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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 3
2. OBJECTIVOS ..................................................................................................................................... 4
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
1. INTRODUÇÃO
Todos os dias somos confrontados com inúmeros acontecimentos que nos afectam, mesmo quando não
incidem directamente sobre nós. Situações de doença súbita, acidentes de viação, acidentes de trabalho
contribuem todos os anos para a mortalidade e morbilidade de milhões de pessoas em todo o Mundo.
Numa outra escala, os conflitos, os desastres naturais, os incidentes industriais, entre outros, afectam
irremediavelmente a vida de inúmeras de pessoas, muitas vezes para sempre e em poucos minutos.
Assim, demonstra ser primordial a formação e a actualização face aos desafios que surgem, tanto na
vertente pessoal como profissional, uma vez que a profissão de “prestador de cuidados” exige a
constante construção de conhecimento e aperfeiçoamento de técnicas.
Por outro lado, desviando a atenção do socorro às vítimas e olhando para os técnicos de emergência
pré-hospitalar, pode perceber-se a facilidade com que estes trabalhadores podem desenvolver lesões
músculo-esqueléticas pela adopção de posturas e movimentação de cargas que biomecânicamente não
são correctas.
Pelas inúmeras situações possíveis de serem encaradas em contexto de rua e pela impossibilidade de
transportar os grandes e dispendiosos equipamentos hospitalares de diagnóstico nas viaturas de
emergência, encara-se a maioria dos casos como suspeitas, sendo a prevenção uma atitude primária,
principalmente em situações de trauma.
Perante estas situações importa analisar os mecanismos de trauma que conduzem a lesões no corpo
humano. Para se perceber como estas forças podem provocar danos, tem de se ter presente os
seguintes factores:
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Energia:
Anatomia:
Pré-Impacto;
Impacto;
Pós-Impacto.
Por só em meio hospitalar ser possível efectuar uma avaliação clara e aplicar o tratamento adequado,
torna-se necessário proceder ao transporte deste tipo de vítimas. Para a mobilização deste tipo de
vítimas, torna-se necessário recorrer a técnicas específicas para as mobilizar, imobilizar e possibilitar o
transporte cuidadoso nas melhores condições possíveis. Para tal, vamos neste documento analisar as
posturas adoptadas pelos técnicos de emergência pré-hospitalar durante a aplicação da técnica de
rolamento, recorrendo para isso ao método REBA ( Rapid Entire Body Assessment).
2. OBJECTIVOS
I. OBJECTIVO GERAL
Aplicação do método REBA (Rapid Entire Body Assessment) para avaliação das posturas adoptadas;
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Sugerir medidas correctivas (novas posturas, novos equipamentos, etc.) de acordo com a análise
efectuada aos resultados obtidos.
Emergência é uma expressão utilizada para definir algo que ocorre subitamente e apresenta uma
gravidade excepcional.
A palavra Médica implica tudo aquilo que diz respeito à medicina, ou seja, o que se relaciona com saúde
e doença. Temos então que o Sistema Integrado de Emergência Médica é um conjunto de meios e
acções extra-hospitalares, hospitalares e inter-hospitalares, com a intervenção activa dos vários
componentes de uma comunidade, portanto pluridisciplinar, programados de modo a possibilitar uma
acção rápida, eficaz e com economia de meios, em situações de doença súbita, acidentes e catástrofes,
nas quais a demora de medidas adequadas, de diagnóstico e terapêutica, podem acarretar graves riscos
ou prejuízo para o doente.
Fases do SIEM
Face ao exposto anteriormente, torna-se fácil compreender que para que este objectivo seja atingido
tenhamos necessariamente uma sequência de várias fases a cumprir:
Detecção;
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Alerta;
Pré-Socorro;
Socorro;
Transporte;
Detecção
A Detecção corresponde ao momento em que alguém se apercebe da existência de uma ou mais vítimas
de doença súbita ou acidente.
