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: | | | | | Capitulo 10 10. Cargas 10.1. Introducao Com a crise do petréleo nos anos 60 ¢ 70 os matetiais polimézicos, que tiveram pouco tempo antes grandes deseavolvimentos cientificos,atingitam 1precos exorbitantes. Para reduzir um pouco os custos de fabricagio, os rans formadores (fabsicantes de pecas) adotaram um procedimento antigo como meio de viahilizaco econémica: 0 uso de cargas minerais de baixo custo como. aditivos em plésticos e borrachas com fins nao reforgantes. A necessidade des- pentouu ineresse maior pelo uso téenico de cargas,levando a grangles desen- volvimentos nesta area, de modo que hoje as cargas se constituem no aditivo mais empregado (em termos percentuais de consume) nos plisticos. A visio de servit apenas como enchimento vai fcando ultrapassada, pela possibilidace de grandes alreragées nas propriedades dos materials caso sejam adicionadas ‘cargas cortetas em concentracSes apropriadas. Alpumas vezes, também as ca gas podem ter outras fungdes especificas como: retardamento de chama, nucleagio heterogénea, cor, tixotropia, lubrificagio ¢ para alterar as proprie~ dades térmicas ¢ elésicas Cangas (files) podem ser definidas como materiais sélidos, nio soliveis, que sio adicionados aos polimeros em guantidades suficientes para diminuit os custos e/onalterar suas propriedades fisicas. Além de aumentar a viscoxide- de do matetial Fundido, dificultando 0 processamento, as cargos geralmente diminuem s resisténeia 20 impacto e muitas vezes contsibuem para uma maior propagacio de trincas, diminuindo a resistincia a fadiga. Por outzo lado, a presenga de cargas melhors a estabilidade dimensional e diminui a retrasio n0 resfriamento ou na cura, No caso das chamadas cergas ativas tem-se também ‘uma maior sesistncls & tragio, conforme mostra « Figara 10.1 para o sistema PA6/fibra de video. Os efeitos da presenga de cargas podem ser também re 1174. Aaitlagéo de Poimeros sisuslizado através de cutvas tensio-deformagio, Observa-se na Figura 10.2 {que a presenga de cargas reduz a tenacidade (irea sob a curva tensio-ceforma- Go) de wm polimero dictl como o PP c aumenta 0 médulo eéstico, mas 0 Efeito na resistncia& tragio depende do tipo de carga presente, conforme seré iscutido ao longo deste capitulo. = 7 2 $8 é 5 oo 5 i Figura 10.1. Bfeito da I 4 concentagio de Bra de i od eae Sako na reisténca A 2 3 4 io deformagio da PAG 3 2 (Gitagbe ae Haslaad, ae 5 1988) E ool og @ 10 2 3 Concentragao de fibra de vidro (wot%) ‘A terminologia uilizada neste assunto é bastante diversificada, Tradicio- nalmente costumava-se fazer uma diferenciacio entee: 2) carga, mineral wilizalo pata eo precises 1b) reforzo, um material em forma de fibra que melhora as propriedades mecinicas do polimero, vento sem fungées técnicas mais Polproplieno + 20% fra de vito Figura 10.2. Corvas tensio. dcformacio do PP e PP con: tendo’ Bibra de video (Barros & Rabello, 1998) Tensiio (MPa) © 10 20 50 40 50 60 70 eo Doformagio (%) Com a evoluglo dos estudos nesta irea verificou-se que muitas eargas rminesais ctuavam também como um refosco 20s polimeros, enquanto algumas fibras apresentavam propriedades reforgantes. Por isto pode-se adotar uma lissificagio considerando-se simplesmente a forma fisca: 2) carga fibrosa, que possui uma elevada ri2iio de aspecto (elagio entre a maior e a menor dimensio de um cozpo = L/D); ) cargo no fibrosa ox partculada, podendlo sex em forma de escamas ov de particulas mais ou menos anisométricas, De acosdo com 2 eapacidade de reforso pode-se classificar as cargas como: 2) carga ativa 0 rjocants 1) carga inerte ox enchimento Neste capitulo seri adotada a designagio genérica de “carga” a todo material sdlido no solve no polimero, independente da forma e fungi que exeree, podendo ser orginica ou inorginica, de origem natural ox sintética. Um aspecto de fundamental importincia éa concepgio da carga como um componente de um material conjugado € no como um simpies aditivo de polimero, Neste caso refere-se a conpdsitopoliméria, definido como uma combi: nagio de dois ou mais materiais, cada qual permanecendo com suas caracterst- cas individaais em uma estrutura bifisica: a fase continua ou mati, representada pelo polimero ¢ a fase dispersa, representada pelas cargas, reforrantes ou ni. (Os componentes de um compésito exercem fangdes especificas, depen- endo de suas préprias caracteristicas. As fibras, por exemplo, embora posst- ‘am alta resisténcia, no podem ser emptegads isoladamente para se ter um componente moldedo, pois precisam de um meio pata seguré-las, Em vista isso, embebe-se as fibras em uma mateiz continua suficientemente