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Diretora c ientífic a
Podologa Márcia Nogueira
Humor
Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 28.
ÍNDICE
Pag.
5 - Terapia fotodinâmica tópica para onicomicoses.
7 - Diabetes Mellitus. Folheto educativo como aporte para a prevenção.
13 - Saltos y remédios.
20 - Fístulas e higromas nos pés.
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1º Congresso Brasileiro de Podologia
Domingo 18 e Segunda 19 de Maio de 2008
Palestrantes e palestras
Local: Centro de Convenções Sul America - Cidade Nova - Rio de Janeiro - Brasil
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Terapia Fotodinâmica Tópica para Onicomicoses.
Podologo Armando Bega. Brasil.
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Diabetes Mellitus.
Folheto Educativo como Aporte para a Prevenção.
Autores:
Dr. Alberto Quirantes Hernández * - Dr. Jorge Jiménez Armada **
Dr. Vladimir Curbelo Serrano ** - Dr. Leonel López Granja ***
Dr. Alberto Quirantes Moreno **** - Tec. Miriam Mesa Rosales *****
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Saltos e Remédios.
Lic. Virginia Fedrizzi. Brasil.
A relação das mulheres e homens com os Recorrentes são as dúvidas sobre até que ponto
saltos altos vêm de longa data, alguns registros pode ser verdade tudo o que se ouve e lê a
datam de 2000 a.C., onde nas sociedades anti- respeito deste estilo que encanta mulheres que
gas, os homens caçavam e proviam o lar e as enquanto jovens se recusam sequer a pensar nas
mulheres criavam, educavam e alimentavam conseqüências decorrentes das escolhas que
suas famílias, pressupondo uma divisão de tare- vem fazendo hoje poderiam vir no futuro.
fas sem desigualdades.
A altura ideal dos saltos para uso diário
Rituais para homenagear as mulheres colo-
cavam-nas em pedestais de pedra de quase dois Alguns ortopedistas recomendam o uso de
metros de altura em sinal de reconhecimento e saltos de aproximadamente 2 a 3cm, porque
valorização a ela pelos cuidados com a família e seria altura considerada ideal, segundo estudos
o lar. científicos, para iniciar a caminhada. Esta espé-
Devido a altura destes, passaram a diminuí-los, cie de "plataforma de lançamento" diminuiria o
gradativamente de tamanho, sendo então con- esforço que ocorreria toda vez que se inicia um
feccionados com materiais mais leves e amarra- passo e o movimento de caminhar perdurando ao
dos aos seus pés e, com auxílio de outras pes- longo do mesmo, mas em menor intensidade, até
soas, mantinham-se em local de destaque per- cessar o movimento.
ante todos e também conseguiam participar das Este esforço poderia estar relacionado com
festividades. desgastes e deformações em regiões específicas
do pé, tornozelos, joelhos, pernas e coluna.
Por muito tempo o sapato designava proteção Importante o uso do salto, mas igualmente
para os pés e em algumas sociedades também importante é entender anatômica e ortopedica-
representava a classe social a que o usuário per- mente quais efeitos que os mesmos podem
tencia, em outras o sapato definia o homem livre, causar.
dos escravos.
Quem sempre usou saltos altos não consegue
A idéia dos pedestais corria o mundo antigo, usar saltos baixos
como em Veneza onde as damas da nobreza para
fugir do fenômeno da "Água Alta", utilizavam altas Não seria verdade. O que estaria ocorrendo ao
estruturas aos pés, as primeiras "plataformas", pé e perna seria uma espécie de atrofiamento
impossíveis de caminhar sem apoio, e assim temporário de toda musculatura, ligamentos,
mesmo cada vez mais a altura se tornava um nervos e demais partes posteriores da perna
símbolo de status. habituada ao uso de saltos altos.
