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REVISTA DA Mere cry www.educacaocristacontinuada.com.br SE wer. ESCOLA DOMINICAL —/—'_ LIKA01 O-SIGNIFICADO E PROPOSITO DOS MILAGRES . Lig? 0 SERVO DO CENTURIAO DE CAFARNAUM.. —// UGAO3-— AMULTIPLICAGAO DOS PAES E PEIXES.. AMULHER CANANEIA. AFIGUEIRA QUE SECOU ACURA DE UM LEPROSO .... Q PARALITICO E SEUS AMIGOS... +. UGAO8 ~~ ATEMPESTADE ACALMADA.... — a UGAQ9 QENDEMONINHADO GADARENO.... ——/./. UGAO 10 ARESSURREIGAO DAFILHA DE JAIRO... —/—/—— IGA 11 APESCAMARAVILHOSA. _. UGA 12. AMULHER CURVADA... —— UGA 13 ARESSURREICAO DE JESUS............... Padua Rodrigues, casade ha 25 anos com Raquel Endo, tem dois fihos, Matheus © Evelyn @ também um neto, Lucas, Pastor auciliar da Assembisia de Deus am Sao José dos Campos. Formado em Teologia. Autor de Iiwos como ‘Jonas © a misericdadia de Deus’, “Por que perdoar?”, “As Parabolas de Jesus: o que wias nos ensinam?”, “A recaita do desastre”, “Biografias de Antiga Testamento: Aprendende com o& arros @ acertos de gante como nos’ & "Os Méapres que Jesus fez: sua natureza e propasitos”. MILAGRES DE JESUS Jesus pregou e fez milagres que o tornaram, ainda em vida, muito fa- moso. Nas raras vezes em que saiu de Seu pals, foi reconhecido e pro- curado por numerosas multidées que buscavam Seus milagres. Embora os milagres sejam inse- paraveis de Seu ministério, Jesus ja- mais pregava milagres e curas como um fim em si mesmos. Ele pregava o Evangelho do reino e os milagres eram o acompanhamento normal de Sua mensagem divina. Jodo resume assim 0 objetivo do seu Evangelho: “Na verdade, fez Jesus diante dos discipulos muitos outros si- nais que nao esto escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é 0 Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 2030,31). O maior milagre de Jesus foi sua obra redentora. Ele entregou Sua prépria vida e reconciliou o homem com Deus. Ele consumou o plano de redengao, culminando com Sua res- surreigao. A morte nao péde vencé- -lo! Ele ressuscitou! Observe que a gente lé e estuda a propria Biblia, tendo esta revista como valioso guia de estudo e au- xilio didatico, sem prescindir das Escrituras. Elegemos estudar 12 mi- lagres dos evangelhos sindticos. Vai ser tocante e desafiador mergulhar EXPEDIENTE Consetho Editorial Samuel Cémara, Oton Alencar, Jonatas ‘Camara, Benjamin de Souza, Philipe Celso Brasil, Marcos Galdino .kinior. Editor Samuel Camara Editor Assistente Benjamin de Souza Coordenador Editorial Philipe Camara juipe Editorial ion atone: Gomes, Leandro Santos e Tank Pencie ‘Supervisio Pedagégica Faculdade Boas Novas (FEN) © Seminario Teologico da Assembleia de Deus (SETAD) Repertério Musical Rebekah Camara Revisio ‘Auristela Brasileiro, Jaitson Melo e Bielde Suza Distribuigso © Comercial Jadiel Gomes Editoragdo @ Projeto Grafica Nei Neves, Tarik Ferreira ¢ Maely Freire ‘Conteddo Digital « imagens Jeiel Lopes ‘Versio biblica: Almeida Revista e Atualizada, salve quando indicada outra versa, ©2020. Direitos reservados. E proibida a repredugfo parcial ou total desta obra, por qualquer meio, sem autorizagso por escrito da Assembieia de Deus am Belém do Para e do autor dos comentarios © adaptagdes, Programa de Educnste Crist Continuads. Govarador deat Makes, 1971, €% om com a Tw. bawro; Nazaré. GE 66000-230, Belém = Pard - Brash. Fone (81) 3110-2400. E-mail: pecof}adbelem.org.br. LUVRO PARA LEITURA, COMPLEMENTAR (CS MILAGRES QUE JESUS FEZ Sua naturera e propésitos ‘Autor: Pickua Ealtora Nitida, 2018 Adogira 9 waa oxeenpior iY I102«0 UGAO 1 O SIGNIFICADO E PROPOSITO DOS MILAGRES LUCAS 416-30 T o "O Espirito do Senhor esta sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou- -me para proclamar libertagdo a05 Cativos e restauracao da vis- ta aos cegos, para pér em liber- dade os oprimidos." Lc4,18 ( Estudadaem_ /__/ Leitura Biblica Para Estudo Lucas 4.16-30; Mt 4.23-25 Verdade Pratica Ao buscarmos um _ milagre precisamos crer no poder de Deus, mas também descansar na Sua soberania. OGO DA LICAO INTRODUCAO |. PROPOSITOS DOS MILAGRES 1, Glorificar a Deus Lc 4 18 2. Confirmar a palavra pregada Le 423 3 Reveler Jesus.como Messias Le4 21.22 524 Il, NAO ERA PROPOSITO 1. Impressionar as pessoas Le 429 Mt 1238 2. Substituir o papel humano Mt 4.24 Jo 11 3. Serum fim em si mesmo Jo 20.30,31 Ill. CRITERIOS SOBRE MILAGRES. 