes.
Além do fator hereditariedade e se a ela se aliar
uma vida sedentária, obesidade, constipação
intestinal, longos períodos de permanência em
pé e ao uso não moderado de saltos altos,
aumentariam o risco de aparecimento das
varizes.

Relação do uso de saltos altos com a dor


nas costas
estrutura complexa, responsável pela susten-
Fisiologicamente o caminhar dos seres tação do corpo humano parado e em movimento.
humanos não necessitaria de nenhum tipo de
artifício para poder se locomover, além do uso de Em um corpo saudável, normalmente ocorre
suas próprias pernas. que quando se está de pé, o eixo de equilíbrio
Tanto é verdade que o ato de caminhar recai no calcâneo, a região dos metatarsos serve
depende de que a pessoa tenha os membros em de apoio para que o corpo não caia para frente.
condições e vontade de fazê-lo, não dependendo Quando o salto alto propõe uma altura maior na
de estar usando algum tipo de calçado nos pés. parte de trás (calcâneos), seria automática a
Importante observar o pé em detalhes interna- pendência do corpo para frente e é daí que instin-
mente, para começar a compreender melhor esta tivamente inclinam-se os ombros e os membros

www.revistapodologia.com 15
Coluna
Lordoses
normal
lombar

Estaria-se assim em alguns casos acrescentan-


do ao pé além da realidade do salto alto, bicos
finos ou estreitos, diferentes da anatomia do pé,
alterações que conseqüentemente também ocor-
reriam com outras partes do corpo.
Quando se utiliza o salto alto nas primeiras
vezes há um desconforto inicial, um misto de ale-
gria e sensação de prazer em ter de se equilibrar
Correta Alterada encima de algo tão diferente de sua realidade até
então, consenso tácito entre as mulheres que
superiores para trás mantendo a região lombar considerariam este tipo de situação apenas
em curva acentuada, mudando muito a posição como algo com o qual "habituar-, se".
da estrutura original e fisiológica.
Segundo elas vale mesmo é o efeito que se tem
Nestas condições o pé também seria muito na silhueta, o arredondamento lombar, outro
exigido a realizar movimentos de sustentação, consenso que estaria fortemente vinculado ao
caminhar, correr, saltar, dançar, etc, diferentes
daqueles naturais a sua estrutura.

www.revistapodologia.com 16
tipo físico da brasileira. ao qual não se esteja preparado, provavelmente a
E é neste ponto que, ainda jovens legiões de conseqüência seria a de dores, inchaços e até
mulheres se dispõem a treinar sua capacidade lesões. No caso do pé, que em geral é uma estru-
para não dispensar mais do salto, aceitando ser tura praticamente sem gorduras, com um sis-
algo natural, o sacrifício a que estão sujeitas, por tema integrado de músculos, nervos, ligamentos,
motivos inconscientes ligados principalmente ossos, veias, enfim, uma engrenagem para a
padrões estéticos e de moda. locomoção, o inchaço é um indício que deva ser
Quase sempre quando há o aparecimento de investigado.
bolhas, inchaço, câimbras, calosidades, defor- O calçado poderia ser o responsável pelo
mação dos dedos e dores no pé, panturrilha, joel- inchaço dos pés, mas não apenas pela altura dos
hos, poderiam estar servindo de alerta para algo saltos, pelo tipo de salto, também pela largura
que não estaria funcionando bem e que ainda de fôrma, tipo de gáspea, materiais de que ele é
nesta fase não teria efeitos graves e suficiente- feito, além da atividade que se está fazendo com
mente visíveis. Com o passar do tempo, através o tipo de calçado escolhido.
dos contatos com mulheres acima dos 40 anos,
o que geralmente ocorre é o arrependimento Queimação embaixo do pé, abaixo dos dedos
pelas escolhas de seus calçados, mal orientadas e o aparecimento de bolhas
e impulsivas no período da juventude.
Bastaria observar e tentar entender se seria O aparecimento de bolhas seria decorrência do
apenas uma coincidência ou então investigar o atrito/fricção a que a pele teria sido submetida
porquê da opção de calçado mudar radicalmente quando não existe espaço suficiente para que ela
para o uso de tênis ou outros modelos con- se expanda podendo realizar o movimento dese-
fortáveis nos dias seguintes ao uso de saltos jado. Inicialmente há um pequeno avermel-
altos. hamento da pele que pode aumentar causando o
descolamento da pele pela irritação até machu-
Pé incha quando o uso de saltos altos car o tecido.
O estágio inicial deste processo seria a sensação
O uso de saltos altos exige um esforço de todas de queimação, algumas vezes provocada pelo atri-
as articulações dos pés, tornozelos e pernas, to que o pé, com ou sem meias, sofre contra a
pelo tipo de postura que o corpo assume, e este palmilha dentro do calçado. Em alguns casos o
aspecto já vem sendo abordado por especialistas forro da palmilha sendo de material sintético, por
de várias áreas. exemplo, aumentaria mais a propensão à for-
Usando a dança como exemplo de esforço, não mação de bolhas e machucados nos pés, pois não
para um profissional da área, habituado a exercí- haveria a absorção natural do suor porque o mate-
cios e trabalho muscular, mas para o caso de rial não tem esta característica e o pé per-
pessoas normais que saem para dançar com maneceria escorregando dentro do calçado.
saltos altos. Para este tipo de 'atividade extra', Existem alternativas para estes casos, uma
elas poderiam estar aumentando os esforços de delas seria trocar a palmilha para materiais
toda a estrutura do corpo para conseguir realizar como o couro, ou usar meias-palmilhas esto-
os movimentos que estão sendo impostos a ela. fadas, próprias para esta região de maior atrito
Como para qualquer outra parte do corpo onde para aliviar o desconforto do pé.
houvesse a exigência de um movimento repetido
Opções para quem precisa usar saltos altos

