18 Capitulo primero
rías d e l a construcción técnica, ¿cómo q u e r e r q u e e l g r a n
público los siga? S i los arqueólogos p e r s i s t e n e n s u e n s a y i s m o
filológico, ¿cómo p u e d e n p r e t e n d e r a p a s i o n a r p o r e l a s u n t o
a las personas n o especializadas? S i , p o r o t r a p a r t e , los crí-
ticos d e a r t e i l u s t r a n l a a r q u i t e c t u r a c o m o u n r e f l e j o y u n eco
de las t e n d e n c i a s pictóricas, ¿ p o r qué razón e l público deberá
detenerse e n l a a r q u i t e c t u r a , y n o d i r i g i r s e a las f u e n t e s p r i -
m e r a s , es d e c i r , a l a p i n t u r a y a l a e s c u l t u r a ?
S i q u e r e m o s v e r d a d e r a m e n t e enseñar a saber ver la arqui-
tectura^ d e b e m o s p r o p o n e m o s , a n t e t o d o , u n a c l a r i d a d d e
método. E l l e c t o r m e d i o q u e h o j e a los l i b r o s d e estética y d e
crítica arquitectónica q u e d a h o r r o r i z a d o p o r l a v a g u e d a d d e
los términos: " v e r d a d " , " m o v i m i e n t o " , " f u e r z a " , " v i t a l i d a d " ,
" s e n t i d o d e los límites", "armonía", " g r a c i a " , "escala", " p r o -
porción", " l u z y s o m b r a " , " e u r i t m i a " , " l l e n o s y vacíos", " s i -
metría", " b a l a n c e " , " r i t m o " , " m a s a " , " v o l u m e n " , "énfasis",
"carácter", " c o n t r a s t e " , " p e r s o n a l i d a d " , "analogía"..., a t r i -
b u t o s d e l a a r q u i t e c t u r a q u e los d i s t i n t o s a u t o r e s c a t a l o g a n ,
a m e n u d o s i n p r e c i s a r a qué cosa se r e f i e r e n . T o d o s t i e n e n
c i e r t a m e n t e u n l u g a r legítimo e n l a h i s t o r i a d e l a a r q u i t e c -
t u r a , p e r o c o n u n a condición: q u e esté a c l a r a d a l a esencia
de la arquitectura.
E s t a e x i g e n c i a d e u n n u e v o p l a n t e o crítico — p a r e c e super-
f i n o a f i r m a r l o — n o es este l i b r o e l p r i m e r o e n p r o p o n e r l a .
F u e r a d e las i n t u i c i o n e s d e los críticos y d e los h i s t o r i a d o r e s
a n t i g u o s — d e Lao-Tsé a V i s c h e r , d e V a s a r i a G o e t h e , d e
S c h o p e n h a u e r a M i l i z i a y a Wólfflin— se p u e d e d e c i r q u e
c a d a l i b r o d e crítica arquitectónica c o n t i e n e a l m e n o s u n p a -
saje q u e se r e f i e r e a esta e x i g e n c i a . E n l a producción crítica
d e los últimos años, estas alusiones se h a n h e c h o c a d a v e z
más f r e c u e n t e s ; a l g u n o s volúmenes, s e f i a l a d a m e n t e e l d e P c v s —
n c r , h a n a b i e r t o e l c a m i n o . L a presente contribución n o es
u n descubrimiento nuevo; simplemente pretende compendiar
y esclarecer l o s r e s u l t a d o s críticos más recientes y recoger e l
i n m e n s o t r a b a j o d e s a r r o l l a d o , c o n i n t e l i g e n c i a y tesón, p o r
los estudiosos a n t e r i o r e s .
Capitulo segundo
l U espacio, p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c t u r a
L a ausencia d e u n a h i s t o r i a a c e p t a b l e d e l a a r q u i t e c t u r a
p r o v i e n e d e l a f a l t a d e habituación e n l a mayoría d e los h o m -
b r e s p a r a c o m p r e n d e r e l espacio, y d e l fracaso d e los h i s t o -
l i a d o r e s y d e los críticos d e a r q u i t e c t u r a e n a p l i c a r y d i f u n d i r
u n método c o h e r e n t e p a r a e l e s t u d i o espacial d e los e d i f i c i o s .
T o d o s los q u e h a n r e f l e x i o n a d o sobre este a s u n t o , a u n q u e
«ra f u g a z m e n t e , saben q u e e l carácter p r i m o r d i a l d e l a a r -
q u i t e c t u r a , e l carácter p o r e l q u e se d i s t i n g u e d e l a s demás
H c t i v i d a d e s artísticas, reside e n s u a c t u a r p o r m e d i o d e u n v o -
rabularío t r i d i m e n s i o n a l que i n v o l u c r a a l h o m b r e . L a p i n t u r a
itctúa e n dos d i m e n s i o n e s , a u n q u e p u e d a s u g e r i r tres o c u a t r o .
I «i e s c u l t u r a actúa e n tres d i m e n s i o n e s , p e r o e l h o m b r e per-
manece a l e x t e r i o r , separado, mirándolas desde f u e r a . L a a r -
q u i t e c t u r a , p o r e l c o n t r a r i o , es c o m o u n a g r a n e s c u l t u r a ex-
c a v a d a , e n cuyo interior el hombre penetra y camina.
A l serle e n c a r g a d a i m a casa, e l a r q u i t e c t o p r e s e n t a u n a
l»rrspectiva d e u n a d e sus vistas e x t e r i o r e s y , t a l vez, o t r a d e l
l i v i n g - r o o m . Después p r o p o n e p l a n t a s , f r e n t e s y secciones, r e -
presenta e l v o l i m i e n arquitectónico descomponiéndolo e n los
planos q u e l o c o n t i e n e n y l o d i v i d e n ; p a r e d e s e x t e r i o r e s e
interiores, p l a n o s v e r t i c a l e s y h o r i z o n t a l e s . N u e s t r a i n e d u c a -
ción espacial p r o v i e n e e n g r a n m e d i d a d e l uso d e este método
(le representación, q u e a p a r e c e e n los l i b r o s técnicos d e h i s -
t o r i a d e l a a r q u i t e c t u r a y , a d j e t i v a d o c o n fotografías, e n los
irxtos populares de historia del arte.