rigida para mnantet a forma, previnir distorcBes ¢ o colapso das fibras. A matriz de um compésito repsesenta a superficie final, determinando importantes propricda- des como resisténcia a agentes quimicos, comportamento térmico ¢ elétzico, aparéncia superficial e, muito importante, a capacidade de transferéncia das tenstes externas para a fase dispersa. As fungies da fase dispersa recaem no aspecto rigidez/estabilidade dimensional, podendo também melhorar as re- sisténcias ténsil ¢ ao impacto do matetial. © esquema da Figura 10.3 ilustra os componentes dos compésitos. A Tabela 10.1 mostra que a maior parte dos compdsitos de matriz termoplastica sio aplicados nas indistrias automobili tica e eletroeletsSnica. Os polimeros de engenharia (PET, PBT, policarbonato, PPO e poliamides) representam cerca de 75% do mereado de compésitos termoplésticos, enquanto que o PP tesponde por cerca de 15% do mercado (Gados da Europa Ocidental) a nlncniliiiaasitibaies ain! 176 - AditivagBo de Poimeros Compésito. Fass continua Fase disperse (matri2) {cargas) eee eee reel [Termopidstica] {” Fibrosa ‘Organisa | [Natural ou ou ou ou Teimotixa_| [Néo fibrosa} [Inorganica] | Sintatica Figura 10.3. Componentes de am compésite. polimérica. Area de aplicacao % em volume Indistria automobilistica 413 Eletroeleudniea “Tabela 10.1. Participagio alas agen Constcugio cil Seas ope ae aie Esportes so (Sehlumpf, 1993). | kia aeoespacial Outros 10.2. Propriedades dos compésitos poliméricos Em geral o uso de cargas inertes altera de seguinte forma as proptieda- des dos polimeros: oe + maior estabilidade dimensional; * maior tigides; * menor retracio de moldegem; * roaios dren; * menor dependéncia das * maior densidade; propriedades com a temperatura; * maior HDT; rit pete Cargas 17 * acabamento superficial inferior, * menor fuéncia, + menor custo, + menor resisténcia A uagio; Porouteo lado, as cargas reforyantes apresentam um custo superior, me- Jhoram @ resistencia & traci ¢, no 280 de carges fibrosas, tornam 0 produto anisotrépico, como resultado da osientacio preferencial das fibsas. A resistéa- cia ao impacto pode ser bastante vasiada, mas em geral a presenga de eargas rigidas em matrizes dcteis (como polipropileno ¢ ABS) reduz atenacidaile do material, enquanto que cargas em matzizes frigeis (como poliestizeno) pode sresultar em sesisténcia a0 impacto superior. ‘A Tabela 10.2 mostra que as proptiedades dos polimeros variam muito com 0 tipo de carga presente. Estes dados so apenas exemplos tipicos, uma ‘vex que as ptopriedades dependem de uma combinagao de diversos fatotes, incluindo orientacio de eargas, sazio de aspecto e tipo de tratamento super- ial aplicado, o que seci apresentado a seg. 2 scr bg] ae [ag [nor Poliscetal 6 2700 9 101 Rede vito GO) 104 7200 26 1st Takeo. 60%) a 8600 26 ae Poliesireno 55 3800 2 86 Rcevidro GH] 95 i000 «| % Asbesss 20%) | Tt | 8200 a 31 CaCO, (0%) 15 | 200 = = “Taleo (0%) 39 3600 i = ‘ABS 6 | 2600 10 8 F de video 00%) | _70 4100 6 94 ‘Mica (50%) 65 | (14600 ao 108 “Tabela 10.2, Propriedades de alguns compésitos poliméricos (Schlumpf, 1993) 118 aang de Poloneros ‘A Tabela 10.3 mostra algamas proptiedades do polibutileno terefialato reforgado cotn fbra de vidro. Propriedades especialmente importantes obtidas nesta combinagio sio a menor contragio de moldagem (permitindo uma maior preciséo dimensional dos proditos injetados), um grande aumento:na resistencia 4 tragio ¢ ama maior temperatura de distor¢io ao calor (HDT) sob esforgos clevados (permitinds uma maios temperatura de uso). Note que a resisténcia 20 impacto foi redusica na temperatura ambiente mts aumentou em temperaturas baixas. Como comentado anteciormente, 0 efeito de cargas na tenacidade do polimero depend: da ducttidade da matrix (0 PBT € clictl na temperatura am- bicnte e frig a-30°C). A flutnicia dos compositos¢significativamente menos do ‘que 2 ch matriz, como mostta o exemplo saa Figura 10.4 PBT + | PBT + Propriedade RATE lee ry as let |___Dersidade (sm 13 | 163 | Conagia na injesto 0 06.07 | O05 |__Resin nl aur 110 ["Alongamento miximo cy | 200 | 3 Resist impacto, 23°C qa) | 1600 00 900 | Resist impacta -30°C am) | 55 15 125 HDEOASMPacg | 154 | 26 [canamnee [a [Ta f zy Par 1 Figura 10.4. Influéncia da G- 9 | bra de video nas curvas de fs E ncia@ 65°C e TMPs) do PBT 3 8 PST 420% FY (GE, 1995). * Ooi 041 40 100 ‘Tempo (horas) Cangas “179 [As proptiedades dos compésitos poliméricos dependem basicamente dos seguintes fatores gue serio discutidos a seguir: 4) propriedades dos componentes individuals e composislo; a 1) geau de interagio entre as fases; : 6) tazio de aspecto porosidade da carge; 4) grau de mistura