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MECÂNICA

APLICADA
CONCEITOS FÍSICOS

GRANDEZAS FÍSICAS
São elementos determinados através de valores numéricos, acompanhados de
suas respectivas unidades de medidas. As grandezas físicas são utilizadas para
enunciar e formular conceitos e leis físicas. Os quadros abaixo apresentam as
seis principais grandezas físicas que chamamos de básicas, bem como as
grandezas derivadas com suas denominações, unidades e equivalências
descritas no sistema internacional (SI).

Tabela de Grandezas Básicas:


Grandezas Comprimento Massa Tempo Corrente Temperatura Intensidade
Básicas Elétrica Termodinâmica Luminosa
Unidades Metro Quilograma Segundos Ampére Kelvin Candela
Básicas
Símbolo m Kg s A K Cd

Tabela de Grandezas Derivadas:


Grandezas Força Pressão Energia / Potência Tensão
Derivadas Trabalho Elétrica
Unidades Newton Pascal Joule Watt Volt
Derivadas
Símbolo N Pa J W V
Relação 1N = 1Kg.m/s2 1Pa = 1 N / m2 1J = 1 N. m 1W = 1 J / s 1V = 1 W / A

Tabela de Grandezas (Tempo, Massa e Pressão):


Grandezas Tempo Massa Pressão Tempo Tempo
Unidades Minuto Tonelada Megabaria Hora Dia
Derivadas
Símbolo Min T bar h d
Relação 1min = 60s 1T = 1000Kg 1bar = 1h = 60min 1d = 24h
100000Pa 1h = 3600s 1d = 86400s

Tabela de Múltiplos e Submúltiplos:


Múltiplos/Submúltiplos do
Metro:

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CONVERSÃO DE UNIDADES:
Para a conversão de unidades, basta que façamos a substituição do prefixo pelo
fator de multiplicação equivalente. Exemplo:
245 daN em N=> 24,1 . 1ON =>241N

54,7KJ em J=> 54,7 . 1000J=>54.700J

MEDIDAS DE COMPRIMENTO NO S.I.(Sistema Internacional):


A unidade de medida de comprimento no S.I. é o metro (m).

Exercícios:
1. Transforme:
a) 3,4 Km em cm:

b) 140 μm em mm:

c) 256 Kw em Mw:

d) 1023 bar em Mbar:

2. Efetue a soma em mm
a) 244,1 cm + 10,5 mm + 16.4 μm + 8,2 dm:

b) 76 μm + 3 cm + 24 cm + 3,2 mm:

3. Converter as unidades:
a) 3.345 kg em T =

b) 90 m/s em m/min =

c) 10.558 Pa em bar =

d) 282 W/A em V =

DENSIDADE( ρ )
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Definição: é a relação entre a massa do corpo e o seu respectivo volume.
Assim teremos:
ρ=m/V onde: m = massa - em g ou kg
V = volume - em cm3 ou dm3
ρ = densidade ou massa específica – em g/cm3 ou
kg/dm3

Densidade é a função direta entre massa e volume e depende do material dos


corpos:
Denominação / Material Densidade (g/cm3)
Água 1
Aço ( liga Fe-C) 7,89
FoFo ( liga Fe-C) 7,2 e 7,3
Aço Inox (liga Fe-C-Cr) 7,0 a 7,84
Zinco (Zn) 7,14
Estanho (Sn) 7,3
Cobre (C) 8,94
Chumbo (Pb) 11,3
Latão (liga Cu-Zn) 8,4 a 8,6
Bronze (liga Cu-Sn) 7,6 a 8,8
Alumínio (Al) 2,7
Magnésio (Mg) 2,7
Níquel (Ni) 8,9
Ouro (Au) 9,32
Fósforo (P) 1,83
Ferro (Fe) 7,85
Carbono (C) 3,51
Mercúrio (Hg) 13,6
Acetileno (C2H2) 1,17 Kg/m3
Oxigênio (O2) 1,43 Kg/m3
Hidrogênio (H2) 0,09 Kg/m3
MASSA:
Cada corpo possui uma quantidade definida de material a que chamamos de
massa.
A massa é determinada através do equilíbrio numa balança como uma outra de
quantidade conhecida.
Numericamente definimos a massa como sendo o produto do volume pela
densidade desse material.
m=V.ρ
sendo: m - Massa (g) V - volume (cm3) ρ - densidade (g/cm3)
Não podemos confundir massa com peso, pois a massa é sempre constante e o
peso sempre varia com a localização devido a Força da Gravidade.

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A UNIDADE PADRÃO DA MASSA É O QUILOGRAMA (KG) QUE
CORRESPONDE À MASSA DE UM CILINDRO DE PLATINA IRIDIADA.

O submúltiplo e o múltiplo usuais do quilograma são, respectivamente, o grama


(g) e a tonelada (t).
1g = 1 / 1000 kg = 10 -3 kg
1t =1000 kg = lO3 kg

A medida da massa de um corpo pode ser feita por meio de uma balança, através
da comparação com massas padrão.