Assim, o tanto de altura que o salto estaria evi-
Os reis franceses denominados Luízes uti- tando fazer para que o pé não encoste no chão,
lizavam os saltos uma importante peça do seu será o tamanho do objetivo de quem está queren-
vestuário como forma de mostrar simbolica- do usar calçados baixos sem dor. Ou seja, trabal-
mente sua superioridade, conhecidos até hoje os har na recuperação destas partes através de
famosos saltos Luiz XV. alongamento, fisioterapia, massagens, ginástica,
com orientação, para que seja possível voltar aos
Falar em saltos altos sem tentar fazer um raio poucos a contar com o funcionamento da pan-
x do pé em questão, no momento do uso pode se turrilha, perna e conseqüentemente o restante
tornar em uma espécie de retórica. Na prática, o do corpo, sem dor.
que poderia estar ocorrendo a quem usa este
estilo de salto, com a intenção de partilhar exper- O uso de salto alto dá varizes
iências sobre o que pode estar ocorrendo fisica-
mente neste momento e propor uma perspectiva Até muito recentemente sempre se soube que
mais realista baseada em atendimentos a era melhor evitar o uso de calçados com salto
clientes que tem dificuldades em encontrar alto mas, através de uma criteriosa pesquisa
calçados, conseqüência das escolhas feitas desenvolvida durante dois anos pelo professor e
quando mais novas. cirurgião vascular do Hospital das Clínicas da
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Unicamp, em Campinas (SP), teríamos uma
outra realidade.
Dr. João Potério Filho diz: "Com o elevamento
do calcanhar, os músculos das pernas fazem
mais força, ajudando assim a diminuir a pressão
nas veias, que normalmente provocam os
inchaços, independentemente de haver ou não a
flexão dos pés", e indica o difícil e lento retorno
do sangue como causador de varizes.
Além do fator hereditariedade e se a ela se aliar
uma vida sedentária, obesidade, constipação
intestinal, longos períodos de permanência em
pé e ao uso não moderado de saltos altos,
aumentariam o risco de aparecimento das
varizes.
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Coluna
Lordoses
normal
lombar
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tipo físico da brasileira. ao qual não se esteja preparado, provavelmente a
E é neste ponto que, ainda jovens legiões de conseqüência seria a de dores, inchaços e até
mulheres se dispõem a treinar sua capacidade lesões. No caso do pé, que em geral é uma estru-
para não dispensar mais do salto, aceitando ser tura praticamente sem gorduras, com um sis-
algo natural, o sacrifício a que estão sujeitas, por tema integrado de músculos, nervos, ligamentos,
motivos inconscientes ligados principalmente ossos, veias, enfim, uma engrenagem para a
padrões estéticos e de moda. locomoção, o inchaço é um indício que deva ser
Quase sempre quando há o aparecimento de investigado.
bolhas, inchaço, câimbras, calosidades, defor- O calçado poderia ser o responsável pelo
mação dos dedos e dores no pé, panturrilha, joel- inchaço dos pés, mas não apenas pela altura dos
hos, poderiam estar servindo de alerta para algo saltos, pelo tipo de salto, também pela largura
que não estaria funcionando bem e que ainda de fôrma, tipo de gáspea, materiais de que ele é
nesta fase não teria efeitos graves e suficiente- feito, além da atividade que se está fazendo com
mente visíveis. Com o passar do tempo, através o tipo de calçado escolhido.
dos contatos com mulheres acima dos 40 anos,
o que geralmente ocorre é o arrependimento Queimação embaixo do pé, abaixo dos dedos
pelas escolhas de seus calçados, mal orientadas e o aparecimento de bolhas
e impulsivas no período da juventude.
Bastaria observar e tentar entender se seria O aparecimento de bolhas seria decorrência do
apenas uma coincidência ou então investigar o atrito/fricção a que a pele teria sido submetida
porquê da opção de calçado mudar radicalmente quando não existe espaço suficiente para que ela
para o uso de tênis ou outros modelos con- se expanda podendo realizar o movimento dese-
fortáveis nos dias seguintes ao uso de saltos jado. Inicialmente há um pequeno avermel-
altos. hamento da pele que pode aumentar causando o
descolamento da pele pela irritação até machu-
Pé incha quando o uso de saltos altos car o tecido.