L a p l a n t a d e i m e d i f i c i o n o es, e n r e a l i d a d , más q u e u n a
proyección a b s t r a c t a sobre e l p l a n o h o r i z o n t a l d e t o d o s sus
muros. U n a realidad q u e nadie v e fuera del papel, y cuya
20 C a p f t u b segundo
Única justificación d e p e n d e d e l a necesidad d e m e d i r las dis-
t a n c i a s e n t r e los d i s t i n t o s e l e m e n t o s d e l a construcción, p a r a
uso d e l o s o b r e r o s q u e t i e n e n q u e e j e c u t a r m a t e r i a l m e n t e
e l t r a b a j o . L a f a c h a d a y las secciones, i n t e r i o r e s y e x t e r i o r e s ,
s i r v e n p a r a d e t e r m i n a r las m e d i d a s v e r t i c a l e s . P e r o , l a a r q u i -
tectura n o deriva de u n a suma de longitudes, anchuras y al-
t u r a s d e los e l e m e n t o s c o n s t r u c t i v o s q u e e n v u e l v e n e l espacio,
s i n o d i m a n a p r o p i a m e n t e d e l vacío, d e l espacio e n v u e l t o , d e l
espacio i n t e r i o r , e n e l c u a l los h o m b r e s v i v e n y se m u e v e n .
E n o t r a s p a l a b r a s , e m p l e a m o s c o m o representación d e l a a r -
q u i t e c t u r a l a traslación práctica q u e e l a r q u i t e c t o h a c e d e las
m e d i d a s q u e l a d e f i n e n p a r a uso d e l c o n s t r u c t o r . P a r a e l f i n
d e saber ver la arquitecturay esto equivaldría a p r o x i m a d a -
m e n t e a i m método q u e , p a r a i l u s t r a r u n a p i n t u r a , diese l a s
d i m e n s i o n e s d e l m a r c o o calculase p o r s e p a r a d o las s u p e r f i -
cies d e c a d a u n o d e los colores.
E s o b v i o q u e u i n a poesía es a l g o más q u e l a s u m a d e bellos
v e r s o s : a l j u z g a r l a , se e s t u d i a s u c o n t e n i d o , s u c o n j i m t o , y
si después se p r o c e d e a l análisis d e los d i s t i n t o s versos, se h a c e
e n función y e n n o m b r e d e a q u e l c o n j u n t o . Q u i e n se q u i e r a
iniciar e n e l estudio d e l a arquitectura tiene, ante todo, q u e
c o m p r e n d e r cómo u n a p l a n t a p u e d e ser a b s t r a c t a m e n t e b e -
l l a e n e l p a p e l , cómo c u a t r o f r e n t e s p u e d e n p a r e c e r b i e n es-
t u d i a d o s p o r e l e q u i l i b r i o d e sus l l e n o s y vacíos, d e sus s a l i e n -
tes y e n t r a n t e s , cómo e l v o l u m e n e n c o n j u n t o p u e d e ser i g u a l -
m e n t e p r o p o r c i o n a d o , y , a pesar d e eso, e l e d i f i c i o p u e d e
r e s u l t a r arquitectónicamente p o b r e . E l espacio i n t e r n o , a q u e l
espacio q u e , c o m o v e r e m o s e n e l próximo capítulo, n o p u e d e
ser r e p r e s e n t a d o c o m p l e t a m e n t e e n n i n g u n a f o r m a , n i a p r e -
h e n d i d o n i v i v i d o , s i n o por e x p e r i e n c i a d i r e c t a , es e l p r o t a -
g o n i s t a d e l h e c h o arquitectónico. T o m a r posesión d e l espacio,
s a b e r l o líer, c o n s t i t u y e l a l l a v e d e i n g r e s o a l a comprensión
de los e d i f i c i o s . N o n o s será c o n c e d i d a , s i n o v a g a m e n t e , u n a
h i s t o r i a y , p o r ende, u n goce d e l a a r q u i t e c t u r a , e n t a n t o n o
h a y a m o s a p r e n d i d o a c o m p r e n d e r e l espacio y — l o q u e es
más i m p o r t a n t e — a a p l i c a r l o c o m o e l e m e n t o s u b s t a n c i a l e n
E l espacio, p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c t u r a 21
lit rrítica arquitectónica. N o s d e b a t i r e m o s e n u n l e n g u a j e crí-
l i r o que j u z g a los e d i f i c i o s e n términos p r o p i o s d e l a p i n t u r a
y i l r l a e s c u l t u r a * y a l o s u m o e l o g i a r e m o s e l espacio i m a g i -
n a d o a b s t r a c t a m e n t e , p e r o n o s e n t i d o c o n c r e t a m e n t e . ^ L o s es-
Kidios y las i n v e s t i g a c i o n e s se limitarán a las c o n t r i b u c i o n e s
íildiógicas — d a t o s sociales, o d e l a función; d a t o s c o n s t r u c -
tivos, es d e c i r , d e l a técnica; d a t o s volumétricos y d e c o r a t i v o s ,
o .sean d e l a plástica y d e l a p i n t u r a — s e g u r a m e n t e m u y
úiilrs, p e r o ineficaces p a r a h a c e r e n t e n d e r e l v a l o r d e l a a r -
< | u i t r c t u r a , u n a v e z o l v i d a d a s u esencia s u b s t a n t i v a , q u e es
r l r s p a c i o . C o n t i n u a r e m o s e m p l e a n d o e n e l vacío p a l a b r a s
r o m o " r i t m o " , "escala", " b a l a n c e " , " m a s a " , h a s t a n e g a r l e s
u n p u n t o d e aplicación específico e n l a r e a l i d a d e n q u e se
r o n c r c t a l a a r q u i t e c t u r a : e l espacio.
Una parte inmensa, y ciertamente desproporcionada, de
lii.H páginas sobre a r q u i t e c t u r a q u e se e n c u e n t r a n e n las h i s -
torias d e l a r t e escolares, está d e d i c a d a a l a h i s t o r i a d e l a es-
cultura, a l a historia d e l a p i n t u r a , a l a h i s t o r i a social, y
quizás también a l a h i s t o r i a psicológica d e los e d i f i c i o s a t r a -
vos d e l e s t u d i o d e l a p e r s o n a l i d a d d e sus a u t o r e s , p e r o n o a
NU r e a l i d a d arquitectónica, a s u esencia espacial. E s t e m a t e -
r i a l es, s i n d u d a , d e m u c h o v a l o r : p a r a q u i e n i g n o r e e l inglés
y p r e t e n d a l e e r Hamlet, l e es útilísimo a p r e n d e r e l s i g n i f i -
cado d e c a d a p a l a b r a , después c o l e g i r e l s e n t i d o d e las frases
m e d i a n t e e l e s t u d i o d e los v e r b o s , l u e g o c o n o c e r l a h i s t o r i a
británica d e l s i g l o x v i y las v i c i s i t u d e s m a t e r i a l e s y psicoló-
«icas d e l a v i d a d e S h a k e s p e a r e . P e r o sería a b s u r d o o l v i d a r
d u r a n t e esta c u i d a d o s a preparación, s u m o t i v o o r i g i n a l y s u
f i n último, q u e es r e v i v i r e l p o e m a trágico. T o d a l a b o r a r -
qucológico-histórica y filológico-crítica es útil e n c u a n t o p r e -
p a r a y e m i q u e c e l a p o s i b i l i d a d sintética d e i m a h i s t o r i a d e l a
arquitectura.*
¿Qué es l a a r q u i t e c t u r a ? , y l o q u e todavía i n t e r e s a más:
¿qué es l a n o - a r q u i t e c t u r a ? ¿Es e x a c t a l a identificación e n -
tre a r q u i t e c t u r a y e d i l i c i a artística, y n o - a r q u i t e c t u r a y e d i -
licia antiestética? E n o t r a s p a l a b r a s , l a distinción e n t r e a r q u i -
22 Capitulo segundo
l e c t u r a y n o - a r q u i t e c t u r a , ¿se basa e n u n j u i c i o m e r a m e n t e
estético? ¿Y qué es este espacio p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c -
t u r a ? ¿Cuántas s o n sus d i m e n s i o n e s ?