Exercícios:
1. Calcular a massa da peça abaixo em kg, dado densidade do material de
7,89 g/cm3

2. Calcular a densidade da peça abaixo em g/cm3 sabendo-se que sua massa


é de 44,532kg:

3. Determine para a peça de Alumínio abaixo, sua massa e peso.

PESO:
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A terra exerce sobre os corpos uma atração direcionada para seu próprio centro.
Essa atração é chamada “força de gravidade” e varia em relação a altitude em
que se encontra o corpo. Além disso, em função do movimento de rotação da
terra, surge uma força centrífuga que é máxima no Equador e nula nos pólos.
Chamamos de peso a resultante dessas forças que atuam nos corpos situados na
superfície terrestre.
Observação: o peso de um corpo varia com a altitude e a posição
geográfica.
Isaac Newton determinou experimentalmente que qualquer corpo de massa (m)

em queda livre adquire aceleração da gravidade .


Definiu-se que peso é o produto da massa pela aceleração da gravidade. A
aceleração da gravidade depende da natureza dos corpos, mas varia de lugar
para lugar.
Observação: para nossos cálculos e aplicações técnicas consideramos

desprezíveis as diferenças de , considerando-o como 10 m/s2.


EXEMPLOS DE ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE:
Equador 9,78 m/s2 Roma 9,80 m/s2
Paris 9,81 m/s2 pólos 9,83 m/s2
Lua 1,62 m/s2 Júpter 26m/s2

Unidades de peso (S.I.)


P = kg . m = N
s2
Exercícios:
1. Calcule o peso de 100 g de ouro na terra e na lua.

2. Determine a massa de uma peça de 385 N de peso.

3. Determine o peso de um corpo de massa 100 kg .

4. Determine a aceleração de uma região onde uma peça possui 400N de


peso e uma massa de 25kg.

INÉRCIA E FORÇA

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Quando um ônibus “arranca” a partir do repouso os passageiros tendem a
deslocar-se para trás, resistindo ao movimento. Da mesma forma, quando o
ônibus já em movimento freia, os passageiros deslocam-se para frente tendendo
a continuar com a velocidade que possuíam.

Essa característica que os corpos têm de resistir às mudanças do seu estado de


repouso ou de movimento recebe o nome de inércia.

Inércia é a propriedade da matéria de resistir a qualquer variação do seu


estado de movimento ou de repouso.

Por experiência própria, sabemos que os corpos que apresentam maior inércia
são aqueles que apresentam maior massa.
Por exemplo, é mais fácil empurrar um carrinho vazio do que um cheio de
compras.
O carrinho com compras oferecem maior resistência para sair do repouso.

Podemos, então, associar a massa de um corpo a sua inércia, dizendo que a


massa de um corpo é a medida numérica de sua inércia.

VELOCIDADE E ACELERAÇÃO
VELOCIDADE MÉDIA

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t1 t2

s1 s2

Δs
vm =
Δt

Δs = s 2 − s1
Δt = t 2 − t1

vm = velocidade média (unidade: m/s, km/h)


Δs = deslocamento (m)
Δt = tempo (s, h)

Transformação de Unidade de Velocidade


1km 1000m 1
= = m/s
h 3600s 3,6

"Para transformar uma velocidade em km/h para m/s, devemos dividir a


velocidade por 3,6. Para transformar uma velocidade em m/s para km/h, devemos
multiplicar a velocidade por 3,6."

Exercícios
1- Quando o brasileiro Joaquim Cruz ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas
de Los Angeles, correu 800m em 100s. Qual foi sua velocidade média?

2- Suponha que um trem-bala gaste 3 horas para percorrer a distância de 750


km. Qual a velocidade média deste trem?

3- O velocímetro de um carro indica 72 km/h. Expresse a velocidade deste carro


em m/s.
ACELERAÇÃO
Em um movimento, quando há uma variação de velocidade uniformemente com o
tempo, dizemos que neste existe uma aceleração. Numericamente temos:

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Δv
a= sendo: Δv = v2 - v1
Δt
Δt = t2 - t1
Onde:
a = aceleração (m/s2)
Δv = variação da velocidade (m/s)
Δt = variação do tempo (s)

Exercícios
1- Entre 0 e 3s, a velocidade de um helicóptero em MUV varia de 4 m/s para 21
m/s. Qual a sua aceleração?

2- Um rapaz estava dirigindo uma motocicleta a uma velocidade de 20 m/s


quando acionou os freios e parou em 4s. Determine a aceleração imprimida pelos
freios à motocicleta.

FORÇAS
Quando acontece uma interação entre corpos podem ocorrer variações na
velocidade, deformações ou ambos os fenômenos.
As causas dessas variações ou deformações são denominadas forças. Quando
um corpo é abandonado de uma determinada altura, cai com movimento
acelerado devido à força de atração da Terra.

Ao chutarmos uma bola, o pé faz sobre


ela uma força que além da deformação,
inicia - lhe o movimento.

As Forças se classificam em:


FORÇA DE CONTATO - Quando as superfícies dos corpos que interagem se
tocam. Exemplo: interação pé-bola.
FORÇA DE CAMPO - Quando as superfícies dos corpos que interagem não se
tocam. Exemplo: interação terra-maçã, magnetismo.
Em Dinâmica vamos tratar com forças cujo efeito principal é causar variações na
velocidade de um corpo, isto é, aceleração.

