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» PRÉMIO
NOVEMBRO DE 2010 • ANO VII • DIRECTOR ÁLVARO MENDONÇA
NOVEMBRO 2010
bpa
A nova marca
ATLANTICO
Entrevista
ENTREVISTA
ALBERTO CV&A BRASIL
David
DA PONTE
O CEO DA CENTRAL DE CERVEJAS E
Seromenho
perfil
BEBIDAS EXPLICA COMO A SAGRES
RECUPEROU A LIDERANÇA E REVELA
A ESTRATÉGIA PARA O FUTURO Carlos Costa
2010
CAPA
Entrevista a Alberto da Ponte, CEO
da Central de Cervejas e Bebidas
FICHA DIRECTOR
Álvaro Mendonça
CONTRIBUINTE
506 567 516
TÉCNICA IMPRESSÃO CRC LISBOA
SIG- Sociedade Indústrial 13538-01
Gráfica, Lda REGISTO ICS
PROPRIEDADE 124 353
Just Leader, SA
Álvaro Mendonça
MORRER DA CURA
O
Orçamento de Estado para 2011 está nem a sua dívida externa, mas a falta de crescimento. “As
aprovado, com os votos favoráveis do partido economias modernas não são feitas para estagnar, até porque
do Governo, a abstenção do maior partido o Estado Social só se poderá manter se houver crescimento
da oposição e os votos contra de todos os económico”, garante João Ferreira do Amaral, um dos
restantes. Chega. Mas será este o Orçamento economistas presentes no colóquio da AR. “Crescimento não
de que precisamos? apenas do PIB, mas também da produtividade, e sem ser à
Em meados de Outubro, num colóquio sobre dívida custa de um aumento do desemprego”, acrescenta.
pública organizado pela Comissão de Orçamento e Finanças Sem crescimento económico também não será possível
da Assembleia de República, alguns dos mais independentes pagar dívida”, acrescenta João Sousa Andrade, da Faculdade
economistas portugueses juntaram-se para discutir o estado de Economia da Universidade de Coimbra. “Sem crescimento
da Nação. e com taxas de juro a subir, Portugal caminhará para a
Das discussões deste encontro resultaram conclusões insolvência”, garante.
interessantes. O tal Orçamento aprovado, com foco único na contenção
A primeira, é que a economia portuguesa não tem um do défice e da despesa pública, parece afinal não ser o mais
problema orçamental, mas um problema de endividamento indicado para o momento. O aumento dos impostos das
externo que deriva do défice estrutural das nossas contas famílias e das empresas afecta fortemente o crescimento de
externas. Importamos mais do que exportamos e por isso uma economia já débil. E a falta de investimento público,
temos de financiar a diferença com créditos do exterior. E numa altura de grave crise, agrava ainda o problema. É o
essa é a razão que levou ao acumular de uma dívida externa Orçamento possível? Talvez, mas não o mais indicado. Com
de proporções gigantesca. esta obsessão pelo défice podemos curar a doença, mas
A segunda constatação é que a dívida externa é pública e arriscamos morrer da cura.
privada. Ou seja, o problema não está limitado ao Estado, mas
envolve também empresas públicas e privadas, as famílias e
o sistema financeiro. Uma dívida externa que resulta também
da fraca taxa de poupança nacional. Sem aforro interno, a
solução é ir buscar os financiamentos lá fora.
Há depois o problema do crescimento. Entre 1960 e 1970,
a economia portuguesa mais do que duplicou de tamanho. Na
década de setenta, e apesar de duas graves crises petrolíferas
mundiais, o PIB cresceu 53%. Nas duas décadas entre 1980 e
2000, o crescimento manteve-se acima dos 30%. Mas desde O Orçamento aprovado parece
2000 e até 2005, o PIB progrediu apenas 2,6%. Os cálculos
do economista Medina Carreira falam por si. afinal não ser o mais indicado
O problema de Portugal - e esta é talvez a conclusão
mais importante de todas -, não é o seu défice público, para o momento.
4 » PRÉMIO » Novembro 2010
JUNTA A SEDER
À VO N TA D E D E V E E
E
cinematográfica m 2010 o Millennium bcp comemora com a mensagem “Descubra aqui o que te-
nacional os seus 25 anos e para celebrar este mos para si”. Para oferecer aos seus Clientes,
“Mostra Cinema Moçambica- marco criou uma logomarca específi- as sucursais irão também receber brindes
no” foi o tema do III Festival ca, alusiva aos 25 anos, que irá ser utilizada com a imagem alusiva aos 25 anos do banco.
Internacional de Cinema (Fic) até ao final de 2010 em todos os suportes Nos primeiros nove meses do ano, o re-
de Luanda, que decorreu entre de comunicação e em todas campanhas sultado líquido consolidado totalizou 217,4
os dias 8 e 11 de Novembro. comerciais, as quais terão associadas ofertas milhões de euros nos primeiros nove meses
Promovido pelo Ministério da relacionadas com as comemorações. de 2010, que compara com os 178,1 milhões
Cultura angolano, o objectivo A campanha Cliente Frequente inclui a oferta de euros apurados no período homólogo de
deste Festival é a de 25% sobre a comissão aos clientes regula- 2009. Um resultado recorde, não obstante
exibição pública de filmes de res do banco. A campanha Institucional dos o reforço das dotações por imparidade do
todo o mundo não distribuí- 25 Anos, garante descontos e vantagens ofere- crédito.
dos nem exibidos nas salas cidos pelos parceiros do Millennium bcp . A O rácio de eficiência consolidada situou-se
campanha Recursos. D.P. 25 anos, promove em 55,1%, uma melhoria de 9,3 pontos per-
um Depósito a prazo a 180 dias, remunerado centuais (p.p.), face aos 64,4% registados em
por uma taxa base de 1%, acrescida de 0,1% igual período de 2009. O rácio de eficiência
por cada ano de relação do cliente com o ban- melhorou, quer na actividade em Portugal
co, até ao máximo de 2,5%, correspondente (baixando de 60,7% para 48,7%), quer na
aos 25 anos de vida do Millennium bcp. Por actividade internacional, ao reduzir-se em 2,9
último, a campanha Cartões de Crédito, ofere- p.p., beneficiando dos desempenhos favorá-
ce a anuidade do cartão e o ‘cash-back’ de 25 veis na maioria das operações no exterior.
euros em novos cartões de crédito Os recursos totais de clientes aumentaram
de cinema do país, bem como Toda a comunicação foi concebida de modo a 1,9%, em base comparável, ascendendo a
ajudar no desenvolvimento e enfatizar esta celebração. Além dos habituais 66.971 milhões de euros em 30 de Setembro.
promoção do cinema nacional. suportes de comunicação, as sucursais irão Este crescimento foi resultado do dinamismo
Para além disto, visa ainda receber peças de ‘merchandising’ específicas: comercial na captação de recursos, traduzido
contribuir para a educação e Electrostáticos para as portas das sucursais no aumento de 8,4% dos recursos fora de
sensibilização de diferentes pú- com a mensagem “Entre e descubra o que balanço e no acréscimo de 1,7% dos depósitos
blicos, permitindo uma reflexão temos para si”e orelhas para os porta-folhetos de clientes.
sobre outras formas de pensar,
olhar e comunicar, colaborando
assim num maior desenvolvi-
mento cultural.
Nesta edição do Fic estiveram
ISQ atinge milésimo colaborador
em exibição cerca de 47 filmes,
O NÚMERO
O
os benefícios e parcerias; criar a casa da ínsua Hotel Casa da Ínsua, em Penalva do Castelo, promoveu, entre 15 de
bolsas de emprego, de primeiro vai lançar dois Setembro e 5 de Outubro, o programa Vindimas 2010, uma oportu-
emprego e estágios; reforçar novos vinhos nidade única de conhecer os segredos de produção de um dos mais
a aproximação às Universi- brancos: prestigiados vinhos do Dão, tendo por cenário toda a envolvente que o hotel de
dades; cooperar com institui- vinho branco charme de cinco estrelas tem para oferecer. Os visitantes puderam participar
ções e entidades nacionais e semillon nas vindimas, com apanha das uvas, pisa e vinificação, e usufruir de um almoço
internacionais; modernizar os 2009 e vinho ao ar livre na Quinta e de uma prova de vinhos.
serviços, prosseguir o processo branco O pacote “Vindimas 2010” incluía duas noites de alojamento com pequeno-
de regionalização da Ordem; reserva 2009 -almoço, um almoço, uma prova de vinhos Casa da Ínsua acompanhada de
promover o empreendedorismo queijos da região e todas as actividades associadas. Os hóspedes da Casa da
e a inovação e desenvolver a Ínsua podiam ainda usufruir de descontos em restaurantes e actividades extra
dinâmica desportiva e cultural. da Visabeira Turismo.
A lista conta com Adriano A Casa da Ínsua vai lançar, entretanto, dois novos vinhos brancos: Vinho
Pimpão, Raul Marques, Helena Branco Semillon 2009 e Vinho Branco Reserva 2009.
Adegas, Mário Abreu, Ricardo O monocasta Semillon 2009 é um vinho regional com aromas de fruta
Valles e Luís Sitima na Direc- madura, damasco e flor de laranjeira, que se pode beber como aperitivo ou para
ção. Francisco Murteira Nabo, acompanhar carnes brancas, peixes e todo o tipo de saladas. O Banco Reserva
o actual Bastonário, aparece 2009 tem uma classificação DOC Dão e combina as castas Encruzado, Malvasia
como Presidente da Mesa da Fina e Semillon. Tem um aroma floral e de madeira muito discreta. À mesa é
Assembleia Geral. ideal para acompanhar com pratos de peixes gordos e fumados.
O futuro Bastonário da Ordem,
Rui Leão Martinho, integrou já
vários Conselhos da Ordem, e
é Membro da Direcção do ac-
SALOIO, UMA SAGA DE SUCESSO
tual Bastonário. A sua carreira Se em cada ano cada um dos portu- Ambiental que aposta na diferencia-
profissional iniciou-se há cerca gueses tivesse comido um queijo tra- ção e confiança dos seus produtos, e
de 40 anos e a sua actividade dicional poderia ter sido um Saloio. É na criação de inovação, conveniência
tem sido desenvolvida, quer na que das linhas de produção da Saloio e valor acrescentado para o consu-
Banca, quer na actividade segu- saíram, em 2009, mais de 19 milhões midor. Ocupa o terceiro lugar do C
radora, sendo hoje o presidente de queijos. Exemplo de revitalização ‘ranking’ das empresas de lacticínios M
das companhias de seguros dos negócios tradicionais, a Saloio do país, uma posição consolidada
Y
BES-Vida e Tranquilidade. Rui é hoje uma empresa moderna (de em Setembro de 2001 através da
CM
Leão Martinho desempenhou Qualidade Certificada desde 200) e aquisição da Baral, a quarta maior
também funções públicas. também detentora de Certificação empresa industrial do sector. MY
CY
JOÃO PECEGUEIRO
NOVO CEO
GRUPO URBANOS TEM
disponível nas variantes Tinto, Rosé
Brisa – Operações e
eiro , 46 ano s, ex- presidente executivo da e Branco, resulta da junção de siner-
João Pec egu rtugal, é o novo CEO
ção e adm inis tra do r-d elegado da Via Verde Po gias entre as duas empresas. A SCC
Manuten cnica, o gestor e antigo
em engenharia electroté
da Urbanos. Licenciado ra a liderar a Urbanos,
contribuirá com a sua rede comercial e
perior Técnico passa ago
docente do Instituto Su como a Marconi, a
de distribuição e com os equipamentos
ter exe rcid o fun çõe s executivas em grupos e assistência técnica, enquanto a MT
depois de Urbanos, “O novo
a Bri sa. Par a Alf red o Casimiro, presidente da contribuirá com o seu ‘know-how’ na
Optimus e rança e uma maior
a e de am biç ão do Grupo exige uma nova lide produção vinícola. Quanto aos vinhos
ciclo de vid mercado nacional,
do s seu s qua dro s”. Depois da afirmação no engarrafados da MT, a distribuição será
qualificação e exigência
ao nív el ão domésticas e
eta pa de con sol ida ção das operações de aquisiç realizada numa primeira fase nos ca-
o grupo entra agora um
a nova ca e de entregas
ade . A Urb ano s é um operador de logísti nais Horeca (Hotelaria, cafés e restau-
de internacionalização da
sua act ivid por cinco plataformas
ma is de 40 0 col aboradores distribuídos radores), via operadores da pré-venda
expresso e conta actualme
nte com nacional de entregas
pas sad o, adq uir iu à CP a TEX, um operador de Lisboa, Setúbal e Porto, podendo
No ano rrocos.
logísticas em Portugal. ento internacional, em Ma
e, em Junho, anu nci ou o seu primeiro investim num segundo momento estender-se
expresso aos canais da distribuição moderna e
Cash&Carrys.
CM
MY
CY
CMY
O
ting da Commercial Insurance IX Seminário de Reflexão Estraté-
Company. Foi co-presidente do o primeiro gica da Centromarca, Associação
Comité de Desenvolvimento Es- painel de Portuguesa de Empresas de Produ-
tratégico da Chartis e fundador e convidados, tos de Marca, reuniu no passado dia 27 de
administrador da área de micro- moderado por Outubro no Centro Cultural de Belém (CCB),
seguros do grupo. Antes de antónio lobo um conjunto de figuras reconhecidas do
ingressar na Chartis, em 1999, xavier panorama socioeconómico nacional.
foi presidente e administrador Para além do tema da importância das Mar-
do broker Alexander & Alexander cas e dada a conjuntura socioeconómica actual,
International (actual AON) e várias personalidades marcante da nossa
ocupou cargos de topos na Ame- sociedade, de onde se destacam o Governador
rican International Underwriters
(AIG). Paralelamente à área dos
seguros, foi assessor de política
externa do Presidente do House “Receio que se não houver
of Representatives Committee
para os Negócios Estrangeiros soluções rápidas de
(1993-1995) e membro do con-
selho editorial da Infraestructure
crescimento do país, será
A FRASE
CENTRAL DE CERVEJAS
S
e a ligação ao futebol ajudou ao crescimento da marca Sagres, Foi esse princípio que o levou a não equacionar o patrocínio ao futebol,
a aposta em inovação foi o alicerce que cimentou esse mesmo quando assumiu a gestão da Central de Cervejas?
crescimento. Depois de reconquistar a liderança de cervejas Foi. O que temos vindo a fazer é a reafirmar essa posição. Se em 2003 apoi-
à sua arqui-rival Unicer - que respondia pela maior quota de ámos a construção do Estádio da Luz e do Estádio de Alvalade, já em 2004,
mercado desde há 20 anos -, o CEO da Central de Cervejas, Al- o ano do Euro em Portugal, reafirmámos o apoio à Selecção num momen-
berto da Ponte, não cruza os braços. “Já lideramos o mercado há 18 meses. to em que todo o País estava vestido de vermelho e verde. Começámos a
Esperamos que se transformem em 18 anos”, afirma categórico. Para isso, investir mais, nessa altura. Já não era só o ‘naming’ mas, também, todo
prepara já um mega lançamento para o próximo ano. Até lá, espera em um programa de activação conjunto sob o mote da portugalidade. Porque
2010 conseguir crescer 1% depois de dois anos que foram de decréscimo constatámos, também, que a Sagres era percepcionada como a marca de
para o mercado de cervejas. Ao nível de exportação, os maiores números cervejas mais portuguesa. Pelo nome, pela antiguidade e porque até antes
chegam de Angola onde Sagres verá o seu volume aumentar 110% este ano. do 25 de Abril era a marca líder…
Desde 1993 que Sagres patrocina a Selecção Nacional de futebol. Que Mas a associação ao futebol nem sempre trouxe os melhores atributos
evolução sofreu até hoje? para a marca!