Seguem algumas dicas para auxiliar na avali-


ação de suas escolhas:

1. No momento da escolha de um modelo mais


adequado ao trabalho, a sugestão é prestar
atenção ao uso que vai ser feito, lembrar do dia-
a-dia com o calçado.
2. Avaliar quanto tempo é que se deve andar de
saltos altos. Imagina-se que o dever se coloca
acima do poder estar usando algo que, pela falta
de atenção à importância do conforto dos pés,
possa estar prejudicando até mesmo sua per-
formance no trabalho.
3. Existem modelos de saltos baixos que
podem ser usados no ambiente de trabalho como
www.revistapodologia.com 18
as sapatilhas e os sapatinhos de bico mais estre- 9. Recomenda-se também colocar as pernas
ito ou em formatos amendoados, com saltos de para o alto no final do dia, para descanso e alívio
3 a 4cm de altura que não deixam nada a dese- da sensação de pressão nas pernas, auxiliando
jar em termos de beleza e moda. na circulação sanguínea.
4. Escolher modelos que favoreçam o formato 10. Analisar sua sapateira e optar pelos calça-
do pé. Com atenção, é possível identificar mode- dos que não exigiriam um esforço extra para o
los que se assemelham à largura dos pés da uso no trabalho, sendo recomendável desfazer-se
região dos metatarsos, ou ainda modelos que dos demais para evitar surpresas desagradáveis
não comprimem os dedos apesar de ter o bico á anatomia tanto do pe quanto a do próprio
fino. corpo, num futuro próximo.
5. Os saltos dos calçados devem oferecer esta-
bilidade e segurança, não deveriam dar a sen- Aparentemente, não existiria uma relação entre
sação de balanço quando parado, ele é a base os saltos dos calçados e os remédios para tratar
onde vai ser apoiado o peso do corpo. problemas de saúde, como sugere o título deste
6. Os materiais como couro são recomendados artigo. Mas existe, e ela está na dosagem!
para forro e cabedal, porque sendo peles natu- Ambos poderiam ajudar na melhora física, emo-
rais, permitiriam a troca de temperaturas. O suor cional e até psicológica, ou prejudicariam a
evapora pela transpiração do material quando saúde, de formas até irreversíveis, em alguns
em repouso diminuindo a sensação de calor casos.
excessivo nos pés.
7. Alongamentos são recomendados para as A orientação é: observar, investigar, testar e
áreas mais exigidas dos pés e pernas, devido ao agir em favor da saúde como um todo, partindo
tensionamento de toda musculatura para se do cuidado com os pés!
manter em pé e em movimento encima dos
saltos. Nos encontramos no próximo artigo!
8. A musculatura dos pés, panturrilhas e per-
nas deveriam ser massageadas constantemente Virginia Fedrizzi
para auxiliar no relaxamento destas partes muito Consultora em Calçados
exigidas. vfedrizzi@terra.com.br

www.revistapodologia.com 19
Fístulas e Higromas nos Pés.

Podologa Lafont y Podologa Pechin. França.