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“Forças são interações entre corpos, causando variações no seu estado de
movimento, repouso ou deformação”.

Tal qual a aceleração, a força é uma grandeza vetorial, exigindo, portanto, para
que seja caracterizada:
I. Ponto de contato
II. Intensidade (módulo)
III. Direção ( θ )
IV. Sentido.

A unidade de força no SI é o Newton (N), definida no capítulo referente ao Peso.

FORÇA RESULTANTE
Seja uma partícula na qual estão aplicadas várias forças. Esse sistema de forças
pode ser substituído por uma única força, a força resultante, que é capaz de
produzir na partícula o mesmo efeito que todas as forças aplicadas.

Exemplo Prático:
Duas forças concorrentes F1 e F2 de intensidade 4N e 3N atuam num mesmo
ponto material, formando um ângulo α entre si. Determinar a intensidade da força
resultante para os seguintes valores de α.

a) 0º b) 60º c) 90º d) 180º


Resolução:
A força resultante é obtida vetorialmente pela soma das forças:
FR= F1 + F2

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Escalarmente, cada item apresenta uma resolução particular:
a- Sendo α =0º, as forças têm mesma direção e mesmo sentido:

A intensidade da força resultante será:


FR = F1 + F2
FR = 4 + 3
FR =7N

b- Para α = 60º

Utiliza-se a expressão:

FR = F12 + F22 + 2F1F2 cos 60º 1


sendo cos 60º =
1 2
FR = 4 2 + 3 2 + 2 × 4 × 3 ×
2
FR = 37N ⇒ FR ≅ 6,1N

c- Para α = 90º aplicamos o teorema de Pitágoras:

d- Sendo α = 180º, as forças têm mesma direção e sentidos contrários:

FR = F1 − F2 ⇒ FR = 4 − 3
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A intensidade da força resultante será:

FR = 1N

Exercícios:
1- Determine a intensidade da força resultante em cada um dos sistemas de
Forças concorrentes.

EQUILÍBRIO
Um ponto material está em equilíbrio quando a resultante das forças que nele
atuam é nula. Podemos distinguir dois casos:
a- Equilíbrio estático
r
Um ponto material está em equilíbrio estático quando está em FR = 0⎫
r ⎬ Re pouso
repouso, isto é, sua velocidade vetorial é nula no decorrer do v =0 ⎭
tempo.
r
b- Equilíbrio dinâmico FR = 0 ⎫
r ⎬MRU
O equilíbrio é dito dinâmico quando o ponto material estiver em v = cte ≠ 0⎭
movimento retilíneo e uniforme, isto é, sua velocidade vetorial é
constante e diferente de zero.

SEGUNDA LEI DE NEWTON


Quando se aplica uma Força em um corpo de massa m, este adquire uma
aceleração.

F = m xa
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F = força (N)
m = massa (kg)
a = aceleração (m/s2)

Unidade de força no SI: Newton (N)

Exercícios
1- Um corpo com massa de 0,6kg foi empurrado por uma força que lhe
comunicou uma aceleração de 3m/s2. Qual o valor da força?

2- Um caminhão com massa de 4000kg está parado diante de um sinal luminoso.


Quando o sinal fica verde, o caminhão parte em movimento acelerado e sua
aceleração são de 2m/s2. Qual o valor da força aplicada pelo motor?

3- Sobre um plano horizontal perfeitamente polido está apoiado, em repouso, um


corpo de massa m=2 kg. Uma força horizontal de 20 N, passa a agir sobre o
corpo. Qual a velocidade desse corpo após 10 s?

4- Um corpo de massa 2 kg passa da velocidade de 7 m/s à velocidade de 13


m/s num percurso de 52 m. Calcule a força que foi aplicada sobre o corpo nesse
percurso.

FORÇA DE ATRITO
"Quando um corpo é arrastado sobre uma superfície rugosa, surge uma força de
atrito de sentido contrário ao sentido do movimento".
N

M
Fat F

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Fat = μ .N

Sendo:
Fat = força de atrito (N)
μ = coeficiente de atrito
N = normal (N), para força aplicada paralela ao plano, considera-se a Normal N,
igual à força Peso P.

Sobre um corpo no qual aplicamos uma força F, temos:


F - Fat = m.a

Exercícios
1- Um bloco de massa 8 kg é puxado por uma força horizontal de 20N. Sabendo
que a força de atrito entre o bloco e a superfície é de 2N, calcule a aceleração a
que fica sujeito o bloco. Dado: g = 10 m/s2.

2- Um bloco de massa 10 kg movimenta-se numa mesa horizontal sob a ação de


uma força horizontal de 30 N. A força de atrito entre o bloco e a mesa vale 20 N.
Determine a aceleração do corpo.

3- Um corpo de massa m = 5 kg é puxado horizontalmente sobre uma mesa por


uma força F = 15 N. O coeficiente de atrito entre o corpo e a mesa é μ = 0,2.
Determine a aceleração do corpo. Considere g = 10 m/s3.

4- Um bloco de massa 2 kg é deslocado horizontalmente por uma força F = 10 N,


sobre um plano horizontal. A aceleração do bloco é 0,5 m/s2. Calcule a força de
atrito.