O estágio inicial deste processo seria a sensação
O uso de saltos altos exige um esforço de todas de queimação, algumas vezes provocada pelo atri-
as articulações dos pés, tornozelos e pernas, to que o pé, com ou sem meias, sofre contra a
pelo tipo de postura que o corpo assume, e este palmilha dentro do calçado. Em alguns casos o
aspecto já vem sendo abordado por especialistas forro da palmilha sendo de material sintético, por
de várias áreas. exemplo, aumentaria mais a propensão à for-
Usando a dança como exemplo de esforço, não mação de bolhas e machucados nos pés, pois não
para um profissional da área, habituado a exercí- haveria a absorção natural do suor porque o mate-
cios e trabalho muscular, mas para o caso de rial não tem esta característica e o pé per-
pessoas normais que saem para dançar com maneceria escorregando dentro do calçado.
saltos altos. Para este tipo de 'atividade extra', Existem alternativas para estes casos, uma
elas poderiam estar aumentando os esforços de delas seria trocar a palmilha para materiais
toda a estrutura do corpo para conseguir realizar como o couro, ou usar meias-palmilhas esto-
os movimentos que estão sendo impostos a ela. fadas, próprias para esta região de maior atrito
Como para qualquer outra parte do corpo onde para aliviar o desconforto do pé.
houvesse a exigência de um movimento repetido
Opções para quem precisa usar saltos altos
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Fístulas e Higromas nos Pés.
Tem aqui um tema banal e complexo por vez. congênito ou suscitado, constitui um ponto de
Banal por que em podologia o higroma ou a fís- partida para a hiper-pressão e, por onde, para a
tula se encontram muito correntemente, e com- instabilidade, motivo de uma atitude viciosa que
plexo por que cada um dos casos que enfrenta- recairá sobre a arquitetura e a fisiologia funcional
mos nos oferece um problema muito particular. do pé. Pressão, mais deformação, são as rações
intimamente ligadas às lesões microtraumáticas,
O estudo deve fazer-se em função a: em onde a fricção chega a seu ponto máximo.
- Sua localização Vale dizer que os fatores desencadeantes de esta
- Evolução afecção são agentes mecânicos e químicos de
- Estado da pele ordem externa.
- E as complicações que podem sobrevir.
Apesar dos progressos da higiene e a educação
Algumas vezes o tratamento terá um resultado moderna, ainda se encontram pés desaseados
espetacular, quase milagroso. Outros a recidiva em um gabinete de podólogo. Mas são os
nos levara a fase inicial. anciãos e os alcoólicos que apresentam maiores
Em efeito, segundo Leriche, ''Toda operação dificuldades sobre sua pele, mal irrigadas, secas,
que não logre destruir a causa, sera infalivel- fracas, muito descamadas, lábil, com problemas
mente destinado ao fracasso''. tráficos importantes em unhas frágeis ou rotas.
Entre os casos com maiores alterações, em seu
ETIOLOGIA estado geral se encontram os diabéticos, os
artríticos, os ateroscleróticos, etc. com proble-
Em primeira instancia a causa essencial é um mas agravados e debilitados por transtornos
microtraumatismo repetido. Motivo muito evi- neurovegetativos.
dente, sempre ligado a causas secundarias. O
homem civilizado esta obrigado a calçar-se, mas Resumindo, o estado do pé e da pele, muito
deveria fazê-lo de tal forma que não submeter-se particularmente, jogam papeis primordiais na
seus pés a uma pressão rígida e sustentada. defesa de uma epidermes inibida de reacionar
O problema se complica quando, ademais, anticorpos estranhos e corrosivos, que faram
existem deformações ósseas de origem estático- processos de aceração, fistulizações e, em ultima
congenitos, no nível dos quais se exerce uma instancia, necrosantes nas zonas profundas e
pressão máxima. nos espaços subjacentes. Os corrosivos provo-
caram a maceração das placas córneas e
OS MICROTRAUMATISMOS destruíram as papilas dérmicas vizinhas. Uma
reação congestiva do tecido interno favorecera ao
A repetida hiper-pressão, unido as fricções lat- traumatismo e a formação de um higroma. Se
erais e transversais do sapato, provocam uma este já existe, ira ao obsceso.