Tem aqui um tema banal e complexo por vez. congênito ou suscitado, constitui um ponto de
Banal por que em podologia o higroma ou a fís- partida para a hiper-pressão e, por onde, para a
tula se encontram muito correntemente, e com- instabilidade, motivo de uma atitude viciosa que
plexo por que cada um dos casos que enfrenta- recairá sobre a arquitetura e a fisiologia funcional
mos nos oferece um problema muito particular. do pé. Pressão, mais deformação, são as rações
intimamente ligadas às lesões microtraumáticas,
O estudo deve fazer-se em função a: em onde a fricção chega a seu ponto máximo.
- Sua localização Vale dizer que os fatores desencadeantes de esta
- Evolução afecção são agentes mecânicos e químicos de
- Estado da pele ordem externa.
- E as complicações que podem sobrevir.
Apesar dos progressos da higiene e a educação
Algumas vezes o tratamento terá um resultado moderna, ainda se encontram pés desaseados
espetacular, quase milagroso. Outros a recidiva em um gabinete de podólogo. Mas são os
nos levara a fase inicial. anciãos e os alcoólicos que apresentam maiores
Em efeito, segundo Leriche, ''Toda operação dificuldades sobre sua pele, mal irrigadas, secas,
que não logre destruir a causa, sera infalivel- fracas, muito descamadas, lábil, com problemas
mente destinado ao fracasso''. tráficos importantes em unhas frágeis ou rotas.
Entre os casos com maiores alterações, em seu
ETIOLOGIA estado geral se encontram os diabéticos, os
artríticos, os ateroscleróticos, etc. com proble-
Em primeira instancia a causa essencial é um mas agravados e debilitados por transtornos
microtraumatismo repetido. Motivo muito evi- neurovegetativos.
dente, sempre ligado a causas secundarias. O
homem civilizado esta obrigado a calçar-se, mas Resumindo, o estado do pé e da pele, muito
deveria fazê-lo de tal forma que não submeter-se particularmente, jogam papeis primordiais na
seus pés a uma pressão rígida e sustentada. defesa de uma epidermes inibida de reacionar
O problema se complica quando, ademais, anticorpos estranhos e corrosivos, que faram
existem deformações ósseas de origem estático- processos de aceração, fistulizações e, em ultima
congenitos, no nível dos quais se exerce uma instancia, necrosantes nas zonas profundas e
pressão máxima. nos espaços subjacentes. Os corrosivos provo-
caram a maceração das placas córneas e
OS MICROTRAUMATISMOS destruíram as papilas dérmicas vizinhas. Uma
reação congestiva do tecido interno favorecera ao
A repetida hiper-pressão, unido as fricções lat- traumatismo e a formação de um higroma. Se
erais e transversais do sapato, provocam uma este já existe, ira ao obsceso.
irritação no tecido celular interno e a sua vez a
epidermes sofre uma hiperqueratoses. ANATOMIA PATOLÓGICA
Continuam as pressões que, em uma segunda
etapa, laceram os tecidos conjuntivos, dando ''As feridas inflamadas ao seu redor não cica-
origem a um pseudo higroma, afecção tórpida no trizaram ate o cesse da inflamação.
principio, dolorosa depois e, por ultimo, infla- As zonas circundantes se obscurecem, seja
matória. pela influencia sangüínea, seja por alguma varice
A formação da bolsa secrosa, como defesa do inflamada. E não voltara à normalidade, ate que
organismo, representa uma coberta que quando as zonas do ao redor não se tenham sarado''.
se machuca provoca uma fistula. O estado anatomopatológico das fistulas
demonstram que, em si, não só a doença senão
PERTURBAÇÃO ESTÁTICA DO PÉ E a conseqüência de uma doença.
DOS DEDOS A fístula pode definir-se como um processo
anormal sem possível tendência a cicatrização
Toda a deformação do pe, já seja de origem espontânea, por estar intimamente ligada ao
www.revistapodologia.com 20
cizallamento, ou fricção da pele do dedo. va pela falta de higiene, as perturbações estáti-
Pode ser congênita e a conseqüência de uma cas e os traumatismos repetidos.
involução embrionária. O mais freqüente e que
um arco bronquial não tenha evoluído e transfor- CONSTITUIÇÃO DA FÍSTULA O HIGROMA
mado para constituir-se em um órgão próprio de
sua natureza, como o ouvido, a laringe, os Ao longo do estudo anatômico de uma dureza
grandes vasos do coração, etc. fistular podemos seguir sua evolução. Situa-se
Se as comunicações intrauriculares ou aorti- em um ponto particularmente agredido pelo
copulmonares são as mais conhecidas de todas, calçado. ''E a expressão mais freqüente desta
não tem que se esquecer que as fistulas do patologia produzida por pressão'', segundo a
pescoço podem comunicar ou não com o ouvido, definiu também Lelievre. As durezas plantares
a boca, a laringe, e que já na segunda semana de muito raramente se fistulizem. Nas que tem
vida embrionária devem aparecer, e que são os tendência a região pulpar ou retrocalcânea,
vestígios desses arcos. Herança dos peixes, que acompanhadas por um principio de esfacelo, o
nos mamíferos, as aves e posterior ao homem, pus que complica a infecção não pode exteri-
tiveram ceder lugar - pouco a pouco aos órgãos orizar-se, senão por uma fístula ou higroma.
apropriados. Estas fistulas embrionárias tem um Este e o fim obrigado de um longo e duro cam-
longo trajeto regulado pelas células dos arcos inho da serosidade ou do pus que se forma e
bronquiais. Em conseqüência, estão perfeita- que, bloqueados nas capas profundas pelo apoio
mente construídas. osteotendinoso, não tem outra saída que para o
exterior de levantar ulteriormente o opérculo cór-
Têm outras fistulas que são especificas das neo (fig. I).
doenças que acompanham, e que aparecem
recobertas por células patológicas, testemunhas Hiperqueratoses
dos processos mórbidos iniciais. São as fistulas
tuberculosas, sifilíticas, actinomicoticas,
esporotricosicas, cancerosas, etc. O exame
microscópico de uma porção qualquer de sua
estrutura apresenta células gigantes (tuberculos-
es, sífilis). Reproduzem o câncer inicial ou de
células filamentosas (no actinomicosis e a Fístula Calo
esporotricoses).

Em todos estes casos a fístula não e somente Fig 1


um meio recoletor de secreções ou de pus, senão
a expressão de um momento na evolução da Ante esta alternativa, a terapêutica e o elemen-
doença, que se projeta para outros tecidos. Em to salvador. Fácil é imaginar o que ocorreria se
efeito; pouco a pouco, se modificam em um não se seccionara a membrana que recobre o
resumidero com drena e ao exterior em forma de tampo. A infecção se difundiria por todo o dedo,
ulcera, que tendem a destruição dos tecidos viz- seguindo um processo normal de avanço ao
inhos, mercê das células patógenas, ou outras, longo dos planos de clivagem tendino-muscu-
que tapizam todo o trajeto fistular. Podemos lares, para inundar logo os espaços intercelulares
dizer, então, que estas fístulas não são o fim, da planta.
senão o começo de uma invasão que desborda
regiões intactas ate então. A fístula aparecera então como ultima
expressão de um processo infeccioso, mas tam-
Mais comumente aparece a fístula ao final de bém como uma criação artificial pelo instrumen-
um processo infeccioso, conseqüência de peque- tal do podologo.
nas escoriações cutâneas pelo roce, ou pela apli-
cação indevida de queratolíticos corrosivos, em O pus ou a secreção purulenta que drenara
cujo período agudo atua como sopapa que com o final da inflamação provocada pela mobi-
chupa, para fechar-se aparente ou definitiva- lização das defesas do organismo, mercê a vaso-
mente, segundo que dita infecção tenha desa- dilatação arteiro-capilar, acompanhada de exu-
parecido ou não, de acordo com o agente inicial dação sero-linfática a traves dos mesmos vasos.
desencadeante. Fica construído o edema pela tumefação dos
tegumentos, e a dor completara a tétrade do
Podemos dizer que o elemento microbiano Celso:
determinante e, preferentemente, o estafilococo, ''rubor, calor, tumor e dor''. Como debaixo da
hospede normal da pele, cuja virulência se agra- dureza encontramos o ponto mais traumatizado,
www.revistapodologia.com 21
1º exudação linfoplasmática nessa região será Atrito do
muito maior. Por distensão dos tecidos vizinhos, Fig 2
calçado
o liquido plasmático originara pouco a pouco
uma cavidade cuja única solução será a eva-
cuação.