TRABALHO DE UMA FORÇA

O significado da palavra trabalho, em Física, é diferente do seu significado


habitual, empregado na linguagem comum.

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“Trabalho, em Física, é sempre relacionado a uma força e a um deslocamento.
Uma força aplicada a um corpo realiza trabalho quando produz um deslocamento
do corpo”.

Temos dois casos:


1º caso: A força tem a mesma direção do deslocamento
Consideremos um ponto material que, por causa da força F, horizontal e
constante, se movimenta da posição A para a posição B, sofrendo um
deslocamento d.

O trabalho de F no deslocamento AB é dado por:

τ A ,B = F⋅d
A unidade de trabalho, no Sistema Internacional, é o Nxm chamado joule e se
indica J.
Se a força F tem o mesmo sentido do deslocamento o trabalho é dito motor. Tem-
se sentido contrário o trabalho é denominado resistente.
Por convenção:

τ motor > 0e τ resistente <0

Exemplo
Um ponto material desliza num plano horizontal, sem atrito, submetido à ação da
força horizontal F=80N. Calcular o trabalho dessa força em um deslocamento de
7m no mesmo sentido dessa força.
Resolução: τ A ,B = F⋅d ⇒ τ A,B = 80 ⋅ 7

τ A ,B = 560 J

2º caso: A força não tem a mesma direção do deslocamento


Consideremos um ponto material que sob a ação da força F passa da posição A
para a posição B sofrendo um deslocamento d.

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Decompondo a força F, temos:

O trabalho da componente Fy no deslocamento d é nulo, pois não há


deslocamento na direção y; logo, somente Fx realiza trabalho, dado por:

τ A ,B = τ =τ
F Fx = Fx ⋅ d

Mas Fx = F cos α ; portanto:

τ A ,B = F ⋅ d ⋅ cos α

Observação:
Se a força F for perpendicular à direção do deslocamento o trabalho de F é nulo,
pois cos 90º = o.

Exemplo:
Um ponto material é deslocado de 1Om pela força F = 50N indicada na figura.

Determine o trabalho realizado pela força F no deslocamento AB.


Resolução:

τ = 50 ⋅ 10 ⋅ cos 60º
A ,B

τ = 50 ⋅ 10 ⋅ 21
A ,B
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τ = 250J
A ,B
τ A ,B = F ⋅ d ⋅ cos α

PROPRIEDADE
Podemos calcular o trabalho de uma força F, constante, utilizando o gráfico:

A área A é numericamente igual ao módulo do trabalho da força F no


deslocamento de A para B.

Exemplo:
O gráfico representa a intensidade de uma força F aplicada a um ponto material,
em função da posição sobre uma trajetória.

Sabendo que o trabalho realizado pela força no deslocamento de 0 a 5m é de


600J, calcular F.
Resolução:

Da figura, temos:
A= τ 0⋅5 ⇒ F ⋅ 5 = 600
F = 120N
Exercícios:
1- Uma caixa desliza num plano sem atrito sob a ação de uma força F de
intensidade 60N. Determine o trabalho dessa força em um deslocamento de 12m,
no mesmo sentido dessa força.

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2- A força F indicada na figura tem intensidade 8N. Ache o trabalho dessa força
num deslocamento de 5m. Dado cos 30º =0,8.

3. Um ponto material, de massa 6kg tem velocidade de 8m/s quando sobre ele
passa a agir uma força de intensidade 30N na direção do movimento, durante 4s.
Determine:
a) Deslocamento durante esses 4s.
b) Trabalho realizado nesse deslocamento.

TRABALHO DA FORÇA PESO


Consideremos um corpo de massa m, lançado do solo, verticalmente para cima, e
atingindo uma altura h ou abandonado da mesma altura em relação ao solo, num
local onde a aceleração da gravidade é igual a g. Como o corpo fica sujeito à
força peso P, ela realiza um trabalho resistente durante a subida e um trabalho
motor durante a descida.

Note que o trabalho da força peso independe da trajetória, isto é, depende


somente das posições inicial e final do corpo. Forças com essa característica são
chamadas forças conservativas.

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Trabalho da força peso durante os trajetos AB, AC e AD são iguais, isto é:
τ A .B = τ A .C = τ A .D = −mgh

Exemplo:
Um homem levanta uma caixa de massa 8kg a uma altura de 2 metros em
relação ao solo, com velocidade constante. Sabendo que g = 1Om/s2, determinar
o módulo do trabalho realizado pela força peso.

Exercícios:
1- Um garoto abandona uma pedra de 0,4kg do alto de uma torre de 25 metros
de altura. Dado g=10m/s2 , calcule o trabalho realizado pela força peso de até a
pedra atingir o solo.

2- O carrinho indicado na figura tem massa de


100kg. Calcule o trabalho realizado para levá-lo de A
até B com velocidade constante. Adote g= 10m/s2.

3- Um bloco de massa 4,5kg é abandonado em repouso em um plano inclinado.


O coeficiente de atrito entre o bloco e o plano é 0,5.
a) Calcule a aceleração com que o bloco desce o plano.
b) Calcule os trabalhos da força peso e da força de atrito no percurso de A até B.