Alerta
As Centrais de Emergência são centros telefónicos, criados ao nível de cada distrito, que fazem a triagem
e encaminhamento das chamadas feitas através do Número Europeu de Socorro ou seja, têm por função
receber e encaminhar para a entidade adequada todos os pedidos de socorro que envolvem as mais
variadas situações:
Os CODU’s (Centros de Orientação de Doentes Urgentes) são centrais rádio e telefónicas coordenadas
por um médico e que, dentro da área da saúde, fazem a gestão dos pedidos de ajuda e dos meios de
socorro disponíveis em cada momento na sua zona de actuação. Fundamentalmente, compete ao CODU
prestar, em tempo útil, orientação e apoio médico necessário ao eficiente socorro do doente, na área da
sua responsabilidade, quer em situações de emergência médica quer de doença súbita ou acidentes.
Nomeadamente, compete aos CODU’s:
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Accionar, sempre que necessário, o transporte das vítimas para os serviços de saúde
adequados, utilizando meios próprios ou de outras entidades;
Enviar uma equipa médica, tendo em conta a disponibilidade de meios e quando a situação o
justifique;
PROTECÇÃO
Esta etapa é constituída pelas acções a desenvolver no sentido de evitar o agravamento de uma situação
de emergência. Estas medidas incluem a segurança do local, a da própria vítima e a de quem socorre e
podem ser executadas quer pelo socorrista, quer pelo cidadão anónimo. A protecção da equipa de
socorro e da vítima devem ser uma constante, pelo que não tem lógica aparecer Protecção como uma
fase isolada do SIEM.
Exemplo:
Pré-Socorro
Esta fase corresponde ao aconselhamento feito no momento do contacto com o médico, actualmente
apenas possível no CODU. Como vimos, os CODU’s são centrais coordenadas por médicos, logo dentro
da área da saúde estas centrais encontram-se devidamente habilitadas a proporcionar a ajuda adequada
a cada situação de doença, dentro dos meios disponíveis, sendo o objectivo o início do tratamento no
local e o encaminhamento para a unidade hospitalar mais adequada. Para que tal seja possível estas
centrais encontram-se dotadas de meios humanos e técnicos:
Médico 24 horas por dia que, para além da sua formação base, recebe um curso direccionado
para a triagem, aconselhamento e atendimento telefónico e gestão de meios de socorro;
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Socorro
Os meios ao dispor na área da saúde para serem accionados pelos CODU’s são de três tipos:
Meios INEM;
Meios Reserva;
Meios INEM
Os CODU têm à sua disposição diversos meios de comunicação e de actuação no terreno, com sejam as
Ambulâncias INEM, os Motociclos de Emergência, as VMER, as Viaturas de Intervenção em Catástrofe
(VIC) e os Helicópteros de Emergência Médica. Através da criteriosa utilização dos meios de
telecomunicações ao seu dispor tem capacidade para accionar os diferentes meios de socorro, apoiá-los
aquando da sua prestação de socorro no terreno e, de acordo com as informações clínicas recebidas das
equipas no terreno, seleccionar e preparar a recepção hospitalar dos diferentes doentes.
Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), são veículos de Base Hospitalar cuja
filosofia de funcionamento é servirem como extensão do Serviço de Urgência para a
comunidade ou seja é um “Serviço de Urgência Hospitalar sem paredes”. Estes veículos são
tripulados por um Médico e um Enfermeiro ou um Tripulante de Ambulância de Socorro, sendo
a equipa tipo actualmente preconizada a de Médico e Enfermeiro. Além daquilo que se espera
de uma Ambulância INEM, podem executar manobras de Suporte Avançado de Vida e Suporte
Avançado de Trauma.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Motociclos de Emergência (ME), que com a sua agilidade quando comparada com a de uma
ambulância no meio do trânsito citadino, permitem a chegada mais rápida do primeiro socorro
junto de quem dele necessita. Reside aqui a sua principal vantagem relativamente aos meios de
socorro tradicionais. A carga da moto dispõe de equipamento que permite ao Tripulante a
adopção das medidas iniciais, necessárias à estabilização da vítima até que estejam reunidas as
condições ideais para o seu eventual transporte.
