Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Inspirada no Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/90), a Lei n.º 10.671
introduziu, de forma inédita, regramento normativo que trata da proteção e defesa do torcedor
de eventos esportivos, assim considerado, por força do artigo 2o, como toda pessoa que
aprecie, apóie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva do País e acompanhe
a prática de determinada modalidade desportiva.
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
Das adaptações exigidas pelo novo regramento, destacam-se aquelas insertas nos
artigos 18 e 22, II.
O artigo 18 da Lei n.º 10.671/200 prescreve que “os estádios com capacidade
superior a vinte mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infra-
estrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente”.
Por sua vez, o artigo 22, II dita que ser direito do torcedor partícipe “ocupar o
local correspondente ao número constante do ingresso”.
Ainda que o Estatuto tenha estabelecido uma vacatio legis de 6 meses para que os
estádios cumpram tais determinações, pela inteligência do artigo 44, cabe analisarmos quais
os reflexos da adoção destas medidas para o Poder Público.
De acordo com o disposto na Lei n.º 8.666/93, que regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Carta Federal e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública,
à exceção das hipóteses de dispensa e inexigibilidade previstas nos artigos 24 e 25, o princípio
da licitação se impõe para todos os outros contratos, aí incluídos aqueles que futuramente
venham a ser celebrados para possibilitar as reformas nos Estádios de propriedade do Poder
Público.
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
1
O Planejamento da Licitação. Informativo de Licitações e Contratos – ILC, Zênite, Seção
Doutrina/Parecer, Dezembro, 1998.
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
E, nos termos do art. 4.º, § 1.º da LRF, deverá integrar o projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias o Anexo de Metas Fiscais, no qual serão estabelecidas metas anuais
em valores correntes e constantes relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário,
e montante da dívida, para o exercício a que se referirem e para os dois subsequentes. O
conteúdo do referido Anexo, está disposto no § 2o do mesmo diploma legal, cabendo destacar
o “demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios
anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política
econômica nacional.”
“Art.5o ...
(...)
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
(..)
Como se vê, quanto aos impactos das adaptações na finanças do Poder Público,
devemos considerar as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º
101/2000), especialmente no tocante a novas ações governamentais que acarretam aumento de
despesa pública, nos termos dos artigos 16 e 17 do referido diploma, sob pena de que a
geração de despesas realizada em inobservância ao comando destes artigo serem
consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público.
www.mundojuridico.adv.br
MUNDO JURÍDICO
artigo de Paulo Marcos Schmitt e Luiz Antonio Grisard
face dos tópicos aqui mencionados, de forma a responsabilidade imposta por Lei à
Administração Pública venha a ser transferida para os contribuintes.
www.mundojuridico.adv.br