POTÊNCIA

A definição de trabalho não envolve o tempo gasto para realizá-lo, embora seja
um dado muito importante para estudar a eficiência da força que o realiza.
Consideremos duas pessoas que realizam o mesmo trabalho.

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Se uma delas leva um tempo menor que a outra para a realização desse trabalho,
tem de fazer um esforço maior e, portanto, dizemos que desenvolveu uma
potência maior.
Uma máquina é caracterizada não pelo trabalho que efetua, mas pelo trabalho
que pode efetuar em determinado tempo; daí a noção de potência.
“Define-se como potência média o quociente do trabalho desenvolvido por uma
força e o tempo gasto em realizá-lo”. Matematicamente tem-se:

Pm =
τ
Δt
A unidade de potência no Sistema Internacional é o watt ( W ).
Duas outras unidades de potência são o cavalo-vapor e o horse-power cujas
relações são:
1CV ≅ 735W
1HP ≅ 746W
Como o watt é uma unidade de potência muito pequena, mede-se a potência em
unidades de 1 000W, denominada quilowatts.

1kW=1000W

Exemplo
Calcular a potência média desenvolvida por uma pessoa que eleva a 20 metros
de altura, com velocidade constante, um corpo de massa 5kg em 10 segundos.

Pm =
τ ⇒P =
mgh
Δt Δt
m

5.10.20
pm =
10
Pm = 100 W

Exercícios:
1- Determine a potência de um dispositivo para elevar um corpo de massa 100Kg
a uma altura de 80 metros em 20 segundos. Adote g=10m/s2.

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2- Um motor de um automóvel fornece uma potência de 10CV. Sabendo que o
automóvel tem a velocidade constante de 72Km/h, determine a força que ele
desenvolve.

3- O guindaste da figura eleva a cada 5s, e à altura de 4m, 10 fardos de 1470 Kg


cada um. Determine a potência desse guindaste em CV. Adote g=10m/s2.

RENDIMENTO

Uma máquina não cria trabalho; sua função é transmiti-lo.


A força aplicada a uma máquina desenvolve um trabalho chamado trabalho motor
ou trabalho total.

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Uma parte desse trabalho comunicado à máquina se perde para vencer as
resistências passivas, representadas pelo atrito. Esse trabalho perdido é chamado
trabalho dissipado.

Denominando trabalho útil aquele que a máquina nos devolve, e utilizando o


princípio da conservação do trabalho, temos:
Em que:
τt= trabalho total ou trabalho motor.
τu= trabalho útil.
τd= trabalho dissipado.

Relacionando com a potência, temos:


Pt=Pu+Pd Em que:
Pt = potência total.
Pu = potência útil.
Pd = potência dissipada.

“Denomina-se rendimento de uma máquina o quociente entre a potência útil e a


potência total e indicamos pela letra grega η (éta)”.

η = PP u

Exemplo
O rendimento de uma máquina é de 80%. Sabendo-se que ela realiza um trabalho
de 1 000J em 20s, determinar a potência total consumida pela máquina.

Resolução:
O trabalho realizado pelo motor é útil, logo:

η = PP u

Para o cálculo da potência total, temos:

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η = PP u
⇒ 0,8 =
50
Pt
t

Pt = 62,5 W

Exercícios:
1- Uma máquina fornece o trabalho útil de 600J. Sabendo que seu rendimento é
de 60%, calcule o trabalho perdido.

2- Numa casa, a água é retirada de um poço de 12 metros de profundidade com


auxílio de um motor de 6kW. Determine o rendimento do motor, se para encher
uma caixa de 9000 litros decorre um tempo de 1 hora. Dados: g=10m/s2 e
μágua=1kg/l.

3- Um automóvel de massa 800kg percorre um trecho de estrada reto e


horizontal, de comprimento AB=1000m. A seguir, sobe uma rampa de declividade
constante, de comprimento BC=500m, sendo que o ponto C está 20m acima do
plano horizontal que contém AB. A velocidade do automóvel é constante e igual a
72km/h.
a) Qual o trabalho da força peso nos trechos AB e BC?
b) Qual a potência desenvolvida pelo motor do automóvel no trecho em rampa,
sabendo-se que as perdas por atrito equivalem a uma força igual a 10% do
peso do veículo?

ENERGIA

Quando dizemos que uma pessoa tem energia, supomos que tem grande
capacidade de trabalhar. Quando não tem energia, significa que perdeu a
capacidade de trabalho.

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Então, podemos dizer que um sistema ou um corpo tem energia quando tem a
capacidade de realizar trabalho.
O vocábulo energia vem do grego ergon, que quer dizer trabalho.
A energia manifesta-se sob várias formas, segundo o agente que a produz.
Energia mecânica: na queda dos corpos.
Energia térmica: na máquina a vapor.
Energia elétrica: na pilha.

Na Mecânica, estudaremos a energia que pode se apresentar, basicamente, sob


duas formas:
Energia cinética ou de movimento;
Energia potencial ou de posição.

I. Energia cinética
A água que corre, o vento que sopra, um corpo que cai, a bala que sai da boca de
um canhão etc. têm energia, pois podem produzir trabalho quando encontram
algum obstáculo.
A água corrente pode acionar uma turbina, o vento impulsiona barcos a vela, faz
girar moinhos, a bala de um canhão derruba prédios.
Esse tipo de energia que os corpos têm devido ao movimento é denominado
ENERGIA CINÉTICA.