4. Os milagres sao para hoje Me 1615-74 2. Veja se tem exibicionisma Jo 15:4re9 3. Veja se tem dinheira envolvide 414.20 APLICAGAO PESSOAL Devocional Diario Cs T a aics 5 Mt Me Mt Le Lc Me 13.58 5.36 15.28 18.27 1631 16.17 ( Hinos de Harpa: 7 - 415 Ligo 1-0 Significado @ Proposito dos Mélagres INTRODUGAO Milagres referem-se aos atos de Deus contrariando o que ¢ na- tural. E aquilo que nao pode ser explicado pelas leis da fisica. Que foge ao normal, comum e natural. |. PROPOSITOS DOS MILAGRES 1. Glorificar a Deus (Lc 4.18) "O Espirito do Senhor esté sobre mim, pelo que me ungiu para evan- gelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertagda aos cativos e restauragd@o da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos." ‘Sé tem uma pessoa que deve ser glorificada e exaltada diante dos fei- tos do Espirito Santo: é Deus! Quem realizao milagre é Deus, e nao aque- le que diz, prega, ou ora para que este acontera. Se o objetivo é a exal- tagao do homem, da denominagao, ou do ministério, entao Deus esta sendo roubado daquilo que é Seu por direito. 0 objetivo também nao pode ser mostrar qualquer pessoa como sendo a mais consagrada, a mais santa e mais cheia de fé. Nao existe oragdo poderosa Toda oracdo é fraca em si, pois é fei- ta por homens e mulheres frageis. 0 poder esta em Deus, a quemela é di- rigida; e 6 o Seu nome, e nao 0 nos- so, que precisa ser glorificado. Ha muito pastor usando a igreja para projetar seu nome e ministério. La- mentavelmente, ha muito persona- lismo e egolatria no ministério. Nao existe, igualmente, “explosao de milagres”, pois milagre por defini- do é algo raro e que foge a regra. 2. Confirmar a palavra pregada (Lc-4.23). “Disse-Ihes Jesus: Sem diivida, citar-me-eis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesma; tuda o que ouvi- mos ter-se dade em Cafarnaum, faze- -o também aqui na tua terra.” Os sinais e maravilhas acom- panham e confirmam a verdadeira pregagao do evangelho de Jesus (Mc 16.17-18). Este é outro propd- sito do milagre: apontar para Jesus Cristo e Sua Palavra. Quando foi até Jesus A noite, Nicodemos lhe disse: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus ndo estiver com ele” (Jo 3.2). Nicodemos estava dizendo que Jesus tinha de ser de Deus por cau- sa das "credenciais” (os sinais) que Ele realizava. Posteriormente, o préprio Jesus disse: “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; cre- de ao menos por causa das mesmas obras” (Jo 14.11). Joao vai dizer que Jesus fez muitos sinais e o objetivo é claro: “Para que creiais que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.3031). Por isso é muito importante que a palavra de Deus seja pregada, pois Deus tem compromisso com ela. Sempre é salutar perguntar- mos: “Qual é a énfase? O carro-che- fe é a Palavra ou o milagre em si? A “locomotiva" precisa ser sempre o Evangelho de Jesus. 3.Revelar Jesus como o Messias (Lc 4.21,22; 5.24). “Entéo, passou Jesus a dizer-thes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir. Todos Ihe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graga que Ihe salam dos Idbios, e perguntavam: Nao é este a filho de José?" (Le 4.21,22) E dificil exagerar aimportinciado titulo “Messias” (hebraico) ou “Cristo” (rego) para os judeus. Era esperado que o Messias, ao chegar, realizasse si- nais que nenhum outro jamais fizera Devemos lembrar que Jesus no foi o tinico, no Israel antigo, que declarou ser o Messias. Uma das razies dos milagres e da sua posterior narrativa hos evangelhos era para evidenciar que Jesus era o Filho de Deus e, por- tanto, o Messias esperado. Ainda antes da vinda de Jesus, os antigos rabis dividiam os mila- gres em duas categorias: a) aqueles que qualquer homem podia realizar, se fosse por Deus autorizado a fazé-los; b) aqueles reservados apenas ao Messias. Havia alguns tipos de mi- lagres que, acreditava-se, ninguém poderia operar a nao ser o Messias. Nesse sentido, os milagres foram fundamentais para confirmar a dei- dade e autenticidade de Jesus Cristo. Acreditava-se, na tradi¢ao de Israel, que a cura um leproso ou de um cego de nascenga, por exem- plo, eram prerrogativas messia- Ligéo 1 - Significado Propésito des Milagres nicas, ou seja, somente o Messias poderia fazé-las. £ interessante que, quando Jodo, o batista, envia mensageiros para saber se, de fato, Jesus era o Messias, ele imediatamente diz: “Ide e dizei d Jodo as coisas que ou- vis e vedes: Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos sao limpas, os surdos ouvem, os mortos sao res- suscitados e aos pabres é anuncia- do o evangelho” (Mt 11,1-5). Jesus estd dizendo, em termos praticos, que as Suas curas tinham as cre- denciais messianicas. ll, NAO ERA PROPOSITO JA vimos 0 propdsito dos mila- gres. Vejamos agora o seu inverso, ou. seja, aquilo que nado devemos buscar, 1. Impressionar as pessoas (Mt 12.38). "Entdo, alguns