As pressões laterais e verticais exercidas pelo


calçado, e a flutuação do pé durante a marcha, Depósito
produzirão um derrame que, ao começo, será Queratismo
entre a dureza e a epidermes; ou seja, entre duas Forças
superfícies de diferentes consistências (fig, 2). laterais
Em outros casos, a coleção se vá a formar mais
profundamente nos tecidos da hipoderme (fig.
3). Articulação
Pode apresentar-se uma bolsa serosa isolada
ou associada a precedente, dando lugar a um Fig 3
higroma subdérmico (uma bolha), se as duas
bolsas serosas coexistem (fig. 4).
Fístula
A CAVIDADE SUB-QUERATÓSICA Corpúsculo
de Malpighi
Mas vulgarmente, bolsa serosa.
Anatomicamente são cavidades serosas, posto
que estão constituídas por um apoio de células Tecido conjuntivo
planas recobertas por uma membrana conjuntiva
(fig, 5). Os higromas com complicações de
durezas córneas não respondem a esta definição, Cavidas intracelular
suas paredes não estão cobertas por células
planas. São falsas bolsas serosas.

Clinicamente se lhes denomina higromas, mas Fig 4


se lhes deve considerar pseudo-higromas.
Estes não são o mesmo que os situados baixo
a 1º cabeça metatarsiana e/ou detrás do calcâ-
neo. Estas são as autenticas bolsas serosas nor-
mais, colocadas ali para servir de apoio terminal, Epidermes
e na contração do tendão de Aquiles que articu-
la com o calcâneo e os tecidos vizinhos.
Tal é uma cavidade constituída por distensão
dos tecidos, ou pela formação de uma parede.
Contem uma serosidade linfo-plasmática, ou
bem de pus. No primeiro caso, tem inflamação. Tecido conjuntivo hipodérmico

Podem aparecer reações nas partes circun-


dantes com presença de edema, dor e avermel- Células planas Fig 5
hamento. No 2º caso, se apresenta infecção com
odor difuso na base do dedo; logo, edema na
parte dorsal superior do pe, linfagites reticular
ou troncular, e temperatura.

Por falta de tratamento terapêutico, a infecção


assim ramificada sobre si mesma e sem existir
um canal fistular ao exterior, não terão outra Membrana conjuntiva
alternativa que esparramar-se ao seu arredor por
meio de canais purulentos. Logo, se construirá Em principio, invadira alguns pontos no dorso
uma tendinites supurante do extensor, uma superior, mas não tem que se enganar. O edema
osteítes, ou uma osteoartrites. Por prestar-se á e a linfangites enganam às vezes, igual que nas
invasão dos espaços celulares, esta se projetara mãos. ''O mal se apresenta à inversa''. (Forgue).
para os trajetos tendinosos em direção á planta. Ataca o dorso, mas invade a planta.
www.revistapodologia.com 22
A FÍSTULA É EM SI UMA DOENÇA? O exame clinico deveria orientar-se para as
lesões profundas, ante as quais a fístula cede o
Algumas estatísticas lamentavelmente muito passo. Esta difusão faria os planos internos e a
pouco numerosas refletem uma semântica que conseqüência da falta de cuidados, e de uma ter-
varia segundo as encostas. Não temos a preten- apêutica apropriada.
são de chegar, com este trabalho a uma con-
clusão categórica. Baseando-nos nós conheci- O terreno poderia ser fator predisponente. Mas
mentos atuais, tem grande variedade de higro- a razão principal será uma sensibilidade particu-
mas e casos, desde as durezas, as fístulas, a lar do individuo para o estafilococo. Também
cavidade subjacente organizada, ou não, todas serão motivo de importância às pequenas lesões
constituem a doença. Muitas vezes estas exteri- ou raspaduras sobre uma pele mal defendida.
orizações se aliam a outras questões que se A diabetes não intervém neste estado excep-
manifestam no ultimo termino, e que o estudo cionalmente, porque esta não permite a for-
clinico colocara em seu verdadeiro lugar. mação de pus, senão que tende a provocar a
destruição gradual dos tecidos, que se eliminam,
E dizer que a fístula (higroma) não e senão sua ate sua necroses, por fistulas múltiplas.
conseqüência.
Quando o higroma não cura a pesar dos cuida- Quando os dedos dos pés se tornam volu-
dos, significa que esta ligada a uma alteração mosos, cianóticos, de pele tirante, se constituem
anatômica profunda. E temos, por fim, o caso da na entrada a uma invasão mais profunda, que
dureza, a fistula, e as cavidades purulentas, antecede a um estado gangrenoso.
associadas ou não a uma perturbação anatômica Na diabetes, a fístula da lugar a um quadro
com cavernas plantares supurantes. Esta trilogia clinico muito particular, que impõe um tratamen-
e indissolúvel. to medico urgente, de ordem geral.