Viaturas de Intervenção em Catástrofe (VIC), é um veículo que se destina a dar apoio aos
operacionais destacados para as situações de excepção. Permite transportar e apoiar o Posto
Médico Avançado (PMA), garantir a iluminação do local, transportar material específico e
garantir as telecomunicações. O seu principal material é: macas, gerador, coluna de iluminação,
tenda e material para o PMA, material diverso e o centro de telecomunicações.
Meios Reserva
È o conjunto de meios que pode ser utilizado no socorro de vítimas e que não pertencem ao INEM.
Assim temos:
Ambulâncias não INEM, pertencentes às corporação que não são PEM ou reserva mas que,
mediante critério médico do CODU, poderão ser accionadas sendo o valor deste acto da
responsabilidade do INEM. Na prática, por vezes intervêm no socorro mas carecem de
enquadramento reconhecido no SIEM.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Na fase de Socorro prestam-se os primeiros cuidados de saúde, ainda no local de ocorrência, às vítimas
de doença súbita ou acidente. Esta actuação pode englobar todas as áreas da emergência médica,
dependendo dos meios de socorro envolvidos:
Abordagem do traumatizado.
Emergências médicas.
Emergências obstétricas.
Emergências pediátricas.
Situações de excepção.
Transporte
Nesta fase, após a estabilização do doente, o médico responsável (no CODU ou no local) toma a decisão
do transporte. Pretende-se que a filosofia presente seja “o doente certo no sítio certo”. Assim, o doente
pode ser encaminhado para a unidade de saúde que mais se adequa à sua situação clínica. O doente
poderá ser encaminhado para os Serviços de Urgência Hospitalares; salas de Reanimação ou Trauma,
Unidades Cuidados Intensivos, Serviços de atendimento permanente, entre outros. Nesta fase torna-se
igualmente importante ponderar o transporte: o meio de transporte certo com o equipamento e
pessoal certo garantem o nível de cuidados de emergência até ao destino.
Esta fase corresponde ao tratamento no serviço adequado ao estado clínico da vítima. Pode, no
entanto, incluir a intervenção de um estabelecimento de saúde (SAP, CATUS, hospital distrital, etc.),
onde são prestados os cuidados necessários com vista à sua estabilização definitiva e posterior
transferência para um hospital mais diferenciado e/ou adequado à situação.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Mediante a descrição efectuada no ponto anterior, pela diversidade de possíveis áreas de intervenção
dos técnicos de emergência pré-hospitalar, vamos direccionar este trabalho à abordagem do
traumatizado.
As técnicas de imobilização e remoção de vítimas de trauma, obedecem sempre aos mesmos princípios.
De entre deles, um dos mais importantes é, mover a vítima somente o necessário para a sua correcta
remoção e imobilização, mantendo ou melhorando o seu estado, após a chegada das equipas de
socorro.
As técnicas são:
Rolamento
Levantamento
Remoção de capacete
Imobilização vertical
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
De entre estas variadas técnicas, seleccionamos a técnica de “Rolamento” executada pelos técnicos de
emergência pré-hospitalar como objecto de análise ergonómica às posturas adoptadas na sua execução.
III. ROLAMENTO
Objectivos:
Mobilizar uma vítima para um plano duro, mantendo estabilização com alinhamento manual e com o
mínimo movimento da coluna vertebral.
Indicações:
1. Para posicionar uma vítima para cima de um plano duro ou outro equipamento que permita
transportá-la.
2. Para rodar uma vítima com suspeita de trauma Vértebro-Medulares, com o objectivo de
examinar a face posterior do tronco.
Contra-indicações:
Vítimas em decúbito dorsal com suspeita de trauma da bacia; trauma bilateral dos membros, objectos
empalados e eviscerações.