irritação no tecido celular interno e a sua vez a
epidermes sofre uma hiperqueratoses. ANATOMIA PATOLÓGICA
Continuam as pressões que, em uma segunda
etapa, laceram os tecidos conjuntivos, dando ''As feridas inflamadas ao seu redor não cica-
origem a um pseudo higroma, afecção tórpida no trizaram ate o cesse da inflamação.
principio, dolorosa depois e, por ultimo, infla- As zonas circundantes se obscurecem, seja
matória. pela influencia sangüínea, seja por alguma varice
A formação da bolsa secrosa, como defesa do inflamada. E não voltara à normalidade, ate que
organismo, representa uma coberta que quando as zonas do ao redor não se tenham sarado''.
se machuca provoca uma fistula. O estado anatomopatológico das fistulas
demonstram que, em si, não só a doença senão
PERTURBAÇÃO ESTÁTICA DO PÉ E a conseqüência de uma doença.
DOS DEDOS A fístula pode definir-se como um processo
anormal sem possível tendência a cicatrização
Toda a deformação do pe, já seja de origem espontânea, por estar intimamente ligada ao
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cizallamento, ou fricção da pele do dedo. va pela falta de higiene, as perturbações estáti-
Pode ser congênita e a conseqüência de uma cas e os traumatismos repetidos.
involução embrionária. O mais freqüente e que
um arco bronquial não tenha evoluído e transfor- CONSTITUIÇÃO DA FÍSTULA O HIGROMA
mado para constituir-se em um órgão próprio de
sua natureza, como o ouvido, a laringe, os Ao longo do estudo anatômico de uma dureza
grandes vasos do coração, etc. fistular podemos seguir sua evolução. Situa-se
Se as comunicações intrauriculares ou aorti- em um ponto particularmente agredido pelo
copulmonares são as mais conhecidas de todas, calçado. ''E a expressão mais freqüente desta
não tem que se esquecer que as fistulas do patologia produzida por pressão'', segundo a
pescoço podem comunicar ou não com o ouvido, definiu também Lelievre. As durezas plantares
a boca, a laringe, e que já na segunda semana de muito raramente se fistulizem. Nas que tem
vida embrionária devem aparecer, e que são os tendência a região pulpar ou retrocalcânea,
vestígios desses arcos. Herança dos peixes, que acompanhadas por um principio de esfacelo, o
nos mamíferos, as aves e posterior ao homem, pus que complica a infecção não pode exteri-
tiveram ceder lugar - pouco a pouco aos órgãos orizar-se, senão por uma fístula ou higroma.
apropriados. Estas fistulas embrionárias tem um Este e o fim obrigado de um longo e duro cam-
longo trajeto regulado pelas células dos arcos inho da serosidade ou do pus que se forma e
bronquiais. Em conseqüência, estão perfeita- que, bloqueados nas capas profundas pelo apoio
mente construídas. osteotendinoso, não tem outra saída que para o
exterior de levantar ulteriormente o opérculo cór-
Têm outras fistulas que são especificas das neo (fig. I).
doenças que acompanham, e que aparecem
recobertas por células patológicas, testemunhas Hiperqueratoses
dos processos mórbidos iniciais. São as fistulas
tuberculosas, sifilíticas, actinomicoticas,
esporotricosicas, cancerosas, etc. O exame
microscópico de uma porção qualquer de sua
estrutura apresenta células gigantes (tuberculos-
es, sífilis). Reproduzem o câncer inicial ou de
células filamentosas (no actinomicosis e a Fístula Calo
esporotricoses).