Cada uma refere um estado evolutivo. O 2a falange Fig 6


primeiro e quando se apresenta um desenvolvi-
mento feliz, com fistulização espontânea e
drenagem ao exterior, correspondente a uma
Articulação
infecção epidérmica situada diretamente sobre a
dureza (fig. 2).
O segundo caso e quando se produz um trajeto
fistuloso associado a uma cavidade, mas com
alguns adicionados a mais. Perto desta cavidade
se encontra a causa de todo o processo patológi-
co (fig. 6).
Na observação do 5º varo, temos encontrado,
duas vezes, cristais de urato de sódio (fig. 7).
Cinco vezes notamos a presença de espículas
ósseas, colocadas sobre o borde externo da 1ª
falange, a distancia de fração de milímetros da 1a falange Exostoses
cabeça desta.
Em alguns casos, esta espícula e congênita, e
responde a um processo ósteo-periostitico infla- Fig 7
matório, conseqüência de traumatismos repeti-
dos. Na maioria dos casos não temos encontrado
nada, mas a acusada saliência da cabeça faláng-
ica chega a formar um 5º varo, ou um 4º dedo em
martelo, unido a um 3º em garra congênita, ou a
um 2º em garra.
De fato, o responsável dos transtornos patológi-
cos e um cajado lateral. O mesmo ocorre com a
saliência do tendão na dureza ligamentosa do
varus, no 1º metatarsiano, deformação de
Hagilund.

No terceiro e ultimo caso, no contato ósseo


com o estilete explorador da fistula, se nota um 5to Varo
aspecto irregular do osso subjacente.
www.revistapodologia.com 23
ESTUDO CLINICO vermelha, um ponto córneo obstrui a bolsa
serosa e não permite sua evacuação, senão gota
Não e possível traçar um quadro que englobe a a gota. De um espesso de 2 mm e um longo entre
sintomatologia das fistulas, pois estas terão sua 2 e 3 mm, se saca facilmente ao exterior.
fisionomia de acordo com a região onde se Na deformação simétrica do hallux valgus, a
situem. Se o fazem em tecidos profundos, bursites externa da 5ª cabeça metatarsiana apre-
requerem a intervenção cirúrgica de imediato. Se senta as mesmas características que no caso
sé apresenta ao tratamento do podologo, geral- anterior.
mente se observam sobre um dedo em martelo, A nível sesamoideo, a hiper-pressão faz apare-
de baixo de uma zona mais ou menos quera- cer um higroma doloroso sobre a cara plantar
tinizada, seja calo ou dureza. destes, tanto interna como externa. As causas
Faremos igual tratamento a certas bolsas são diversas: o 1º metatarsiano mais longo em
serosas anatômicas que, em condições locais relação com o 2º, ou na deformação de Haglund,
similares, evoluem para formas clinicas semel- sobre a cara posterior do calcâneo pelo talão de
hantes. sapatos muito alto, ou muito obliquo, ou contra
A fistulização á nível de pele pode resolver-se forte muito duro, os saltos femininos muito altos,
para o exterior de maneira espontânea, ou provo- ou por arco muito cavado, ou sobre um calcâneo
cada pelo corte, intervenção cirúrgica, etc. Toda deformado por fratura com hiperqueratoses
fístula precisa ser investigada em função de ubi- agravada por contato direto com o osso, ou pelo
cação e estado do sujeito. Lugar de preferência e frio, pode, inclusive, provocar-se um pequeno
o dedo em martelo congênito ou adquirido, sua esfacelo cutâneo que não chega a ser fistula.
proximidade ou a pouca distancia. Sobre estas regiões, o espessamento da pele e
A cresta, ou o ângulo que forma a articulação o roce do tecido celular não permitem a clivagem
interfalángica, provoca uma fricção dolorosa. favorável para uma cavidade serosa. (Ficam
Deformação e pressão contribuintes a que se excluídas as bolsas serosas anatômicas retro-cal-
forme um heloma com sua bolsa serosa. A dor e câneas).
aguda e insuportável. Quando intervém o podol- Quase sempre o estado geral do paciente,
ogo, a fístula aparece na sua forma mais típica. como o caso dos diabéticos, os artríticos, a fís-
Depois de perfurar o ponto córneo, se observa tula é espontânea, melhor dito, começa com uma
um orifício mais ou menos escuro, e debaixo destruição celular como expressão das lesões
dele, um canal fistuloso de 1 ou 2 mm. próximo necróticas próprias da doença.
com a cavidade serosa do higroma. Nos anciãos se observa uma necrose asséptica,
Pode ter a forma de botão de camisa, ou de como resultado de uma irrigação imperfeita. O
ampulheta. Pela abertura espontânea ou execu- mesmo modo que deficiências na pele por alter-
tada com instrumento, sai um liquido seroso, ou ações, com fistulas espontâneas de lenta cica-
pus, ou sangue, que resolveram a cicatrização. trização e freqüentes recidivas.
Pela descompressão dos tecidos e a saída dos
líquidos, o alivio será imediato. EM CONCLUSÃO