E s t a s s o n l a s p r e g i m t a s i n m e d i a t a s q u e se p r o p o n e n a l a
crítica arquitectónica. T r a t e m o s d e contestarlas, c o m e n z a n d o
p o r l a última y más específica.
H e m o s d i c h o q u e las c u a t r o f a c h a d a s d e u n a casa, d e u n a
iglesia, d e u n p a l a c i o , p o r b e l l a s q u e sean, n o c o n s t i t u y e n más
q u e l a c a j a e n l a q u e está c o m p r e n d i d a l a j o y a arquitectó-
n i c a . P u e d e estar f i n a m e n t e t r a b a j a d a , a r d u a m e n t e esculpida,
h o r a d a d a c o n g u s t o ; p u e d e ser u n a o b r a m a e s t r a , p e r o c o n -
tinúa s i e n d o u n a c a j a . E x i s t e h o y e n Norteamérica t o d a u n a
técnica y u n a r t e d e h a c e r envases, q u e se etiseña e n l a s es-
cuelas i n d u s t r i a l e s y d e commercial design, p e r o n a d i e h a
p e n s a d o jamás c o n f u n d i r e l v a l o r d e l a c a j a c o n e l d e s u
c o n t e n i d o . E n t o d o e d i f i c i o , l o q u e c o n t i e n e , es l a c a j a d e m u -
ros, l o c o n t e n i d o es e l espacio i n t e r n o . M u y a m e n u d o , e l
u n o c o n d i c i o n a a l o t r o (piénsese e n u n a c a t e d r a l gótica f r a n -
cesa, o e n l a m a y o r p a r t e d e los edificios auténticamente m o -
d e r n o s ) , p e r o t a l r e g l a t i e n e excepciones m u y n u m e r o s a s e n
el pasado, p a r t i c u l a r m e n t e e n l a arquitectura barroca. C o n
f r e c u e n c i a , a través d e l a h i s t o r i a d e l a construcción, e n c o n -
t r a m o s e d i f i c i o s e n los q u e existe u n a n e t a d i v e r s i d a d e n t r e
c o n t i n e n t e y c o n t e n i d o , y basta u n rápido análisis p a r a o b -
s e r v a r q u e m u c h a s veces — e n v e r d a d , d e m a s i a d a s — l a c a j a
de m u r o s h a sido objeto d e m a y o r pensamiento y trabajo
q u e e l espacio arquitectónico.* A h o r a b i e n , ¿cuántas d i m e n -
siones t i e n e l a " c a j a d e m u r o s " d e u n e d i f i c i o ? ¿Pueden ser
i d e n t i f i c a d a s c o n las d i m e n s i o n e s d e l espacio, o sea d e l a a r -
quitectura?
E l d e s c u b r i m i e n t o d e l a p e r s p e c t i v a , es d e c i r , d e l a r e p r e -
sentación gráfica d e l a s tres d i m e n s i o n e s — a l t u r a , p r o f u n -
d i d a d y a n c h o — podía h a c e r c r e e r a los a r t i s t a s d e l s i g l o x v
q u e poseían f i n a l m e n t e las d i m e n s i o n e s d e l a a r q u i t e c t u r a y
e l método d e r e p r e s e n t a r l a . L o s e d i f i c i o s representados e n l a
p i n t u r a p r e - r e n a c e n t i s t a están, e n efecto, a c h a t a d o s y t o r c i -
E l esjiacto, p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c t u r a 23
iloii; O i o t t o perdía l a p a c i e n c i a e n p o n e r f o n d o s arquitectó-
u U n r t vn sus frescos, p e r o debía c o m p r e n d e r q u e s u éxito e r a
l ^ n i i c a m e n t e asaz r e l a t i v o , a u n c u a n d o solía a p r o v e c h a r s e
r H ( r l r i i t e m e n t e d e esta s u i n c a p a c i d a d , s u b r a y a n d o i n t e n c i o -
i i r i t rromáticas q u e serían a l t e r a d a s e n u n a representación
i i i d i i i i r n s i o n a l . E n a q u e l t i e m p o , l a p i n t u r a a c t u a b a todavía
n i d o s d i m e n s i o n e s : l a rigidez f r o n t a l b i z a n t i n a se i b a m o -
i l r l i i i i d o e n los rostros d e l a s f i g u r a s , u n a m a y o r c a p a c i d a d
r i i los pasajes pictóricos d e l a l u z a l a s o m b r a transfería l a
r K i i c r i c n c i a plástica d e l a e s c u l t u r a a l p l a n o cromático; l a
i t i ( | u i l c c t u r a d e P i s a rompía l a p r i m i t i v a s u p e r f i c i e d e l o s
( i r n i c s d e l a s catedrales y d a b a u n a p r o f u n d i d a d , además
i l r u n a víbratibilidad cromática, a los p l a n o s d e m u r o s . P e r o
l i i r necesario esperar e l d e s c u b r i m i e n t o d e l a p e r s p e c t i v a
t a r a o b t e n e r u n a representación a d e c u a d a d e los a m b i e n t e s
n i n i o r e s y d e l a s vistas e x t e r i o r e s d e l a a r q u i t e c t u r a . U n a
\T/. e l a b o r a d a l a p e r s p e c t i v a , e l p r o b l e m a pareció r e s u e l t o :
lit a r q u i t e c t u r a —se d i j o — t i e n e tres d i m e n s i o n e s : e l méto-
d o r s éste, c a d a u n o p u e d e d i b u j a r l a . D e s d e M a s a c c i o , F r a
AiiKelico y B e n o z z o G o z z o l i h a s t a B r a m a n t e , e l siglo x v n , y
también e l x i x , u n a vastísima h i l e r a d e p i n t o r e s d a n r e s p a l d o
a d i b u j a n t e s y a r q u i t e c t o s e n l a representación e n perspec-
tiva d e l a a r q u i t e c t u r a .