A relação da Sagres com futebol reside, hoje, ao nível do próprio ADN. O O que se podia ter feito melhor e de forma mais estruturada, dentro de um
futebol transformou-se em algo genético. Recuando um pouco, ainda antes planeamento a longo prazo, era o trabalho de activação.
de 1993 já patrocinávamos o futebol de forma pontual. Esse ano foi de facto Em 2007, abre-se uma oportunidade nova: a Liga anuncia a disponibilidade
um marco, com a Sagres a ser a primeira marca a apoiar a Selecção Nacio- de ter um novo patrocinador. Concorremos, porque entendemos que não
nal de Futebol e uma das primeiras marcas no mundo a fazê-lo, apoio este podíamos deixar de estar no futebol e de reforçar a nossa presença.
que permanece de forma constante, nos bons e maus momentos da Selec- Depois da Liga Sagres, que é um sucesso – não só pelo ‘naming’ mas por-
ção. E essa é uma regra. Quem quiser fazer um patrocínio, ser ‘sponsor’ que demos uma nova proximidade ao futebol através da marca Sagres, com
ou investir no ‘naming’, tem que pensar nesse trabalho como sendo um a comunicação, as promoções, eventos… -, assinámos ainda um contrato
projecto de longo prazo. com a Liga Portuguesa de Futebol não Profissional.
Já este ano assinou uma parceria inédita a nível mundial, ao partilhar com
a ZON o nome e o patrocínio da mais importante competição de futebol
do País!
É uma parceria que surge por duas razões: primeiro, porque sentíamos
que este patrocínio da Liga é uma espécie de subida do Evereste. Ou seja, à
medida que vamos conseguindo uma vitória de comunicação com o consu-
midor, torna-se fundamental subir a outro pico ainda mais alto. Chegámos
à conclusão que o ideal para o fazer seria entrar com um parceiro muito
forte na comunicação televisiva, muito forte em conteúdos de futebol e na
internet. Havia dois parceiros possíveis, a Meo e a Zon. A Meo nunca mos-
trou interesse, ao contrário da Zon. Se este projecto já era um trabalho a
dois, agora passa a ser tripartido. Não é um trabalho fácil, mas não o sendo
apenas exige bom planeamento.
perfil
sustentabilidade.
O orçamento de 4,25 milhões de euros é equitativamente distribuído en-
tre a Zon e a Sagres, mas não haverá uma redução de custos para a Central.
Este ano vamos investir de novo entre 12 e 14 milhões, no apoio à Liga mas
com mais acções de activação. Ou seja, acções que a associação à Zon torna
possível.
O maestro do Marketing
É o CEO que há mais anos se mantém à frente da Central de Cervejas. E
Como por exemplo? desde logo imprimiu forte dinâmica a uma casa até então ‘low profile’.
Como seja a exploração de conteúdos que não fizemos até agora, ou um Redifiniu equipas, reorientou estratégias e conseguiu trazer de novo a
trabalho ainda mais ‘one-to-one’ com o nosso consumidor. A Zon é uma liderança para Sagres, perdida há 20 anos.
marca com que todas as empresas gostavam de ter parcerias. Porque é uma Formado pelo ISEG em 1975, Alberto da Ponte começaria a trabalhar na
empresa de tecnologia, de ponta, com bons resultados, com uma equipa Lever (Unilever/JM) ainda dois antes antes de concluir o curso. Nessa
dinâmica, com presença em Angola… casa se manteve mais de uma década, sempre ligado ao Marketing e
Vendas. Fez carreira internacional na Bélgica, Espanha e Malásia. Em
Na prática, que mais-valias traz para a Central? 1989 assume o cargo de administrador delegado da Jerónimo Martins
Ajuda a dinamizar a nossa imagem, vai ajudar a relacionarmo-nos com o Distribuição. Foi ainda administrador-delegado da Cadbury Schweppes
consumidor através das novas tecnologias, vai-nos permitir encontrar pistas Potugal e director-geral da Lever-Elida, função que acumulou com a
e ideias novas… direcção-geral da Unilever BestFoods, durante dois anos. Desde 2004 que
O mercado das cervejas, em Portugal, está estagnado. Se a indústria tra- responde pela presidência executiva da Sociedade Central de Cervejas.
ESTRATÉGIA
AGITAR EMOÇÕES
A
Orangina quer agitar o mercado de refrigerantes de fru- da Liga de Honra (referido pelo presidente da Liga, Fernando Gomes,
ta em Portugal. Com 74 anos, a marca entrou na compe- semelhante ao anteriormente celebrado com a Vitalis, mas com um
tição nacional no segundo semestre de 2009. Para este incremento de 25% a 30% em termos financeiros), Carlos Santos avan-
ano, a estratégia de comunicação veicula-se na associa- ça que corresponde à “metade do orçamento de marketing disponível
ção ao futebol com o naming sponsor à Liga de Honra – para a marca”. Um investimento, que pretende um retorno ao nível de
Liga Orangina. Os objectivos estratégicos da associação definem-se na quota de mercado, que o responsável também não especifica em valor.
conquista de notoriedade para a marca, na experimentação do produto No arranque da competição, no final de Agosto, a marca equi-
de uma forma mais célere e, consequentemente, no incremento do nú- pou com o novo logo Liga Orangina as camisolas de todas as equipas
mero de vendas. Por isso, Carlos Santos, country manager da Orangina da Liga de Honra, assim como marcou presença nos relvados e nos
Schweppes Portugal, justifica que o patrocínio ao futebol é o veículo eventos organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A
mais rápido para o atingir, além de garantir uma visibilidade inigualá- imagem e identidade visual da Liga Orangina é assinada pela agência
vel, potenciando a fase de lançamento da marca em Portugal - que no Santa Fé.
seu primeiro semestre já registou vendas na ordem dos 600 mil litros. A marca, que é referida como uma referência a nível internacional
A marca, do portefólio Orangina Schweppes Portugal, garante que, e considerada “Sabor do Ano 2010” em Portugal, comemora o seu 75.º
à data, este patrocínio está assegurado para a temporada 2010/2011. aniversário no próximo ano.
Contudo, deixa em aberto a possibilidade de continuidade por mais Conheça melhor a estratégia da marca em Portugal na entrevista com
épocas. Embora não seja revelado o valor de investimento ao patrocínio Carlos Santos, country manager da Orangina Schweppes Portugal.
“Queremos aumentar
quota de mercado
todos os anos”
Que contexto dita a associação da marca Orangina à Liga de Honra de
Futebol?
A associação ao futebol encontra-se inserida numa estratégia delinea-
da para rapidamente conquistar notoriedade e gerar experimentação da
marca nesta sua fase de lançamento. O futebol é uma paixão nacional
que agita multidões e que proporciona uma visibilidade inigualável.
Também muito importante é a associação aos valores do futebol que
este patrocínio proporciona e que reforçam a personalidade da marca: nível da responsabilidade social da marca, o que passará por facilitar a
emoção, convívio e a promoção de um estilo de vida saudável, sobretudo muitas pessoas a experiência de assistir ao vivo a um competitivo jogo
entre os mais jovens. de futebol.
Para a Liga de Honra, patrocínios como o nosso são extremamente
O naming sponsor à Liga de Honra é válido por quantas temporadas? importantes na medida em que contribuem de forma significativa para
O actual acordo foi realizado para a temporada a viabilidade económica da competição e dos clu-
2010/2011, mas inserido numa óptica de conti- bes que nela participam. É também nosso objec-
nuidade por várias épocas. tivo proporcionar a visibilidade e dinamismo que
esta Liga merece e atrair mais adeptos, juventude
Trata-se de uma estratégia seguida noutros e entusiasmo para os estádios.
mercados?
É uma estratégia definida localmente para satis- O patrocínio Sendo a Orangina uma marca comercializada e
fazer as nossas necessidades específicas resul- distribuída pela Sociedade Central de Cervejas
tantes desta etapa de lançamento, ou seja, con- reflecte-se no (SCC) no mercado português, e sendo a Sagres
quista de distribuição, notoriedade e construção patrocinadora da Primeira Liga, porquê este
de uma imagem de marca associada aos valores naming da enfoque no Futebol?
positivos do futebol. A SCC, como nossa parceira de distribuição
competição e na e como empresa com uma forte ligação com o
Em termos práticos, em que consiste o naming futebol, foi facilitadora neste processo, mas a
sponsor? E que mais-valias para a marca? visibilidade da estratégia, negociação e decisão é da inteira res-
O patrocínio reflecte-se no naming da competi- ponsabilidade na Orangina Schweppes Portugal.
ção e na visibilidade da marca nos vários suportes marca. As marcas Sagres e a Orangina seguem as suas
comunicacionais da mesma, como por exemplo, estratégias próprias e independentes. Aposta-
nas mangas das camisolas dos 16 clubes, nos flash-interviews, nas con- mos neste território na procura de uma grande visibilidade e de uma
ferências de imprensa, nos bilhetes, etc. Em termos mais abrangentes, associação com valores positivos deste desporto universal.
ao patrocínio corresponde um ambicioso plano de activação da marca
que passa por publicidade em variados meios como a televisão, impren- Qual o orçamento alocado ao naming sponsor? E que retorno terá para
sa e outdoor, presença em jornais e rádios locais, acções de animação a marca?
nos estádios, estratégia on-line, activação no ponto de venda com oferta Não é prática da nossa empresa a divulgação de valores de contratos
de bilhetes, entre outras actividades. Também estão previstas acções ao deste tipo, mas posso adiantar que alocámos cerca de metade do orça-
A ORANGINA O SABOR
Criada em 1936, a Orangina assume-se A Orangina entrou no mercado por-
como uma das marcas mais importan- tuguês com a sua icónica garrafa de
tes do portefólio da Orangina Schwe- vidro 25cl. em forma de bolha. Este ano
ppes e uma referência a nível mundial lançou o formato Pet com 1,5L.
no segmento de refrigerantes de frutas, Para poder ser saboreada, a marca
com 500 milhões de consumidores aconselha o ritual Orangina
espalhados por mais de 60 países. agitando a garrafa, unindo a
A Orangina Schweppes Portugal polpa ao sumo, despertando
integra o Grupo Orangina Schweppes, o sabor a fruta. Levemente
uma empresa da Suntory Group. O seu gaseificada, Orangina
portefólio conta com uma gama com- reúne numa receita
pleta de marcas líderes e insubstituíveis exclusiva uma mistura
no mercado de sumos e refrigerantes de vários citrinos em
com referências como o TriNa, Joi, que a laranja é o sabor
Schweppes, Orangina, Champomy e La principal.
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VIVA A REPÚBLICA!
HÁ 100 ANOS
A IMPLANTAÇÃO
DA REPÚBLICA
A
implantação da Repú- tos do País, feitos de testemunhos de
blica, em 5 de Outubro Dois especialistas na matéria desencanto, manifestos do espírito
de 1910, culminou um descrente e pessimista que entriste-
processo que remonta contam como tudo aconteceu... ceu a Pátria. A par do tom negativista
ao final do século XIX e derrotista, surgia, de forma cada vez
e, em especial, aos seus últimos anos; mais estridente, a crítica incisiva da
período de condensação de um con- sociedade burguesa finissecular que
texto de crise multifacetada em que se inscreveu o colapso da Monar- Abel Botelho denunciava em “Amanhã” (1901) ou, noutro palco, a ca-
quia constitucional e o rasgo do caminho, de certa forma inexorável, racterização feita por Oliveira Martins em “Portugal Contemporâneo”.
que conduziu à República. Recordem-se os acontecimentos em torno Combinando com o tom de pessimismo decadentista, o contexto era
do ‘Ultimatum’ britânico, a onda de agitação que provocou e as seque- propício ao descrédito, indelevelmente marcado pelo carácter inusita-
las que desencadeou, e a revolta republicana no Porto, a 31 de Janeiro do e dramático do ‘Ultimatum’ apresentado pelo Governo inglês de
de 1891, marcando o percurso que, a prazo, pôs termo ao primeiro li- Lord Salisbury, fazendo jus à sonoridade trágica de “A Portuguesa” ou,
beralismo português. Cenário de crise global, em que os republicanos entre outros textos, ao ritmo comovente de “Finis Patriae” de Junquei-
encontraram a recta final do trajecto que conduziu à tomada do poder. ro. Tudo isso animava a vontade regeneradora e as aspirações republi-
A par da instante crise política, o generalizado mal-estar social, a crise canas, procurando a interrupção e a alternativa ao percurso decaden-
económica e, com grande fragor, a derrocada financeira, compuseram tista de que a monarquia surgia indissociável. Ao recém-criado Partido
esse quadro de catástrofe que os escritores finisseculares pressentiam Republicano Português (1876), entre os demais defensores de uma so-
e denunciavam impiedosamente. Tempo de passagem do século, tom lução política republicana, aliavam-se cada vez mais descontentes, en-
propício à dramatização da ideia de crise e decadência, tal como ficou grossando as fileiras do movimento republicano, num tom de crescen-
imortalizada na ficção de Eça de Queirós, que morreu precisamente te nacionalismo, aglutinando um conjunto alargado de pretensões,
em 1900, Teixeira de Queirós e Fialho de Almeida, ou na poesia de almejando, entre outras, a libertação da tutela estrangeira, a democra-
Guerra Junqueiro e António Nobre (também morto em 1900). Retra- tização política, a generalização do sistema escolar, a modernização
F
oi a forte presença maçónica na revolução republicana, verde e vermelha.
e influência nos anos que se seguiram, que marcaram A polémica das bandeiras levou a artigos inflamados do próprio Pre-
a escolha das cores da bandeira verde-rubra. A polémica sidente da República, Teófilo Braga, que defendia o verde-rubro, e de
estalou nos primeiros anos da República, com as cores partidários do azul e branco como o poeta Guerra Junqueiro. Não por-
azul e branca conotadas com a monarquia, por oposição que defendesse a monarquia, mas porque considerava que “o Campo
ao vermelho e verde. A comissão que iria decidir as cores da nova ban- azul e branco permanece indelével. É o firmamento o mar o luar, o
deira, formada a 15 de Outubro de 1910, integrou o pintor Columbano sonho dos nossos olhos o êxtase eterno das nossas almas”. De resto,
Bordalo Pinheiro – que viria a ser o autor do desenho – o romancista conclui, “a coroa do Rei, coroa de vergonhas, já o não envilece, o não
Abel Botelho, o jornalista João Chagas e dois destacados combatentes vislumbra. No brasão dos sete castelos e das quinas erga-se de novo a
da revolução de 5 de Outubro. Os antecedentes históricos recordam a esfera armilar da nossa glória...”.
presença de bandeiras vermelhas e verdes na Guerra da Independên- Teófilo Braga, por seu lado, insistiu, com sucesso, que “para justifi-
cia, nos Descobrimentos Marítimos ou na Guerra da Restauração, mas car as cores republicanas, temos a cor vermelha da conquista do Algar-
o que se sabe é que a bandeira içada na Câmara Municipal do Porto na ve, em que se integrou o território português, e a cor verde do pendão
manhã de 31 de Janeiro de 1891, símbolo da revolta republicana, era vencedor em Aljubarrota, que reivindicou a autonomia de Portugal”.
dias de hoje o rosto de Portugal. como que feridas também pela insânia colec-
tiva do vivório nacional, ali levado ao rubro,
gesticulam e berram, com os esganiçamentos
nhas presenciais da ocorrência vimos, quando a carruagem real avan- da voz alfacinha, dando as notas altas e estrídulas da triunfal aclama-
çava, no passo regular dos cavalos, em frente do último arco da arcada ção…”.