Fórmula matemática da Energia Cinética


Suponha um corpo de massa m, inicialmente em repouso, sobre o qual passa a
agir uma força de intensidade F durante um tempo t.

Após esse tempo a velocidade do corpo é v e o deslocamento é d.

A energia adquirida pelo corpo é igual ao trabalho realizado por F.

E = τ = F.d = m.a.d

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Mas o deslocamento é dado por:

1 2
d= at
2

Substituindo em , vem:

1 2 1
E= at ma ⇒ E = ma 2 t 2
2 2

Como v = a.t, temos:

1 1
E= mv 2 ou Ec = mv 2
2 2

Esta é a fórmula matemática da energia cinética de um corpo de massa m e


velocidade v e representa o trabalho realizado pela força F para aumentar a
velocidade do corpo desde zero até v.

Exemplo:
Consideremos um ponto material de m assa 6kg, inicialmente em repouso sobre
um plano horizontal liso. No instante t = 0, passa a agir sobre o ponto material
uma força F = 12N, durante 10s.
a) Qual o trabalho realizado por F?
b) Qual a energia cinética do ponto material no instante 10s?

1) Cálculo da aceleração:
F = ma ⇒ 12 = 6a
a = 2m / s 2

2) Cálculo do deslocamento:

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1 2 1
s = s0 + v 0 t + at ⇒ s − s 0 = v 0 t + at 2
2 2
1
d=0+ ⋅ 2 ⋅ 10 2
2
d = 100m

3) Cálculo do trabalho:
τ = F ⋅ d ⇒ τ = 12 ⋅ 10
τ = 1200J

4) Cálculo da velocidade:
v = v 0 + at ⇒ v = 0 + 2 ⋅ 10
v = 20m / s

5) Cálculo da energia cinética:


1 1
Ec = mv 2 ⇒ E c = ⋅ 6 ⋅ 20 2
2 2
E c = 1200J

Exercícios:
1- Calcule a energia cinética de um corpo de massa 8kg no instante em que sua
velocidade é de 72km/h.

2- Consideremos um ponto material de massa 8kg, inicialmente em repouso,


sobre um plano horizontal liso. Sabendo que sobre ele passa a agir uma força
horizontal de intensidade 32N, calcule:
a) o trabalho realizado pela força horizontal durante 10s.
b) a energia cinética do ponto material no instante 16s.

II. Energia potencial


A água parada em uma represa, uma pedra suspensa no ar, uma mola
comprimida.

Curso Técnico de Mecânica 28


Esse tipo de energia armazenada pelos corpos devido a suas posições é
denominado ENERGIA POTENCIAL.

Fórmula matemática da Energia Potencial


Um corpo ou um sistema de corpos pode ter forças interiores capazes de
modificar à posição relativa de suas diferentes partes, realizando assim um
trabalho.
Dizemos, então, que o corpo ou o sistema de corpos tem energia potencial.
Como exemplo podemos citar a água contida numa represa a certa altura.

Abrindo as comportas, a água atraída pela gravidade coloca-se em movimento e


realizará trabalho.
Um outro exemplo é o de uma mola comprimida ou esticada.
Ficando livre da força do operador, a força elástica da mola fará o corpo se
movimentar produzindo trabalho.
A energia potencial é denominada também energia de posição, porque se devem
à posição relativa que ocupam as diversas partes do corpo ou do sistema.
A ENERGIA POTENCIAL devida à gravidade é chamada energia potencial
gravitacional e aquela devida à mola é denominada energia potencial elástica.

a. Energia potencial gravitacional


Consideremos um corpo de massa m, sobre o solo, num local onde a aceleração
da gravidade é g.

Curso Técnico de Mecânica 29


O trabalho para uma pessoa (força F) elevar o corpo até a altura h, com
velocidade constante, fica armazenado no corpo sob forma de energia potencial
gravitacional dada por:
τ = P ⋅ h ⇒ τ = mgh
E Pgrav = mgh

Observação:
Para o cálculo da energia potencial gravitacional adotamos o solo como nível de
referência, isto é, nesse nível a energia potencial gravitacional é nula.

b. Energia potencial elástica


Consideremos uma mola de constante elástica k, presa a uma parede por uma
extremidade não distendida.

Consideremos também um agente externo puxando essa mola.

A força que a mola opõe à sua deformação é dada por:

F = k.x, onde:
x é a deformação sofrida pela mola;

Podemos representar esta deformação x graficamente, como:

Sendo:
Eixo X – Força aplicada na mola;
Eixo Y – Deformação da mola;

Curso Técnico de Mecânica 30


O trabalho que o agente externo realiza para vencer a resistência da mola (área
A) é igual à energia que ele transfere para ela, e fica armazenada como energia
elástica, dada por:

A= τ ⇒ τ x ⋅F
2
Kx 2
τ =
x ⋅ Kx
2
ou E
P
=
2
elástica

τ =
Kx 2
2
-
Exemplo 1
Um corpo de massa 4kg encontra-se a uma altura de 1 6 metros do solo.
Admitindo o solo como nível de referência e supondo g = 1 Om/s2, calcular sua
energia potencial.
Resolução:
E Pgrav = mgh ⇒ E Pgrav = 4 ⋅ 10 ⋅ 16
E Pgrav = 640 J