E muito rara a fístula a nível de uma dureza plan- As autenticas fistulas, longas ou sinuosas são
tar. Seus lugares de preferência são: as superfícies produto dos helomas digitais. Nos demais casos,
metatarsianas, a exostoses em geral e a do 1º em como calo tendinoso, plantar, interdigital, inter-
particular, e baixo a cabeça do 5º dedo. falângico, do dedo gordo da cara posterior do
Seguindo o plano do declive, o trajeto de calcâneo, os situados baixo uma cabeça metatar-
drenagem e mais curto. A proximidade da cavi- siana com acusada saliência, etc. pode tratar-se
dade serosa mantém aberta por mais tempo a de um orifício provocado pelo roce. E isto, na
ferida, e toma as características típicas de uma medida em que a pele, adelgaçado e oprimida
ulceração, mais que de uma fistula. este contra os planos profundos sem a proteção
Ao nível de um tendão tem rasgos específicos, do tecido celular.
dado que na profundidade não se encontram E quando doenças como diabetes, artrites, ou
tecidos ósseos, senão (neste caso) o tendão neurológicas como Tabes, Parkinson, etc. pertur-
extensor do dedo gordo em retração. Ai estar a bam a nutrição celular e a notificação do tecido
pele muito delgada e o tecido celular subcutâneo cutâneo por roce, e fator importante no processo
pouco profundo, não se ode falar de fistula, fistular.
senão de esfacelo cutâneo.
O higroma do hallux valgus, a bolsa serosa DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
sofre a dobre fricção: pela exostoses e pelo roce.
O micro traumatismo inflama o higroma direta- O olho de galo, originado pela compreensão
mente. Pode faltar a hiperqueratoses. A pele esta das articulações inter-falângicas não é, em reali-
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dade, uma fistula. Por quanto a pele de entre os causa, a coleção mal drenada se difundira para
dedos não se tenha espessado. O olho de galo e, os pianos musculares e tendinosos do pé. E for-
como muito, um papiloma traumático formado mara uma osteítes, uma osteoartrites, ou uma
por tecidos macerados sem aeração, e com fre- tendinite supurante.
qüência, complicados por uma micoses.
Ante um dedo tumefacto, recoberto por uma
Dureza úmida: As estatísticas mais otimistas pele de cor vinho, e branco amarelado para os
afirmam sua cicatrização a curto prazo, e nas bordes do orifício fistular, que deixa sair um liq-
ultra rápidas, quase milagrosas, não se trata de uido purulento que contrasta com a intensidade
outra coisa que de durezas úmidas e não de das dores, se impõem um exame de urina e outro
calos fistulosos. E prudente evitar confusões no de sangue para precisar uma provável diabetes.
reconhecimento da dureza. Nos casos como o que apresenta a gente idosa,
se pode observar o vermelho dos tegumentos e o
Quais são, pois, suas características? aspecto esverdeado e delgado na proximidade do
orifício fistular, com fortes dores espontâneos de
Em aparência, nenhuma; mas assinalamos a tipo queimado. E então quando o controle do
falta da bolsa serosa no tecido conjuntivo. podologo deve ser de rigor, para eliminar assim,
Ao nível da dermes aparece uma espécie de uma artrites senil.
flictena baixo uma delgada capa queratinizada, Tem outros casos, como os das artrites juvenil,
se a cavidade resume um liquido seroso, com ou onde o controle não e de tanta urgência. Mas se
sem carga sanguínea, ou de pus, a cicatrização nos de origem sifilítico, nos quais são respeita-
será rápida, depois de uma aplicação indolora, dos os troncos arteriais principais, enquanto que
sem anestesia. as arteriolas e as colaterais dos dedos se apre-
sentam com tromboses.