do ministério da fazenda, onde há um quiosque e costuma estar um
engraxador, sair de entre a turba, armado com uma revólver, um rapaz Religião e Estado
bem vestido, tipo de operário, trajando um pouco à Marialva. Esse in- A instabilidade política e social não abrandou e a I Grande Guerra
divíduo avançou para a carruagem, subiu-lhe às traseiras e disparou ajudou aos anos turbulentos da jovem República. Todavia, algumas
contra o senhor D. Carlos um tiro que o alcançou no lado esquerdo das reformas e alterações profundas na sociedade portuguesa que se
do tórax. Ao mesmo tempo, a rainha ergueu-se soltando, com os dois seguiram marcaram até aos dias de hoje o rosto de Portugal da moder-
filhos, um enorme grito de dor, e, levantando a mão direita, começou, nidade. Num país onde a taxa de analfabetismo chegava aos 75%, não
com o ramo de que atrás falámos, a brandi-lo sobre o agressor, que dis- se estranhou que uma das primeiras iniciativas fosse a criação de um
parou segundo tiro, indo alcançar o monarca pelas costas. O senhor D. Ministério da Instrução Pública que reunia a educação moral e física,
Carlos levou as mãos à cabeça e tombou imediatamente sobre o lado o ensino primário, ensino secundário, ensino superior, ensino técni-
direito, enquanto várias pessoas caíram sobre o regicida. Este tombou co, belas artes e investigação científica e relações culturais. A primeira
no chão e ainda disparou um terceiro tiro, que se perdeu, ficando de- tentativa da criação deste ministério, ainda durante a monarquia, foi
pois morto por uma bala com que o alvejaram. em 1870, onde esteve D. António da Costa apenas 69 dias. Foi extinto
Enquanto isto se passava, um indivíduo alto, de bigode e barbas ne- e voltou a surgir em 1890, mas durou apenas dois anos para finalmen-
gras, que se achava postado junto ao ministério do reino, tirou debaixo te ser reactivado em 1913. Anteriormente, todas as escolas, do ensino
do capote uma carabina e, avançando para a carruagem, cujo cocheiro, primário ao ensino superior, estavam sob a alçada do Ministério do
desvairado, tocava os cavalos, disparou um tiro sobre o príncipe real, Interior, com excepção da Escola de Medicina Veterinária e do Insti-
atingindo-o na face, tiro que foi logo seguido de um outro, que o al- tuto Superior de Agronomia, dependentes do Ministério do Fomen-
TURISMO
BRASIL
ACOLHE MEGAEVENTOS
ENTRE 2014-2016
Depois do encerramento do Campeonato do Mundo na África do processos de preparação e avultados investimentos, tanto pelo sector
Sul, em Julho deste ano, é altura do Brasil começar a preparar-se público como por empresas privadas.
para ser palco de alguns dos grandes eventos internacionais que vão De acordo com o Ministério do Turismo brasileiro, para 2020, as
decorrer entre 2014 e 2016, entre os quais a Copa do Mundo 2014 e metas numéricas mais importantes para o decénio 2010-2020 pas-
os Jogos Olímpicos em 2016. Estes megaeventos são uma oportuni- sam por aumentar em 113% o turismo internacional, chegando a
dade de promoção do país como destino turístico que muitos anos 11,1 milhões de visitantes estrangeiros no final da próxima década,
de campanhas publicitárias em todo o mundo não seriam capazes aumentar em 304% a entrada de divisas com os gastos dos estran-
de oferecer. Desta forma, o Brasil pode ganhar condições de atingir geiros no Brasil e aumentar em 500 mil os turistas no Brasil, no
um novo patamar na sua promoção como destino turístico global. ano da Copa 2014; e em 15% em 2016, ano dos Jogos Olímpicos Rio
Para enfrentar este desafio, o Ministério do Turismo (MTur), através 2016, em relação ao ano anterior.
da Embratur, apresentou um plano que define estratégias, metas A Embratur produziu um ‘kit’ de material promocional e informati-
e objectivos de marketing internacional do turismo brasileiro e as vo para as cidades-sede que vão receber a Copa,que está a ser usado
acções a serem implementadas na próxima década. Este plano tem em diversos países desde o passado mês de Julho.
em vista impulsionar a economia, transformar cidades e mudar ou As 12 cidades sede que vão abrigar os jogos da Copa do Mundo já
melhorar a sua imagem como destino turístico a partir de uma ex- fazem parte dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turís-
posição obtida antes, durante e depois da realização de um evento. tico Regional, que são o foco da actuação do MTur desde 2007. O
Devido às dimensões destes eventos, ao grande número de visitan- objectivo é estruturá-los para atingir o padrão de qualidade interna-
tes que envolverão e às exigências técnicas de um evento transmiti- cional, estimulando a maior permanência do turista antes, durante
do para todo o mundo, os próximos anos serão marcados por fortes e após a Copa 2014.
PIRENÓPOLIS
Situada entre Goiânia e Brasília, Pirenópolis foi tombada
pelo Património Histórico Nacional em 1988. A cidade
mantém, ainda hoje, casarões do século XVIII, igrejas e
museus, todos permeando o Rio das Almas, muito procu-
rado para a prática de ‘rafting’. A Festa do Divino Espírito
Santo e as Cavalhadas são as manifestações populares
mais famosas da cidade, um teatro ao ar livre que repre-
senta a luta medieval entre cristãos e mouros montados
a cavalo, atraindo quase 15 mil pessoas todos os anos.
A gastronomia também é ponto marcante no local, com
muitos restaurantes e bares para todos os gostos.
JALAPÃO
Jalapão tem uma paisagem de cinema e é repleto de ani-
mais velozes, como os atacantes que partem em direção
ao golo. Lobos-guará, veados-campeiros, onças-pintadas
e outras espécies embrenham-se na vegetação típica do
cerrado para fugir do sol inclemente. Mas, apesar do calor,
a região tem muitos rios perenes, com águas transparen-
tes e ainda puras. Os chapadões de arenito, com mais de
mil metros de altura, dominam a paisagem, formando um
belíssimo espectáculo ao pôr-do-sol.
CIDADE DE GOIÁS
Percorrer as ruas da Cidade de Goiás é como uma viagem
no tempo. A cidade guarda um património arquitectónico
e cultural dos mais ricos do País. As suas ruas tranquilas
mantêm a calçada original de pedra e os prédios históricos
do século XVIII mostram uma arquitetura simples, com
algumas influências barrocas. A sua mais ilustre moradora,
a poetisa Cora Coralina, teve a casa transformada em mu-
seu. Uma grande tradição do local são os alfenins, doces
de origem portuguesa, preparados com açúcar e polvilho,
aos quais são dados simpáticos formatos de animais. Uma
delícia para todas as horas.
URUBICI
Brasileira com ares europeus, como os jogadores verde-ama-
relos que vão para os clubes estrangeiros. Assim é Urubici,
na serra catarinense. Cercada por morros, vales e cachoei-
ras – que chegam a receber neve – a cidade tem registada a
temperatura mais baixa marcada pelos termómetros no Brasil:
-17,8oC, em 1996. Urubici, também conhecida como Terra
das Hortaliças, pela diversidade da produção local, tem a sua
arquitectura, culinária e costumes marcados pela colonização
europeia, que ocorreu no século passado.
FORTALEZA
JERICOACOARA
Passear pelas dunas de Jericoacoara, a 310 km de Fortaleza, é
uma aventura inesquecível. A cidade tem costões rochosos,
coqueirais e mar com águas incrivelmente azuis. Com ruas
sem calçada, conserva o encanto e a rusticidade de uma vila
de pescadores. Os turistas podem alugar ‘buggys’ para andar
pelas dunas, conhecer e extenso litoral e velejar nas límpidas
lagoas. À noite, é a vez de provar os incríveis frutos do mar
que os restaurantes oferecem e entrar pela madrugada ao
som do contagiante forró. É preciso fôlego de atleta para tanta
diversão.
CANOA QUEBRADA
Visitar Canoa Quebrada é como o treino antes do jogo de
futebol. Existem muitas actividades para se fazer, como os
passeios de ‘buggy’ pelas dunas, descidas de ‘skibunda’,
jangadas, cavalos, parajipe e banana-boat. A vida noturna é
bem agitada, com muitas discotecas que funcionam até de
madrugada. A rua principal da cidade, que fica a 167 km de
Fortaleza, chama-se Broadway e concentra uma boa parte das
novidades e atracções do local. Por sua vez, a praia conserva
trechos sem casas ou barracas, mantendo o clima bucólico
dos anos anteriores aos turistas.
SÃO LUÍS
São Luís, capital do Maranhão, foi fundada pelos franceses,
que deixaram marcas na cidade, como o belo Palácio Ravar-
dière e toques refinados na culinária. Mas as principais
características de São Luís foram mesmo deixadas pelos
portugueses, como os casarios azulejados e tradições ibé-
ricas, a exemplo do Bumba-meu-Boi, o Tambor de Crioula
e o Arraial. Em 1997, a cidade recebeu o título da UNESCO
de Património Cultural da Humanidade, um reconhecimen-
CAMPINA GRANDE
Campina Grande, a 125 km de João Pessoa, na Paraíba, é uma
cidade festiva como o futebol brasileiro. Ali cultiva-se o espírito
das manifestações folclóricas da região, com cordelistas e
artistas de vários perfis, além de abrigar o maior São João do
mundo, comemorado em Junho. A festa atrai milhares de turis-
tas do Brasil e de outros países, que aproveitam a música e as
comidas típicas com muita dança e diversão. Outros famosos
eventos da cidade são o Festival de Inverno e o Festival de Cine-
ma de Campina Grande.
TIBAU DO SUL
Tibau do Sul, a 80 km de Natal, é uma cidade que, como a
selecção brasileira, está sempre no alto. As suas falésias são
belezas naturais que estão por toda a cidade, permitindo uma
linda vista do mar. É a maior reserva de Mata Atlântica da
região, com trilhos por onde o turista pode praticar “trekking”,
sempre acompanhado por um guia. O artesanato local também
é uma atracção, com os seus bordados feitos à mão, labirintos,
rendas de bilros e confecção de tarrafas e redes de pescarias.
Em Tibau do Sul, os golfinhos aparecem com frequência, sendo
até possível nadar com eles.
GENIPABU
Um bom jogo de futebol é sempre fonte de muita emoção. E,
para quem gosta de ter esse sentimento à flor da pele, uma boa
escolha é o passeio de buggy pelas dunas de Genipabu, a 25 km
de Natal. Ali os bugueiros, que são motoristas profissionais, fa-
zem incríveis manobras de até 90 graus, em dunas de dezenas
de metros de altura. Outras atracções imperdíveis são o passeio
de dromedários, o aerobunda na Lagoa de Jacumã e o voo de
ultraleve, que sobrevoa várias praias, coqueiros e lagoas de um
azul límpido e cristalino.
TAMBABA
A praia de Tambaba, situada a 29km de João Pessoa, na Paraí-
ba, é internacionalmente conhecida pela prática do naturismo.
Ali há um famoso banho de argila, considerado rejuvenescedor,
e áreas distintas reservadas para famílias e pessoas desacom-
panhadas. O cenário é ideal para aproveitar o naturismo junto
aos peixes, corais, águas mornas, piscinas naturais, grutas,
coroas de recifes, mitos e lendas. Uma simbiose entre homem
e Natureza que vale a pena conhecer.
RIO DE JANEIRO
ANGRA DOS REIS
Do Rei do Futebol aos súbditos nos campinhos
de várzea, as maravilhosas paisagens de Angra
dos Reis são impressionantes. São 365 ilhas e 2
mil praias repletas de belezas naturais, lendas
e badalação. A cidade está localizada entre os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, na cha-
mada Costa Verde Fluminense, a cerca de 133
km da capital carioca. A maior de todas as suas
ilhas chama-se Ilha Grande, cuja baía é uma
excelente opção para a prática do mergulho.
Além disso, possui enseadas, picos, lagoas,
cachoeiras, planícies e montanhas que fazem a
alegria dos apaixonados por desportos radicais.
E não se esqueça do passeio de barco pelo
litoral, que vai coroar de encanto a sua visita.
BÚZIOS
Quando a actriz francesa Brigitte Bardot visitou
Búzios, nos anos 60, o turismo da cidade mar-
cou um golo. Desde então, o lugar ficou famo-
so no mundo inteiro, oferecendo aos visitantes
roteiros históricos, culturais e ecoturísticos,
além de uma badalada vida noturna. No mês
de Julho, é realizado na cidade o Búzios Jazz
e Blues, importante evento que apresenta as
tendências musicais desses géneros. Reconhe-
cidamente um dos destinos mais sofisticados
do Brasil, Búzios encanta a todos com sua
beleza e elegância. E fica bem pertinho do Rio
de Janeiro: apenas 176 km.
PARATI
Os moradores e turistas que visitam Parati
vestem a camisa para preservar a sua tradição
histórica. Afinal, a cidade ainda mantém ca-
racterísticas dos séculos passados, quando foi
SANTOS
Santos ficou mundialmente famosa por ser a cida-
de de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os
tempos. Hoje é a maior cidade do litoral paulista,
com óptima estrutura de comércio e serviços. Ali
fica o maior jardim do mundo: 5,3 km na orla, com
uma ciclovia em toda a sua extensão. As praias de
Santos também são muito frequentadas, com op-
ções variadas para desportos radicais ou passeios
com a família. Não deixe de visitar a história do
Santos Futebol Clube no Estádio Urbano Caldeira,
onde as glórias do clube estão exibidas na Sala de
Troféus, com mais de 500 peças conquistadas em
várias modalidades.
UBATUBA
Um dos melhores lugares do Brasil para a prática
de mergulho, surf e desportos náuticos, Ubatuba
tem praias para todos os públicos. Desde as ondas
fortes de Itamambuca até as águas calmas do Láza-
ro. E, para quem procura movimento, o melhor
é a Praia Grande ou os passeios de escuna até a
Ilha Anchieta. O aquário de Ubatuba é imperdí-
vel, oferecendo aos visitantes a oportunidade de
conhecer o mundo marinho com 12 tanques de
água salgada, um deles com 80 mil litros – um dos
maiores do País.
CAMPOS DO JORDÃO
A altura e o clima não fazem de Campos do Jordão,
a 173 km de São Paulo, o lugar ideal para um jogo
de futebol. São 1.700 metros de altitude, com
temperaturas que costumam chegar a -5oC, no
Inverno. Mas é um óptimo local para o turismo e
reconhecida estância climática, chamada de Suíça
Brasileira. A requintada gastronomia conquista,
com os famosos doces e compotas caseiras de
fazer água na boca. A água mineral da cidade vem
de fontes puríssimas e as malharias da região são
reconhecidas pela sua qualidade e preço baixo.
Visite o camião Portugal em Forma, que até 15 de Julho irá percorrer o país de norte a sul.
“Prestamos um serviço
de comunicação integrado”
A internacionalização da Cunha Vaz & Associados surgiu da
necessidade de dar apoio a clientes portugueses que pretendam
uma estratégia de comunicação global. Actualmente a CV&A
é uma consultora que disponibiliza um serviço de comunicação
integrado e com uma visão global. Depois de Angola e
Moçambique é a vez de explorar o mercado brasileiro.
A CV&A pretende oferecer aos seus desporto, não queremos deixar de fora os grandes eventos que o Brasil
vai protagonizar nesta área nos próximos anos.
clientes portugueses uma estratégia de Num período tão favorável para o Brasil, faz ainda parte da estratégia de
crescimento da Cunha Vaz Brasil poder ser uma ponte das empresas
comunicação global. brasileiras para a Europa e para Angola. Com a aposta no mercado bra-
sileiro, a Cunha Vaz & Associados dá mais um passo na consolidação
da sua estratégia de expansão nos mercados lusófonos.
perfil
LICENCIADO em Gestão de Mar- gressado depois à Comunicação Em Outubro deste ano foi assu-
keting pelo Instituto Português e exercido funções de director de mir o cargo de Administrador
de Administração de Marketing, contas da Inforfi. Integra a equi- Executivo da CV&A Brasil, no es-
David Seromenho iniciou a sua pa da Cunha Vaz & Associados critório de São Paulo, mantendo-
carreira na área da Comunicação desde a criação desta consultora, -se administrador não executivo
na consultora Weber Shandwick. assumindo as funções de Admi- da CV&A em Portugal.