E muito rara a fístula a nível de uma dureza plan- As autenticas fistulas, longas ou sinuosas são
tar. Seus lugares de preferência são: as superfícies produto dos helomas digitais. Nos demais casos,
metatarsianas, a exostoses em geral e a do 1º em como calo tendinoso, plantar, interdigital, inter-
particular, e baixo a cabeça do 5º dedo. falângico, do dedo gordo da cara posterior do
Seguindo o plano do declive, o trajeto de calcâneo, os situados baixo uma cabeça metatar-
drenagem e mais curto. A proximidade da cavi- siana com acusada saliência, etc. pode tratar-se
dade serosa mantém aberta por mais tempo a de um orifício provocado pelo roce. E isto, na
ferida, e toma as características típicas de uma medida em que a pele, adelgaçado e oprimida
ulceração, mais que de uma fistula. este contra os planos profundos sem a proteção
Ao nível de um tendão tem rasgos específicos, do tecido celular.
dado que na profundidade não se encontram E quando doenças como diabetes, artrites, ou
tecidos ósseos, senão (neste caso) o tendão neurológicas como Tabes, Parkinson, etc. pertur-
extensor do dedo gordo em retração. Ai estar a bam a nutrição celular e a notificação do tecido
pele muito delgada e o tecido celular subcutâneo cutâneo por roce, e fator importante no processo
pouco profundo, não se ode falar de fistula, fistular.
senão de esfacelo cutâneo.
O higroma do hallux valgus, a bolsa serosa DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
sofre a dobre fricção: pela exostoses e pelo roce.
O micro traumatismo inflama o higroma direta- O olho de galo, originado pela compreensão
mente. Pode faltar a hiperqueratoses. A pele esta das articulações inter-falângicas não é, em reali-
www.revistapodologia.com 25
dade, uma fistula. Por quanto a pele de entre os causa, a coleção mal drenada se difundira para
dedos não se tenha espessado. O olho de galo e, os pianos musculares e tendinosos do pé. E for-
como muito, um papiloma traumático formado mara uma osteítes, uma osteoartrites, ou uma
por tecidos macerados sem aeração, e com fre- tendinite supurante.
qüência, complicados por uma micoses.
Ante um dedo tumefacto, recoberto por uma
Dureza úmida: As estatísticas mais otimistas pele de cor vinho, e branco amarelado para os
afirmam sua cicatrização a curto prazo, e nas bordes do orifício fistular, que deixa sair um liq-
ultra rápidas, quase milagrosas, não se trata de uido purulento que contrasta com a intensidade
outra coisa que de durezas úmidas e não de das dores, se impõem um exame de urina e outro
calos fistulosos. E prudente evitar confusões no de sangue para precisar uma provável diabetes.
reconhecimento da dureza. Nos casos como o que apresenta a gente idosa,
se pode observar o vermelho dos tegumentos e o
Quais são, pois, suas características? aspecto esverdeado e delgado na proximidade do
orifício fistular, com fortes dores espontâneos de
Em aparência, nenhuma; mas assinalamos a tipo queimado. E então quando o controle do
falta da bolsa serosa no tecido conjuntivo. podologo deve ser de rigor, para eliminar assim,
Ao nível da dermes aparece uma espécie de uma artrites senil.
flictena baixo uma delgada capa queratinizada, Tem outros casos, como os das artrites juvenil,
se a cavidade resume um liquido seroso, com ou onde o controle não e de tanta urgência. Mas se
sem carga sanguínea, ou de pus, a cicatrização nos de origem sifilítico, nos quais são respeita-
será rápida, depois de uma aplicação indolora, dos os troncos arteriais principais, enquanto que
sem anestesia. as arteriolas e as colaterais dos dedos se apre-
sentam com tromboses.
A cicatrização se obtém mediante uma simples
oclusão asséptica durante dois ou três dias. De igual modo quando aparece uma infla-
A origem do calo úmido e puramente traumáti- mação cor pele de cebola nos extremos dos
co, e se localiza sobre o dorso de um dedo ou dedos. E quando a unha se desprende pouco a
extremidade em um espaço interdigital. pouco, o interrogatório deve precisar todos os
antecedentes, principalmente antes as alternati-
E da extremidade falangica não apresenta fis- vas de um sincope digital, com palidez tegumen-
tulas, mas sofre pressão cutânea, o mesmo que tária que lembra a doença de Reynaud.
um heloma subungueal, que forma uma massa
de tecido epidérmico aderido a tegumento que Assim mesmo, em todos os casos de epider-
separa a unha de seus leito. A ausência do teci- mes queratinizada baixo os esforços conjuntos
do celular não permite a formação de uma cavi- dos micro-traumatismos e da perturbação vascu-
dade purulenta ou serosa, mas, em troca lar. O orifício fistular e que mais demonstra esta
favorece a mortificação epidérmica. morte celular a traves da drenagem cutânea de
pus subjacente.
EVOLUÇÃO
Nos gotosos, o higroma pode conter atrofias
Algumas fístulas curam espontaneamente, se a sobre as zonas irradiadas, e a evolução pode
causa e imputável a outras afecções. fazer-se para uma radio-dermites, ou um mal
Apresentam recidivas, a pesar dos cuidados. perfurante plantar. Todas estas causas terão uma
Por ele, a investigação deve orientar-se para as repercussão psíquica, por quanto a intensidade
causas, que podem ser: micro traumáticas (pelo da dor terá irritável ao sujeito.
calçado), por afecções estáticas, e eventual- Tanto como em toda doença que apresente um
mente, um mal terreno. pé espastico, ou uma alteração grave na motrici-
dade e a sensibilidade, onde a fístula se rodeia
Conhecemos as quatro fases evolutivas de um halo tórpido, a pele esta murcha, fria e
descritas por Wallet: úmida, unida aos transtornos neurovegetativos e
1º) Período de sensibilidade (dor a pressão); a doença neurológica.
2º) Período doloroso (dor vivo, especificamente
no periostio); Em presença de uma fístula recidiva, e quando
3º) Período de infecção (o abscesso pode fistu- o estado da doença assim o requeira, será
lar-se. Dor insuportável); necessário investigar as causas da lesão ociosa,
4º) Período insuportável (bolsa serosa infecta- (Espícula, saliência anormal osteofítica, etc.)
da). Então terá que recorrer ao radiologo e ao
Se o tratamento não se orienta em função a cirurgião.
www.revistapodologia.com 26
TRATAMENTO PODOLOGICO Ver ao doente diariamente.
Na etapa infecciosa as aplicações úmidas
Estudo do terreno. devem ser continuas - dia e noite -, com repouso
Prudência. obrigatório. Se sé observa-se uma reação gan-
Importância do interrogatório. glionar artrítica, ou de transtornos vasomotores
Investigação da diabetes, a arterites, os graves, e indispensável a consulta medica.
transtornos vasomotores e neurológicos. Em alguns casos, se a pesar dos cuidados nada
Verificar a pedigrafia. Em função da impressão impede a recidiva, e aconselhável a aplicação de
clinica, se impõe esperar dois ou três dias antes uma pequena próteses para impedir os trauma-
de iniciar a cicatrização. tismos.
Prescrever compressas úmidas alcoolizadas, e
manter as pernas esticadas o possível. Estas medidas são úteis nas afecções vascu-
Asseptizar o campo operatório e os instrumen- lares e neurológicas, onde a pele se ulcera facil-
tos. mente.
Em presença de peles frágeis, desinfetar pref- Calos dorsais: sobre o começo do dedo se
erentemente com produtos especiais. fixara um tubo de gaza, na qual se terá desliza-
Nos demais casos, o álcool facilita a delimi- do um pouco de algodão hidrófilo, com o fim de
tação das queratoses. isolar completamente a dureza da pressão do
Em conseqüência, a esfoliação do calo se terá sapato.
com muita suavidade, por quanto os tecidos O olho do galo, particularmente doloroso, será
estão hipersensibilizados. isolado com uma pequena proteção que separe
O instrumental bem afiado, para evitar a menor os dois dedos; para evitar a compressão.
pressão sobre uma zona dolorosa. O isolamento do calo fistuloso ao nível de uma
Abrir o ponto córneo em profundidade, e ir cabeça metatarsiana se obtém facilmente, mercê
eliminando, por turno, o mais minuciosamente a um protetor de espuma de goma ou de látex
possível. em forma de cubeta.