A cicatrização se obtém mediante uma simples
oclusão asséptica durante dois ou três dias. De igual modo quando aparece uma infla-
A origem do calo úmido e puramente traumáti- mação cor pele de cebola nos extremos dos
co, e se localiza sobre o dorso de um dedo ou dedos. E quando a unha se desprende pouco a
extremidade em um espaço interdigital. pouco, o interrogatório deve precisar todos os
antecedentes, principalmente antes as alternati-
E da extremidade falangica não apresenta fis- vas de um sincope digital, com palidez tegumen-
tulas, mas sofre pressão cutânea, o mesmo que tária que lembra a doença de Reynaud.
um heloma subungueal, que forma uma massa
de tecido epidérmico aderido a tegumento que Assim mesmo, em todos os casos de epider-
separa a unha de seus leito. A ausência do teci- mes queratinizada baixo os esforços conjuntos
do celular não permite a formação de uma cavi- dos micro-traumatismos e da perturbação vascu-
dade purulenta ou serosa, mas, em troca lar. O orifício fistular e que mais demonstra esta
favorece a mortificação epidérmica. morte celular a traves da drenagem cutânea de
pus subjacente.
EVOLUÇÃO
Nos gotosos, o higroma pode conter atrofias
Algumas fístulas curam espontaneamente, se a sobre as zonas irradiadas, e a evolução pode
causa e imputável a outras afecções. fazer-se para uma radio-dermites, ou um mal
Apresentam recidivas, a pesar dos cuidados. perfurante plantar. Todas estas causas terão uma
Por ele, a investigação deve orientar-se para as repercussão psíquica, por quanto a intensidade
causas, que podem ser: micro traumáticas (pelo da dor terá irritável ao sujeito.
calçado), por afecções estáticas, e eventual- Tanto como em toda doença que apresente um
mente, um mal terreno. pé espastico, ou uma alteração grave na motrici-
dade e a sensibilidade, onde a fístula se rodeia
Conhecemos as quatro fases evolutivas de um halo tórpido, a pele esta murcha, fria e
descritas por Wallet: úmida, unida aos transtornos neurovegetativos e
1º) Período de sensibilidade (dor a pressão); a doença neurológica.
2º) Período doloroso (dor vivo, especificamente
no periostio); Em presença de uma fístula recidiva, e quando
3º) Período de infecção (o abscesso pode fistu- o estado da doença assim o requeira, será
lar-se. Dor insuportável); necessário investigar as causas da lesão ociosa,
4º) Período insuportável (bolsa serosa infecta- (Espícula, saliência anormal osteofítica, etc.)
da). Então terá que recorrer ao radiologo e ao
Se o tratamento não se orienta em função a cirurgião.
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TRATAMENTO PODOLOGICO Ver ao doente diariamente.
Na etapa infecciosa as aplicações úmidas
Estudo do terreno. devem ser continuas - dia e noite -, com repouso
Prudência. obrigatório. Se sé observa-se uma reação gan-
Importância do interrogatório. glionar artrítica, ou de transtornos vasomotores
Investigação da diabetes, a arterites, os graves, e indispensável a consulta medica.
transtornos vasomotores e neurológicos. Em alguns casos, se a pesar dos cuidados nada
Verificar a pedigrafia. Em função da impressão impede a recidiva, e aconselhável a aplicação de
clinica, se impõe esperar dois ou três dias antes uma pequena próteses para impedir os trauma-
de iniciar a cicatrização. tismos.
Prescrever compressas úmidas alcoolizadas, e
manter as pernas esticadas o possível. Estas medidas são úteis nas afecções vascu-
Asseptizar o campo operatório e os instrumen- lares e neurológicas, onde a pele se ulcera facil-
tos. mente.