Mais tarde, trabalhou como nistrador em 2005.
responsável de Marketing na Hobbies: Viajar, praia, cinema,
área das Novas Tecnologias na jantar fora e conviver com os
empresa Cronológica, tendo re- amigos.
35 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
ANGOLA DA NOITE
PARA O DIA
O
contraste não podia ser maior: há trinta e cinco anos, como provam os índices de todas as organizações internacionais, que
Angola tinha encerrado um ciclo de violência, mas apontam Angola como campeã do crescimento económico em África e
preparava-se para enfrentar outro ainda. Há trinta e no pelotão das economias que mais depressa crescem a nível mundial.
cinco anos, a guerra era a realidade da década anterior O passado não se apaga com um passe de mágica e o preço que An-
e anunciava-se como a realidade dos anos seguintes. gola teve e tem ainda que pagar pelas décadas de conflito que assolaram
Há trinta e cinco anos, tinha para trás um passado colonial e tinha pela o seu território é terrível, em sofrimento humano, antes de mais, mas
frente uma perspectiva de agressão e desestabilização a partir do es- também em infra-estruturas destruídas, em oportunidades que foram
trangeiro, que só se desvaneceria a partir do fim do regime do apar- perdidas e em recursos que ficaram desaproveitados. Quem hoje visita
theid. Hoje, Angola é, definitivamente, um país em paz, um país com Angola e, em particular, a sua capital, não pode deixar de ficar impres-
Instituições sólidas, um país que virou de vez a página da violência e sionado com a velocidade vertiginosa a que estão a ser construídos os
pode consagrar-se finalmente às tarefas do desenvolvimento económi- alicerces do desenvolvimento e rasgadas as avenidas do futuro; mas é
co e do desenvolvimento humano – e que com inegável sucesso o faz, preciso não esquecer que o enorme esforço que está a ser feito assenta
REBRANDING
BPA MUDA
PARA ATLANTICO
ATLANTICO é, desde Setembro, a nova marca do Banco Privado do
Atlântico (BPA). A marca representa não apenas aquilo que o banco já
é, mas aquilo que ambiciona ser. Não só pretende ser o melhor banco de
investimento de Angola, no Mundo, mas ser também, no Mundo, o banco
de investimento que melhor conhece Angola.
O
Banco Privado do Atlântico (BPA) apresentou no dia 14 financeira introduzida em Angola, do crescimento do próprio BPA e do
de Setembro a sua nova marca: ATLANTICO. O banco, facto do banco ter atingido uma dimensão e uma solidez que ultrapas-
que iniciou a sua actividade a 15 de Novembro de 2006, sou as melhores expectativas. “A marca ATLANTICO representa com
conta na sua estrutura accionista com a participação do rigor os valores e a cultura da nossa casa bancária. Uma marca não é um
Grupo Sonangol, da sociedade de gestão de activos Glo- logótipo. Mas um bom logótipo é uma síntese da identidade da marca
balPactum, do Millennium bcp Angola e ainda de quadros angolanos do e muitas vezes a primeira imagem que se tem da marca. Procurámos
sector financeiro. Quatro anos depois do início da sua actividade e de- criar uma imagem, um logótipo, que reflectisse bem aquilo que é ser
pois de se ter afirmado como uma das principais instituições bancárias ATLANTICO. E ser ATLANTICO é ser Phi”, explica Telma Pedro Go-
angolanas, o BPA passa agora a operar sob a nova designação ATLAN- mes, directora de marca e comunicação do BPA.
TICO, para reforçar a sua presença em Angola e no Mundo, através de “O compromisso do BPA passa por estar atento às várias geografias
uma marca que corporiza a sua cultura bancária, a sua dimensão e o seu para onde prevê expandir-se e tendo como objectivo gerar valor estraté-
crescimento. gico para Angola”, referiu o presidente da instituição, Carlos José Silva,
O ‘rebranding’ do BPA implicou também um novo logótipo, com ao jornal angolano “O País”, no decurso da cerimónia da apresentação
o formato que simboliza a letra do alfabeto grego Phi, acompanhado da nova marca. “Uma nova marca que significa tudo isso: os nossos va-
pela assinatura “Valores com Futuro”. A criação da marca ATLANTICO lores, a nossa atitude e nossa presença no mercado”, adiantou.
é uma resposta aos desafios que decorreram da nova cultura bancária e O objectivo do presidente é levar o BPA a assumir-se, em 2010, como
A marca representa
não apenas aquilo
que o banco já é,
mas aquilo que
ambiciona ser.
“o melhor banco de investimento em Angola”, com base nos cinco factores América. Um terceiro eixo estratégico será a criação de plataformas de par-
críticos de sucesso que norteiam a instituição. Antes de mais, o reforço das cerias, envolvendo o investimento de parte dos resultados em áreas como a
soluções de banco de investimento, para responder aos desafios de projec- produção de energia eléctrica, a requalificação urbana, a indústria transfor-
tos estruturantes. Em segundo lugar, o BPA pretende adquirir, até 2011, um madora e as infra-estruturas. O quarto factor crítico é a aposta nas pessoas,
posicionamento múltiplo no plano geográfico, o que implica a cobertura de “alinhadas numa cultura comum, já que nenhum plano estratégico pode
todo o território angolano e a aceleração do processo de expansão interna- ser levado a cabo sem elas”, explica o presidente do banco. E, finalmente, o
cional iniciado, em 2009, com a presença em Portugal, a que se seguirão desenvolvimento da plataforma tecnológica, à qual a instituição tem conce-
o Brasil, a China, outros países africanos e, até 2013, os Estados Unidos da dido grande relevância com a criação de uma sociedade especializada.
N
Fundador e Chairman da Realizar ascido em 1969, em Santo Tirso, Paulo de Sousa Perei-
ra desde cedo se entregou às artes. Passou pela dança,
Worldwide Events, Paulo de Sousa Clássica e Jazz, mas foi em Arquitectura que se licen-
ciou. A Psicologia foi a próxima paixão. Especializou-
Pereira é um criador de emoções. se em Psicologia do Trabalho, Psicologia Económica e
Psicologia do Consumo e, mais tarde, desenvolveu e defendeu a tese de
Os seus eventos marcam a memória doutoramento “Criatividade e Emoções”.
de milhões de pessoas em todo o Com experiência comprovada em áreas como Marketing, Publici-
dade, Imagem, Produção, Realização e Guionismo, une a criatividade
mundo. ao conhecimento profundo das emoções para criar experiências verda-
deiramente memoráveis.
Em 1996 fundou a Realizar, ao mesmo tempo que estudava e des-
brava novos caminhos. Actualmente, a empresa integra o top 5 mun-
dial na área dos eventos de grande impacto. A idealização dos conceitos
a realizar integra “Novas Sete Maravilhas do Mundo” em Portugal, “Sete Maravilhas de
o top 5 mundial Portugal” e “Sete Maravilhas Naturais de Portugal” e, em parceria com
na área dos
a Cunha Vaz & Associados, a organização das cerimónias de abertura
eventos de grande
impactos e encerramento do CAN 2010 (Angola) contam-se entre as suas mais
recentes conquistas.
A Realizar Worldwide Events detém cerca de 20 recordes no Guin-
ness, o que, possivelmente, faz dela a empresa com o maior número
de recordes atribuídos e dos seus eventos os que conquistam as maio-
res audiências em todo o mundo. A empresa, tal como a mente que a
move, alimenta-se de sonhos e dedica-se a torná-los realidade.
CM
MY
CY
CMY
INAUGURAÇÃO
MOTA-ENGIL REFORÇA
ACTIVIDADE EM ANGOLA
A
A inauguração de uma fábrica de par destes nichos de negócios, a empresa liderada por
António Mota e Jorge Coelho - que está presente em 17
barro vermelho, com produção de países de três continentes e tem um volume de negócios
global de 2,13 mil milhões de euros - está a investir no
dois milhões de tijolos/mês, é apenas ambiente e nas áreas das energias renováveis. O grupo
está a sair da solução convencional da construção civil e de infra-estru-
o primeiro projecto no segmento de turas, onde começou há 60 anos, para entrar em novas áreas, menos
expostas a problemas conjunturais e cíclicos.
materiais de construção da Mota- O fornecimento de materiais para a construção civil tornou-se um
-Engil Angola. desafio para o grupo Mota-Engil Angola. Num país onde está quase
tudo por fazer, a estratégia desta nova empresa, que resultou da inte-
gração dos activos no país detidos pela casa-mãe, passa não apenas por
LOGÍSTICA
TRANSPORTE RODOVIÁRIO:
UM SECTOR ESTRATÉGICO
Cerca de 80% das mercadorias em Portugal são movimentadas por modo
rodoviário. A importância do sector é tão grande, que se todos os camiões
parassem, a economia entraria em colapso em poucos dias.
O
s camiões são um elo fundamental da cadeia de logísti- solina e as centrais de energia a biodiesel ou carvão seriam forçadas a parar
ca. Todos os produtos são, em determinado momento do por falta de combustível. O mesmo aconteceria com as obras, os transportes
seu processo de movimentação, transportados por um públicos, as escolas e os escritórios de empresas.
camião. Mas o que nos aconteceria se este meio de trans- Com o decorrer dos dias, as falhas nos abastecimentos de alguns produ-
portes desaparecesse? tos domésticos começariam a notar-se. Nos hospitais, o caos instalar-se-ia,
Para ter uma resposta concreta, a Association of Road Haulage Com- por falta de produtos alimentares, fármacos e outros fornecimento, e equi-
panies, que congrega as empresas de transportes rodoviários da Suécia, pamentos médicos. As estações de tratamento de águas e esgotos, muito
fez um estudo em quatro regiões do país, sobre o que aconteceria se, de dependentes de certos produtos químicos, teriam também de parar. O lixo
repente e sem aviso prévio, todos os camiões parassem. Naquele país es- começaria a acumular-se nas ruas.
candinavo, cerca de 406 milhões de toneladas de mercadorias são movi- A crise alastrar-se-ia às lojas, às farmácias, aos armazéns, às oficinas de
mentadas todos os anos e, desse total, 353 milhões através de transportes automóveis, todos eles afectados pela interrupção dos fornecimentos. Os
rodoviários. Dos produtos transportados por camião, a maioria (91%) co- restaurantes, sem legumes e sem outros produtos da horta frescos, e sem
bre distâncias abaixo das 30 milhas, revelando que o transporte rodoviário abastecimentos de carne e peixe, teriam de encerrar as portas.
está presente, mesmo quando nas longas distâncias se recorre a outros
meios de transporte, como o ferroviário, o marítimo ou o aéreo. Transporte rodoviário impera em Portugal
Com a paralisação dos camiões, ao fim de apenas um dia, toda a distri- Em Portugal, a situação não seria muito diferente. Cerca de 80% das mer-
buição de produtos frescos começaria a faltar. Os jornais não chegariam cadorias movimentadas no País recorrem ao transporte rodoviário e nove
aos quiosques e a capacidade de distribuição do correio e de embalagens em cada dez veículos que transitam pelas estradas nacionais transportam
ficaria limitada às pequenas distâncias, dentro dos perímetros urbanos, que mercadorias. A crise de 2008 inverteu a tendência continuada de cres-
pudessem ser cobertas de bicicleta, de moto ou pelos pequenos furgões co- cimento do transporte de mercadorias, com o modo rodoviário a acusar
merciais. Na indústria, começariam a faltar os fornecimentos de matérias- quebras superiores a 10% neste dois últimos anos. Mas mesmo com esta
primas e componentes. As bombas de gasolina esgotariam o diesel e a ga- baixa, é o transporte por via rodoviária que continua a liderar.
Sam Mahtani
Director da área de Acções
de Mercados Emergentes da F&C
A OPORTUNIDADE INDIANA
A
Índia continua a ser uma das regiões da Ásia que mais se possa esperar o anúncio de uma subida de 0,25% aquando da próxima
beneficia de uma forte Procura Interna. Pela primeira vez reunião do Banco Central, seguida de uma pausa, uma vez que a inflação
em vários anos, as perspectivas para os três segmentos tende a baixar, e a situação da economia externa está a deteriorar-se.
chave da economia – serviços, agricultura e indústria – são Num cenário de incerteza em relação às condições macroeconómicas
positivas. O consumo privado é forte, tanto nas zonas rurais como nas globais, mantemos a nossa convicção positiva em relação às acções
zonas urbanas, o que pode não se ter reflectido ainda nos dados oficiais de empresas indianas de maior dimensão e elevada qualidade, com
conhecidos. balanços robustos e um enfoque na produção de retorno para os
No entanto, o importante é questionarmo- accionistas. Como exemplos, podemos apontar,
-nos sobre se um crescimento sustentável no sector automóvel, a Bajaj Auto e a TVS Motor
mais elevado do Produto Interno Bruto (PIB) Co., que beneficiaram da forte procura dos seus
será possível na Índia? A visão consensual dos veículos de duas rodas. No sector financeiro, as
analistas aponta para um crescimento do PIB perspectivas são bastante positivas para o Axis
em torno dos 8,4%, este ano, e de 8,0% a 8,5%, Bank, cujas acções atingiram o pico máximo dos
no próximo. A partir de 2013 estima-se que o últimos 12 meses no passado mês de Agosto,
PIB atinja taxas de crescimento situadas entre
os 9,0% e os 10,0%. Ao longo do ano passado,
Um conjunto de dadas as suas perspectivas de expansão do banco
a nível global. A Bajaj FinServ também registou
o mercado indiano de acções passou a reflectir
melhores avaliações, em resultado destas
factores fazem uma valorização significativa, decorrente da
melhoria das avaliações para o sector segurador.
expectativas de crescimento.
A estabilidade política poderá ser propícia
da Índia uma Por seu lado, a farmacêutica Lupin Laboratories
beneficiou do lançamento de novos produtos no
a mais reformas. O Partido do Congresso
conseguiu manter a solidez da coligação
excelente aposta mercado Norte-americano.
A recuperação em curso na Índia é bastante
governamental durante o ano passado e as
próximas eleições decorrerão daqui a cerca de
de investimento. abrangente e poderá até intensificar-se, com
a subida do investimento das empresas e a
um ano, o que dará tempo ao actual governo recuperação do sector agrícola. Acreditamos
para implementar algumas reformas. que o pico da inflação está prestes a ser atingido e que, por outro
A política de fixação de taxas de juro de referência poderá surpreender, lado, a Índia beneficiará amplamente dos preços baixos das matérias-
com subidas relativamente inesperadas. O Reserve Bank da Índia realizou primas. A procura doméstica mantém-se robusta, prevendo-se que
um excelente trabalho em termos da gestão de expectativas, tendo suporte a economia caso a procura externa enfraqueça. As valorizações,
sido claro quanto à necessidade de alterar a política monetária actual, actualmente justas, serão suportadas pelo forte crescimento dos
excepcionalmente expansiva. As taxas subiram 1,0% no actual ciclo, resultados. Na nossa opinião, este conjunto de factores fazem da Índia
contando-se com mais uma subida de 0,5%, embora, em nossa opinião, uma excelente aposta de investimento.