escribas e fariseus replicaram: Mestre, queremas ver de tua parte algum sinal”. E claro que os milagres pasmam € causam admiragao, mas 0 propé- sito de Jesus ao realizd-los nao era esse; ou seja, Jesus nao praticava a espetacularizagao do milagre. Seu objetivo nao era o milagre pelo mi- lagre. Milagre nao é a mesma coisa que magia. Esta, sim, procura im- pressionar. Jesus Cristo queria uma fé aprofundada nos ensinos e no ca- rater do Deus que Ele pregava, e naio seguidores cegos e iludidos. Era comum, antes de Jesus curar ou libertar, a Biblia dizer que Ele era Ligdo 1-0 Significado e Propésito dos Miiagres movido de “intima compaixao’. Era 0 amor que o movia, e nao o desejo de impressionar seus ouvintes; até porque Jesus nunca precisou provar nada. Ele sabia muito bem quem era. Se um pregador, ou qualquer outro, para pravar que ¢ alguém ou ser aceito, faz do milagre a bandei- Ta ou o chamariz do seu ministério, incorre em erro, pois o chamado maior é para pregar evangelho, € nao realizar curas. 0 maior dos mi- lagres é a conversdo a Jesus. 2. Substituir o papel humano (Mt424,Jo 11). "E a sua fama correu por toda a Siria; trouxeram-lhe, entéo, todos os doentes, acometidas de varias enfermidades e tormentos: ende- moninhados, lundticos e paraltti- cos. £ ele os curou" (Mt4.24) Também podemos ver isso claramente no ministério de Je- sus. Imagine alguém que dissesse: “Nao precisamos nos preocupar com nada, nem trabalhar ou fazer provisées, pois, se precisar Jesus, faz um milagre”, Mas isso seria um absurdo, con- siderando-se o ministério de Jesus e Sua sabedoria mostrada nos evange- Thos, Jesus nunca realizou nenhum milagre em beneficio préprio. Tal- vez, o mais préximo disso tenha sido a pesca do peixe com a moeda para pagar o imposto/ Mas Jesus est sal- vando Pedro de uma situagéo cons- trangedora. (Mt 17.27). Quando foi instado a transfor- mar pedras em pies para satis- fazer Sua fome, Jesus recusou; e, quando sobraram alimentos, apés a multiplicagao dos pies e peixes, Ele ordenou que fossem recolhi- dos para uso posterior Nao era, nem nunca foi, o propdsito dos milagres substituir o esforgo hu- mano. Se assim fosse, isso nos tor- naria preguigosos e irresponsa- veis. Deus realiza milagres, nao ha dividas, mas nao realiza milagres de sobra ou desnecessariamente. 3. Seremum fim em si (Jo 20.3031). "Na verdade, fez Jesus diante dos discipulos muitos outros si- nais que nao estéo escritos neste livro, Estes, porém, foram registra- dos para que creiais que Jesus é 0 Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” Os milagres nao eram uma mera demonstragao de poder. Os milagres de Jesus sao compreendidos no con- texto do antincio do Reino de Deus: "Mas se é pelo Espirito de Deus que eu expulsos deménios, entdo o reino de Deus jd chegou a vds" (Mt 12.28). Jesus inaugura o Reino e, nesse contexto, os milagres sao uma cha- mada a uma adesao pessoal a Deus. Isto é fundamental e caracter‘sti- co nos milagres que Jesus realizou. Reino e milagres sao realidades in- separdveis. Por isso mesmo é muito importante, diante dos milagres, nio. focarmos apenas nos feitos em si, Em outras palavras, nao fique olhando apenas para o milagre, para a maravilha, sendo ficaremos “mara- vilhados” e ndo conseguiremos ver 0 resto, Jesus diz que havera pessoas que, indiscutivelmente, realizarao curas e maravilhas, e, todavia, suas vidas eram totalmente distantes da santidade de Deus (Mt 7.21-23). Si- nais € prodigias também acontecem sem Deus, Quem segue alguém (pre- gador, mestre ou profeta) por causa de sinais pode cair no maior engano dasua vida. Ill. CRITERIOS SOBRE MILAGRES 1. Os milagres sao para hoje (Me 16.15-18). "Estes sinais hao de acompa- nhar aqueles que creem: em meu nome, expelirda demdnios; falardo novas linguas; pegarao em serpen- tes; e, se alguma coisa mortifera beberem, ndo lhes fard mal; se im- puserem as mGos sobre enfermos, eles ficardo curados." (Mc 16.17,18) Por mais incrivel que possa pare- cer, ha, ainda hoje, um enorme con- tingente de pessoas que tem dificul- dades para acreditar em milagres. Ora, como crer em Deus e nao crer em milagres? Isso me lembra de certo bébado, que tinha sido con- vertido e transformado pelo Evan- gelho. Ele dava glérias a Deus pelo que tinha ocorrido. Perguntaram- -lhe: “Vocé nao acredita realmente que essa coisa de milagre exista, nao &mesmo? Algo como Jesus transfor- mar Agua em vinho nao parece fac- tivel" O ex-alcodlatra rapidamente respondeu: “Se eu acredito? Acredi- Lipo 1 - © Significado @ Propdsite dos Milagres to sim! La em casa, ele transformou ouisquee acervejaem méveis, e até em um carro novo”. Pois 6, como ele nao precisava mais gastar dinheiro com a bebi- da, ele agora podia investir no seu bem-estar. Indiscutivelmente, a mensagem pentecostal que herda- mos de nossos pioneiros inclui a crenca na contemporaneidade dos milagres do Cristo que nao mudou, que continua o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8). 