Em presença de peles frágeis, desinfetar pref- Calos dorsais: sobre o começo do dedo se
erentemente com produtos especiais. fixara um tubo de gaza, na qual se terá desliza-
Nos demais casos, o álcool facilita a delimi- do um pouco de algodão hidrófilo, com o fim de
tação das queratoses. isolar completamente a dureza da pressão do
Em conseqüência, a esfoliação do calo se terá sapato.
com muita suavidade, por quanto os tecidos O olho do galo, particularmente doloroso, será
estão hipersensibilizados. isolado com uma pequena proteção que separe
O instrumental bem afiado, para evitar a menor os dois dedos; para evitar a compressão.
pressão sobre uma zona dolorosa. O isolamento do calo fistuloso ao nível de uma
Abrir o ponto córneo em profundidade, e ir cabeça metatarsiana se obtém facilmente, mercê
eliminando, por turno, o mais minuciosamente a um protetor de espuma de goma ou de látex
possível. em forma de cubeta.
Apresentam-se dois casos: Bem entendido fica que, quando estas pro-
1º) Fístula aberta espontaneamente, que per- teções locais não são suficientes convém
mite a passagem de um liquido seroso, sangue e recomendar palmilhas ortopédicas, aos efeitos
pus, seguido pela eliminação da infecção, de evitar um apoio exagerado no ante-pé.
2º) O trajeto fistular esta obstruído pela mem- Entre as diferentes medicações, se pode pre-
brana. screver: a eletro-coagulação, a radioterapia,
Então, empurrar e despegar com o instrumen- radiodermites e meios perfurantes.
to fino, a fim de esfoliar o orifício com precisão e Ficam contra-indicados o nitrato de prata, o
ao máximo, e permitir a evacuação do liquido. nitrol, todos os ácidos e os queratolíticos.
Mexer a profundidade da fístula e assegurar-se Durante os períodos inflamatórios ou infec-
acerca da integridade dos tecidos subjacentes. ciosos, evitar os métodos esclerosantes das bol-
No período de sensibilidade dolorosa da bons sas serosas.
resultados este simples procedimento: E necessário saber utilizar, dosar, e não abusar
Durante o dia, tratamento asséptico; pela noite, de certos produtos antibióticos correspondentes,
prescrever compressas meio úmidas sobre a corticóides, anticicatrizantes, etc.
base de um terço de álcool a 90' e dois terços de
água fervida, tíbia. Não colocar gasas imperme- TRATAMENTO CIRÚRGICO
abilizadas, a fim de evitar uma maceração.
Manter assim durante toda a noite. Feito, a lógica aconselha a intervenção medica
Repetir a visita do doente dois ou três dias. para orientar nos casos de perturbações estáti-
E necessário recobrir a fistula, porque tem cas evidentes, ou as reveladas pelas radiografias.
tendência a fechar muito rápido. Proceder com cuidado, observar as reações
Não terminar este tratamento ate que tenha biológicas oscilo-métricas, a idade da doença e
desaparecido totalmente a inflamação. seus antecedentes.
A partir do momento em que esta já não exista,
se pode aplicar sobre a fístula duas ou três gotas Para evitar uma agressão cirúrgica, e
de álcool yodado a 1%, os efeitos de proteger os necessário ter em conta uma serie de previsões,
tecidos. e seguir os conselhos de Leriche, quem assinala:
''O cirurgião feliz, exitoso, e aquele que pensa
Dobrar a prudência durante o período infla- muito suas indicações. Quando tudo esta bem
matório, aconselhando compressas úmidas no calculado, o ato cirúrgico não e um gesto, mas e
dia e repouso pela noite, com pernas esticadas. um plano bem estabelecido''.
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Para obter eficácia, o feito deve suprimir a sustento, segundo os casos. Tem-se de proteger
causa mediante uma incisão lateral no dedo pre- com um anticoagulante, prevenindo uma eventu-
scrito, sobre a fase externa, porque através da al embolia pulmonar.
interna transcorrem as veias e artérias. Ablação
da espícula óssea, sempre que seja observável; ESTATÍSTICAS
do contrario, recorrer à radiografia, e incluso a
remissão da cabeça falangica. Se a deformação e redutível, ou pouco impor-
Pode-se associar a cura do valgo do 5º metatar- tante, cabem aos cuidados do podologo, quem
siano com a do 5º varo. E esta, a sua vez, com a sempre se orientara para a aplicação de palmil-
do 4º em martelo. has, de protetores, de calçado confortável. Em
muitos dos casos darão resultados excelentes.