Técnica:
A técnica tem de ser adaptada de acordo com a posição em que a vítima se encontra.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Ilustração 1
3. Os braços são alinhados com as palmas das mãos colocadas junto ao tronco. As pernas são
alinhadas em posição neutra;
5. O plano duro, colocado por um quarto elemento, é apoiado no bordo lateral e aplicado contra
o dorso da vítima. Deve ser posicionado de forma que a sua porção terminal (zona dos pés)
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
fique na região entre os joelhos e os tornozelos da vítima e a porção superior (zona da cabeça)
fique colocada acima da cabeça da vítima.
Ilustração 2
6. A vítima é rolada para cima do plano duro e este é descido para o chão com a vítima em cima;
7. Uma vez o plano colocado no chão, a vítima é firmemente agarrada pelos ombros, região
pélvica e membros inferiores, sendo de seguida deslocada para cima e para o lado, ao longo do
plano duro, até ser posicionada com a cabeça colocada no topo do plano e o corpo centrado;
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Ilustração 3
A manutenção da estabilização com alinhamento em posição neutra deve ser feita sem puxar
pela cabeça (ou pescoço) da vítima;
A metodologia escolhida para fazer a avaliação das posturas adoptadas pelo técnico de emergência pré-
hospitalar no desempenho da tarefa acima descrita é o método REBA (Rapid Entire Body Assessment).
O método REBA foi proposto por Sue Hignett e Lynn Mactamney e publicado na revista Applied
Ergonomics no ano 2000. É resultado do trabalho conjunto de uma equipa de ergonomistas,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros que identificaram cerca de seiscentas posturas.
Este método surgiu pela necessidade de superar as dificuldades de alguns métodos que devido à sua
especificidade não são possíveis de aplicar na avaliação de determinadas posturas nomeadamente as
encontradas ao nível dos cuidados de saúde.
O método permite a análise conjunta das posições adoptadas pelos membros superiores (braço,
antebraço e punho), pelo pescoço, pelo tronco e pelas pernas. Reconhece como fundamental para a
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
avaliação final da postura, a carga ou força manobrada, o tipo de pega, se há ou não apoios durante o
manuseamento da carga e o tipo de actividade muscular levada a cabo pelo trabalhador. Permite avaliar
tanto posturas estáticas como dinâmicas e admite a possibilidade de haver mudanças bruscas de
postura e posições instáveis. O método inclui também um novo factor que avalia se a postura dos
membros superiores é adoptada a favor ou contra a gravidade.
O método REBA divide o corpo em segmentos e atribui uma pontuação à actividade muscular resultante
das posturas adoptadas (estáticas; dinâmicas), dos movimentos repetitivos e instabilidade do tronco e
das mãos.
Para ser feita uma aplicação rigorosa do método é necessário que, quem efectua a análise proceda a
observações sistemáticas do desempenho da tarefa, recorrendo a observação in loco, assim como a
observação de registos fotográficos. Estes últimos são particularmente importantes pois permitem
observar posturas que por vezes não são perceptíveis através da simples observação. Na elaboração
deste trabalho apoiamo-nos em registos fotográficos, observação da execução da técnica em situações
simuladas (treino) e na experiencia profissional.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Pontuação do tronco
Pontuação do Tronco
ALTERAÇÃO DA
POSIÇÃO PONTUAÇÃO IMAGEM
PONTUAÇÃO
Tronco Erguido 1
0
Tronco entre os 0 e +1
0
20 de Flexão ou 2
Extensão Torção
0 0
Tronco entre 20 e 60
ou
de Flexão ou mais de 3
0
20 de Extensão
Inclinação Lateral
Tronco Flectido mais
0
4
de 60
Tabela 1
Pontuação do pescoço
O método considera duas posições possíveis para o pescoço como se demonstra na tabela 2.
Posições do pescoço
ALTERAÇÃO DA
POSIÇÃO PONTUAÇÃO IMAGEM
PONTUAÇÃO
0
Pescoço entre 0 e +1
0
1
20 de Flexão
Torção
Pescoço Flectido ou
Extendido mais de 2 e/ou
0
20
Inclinação Lateral
Tabela 2
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Para finalizar, no que diz respeito à atribuição de pontuações do grupo A, será avaliada a posição das
pernas. A consulta da tabela 3 permite obter a pontuação atribuída às pernas em função da distribuição
de peso.