entre os componentes. E 10.2.1. Propriedades dos componentes e composi¢éo ‘Ao se adicionar uma carga 2 um pollmero, para formar wm material con- jugado bifésico, a primeira idgia & a de que as propricdades do material final sejam intermediirias entre as propriedades dos dois componentes. Isto ¢ a rogra das misturas, em que a propriedade P de wim compésito & dada por: P=P,V,+ PV, 0.1) onde 0s Indices ae b referesui-se wos dois componcntes ¢ 17 & a fragio ‘volumétzica. A segta das misturas, com zaras excecSes, s6 & verificada na priti- anos casos onde a adesio entre os componentes é perfeita. No outro extre- ‘mo, a equagio abaixo foi proposta para os casos onde ndo hi adesiia: PoPs PV, + PY, . ao) Estas equagdes sio as mais simples, mas existem muitos outros modelos envolvendo fatotes empiricos, que consideram o nivel de adesio entre 08 com ponentes e consideram também fatores inerentes a carga como raziio de aspee- to ou tamanho de particula. De qualquer modo, a previsio de proptiedades dos compésitas pot equagées ou modelos é bastante limitada pelas particula- sidades de cada sistema, e pela propria dificuldade de se ter certas proprieda- des (como resistencia & tragio) de cargas no fibrosas Diversos exemplos de propricdades em Fungo da composigiio do mate- sialsetdo apresentadas no decorrer deste eapitalo. 180 - Acitivagio de Folimeros 10.2.2. Grau de interagéo entre as fases © grau de atlesio entre as fases pode sex avaliado qualitativamente em am compésito moldado pela resistencia tensil do compésito, Caso esta pro- nriedade seja supetior & do polimero puro, significa que « mateiz plastica ranferis parte das tenses para a fase dispersa (assusnindo que este seja mais csistente do que o politneto). Esta transferéncia de tenses ocorre ateavés Ja regiZo de Contato entre o polimero ea carga, chamads de inter, © € cesultado de deformacio eldstica longitudinal entre 2 carga ¢ a mattie e do contaio por friccdo entre os componente. Existe um valoz mixino de ten- so de cisalhamento que pode ser transferide ao refores, que depende de seitos de friecto. De acordo com este entendimento, a interface assume papel decisi- yo nas propriedades mecinicas do material final, de modo gue uma boa \desio resulta em boas propriedades mecinicas. Esta adesio esta relaci- ada com as propriedades quimicas das cargas, bem como com 2s con: formagoes moleculares ¢ constituicio quimica da mattiz ¢, caso nao seja perfeita, surgirao inevitavelmente vazios na regido interfacial, provocan- Jo a fragilizacio do material, A ocorréncia on no de adesio entre os coinponentes de um compésito polimésico pode eer Facilmente observe da pela superficie de fratura através de microscopia cletrénica de vasre- Jura (Figura 10.5). Note-se que em A tem-se um compésito com baixa sdesio catactetizado por fibras lisas, devido a falha adesiva da interface polimexo-fibra; em B as fibras apresentam res{duos de polimero na su perficic, o que caracteriza alta adesio. Figura 105, Supeticies de fatura de compéaitos com Bho de video (Sawyer & Grubb, 1996). (A) Baisa adesto; (8) Ale a : Cargas - 181 ‘Os mecanismos de adesio entre os constimiintes de um compésito so hasieamente os seguintes: 2) adsorgo € molhamento. O molhamento eficiente da carga pelo polimero remove o ar incluso ¢ cobte todas as suas protuberdncias, Este meca- nismo, que depende das tensdes superficials dos componentes, fica imposs litado de ocorrer quando ha cemadas de égua na superficie de carga, fato co- mum em cargas hidrofllcas. A adsorcéo e molhamento ¢a carga pelo polimero também infiuem no estado conformacional das macromoléculas (aterando @ temperatura vitrea) © na cristaizacio do polimero, podendo atuar como sucleantes heterogéncos. ») interdifusio. F porstvel formar uma ligecig entre duas superficies poliméricas pela difusio de moléculas de uma fase para outta, Fim compésitos isto pode ocorrer quando as fibras sio pré-cobertas com um polimero antes de serem incorporadas pela mattiz. A resisténcia da ligacio depende do grau de ematanhamento molecular gerado, que é facilitado com a presenga de plastificantes ou solventes. 