2. Veja se tem exibicionismo (Jo 6.15; At 8.9). "Sabendo, pois, Jesus que esta- vam para vir com o intuito de ar- rebaté-lo para o proclamarem rei, retirou-se navamente, sozinho, para o monte." (Jo 6.15). As manifestacées e realizacdes de milagres necessitam sempre ser acompanhadas de humildade e sincero temor. Jamais a preocupa- cao é causar impressao e chamar atengao para si. No Evangelho, é vidas transformadas, alcancadas eonome de Deus ser glorificado, E importante, por exemplo, ver- mos a grande diferenga entre os feitos e maravilhas operados por Moisés e os realizados pelos ma- gos no Egito. No caso de Moisés, era evidente o propésito de Deus com Israel; mas os magos nao tinham outro propésito, a nado ser mostrar quem era maior. Os magos se exi- biam, enquanto Moisés humilde- mente obedecia a Deus e o glorifi- cava, O culto é, e sempre sera, para ficarmos maravilhados com Jesus, nunca com o pregador. Deverfamos resgatar uma simples oracado dos pregadores antigos: “Senhor, escon- de teu servo atras da cruz”. 3. Veja se tem dinheiro envol- vido (At 8.20). “Pedro, porém, lhe respondeu: 0 teu dinheiro seja contigo para per- digao, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus.“ Uma coisa que requer cuidado é observarmos se, no entorno do milagre, ou no antincio da sua rea- lizagao, exige-se dinheiro, Veja se sua promessa esta atre- lada 4 grana. Dinheiro e milagre sao duas coisas nao se deve mistu- RESPONDA rar. E uma quimica maligna. Nunca os apéstolos ensinaram que para Deus intervir na vida de alguém se- Tia necessario pagar alguma coisa. Em Atos capitulo 8 temos um en- sino sobre isso. Simao, um homem ga- nancioso e vendido ao dinheiro, per- cebendo oderramamento do Espirito, promete dinheiro aos apdstolos para ter o mesmo dom, Ele é veemente- mente rechagado e repreendido por Pedro que, inclusive, diz que ele esta em “lago de iniquidade” Sim4o, e, igualmente, muitos hoje, era daqueles que via no dinheiro a mola de tudo, Isso esta registrado para que saiba- mos de uma vez por todas que mila- gre é resultado da graca e bondade de Deus. Deus nao esta 4 venda. CTC eo: alee O SERVO DO CENTURIAO DE CAFARNAUM MATEUS 8.5-13 © Aureo “Ouvindo isto, admirou-se Jesus @ disse aos que o seguiam: Em verdace vos afirmo que nem mes- mo em Israel achei fe como esta." Mt 8.10 Leitura Biblica Para Estudo a Estudadaem _/_/ Mateus 8.5-13; Le 7.1-10 Verdade Pratica A té do Centurido romano foi elogiada e recompensada por Jesus. ESBOCO DA LICAO INTRODUGAO IL ASPECTOS DO MILAGRE 1. Um centurigo Mt é5 2. Um homem humilde wr a.é 3. Nao era judeu saz I. O QUE REVELA SOBRE JESUS? 1, Asoberania de Jesus Mas 2. Aboa vontade de abengoar Mr 4.6 3. Uma revelagao profética mra.12 Il ENSINAMENTOS: 1. Ele tem sensibilidade mi a5 2. Ele impressionou a Jesus mtaio | 3. Eletemfé wré13 APLICACAO PESSOAL Devocional Diario Ss jCT)C@)C@ICSICS Mt Mt Mt Mt Mt Mt 6.30 8.26 92 9.29 13.58 14.35 Hinos da Harpa: 155 - 410 | Ligdo 2 - 0 Servo do Cenlurido de Calamaum INTRODUCAO Esse relato de cura fala-nos do va- lor da fé, mas acima de tudo revela a graga e dispasicao de Jesus para favo- recer quem 0 procurasse coma atitu- de certa. Vocé também encontra este episddio narrado em Lucas 7.1-10 1. ASPECTOS DO MILAGRE 1. Um centurido (ME 3.5). "Tendo jesus entrado em Cafar- naum, apresentau-se-Ihe um centu- rido, implorando". 0 centuriao era o oficial roma- no responsavel por comandar cem soldados. Alguns deles, inclusive, se converteram, como Cornélio eo ou- ‘tro mencionado ao pé da cruz além deste que aqui estudamos (At 10; Mt27.54). Tudo isso ressalta o poder do Evangelho de Jesus Cristo. Nao ha ninguém impermeavel ou inalcanga- vel pelo Evangelho, que é o poder de Deus para a salvacao de todo aque- Je que cré. As principais divisées do exército romano eram a dectiria (dez soldados); a centiria (100 solda- dos); a coorte (500 a 600 soldados) e a legiao (6.000 soldados). O cen- turido, portanto, estava acima dos Jegiondrios e dos decurides, consti- tuindo-se o terceiro nivel da hierar- quia romana. Eles sao mencionados em muitos lugares no NT. Esse que procura Jesus, interce- dendo pelo seu servo, nao teve seu nome mencionado, mas sua fidalguia, 12 humildade e fé formam um contraste gigantesco com a lentidao e ma von- ‘tade dos Iideres judaicos em aceitar a Cristo como seu Messias. 