ALTERAÇÃO DA
POSIÇÃO PONTUAÇÃO IMAGEM
PONTUAÇÃO
Pontuação do grupo A
As pontuações individuais do Tronco, Pescoço e Pernas permitem-nos obter uma única pontuação para
o grupo A através da consulta da tabela A.
A carga ou força manobrada aumentará a pontuação a atribuir ao grupo A excepto se a carga for inferior
a 5 kg de peso.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Tabela A
TABELA A
PESCOÇO
TRONCO
1 2 3
PERNAS 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
1 1 2 3 4 1 2 3 4 3 3 5 6
2 2 3 4 5 3 4 5 6 4 5 6 7
3 2 4 5 6 4 5 6 7 5 6 7 8
4 3 5 6 7 5 6 7 8 6 7 8 9
5 4 6 7 8 6 7 8 9 7 8 9 9
CARGA FORÇA
0 1 2 3
Contracção ou força
< 5 Kg 5 a 10 Kg > 10 Kg
rápida
Tabela 4
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Depois de terminada a avaliação dos membros do grupo A, atribuiremos pontuação a cada membro do
grupo B, formado pelo braço, antebraço e punho.
Pontuação do braço
Para determinar a pontuação a atribuir ao braço, deve-se medir o seu ângulo de flexão. Em função do
ângulo formado pelo braço, obter-se-á a pontuação através da tabela 4.
Pontuação do Braço
ALTERAÇÃO DA
POSIÇÃO PONTUAÇÃO IMAGEM
PONTUAÇÃO
0 0
Entre 0 e 20 de flexão +1 Braço em :
1
ou extensão
0
Entre 20 a 45 de
0 Abdução
flexão Rotação
2
Mais de 20 em
0 +1 se Ombros elevados
extensão
0 0 -1 se apoiado (apoio de
Entre 45 a 90 de
3 braço ou postura
flexão
facilitada pela
0
Mais de 90 de flexão 4 gravidade)
Tabela 5
20
ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Pontuação do Antebraço
Posição do Antebraço
0 0
Flexão entre 60 e 100 1
0
Menor que 60
Ou 2
0
Maior que 100
Tabela 6
Pontuação do Punho
Para finalizar com a pontuação dos membros superiores, analizar-se-á a posição do punho. De acordo
com o ângulo de flexão do punho atribui-se a pontuação correspondente de acordo com a tabela 6.
Posição do Punho
ALTERAÇÃO DA
POSIÇÃO PONTUAÇÃO IMAGEM
PONTUAÇÃO
0 0
Entre 0 e 15 de
1
Flexão ou Extensão
+1 se o punho for
0 desviado ou sofre
Mais de 15 de
2 rotação
Flexão ou Extensão
Tabela 7
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Pontuação do grupo B
A pontuação a atribuir ao grupo B obter-se-á a partir das pontuações atribuídas ao Braço, Antebraço e
Punho de acordo com a tabela B.
A pontuação atribuída ao grupo B aumentará devido ao tipo de pega, excepto no caso de se considerar a
pega boa. A tabela seguinte mostra a pontuação que se deve adicionar ao grupo B de acordo com o tipo
de pega.