O alongamento tendinoso do extensor, a capsu- Se a deformação e importante, as recidivas
lotomia dorsal metatarsofalángica com o 2º ou o serão numerosas e quase freqüentemente de
4º em garra, mediante o transplante eventual do origem estático. Em tais casos será indispensáv-
flexor sobre o extensor, de acordo com o acon- el tratar a afecção desde, um começo.
selhado por Lelievre. E, geralmente, o tratamento não poderá ser
O calo tendinoso do extensor próprio do dedo outro que o cirúrgico.
gordo vai impor a cura do pé excavado interno
pelo alongamento do tendão. Dirigir ao doente para o cirurgião especialista,
quem praticara uma remodelagem da articu-
O calo fistulizado do 1º metatarsiano varo, ou lação defeituosa com o fim de reconstruir uma
da tuberosidade do calcâneo, determinara a cura arquitetura mais normal do pé. ¤
do varo, ou da deformação de Haglund, mediante
uma aplicação antibiótica que seguira o ato cirúr- Material publicado na revista
gico, e a doença será imobilizada com ou sem Podologia Argentina
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Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez
Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livro
traduzido para o português deste importante e reconhecido
profissional espanhol, e colaborar desta forma com o avanço
da podologia que é a arte de cuidar da saúde e da estética
dos pés exercida pelo podólogo.
Indice
Introdução - Lesões do pé Capitulo 4 Capitulo 6
- Biomecânica do pé e do tornozelo. Exploração muscular, ligamentosa e Exploração neurológica.
- Natureza das lesões. tendinosa. Lesões neurológicas.
- Causa que ocasionam as lesões. Breve recordação dos músculos do pé. - Neuroma de Morton. - Ciática.
- Calçado esportivo. Lesões dos músculos, ligamentos e tendões.
Capitulo 7
- Fatores biomecânicos. - Tendinite do Aquiles.
Exploração dos dedos e das unhas.
- Tendinite do Tibial. - Fasceite plantar.
Capitulo 1 Lesões dos dedos.
- Lesões musculares mais comuns.
Explorações específicas. Lesões das unhas.
- Câimbra. - Contratura. - Alongamento.
- Dessimetrias. - Formação digital.
- Ruptura fibrilar. - Ruptura muscular. Capitulo 8
- Formação metatarsal.
- Contusões e rupturas. Exploração da dor.
Capitulo 2 - Ruptura parcial do tendão de Aquiles. Lesões dolorosas do pé.
Exploração dermatológica. - Ruptura total do tendão de Aquiles. - Metatarsalgia.
Lesões dermatológicas. - Talalgia. - Bursite.
Capitulo 5
- Feridas. - Infecção por fungos. Capitulo 9
Exploração vascular, arterial e venosa.
- Infecção por vírus (papilomas). Exploração óssea.
Exploração. Métodos de laboratório.
- Bolhas e flictenas. - Queimaduras. Lesões ósseas.
Lesões vasculares.
- Calos e calosidades. - Fraturas em geral.
- Insuficiência arterial periférica.
Capitulo 3 - Obstruções. - Insuficiência venosa. - Fratura dos dedos do pé.
Exploração articular. - Síndrome pós-flebítico. - Fratura dos metatarsianos.
Lesões articulares. - Trombo embolismo pulmonar. Capitulo 10
- Artropatias. - Cistos sinoviais. - Úlceras das extremidades inferiores. Explorações complementares
- Sinovite. - Gota. - Úlceras arteriais. - Úlceras venosas. - Podoscópio. - Fotopodograma.
- Entorses do tornozelo. - Varizes. - Tromboflebite. - Pé plano. - Pé cavo.
ONICOMICOSIS - ONICOMICOSES
ESQUELETO
DEL PIE 1
ESQUELETO
DO PÉ 1 REFLEXOLOGIA PODAL