2.Umhomem humilde (Mt 8.8). "Mas o centurido respondeu: Senhor, no sou digno de que en- tres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz seré curado". Humildade nao é autodeprecia- doe baixa autoestima. Alguém disse que humildade é “uma correta com- preensao de si mesmo” Tudo o que vimos anteriormente foi necessdrio para vermos o valor da humildade desse centurido ao aproximar-se de Jesus. Ele nao era qualquer um. Em termos militar, social e po- Iftico, ele tinha poder sobre Jesus, que era, por assim dizer, um prega- dor andarilho do "terceiro mundo", Mas o texto de Mateus diz que ele achega-se “implorando” Nao exige, nem reivindica nada, mas supli- ca por ajuda. Todo o seu aparente poder era nulo para resolver as cir- cunstancias e necessidades pelas quais procura a Jesus. S6 podemos ser alvos da gracae da misericérdia divina quando vemos nossa real si- tuagdo de impoténcia e faléncia es- pirituais. A recomendagao sagrada é nos humilharmos debaixo da po- derosa mao divina (1Pe 5.6). 3. Nao era judeu (Mt 8.12). ‘Ao passo que os filhos do reingo serGo langados para fora, nas trevas; ali haverd chore e ranger de dente." De todos os evangelhos, Ma- teus em especial deixa claro que o ministério de Jesus se limitou qua- se exclusivamente a Israel (veja, por exemplo, 10.5,6 e 15.24). Aexpressao “ovelhas perdidas da casa de Israel” é exclusiva deste evan- gelho. Aquele homem era um gentio, isso fica claro no versiculo 10, Mas, embora sendo de fora da comunidade de Israel, ele vai procu- Tar Jesus, enquanto muitos daqueles que deveriam té-lo acolhido e recebi- do nao somente o desprezaram, mas também o hostilizavam, dizendo que Ele tinha deménios (Mt 12.24). Que contraste! A cegueira e increduli- dade de Israel sao contrapostas a fé de um pagao, para quem Jesus era mais do que um mero pregador; era alguém que podia curar seu estima- do é valioso servo. Esse é um risco que todos nds corremos quando nos “acostumamos” as coisas de Deus. Para 0 povo de Israel, Jesus era alguém em avaliacao constante e que tinha de provar quem era, en- quanto para o centurido romano, Ele era alguém dignfssimo e dian- ‘te de quem a aproximacdo deveria ser com humilhagao e reveréncia. Il. O QUE REVELA SOBRE JESUS? Como ja dito, o milagre nao era um fim em si mesmo. Ele nos pro- picia a oportunidade de aprender mais sobre o carater e a pessoa de Cristo. Ligéo 2- © Servo do Centurido de Cafamaum 1. Asoberania de Jesus (Mt 8.5). "Tendo jesus entrado em Cafar- naum, apresentou-se-lhe um centu- rido, implorando.” O centuriao, ao procurar Jesus, usa seu proprio exemplo como sol- dado. Muito provavelmente, ao usar seu proprio caso como um represen- tante de Roma, ele estivesse sugerin- do que quando dava uma ordem, ele fazia a partir da autoridade delega- da pelo imperador, de modo que se alguém nao o obedecesse estaria na verdade desobedecendo a Roma. O centurido aplica esse enten- dimento a Jesus e diz que, como Ele era orepresentante de Deus, Suapa- lavra eraa palavra do préprio Deus. Ele admite a soberania de Jesus e demonstra uma fé impressionante. E como se dissesse: “0 Senhor nao precisa de nenhum ritual, nem de mdgicas ou elementos intermedid- rios. Basta falar: Tua autoridade é a autoridade de Deus e tua palavra éa palavra do préprio Deus" Por isso Jesus elogiou a sua fé. Ele parece penetrar mais pro- fundamente na autoridade e so- berania de Jesus do que qualquer israelita jamais o fizera Aquele homem sabe de uma coisa: a pala- vra de Jesus era suficiente. 2. Aboa vontade em abencoar (Mi 8.8). "Mas o centurido respondeu: Senhor, ndo sow digno de que en- tres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e 0 mew rapaz serd curado". Ligdo 2 - O Servo do Centurido de Cafamaum O centuriao se aproxima, su- plica, e a resposta de Jesus é sur- preendente: “Eu irei cura-lo” Certamente aquele homem nao esperava que Jesus dissesse isso. Da mesma forma, acontece hoje. No geral, as pessoas veem Deus como se fosse alguém que precisa ser convencido a nos ajudar; Al- guém a ser ganho e conquistado. Muitos sermées parecem retratar Deus como alguém relutante que precisa ser “vencido”, mas isso é uma visdo distorcida, pois a Biblia Sagrada revela um Deus generoso, que tem alegria e prazer em fazer © bem e abencoar, Ainda falava o Centuriao quando Jesus, talvez até 0 interrompendo, diz: “Eu irei e o curarei”, Aleluia! O que o Centuriao fez para merecer essa visita? Ele nem mesmo era judeu. Precisamos lembrar que Deus é bom e, antes que pecamos qualquer coisa, Ele ja esta disposto anos dar (Mt 6.32). 