Tabela B
TABELA B
ANTEBRAÇO
BRAÇO
1 2
PUNHO 1 2 3 1 2 3
1 1 2 3 1 2 3
2 1 2 3 2 3 4
3 3 4 5 4 5 5
4 4 5 5 5 6 7
5 6 7 8 7 8 8
6 7 8 8 8 9 9
INTERFACE
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Pontuação Final
Tabela C
TABELA C
PONTUAÇÃO B
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 1 1 1 2 3 3 4 5 6 7 7 7
P
2 1 2 2 3 4 4 5 6 6 7 7 8
O
3 2 3 3 3 4 5 6 7 7 8 8 8
N
4 3 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9
T
5 4 4 4 5 6 7 8 8 9 9 9 9
U
6 6 6 6 7 8 8 9 9 10 10 10 10
A
7 7 7 7 8 9 9 9 10 10 11 11 11
Ç
8 8 8 8 9 10 10 10 10 10 11 11 11
Ã
9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 12 12 12
O
10 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12
11 11 11 11 12 12 12 12 12 12 12 12 12
A
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12
PONTUAÇÃO DA ACTIVIDADE
Tabela 9
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
O método classifica a pontuação final em cinco categorias de valores. A cada categoria corresponde um
nível de acção. Por sua vez, cada nível de acção determina um nível de risco e recomenda uma actuação
sobre a postura avaliada, assinalando em cada caso a urgência de intervenção.
ACÇÃO (Incluindo
NÍVEL DE ACÇÃO PONTUAÇÃO REBA NÍVEL DE RISCO
Nova Avaliação)
0 1 Negligenciável Desnecessário
Tabela 10
A técnica de rolamento é um procedimento que deve ser realizado por quatro elementos. Na aplicação
da metodologia vamos analisar as posturas dos elementos intervenientes no procedimento durante
todas as fases do desempenho da tarefa, no entanto visto o 2º e 3º elemento efectuarem movimentos
iguais, assumiremos a mesma análise para os dois.
24
ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
A De acordo
com a Tabela
A
De acordo
com a Tabela
B
B
Tronco 4+1 Braço 2+1+0-1
Pernas 1+2
+1 +3 Punho 1+1
=10 =5
Carga - Força Interface
Pontuação A Pontuação B
11 De acordo
com a Tabela
C
Pontuação
da
Actividade +0
=11
25
ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
A De acordo
com a Tabela
A
De acordo
com a Tabela
B
B
Tronco 3+0 Braço 3+0+1-0
Carga - Força
=9 =8 Interface
Pontuação A Pontuação B
De acordo
11 com a Tabela
C
Pontuação
da
Actividade +0
=11
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
A De acordo
com a Tabela
A
De acordo
com a Tabela
B
B
Tronco 3+0 Braço 3+0
Carga - Força
=7 =4 Interface
Pontuação A Pontuação B
8 De acordo
com a Tabela
C
Pontuação
da
Actividade +0
=8
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
7. RESULTADOS OBTIDOS
Intervenção a curto
4º 3 8 Alto
prazo
Tabela 11
1º Elemento:
Atendendo aos ângulos identificados e decorrente da aplicação do método seleccionado para avaliação
0
postural do primeiro elemento, observa-se uma postura de tronco com flexão superior a 60 sendo
atribuída a pontuação de 4, à qual se adicionou o ajustamento de +1 ponto por inclinação lateral.
0
Relativamente ao pescoço observa-se postura com ângulo superior a 20 pelo que se atribui +2 pontos
e ainda pela realização do movimento de torção efectua-se o ajustamento de +1 ponto.
Quanto à posição de pernas, foi atribuído +1 ponto por haver apoio equilibrado bilateral e adicionado +2
0
pontos por os joelhos se encontrarem flectidos num ângulo > 60 .
De acordo com a tabela 4 (TABELA A), obtêm-se 9 pontos pelo somatório das pontuações dos membros
do grupo A (tronco, pescoço e pernas), acrescido de +1 ponto para o factor Carga/Força, assumindo o
peso médio da cabeça de um adulto +/- 6kg.
Para o grupo B, foram atribuídos +2 pontos à postura do braço, mais +1 ponto por abdução, -1 ponto
pelo apoio do cotovelo sobre a coxa/joelho.
Quanto ao antebraço, foi atribuído +1 ponto dado o ângulo da acção que se observa na imagem.
Relativamente ao punho foi atribuído +1 ponto dado o ângulo de flexão e rotação do punho.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
De acordo com a tabela 8 (TABELA B), pelo somatório das pontuações dos membros do grupo B, obtém-
se 3 pontos, sendo atribuídos +3 pontos devido ao interface pela inexistência de pega.