6) atragio eleteostitica, Ocorre quando dus supesficies possuern cargas elétricas opostas, como nos casos de interagdes écido-base lgazdes inicas, A tesistéucia da ligagio depende da densidad de cargas clétrieas, Embora no sejaum mecanismo decisivo, tem grande importincia em alguns tipos de trats- rmentos superficiais da carga, €) ligago quiimica. Ea forma mais eficente de edesio em compésitos, core geralmente com a aplicacio de agentes de acoplamento na superficie da carga, que servem de ponte entre 0 polimero ¢ 0 reforco, como tesultada de sua dupla fancionalidade. A tesisténcia da interface depence do nimero ¢ tipo de ligagdes quimicas presentes, ©) adesio mecinica, H resultado do preenchimento pelo polimero dos entalhes da carga, que € na verdade rugosa, com cantos vivos, cavidades ¢ ou- tras irrogalacidades. A resistencia desta ligacio tende a set baixe, a menos que hhajaum grande mimeto de angulos de reentrincia na superficie da cargs. Das formas de adesio expostas acima a adsorgio ¢ a ligacio quimica sio as formas mais significativas de se obtee reforgo. Considerando falta de afini- dade inerente entre o polimero (orginico) ea carge (gcralmente inorgénica), a modificagio superficial da carga com agentes de acoplemento tem grande im- portincia no desenvolvimento do compésito. © agente de acoplamento pro- move @ unio quimica entte as fases ou altera a enetgia superficial da carga para = pdtivagio de Polimeros permiic um mothamento efiiente. Este titimo caso € importante quando se Mean polimeros apolaes hidrof6bicos (como as poloefinas) com carga polar es hidtofilicas. O agente de acoplamento mais eficiente € 0 do tipo slo, que possul anna parte inorginica que se une a0 feforgo © uma parte orpinica que reage fu compativel com a matriz. Normalmente 0 agente de acoplamento é tidicionado & carga pura e este € incorporada ao polimero na etapa de mista- “pi on processamento, A Figura 10.6 mostra esquematicamente 2 ago de acoplamento por um agente silano, onde Y é um grapo organo-fancional (como -CH=CH,,-Cl, -NH, 00 -N=C=0) ¢ X é uin grupo silico-funcional {como -OCH, 04 -OCH1). G grupo silico-funcional solr reagées hidrolitcas, formando grupos -OH, € estes reagem com as hidroxilas superficizis da car- age F essencial, porranto, que as cargas possum grapos hidroxilas na super ficie. Na nuséncia de carga (ou de grupos -OH), ocorrem reagdes de polime- rizagin do agente silano, tonando-o inativo como agente de acoplamento. Por este motivo dove-se observat atentamente 0 prazo de validade, que nor- malmente situa-se entre 6a 12 meses. A forca adesiva entre o agente silano ¢ + a carga depende dos sepuintes fatores: * grupo silico-funcional. Afeta as caracteristcas de molhamento da carga €2 velocidade de reagio; * grupo orpano-funcionsl, Define o tipo de unio carga-palimero, po- dendo set pos ligago quimica, interasio polat, molhamento ou pela formagio de reticulo polimérico intexpenetrante; * aditivos, como solventes, eatalizadores, tes * secagem.A secagem apis 0 tratamento éutilizada para remover ex- ceseo de Agua ¢ completa as reagbes Funcionais; * natareza da carga. A reatividade da carga 20 grupo silano depende de suas cacacteristicas superficiais, variando de altamente reativa (como vidra, sla e mic) até pouco reativa (como negro de fame ¢ carbo. nato de edleic). ‘Além de serem uiilizados como agentes de acoplamento, as silanos en- contram outros sos tecnoligicos, tais como: () pata melhorar as proprieda- des adesivas entre polimeros ¢ outros tipos de superficies, (i) para conferir ‘uma cimada hidrof6bica em vidro e coneteto ¢ (il) para conferir um mecanis- mo de cura em determinados tipos de polimeros como poliaretanos, epéni, polietileno e poliéster. Polimero [ x + YH) =X x Carga | —ernd—o Figura 10.6, Representagio esquemitica da agio ce um agente Spo silano. Um outro tipo de agente de acoplamento € o titanate: WO), —Ti—O-XR"-Y), Os titanatas possuem modo de atuagdo semethante 20s silanos, onde os grupos R’O reagem com hidroxilas na superfi da carga. O resto da moléca la pode reagir com grupos carboxiles no polimero. O grupo X € fosfito ow fosfato, carboxila ou sulfona. R” & 0 que se liga 20 termoplistico, podendo ser slifitico ov aromitica, ¥ se liga a te:mofixos, podendo ser amino, mezcapto ou hidroxila. Os titanatos sio bem menos eficientes do que os silanos, mas conferem propriedades de impacto superiores. Poder ser fornccidos como concentrados (em misturas de altas concenteacées com 0 polimero} ¢ adicio- rnados durante o processamento ou se fazer um molhamento na carga anterior ‘incorporagio, Existe muitos tipos de silanos e titanatos disponiveis comer- ciaimente e sio especificos para determinados polimesos, A Tabela 10.4 snos- tra a distrbuigio de consumo dos agentes de acoplamento, Tipo Percentual do | Tabela 10.4, Distzbuigto de sna consumo dos-agentes de ‘ acoplamento (Radian, 1987). consumo. Silano em cargas fbrosas cem éargas particuladas 245 Titanatos 184 - Adtivaso de Polimeros ‘Qutea forma de melhorar # compatibilidad® entre o polimero ea carga & por modificagio na mata. A forma mais comum 6 se aplicar um grupo polar na matriz vie reagio de enxcrtia com monémeros polares como acido acxfico e anidrido maleico. A Figura 10.7 mostra que a reacio do polipropileno com fcido acrilico melhora muito a tesisténcia tensil eo efeito ¢ aditivo quando sx tem modificagio nos dois componentes, Um polimero enxertado com um grupo polar pode inelusive ser utilizado como agente de acoplamento. 