C u a n d o e n e l último d e c e n i o d e l siglo p a s a d o l l e g a a ser
i h c W l a reproducción d e fotografías y , p o r c o n s i g u i e n t e , s u
difusión e n m a s a , ellas t o m a n e l l u g a r d e los d i b u j a n t e s y ,
c o n e l d i s p a r o d e u n o b j e t i v o , s u b s t i t u y e n a q u e l l a s perspec-
tivas q u e apasionados estudiosos d e a r q u i t e c t u r a habían d e -
lineado trabajosamente del R e n a c i m i e n t o e n adelante. P e r o ,
p r e c i s a m e n t e c u a n d o t o d o parecía críticamente c l a r o y téc-
n i c a m e n t e l o g r a d o , l a m e n t e d e l h o m b r e descubrió q u e a d e -
más d e l a s tres d i m e n s i o n e s d e l a p e r s p e c t i v a existía i m a
c u a r t a . E s t o ocurrió c o n l a revolución d i m e n s i o n a l c u b i s t a
del período i r m i e d i a t a m e n t e a n t e r i o r a l a g u e r r a d e 1 9 1 4 .
N o nos e x t e n d e r e m o s e n e x p l i c a r l a c u a r t a dimensión más
de l o e s t r i c t a m e n t e necesario a n u e s t r o a s u n t o . E l p i n t o r p a -
S4 C a p i t u l o segundo
rísícnse d e 1 9 1 2 h i z o este r a z o n a m i e n t o : y o v e o y r e p r e s e n t o
u n o b j e t o , p o r e j e m p l o , u n a pequeña c a j a o u n a m e s a ; l a
v e o desde u n p i m t o d e v i s t a , y h a g o s u reproducción e n sus
tres d i m e n s i o n e s desde ese p i m t o d e v i s t a . P e r o s i g i r o e n t r e
las m a n o s l a c a j a , o c a m i n o e n t o m o a l a m e s a , a c a d a paso
varío m i p u n t o d e v i s t a , y p a r a r e p r e s e n t a r e l o b j e t o desde
u n o d e estos p u n t o s , t e n g o q u e h a c e r u n a n u e v a p e r s p e c t i v a .
P o r c o n s i g u i e n t e , l a r e a l i d a d d e l o b j e t o n o se a g o t a e n l a s
tres d i m e n s i o n e s d e l a p e r s p e c t i v a ; p a r a r e p r e s e n t a r l a i n t e -
g r a l m e n t e tendría q u e hacerse i m sinfín d e perspectivas des-
d e l o s i n f i n i t o s p u n t o s d e v i s t a . H a y , p o r t a n t o , o t r o ele-
m e n t o , además d e las t r e s d i m e n s i o n e s t r a d i c i o n a l e s , y es p r e -
c i s a m e n t e e l d e s p l a z a m i e n t o sucesivo d e l ángulo v i s u a l . Aá
f u e b a u t i z a d o e l t i e m p o c o m o " c u a r t a dimensión". L a m a -
n e r a c o m o los p i n t o r e s cubistas i n t e n t a r o n e x p r e s a r esta r e -
a l i d a d d e l a c u a r t a dimensión, s o b r e p o n i e n d o l a s imágenes
d e u n m i s m o o b j e t o r e p r e s e n t a d o desde diversos p i m t o s d e
v i s t a p a r a p r o y e c t a r e l c o n j u n t o e n u n m i s m o t i e m p o , des-
b o r d a n u e s t r o interés.
L o s cubistas n o se d e t u v i e r o n aquí. S u pasión p o r descu-
b r i r , p o r c a p t a r h a s t a e l f o n d o l a r e a l i d a d d e u n o b j e t o , los
llevó a este p e n s a m i e n t o : e n t o d o h e c h o corpóreo, a p a r t e d e
l a f o r m a e x t e m a , existe e l o r g a n i s m o i n t e r n o ; a p a r t e d e l a
p i e l e x i s t e n los músculos y e l esqueleto, l a constitución i n t e r -
n a . Y h e aquí q u e sus p i n t u r a s r e p r e s e n t a n simultáneamente,
n o sólo los diversos aspectos e x t e m o s d e u n o b j e t o , d i g a m o s
u n a c a j a , s i n o también l a c a j a a b i e r t a , l a c a j a e n p l a n t a , l a
caja rasgada.
L a c o n q u i s t a c u b i s t a d e l a c u a r t a dimensión es d e i i u n e n -
sa t r a s c e n d e n c i a histórica, i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a v a l o r a -
ción estética, p o s i t i v a o n e g a t i v a , q u e se p u e d e h a c e r d e l a s
p i n t u r a s cubistas. S e p u e d e p r e f e r i r u n m o s a i c o b i z a n t i n o a
u n fresco d e M a n t e g n a , s i n desconocer, p o r eso, l a i m p o r t a n -
cia d e l a perspectiva e n e l desarrollo d e las investigaciones
d i m e n s i o n a l e s . D e l m i s m o m o d o p u e d e n n o g u s t a r los c u a -
d r o s d e Picasso, a pesar d e r e c o n o c e r e l v a l o r d e l a c u a r t a
E l espado, protagonista d e l a arquitectura 25
dimensión, l a c u a l h a t e n i d o u n a m a r c a d a relación c o n l a
rtiquitectura, n o t a n t o p o r las t r a d u c c i o n e s e n términos e d i -
licios d e l l e n g u a j e pictórico c u b i s t a e n u n a p r i m e r a fase d e l
m o v i m i e n t o m o d e r n o francés y alemán ( i n f l u e n c i a m e j o r
e x p l i c a d a e n l a o b r a : Storia deWarchitettura moderna)^ s i n o
en c u a n t o h a d a d o i m a p o y o científico a l a e x i g e n c i a c i i -
lica d e d i s t i n g u i r e n t r e a r q u i t e c t u r a c o n s t m i d a y a r q u i t c c -
l u i a d i b u j a d a , e n t r e a r q u i t e c t u r a y escenografía: e x i g e n c i a
(|ue p o r l a r g o t i e m p o había p e r m a n e c i d o e n estado p r o b l e -
mático.
L a c u a r t a dimensión pareció r e s p o n d e r d e m o d o e x h a u s -
t i v o a l a cuestión d e las d i m e n s i o n e s e n l a a r q u i t e c t u r a . H a -
cemos g i r a r e n t r e l a s m a n o s u n a e s t a t u i l l a p a r a o b s e r v a r l a
l>or todas partes, o c a m i n a m o s e n t o m o a u n g m p o escultóri-
co p a r a e s t u d i a r l o p o r i m l a d o y p o r o t r o , d e l e j o s y d e cer-
ca. E n a r q u i t e c t i u ^ —se pensó— existe e l m i s m o e l e m e n t o
" t i e m p o " o , m e j o r d i c h o , este e l e m e n t o es i n d i s p e n s a b l e p a r a
la a c t i v i d a d e d i l i c i a . D e s d e l a p r i m e r a c h o z a d e l h o m b r e p r i -
m i t i v o h a s t a n u e s t r a casa, h a s t a l a iglesia, h a s t a l a escuela,
hasta l a o f i c i n a d o n d e t r a b a j a m o s , t o d a o b r a d e a r q u i t e c t u r a ,
p a r a ser c o m p r e n d i d a y v i v i d a , r e q u i e r e e l t i e m p o d e n u e s t r o
r e c o r r i d o , l a c u a r t a dimensión. E l p r o b l e m a pareció r e s u e l t o
u n a v e z más.