Aplicando a tabela 9 (TABELA C) do método de REBA, encontramos uma pontuação de 11, considerando
nula a pontuação da actividade, ao que corresponde um nível de acção 4, com nível de risco muito
elevado sendo sugerida intervenção ergonómica imediata neste contexto.
2º e 3º Elementos
0
Pela análise das posturas dos elementos, observa-se uma postura de tronco com flexão entre os 20 e
0
60 , sendo atribuído +3 pontos.
o
Relativamente ao pescoço observa-se postura com ângulo superior a 20 de flexão atribui-se +2 pontos
e ainda a posição de torção pelo que se atribui por ajustamento a pontuação de +1 ponto.
Quanto à posição de pernas, foi atribuído +1 ponto por haver apoio equilibrado bilateral e adicionado +2
0
pontos por os joelhos se encontrarem flectidos num ângulo > 60 .
De acordo com a tabela 4 (TABELA A), obtêm-se 7 pontos pelo somatório das pontuações dos membros
do grupo A (tronco, pescoço e pernas), acrescido de +2 ponto para o factor Carga/Força, assumindo o
peso médio de uma vítima adulta cerca de 70Kg. Atenuado pelo facto de estar sobre o chão e ser
movimentada pelos vários técnicos envolvidos na execução da manobra, atribuímos mesmo assim um
peso superior a 10 Kg por elemento.
Para o grupo B, foram atribuídos +3 pontos à postura do braço, mais +1 ponto por abdução.
Quanto ao antebraço, foram atribuídos +2 pontos, dado o ângulo da acção variado na execução da
tarefa, assumindo a postura mais grave.
Relativamente ao punho foi atribuído +1 ponto dado o ângulo de flexão do punho na execução da
tarefa.
De acordo com a tabela 8 (TABELA B), pelo somatório das pontuações dos membros do grupo B, obtém-
se 5 pontos, sendo atribuídos +3 pontos devido ao interface pela inexistência de pega.
Aplicando a tabela 9 (TABELA C) do método de REBA, encontramos uma pontuação de 11, considerando
nula a pontuação da actividade, ao que corresponde um nível de acção 4, com nível de risco muito
elevado sendo sugerida intervenção ergonómica imediata neste contexto.
4º Elemento
0 0
Pela análise das posturas do elemento, observa-se uma postura de tronco com flexão entre os 20 e 60 ,
sendo atribuído +3 pontos.
29
ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
o
Relativamente ao pescoço observa-se postura com ângulo superior a 20 de flexão atribui-se +2 pontos.
Quanto à posição de pernas, foi atribuído +1 ponto por haver apoio equilibrado bilateral e adicionado +2
0
pontos por os joelhos se encontrarem flectidos num ângulo > 60 .
De acordo com a tabela 4 (TABELA A), obtêm-se 6 pontos pelo somatório das pontuações dos membros
do grupo A (tronco, pescoço e pernas), acrescido de +1 ponto para o factor Carga/Força, assumindo o
peso médio de um “plano duro” +/- 8kg.
0 0
Para o grupo B, foram atribuídos +3 pontos à postura do braço (entre 45 e 90 ).
Quanto ao antebraço, foram atribuídos +2 pontos, dado o ângulo da acção variado na execução da
tarefa, assumindo a postura mais grave.
Relativamente ao punho foi atribuído +1 ponto dado o ângulo de flexão do punho na execução da
tarefa.
De acordo com a tabela 8 (TABELA B), pelo somatório das pontuações dos membros do grupo B, obtém-
se 4 pontos. Não é atribuída pontuação devido ao interface pela existência de boa pega.
A singularidade das situações e o carácter de emergência das mesmas condicionam as posturas dos
técnicos na abordagem das vítimas, tornando-se muitas vezes impraticável a adopção de posturas
ergonómicas mais correctas optando-se pela postura possível em detrimento da postura ideal. Na
técnica estudada – técnica de rolamento, a vítima encontra-se sempre no chão, onde se torna difícil
adoptar uma posição ergonómica de baixo risco.