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Perfil
CARLOS COSTA
DO PORTO PARA
O BANCO DE PORTUGAL,
COM A EUROPA PELO MEIO
C
om uma sólida experiência no sector bancário e um ministrador da Caixa Geral de Depósitos, presidente do Conselho de
notável currículo nas Instituições europeias, Carlos Administração da Caixa Geral de Aposentações, presidente do Con-
Costa surgiu como o candidato natural para o cargo selho de Administração do Banco Nacional Ultramarino (Macau) e
de Governador do banco central do Banco Caixa Geral (Espanha), em 2005, foi
português – que, com o advento também membro do Conselho de Administra-
da moeda única europeia, perdeu algumas das ção da Unibanco Holdings (Brasil).
suas funções tradicionais, para constituir hoje No plano europeu, foi administrador da
um elemento do Eurosistema, responsável pela “Euro Banking Association”, entre 2001 e
gestão da política monetária da zona euro. 2003. Mais tarde, desempenhou igualmente
Natural do Porto, onde nasceu em 1949, a
sua alma mater é a Faculdade de Economia da
Com um percurso funções consultivas junto do Comité de Regu-
lação do Mercado Europeu de Títulos Financei-
Universidade desta cidade, onde foi assistente
entre 1973 e 1986. Mais recentemente, porém,
notável, Carlos ros (CESR) e, sobretudo, foi vice-presidente do
Banco Europeu de Investimento, entre Outu-
foi docente do Curso de Pós-Graduação em
Estudos Europeus do Centro de Estudos Euro-
Costa foi nomeado bro de 2006 e Maio de 2010, responsável pela
sua direcção financeira e pelas operações de
peus da Universidade Católica do Porto (entre
1986 e 2000), sendo actualmente professor ca-
Governador do crédito para investimento em Portugal e Espa-
nha, na Bélgica, no Luxemburgo, na América
tedrático convidado das Universidades de Avei-
ro e Católica do Porto e presidente do Conselho
Banco de Portugal Latina e na Ásia.
O currículo europeu de Carlos Costa com-
Consultivo da Faculdade de Economia desta
última universidade.
sem qualquer preende ainda o exercício das funções de coor-
denador dos Assuntos Económicos e Financei-
Quadro do extinto Banco Português do
Atlântico desde 1978, dirigiu o Centro de Es-
oposição. ros na Representação Permanente de Portugal
junto da União Europeia (REPER) entre 1986 e
tudos de Economia Portuguesa daquela Insti- 1992 – período durante o qual foi igualmente
tuição bancária, entre 1981 e 1985. A título pes- membro do Comité de Política Económica da
soal, Carlos Costa fez também parte, de 1988 a 1992, do Conselho União – bem como de chefe de Gabinete do membro da Comissão
Superior para a Reforma do Sistema Financeiro, cujo “Livro Branco Europeia de nacionalidade portuguesa (no caso, João de Deus Pinhei-
sobre o Sistema Financeiro” serviu de base à reforma global do quadro ro) entre 1993 e 1999.
legislativo do sistema financeiro português. Um percurso notável, em Portugal e no palco europeu, na banca
Ainda no sector bancário, foi director-geral do Millennium bcp, e nas instâncias decisórias da política económica e financeira, que foi
responsável, entre 2000 e 2004, pelas suas direcções Internacional agora consagrado com uma nomeação que, compreensivelmente, não
e de Custódia Internacional; de 2004 a 2006, Carlos Costa foi ad- encontrou oposição.
A SAÚDE JÁ É
UM NEGÓCIO
REPUTACIONAL
GANHADOR
O
negócio da saúde é reputacional, afirma Maldonado Go-
maldonado gonelha, presidente
nelha, presidente da HPP Saúde, o braço operacional da
da hpp saúde
Caixa Geral de Depósitos para a área da saúde. O antigo
ministro do Trabalho confirma que é o ambiente criado à
volta do serviço que atrai as pessoas e, por isso, as unida-
des da HPP Saúde estão a crescer muito depressa. O volume de negócios
vai superar os 160 milhões de euros este ano e haverá mais oferta, como é
o caso do Hospital da Boavista, com o novo serviço na área da ginecologia
e obstetrícia, de Viseu e do Algarve. Nesta região, o turismo de saúde com
estrangeiros já representa 10% da facturação da unidade hospitalar. Os
PALOP´s estarão naturalmente na rota da internacionalização da HPP,
que poderá actuar como ‘experts’ do sector.
a desenvolver-se progressivamente um mercado bem definido para cada pelas duas clínicas ortopédicas que as companhias de seguros que es-
um dos sectores. tavam na Caixa, Fidelidade e Mundial Confiança tinham. Os clientes
eram, essencialmente, acidentes de trabalho e acidentes de automóvel.
Significa que a indústria irá desenvolver-se em termos genéricos ou a ten- Desenvolveu-se ainda nessa época, os seguros de saúde e também aí ti-
tar ir buscar outro tipo de negócio, nichos? vemos um crescimento. Os seguros de saúde foram criados nos finais
Depende das estratégias de cada um dos grupos. Nós estamos a enrique- dos anos 90, e hoje temos cerca de 2,2 milhões de pessoas abrangidas
cer a nossa capacidade de oferta interna, por exemplo, no Porto, estamos a pelos seguros de saúde. Isso criou uma procura. Por outro lado, tam-
criar um novo serviço materno-infantil com forte aposta na área de obste- bém havia particulares que não usavam SNS e que iam a Espanha,
trícia e ginecologia – e estamos a estudar a hipótese para ter hemodiálise França ou Reino Unido. E, à medida que a oferta se tornou qualificada
nos Lusíadas e no Boavista. Mas também estamos apostados no turismo aqui, passaram a procurar os hospitais nacionais. Na HPP Saúde, e
de saúde. no fecho do mês de Agosto, temos 24% do volume de negócios con-
solidado do ano com origem nos particulares, a que acresce 18,2% da
Em termos globais que volume de negócios envolve o sector da saúde pri- facturação com origem nos seguros de saúde. Os acidentes de trabalho
vada em Portugal? são 22,1%, os acidentes de automóvel são 1,1% e os acidentes pessoais
A hospitalização privada cerca de 1.000 milhões. 0,7%. Na componente facturação os subsistemas significam 10%. E
O nome HPP Saúde tem-se revelado importante no crescimento? Nos exames de imagiologia tivemos 109 mil, e passamos a 250 mil, enquanto
Com efeito, este negócio tem algumas características muito específicas, nos atendimentos urgentes passamos de 59 mil para 196 mil. Nos interna-
pois é um negócio reputacional, não é um negócio de publicidade. Não mentos passamos de 42.500 para 148.700, cirurgias de 12.200 para 18.600,
é por se fazer uma grande campanha de publicidade que se obtém mais enquanto nos partos de 130 para 1.600. Em Agosto deste ano os partos já
ou menos clientes. Funciona pela reputação que temos junto das pessoas, tinham subido para 1.778, mais do que o registo de todo o ano de 2009. Ainda
a partir do “boca a boca”, ou dos médicos que se tem, ou das tecnologias em Agosto, as cirurgias já vão nas 14.313, os internamentos estão nos 105.600,
que se usam, ou as formas como se é atendido. É todo o ambiente criado os atendimentos urgentes 160.600, as consultas de imagiologia vão nas 203
à volta do serviço que atrai as pessoas. E o nível reputacional das unidades mil, enquanto as consultas vão nas 335 mil.
da HPP Saúde tem vindo a subir muito rapidamente. O ano de 2009 correu bem e 2010 está, também, a correr bastante
bem. Em termos de volume de negócios fizemos 144 milhões de euros no
Na prática qual a importância de ser um dos principais ‘players’ desta in- ano passado, para Agosto já estamos nos 106,5 milhões de euros e pers-
dústria no país? pectivo para 2010, uma facturação entre os 162 e os 165 milhões de euros.
Dá-nos uma responsabilidade muito grande. Este é um negócio em que
tem de se ter como accionistas, entidades que tenham uma sólida estru- Que novos projectos poderão ser lançados pelos HPP Saúde no médio e
tura financeira e nós temos o melhor desses accionistas. Por outro lado, é longo prazo?
preciso que o accionista seja de reputação conseguida e isso é indiscutível Em termos de hospitais temos previsto mais dois: o novo hospital do Al-
com o grupo Caixa. garve e um novo hospital em Viseu. A unidade do Algarve é um hospital
Se todos nesta actividade têm de manter um comportamento exemplar, de substituição, na medida em que o nosso hospital do Algarve está satu-
acontece que no nosso caso há que manter essa reputação por uma maio- rado e precisamos de um espaço novo, com outra dimensão. Já temos o
ria de razões. terreno, que fica num quarteirão inteiro e localiza-se próximo do actual
hospital de Faro. O espaço estava condicionado a equipamentos específi-
expressão lusófona. O nosso trabalho perspectiva-se numa componente importantes, caso dos cruzeiros. Poderíamos dar assistência a partir
de aportar ‘expertize’ na área da gestão clínica e de negócio em projectos dos Lusíadas, enquanto no Porto poderíamos fazer algo semelhante no
com uma forte liderança de médicos e quadros locais, em associação com Boavista. Viseu, por seu lado, é uma região onde não há oferta dentro
investidores e parceiros de negócio. da zona de influência que engloba 550 mil habitantes, com um poder
de compra bom e que apenas podem dispor do hospital público, que
Como está a evoluir o projecto do turismo médico através das unidades está saturado. É um nicho de mercado. Estamos a trabalhar com o gru-
do Algarve? Quem é o ‘target’? Como é que o modelo é promovido exter- po Visabeira, que constrói a infra-estrutura e fará manutenção e nós
namente? faremos a gestão clínica. Criámos uma sociedade para gerir este activos
Já começamos a desenvolver aquilo a que chamamos a resposta no turismo em que os HPP têm, 65% e a Visabeira o restante.
da saúde. Neste momento ainda não fazemos turismo de saúde, estamos a
prestar serviços para os turistas. Entretanto, o que fizemos foram acordos Para quando se prevê o arranque do hospital de Viseu?
com companhias de seguros internacionais para que os seus segurados que O projecto foi aprovado na Câmara, e em termos construtivos tem a “gaio-
vêm passar férias ao Algarve e fazem seguros de saúde. Nestes casos, pro- la” feita e está a ser dividido. Estamos na fase de preparação dos concursos
pomos dar a resposta em termos de eventuais necessidades ao nível dos para o equipamento. Ficará com 50 camas e com todas as valências.
cuidados de saúde. Por outro lado, estamos com atenção aqueles países que
têm serviços nacionais de saúde, com legislação interna que permite aos Qual o volume de investimento nas várias unidades?
doentes escolherem outras unidades, mesmo no estrangeiro, quando a de- Nos investimentos feitos até agora, 110 milhões foi em infra-estruturas e
mora média de um dado atendimento é superior a um dado prazo. 65 milhões de euros em equipamento. No caso de Viseu a infra-estrutura
Estamos a caminhar e a aprender com o objectivo de podermos vir andará pelos 25 milhões de euros, o mesmo acontece no Algarve, a que
a prestar serviços de saúde a, por exemplo, clientes de países nórdicos. acrescem entre oito e 10 milhões de euros de equipamento, podendo ser
É preciso ver que os clientes internacionais já representam 1,3% do vo- superior se o equipamento tiver que responder a outras necessidades em
lume de negócios consolidado, com quase 900 mil euros, depois de no função de alterações ao perfil assistencial que estamos a discutir.
ano anterior ter sido ligeiramente superior. A diferença é explicada pela
quebra do turismo. Que obras estão a fazer nos Lusíadas?
Os Lusíadas estão cheios e, por isso, estamos a rearranjar alguns serviços,
É previsível que o turismo de saúde assuma uma preponderância maior para ampliar outros, nomeadamente com uma nova ala nova de pediatria,
nos negócios do grupo? porque foi uma área que cresceu muito.
INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
O VALOR DO MEDICAMENTO
A
Saúde, dado o seu valor inestimável e o seu impacto ção na Saúde e dos medicamentos reflectiu-se no aumento da esperan-
socio-económico, é uma área de extrema relevância para ça média de vida e no consequente envelhecimento da população. Com
o desenvolvimento de um país. Nos últimos 30 anos, os o desenvolvimento da Saúde, aumentaram as despesas nesta área, que
medicamentos contribuíram para uma evolução signi- no entanto devem ser entendidas como um investimento a longo pra-
ficativa da medicina, prevenindo, tratando e travando o zo, e não como um custo no imediato.
desenvolvimento de doenças. A relação entre crescimento económico e Saúde reforça a impor-
A contínua inovação em novos medicamentos permite um trata- tância desta área e a necessidade de se continuar a investir nela.
mento mais eficaz, eficiente e personalizado das doenças. Esta evolu- O valor do medicamento reflecte-se em três vertentes: No doente,
“Os recursos
O antipiléptico de investigação do sidente fazer da farmacêutica uma
Grupo Bial iniciava no início do ano empresa de cariz verdadeiramente
a sua comercialização em Portugal, europeu, bem como conquistar
depois de já estar à venda nas far-
mácias da Alemanha, Reino Unido,
lugar de destaque no ‘ranking’
nacional! humanos são a
base do sucesso”
Q
luís portela,
presidente da bial uem o afirma é José Redondo, administrador e di-
portugal rector-geral da Bial Portugal que, em entrevista à
Prémio, não deixa contudo de reconhecer as dificul-
dades por que passou a farmacêutica até chegar ao patamar
actual. “Porque não há tradição de investigação na indústria
farmacêutica nacional - e mesmo no país -, e por todas as
especificidades que caracterizam a inovação na área farma-
cêutica”, explica, referindo em particular “os investimentos
necessários, a duração de todo o processo, desde que o novo
composto é sintetizado até que chega às farmácias, e conse-
quente risco envolvido”. No entanto, José Redondeo não tem
qualquer dúvida que este foi, também, um percurso essencial
para dar à Bial “uma outra dimensão e autonomia estratégica”.
Há ainda um percurso muito grande para nos sível confirmar o seu lançamen-
to nessa data.
DISTINÇÃO
PRÉMIO GULBENKIAN
DE CIÊNCIA DISTINGUE
JURISTA
Chama-se Miguel Poiares
Maduro e é a primeira vez que
um jurista é distinguido com o
Prémio Gulbenkian de Ciência.
É o reconhecimento da sua
carreira internacional à frente de
projectos como o “LL.M. LAW in a
European and Global Context” ou o
desempenho na função de advogado
geral do Tribunal de Justiça das
Comunidades Europeias.