3.Uma_ revelagao profética (Mc8.12). ‘Ao passo que os filhos da reina serdo lancados para fora, nas tre- vas; ali haverd choro e ranger de dentes.” Jesus, cheio de graga, abre Sua boca e nos revela algo muito pro- fundo sobre o carater do seu rei- no: “Mas eu vos digo: que muitos virdo do Oriente e do Ocidente, e assentar-se-do com Abrado, isaque e Jacd, no reino dos céus” (v. 11). Israel, como nagao, se achava merecedora do amor de Deus. Eles eram os descendentes dos patriar- cas, logo se achavam garantidos. Mas a relacao com Deus se da por outro vies. E pessoal. Ninguém nas- ce cristao. Ninguém é cristao por geografia ou lagos sanguineos. Deus nao tem netos. Cada um precisa fazer sua decisdo e seguir a Cristo. Cristao é um seguidor de Cristo. O centurido representa, neste caso, os primeiros frutos das gran- des multidées que o Senhor cha- maria de todas as ragas, linguas, povos e nagées, para se reclinarem em Sua mesa para participar de Seus dons, com os patriarcas, que sao os pais dos fiéis de todos os tempos. No banquete messianico, diz Jesus, haverd gente dos quatro cantos da bissola. Enquanto isto, os filhos do rei- no, que sdo aqueles aos quais as promessas haviam sido feitas, que sao os judeus que confiavam no parentesco terreno dos pais mas sem a fé destes, perderiam sua he- Tanga, porque teimavam em nado reconhecer Jesus como Senhor e Salvador (Mt 8.12). ILENSINAMENTOS Esse gentio nos ensina algumas atitudes e comportamentos que deveriam existir em todos nés. 1.Ele tem sensibilidade (Mt 8.5). "Tendo Jesus entrado em Cafar- naum, apresentou-se-lhe um centu- rido, implorando.” Esse homem merece nosso re- conhecimento. Ele esta preocupa- do com um criado. Sua busca por Jesus nao era em beneficio pré- prio, era para favorecer um servo. Naquela cultura, um criado era uma "coisa", Era descartavel. Seria facilmente substituido, mas a cen- turido nao o vé assim, Ele 0 v8 como um ser humano. Era alguém que se preocupava como outro. 0 dinheiro, co poder e a respeitabilidade militar n&o o tornaram insensivel e frio. Ele nao é um brutamontes indiferente e apatico, mas um homem sensivel e generoso de coragao. Que isso nos toque igualmente. Quantas vezes nossa busca pelo sagrado se da unicamente por néds mesmos e em funcao de nds. Nosso chamado nado é cor- rer atrds de béngaos, elas nos sao dadas gratuitamente em Cristo. Nosso chamado, como disse Pau- Jo, apéstolo, é agradar ao préximo no que € bom para edificacao. Ele conclui dizendo que Cristo nao agradou a si mesmo (Rm 15.2). Entendo que um dos problemas do nosso tempo & que todo mun- do est4 buscando “a sua béngdo’, “o seu milagre”, “a sua vitéria’, e isso néo acaba nunca. Passam-se quinze ou vinte anos e a pessoa continua fazendo campanhas ape- nas por si mesmo, correndo atras de profetas, pulando de uma igre- ja para outra, sempre procurando ser servido e paparicado, Estamos sempre nos auto-resolvendo e isso nunca basta. Nunca sobra espaco Liga 2 - 0 Serve do Centuriao de Cafamaum para Deus nos usar em diregao ao préximo. 2. Ele impressionou Jesus (Mt 8.10). “Ouvindo ista, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em ver- dade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta." A ideia presente é que Jesus ficou téo impressionado com a atitude do centurido que soltou um sonoro AMEM. Jesus con- corda impressionado, esse é o sentido. Isso emite de nossa parte uma pergunta simples: O que impressiona Jesus? Aquele homem nao impressiona Jesus pela sua capacidade, nem pelas coisas que possula, mas pela sua fé auténtica e profunda. Ele ndo esta indeciso, nem confuso, mas cheio de confianga. Que guardemos isso em nosso coragao. A fé é aquilo que Deus mais busca em nds, Ele nao bus- ca grandes compreensies (o que esse homem sabia sobre a fé ju- daica? Sobre os patriarcas?), mas coragdes que se rendem, creem e confessam Seu nome. 3. Ele tem Fé (Mt 8.13). "Entao, disse Jesus ao centu- rido: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, 0 servo foi curado." Esse centurido romano de- monstra uma fé espetacular na pessoa de Jesus. Ele decidiu pedir ajuda a Ele. Poderia ter ido a sina- goga, ou a lideranca judaica, mas nao faz isso. Vai até Jesus Cristo. Ele tinha muita coisa, era respeitado e admirado, mas lhe faltava Deus e quando Deus; falta na nossa vida, falta tudo. Como disse alguém: Deus e mais nada é suficiente. Tudo menos Deus nao é nada. Além disso, precisamos lembrar que os romanos, como qualquer outro povo, desde sempre também tinham suas divindades, mas esse centurido