S i n e m b a r g o , i m a dimensión q u e es común a t o d a s l a s
artes, n o p u e d e s e r característica d e n i n g u n a , y p o r esto e l
espacio arquitectónico n o se a g o t a c o n l a s c u a t r o d i m e n s i o -
nes. E s t e n u e v o f a c t o r t i e m p o t i e n e también dos s i g n i f i c a d o s
antitéticos e n a r q u i t e c t u r a y e n p i n t u r a . E n p i n t u r a , l a c u a r -
ta dimensión es u n a c u a l i d a d r e p r e s e n t a t i v a d e i m o b j e t o , es
un elemento de s u realidad, que u n pintor puede optar p o r
proyectar e n e l plano y que n o requiere n i n g i m a partici-
pación física d e l o b s e r v a d o r . E n e s c u l t u r a sucede l a m i s m a
cosa: e l " m o v i m i e n t o " d e u n a f o r m a d e B o c c i o n i es u n a c u a -
lidad propia d e l a estatua que contemplamos, y que debemos
r e v i v i r psicológica y v i s u a l m e n t e . P e r o , e n a r q u i t e c t u r a , e l f e -
nómeno es t o t a l m e n t e d i f e r e n t e y c o n c r e t o : aquí, e l h o m b r e ,
26 C a p i t u l o segundo
q u e moviéndose e n e l e d i f i c i o y estudiándolo desde sucesivos
p i m t o s d e v i s t a crea, p o r así decir, l a c u a r t a dimensión, c o -
m u n i c a a l espacio s u r e a l i d a d i n t e g r a l . "
P a r a ser más precisos —^ya q u e e n esta m a t e r i a se h a n es-
c r i t o c o m p U c a d o s volúmenes, c u a n d o e n r e a l i d a d l a única
d i f i c u l t a d es l a d e e x p r e s a r i m a e x p e r i e n c i a d e t o d o s c o n o -
c i d a — , l a c u a r t a dimensión es s u f i c i e n t e p a r a d e f i n i r e l v o -
l u m e n arquitectónico, es decir, l a c a j a d e m u r o s q u e i n v o l u c r a
e l espacio. P e r o e l espacio e n sí — l a esencia d e l a a r q u i t e c -
t u r a — t r a s c i e n d e d e los límites d e l a c u a r t a dimensión.
E n t o n c e s , ¿cuántas d i m e n s i o n e s t i e n e este "vacío" a r q u i -
tectónico, e l espacio? C i n c o , diez, quizás i n f i n i t a s . P e r o , p a r a
nuestros fines b a s t a establecer q u e e l espacio arquitectónico
n o es d e f i n i b l e e n los términos d e l a s d i m e n s i o n e s d e l a p i n -
t u r a y d e l a e s c u l t u r a . E s u n fenómeno q u e se c o n c r e t a sola-
m e n t e e n a r q u i t e c t u r a y c o n s t i t u y e s u carácter específico.
E l l e c t o r c o m p r e n d e q u e , l l e g a n d o a este p u n t o , l a p r e g u n t a
"¿qué es l a a r q u i t e c t u r a ? " y a h a e n c o n t r a d o s u respuesta.
D e c i r , c o m o se suele, q u e l a a r q u i t e c t u r a es l a e d i l i c i a " b e l l a "
y l a n o - a r q u i t e c t u r a es l a e d i l i c i a " f e a " , n o t i e n e ningún sen-
t i d o a c l a r a t o r i o , p o r q u e l a belleza y l a f e a l d a d s o n r e l a t i v a s
y p o r q u e , d e c u a l q u i e r m o d o , sería necesario a n t e p o n e r u n a
definición analítica d e l a e d i l i c i a , l o q u e n o s llevaría a l p u n t o
de p a r t i d a .
L a definición más precisa q u e se p u e d e d a r h o y d e l a a r -
q u i t e c t u r a , es a q u e l l a q u e t i e n e e n c u e n t a e l espacio i n t e r i o r .
L a a r q u i t e c t u r a b e l l a , será l a a r q u i t e c t u r a q u e t i e n e u n es-
pacio i n t e r n o q u e nos atrae, nos eleva, n o s subyuga espiri-
t u a l m e n t e ; l a a r q u i t e c t u r a " f e a " , será a q u e l l a q u e t i e n e u n
espacio i n t e r n o q u e n o s m o l e s t a y n o s r e p e l e . P e r o l o i m p o r -
t a n t e es establecer q u e t o d o l o q u e n o t i e n e espacio i n t e r n o ,
n o es a r q u i t e c t u r a .
S i a d i n i t i m o s c u a n t o h e m o s d i c h o —^y a d m i t i r l o p a r e c e
a s u n t o d e b u e n s e n t i d o , a p a r t e d e s e r l o d e lógica—, d e b e m o s
reconocer q u e los libros comunes d e historia d e l a arquitec-
t u r a están r e p l e t o s d e observaciones q u e n o t i e n e n n a d a d e
E l espacio, p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c t u r u 27
i4imún c o n l a a r q u i t e c t u r a , d e f i n i d a e n este s e n t i d o especí-
l l < - o . S e d e d i c a n u n a i n f i n i d a d d e páginas a t r a t a r sobre l a s
I m l i u d a s d e l o s edificios, p e r o éstas s o n e s c u l t u r a , plástica e n
Hiiiii escala, n o a r q u i t e c t u r a e n e l s e n t i d o e s p a c i a l d e l a p a -
U b r a . U n obelisco, u n a f u e n t e , u n m o n u m e n t o a u n q u e d e
|iio|K)rciones enormes, u n arco d e t r i u n f o , s o n todos hechos
d e a r t e q u e encontramos e n las historias d e l a arquitectura
V ( p i e p u e d e n ser o b r a s c u m b r e s d e poesía, p e r o n o s o n a r -
i p i i t r c t u r a . L a escenografía, l a a r q u i t e c t u r a p i n t a d a o d i b u -
J n d a , n o es a r q u i t e c t u r a ; n i más n i m e n o s q u e u n p o e m a t o -
d a v í a n o d e s a r r o l l a d o e n v e r s o y s o l a m e n t e n a r r a d o e n sus
Kiiuidcs líneas n o es u n p o e m a , o l o es m e r a m e n t e e n i n t e n -
I Ion. E n o t r a s p a l a b r a s , l a e x p e r i e n c i a espacial n o está d a d a ,
lin.iia q u e l a expresión mecánica y c o n c r e t a n o h a y a r e a l i z a d o
In intuición lírica. A h o r a b i e n , s i n o s o t r o s t o m a m o s c u a l q u i e r
l i i m o r i a d e l a a r q u i t e c t u r a y e n t r e s a c a m o s rigurosamente t o -
da» las p a r t e s e n q u e se d e t i e n e e n l a descripción d e h e c h o s
n i i arquitectónicos, p o d r e m o s estar seguros d e q u e e n c i e n pá-
KÍnaN l l e g a r e m o s a s u p r i m i r o c h e n t a p o r l o m e n o s .
