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A questão foi definida em um recurso especial apresentado por uma segurada contra
decisão da Justiça mineira que deu ganho de causa à Companhia de Seguros Minas
Brasil. O Tribunal de Alçada de Minas Gerais entendeu que, tendo constado, no
boletim de ocorrência, que a segurada se negou a fazer o teste do bafômetro e
apresentava sintomas de embriaguez ou de ingestão de substancias tóxicas e não se
fazendo qualquer prova em contrário, deve-se julgar improcedente o pedido de
condenação da seguradora ao pagamento de indenização. Para o tribunal mineiro, o
boletim goza de presunção relativa de veracidade.
A decisão fez a segurada recorrer ao STJ, alegando que não houve intenção de
provocar o sinistro, o qual deve ser ressarcido pela seguradora. O acidente, afirma,
deveu-se à conduta culposa, mediante direção do veículo com negligência,
imprudência ou imperícia, inserindo-se no risco a que está obrigada a empresa. No
acidente, ela colidiu com quatro veículos estacionados na via pública.
A Minas Brasil contesta, argumentando não ser possível a análise do recurso, já que
as alegações da segurada não foram objeto de análise no Judiciário mineiro, além do
que envolveria revisão de provas, o que não é possível ao STJ fazer, diante da
proibição contida em sua súmula 7.