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• Estrutura
• Título
Lusíadas - significa 'Lusitanos', ou seja, são os próprios lusos, em sua alma como em sua
ação.
• Herói
O herói de Os lusíadas não é Vasco da Gama, mas sim todo povo português [do qual Vasco
da Gama é digno representante].
• Tema
• Ação
A ação histórica- a viagem de Vasco da Gama, onde são também apresentados fatos
importantes da história de Portugal;
A ação mitológica- a luta entre Vênus [protetora dos portugueses] e Baco [adversário
desses navegantes].
Partes:
É a exposição do assunto do poema. O poeta declara que espalhará por toda parte a fama
dos heróis lusitanos que fizeram a grande viagem de descobrimento da Índia; cantará,
também, a glória de reis conquistadores de África e Ásia, para onde levaram a fé cristã.
Camões dirige-se às Tágides, as ninfas do rio Tejo, pedindo inspiração para a poesia.
Camões dedicou a sua epopéia a Dom Sebastião, rei de Portugal quando o poema foi
publicado.
A narrativa, que abrange a viagem de ida e a de volta, não segue a ordem linear,
cronológica: quando se inicia esta parte, os navegantes já estão no meio do oceano, em
plena viagem.
Episódios importantes:
Uma tempestade ameaça a esquadra de Gama, quando ela se aproxima do Cabo das
Tormentas. Eis que uma figura gigantesca, horrenda e ameaçadora surge no ar. É
Adamastor, que ameaça os portugueses, dizendo-lhes que o preço de haverem descoberto
seu segredo seria alto. Profetiza os naufrágios que ocorreriam em suas águas, e os horrores
por que passariam os que àquela terra viriam a ter. Vasco interpela o Gigante, perguntando-
lhe quem era. Disse ser ele o Tormentório [Cabo das Tormentas]. Muito tempo atrás,
apaixonara-se pela bela ninfa [deusa das águas] Tétis, a quem vira um dia sair pela praia em
companhia das nereidas [deusas que habitam o mar]. Compreendendo que por ser gigante,
feio e disforme, não poderia conquistá-la por meios normais, ameaçou a mãe dela [a deusa
Dóris] para que essa lhe entregasse a ninfa. Caso isso não se realizasse, ele a tomaria
mediante o uso das armas.
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Dóris fez com que a bela Tétis lhe aparecesse nua... E ele, desesperado de desejo, começou
a beijar-lhe os lindos olhos, a face e os cabelos.
Mas, aos poucos, percebeu, horrorizado, que, na verdade, estava beijando era um penedo
[rochedo] e ele próprio se transformara noutro penedo. Aquela Tétis que ele vira era apenas
um 'arranjo' artificial que os deuses prepararam para puni-lo por sua audácia.
Desde então deixou de ser um gigante mitológico e passou a cumprir seu castigo
transformado num simples acidente geográfico. Continuava, para aumentar o rigor de sua
pena, a contemplar, petrificado, a bela Tétis passeando nua pela praia.
A única maneira que encontrava para desabafar o seu desespero e a sua frustração era
destruir, com fantásticas tempestades, os navios que por ele tentavam passar.
5ª parte - Epílogo contendo um fecho dramático a respeito da cobiça [estrofes 1046 a 1102]
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a) quando a ação do poema começa, as naus portuguesas estão navegando em pleno Oceano
Índico,portanto no meio da viagem;
b) na Invocação, o poeta se dirige às Tágides, ninfas do rio Tejo;
c) na ilha dos Amores, após o banquete, Tétis conduz o capitão ao ponto mais alto da ilha, onde lhedescenda
a "máquina do mundo";
d) tem como núcleo narrativo a viagem de Vasco da Gama, a fim de estabelecer contato marítimo com as
Índias;
e) é composto em sonetos decassílabos, mantendo em 1.102 estrofes o mesmo esquemas de rimas.
