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Festa
– Apostolado da amizade.
O Apóstolo Santo André era natural de Betsaida, irmão de Simão e pescador como ele. Foi
discípulo de São João Batista e depois um dos primeiros a conhecer Jesus; foi ele que levou
Pedro ao encontro do Mestre e que, na multiplicação dos pães, disse ao Senhor que havia um
rapaz com uns pães e uns peixes. Conforme a Tradição, pregou o Evangelho na Grécia e
morreu na Acaia, numa cruz em forma de xis.
I. FORAM E VIRAM onde habitava, e ficaram com Ele naquele dia. Era
cerca da hora décima1.
Nós vimos tratando intimamente com Cristo, que um dia – talvez há não
poucos anos! – passou perto da nossa vida: “Como André, também nós, pela
graça de Deus, descobrimos o Messias e o significado da esperança que
devemos transmitir a todos”9. O Senhor serve-se com frequência dos laços do
sangue, da amizade..., para chamar outras almas. Esses vínculos podem abrir
a porta do coração dos nossos parentes e amigos, talvez fechados para Cristo
devido aos preconceitos, à ignorância, ao medo ou à preguiça. Quando a
amizade é verdadeira, não são necessários grandes esforços para falar de
Cristo: a confidência surgirá naturalmente. Entre amigos, é fácil trocar pontos
de vista, comunicar descobertas... Seria tão pouco natural que não falássemos
de Cristo, sendo Ele a descoberta mais importante que fizemos na vida e o
motor de todas as nossas ações!
Conta a tradição que Santo André morreu louvando a cruz, pois ela o levava
definitivamente para junto do seu Mestre. “Ó cruz boa, que foste glorificada
pelos membros do Senhor, cruz por tão longo tempo desejada, ardentemente
amada, procurada sem descanso e oferecida aos meus ardentes desejos [...],
devolve-me ao meu Mestre, para que por ti me receba Aquele que por ti me
redimiu”15. Se virmos Jesus por trás dela, nada nos importarão os maiores
sacrifícios.
(1) Jo 1, 39; (2) Jo 1, 37; (3) Mt 13, 44; (4) Mt 13, 45; (5) J. L. R. Sanchez de Alva, El evangelio
de San Juan, 3ª ed., Madrid, 1987, nota a Jo 1, 35-51; (6) São Tomás, Comentário ao
Evangelho de São João; (7) Jo 1, 41-42; Antífona da comunhão da Missa do dia 30 de
novembro; (8) Liturgia das Horas, Segunda Leitura; São João Crisóstomo, Homilias sobre o
Evangelho de São João, 19, 1; (9) João Paulo II, Homilia, 30-XI-1982; (10) São Josemaría
Escrivá, É Cristo que passa, n. 1; (11) Mt 4, 18-20; (12) São Gregório Magno, Homilias sobre
os Evangelhos, I, 5, 2; (13) ib.; (14) cfr. Mt 20, 1 e segs.; (15) Paixão de Santo André.