Por Susana Baptista Dias
O
que mais o fascina na área onde trabalha é a possibili-
dade de fazer a diferença de forma continuada. Uma
característica bem patente, de resto, na forma como
gere os destinos da EGP - University of Porto Busi-
ness School, trazendo iniciativas, implementando
projectos, destacando a escola no xadrez actual do mercado! Porque,
como diz Nuno de Sousa Pereira, “a Economia e a Gestão ensinam-
-nos a tirar o máximo rendimento dos escassos recursos de que dispo-
mos, criando valor. E todos podemos e devemos sair beneficiados por
uma correcta aplicação de recursos”!
escolhas
influenciada por uma percepção ténue do que não é pessoa mais apropriada para fazer parte
está por detrás de cada opção de carreira. Na al- de um determinado projecto”.
tura em que tomei a decisão, a Economia Portu- Depois de ter passado por um conjunto já
guesa passava por transformações importantes, alargado de funções – algumas das quais tendo
o que tornava a ligação ao mundo das empresas Livro surgido “de forma inesperada” enquanto outras
particularmente estimulante”, recorda hoje. Se considero “Os Maias” como o mais “resultaram de processos planeados” - a única
A verdade é que jamais equacionaria o pas- relevante clássico da literatura portuguesa certeza que Nuno de Sousa Pereira diz ter, no
so dado. E o seu percurso bem o testemunha: e aquele que mais me fascina, refiro um momento, é um projecto que o “motivará por
os primeiros estudos são iniciados num Colé- pequeno livro de José Saramago, “O conto vários anos e que merecerá todo o empenho e
gio Salesiano, espaço que, segundo reconhece, da ilha desconhecida”, como um dos dedicação”. Projecto esse, a EGP-UPBS, onde as
lhe começa a incutir valores ainda hoje funda- que mais me fascinou pela forma como diferentes equipas “procuram ajudar as empre-
mentais no dia-a-dia; chega à Faculdade de Eco- descreve a importância dos sonhos nas sas a ter um correcto planeamento estratégico”
nomia do Porto onde, como diz, tem acesso a nossas vidas. e os alunos recebem “não só competências téc-
uma formação académica de excelência; depois, nicas e comportamentais, mas também princí-
avança para o primeiro emprego que acontece Disco pios e valores éticos”, segundo bem faz questão
no sector financeiro. “Permitiu-me conhecer Kind of Blue by Miles Davis de explicar.
melhor as empresas portuguesas, ao mesmo Activo e criativo quanto baste, Nuno Pereira
tempo que tive a flexibilidade por parte da en- Filme reconhece à vida “o dom de nos ir surpreenden-
tidade patronal para manter a minha ligação à Cinema Paradiso e muitos dos filmes do”, pelo que, e no que toca aos seus projectos
Universidade, frequentando o Mestrado e dan- realizados por Clint Eastwood. futuros, estão todos ainda por desenhar num
do aulas”, explica. imenso papel que ainda resiste, a branco!
BORDALLO PINHEIRO
FÉNIX RENASCIDA
Foi já uma grande marca
no sector da cerâmica.
Depois de anos de quebra
nas receitas, a Bordallo
Pinheiro entra para o
Grupo Visabeira no início
de 2009. Agora, a aposta
passa pela dinamização do
‘brand’ e pela conquista de
novos mercados.
Diz-se que terá sido a sua permanente aí levava e inscrever-se no Curso Superior Promotora.
inquietação criativa que o terá levado de Letras, continuando a desenvolver a Em 1884, Bordallo funda a sua fábri-
a explorar diversos caminhos antes de sua actividade gráfica e mantendo o seu ca, tendo como objectivo “explorar a
afirmar o seu talento como ceramista. trabalho na Câmara dos Pares. indústria cerâmica no ramo especial
Ainda jovem, Rafael Bordallo Pinheiro Em 1868, Rafael apresenta pela primeira das faianças” e propondo-se lançar no
experimenta várias vertentes do teatro, vez os seus desenhos em público, no mercado, além de produtos de cerâmica
entre as quais decoração de sala, ceno- Salão da Sociedade Promotora de Belas ornamental e de revestimento e louça
grafia e representação. Mas não tarda Artes, um espaço que exibia a irreverên- do tipo que se cultivava nas Caldas,
a abandonar as sociedades recreativas cia de jovens talentos ignorados pelo “objectos da mais fina faiança, estam-
para aprofundar os seus conhecimen- conservador Salão da Academia de Belas pados com gravuras originais para usos
tos na Escola Dramática do Conser- Artes. Nestes trabalhos explora um ordinários, e louça ordinária para os usos
vatório de Lisboa. Depois, a verdade é naturalismo pitoresco onde sobressai das classes menos abastadas”.
que a insatisfação perante o panorama uma das principais características da sua Um projecto que seria a soma e o
cultural português o leva a preterir obra: a sátira de costumes. Traço este corolário do seu percurso pessoal e das
o Conservatório em favor da que ganhará uma outra projecção na suas preocupações estéticas e sociais, e
Academia de Belas-Artes de imprensa portuguesa, onde se afirmará o catalisador ideal para a agitação interior
Lisboa, onde se inscreve em como o grande reformador do desenho que define os grandes artistas.
Desenho de Arquitectura satírico, conferindo-lhe uma nova dimen- Com criações múltiplas que vão desde
Civil e Desenho Histórico. são estética e intelectual. Nesse âmbito as loiças utilitárias até aos exemplares de
Também aí não encontrou desenvolve, essencialmente, a narrativa azulejaria e às peças mais artísticas com
a realização que procurava e gráfica, associando texto e imagem com pendor satírico, a colecção de cerâmica
aceita ingressar no mercado do uma ironia jamais igualável. bordaliana reúne características únicas
trabalho, pela mão do seu pai, Antes de se aventurar na Fábrica de sendo mesmo classificadas como patri-
como Amanuense da Secretaria Faianças das Caldas da Rainha, Bordallo mónio artístico e histórico. As figuras do
da Câmara dos Pares. aprende e experimenta na Fábrica de Zé Povinho e da Maria da Paciência, a
Mais tarde, já com alguma estabilidade Sacavém e na Fábrica de Francisco par da Jarra Manuelina, são algumas das
económica e emocional - entretanto Gomes de Avelar, nas Caldas da Rainha. peças incontornáveis que sobressaem do
casado e pai de um filho -, decide cortar Os trabalhos resultantes desses estágios seu portefólio.
radicalmente com a vida boémia que até serão igualmente expostos no salão da
fael Bordallo Pinheiro, espírito inquieto e inovador que encontrou na tra- tenárias técnicas de reprodução dos modelos, articulada com uma postura
dição oleira local o veículo ideal para o seu génio criativo, profundamente inovadora e atenta às exigências contemporâneas.
enraizado no imaginário nacional. Actualmente a fábrica alberga também um espaço museológico, a Casa
O edifício seria erguido num terreno com magníficos recursos natu- Museu São Rafael, que contém um espólio significativo de exemplares
rais, que desde logo permitiria uma obtenção fácil de matéria-prima. Nes- de cerâmica de Rafael e seus seguidores, conhecendo-se, através deste, a
te ambiente inspirador, e reunindo os meios humanos e técnicos necessá- história da empresa.
rios, Bordallo inicia então a produção em série de peças que haveriam de Existe ainda um restaurante, em pleno coração da fábrica, onde se pode
marcar a cultura portuguesa. saborear uma refeição rodeado por exemplares da autoria de Mestre Bordallo.
Na síntese única do seu talento e, mais tarde, na do seu filho Manuel As dimensões patrimonial, museológica e comercial imprimem a todo
Gustavo, público e crítica identificaram diversas correntes estéticas, mas, o empreendimento uma dinâmica turística, envolvendo toda a cadeia de
acima de tudo, um cunho original e diferenciador. valor e contribuindo para cimentar uma imagem de produto manufactu-
A receptividade ao trabalho da fábrica não se faz esperar e as peças são rado com forte conteúdo histórico e cultural.
requisitadas pelos mais diversos clientes, no âmbito público e privado, Para marcar a comemoração dos 125 anos, foram programadas, até
rendidos não apenas à imaginação, vivacidade e humor dos artigos produ- ao passado mês de Junho, várias acções a nível nacional, englobando o
zidos, mas também à revalorização da nossa identidade levada a cabo por lançamento de peças exclusivas alusivas à data e a comercialização de
Bordallo e seus colaboradores. produtos desenvolvidos em parceria com alguns dos mais ilustres artis-
Esta paixão e criatividade conferiram à Fábrica de Faianças das Caldas tas portugueses, entre muitas outras. A acompanhar este processo, foi
da Rainha, hoje denominada Fábrica de Faianças Artísticas Bordallo Pi- ainda dado especial ênfase à aproximação da marca aos consumidores,
nheiro, características únicas, tornando-a responsável por um importan- tendo sido criados novos pontos de venda com a imagem renovada da
tíssimo património artístico e histórico. Uma tradição preservada nas cen- Bordallo Pinheiro.
A PEÇA
Manchas de molho, que se assemelham a estranhas línguas coloridas, escorrem no exterior e interior da saladeira “La Tache”, dando corpo a uma
composição que dialoga com as formas, texturas e cores dos alimentos. Oito representações abstractas, aplicadas e contextualizadas na superfície de
uma saladeira Vista Alegre, podem transformar-se em manchas de diferentes molhos coloridos, ou assumir-se como divertidas linguas que procuram
avidamente as iguarias que a saladeira recebe. Joana Vasconcelos propõe-nos em “La Tache” uma experiência nos limites da impossibilidade tangível;
aquela que habita entre a realidade e a fantasia.
Quem é?
D
epois das peças Vista Alegre assinadas por Eduardo Joana Vasconcelos nasceu em Paris em 1971 e
Nery, Manuel João Vieira e Pedro Calapez, agora é a é considerada uma das mais marcantes artistas
vez de Joana Vasconcelos assinar “La Tache”, uma sa- plásticas da última década no panorama nacional.
ladeira decorada de forma original e divertida. A Vista Actualmente, vive e trabalha em Lisboa.
Alegre, marca que pertence ao Grupo Visabeira, lan- Formada no Ar.Co – Centro de Arte e
çou esta peça numa edição exclusiva, limitada a 500 Comunicação Visual, trabalha, essencialmente,
exemplares e numerada, e com um preço de 380 Euros. Esta é a quar- com a escultura e a instalação. Entre os prémios
ta obra apresentada no âmbito da iniciativa “Artistas Contemporâneos”, recebidos conta com o Prémio EDP Novos
uma acção iniciada em 2008 que prevê a apresentação de duas edições Artistas (2000) e o Prémio “The Winner Takes
anuais, limitadas e numeradas, concebidas por diversos artistas consagra- It All”, atribuído pela Fundação Berardo à obra
dos ligados às artes plásticas e gráficas, nacionais e internacionais. Esta Néctar (2006).
estreita colaboração com os mais reputados criadores contribui para a de-
finição das novas tendências de decoração e para a criação de peças que
ainda hoje são estrelas de alguns leilões de arte e peças raras.
Entre os criadores que têm contribuído para a redefinição do carácter
de exclusividade da marca, em consonância com as correntes estéticas
contemporâneas, contam-se Jesus Del Pozo, Mikaela Dorfel, Júlio Pomar,
Álvaro Siza Vieira, Bartek Mejor, Manuel João Vieira, Pedro Calapez, Sam
Baron, Eduardo Nery e agora Joana Vasconcelos e Oscar Mariné. Estes
e outros nomes são responsáveis por um conjunto valioso de obras que
continuarão a contribuir para a vasta lista de prémios nacionais e interna-
cionais que a marca foi ganhando ao longo da sua história.
O
restauro do Palácio da Bolsa, um dos edifícios histó-
ricos mais visitados do Porto, é um projecto em que
a actual direcção da Associação Comercial do Porto
(ACP), presidida por Rui Moreira, se empenhou di-
desde 2006, um rebocos exteriores das fachadas poente e sul e o restauro dos estuques
e pinturas decorativas do Mestre António Ramalho, que revestem os
investimento total tectos da clarabóia da Escadaria Nobre. Serão ainda abrangidos nesta
fase as infra-estruturas eléctricas e de gás e a finalização do restauro
de euros. Coordenação da Região Norte, que assegurará 70% do valor global das
obras, ficando os restantes 30% a cargo dos fundos próprios da Asso-
ciação Comercial do Porto, proprietária do imóvel onde está instalada
a sua sede.
o restauro do salão árabe envolveu uma equipa de mais de 20 técnicos especializados nas diversas áreas de restauro
é um dos principais desta jóia arquitectónica do séc. XIX. Com uma mistura de estilos ar-
quitectónicos, o edifício apresenta em todo o seu esplendor traços do
Norte. recebe anualmente quase 120 mil visitantes. Autêntica sala de visitas
da Região ali se realiza a maioria das recepções oficiais do Estado no
Norte de Portugal. Pelo Palácio da Bolsa têm passado governantes e
dignatários de quase todos os países do Mundo, tendo sido um dos
edifícios integrados na candidatura do Porto Antigo a Património
Mundial.
público. Desta forma, o Salão Árabe pôde continuar a receber eventos É também um espaço com condições únicas para a realização de
e visitas enquanto as obras minuciosas decorreram. concertos, palestras, apresentações, assembleias-gerais, recepções,
O Salão Árabe foi construído no reinado de D.Maria II e demorou congressos, incentivos, conferências, mostras comerciais, leilões, expo-
18 anos a ser concluído. A escolha recaiu sobre o ostensivo estilo árabe, sições da mais variada índole, passagens de modelos e outros eventos.
com ornamentação em folha de ouro, inscrições árabes e portadas pin- Nesta qualidade, o Palácio da Bolsa foi um dos fundadores dos His-
tadas à mão, para que a burguesia portuense do século XIX demons- toric Conference Centres of Europe, rede que reúne, a nível europeu,
trasse aos visitantes oficiais o poderio económico e político da classe. Palácios, Monumentos ou Edifícios Históricos, que funcionam como
Centros de Conferências.
A sala de visitas do Norte O Salão Árabe é a mais emblemática de todas as salas do palácio
A construção do Palácio da Bolsa iniciou-se em Outubro de 1842, por devido, como o nome indica, aos estuques do século XIX legendados
iniciativa da Associação Comercial do Porto. O encerramento da Casa a ouro com caracteres arábicos que preenchem as paredes e o tecto. É
da Bolsa do Comércio obrigara temporariamente os comerciantes do neste salão que têm normalmente lugar as homenagens a chefes-de-
Porto a discutirem os seus negócios na Rua dos Ingleses, ao ar livre, o -Estado que visitam a cidade.
NINI
ANDRADE
DA SILVA
ATELIER NOMEAD O
HOTEL DESIGN A
D O PARA OS EUROPEAN
N AWARDS
O ‘atelier’ liderado pela ‘designer’ de interiores Nini Andrade
da Silva concorre agora com os melhores do mundo nas categorias
de Restaurante e Bar.
O
Atelier Nini Andrade Silva foi pela terceira vez nomea- vida para o sector hoteleiro, englobando uma exposição dedicada ao
do para os European Hotel Design Awards. Depois de Design de Interiores intitulada The Sleepotel, diversas conferências e a
recentemente ter sido o grande vencedor do prémio aclamada cerimónia dos European Hotel Design Awards.
Best Interior Design Award from Europe e de ter re- No âmbito deste evento, o Atelier Nini Andrade Silva será ainda o
cebido o melhor projecto de Design de Interiores de único ‘atelier’ português a integrar o The Sleepotel. Este projecto inova-
Portugal atribuído pelos European & Africa Property Awards 2010, dor lança o desafio a diferentes profissionais do mundo da Arquitectura
também pela qualidade, inovação e sofisticação ao nível do ‘design’ de e Design de Interiores para conceberem um hotel imaginário através
interiores desenvolvido para o Hotel Teatro, o Atelier é agora um dos de abordagens pioneiras e do desenvolvimento de conceitos de ‘design’
seleccionados para a ‘shortlist’ destes prémios, estando nomeado para totalmente originais. O Atelier Nini Andrade Silva foi convidado para
duas categorias – Restaurant e Café, Bar, Nightclub or Lounge. idealizar a recepção deste hotel imaginário.