I V r o aquí p u e d e n s u r g i r dos gravísimas e q u i v o c a c i o n e s q u e
n o sólo anularían e l v a l o r d e l r a z o n a m i e n t o p r e c e d e n t e , s i n o
q u e harían f r a n c a m e n t e ridicula l a interpretación e s p a c i a l d e
IR a r c | u i t c c t u r a . E s t a s s o n :
1) q u e l a e x p e r i e n c i a espacial d e l a a r q u i t e c t u r a t a n sólo
se p u e d e t e n e r e n e l i n t e r i o r d e u n e d i f i c i o , es d e c i r , q u e
prácticamente n o existe, o n o t i e n e v a l o r e l espacio u r -
banístico;
2 ) q u e e l espacio n o es s o l a m e n t e e l p r o t a g o n i s t a d e l a
a r q u i t e c t u r a , s i n o q u e a g o t a l a e x p e r i e n c i a arquitectó-
n i c a , y q u e , p o r c o n s i g u i e n t e , l a interpretación e s p a c i a l
d e u n e d i f i c i o es s u f i c i e n t e c o m o i n s t r u m e n t o crítico
para juzgar u n a obra de arquitectura.
JCstas e q u i v o c a c i o n e s d e b e n s e r disipadas i n m e d i a t a m e n t e .
L a e x p e r i e n c i a espacial p r o p i a d e l a a r q u i t e c t u r a t i e n e s u
pnilongación e n l a c i u d a d , e n l a s calles y e n l a s plazas, e n las
28 Capítulo segundo
c a l l e j u e l a s y e n los p a r q u e s , e n los estadios y e n los j a r d i n e s ,
a l l i d o n d e l a o b r a d e l h o m b r e h a d e l i m i t a d o "vacíos", es de-
cir, d o n d e h a c r e a d o espacios cerrados. S i e l i n t e r i o r d e u n
e d i f i c i o está l i m i t a d o p o r seis p l a n o s (suelo, t e c h o y c u a t r o
p a r e d e s ) , esto n o s i g n i f i c a n e g a r l a c u a l i d a d d e espacio a u n
vacío c e r r a d o p o r c i n c o p l a n o s e n l u g a r d e seis, c o m o o c u r r e
e n u n p a t i o o e n u n a p l a z a . N o sé s i l a e x p e r i e n c i a espacial
q u e se t i e n e a l r e c o r r e r u n a a u t o p i s t a rectilínea y u n i f o r m e a
través d e kilómetros d e l l a n u r a d e s h a b i t a d a , se p u e d a d e f i n i r
c o m o u n a e x p e r i e n c i a arquitectónica e n e l s e n t i d o c o r r i e n t e
de l a p a l a b r a ; p e r o es c i e r t o q u e t o d o e l espacio urbanístico,
t o d o l o q u e está l i m i t a d o v i s u a h n e n t e p o r m u r o s , filas d e ár-
boles, perspectivas, etc., está c a r a c t e r i z a d o p o r los m i s m o s ele-
m e n t o s q u e d i s t i n g u e n e l espacio arquitectónico. A h o r a , d a d o
que cada v o l u m e n edilicio, cada "caja d e m u r o s " , constituye
u n límite, i m a c o r t a d u r a e n l a c o n t i n u i d a d espacial, es c l a r o
q u e t o d o e d i f i c i o c o l a b o r a e n l a creación d e dos espacios: l o s
espacios i n t e r n o s , d e f i n i d o s c o m p l e t a m e n t e p o r c a d a o b r a a r -
quitectónica, y los espacios e x t e m o s o urbanísticos, q u e están
l i m i t a d o s p o r c a d a u n a d e ellas y sus c o n t i g u a s . E s e v i d e n t e
q u e todos estos t e m a s q u e h e m o s e x c l u i d o d e l a a r q u i t e c t u r a
p r o p i a m e n t e d i c h a — p u e n t e s , obeliscos, fuentes, arcos d e
t r i u n f o , a g m p a c i o n e s d e árboles, etc. ( v e r láms. 1 , l a ) — y
p a r t i c u l a r m e n t e las f a c h a d a s d e los e d i f i c i o s , e n t r a n t o d o s e n
j u e g o e n l a formación d e los espacios urbanísticos. T a m p o c o
aquí t i e n e i m p o r t a n c i a s u v a l o r artístico p a r t i c u l a r , o a l m e -
nos n o t i e n e i m p o r t a n c i a p r e d o m i n a n t e ; l o q u e i n t e r e s a es s u
función c o m o e l e m e n t o s d e t e r m i n a n t e s d e u n espacio c e r r a -
d o . Q u e las f a c h a d a s sean bellas o n o , es h a s t a aquí ( h a s t a
q u e h a y a m o s a c l a r a d o e l segundo e r r o r ) s e c u n d a r i o . Así c o m o
c u a t r o p a r e d e s b i e n d e c o r a d a s n o c r e a n p o r sí m i s m a s u n be-
l l o a m b i e n t e , u n g m p o d e excelentes casas p u e d e l i m i t a r u n
pésimo espacio urbanístico y v i c e v e r s a . "
L a segunda equivocación l l e v a e l r a z o n a m i e n t o a sus lími-
tes lógicos e x t r e m o s y a l a b s u r d o , a través d e a r g u m e n t a c i o -
nes q u e s o n t o t a l m e n t e extrañas a las i n t e n c i o n e s d e t o d a per-
E l espacio, p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i t e c t u r a 29
«Hi.i í | u e sostenga l a interpretación espacial d e l a a r q u i t e c -
tiii.i. D e c i r q u e e l espacio i n t e r n o es l a esencia d e l a a r q u i -
i c r i t i r a , no significa de n i n g u n a m a n e r a que el v a l o r d e l u i a
n b i a arquitectónica se a g o t e e n e l v a l o r espacial. T o d o e d i f i -
I i i > c a r a c t e r i z a p o r u n a p l u r a l i d a d d e v a l o r e s : económicos,
M H i a l r x , técnicos, f u n c i o n a l e s , artísticos, espaciales y d e c o r a -
i l v o . s , y c a d a p e r s o n a es m u y dueña d e e s c r i b i r h i s t o r i a s eco-
iióinicas, h i s t o r i a s sociales, h i s t o r i a s técnicas y volumétricas
i l r l a a r q u i t e c t u r a , así c o m o es posible e s c r i b i r u n a h i s t o r i a
mmnológica, t o m i s t a o política d e l a D i v i n a C o m e d i a . P e r o
IH i r a l i í l a d d e l e d i f i c i o es consecuencia d e todos estos f a c t o r e s ,
y R u h i s t o r i a válida n o p u e d e o l v i d a r n i n g u n o d e ellos. A u n
| i i r s 4 : i n d i c n d o d e los f a c t o r e s económicos, sociales y técnicos,
y f i j a n d o l a atención sobre los f a c t o r e s artísticos, es c l a r o q u e
r l r s p a c i o e n sí, a pesar d e ser e l s u b s t a n t i v o d e l a a r q u i t e c -
t u r a , n o basta p a r a d e f i n i r l a . S i es c i e r t o q u e u n a decoración
l i r l l a n u n c a creará u n espacio b e l l o , es también c i e r t o q u e u n
T i p . u i o s a t i s f a c t o r i o s i n e l sostén d e u n a d e c u a d o t r a t a m i e n t o
d r tas paredes q u e l o c i e r r a n , n o c r e a u n a m b i e n t e artístico.