entende que sua religido nada poderia fazer por ele. Todos nds precisamos de Jesus. Se a fé nao estiver focada na pessoa de Jesus, no vale nada. Pode até ser grande, mas é indtil. Fé nao é crendi- ce. Fé biblica é confiar numa pessoa: Jesus Cristo. Concordo com o Pr Emerson da Silva Pereira, quando diz que crer em Cristo implica nao depender nem confiar mais na reli- giosidade, cerimonialismo, rituais, misticismo, boas obras, piedade, instituigdes religiosas, pessoas ou ética pessoal com vistas a algum merecimento eterno. LIGAO 3 A MULTIPLICACAO DOS PAES E PEIXES NSO Sar ee Texto Aureo “E, tend mandade que a multi- dao se assentasse sobre a relva, to- mando as cinco paes 6 os dois pel- es, erquendo os alhas ao céu, os abengoou. Depois, tendo partide os paes, ceu-os aos aiscipulos, e estes, as multiages.” Mt 14.19 Estudadaem__ f/f Leitura Biblica Para Estudo Mateus 14.13-21 Mc 6.34; Le 9.10-17; Jo 6.1-15 Verdade Pratica Aquilo que colocamos nas maos de Jesus torna-se mais do que suficiente. ESBOCO DA LICAO INTRODUGAO |. ASPECTOS DO MILAGRE 1, Uma grande necessidade mt 1413 2. Uma grande insuficiéncia Mt 14.15 3..Um grande milagre mrt 1421 IL OQUE REVELA SOBRE JESUS? 1.Um Deus compassivo Mr14t4 2. Um Deus que abengoa mr 14.19 3. Um Deus que alimenta mt 1420 Il ENSINAMENTOS 1. Uma ligao sobre engajamento Mt 14.17 2. Uma ligdo sobre oferta: Mr 1417 3. Uma ligao sobre administragao Mi 1419 APLICAGAO PESSOAL Devacional Diario S)CHICacaycsics Me Fp Rs Ex 2s Mt 14.21 4.19 17.2.6 164 41.8 62533 Hines da Harpa: 301 - 328 Ligdo3 - A Multiplicago dos Paes e Peixes INTRODUGAO De todos os milagres de Jesus, além da Sua ressurreicado, esse & ‘0 Gnico mencionado em todos os quatros evangelhos (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Le 9.10-17; Jo 6.1-15). Com isso podemos ver a impor- tncia e o impacto que ele teve na igreja primitiva, 1, ASPECTOS DO MILAGRE 1,Uma grande necessidade (Met 14.13). “Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, a parte; sabendo-o as multidGes, vieram das cidades sequindo-o por terra.” Fica claro na descrigdo que nado somente a multiddo era grande como também que o local era inés- pito. O que fazer? Nao temos uma informagao precisa sobre a que ho- ras comegou aquele “culto”, mas sa- ‘bemos que durow 0 restante do dia, pois a intromissao dos apéstolos ocorre ao entardecer (Mt 14.15). Eles avaliaram que deveriam su- gerir que Jesus despedisse 0 povo em fungao da hora avangada (Mt 14.15). Mateus escreve que a morte de Jodo Batista e sua estreita rela- Ho com Jesus provocou essa saida estratégica para fora da jurisdigao de Herodes (Mt 14.1-12). Jodo nos informa que isso ocorre perto do perfodo da pascoa quando, normal- mente, multiddes se dirigiam aJeru- salém (Jo 6.4). Hernandes Lopes diz 18 que “eles estavam lidando com um problema sem solugao". Havia uma multidao faminta num lugar deserto, numa hora avancada, sem comida, sem di- nheiro e sem lugar para comprar alimento”. Isso nos ajuda a ter um vislumbre da dramaticidade da situagao. 2. Uma grande insuficiéncia (Mt 14.15). ‘Ao cair da tarde, vieram os discipulos @ jesus e the disseram: O lugar é deserto, e vai adiantada a hora; despede, pois, as multidées para que, indo pelas aldeias, com- prem para si o que comer.” Calculando-se o ntimero dos presentes em modestos 15.000 (qualquer nimero exato sera es- peculativo), como alimentar esse povo com cinco paes e dois peixes? Joao, apéstolo, ainda usa o dimi- nutivo “paes pequenos” e “peixi- nhos” para referir-se a insuficién- cia da provisdo disponivel, Felipe faz um calculo rapido e constata que o cendrio era mesmo caético. Parece que sua postura era a de deixar claro que tratava-se de uma situa¢ao realmente impossivel. Ainda que tivessem duzentos dendrios nao seriam suficientes para que cada um deles recebesse um pedago. Esses detalhes da Bi- blia sao fascinantes. Felipe enxer- ga apenas a “solugdo de mercado", humana, dbvia, mas inexistente - “Nem se tivéssemos duzentos dendrios..." Esse é 0 nico milagre que antes de fazé-lo Jesus pede um conselho. Sua pergunta é: “Onde compraremos pao para toda essa gente comer?” A resposta de Feli- pe, j4 mencionada, parece sugerir que Jesus fizera a pergunta erra- da, Era como se ele dissesse: “O problema nao é onde, Jesus, mas coma compraremos. Nao temos grana’. Mas Jesus Cristo é aquele que pode produzir o que nos falta. Creia nisso. Nao existem situagdes que Deus no saiba o que fazer. 