4506 G5 alana #2 Figura 10.7. Efeico de tratamen- 420] _ ig quimico na can (agente sabe cas am | | sano) e na matziz (acido act et co - AA) na resistincia tensil de 260," gt a] compérits PP-Mica (Ching & Yang, 1988), Extaeora ques do RA: CHE,=CHOOH 80 ota gg Resiat.tenail(Kg/em2) ns oration” | ‘Normalmente a falha de um compérito origins sc da quebsa da interface enio devido a quebra de um dos componentes, Entretanto, existem excegoes a esta regra, como ro caso de compésitos com fibras longas orientadas no sentido do esforeo aplicado e no caso de catgas com facilidade de clivager, que pode resultar em celaminario. A Figura 10.8 ilustra esta segunda possibi- lidade, onde nota-se a presencz de cavidades que podesiam indicar falta de adesio, mas a existéncia de uma particula delaminada (indicada pela seta) suge re que a orientagio das particalas normal a superficie moldada Ge, 4 diregzo da forga) favorece a fratara 20 longo dos planos de clivagem do talco. Figura 10.8. Microscopia cle tudnice de varredura de su. perficie de fratura de um compésito de PP contenco, 40% de talco (Rabello & White, 1996). Observe « ocorréncia de delaminagio na partcala indicada com ¢ seta Cargas - 185, 10.2.3. Razdo de aspecto e porosidade da carga Conforme seri abordado a seguie (secgo 10.3.2), distribuicgo de trans. feréncia de tenses € mais eficiente quando a rario de aspecio é alta, Sendo assim, o reforco mais efciente seria obtido, a prinelpio, com o uso de catgas fibrosas, seguido por escamas ou flocos ¢ finalmente por particulas estéricas, onde razio de aspecto € 1, O aumento na razio de aspecto, além de provocar aumentos na resisténcia & tragio, aumenta também o médulo elistico, No caso de compésitos fibrosos, existe um comprimenta de fibra crtico para se alcancat boas propriedades, pelo fato das extremidades das fibras sc~ rem ponios de concentragio de tenses que fragiizam o material. Com com- primentos clevados c alinhamento no sentido da solicitacio, as fibras passam a suportar as tensdes diretamente, elevando a resisténeia do material © tarmanho das particulas também € importante pois define a étea de contato com a matriz, Em geral resisténcis aumenta com a diminaigac do ‘amanho de particul: snisométriea. Quando se usa caxgas porosss como 0 n¢ _gt0 de famo ou distomito, consegue-se bons niveis de resisténcia devide a uma adesio mecénica mais eficente e até difusio das mactomolécolas na estrutira eh carga, permitinda 0 “agarmments” meedaieo, 10.2.4. Grau de mistura Boa dispersio das pasticulas na matrz é uma das condigSes necessirias para se ter boss propriedades mecinicas do produto. Hé uma tendéncia natu. ral das cargas formarem agregados, impedindo o cavolvimento completo pela ‘matriz, o que geta concentracio de tenses c consequente redlugio nas props edades mecfnices do material. A mistura deve ser realizacla em equipamentos ue promovam boa dispetsio como extrusoza de dupla rosca ou misturadores internos. Conforme seri abordado no capitulo 13, a etapa de misture provoca grandes alteragGes na razio de aspecto de cargas fibrosss. Conchui-se com o exposto nesta segio que no desenvolvimento de um polimero aditivado com carga, trés parimetzos si0 decisivos para um born desempenho do material * natureza da cerga; * tratementos superfciniss * equipamento e condigées de mistucs, {186 - Aditvagso de Polimeros 10.3, Mecanismo de reforco por fibras Como mencionado anteriormente, as Gibras sio as cargas mais eficazes para melhorat as proptidades mecinicas dos polimeros em vattude da clevada Faaio de aspecto que possuem. A presenga das fibras restringe a deformacio Ga matrie ¢ faz com que as solicitagbes recebidas sejam transferidas da mateiz para as cargas através de tenses de cstthamento nainterface. |A previsio das propitiedades mecinicas de um compésito com fbras Iongase inteiramente alinhadas no sentido da solicitagao € possivel, mas aques- to tomna-se mais dificil quando a forga nfo esti sendo aplicada a0 longo do cixo das fibtas. A previsio das proptiedades com fibras curtas € ainda mais dific visto que se tem uma distribuigio complexa de tamanhos ¢ de orienta- co. A seguir sera ita uma abordagem suscinta de alguns aspectos sobee ze- forgo por fibtas longas e curtas. 