A( arce v e r t o d o s los días u n a b e l l a habitación e s t r o p e a d a p o r
b M i n i c e s y pinturas, por muebles inadecuados o p o r u n a i l u -
m i n a c i ó n m i s e r a b l e . S i n d u d a , se t r a t a d e e l e m e n t o s r e l a t i v a -
u i r n t e p o c o i m p o r t a n t e s , p o r q u e se p u e d e n c a m b i a r fácil-
m e n t e , m i e n t r a s q u e e l espacio está y p e r m a n e c e . P e r o u n
j u i c i o estético sobre u n e d i f i c i o se basa n o sólo e n s u v a l o r
rtr(|uitectónico específico, sino también e n t o d o s sus f a c t o r e s
accesorios, sean estos escultóricos, c o m o e n l a decoración a p l i -
c a d a , pictóricos, c o m o e n los mosaicos, frescos y c u a d r o s , o
bien d e a m u e b l a m i e n t o .
Después d e i m siglo d e a r q u i t e c t u r a p r e p o n d e r a n t e m e n t e
d e c o r a t i v a , escultórica, " a - e s p a c i a l " , e l m o v i m i e n t o m o d e m o ,
r n su espléndido m t e n t o d e l l e v a r d e n u e v o l a a r q u i t e c t u r a
ñ l u p r o p i o c a m p o , h a d e s t e r r a d o l a decoración d e los e d i f i -
cios, i n s i s t i e n d o sobre l a tesis d e q u e los únicos v a l o r e s a r q u i -
tectónicos legítimos s o n l o s volumétricos y espaciales, la.
«r(|uitcctura r a c i o n a l i s t a se dirigió p r i n c i p a l m e n t e h a c i a l o s
30 Capítulo segundo
v a l o r e s volumétricos, m i e n t r a s q u e e l m o v i m i e n t o orgánico
apuntó a los espaciales. P e r o es e v i d e n t e q u e s i n o s o t r o s , c o m o
a q u e l l o s a r q u i t e c t o s s u b r a y a m o s los s u b s t a n t i v o s y n o los a d -
j e t i v o s d e l a a r q u i t e c t u r a , c o m o críticos e h i s t o r i a d o r e s n o
p o d e m o s p r o p o n e r n u e s t r a s preferencias, e n e l c a m p o d e los
m o d o s o d e las expresiones f i g u r a t i v a s , c o m o único m e t r o d e
j u i c i o p a r a l a a r q u i t e c t u r a d e t o d o s los t i e m p o s . T a n t o más
q u e , después d e v e i n t e años d e n u d i s m o arquitectónico, d e
desinfección d e c o r a t i v a , d e fría y g l a c i a l volumetría, d e este-
rilización estilística c o n t r a r i a a t a n t a s exigencias psicológicas
y e s p i r i t u a l e s , l a decoración ( y a n o e n f o r m a d e o r n a m e n t a -
ción a p l i c a d a , s i n o e n f o r m a d e a c o p l a m i e n t o d e m a t e r i a l e s
n a t u r a l e s d i s t i n t o s , d e n u e v o s e n t i d o d e l c o l o r , e t c . ) está e n -
t r a n d o d e n u e v o e n l a a r q u i t e c t u r a , y es además j u s t o q u e así
sea. L a " a u s e n c i a d e decoración" n o p u e d e ser u n p t m t o d e l
p r o g r a m a d e n i n g u n a a r q u i t e c t u r a , a n o ser e n p l a n t e o polé-
m i c o y , p o r t a n t o , efímero.
E l l e c t o r p r o f a n o , a l l l e g a r aquí, quizás q u e d e c o n f u n d i d o .
S i l a decoración t i e n e u n a i m p o r t a n c i a , s i l a e s c u l t u r a y l a
p i n t u r a , desechadas e n u n p r i m e r m o m e n t o , v u e l v e n a l c a m -
p o d e l a a r q u i t e c t u r a , ¿para qué h a s e r v i d o t o d o este dis-
curso?
E v i d e n t e m e n t e , n o h a s e r v i d o p a r a d e s c u b r i r n u e v a s ideas,
n i p a r a i n v e n t a r teorías esotéricas d e l a a r q u i t e c t u r a , s i n o
s i m p l e m e n t e p a r a o r d e n a r y o r i e n t a r l a s ideas q u e e x i s t e n
y q u e todos i n t u y e n . E s c i e r t o q u e l a decoración, l a e s c u l t u -
r a y l a p i n t u r a están c o m p r e n d i d a s e n e l e s t u d i o d e los e d i -
ficios ( n o m e n o s q u e los m o t i v o s económicos, los v a l o r e s so-
ciales o f u n c i o n a l e s y l a s razones técnicas); l a a r q u i t e c t u r a
a b a r c a t o d o , así c o m o c u a l q u i e r o t r o g r a n fenómeno d e a r t e ,
p e n s a m i e n t o o práctica h u m a n o s , p e r o ¿en qué f o r m a ? N o
i n d i f e r e n c i a d a m e n t e c o m o se podría c r e e r a f i r m a n d o u n a u n i -
d a d d e las artes, genérica y vacía. E n l a ecuación a r q u i t e c -
tónica, l a decoración, l a p i n t u r a y l a e s c u l t u r a se c o l o c a n e n
sus l u g a r e s respectivos, según s u c a l i d a d d e s u b s t a n t i v o s o
de adjetivos.