Exemplo 2
Uma mola de constante elástica k = 400N/m é comprimida de 5cm. Determinar
sua energia potencial elástica.
Resolução:

Kx 2 400 ⋅ (0,05 ) 2
E = ⇒E =
P
elástica
2 P
elástica
2
E = 0,5J
P
elástica

Exemplo 3
Um trem cuja massa é m= 50 toneladas passa por uma estação A, no topo da
serra do Mar, com velocidade vA= 20m/s e pára numa estação B situada na

Curso Técnico de Mecânica 31


baixada santista. Sabe-se que a altura da serra do Mar é h = 700m e o percurso
realizado pelo trem entre as estações A e B é d = 10km.
Dado g = 1Om/s2, determinar a intensidade do valor médio da força dissipativa
atuante no trem durante a descida.
Resolução:
Tomando como nível de referência a baixada santista, pelo teorema da energia
cinética, temos:
τ total = E Cfinal − E Cinicial

τ peso + τ força.dissipativa =
1
2
1
mv B2 − mv 2A
2
1
mgh − Fd = 0 − mv 2A
2
50000 ⋅ 10 ⋅ 700 − F ⋅ 10000 = − ⋅ 50000 ⋅ (20 )
1 2

2
35000 − F = −1000
F = 36000N

Exercícios:
1- Um corpo de massa 20Kg está localizado a 6 metros de altura em relação ao
solo. Dado g=9,8m/s2, calcule sua energia potencial gravitacional.

2- Uma mola de constante elástica k= 600N/m tem energia potencial elástica de


1200J. Calcule a sua deformação.

ENERGIA MECÂNICA TOTAL


Denominamos energia mecânica total de um corpo a soma das energias cinética
e potencial, isto é:

EM=EC+EP

Nesta fórmula, a parcela EP inclui a energia potencial gravitacional e a energia


potencial elástica.

MOMENTO DE UMA FORÇA

INTRODUÇÃO

Curso Técnico de Mecânica 32


Ë mais fácil abrir uma porta quando aplicamos a força cada vez mais distante do
eixo de rotação.

Portanto há uma relação entre a força aplicada e a distância do ponto de


aplicação ao eixo de rotação.
A grandeza física que relaciona essa distância com a força aplicada é
denominada momento.

DEFINIÇÃO
“Momento de uma força F, em relação a um ponto O fixo, é o produto da
intensidade da força F pela distância d do ponto à reta suporte da força”.
Consideremos a força F aplicada a uma chave, encaixada no parafuso preso a
um suporte.

Sob a ação da força F a chave gira em torno do ponto O. O momento da Força F


em relação ao ponto O é dado por:
MF.O = F . d Em que:
d = braço do momento.
O = pólo do momento.

A unidade de momento no Sistema Internacional é o N.m.

Observações:
I. O momento de uma força tende sempre a causar um movimento de
rotação, sob a ação desta força, em torno do ponto O considerado.

Curso Técnico de Mecânica 33


II. O momento de uma força F, em relação a um ponto O, pode ser negativo
ou positivo. A convenção de sinais é arbitrária, porém adotaremos a seguinte:
Rotação no sentido anti-horário - Momento positivo.
Rotação no sentido horário - Momento negativo.

EXEMPLO 1
A pessoa indicada na figura aplica-se uma força F vertical, para cima, de inten-
sidade 40N em uma chave disposta horizontalmente, para girar um parafuso.

Achar o momento dessa força em relação ao ponto O.


Resolução:

⎧F = 40N
DADOS ⎨
⎩d = 20cm = 0,2m

MF⋅O = F ⋅ d = 40 ⋅ 0,2 = 8Nm

Exemplo 2
Uma régua de 30cm de comprimento é fixada numa parede no
ponto O, em torno do qual pode girar.

Curso Técnico de Mecânica 34


Calcular os momentos das forças F1 e F2 de intensidades 50N e 6ON,
respectivamente, em relação ao ponto O.
⎧F1 = 50N

DADOS⎨F2 = 60N
⎪d = 30cm = 0,3m

Resolução:
O momento de F1, em relação a O é nulo, pois a distância do ponto O até a linha
de ação de F1, é nula.
MF2 ⋅0 = −F2 ⋅ d = −60 ⋅ 0,3 = −18Nm
MF1⋅0 = 0
MF 2⋅0 = −18Nm

Exercícios:
1- O menino indicado na figura aplica uma força F vertical, para baixo, de
intensidade 20N em uma chave disposta horizontalmente para girar um parafuso.
Calcule o momento dessa força em relação ao ponto O.

2- Determine o momento das forças F1 , F2 e F3 de intensidades,


respectivamente, iguais a 5N, 6N e 8N, em relação ao pólo O.

MOMENTO RESULTANTE

Curso Técnico de Mecânica 4


Se um corpo está sob a ação de várias forças, o momento resultante desse
sistema de forças em relação a um ponto é a soma algébrica dos momentos das
forças componentes em relação ao mesmo ponto.