Apresentam-se dois casos: Bem entendido fica que, quando estas pro-
1º) Fístula aberta espontaneamente, que per- teções locais não são suficientes convém
mite a passagem de um liquido seroso, sangue e recomendar palmilhas ortopédicas, aos efeitos
pus, seguido pela eliminação da infecção, de evitar um apoio exagerado no ante-pé.
2º) O trajeto fistular esta obstruído pela mem- Entre as diferentes medicações, se pode pre-
brana. screver: a eletro-coagulação, a radioterapia,
Então, empurrar e despegar com o instrumen- radiodermites e meios perfurantes.
to fino, a fim de esfoliar o orifício com precisão e Ficam contra-indicados o nitrato de prata, o
ao máximo, e permitir a evacuação do liquido. nitrol, todos os ácidos e os queratolíticos.
Mexer a profundidade da fístula e assegurar-se Durante os períodos inflamatórios ou infec-
acerca da integridade dos tecidos subjacentes. ciosos, evitar os métodos esclerosantes das bol-
No período de sensibilidade dolorosa da bons sas serosas.
resultados este simples procedimento: E necessário saber utilizar, dosar, e não abusar
Durante o dia, tratamento asséptico; pela noite, de certos produtos antibióticos correspondentes,
prescrever compressas meio úmidas sobre a corticóides, anticicatrizantes, etc.
base de um terço de álcool a 90' e dois terços de
água fervida, tíbia. Não colocar gasas imperme- TRATAMENTO CIRÚRGICO
abilizadas, a fim de evitar uma maceração.
Manter assim durante toda a noite. Feito, a lógica aconselha a intervenção medica
Repetir a visita do doente dois ou três dias. para orientar nos casos de perturbações estáti-
E necessário recobrir a fistula, porque tem cas evidentes, ou as reveladas pelas radiografias.
tendência a fechar muito rápido. Proceder com cuidado, observar as reações
Não terminar este tratamento ate que tenha biológicas oscilo-métricas, a idade da doença e
desaparecido totalmente a inflamação. seus antecedentes.
A partir do momento em que esta já não exista,
se pode aplicar sobre a fístula duas ou três gotas Para evitar uma agressão cirúrgica, e
de álcool yodado a 1%, os efeitos de proteger os necessário ter em conta uma serie de previsões,
tecidos. e seguir os conselhos de Leriche, quem assinala:
''O cirurgião feliz, exitoso, e aquele que pensa
Dobrar a prudência durante o período infla- muito suas indicações. Quando tudo esta bem
matório, aconselhando compressas úmidas no calculado, o ato cirúrgico não e um gesto, mas e
dia e repouso pela noite, com pernas esticadas. um plano bem estabelecido''.
www.revistapodologia.com 27
Para obter eficácia, o feito deve suprimir a sustento, segundo os casos. Tem-se de proteger
causa mediante uma incisão lateral no dedo pre- com um anticoagulante, prevenindo uma eventu-
scrito, sobre a fase externa, porque através da al embolia pulmonar.
interna transcorrem as veias e artérias. Ablação
da espícula óssea, sempre que seja observável; ESTATÍSTICAS
do contrario, recorrer à radiografia, e incluso a
remissão da cabeça falangica. Se a deformação e redutível, ou pouco impor-
Pode-se associar a cura do valgo do 5º metatar- tante, cabem aos cuidados do podologo, quem
siano com a do 5º varo. E esta, a sua vez, com a sempre se orientara para a aplicação de palmil-
do 4º em martelo. has, de protetores, de calçado confortável. Em
muitos dos casos darão resultados excelentes.
O alongamento tendinoso do extensor, a capsu- Se a deformação e importante, as recidivas
lotomia dorsal metatarsofalángica com o 2º ou o serão numerosas e quase freqüentemente de
4º em garra, mediante o transplante eventual do origem estático. Em tais casos será indispensáv-
flexor sobre o extensor, de acordo com o acon- el tratar a afecção desde, um começo.
selhado por Lelievre. E, geralmente, o tratamento não poderá ser
O calo tendinoso do extensor próprio do dedo outro que o cirúrgico.
gordo vai impor a cura do pé excavado interno
pelo alongamento do tendão. Dirigir ao doente para o cirurgião especialista,
quem praticara uma remodelagem da articu-
O calo fistulizado do 1º metatarsiano varo, ou lação defeituosa com o fim de reconstruir uma
da tuberosidade do calcâneo, determinara a cura arquitetura mais normal do pé. ¤
do varo, ou da deformação de Haglund, mediante
uma aplicação antibiótica que seguira o ato cirúr- Material publicado na revista
gico, e a doença será imobilizada com ou sem Podologia Argentina