As diferentes categorias que o Atelier Nini Andrade Silva foi nome- Construído numa área composta por 1400m², The Sleepotel oferece
ado comparam os projectos do Hotel Teatro aos melhores do mundo, um ambiente onde 16 conceituados ‘designers’ internacionais apresen-
nomeadamente, o Restaurante Palco do Hotel Teatro ao projecto Blanc tam as suas visões individuais do ‘design’ futurista, sendo constituído
Restaurant at Mandarin Oriental, em Barcelona, promovido pelo Man- por 16 quartos, incluindo um Lounge Bar, uma Recepção e um Jardim.
darin Oriental Hotel Group, e o Bar Plateia ao Bar do HUNter 486 Com estas distinções e presença internacional, o Atelier Nini An-
Hotel, em Londres, submetido pelo Atelier RDD Plc. drade Silva distingue-se pela qualidade, sofisticação e diferenciação do
Os European Hotel Design Awards, que irão decorrer no próximo ‘design’ feito em Portugal. A forte internacionalização da marca Nini
dia 23 de Novembro no Business Design Center, em Londres, fazem Andrade Silva representa a continuidade de um trabalho de excelên-
parte do The Sleep Event, promovido em parceria pela Sleeper Magazi- cia desenvolvido por uma equipa crescente de arquitectos e ‘designers’,
ne e pela cadeia Design Hotels. originários de geografias diversas – a formação internacional potencia
The Sleep Event é o mais importante acontecimento na Europa de- a sua base de influências e facetas de criatividade – que contribuirá
dicado exclusivamente à Arquitectura e Design de Interiores promo- positivamente para a abertura de novos ‘ateliers’ em diversos países.
D O PARA OS EUROPEAN
N AWARDS
O ‘atelier’ liderado pela ‘designer’ de interiores Nini Andrade
da Silva concorre agora com os melhores do mundo nas categorias
de Restaurante e Bar.
O
Atelier Nini Andrade Silva foi pela terceira vez nomea- vida para o sector hoteleiro, englobando uma exposição dedicada ao
do para os European Hotel Design Awards. Depois de Design de Interiores intitulada The Sleepotel, diversas conferências e a
recentemente ter sido o grande vencedor do prémio aclamada cerimónia dos European Hotel Design Awards.
Best Interior Design Award from Europe e de ter re- No âmbito deste evento, o Atelier Nini Andrade Silva será ainda o
cebido o melhor projecto de Design de Interiores de único ‘atelier’ português a integrar o The Sleepotel. Este projecto inova-
Portugal atribuído pelos European & Africa Property Awards 2010, dor lança o desafio a diferentes profissionais do mundo da Arquitectura
também pela qualidade, inovação e sofisticação ao nível do ‘design’ de e Design de Interiores para conceberem um hotel imaginário através
interiores desenvolvido para o Hotel Teatro, o Atelier é agora um dos de abordagens pioneiras e do desenvolvimento de conceitos de ‘design’
seleccionados para a ‘shortlist’ destes prémios, estando nomeado para totalmente originais. O Atelier Nini Andrade Silva foi convidado para
duas categorias – Restaurant e Café, Bar, Nightclub or Lounge. idealizar a recepção deste hotel imaginário.
As diferentes categorias que o Atelier Nini Andrade Silva foi nome- Construído numa área composta por 1400m², The Sleepotel oferece
ado comparam os projectos do Hotel Teatro aos melhores do mundo, um ambiente onde 16 conceituados ‘designers’ internacionais apresen-
nomeadamente, o Restaurante Palco do Hotel Teatro ao projecto Blanc tam as suas visões individuais do ‘design’ futurista, sendo constituído
Restaurant at Mandarin Oriental, em Barcelona, promovido pelo Man- por 16 quartos, incluindo um Lounge Bar, uma Recepção e um Jardim.
darin Oriental Hotel Group, e o Bar Plateia ao Bar do HUNter 486 Com estas distinções e presença internacional, o Atelier Nini An-
Hotel, em Londres, submetido pelo Atelier RDD Plc. drade Silva distingue-se pela qualidade, sofisticação e diferenciação do
Os European Hotel Design Awards, que irão decorrer no próximo ‘design’ feito em Portugal. A forte internacionalização da marca Nini
dia 23 de Novembro no Business Design Center, em Londres, fazem Andrade Silva representa a continuidade de um trabalho de excelên-
parte do The Sleep Event, promovido em parceria pela Sleeper Magazi- cia desenvolvido por uma equipa crescente de arquitectos e ‘designers’,
ne e pela cadeia Design Hotels. originários de geografias diversas – a formação internacional potencia
The Sleep Event é o mais importante acontecimento na Europa de- a sua base de influências e facetas de criatividade – que contribuirá
dicado exclusivamente à Arquitectura e Design de Interiores promo- positivamente para a abertura de novos ‘ateliers’ em diversos países.
reconhecido em todo o mundo e a lista de prémios que tem recebido é figura mundial que leva o nome de Portugal e estamos todos agradecidos pela
muito extensa. O mais recente foi-lhe atribuído pela Associação da Im- sua obra, que nos enche de orgulho”, sublinhou a ministra.
prensa Estrangeira em Portugal, que a elegeu como Personalidade do Ano No dia seguinte à cerimónia inaugurou uma exposição que mostra, em
2009. Com 32 anos de existência, esta associação tem distinguido pessoas Portugal, o trabalho do marido da pintora Victor Willing, na Casa das His-
ou instituições portuguesas, de várias áreas, que contribuam para a no- tórias, nome do museu criado pela autarquia de Cascais para a própria
toriedade do País no mundo. Depois de Carlos Paredes, os Capitães de Paula Rego.
“GRAND DAME” DE
fotos cedidas pelo polana serena hotel
ÁFRICA VOLTA A BRILHAR
Tradição e modernidade definem o renovado Polana Serena Hotel, que
desde sempre marcou a história e a arquitectura da cidade de Maputo. A
reabertura das suas portas foi feita pelo lendário porteiro Luís Nhaca, no
passado mês de Setembro.
A
“Grand Dame” de África, como é largamente conheci- inclui também algumas novidades como o Maisha Health Club & Spa
do o Polana Serena Hotel, acaba de mostrar ao mun- e novos espaços de restauração e lazer.
do como conseguiu transpor a linha entre os tempos Assim, o majestoso edifício colonial debruçado sobre a baía de Ma-
passados e os modernos. Desde a entrada aos quartos, puto, desenhado pelo arquitecto inglês Herbert Baker nos anos 20,
passando pela recepção e pelos restaurantes, todos os continua a ser hoje um símbolo desta cidade. O Polana Serena Hotel,
espaços do Polana foram repensados e recriados para proporcionar majestosamente virado para o Oceano Índico, localiza-se numa das
uma experiência única e memorável aos seus hóspedes. A renovação mais prestigiadas avenidas da cidade de Maputo, nas imediações do
luxuoso Bairro de Sommerschield.
A dar as boas vindas a todos aqueles que visitam o hotel está o len-
dário porteiro, sempre muito aprumado no seu casaco com medalhas
fotos cedidas pelo polana serena hotel
História
O Hotel Polana localiza-se num a Segunda Grande Guerra, o Polana Moçambicano mantendo, contudo,
majestoso edifício, na antiga Lourenço viveu anos de grande prosperidade, a gestão por uma empresa portugue-
Marques, que conjuga a traça colonial constando nos guias internacionais sa, a Estoril Sol. Em 1990, o Grupo
e o charme africano com uma história como um dos hotéis mais importantes Karos passa a gerir o hotel, mudando
que remonta a 1922. Em 1936, o hotel em África, a par dos Carlton do Cairo e novamente de gestão em 2002 para as
mudou de mãos pela primeira vez, de Joanesburgo. mãos do grupo TPS/AKFED – Serena
passando da empresa sul-africana Após a independência de Moçambi- Hotels – com quem permanece até ao
Delagoa Bay para a posse do milioná- que, à semelhança de muitos estabe- presente.
rio I.W. Schlesinger (com quem ficaria lecimentos privados, o Hotel Polana
até 1963). No período que precedeu tornou-se propriedade do Estado
A cozinha deste hotel 5 estrelas incorpora os temperos e tradições no renovado Maisha Health Club & Spa, com ginásio, sauna e banho
de Portugal, França, Moçambique e África. O hóspede pode optar pelo turco, ou mesmo na Resident’s Lounge, uma sala exclusiva para os
restaurante Delagoa, para refeições mais requintadas, Varanda, com hóspedes, com vista para o Jardim das Rosas.
‘buffets temáticos, menu ‘à la carte’ e pastelaria francesa, ou o Aqua- As instalações para conferências, banquetes e reuniões de negó-
rius Restaurante e Bar, que oferece ‘cocktails’ tropicais, uma selecção cios são outras das ofertas. Existem quatro salas de reuniões com mo-
de refeições ligeiras e um inovador Sushi Bar, com vistas para o oce- dernos equipamentos e um Salão Nobre para ocasiões especiais.
ano. O Polana Bar dispõe de uma larga selecção dos melhores maltes Os hóspedes do hotel podem ainda usufruir de um conjunto de
e cigarros. actividades extra que vão desde um ‘tour cultural’, a um cruzeiro ao
A vida no Polana Serena Hotel é uma mistura de relaxamento e pôr-do-sol, uma mostra da vida nocturna de Maputo, a visitas às duas
descoberta cultural, proporcionando a quem o visita a oportunidade ilhas tropicais, Ilha de Inhaca e Ilha dos Portugueses, à Reserva de
de passear pelos seus jardins, dar um mergulho na piscina ou relaxar Elefantes de Maputo ou até um safari no famoso Kruger Park.
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ituado entre o Bairro Alto e a Baixa de Lisboa, o Chiado é, com a figura do poeta Fernando pessoa sentado na esplanada), os tea-
hoje em dia, um dos locais mais prestigiados de Lisboa. tros da Trindade, de São Luiz e de São Carlos, o Convento do Carmo, o
É um bairro histórico que desde sempre tem estado liga- Elevador de Santa Justa, o Museu Nacional de Arte Contemporânea e as
do a uma Lisboa cosmopolita, com uma forte componente Igrejas do Loreto, a de Nossa Senhora da Encarnação e a da Ordem Ter-
intelectual, liberal, modernista e também romântica. A es- ceira de Nossa Senhora do Carmo, são apenas alguns dos importantes
tátua Luís de Camões, na praça com o seu nome, a Rua Garrett, com as monumentos e símbolos Lisboetas que o Chiado alberga.
mais variadas lojas, os famosos cafés (entre eles o célebre “A Brasileira”, Para além de lojas de ‘designers’, ‘ateliers’, galerias de arte, livrarias,
teatros e muitas manifestações artísticas e culturais, é também no Chia-
do que se afirma a nova rota ‘gourmet’ da capital.
Desde os mais requintados restaurantes de épocas passadas, agora
renovados a adaptados aos tempos modernos, às mais recentes cria-
ções, com ‘desing’ ultramoderno, no Chiado estes espaços convivem
harmoniosamente oferecendo espaços mais tradicionais ou mais so-
fisticados, mas todos eles com um denominador comum: a arte de
bem comer!
Depois de restaurantes como o Tágide, com uma nova ementa de
lanche, o Largo, de Miguel Castro Silva, o Tavares, agora entregue aos
cuidados de José Avillez, o Aqui há Peixe, de Miguel Reino, o Olivier ou
o Clara Chiado, surgem agora no Chiado dois novos espaços a integrar
nesta rota. Um já existente e recentemente renovado, o Belcanto, agora
sob o controlo da empresária e publicitária Rosalina Machado, o outro
moderno e sofisticado, o Chiado Unique, da estilista Fátima Lopes.
A Prémio foi pôr à prova estes dois últimos novos espaços da capital
lisboeta e descobriu alguns dos seus encantos.
BELCANTO NO FEMININO
Belcanto é um restaurante onde se
contam histórias desde 1955.
Uma casa cheia de contos e histórias
confidentes, divertidas, algumas
inarráveis, algumas estratégicas…
J
unto ao Teatro São Carlos, este restaurante reabriu de “cara la-
vada” em Setembro do ano passado, pelas mãos da conhecida
publicitária Rosalina Machado, prometendo “fazer-se ouvir” no
Chiado. Depois de quatro proprietários, esta é a primeira vez
que o Belcanto é “comandado” no feminino.
“ O Belcanto foi um presente do meu marido. Quando se aperce-
beu que o restaurante ia fechar, e numa atitude de mecenato, comprou-
o, preservando uma parte da história de uma sociedade que por ali
passou”, conta Rosalina Machado. “Histórias estas que brevemente po-
derei escrever num livro, contadas por quem as viveu”, acrescenta. Este
livro será eventualmente oferecido a clientes habituais.
A verdade é que um ano depois da sua reabertura, o Belcanto con-
tinua a ser o local de paragem obrigatória de outrora. Os clientes são
os mesmos mas agora acompanhados dos filhos e dos netos. Por ele
chegam a passar três gerações. Para Rosalina Machado “agarrar este rosalina machado, a nova proprietária
restaurante foi um grande desafio, pois não tinha qualquer experiência do belcanto
nesta área. Passado um ano posso dizer que estou muito entusiasmada
com este projecto! Valeu a pena preservar a tal história, é uma passagem
para alguém, que espero que seja o meu filho, para que daqui a 50 anos belcanto
se continue a ouvir falar do Belcanto, com histórias igualmente surpre- largo de s. carlos, 10
endentes para acrescentar às páginas do livro que eu vou iniciar”, conta. 1200-410 lisboa
Com uma vivência de mais de meio século de vida, o Belcanto já
apresentava alguns sinais da sua idade, mas Rosalina Machado reno- A cozinha, essa continua a mesma de sempre… tradicional portu-
vou-o em alguns pontos essenciais, mantendo inalteradas algumas das guesa. “Há coisas que não podem mudar e a carta é uma delas! Cada
prato tem a sua história, posso dar como exemplo os famosos “Ovos
à Professor”, uma receita dada pelo médico de António de Oliveira
O Belcanto tem muitas Salazar que à noite depois de sair do Hospital da Ordem Terceira ia
para a cozinha do Belcanto fazer os seus próprios ovos”, conta Rosalina
histórias para contar... Machado. “Esta sempre foi uma das especialidades mais requisitadas
durante os intervalos da Ópera em São Carlos”, acrescenta.
Ao almoço podemos deparar com a nata dos nossos executivos e
gestores, clientes habituais que já nem precisam ler a lista, pois o se-
nhor Aníbal, um dos colaboradores mais antigos, sabe exactamente
suas principais características. Dividido em duas salas, este restaurante do que eles gostam. À noite é frequentado por uma faixa etária mais
apresenta uma atmosfera sóbria a condizer com um espaço requintado jovem.
e clássico, mantendo as madeiras a revestirem as paredes, que guardam Apesar de existirem coisas que não podiam mudar, tais como o
histórias de outros tempos e fazem lembrar os tradicionais clubes ingle- menu, com especialidades cada uma com a sua história, e os próprios
ses, as toalhas brancas, o ‘rechaud’ em Christofle com o monograma da empregados de há 40 anos, que os clientes chamam pelo nome, a em-
casa, os clientes que se conhecem uns aos outros e os empregados que presária achou que o restaurante deveria levar uma “lufada de ar fres-
os conhecem a todos. Na sala mais pequena, vocacionada para grupos, co” e assim foram contratados novos colaboradores, provenientes da
ainda se encontram os antigos talheres de Christofle. escola de hotelaria e que irão certamente ser continuadores da história
Embora não tenha perdido o ar sóbrio de um clube privado inglês, a do Belcanto. Uma outra alteração que achou fundamental foi a carta de
nova proprietária quis trazer um pouco mais de sofisticação, apostando vinhos, que embora de grande qualidade, merecia uma actualização.
numa decoração em tons pastel, incluindo um conjunto de fotografias A este propósito Rosalina Machado levantou um pouco do véu so-
a preto e branco de antigos clientes do restaurante e uma fotografia do bre um projecto que vai realizar no próximo ano, que passa pelo lança-
Belcanto como era antigamente. mento de um vinho do Douro Superior.
UM ESPAÇO UNIQUE!
Um espaço com ‘glamour’ onde a moda, a música e a boa cozinha
se fundem num ambiente elegante e requintado.