Apesar das condições adversas do trabalho, pensamos que os saberes de uma equipa multidisciplinar
podem ajudar a melhorar na abordagem das vítimas, sobretudo na técnica estudada.
A adopção de qualquer outra técnica para mobilização e ou imobilização deste tipo de situações
emergentes, que possibilitem posturas ergonómicas mais favoráveis aos técnicos de emergência,
deverão ser priorizadas.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Quando não é possível melhorar a condição do trabalho a medida que propomos será a de melhorar a
condição do trabalhador. Para tal estes profissionais deverão ser incentivados à prática de actividades
de reforço muscular e de actividades de relaxamento muscular. Deverão ser sujeitos a consultas de
medicina do trabalho com periodicidade maior, para despiste de patologias decorrentes de lesões
músculo-esqueléticas. Outra medida que sugerimos passa pela promoção de campanhas periódicas de
sensibilização e formação destes profissionais, de forma a que nas mais diversas situações e sempre que
possível se possam adoptar posturas mais correctas.
10. CONCLUSÃO
No inicio do trabalho começamos por ir de encontro com a realidade dos acidentes de trabalho e à
mortalidade que deles advêm, abordamos o papel importante dos vários profissionais de saúde que
tentam ajudar na perspectiva de minimizar os danos sofridos. Os meios logísticos e de transporte de
sinistrados envolvidos na ajuda desses profissionais também mereceram a nossa atenção.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Observamos uma equipa de prestação de socorro, na qual foram analisadas e documentadas as várias
posturas adoptadas nessa prestação de serviço, as técnicas de imobilização e remoção de vítimas de
trauma e em particular a técnica de “rolamento”. Da análise dos valores recolhidos e utilizando o
método REBA para a interpretação ergonómica desses valores, concluímos que esta equipa, tem
necessidade imediata de intervenção profissional do Técnico de Higiene e Segurança, sendo foco de
atenção prioritária os três primeiros elementos, seguido do quarto elemento.
No capítulo próprio foram sugeridas algumas possibilidades de melhoria desta problemática, no entanto
pensamos que outras opiniões e experiências de toda uma equipa multidisciplinar podem ajudar a
minorar os riscos identificados para o grupo de profissionais estudado, pese embora o carácter especial
das situações deste trabalho.
Para concluir o trabalho queremos ainda referir o quanto foi proveitoso para o grupo envolvermo-nos
mais directamente nestes problemas no terreno, por quanto tivemos a percepção real das dificuldades
em analisar tecnicamente as situações que à primeira vista nos pareciam “normais”. Consideramos
importante a oportunidade de aplicar a metodologia seleccionada e de comprovar o que empiricamente
nos era referido pelos próprios profissionais envolvidos.
Esperamos de alguma forma que com este trabalho possamos ser úteis e poder ajudar os que connosco
colaboraram.
11. GLOSSÁRIO
Suporte Básico de Vida – é o conjunto de medidas e procedimentos técnicos que têm como
objectivo o suporte de vida à vítima, traçando um padrão para atendimento, tendo como
objectivo principal não agravar lesões já existentes ou causar novas lesões
Trauma – é uma lesão mais ou menos extensa, produzida por acção violenta, de natureza física
ou química, externa ao organismo.
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
Decúbito – é um termo médico que se refere à posição da pessoa que está deitada. Pode ser
referido como Decúbito dorsal (pessoa deitada de barriga voltada para cima); Decúbito Ventral
(pessoa deitada de bruços) ou Decúbito Lateral (esquerdo ou direito).
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ERGONOMIA
Análise Ergonómica de Posturas
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal;
Iida, Itiro, Ergonomia, Projeto e Produção, 2ª Edição, Editora Edgard Blücher, S.P., 2005;
www.ergonautas.upv.es/metodos/reba;
www.scribd.com/doc/6717621/Licao-10-Movimentacao-e-Transporte-de-Acidentados;
http://www.prof2000.pt/users/apcalvo/deficiências%20motoras.htm;
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