E l espado, protagonista de l a arquitectura 31
I .A h i s t o r i a d e l a a r q u i t e c t u r a es, a n t e t o d o , l a h i s t o r i a d e
\un ( o n c c p c i o n e s espaciales. E l j u i c i o arquitectónico es f u n d a -
i t t n i t a l m e n t e u n j u i c i o a c e r c a d e l espacio i n t e r n o d e l o s e d i -
( l i i o s . S i este j u i c i o n o se p u e d e e x p r e s a r p o r l a c a r e n c i a d e
t - i i | i . u : i o i n t e r i o r , c o m o o c u r r e e n los d i s t i n t o s t e m a s c o n s t r u c -
i l v o . H fie los q u e se h a h e c h o mención más a r r i b a , e l e d i f i c i o
ñcii e l A r c o d e T i t o , l a C o l u m n a T r a j a n a o u n a f u e n t e d e
l l r i i i i n i — desborda l a historia de l a arquitectura y perte-
i i n r c o m o espacio volumétrico a l a h i s t o r i a d e l u r b a n i s m o , y
c o m o v a l o r artístico intrínseco a l a h i s t o r i a d e l a e s c u l t u r a .
Si r l j u i c i o sobre e l espacio i n t e r n o es n e g a t i v o , e l e d i f i c i o
foiina parte de la no-arquitectura, o m a l a arquitectura, a u n -
que r n última i n s t a n c i a sus e l e m e n t o s d e c o r a t i v o s p u e d a n ser
rtbarcados e n l a h i s t o r i a d e l a r t e escultórico. S i e l j u i c i o sobre
r l r s p a c i o d e u n e d i f i c i o es p o s i t i v o , éste e n t r a e n l a h i s t o r i a
d r l a a r q u i t e c t u r a , a i m q u e l a decoración sea i n e f i c a z , es d e -
cir, a u n q u e e l e d i f i c i o c o n s i d e r a d o íntegramente n o sea d e l
t i K i o s a t i s f a c t o r i o . E n f i n , c u a n d o e l j u i c i o sobre l a concepción
m p a c i a l d e u n e d i f i c i o , sobre s u volumetría y sobre sus a d i -
tttni(*ntos d e c o r a t i v o s es p o s i t i v o , entonces n o s e n c o n t r a m o s
( r r n t e a las g r a n d e s e íntegras o b r a s d e a r t e , e n c u y a excelsa
r e a l i d a d c o l a b o r a n los m e d i o s e x p r e s i v o s d e t o d a s l a s artes
figurativas.
K n conclusión, s i b i e n e n l a a r q u i t e c t u r a p o d e m o s e n c o n -
I r n r las c o n t r i b u c i o n e s d e l a s demás artes, es e l espacio i n -
terno, e l espacio q u e n o s c i r c u n d a y n o s i n c l u y e , e l q u e d a
r l " l a " e n e l j u i c i o sobre u n e d i f i c i o , e l q u e c o n s t i t u y e e l "sí"
o e l " n o " d e c u a l q u i e r s e n t e n c i a estética sobre a r q u i t e c t u r a .
Las demás cosas s o n i m p o r t a n t e s , o m e j o r , pueden s e r i m -
|K>rtantes, p e r o s o n f i m c i o n e s d e l a concepción e s p a c i a l . C a d a
vez q u e e n l a h i s t o r i a y e n l a estética se p i e r d e d e v i s t a esta
jerarquía d e v a l o r e s , se g e n e r a confusión y se acentúa l a des-
orientación presente e n m a t e r i a d e a r q u i t e c t u r a .
Q u e e l espacio, e l "vacío", sea e l p r o t a g o n i s t a d e l a a r q u i -
tectura, restilta, e n e l fondo, m u y n a t u r a l : y a que l a a r q u i -
t e c t u r a n o es t a n sólo a r t e , n i sólo i m a g e n d e v i d a histórica
32 C a p i t u l o segundo

o d e v i d a v i v i d a p o r n o s o t r o s o p o r l o s demás; es también, y Ctípitulo tercero

e n p r i m e r l u g a r , e l a m b i e n t e , l a escena e n l a c u a l se d e s a r r o - 1,(1 iTj)resentación d e l espacio
lla nuestra vida.

U n día, h a c i a 1 4 3 5 , c i e r t o J u a n G u t e n b e r g d e M a g u n c i a
l i i v o l a i d e a d e t a l l a r e n pequeños pedazos d e m a d e r a l a s
I r i t a s d e l a l f a b e t o y c o m p u s o c o n ellos p a l a b r a s , r e n g l o n e s ,
f t t n r s , páginas. Inventó l a i m p r e n t a y c o n este a c t o abrió e l
m u n d o d e l a s o b r a s poéticas y l i t e r a r i a s , h a s t a e n t o n c e s p r o -
i l r d a d e i n s t r u m e n t o d e u n a m u y r e d u c i d a clase d e i n t e -
r i (nales, a l a m a s a d e l p u e b l o .
I',n 1 8 3 9 , u n t a l D a g u e r r e aplicó sus c o n o c i m i e n t o s f o t o -
((nliuicos a f i n d e r e p r o d u c i r l a s imágenes d e u n o b j e t o . I n -
ventó l a fotografía y marcó e l p a s o a l p l a n o c o l e c t i v o d e
I f H l a s las e x p e r i e n c i a s v i s u a l e s , h u m a n a s y artísticas, q u e h a s -
la entonces habían s i d o p r i v i l e g i o e x c l u s i v o d e l a s pocas p e r -
M i n a . s q u e podían costear u n p i n t o r p a r a h a c e r s e i m r e t r a t o
o q u e podían v i a j a r p a r a e s t u d i a r l a s o b r a s pictóricas y
rM'ultóricas.
lüiison, e n 1 8 7 7 , inventó u n a p a r a t o c i l i n d r i c o y logró p o r
p r i m e r a v e z r e g i s t r a r l o s s o n i d o s e n u n a lámina d e estaño.
(¡uarcnta y t r e s años después, e n 1 9 2 0 , t u v o l u g a r l a p r i m e r a
transmisión radiofónica. £1 a r t e m u s i c a l , h a s t a entonces a d i s -
Kisición e x c l u s i v a d e l i m i t a d o s g r u p o s d e e n t e n d i d o s , se d i -
undió e n t r e l a m a s a g r a c i a s a l fonógrafo y a l a r a d i o .
D e esta m a n e r a , e n u n c o n t i n u o p r o g r e s o científico y téc-
iiie.o d e d i c a d o a e n r i q u e c e r e l p a t r i m o n i o e s p i r i t u a l d e u n
número d e h o m b r e s c a d a v e z m a y o r , l a poesía y l a l i t e r a -
t u r a , l a p i n t u r a , l a e s c u l t u r a y l a música e n c o n t r a r o n l o s
medios p a r a u n a difusión e n g r a n escala. Así c o m o l a r e p r o -
ilucción s o n o r a casi a l c a n z a h o y l a perfección, d e l m i s m o
m o d o l a fotografía e n colores h a c e p r e v e r p a r a d e n t r o d e