M
ais recente e também mais moderno, o Chiado
Unique abriu portas no Chiado em Abril deste ano,
com a assinatura da estilista Fátima Lopes, que
desenhou toda a imagem do restaurante. Desde a
decoração do espaço, de linha geométricas e onde
predomina o preto e branco, passando pelo vestuário dos colaborado-
res às porcelanas e faqueiro tudo é da autoria da criadora. O cunho da
‘griffe’ Unique, um U estilizado e longilíneo, é uma constante em todo
o restaurante.
Apesar de Fátima Lopes ser a “cara e a alma” do Chiado Unique,
é também sócia do restaurante juntamente com Lucas de Sousa e de
João Magalhães, o único com experiência no ramo da restauração.
“Tudo começou com um convite por parte dos dois mentores do
projecto. Eu aceitei, pois achei que seria um projecto interessante o de
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98 PRÉMIO »
» PRÉMIO » Novembro
Junho 20102010
criar um restaurante à minha imagem”, conta Fátima Lopes. Adiantan- a estilista fátima lopes com o premiado
do que, “apesar de não perceber nada de restauração, a minha ligação a ‘chef’ joão simões
este espaço está somente ligada à imagem, sou uma pessoa que gosta
de comer bem, não em quantidade mas em qualidade”.
Unique Chiado
Questionada sobre o facto desta associação à restauração ser um Largo do Picadeiro, 8 A
sonho por realizar, a estilista diz que apesar de este estar a ser um Lisboa
projecto muito engraçado, a ligação a este sector nunca esteve nos seus 1200-330 Lisboa
Fátima Lopes é a Desde o início de Setembro temos uma nova carta, mas alguns pratos
mantêm-se com pequenas alterações, como é o caso, por exemplo, dos
“cara e a alma” morangos gratinados”, refere. A carta de vinhos foi também alterada e
contempla 150 referências de vinhos de todas as regiões do país e tam-
do Chiado Unique. bém alguns internacionais.
João Simões caracteriza a sua cozinha como uma cozinha com ba-
ses portuguesas e alguma técnica, com influências internacionais. Ao
planos. É de opinião que na vida nunca temos os sonhos todos realiza- que Fátima acrescenta, “é uma cozinha de autor e muito saborosa. Aqui
dos e que muitas vezes conseguimos fazer muito mais coisas do que é tudo delicioso! Todos os dias existe um Menu Degustação do ‘chef’
aquelas que achamos que conseguimos, desde que sejam feitas com diferente e ao almoço temos o Menu Executivo por 20 euros. E há uma
bom gosto e com gosto”. lista de petiscos que são servidos dentro e fora dos horários das refei-
“Este é mais um desafio conseguido e ultrapassado do que um so- ções”.
nho”, conclui. Algumas das mais-valias deste espaço são o horário, com cozinha
A cozinha portuguesa de excelência está a cargo de João Simões, aberta até às 2 da manhã, ‘valet parking’ ao jantar, esplanada no exterior
um jovem ‘chef’ que conta já com vários prémios internacionais, entre e um pátio interior para fumadores. O restaurante Unique Chiado tem
eles o de campeão mundial de alta cozinha em 2006, e com experiên- 96 lugares no interior e 150 lugares se contarmos com a esplanada.
cia em cozinhas como as dos hotéis Ritz Four Seasons, Bica do Sapato, A música Chillout, com bases instrumentais e suaves batidas rítmi-
Pragma no Casino de Lisboa e Altis Belém. cas, aliado a um conceito de moda, faz emergir um ambiente ‘lounge’,
Com apenas 25 anos, com uma equipa tão jovem quanto ele, João moderno e distinto.
Simões pretende alterar a carta três a quatro vezes por ano. “A ideia é ir “A escolha do Chiado?! É, neste momento, o local da moda e da
percebendo o que as pessoas gostam e adequando a carta aos clientes. restauração! É o coração de Lisboa!”
DISTINÇÃO
CABAZES DE NATAL
ESCOLHA JOSÉ AVILLEZ
José Avillez, em parceria com a Quinta de Jugais, lançou sete cabazes para
que possa festejar o Natal de uma forma diferente.
vinho tinta reserva paisagens, queijo amanteigado, azeite virgem extra jugais excellens, arroz carolino,
bacalhau graúdo da noruega, azeite virgem paiola de cogumelos desidratados, chouriço porco preto,
barrancos, azeitonas, conservas, mel, compotas, chá e queijo da ilha, ervas aromáticas e flor de sal
tomilho
vinho tinto ja por josé avillez, queijo merendeira de sousel, azeite virgem extra jugais excellens dop,
compota de abóbora e nozes quinta de jugais e chá de natal flor de sal, chá de natal e compota de morango
SECTOR EM ASCENSÃO
UMA NOVA VIDA
PARA A CORTIÇA
Aqui está mais uma prova de que há cortiça para além
das tradicionais rolhas. As aplicações deste recurso natural
são várias e cada vez mais inovadoras.
passadeira em
cortiça utilizada no
desfile da escola de
moda do porto
O LIFE - Lighter, Integrated, Friendly vimento de soluções orientadas para a compõem o consórcio responsável
and Eco-Efficient Aircraft Cabin - é um sustentabilidade, mais eco-eficientes, pelo projecto, que tem ainda como
projecto de investigação que visa o mais leves, mais confortáveis e com parceiros a Almadesign (empresa de
desenvolvimento de novos conceitos um ‘design’ inovador, destinados a ‘design’ vocacionada para a área de
para interiores de aeronaves que vão equipar o interior de aeronaves. transportes) e a Embraer - Empresa
do ‘design’, ao desenvolvimento de Amorim Cork Composites, Couro Azul, Brasileira de Aeronáutica S.A. que parti-
componentes e integração de materiais do Grupo Carvalhos, INEGI -instituição cipa como consultora do projecto.
e processos inovadores. O objectivo de interface da Universidade do Porto
principal é a concepção e o desenvol- - e SET, do grupo IBEROMOLDES,
PRÉMIO
A DESAFIAR O
SECTOR DAS
TELECOMUNICAÇÕES
O
Ideias inovadoras, que possam Plug é um prémio de inovação promovido pela Asso-
ciação dos Operadores de Telecomunicações (Apritel),
contribuir para o desenvolvimento que pretende impulsionar trabalhos de investigação
que contribuam para o desenvolvimento do sector,
transversal das telecomunicações e promovendo soluções. É distinguida com um prémio
promover a concorrência no sector, no valor de 10 mil euros, a que acrescem cinco menções honrosas para
as seguintes cinco melhores ideias, com um prémio no valor de mil
são os dois dos objectivos do Prémio euros cada.
A data de inscrição dos trabalhos terminou no passado dia 15 de Ou-
Plug, promovido pela Apritel, tubro e os vencedores são anunciados este mês, momento em que se
procederá à cerimónia de entrega de prémios e à publicação do traba-
a associação dos operadores de lho vencedor Plug.
Depois da primeira edição Plug, em 2008, e com o prémio vencedor
telecomunicações.. a merecer destaque na publicação internacional “Telecommunications
Por Susana Baptista Dias Policy”, a Apritel perspectiva um êxito semelhante para esta segunda
edição. João Couto, presidente da Apritel, mostra-se optimista com o
número de candidaturas recebidas.
O concurso é aberto a todos que pretendam contribuir com ideias
inovadoras para o sector das telecomunicações. O conceito do concur-
so está alinhado com a missão da Apritel, seja na promoção do de-
senvolvimento a nível do ambiente legal e regulamentador de forma
a potenciar o investimento no sector das comunicações electrónicas,
seja contribuindo para o incremento de uma sociedade de informação.
Espera-se, assim, que o “concurso ponha muitas pessoas a pensar
sobre os desafios do sector, mobilizando ideais com valor, aumentando
a sensibilidade da sociedade para o sector das telecomunicações”, pers-
pectiva João Couto.
O presidente da Apritel assegura que o Plug é uma iniciativa “muito
bem recebida pela sociedade e o sector” e as diferenças já se notam da
CIUS
CISCO LANÇA TABLET
PC COM VÍDEO HD
O
O Cisco Cius é um tablet PC muito Cius é o primeiro ‘tablet’ do género com recursos para
vídeo em alta definição (HD). Destinado ao mercado em-
leve e que pode incorporar uma presarial, permite a virtualização do ‘desktop’ e o acesso,
a partir de qualquer lugar e a qualquer hora, aos recursos
estação de áudio HD opcional. Está de colaboração e comunicação da Cisco, incluindo as fa-
cilidades de vídeo em HD. Com pouco mais de meio quilo (520 gramas)
equipado com um ‘speakerphone’ de o Cius oferece interoperabilidade em videoconferência e permite ainda
telefone, com um porto de ‘display’ o ‘streaming’ de imagens de vídeo e vídeo em tempo real, conferências
com vários intervenientes, acesso a e-mails e a programas de mensagens,
em alta definição e portas de USB. navegação na internet e a possibilidade de produção, edição e partilha de
conteúdos armazenados no disco ou na nuvem.
Baseado no sistema operativo Android, o Cisco Cius é uma plataforma
aberta para a comunicação e colaboração, com formato e aplicativos elabo-
rados para interligar em tempo real, e com total segurança, os colaborado-
res e os clientes da empresa. O Cisco Cius oferece novas funcionalidades
aos profissionais de tecnologias de informação (“TI”) para equiparem os
A nova estrela
de Stuttgart
Antes de começar a ler este artigo, olhe atentamente para as
fotografias. Apresento-lhe o SLS AMG, o mais avançado
Mercedes-Benz de sempre. Um daqueles super-carros destinados
a entrar directamente no álbum das grandes lendas da indústria
automóvel mundial. Por Álvaro de Mendonça
I
nspirado no 300 SL, o original “Asas de Gaivota”, lançado há 40 truído em alumínio (chassis e carroçaria), o que acontece pela primeira
anos, o novo SLS AMG tem um cariz único e incorpora a mais vez num modelo de série da marca. Apenas 4% dos materiais são em
avançada tecnologia automóvel. A Mercedes-Benz quis mostrar fabricados em aço, o que se reflecte numa impressionante relação peso/
ao mundo o que de melhor sabe fazer e criou mais um super- potência de 2,84 kg por Cv, devido ao seu reduzido peso total.
carro que, mesmo para a tradição da marca, supera todas as ex- Para garantir a boa transmissão da potência à estrada, a Mercedes-Benz
pectativas. equipou o SLS com tracção integral permanente e com a nova caixa de
Assinado AMG, o famoso preparador que transforma os Mercedes- velocidades automática AMG Speedshift DCT 7, de dupla embraiagem e
Benz normais em imbatíveis máquinas de competição, o novo SLS é o sete velocidades, que garante passagens ultra-rápidas sem perda da força
novo topo de gama desportivo da marca de Stuttgart, sucedendo nesta de tracção. A caixa de é operada através de uma alavanca e-Sectect, que
missão ao já de si extraordinário SLS Mclaren. faz lembrar a manche de pilotagem dos aviões ou das patilhas de coman-
O SLS AMG está equipado com um motor V8 AMG de 6,3 litros de do no volante, em modo sequencial. De acordo com as preferências do
cilindrada e 571 Cv de potência - um dos mais potentes super-carros da condutor, a caixa pode ser operada de três modos distintos: Modo C, para
actualidade -, e atinge uma velocidade máxima de 317 km/h. É todo cons- controlo de eficiência máxima, Modo S, para uma condução mais des-
portiva e modo S+, para uma pilotagem 100% desportiva. Há ainda uma reguláveis, cujo formato lembra os motores a jacto. Os mostradores pra-
posição M, que transfere os comandos para o condutor. teados têm ponteiros vermelhos e uma escala de 360 km/h. O elemento
O traço de personalidade mais vincado deste SLS AMG é o seu par de principal entre as duas saídas de ar centrais é o sistema multimédia Co-
portas de abertura eléctrica para cima, repescando uma ideia com que a mand APS com um visor de sete polegadas. Na secção superior da conso-
Mercedes-Benz espantou o mundo, há 40 anos, quando apresentou o seu la central estão os comandos do sistema de media, audio, DVD, telefone
300 SL “Asas de Gaivora”. Um epíteto que todos nós percebemos quando e navegação, ligado ao monitor de sete polegadas O sistema CD/DVD é
olhamos de frente para qualquer um dos dois modelos, com as suas por- da Bang&Olufsen.
tas abertas a lembrar as tais asas das gaivotas. Apesar da posição muito Ao nível de equipamento, o SLS AMG é um luxo, cumprindo toda a
baixa dos bancos, normal neste tipo de automóveis, as portas “Asas de ‘check-list’. A consola central alongada em metal ou fibra de carbono, tam-
Gaivota” tem uma abertura ampla, facilitando a entrada e saída do condu- bém inspirada no ‘cockpit’ dos aviões aloja o AMG Drive Unit, que permi-
tor e passageiro. te ao condutor ajustar o ‘set-up’ do seu SLS AMG, de acordo com as suas
No exterior, a estética inspirada nos aviões de caça tem um efeito aero- preferências. O menu AMG oferece três afinações diferentes, incluindo o
dinâmico, conferindo ao SLS AMG um visual extremamente elegante e modo Race, que permite ao condutor medir os seus tempos de volta num
desportivo, mesmo quando se encontra parado. O perfil dos flancos e a circuito. Todas as funções do monitor central são operadas pelas teclas
larga grelha do radiador, com a enorme estrela Mercedes-Benz ao centro, multifunções no volante.
transportam-nos também ao 300 SL de há quarenta anos. Na traseira, Os bancos desportivos são feitos em magnésio, um material tecnologica-
dois generosos tubos de escape, colocados um em cada extremo, são enci- mente sofisticado e que, apesar de resistente, também é leve, resultando daí
mados pela discreta asa traseira extensível. vantagens em relação ao equilíbrio do peso do automóvel e um centro de gra-
Para a concepção interior do SLS AMG, os designers da Mercedes-Benz vidade mais baixo. O carro é aliás extremamente baixo. O condutor senta-se
também se inspiraram na engenharia aeronáutica, criando um ambiente a apenas 37 centímetros do solo, o que reforça o espírito de Grand Sport Car.
que nos faz recordar o ‘cockpit’ de um avião. O ‘tablier’ incorpora entra- A colocação do motor frontal e o longo ‘capot’, com o ‘cockpit’ em po-
das de ar galvanizadas “Silver Shadow”, com um conjunto de difusores sição muito recuada e uma parte traseira muito curta, asseguram uma
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como um sopro...
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como um beijo!
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Seja responsável. Beba com moderação.
distribuição quase perfeita do peso entre os dois eixos: 47/53 frente/atrás, Motor: V8
respectivamente, o que se combina com o baixo centro de gravidade e o 6.208 cm3
peso pluma de apenas 1620 Kg. As jantes de liga leve são de 19 polegadas Potência máxima 571 Cv/6.800 rpm
à frente e de 20 polegadas atrás. Binário máximo
É claro que o SLS AMG é também um dos mais rápidos automóveis 650 Nm/4750 rpm
de série de sempre. Atinge os 100 Km/h em apenas 3,8 segundos e só Caixa Automática, 7 velocidades
não ultrapassa os 317 Km/h de velocidade de ponta devido a um limitador Velocidade máxima 317 km/h
electrónico. E tudo isto sem os habituais consumos estratosféricos deste Aceleração 0-100 Km/h 3,8 segundos
tipo de super-carros. O SLS AMG gasta apenas 13,2 litros para fazer a cen- Consumo (misto) 13,2 litros /100 Km,
tena de quilómetros. Espantoso para um carro desta categoria.
A
cima e além de qualquer país o que têm de diferente do PT. Só assim se
avaliação sobre as causas da conseguirão se incluir na agenda política numa
vitória, o certo é que Dilma posição diferente – e mais positiva – daquela
Rousseff foi eleita numa que ocuparam nos últimos oito anos. A bem
disputa limpa. Ela venceu, da verdade, o Brasil está há oito anos sem
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