Exemplo:
Considerar as forças atuantes sobre a barra AB de peso desprezível indicadas na
figura.

Determinar:
a) Momento de cada uma das forças em relação ao ponto O.
b) Momento resultante em relação ao ponto O.
Resolução:
MF1⋅0 = −F1 ⋅ AO = −8 ⋅ 3 = −24Nm
∑ 0
M = MF1⋅0 + MF2 ⋅0 + MF3 ⋅0 + MF4 ⋅0
MF2 ⋅0 = +F2 ⋅ CO = 6 ⋅ 1 = 6Nm
a) b) ∑ 0
M = −24 + 6 + 12 − 54
MF3 ⋅0 = −F3 ⋅ OD = 10 ⋅ 1,2 = 12Nm
∑ 0
M = −60Nm
MF4 ⋅0 = −F4 ⋅ OB = −20 ⋅ 2,.7 = −54Nm

Se o momento resultante é negativo, isto significa que a barra gira no sentido


horário.

Exercício:
1- Determinar para o eixo árvore ao
lado, as reações R1 e R2:

MÁQUINAS SIMPLES

Curso Técnico de Mecânica 36


O Homem com suas descobertas e criações, lentamente começou a compreender
a natureza e aprendeu a controlá-la e a aproveitá-la.
Para levantar e locomover grandes pesos acima de sua capacidade muscular, o
homem criou dispositivos que facilitam sua ação.
Esses dispositivos práticos são chamados de máquina simples.
As mais comuns são a talha exponencial e a alavanca:

I. Talha exponencial
Consiste em uma associação de polias móveis com uma só polia fixa, como
indica a figura.
Para que a talha permaneça em equilíbrio, temos:
O peso R é equilibrado por duas forças de intensid. R/2.

R
Fm =
2n
Onde: Fm = força motriz.
R = força resistente.

Curso Técnico de Mecânica 4


VANTAGEM MECÂNICA (VM)
Denomina-se vantagem mecânica da talha a relação entre a força resistente e a
força motriz.

R
=
VM F
m

Neste exemplo, se R = 3200N, a força que a pessoa deveria exercer para


equilibrar o sistema seria Fm = 200N, isto é, dezesseis vezes menor que o peso R.
Logo, a vantagem mecânica dessa máquina seria igual a 16.

EXEMPLO
O corpo indicado na figura está em equilíbrio estático.

Calcular a intensidade da força e a vantagem mecânica da talha exponencial.


Resolução:
R 8000 8000
F= n
⇒ = = 1000N
2 23 8

R 8000
VM = ⇒ VM = =8
F 1000

Curso Técnico de Mecânica 38


Exercícios:
1- Ache a intensidade da força Fm que o homem está fazendo para equilibra o
peso de 400N. O fio e a polia são ideais.

2- Considere o esquema representado na figura. As roldanas e a corda são


ideais. O corpo suspenso da roldana móvel tem peso P=600N
a) Qual o módulo da força vertical (para baixo) que o homem deve exercer sobre
a corda para equilibrar o sistema?

b) Para cada 1 (um) metro de corda que o homem puxa, quanto se eleva o corpo
suspenso?

Curso Técnico de Mecânica 39


II. Alavanca
“É uma barra que pode girar em torno de um ponto de apoio”.
Existem três tipos de alavancas:
alavanca interfixa;
alavanca inter-resistente;
alavanca interpotente

a. Alavanca interfixa

Em que:
Fm = força motriz ou força potente. AO = braço da força motriz.
R = força resistente ou resistência. OB = braço da força resistente.
N = força normal de apoio.
Como exemplos, podemos citar as balanças e as tesouras.

b. Alavanca inter-resistente

Como exemplos, temos o carrinho de mão e o quebra-nozes.

c. Alavanca interpotente

Exemplos: pinça e o pegador de gelo.

Curso Técnico de Mecânica 40


CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO DE UMA ALAVANCA
Considere a alavanca interfixa da figura.
Para que a alavanca permaneça em equilíbrio, na posição horizontal, devemos
ter:

∑ 0
M = 0 ⇒ MR⋅0 + MN⋅0 + MF⋅0 = 0
R ⋅ BO + 0 − F ⋅ AO = 0
R ⋅ BO = F ⋅ AO

Note que o produto da força resistente pelo seu braço é igual ao produto da força
motriz pelo seu braço.
Esta relação, embora demonstrada para a alavanca interfixa, é válida também
para as alavancas inter-resistentes e interpotentes.

Exemplo:
Considerar a alavanca de peso desprezível indicada na figura.

Sabendo-se que ela está em equilíbrio e disposta horizontalmente, determinar a


intensidade de F.
Resolução:
Representando as forças sobre a alavanca, temos:

Para que ela fique em equilíbrio, devemos ter:

F ⋅ AC = R ⋅ BC ⇒ F ⋅ 4 = 200 ⋅ 2
F ⋅ 4 = 400
F = 100N
Exercícios:

Curso Técnico de Mecânica 41


1- Calcule o peso do garoto indicado na figura para que a barra de peso
desprezível permaneça em equilíbrio na posição horizontal.

2- A barra indicada na figura tem peso desprezível e está em equilíbrio na


posição horizontal. Determine X.

Curso Técnico de Mecânica 42

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