10.3.1. Reforgo por fibras continuas Considere a Figuca 10.9 em que se tem um compésito moldado, consti tuide de uma matriz © cern perrentual de Gibras continuas e arranjadas uniaxialmente no sentido da solicitagfo, Considere também que aio hé deslizemento na interface fibra-matriz, Na aplicagio de uma forga F, havers uma deformagio no material de modo que a deformagio da mattiz € numesi- camente igual deformagio das Gibras conforme a Figure 10.10, Tht ‘igora 10.9. Forca atuando sobre um compésito com f- bras continuas ¢ alishades Cargas -187 Fibra f= Ey e Figuea 10.10, Teosio e deformacio nos componentes do compésito mostrado na Figura 10.9. fe . Sen carga total for dividda entre as bras ea mactiz: ESE, +F, (10.3) onde os indices mc f representam matriz e bras, respectivamente. Como -A, temsse mt OeA, Dai 9,=0,.(A,/A) +6, A/A) Considerando A,/A,=V,/V,= fragio em volume ((), chega-sea mes ma expresso da regra das misturas: a 0.4) da mesma forma, como €,, BO Be (10.5) ‘Como normalnente B, >> B,. a maior parte da forga aplicade serd su- portada pelas fibras, sendo necessério haver a raptura das fibras para ocorret a fatura do material £, temse g- Aditvagio de Polimeros Seas fibeas esto alinhadas uniaxialmente em um certo angulo com rela- 5 20 sentido da aplicagfo da forga, as propricdades do material serio depen ntes deste Angulo, variando de um valor méximo a um ingulo de 0° até um ior minimo a um éngulo de 90°, Varios modelos foram propostos para se “ama previsio tedriea. O mais simples € 0 modelo de Krenchel: B=n,.F,.0,+8,.6, (10.6) onde'n,= cos'® , sendo 8 0 fngulo entre a fotga e as Gibras, [A partir das equagdes acima, observa-se que as propricdades intrinsecas s fibras tém um papel decisivo no comportamento mecinico dos materiais liméricos ¢ devein set considecadas na escolha do elemento de teforgo. A Joela 10.5 exernplifice as propriedades de slgumas fibras utilizadas industri- mente. Atente-se que para cada tipo de fibra existem vitios grades comerciais, Jepender do processo de fabricagio e da composigio quitmica Sea | Densidad | Mado [esi trail giem) tkN/mn’) (kN/mm*), Treas ea Beat tase ies lanai a ae % a Vidro, tipo $ 3 |“ alavesstncy | 248 | 858 “6 Carbone 1% 300 36 Aramida Kevler®) 144 80 3 sbela 10.5. Propredades mecinicas de algumes Gras utilizadas como reforyo m polimeros (Kleinholz et al., 1993). 0.3.2. Reforgo por fibras descontinuas Quando 0 compésito contém fibras descontinuas, as propticdades do terial sio dependendes do comprimento das fibras ¢ de sua adesio com a atriz. A resistncia da interface assume grande importincia. Normalmente a atura do material ocorre devido a quebsa da interface e no devido & quebra de m dos componentes. As tenses recehidas pela mattiz séo transferidas para as bras a parti de suas exteemidades conforme a Figura 10.112. Como as extre- sdades suportam menos tensio do que no meio da fibra, aligacio com a matriz, Cargas - 189 6 quebrada justamente nestes pontos. A conclusio mais dbvia é que quanto me nor o tamnanho das fibras maior o nimero de excrernidades pata uma mesma concenttacio ¢ diimetro, resultando em propricdades mecéinices infeiotes Lele Lele L>Le Fgura 10.(1, Transferéncia de tens6ss em fungio do comptimento ds fbra, “Também de acordo com a Figura 10.11, as fibra8 podem suportar até tuna tensfio de trago maxima transfetida (sua propria resistencia 4 traglo) © jsto ocotre a partir de um certo comprimento da fibra: 0 comprimento cxitico 1, Seo comprimento da fibra utlizada for muito maiot do que o comprimen- to critica, a regio de plas6 onde a tensfo suportada pela fibre é misma torna. se parte significative, elevando 2 resistencia do material (Figura 10.11¢). Do mesmo modo, se a fbra utilizada tiver comprimento maito menor do que © crtico, a transferéncia de tenses para os clementos de reforgo é limitada a valores baixos e o matcrial apresenta resisténcia meciiica inferior, Nestes ca- sos. fibra no quebra dutante os solicitag Pare entender a importincia da adesfo neste sistema considere a Figuen 10.12 em que uma fibra de didmetro esti embebide em uma mausiz até 0 comprimesto L. t Matriz Piyura 10.12, Fibra descontinua embebida em matrix, _ 1090 -Aditvagse de Polimercs ‘Ao se aplicar uma forga de tracio na Sibra haversi uma oposi¢io 20 deslizamento na mattiz dado pela tesisténcia 20 cisalhamento da interface. Na splicagio de uma certa fora de tragio, para que nio haja deslizamento da flbra é preciso que a force cisihante seja numericamente igual & forga tens, Em teamos de tenses tem-se =tmd.b (10-7) A tensio de tragio em cada ponto da fibra (ao longo do cixo x) seria dada entio pela exptesszo: oe). emd.x 4 Em x= 1/2, temse O= 0, © t= 7, onde 4, é a tesisténcia a0 Gaathamento da interface ou da mats, a que for menot. Consequentemente, oe 2, 0.9) Com a