"Nas pequenas obras líricas de Camões encontramos graça e sentimento profundo, ingenuidade, ternura,
melancolia cativante, todos os graus de sentimentos mais debilitados, indo do prazer mais suave até o desejo
mais ardente, saudade e tristeza, ironia, tudo na pureza e claridade da expressão simples, cuja beleza não
podia ser mais acabada, e cuja flor não podia ser mais florescente. Seu grande poema, "Os Lusíadas", é um
poema heróico no pleno sentido da palavra. Camões tira do poeta Virgílio a idéia de um poema épico nacional
que compreenda e apresente, sob a luz mais fulgurante, a fama, o orgulho e a glória de uma nação desde
suas mais antigas tradições."
(Esse trecho foi extraído do curso de Friedrich Schlegel (1772-1829), conceituado filósofo romântico alemão,
sobre história da literatura européia, e publicado no Caderno Mais da Folha de São Paulo, em 21 de maio de
2000.)
a) em Os Lusíadas, Camões resgata alguns episódios tradicionais portugueses, como o de Inês de Castro.
b) em Os Lusíadas, Camões invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, a fim de que lhe dêem inspiração na
construção deste seu poema heróico.
c) em Os Lusíadas, Camões canta a fama e a glória do povo português.
d) em Os Lusíadas, Camões narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, sendo este navegador o grande
herói português aclamado no poema.
e) em Os Lusíadas, Camões dedica o poema a Dom Sebastião, e encerra tal obra um tanto quanto
melancólico diante da estagnação cultural portuguesa.
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5. (UNISA) A obra épica de Camões, Os Lusíadas, é composta de cinco partes, na seguinte ordem:
Fernando Pessoa
Texto II
Camões
a) O texto II pertence ao episódio “O velho do Restelo”, de Os Lusíadas, em que Camões indica uma crítica às
pretensões expansionistas de Portugal, nos séculos XV e XVI.
b) Apesar das diferenças de estilo, tanto o texto de Camões quanto o de Fernando Pessoa indicam uma
mesma idéia: a de que o caráter heróico das descobertas marítimas exige e justifica riscos e sofrimentos.
c) O fato de Camões, em Os Lusíadas, lançar dúvidas sobre a adequação das conquistas ultramarinas – o
assunto principal do poema – contrapõe-se ao modelo clássico da epopéia.
d) Ainda que abordem uma mesma circunstância histórica e ressaltem as mesmas reações humanas, o texto
de Fernando Pessoa e o episódio “O velho do Restelo” chegam a conclusões diferentes sobre a validade das
navegações portuguesas.
e) Os dois textos referem-se aos sofrimentos que a expansão marítima portuguesa provocou.
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9. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, relacionadas aos Cantos I a Vda
epopéia Os Lusíadas, de Camões:
a)V— V— V— F
b) V — F — F — V
c) F — V — F — V
d)F — F — V— F
e) V — V — F — F
10. (PUC-SP) Dos episódios Inês de Castro e O Velho do Restelo, da obra Os Lusíadas, de Luiz de Camões,
NÃO é possível afirmar que:
a) O Velho do Restelo, numa antevisão profética, previu os desastres futuros que se abateriam sobre a Pátria
e que arrastariam a nação portuguesa a um destino de enfraquecimento e marasmo.
b) Inês de Castro caracteriza, dentro da epopéia camoniana, o gênero lírico porque é um episódio que narra
os amores impossíveis entre Inês e seu amado Pedro.
c) Restelo era o nome da praia em frente ao templo de Belém, de onde partiam as naus portuguesas nas
aventuras marítimas.
d) tanto Inês de Castro quanto O Velho do Restelo são episódios que ilustram poeticamente diferentes
circunstâncias da vida portuguesa.
e) o Velho, um dos muitos espectadores na praia, engrandecia com sua fala as façanhas dos navegadores, a
nobreza guerreira e a máquina mercantil lusitana.
Observação:
Caros alunos, o Classicismo não é um conteúdo novo para vocês, pois é um dos primeiros
movimentos que o aluno no ensino médio entra em contato. Esse conteúdo fará parte do
Revisanglo. Favor trazer esse questionário, pronto e respondido, para a próxima aula, assim
como o questionário do livro.