www.revistapodologia.com 28
Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez
Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livro
traduzido para o português deste importante e reconhecido
profissional espanhol, e colaborar desta forma com o avanço
da podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estética
dos pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade


Complutense de Madri.
- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)
- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de
Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes,
associações e escolas esportivas.
- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de
USA).

Autor dos livros:


- Podologia Esportiva - Historia clínica, exploração e caracte-
rísticas do calçado esportivo - Podologia Esportiva no Futebol
- Exostoses gerais e calcâneo patológico - Podologia
Esportiva no Futebol.
Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoamento
em Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da Universidade Complutense de
Madrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço de Medicina Preventiva do
Hospital Clínico San Carlos de Madri.

Assistente, participante e palestrante em cursos, seminários, simpósios, jornadas, congressos e conferên-


cias sobre temas de Podologia.

Indice
Introdução - Lesões do pé Capitulo 4 Capitulo 6
- Biomecânica do pé e do tornozelo. Exploração muscular, ligamentosa e Exploração neurológica.
- Natureza das lesões. tendinosa. Lesões neurológicas.
- Causa que ocasionam as lesões. Breve recordação dos músculos do pé. - Neuroma de Morton. - Ciática.
- Calçado esportivo. Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.
Capitulo 7
- Fatores biomecânicos. - Tendinite do Aquiles.
Exploração dos dedos e das unhas.
- Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.
Capitulo 1 Lesões dos dedos.
- Lesões musculares mais comuns.
Explorações específicas. Lesões das unhas.
- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.
- Dessimetrias. - Formação digital.
- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular. Capitulo 8
- Formação metatarsal.
- Contusões e rupturas. Exploração da dor.
Capitulo 2 - Ruptura parcial do tendão de Aquiles. Lesões dolorosas do pé.
Exploração dermatológica. - Ruptura total do tendão de Aquiles. - Metatarsalgia.
Lesões dermatológicas. - Talalgia. - Bursite.
Capitulo 5
- Feridas. - Infecção por fungos. Capitulo 9
Exploração vascular, arterial e venosa.
- Infecção por vírus (papilomas). Exploração óssea.
Exploração. Métodos de laboratório.
- Bolhas e flictenas. - Queimaduras. Lesões ósseas.
Lesões vasculares.
- Calos e calosidades. - Fraturas em geral.
- Insuficiência arterial periférica.
Capitulo 3 - Obstruções. - Insuficiência venosa. - Fratura dos dedos do pé.
Exploração articular. - Síndrome pós-flebítico. - Fratura dos metatarsianos.
Lesões articulares. - Trombo embolismo pulmonar. Capitulo 10
- Artropatias. - Cistos sinoviais. - Úlceras das extremidades inferiores. Explorações complementares
- Sinovite. - Gota. - Úlceras arteriais. - Úlceras venosas. - Podoscópio. - Fotopodograma.
- Entorses do tornozelo. - Varizes. - Tromboflebite. - Pé plano. - Pé cavo.

Vendas: shop virtual www.shop.mercobeauty.com


revista@revistapodologia.com - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m
www.revistapodologia.com 29
POSTERS
PODOLÓGICOS
DIDÁTICOS
40 x 30 cm

ONICOMICOSIS - ONICOMICOSES

ESQUELETO
DEL PIE 1
ESQUELETO
DO PÉ 1 REFLEXOLOGIA PODAL

CLASIFICACIÓN MORFOLÓGICA DE LOS PIES


ESQUELETO DEL PIE 2 CLASIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DOS PÉS
ESQUELETO DO PÉ 2

SISTEMA MÚSCULO VASCULAR CALLOSIDADES Y TIPOS DE CALLOS


SISTEMA MÚSCULO VASCULAR CALOSIDADES E TIPOS DE CALOS

Mercobeauty Imp e Exp de Produtos de Beleza Ltda.


Email: revista@revistapodologia.com - revistapodologia@gmail.com
Shop virtual: www.shop.mercobeauty.com

También podría gustarte