3. Um grande milagre (Mt 1421). “E os que comeram foram cerca de cinco mil hamens, além de mu- theres e criangas," Esse milagre, devido a sua gran- deza, teve um impacto t4o grande na multidao que Joao diz duas coi- sas sobre seus resultados: a pri- meira é que a multiddo reconhece que Jesus realmente era o profeta que eles esperavam (Jo 6.14); a segunda é a nota que Jesus pro- positalmente se ausenta diante da iminéncia de ser feito rei pelo povo jA agora saciado, Isso porque Jesus sabia que 0 que os motivava era a "barriga cheia" (Jo 6.26),e nao uma fé genuina. Tem gente assim, que segue Jesus apenas por aquilo que supostamente vai receber. E uma fé infantil, interesseira e sem cruz. Apostura de André em dizer a Jesus que havia ali um rapaz com cinco paes e dois peixes o distan- cia de Felipe que somente via a impossibilidade. Parece que An- 19 Ligao 3 - A Multipicagao dos Paes e Peixes dré cria que Jesus saberia o que fazer com aquilo. Ele estava certo. Aquela escassa provisio era su- ficiente para o que Jesus queria fazer. Deus nao precisa de muito para fazer algo grande, basta ha- ver entrega e confianga, ll. O QUE REVELA SOBRE JESUS Os milagres revelam o carater de Jesus e nos permitem conhecé-lo melhor. Essa é nossa miss4o aqui. 1.Um Deus (Mt 14.14). “Desembarcando, viu Jesus uma grande multiddo, compadeceu-se dela e curau os seus enfermos." Mateus nos diz que Jesus ao ver a multidao é tomado de grande compaixdo para com ela e cura os que estavam enfermos (Mt 14.14). Marcos nos informa que Jesus as vé como “ovelhas que ndo tem pastor” (Mc 6.34). Daf seu amor para com eles. “Ovelhas sem pastor” é gente vulneravel, perdida e sem rumo; é gente 4 mercé de lobos cruéis. Acompaixao de Jesus é escanca- rada nesse milagre. Os fariseus viam as multidées como “plebe maldita” (Jo 7.49). Jesus, no entanto, amava a multidao. Compaixao nao é “ter pe- ninha’” de alguém. £ um coragao que se inclina em dire¢ao aos que so- frem, sente suas dores e é movido a fazer algo. Aqui Jesus vé a multidao e seu coragao se comove. Ele cura os enfermos e prové o alimento neces- compassivo Ligdo 3 -.A Multiplicagao dos Paes ¢ Peixes. sario para que eles possam retornar para suas casas, 2.Um Deus que abengoa (Mt 14.19). "E, tendo mandado que a mul- tidio se assentasse sobre a relva, tomando os cinco pdes e os dais peixes, erguendo os olhos ao céu, os abencoou. Depois, tendo partido os Paes, deu-os aos discipulos, e estes, ds multiddes.” As Escrituras dizem que antes da multiplicagao Jesus ora e agra- dece ao que chegou em suas maos. Jo&o diz que Jesus “deu gragas” (Jo 6.11). Os sindticos dizem que Jesus Jevantou os olhos ao oéu e abengoou ‘os pes e peixes (Mt 14.18; Mc 6.41 ¢ Le 9.16). Como abengoar e agra- decer quando o que se tem é muito menos do que a necessidade? Quan- do se tem pouco ou menos do que se precisa, a tendéncia é reclamar e murmurar. Talvez por isso muitos no veem a multiplicacao. Murmuragao é a chave que fe- cha o céu e abre asepultura. Jesus agradece, mesmo sendo pouco. Coloca Sua bengao sobre o poucoe 9 pouco virou muito. Perceba que Jesus no ora para Deus multipli- car, apenas abengoa. A béncao de Deus sobre qual- quer coisa, mesmo sendo insufi- ciente, vale muito mais do que a abundancia sem o Seu favor, En- contramos nos evangelhos a in- formagao que "depois’ ele reparte os paes e peixes. “Depois” do qué? Depois de abengoar. Depois de 20 agradecer. $6 multiplica e sobra quando esta aben¢goado. 3. Um Deus que alimenta (Mt 14.20). "Todas comeram e se fartaram; e dos pedagos que sobejaram reco- theram ainda doze cestos cheios." Nossa vis4o, como a de Felipe, é “nao da" A visdo de Jesus 6 “co- loque em minhas maos que vai dar e ainda vai sobrar”. Hernandes D. Lopes diz que “o pouco nas maos de Jesus é uma provisdo suficiente para uma multiddo" Uma coisa es- petacular aqui é que além da mul- tidao comer sobeja e fartamente, ainda sobra muito alimento. Jesus é aquele que supre farta- mente e nao supre apenas com o pao material, mas também com o pao espiritual. Ele é o “Pao da vida" e aquele que se alimenta dele nunca mais tera fome. Ele satisfaz plena e completamente. Deus alimentou o povo no deserto com o mand; ago- ra, Jesus Cristo alimenta o pove com pao e peixes e torna-se, Ele mesmo, 0.0 novo mand de Deus, 0 mand era oalimento vindo de Deus que nunca faltou no deserto durante quarenta anos (Ex 16.35). Nao faltounenhum dia. Jesus Cristo chega e diz que Ele éonovo mand de Deus (Jo 6.32-35). E é um mana de qualidade infini- tamente superior, pois enquanto o primeiro mantinha o povo vivo na historia, Jesus é aquele que nos mantém vivos para a eternidade. Nao é possivel vivermos de outra fonte de alimento.

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