exptessio acima se verifica que © comptimento crtico é ditetn- mente proporcional ao diémetzo da Sbra c inversamente proporcional a esis tncia da interface. Ou seje, quanto menor o didmetro e melhor @ adesio com 1 matriz, menor o comprimento da fibra necessitio para que reforce eficaz- ‘mente o polimeto. Abaixo do comprimento critica a fibra nfo quebra e sim a interface pois a transferéncia de tensies é baixa, Acima do comprimento ctiti- co pode ocorter ruptura das fibras. Considerando-se a contribuigio das extremidades pode-se determinar a tensio média na fibra com comprimento L <, como sendo metade da tension ab if = poor = romando-se (4) = 2 “0.19 Do mesmo modo: Cargas «191 ton) (10.12) Com base nos valotes acima pode-se determinar a resisténcia ou médulo de um compésito substituindo-se os valores de 6, na equagio 1014 conforme o tamanho de fibra utlizado, 85 6, Py + Op P (10.13) ‘A Figura 10.13 mostra que com 0 aumento do comprimento da fibss aumenta-se aeficiéneia do reforco. tendendo assintoticamente a0 valor previs- to pela regra da mistura ao se chegar a comprimentos elevados. Todo o desenvolvimento acima considerou fibras descontinuas alinha das no sentido da solicitaglo. A Figura 10.14 mostra que as proptiedades vasiam ‘com 0 Angulo, Pode-se entio utilizar o parimetro de Krenchel (= cos'®) no segundo teemo da equacio 10,13 ou utilizar um perimetro empitico K eon- forme o modelo de Manson: B,=K.B,., +6,.®, com K vasiando de 0.15 0 0.56, 0.14) igus 1013, Dependéncia da eficén- ado refogo com o compeimento das fbr cxientadas oo sentido da forea aplcada (Filles, 1982) A efciéncia de reforyo € a relagho ene 0 valor de re Sstincia tena obtido ¢ 0 valor previs to pela segra das rites ee "192 -Aditvardo de Polimeros Os dados da Figura 10.14 indicam que 03 compésitos fibrosos so alta mente anisotx6picos, poilendo apresentar propriedades muito diferentes con- forme a ditecio da solicitagio. Esta caracteristica pode ser positiva para se potencializar 08 efeitos das fibras, mas apenas quando 0 produto possui uma exclusiva direcio de solicitaglo, Caso contritio havera uma direcio onde © prodato poder softer uma fratura prematura, No caso de compésitos produ- zidos por injecio dupla, hi a formagio de uma linhe de solda na regio de feacontro das dias frentes de fluxo e nesta regiio es fibras assumem uma oriea- tacio perpendicular diregio de fluxo. A Tabela 10.6 mostra que hé wma gran de redugdo na resisténcia & teagio de compésitos produzidos pot injecio da pla quando comparados com atnostras sem linhas de solde. Esta redugio 2 ‘menta com o aumento de razfo de aspecto da carga Figura 10.14. feito da ‘onentagio das fibres em compésitos PBT, fibra de video (Folkes, 1992) edu ststco (10° pa a 86 Otloningto das tors) eee _ Resistencia tensil MPa) injegao_ simples] Injegao dupl = i PP puro. 36,6 36,7 1,00 PP + fibra de video 630 424 067 PP + talco 351 23,8 0,68 PP CaCO, ‘Tabela 10.6. Bfeito da presengs de linhas de solda na resistencia mecinica de compésitos de PP (Barros & Rabelle, 1998). FLS & o “fator de linha de sold’, efinido como a relagio entre as resisténcias de amostras com ¢ sera linha de solda Cargas - 198 Conelui-se com as consideracées contidas nesta sesio que as proprieda- des de um polimero com eazges fibrosas dependem fandamentalmente dos segoinues fatores: * razio de aspect da fibras * fagdo volumética presente; © orientagio; * resisténcia da interface (adesio com # matriz). 10.4. Tipos de cargas Apesar de qualquer material finamente dividido ou fibroso ¢ esti- vel nas condigdes de processamento dos polimeros poder, em principio, ser utilizado como carga, so poucos os tipos empregados comerci mente. A Tabela 10.2 mostra a contribuigio de consumo das cargas org: nicas ¢ inorgdnicas. Observa-se que os carbonatos contcibuem com mais, da metade do consumo de cargas em polimeros, destes © carbonato de calcio é 0 principal exemplo. Dentre as raz6es para um elevado consumo deste tipo de carga cita-se: baixo custo, nfo abrasividade, nao toxidade ¢ por ser uma carga claca, tornando a pigmentagio facilitada. Bxitem duas formas bdsicas de CaCO, 0 natural (calcita) ¢ o sintético (CaCO, preci- pitado). Este dltimo apresenta um custo muito mais elevado do que © natural, mas confere propriedades superiores 20 polimero uma ver que possai menor tamanho de particulas ¢ maior pureza quitnica. Atualmente busca-se uso para novas cargas como diatomito, sepiolita, atapulgita, celulose, ete, que tém se mostrado eficientes em ala de Jaboratério, Por exemplo, « Figura 10.15 mostca que compésitos de PEBD com stapulgita (ama argile de natureza microfibrose mas de ficil incorporagio a polimeros termoplisticos), apresentam propricda- des muito superiores a compésitos com CaCO, uma earge particulada convencional "194 - Ashagéo de Plimeros ji Percentual do Tipo | Peconsuimo Carbonatos. | 51,3 _Fibra de vidro_| 13,6. vAsbesto I Axgiles 32 ‘Tubsela 10.7. Principais cargas Tako utlizadas em polimeros (adlan, error 1987). \orginicas | ‘Negro de fumo 12 [gem | or | be Outros 42. | fe Ouwos | 42 Figura 10.15. Bfeivo da con. ccentragio de carga na resis- téncia tensl de compéisitos de PEBD (Rabello et al, 1991). er “Teor de caro 1%) 10.4.1. Critérios de selecdo (Os ptincipaiseritérios de selego podem ser tesumidas nos seguintes: 2) proptiedades intrinsecas. Coma discutido na secgéo 10.3, 0 compor- ‘temento mecinico dos compésitos depeade das propriedades dos elementos de reforgo. : }) mazio de aspecto. Talvex 0 mais importante para 0 teforso. Depende dda origem geologica (cargas natura) ¢ do processo de fabricayo (cargas sin- téticas). Alguas tipos sio fornecidos em diferentes formas fisicas, como o vi- Cargas -195, iro: microesferas, fibra moida, fibra picada, fibra continua, manta, tecido tran ado ¢ escamas. 6) tamanko e distrbuigio de tamanhos, Afetam as propriedades mecainicas «e reoldgicas pois definem a érea de contato entre os componentes. Aglomerados do dispetsos na mistura fragilizar o material, como mostea a Figura 10.16, €) natureza quitnica da superficie. Definem a compasibilidade © adesio com © polimero, pois determinam aspectos como enezpia livre superficial, ‘olhabilidade e a presenga de grupos hidroxilas superficiais. A poseibilidade de reagdes com agentes slanos ¢ Htanatos depende da natuseza superficial da carga ©} pureza quimica. Como descrito no capitulo 2, contaminantes na forma de fons metilicos ativos aceleram 2s reagies degradativas da matriz. Matéxia orginica presente em alguns tipos de argila pode volatilizat durante o proces- samento, dificaltando as etapas de mistura e moldagem, 4) higroscopicidade. Cargas higroscdpicas causam reagdes hisiroliieas du- rante 0 processamento de alguns tipos de polimeros (como poliamidas ¢ poliés- teres) e dificultam a moldagem, necessicando etapas cuidadosas de secagem, £) sbrasividade, Carges abrasivas provocam desgaste excessivo nos equi- pamentos de misuara © processamento. Cangas minerias contendo quattzo como impureza sZo altamente prejudiciais, hy) ooteas catacteristicas, como propriedades térmicas, Opticas e eléticas, §) custos. Os elevados custos de cargas reforsantes fibtosas 36 si justifi- cados quando o desempenho mecénico conferido for muita superior, permi- tindo a produgio de pegas mais leves. Figura 10.16. Supesficie de fratura de oma amostea de PP contendo taleo, mos ‘rando que a fratura foi iniciada a partir do aglomerado de carga Rabello, 1996) (A) Visto globil; (B) detalhe do aglomerato. 1196. Adtvagao de Polimerce ‘Nas diversas etapas de Fabticacio e utilizagio de compésitos poliméricos, ‘08 requisitos das cargas slo variados como mostra a Tabela 10.8, Nowa-se que ‘no existem caracteristicas ideais de uma carga que atendam a todos 0s requisi- tos de qualidade dos compésitos. Requisito do compésito Propriedade da carga Armazenagem da carga Baixa absorgao de umidade Mistura adequada Boa molhabilidade, boa dispersibilidade, ‘em redugio no tamaaho das Sbrss Particulas arredondadas de baixa superficie especifica, baixa enesgia superficial Baixa viscosidade ‘Processamento Balza joqacio, sem formadio | Bab cosliclente de expansqo termi de fissurase ripkla "| distribulgio uniforme bee adesto com 0 desmoldagem polimero Baixa dureza, particulas Baixa abrasion peqquenas ¢ arredondadas Proptiedades | Resisidncia e vigidez superiores A mati, | elevade 1,/D, Boa adesio com matriz e’ | Uniformidade de dispersio Fibras longas, adesto com mattiz no tho perfeita Alta resisténcia tensil e alta tigides ‘Alta resisténcia ao impacto | i _ | Resisténcia A radiacio UV, resisténcia Resistencia go intemperismo | Gufmica, auséncia de fons metilicos Boa qualidade superficial } Particulas pequenas ¢ arredondadas oa lathelares. | Tabela 10.8. Caracteristicas ideais das cargas em fungio dos requisitos dos compésitos (Schlumpf, 1993) ae ‘Cangas -197 Bibliografia Buon LA de Rael, MS. Dea Ambit! Capes i Palatino Libs Sl, ‘ai do 19° Chains, Caria 1998) ‘Chand, M. Plat Ten Hand Mace Dele, New Yor, 1987 (Ching, WY. 8 Yang WED. Palen Compote 1 Sms Ei of Crating f ay Ai ant See Cog Agno Pern of eben Mies Capac. pp Pym S38 asm e072, Fes, MJ Slr Fie Raigad Trp: Resch Sees Pres, hice, 1982 GE Patio, GE Sie Dstabac), 1995. ull D. Ar Fac Cmorie Mtl. Cube Urivesy Press, Cambs, 18 Hale -

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