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12º Ano
Ano Letivo 2016-17
Escola Secundária
Alfredo da Cruz Silva
1 Sucessões 7
1.1 Noção de Sucessão 7
1.2 Modos de designar uma sucessão 9
1.3 Representação gráfica de uma sucessão 11
1.4 Subsucessão de uma sucessão 12
1.5 Monotonia de sucessão 13
1.6 Sucessões limitadas 15
Exercícios do Capítulo 1 18
3 Limites de sucessões 37
3.1 Vizinhança de um número real 37
3.2 Limite de uma sucessão 38
3.3 Sucessões convergentes 40
3.4 Infinitamente grandes 44
3.5 Classificação de sucessões 47
3.6 Operações com sucessões convergentes 47
3.7 Operações com sucessões divergentes 48
3.8 Indeterminações 49
3.9 Sucessão do tipo an ( a ∈ R, n ∈ N) 52
3.10O número de Neper 56
Exercícios do Capítulo 3 60
4 esacs - 2016/17
4 Funções exponenciais 63
4.1 Potencia de base positiva e expoente racional 63
4.2 Função exponencial 64
4.3 Propriedades da função exponencial 65
4.4 Equação exponencial 66
4.5 Inequação exponencial 69
Exercícios do Capítulo 4 73
5 Funções logarítmicas 75
5.1 Logaritmo de um número 75
5.2 Consequências da definição 76
5.3 Propriedades dos logaritmos 77
5.4 Função logarítmica 80
5.5 Propriedades da função logarítmica 82
5.6 Equação logarítmica 83
5.7 Inequação logarítmica 88
5.8 Estudo das funções exponenciais e logarítmica 92
Exercícios do Capítulo 5 94
8 Derivadas 131
8.1 Taxa de variação média 131
8.2 Derivada de uma função num ponto 132
8.3 Derivadas laterais 134
8.4 Derivabilidade e continuidade 135
8.5 Função derivada 135
8.6 Regras de derivação 136
8.7 Aplicações da derivada de uma função 141
8.8 Aplicações da segunda derivada de uma função 145
8.9 Estudo de função 147
Exercícios do Capítulo 8 151
Bibliografia 157
Índice 159
1 S UCESSÕES
Introdução
O estudo de sucessões despertou o interesse de vários pesquisadores. Fibonacci, entretanto, foi o primeiro a
propor os primeiros problemas sobre sucessões, através da observação de fenómenos naturais. Seu problema
mais famoso é:
"Um casal de coelhos torna-se produtivo após dois meses de vida, a partir de então, produz um novo casal a cada mês.
Começando com um único casal de coelhos recém-nascidos, quantos casais serão ao final de um ano?".
Existem diversas sucessões na natureza, mas as que nos interessarão são as numéricas.
Historial...
O termo sucessão é muito utilizado na linguagem corrente. Por exemplo, é
Leonardo Fibonacci , também conhecido
frequente falar-se: como Leonardo de Pisa, foi um mate-
mático italiano, tido como o primeiro
• da sucessão dos dias e das noites; grande matemático europeu da Idade Mé-
dia. No ano de 1202 publicou o livro Li-
• da sucessão de presidentes da república; ber Abaci em que apresenta uma sequen-
cia que descreve o crescimento de uma
• da sucessão dos diretores da Escola; população de coelhos. Ficou também co-
nhecido pelo seu papel na introdução dos
• etc. algarismos arábicos na Europa.
• Os valores da função:
u1 , u2 , . . . u n , . . .
Uma sucessão, sendo uma função, poder-se-ia designar por u(n). Em vez
disso, escreve-se
( u n ) n ∈N , { u n } ∞
n=1 ou simplesmente ( un ) ,
(un ) : N → R ( wn ) : N → R
2
n 7→ 2n − n + 5 n 7→ 2n − 1
(vn ) : N → R
n+3 (tn ) : N → R
n 7→ √
n n 7→ 3 cos n
2n
Exemplo 1.1.2 A expressão un = não representa uma sucessão
n−1
porque não admite todos os números naturais como objeto, o 1 por
exemplo, logo o seu domínio não pode ser N.
un = p
for possível em N.
n+1
(b) a n =
n
( n + 1) + 1 n+2
a n +1 = =
n+1 n+1
n+1
(c) a n = ; an = 1, 02
n
n+1
an = 1, 02 ⇔ = 1, 02
n
⇔ n + 1 = 1, 02n ⇔ 1 = 0, 02n
1
⇔n= ⇔ n = 50
0, 02
26
Exemplo 1.1.4 Averigue se é termo da sucessão ( an ), assim defi-
15
nida
3n + 1
an = ,
2n
e, em caso afirmativo indique a sua ordem.
Resolução:
26 3n + 1 26 15
an = ⇔ = ⇔ 45n + 15 = 52n ⇔ n = .
15 2n 15 7
15 26
Como 6∈ N, logo não é termo da sucessão ( an ).
7 15
Por exemplo, a sucessão dos números naturais ímpares, é escrita do modo 3. Representa pelos seus termos, a su-
cessão dos números naturais pares.
seguinte:
1, 3, 5, . . . .
10 esacs - 2016/17
A forma mais comum de designar uma sucessão, consiste em indicar uma 4. Sabendo que todos os termos seguem
fórmula por meio da qual se pode obter, para cada natural n, o correspon- a mesma lei de formação, escreva o
termo geral de cada uma das seguin-
dente n−ésimo termo.
tes sequencias:
(a) 1, 4, 7, 10, . . .
Por exemplo, a formula
5 9 13 17
1 (b) , , , , ...
un = 3 5 7 9
n 4 6 8
(c) 2, , , , . . .
permite-nos obter a sucessão seguinte de termos ordenados 3 5 7
1 2 3 4
(d) , , , , ...
1 1 3 9 27 81
1, , , ....
2 3
A fórmula
un = 1,
designa a sucessão constante com todos os termos iguais a 1, e que,
ordenada, se escreve
1, 1, 1, . . . , 1, . . . .
Outro modo de designar uma sucessão, consiste em indicar as instruções 5. Indique os cinco primeiros termos
de como obter os termos sucessores conhecido um ou mais dos primeiros da sucessão (vn ) definida recursiva-
mente por:
termos. Isto é, quando os termos de uma sucessão se podem calcular a
partir de termos anteriores. v1 = 1
v =2
2
v n +2 = v n +1 + v n , ∀ n
Por exemplo, as formulas
1, 3, 5, 7, 9, . . . .
7. Defina por um processo de recorrên-
Uma sucessão determinada por este processo, diz-se uma sucessão definida cia a sucessão cujos primeiros termos
são
por 1bfrecorrência. 2, 5, 8, 11, 14, . . . .
matemática 12º ano 11
Resolução: Definindo
u1 = 1, u2 = 1, u3 = 2, u4 = 3, u5 = 5, u6 = 8, . . . .
Pode-se reparar que, a partir do 3º, cada termo é dado pela soma dos dois
termos anteriores, ou seja,
Figura 1.1: Sucessão de Fibonacci apli-
u1 = 1
cada a reprodução de coelhos
u2 = 1 8. Considere a sucessão (bn ) definida
por recorrência.
u =u
n n −1 + u n −2 , para n ≥ 3
b1 = 5
Para determinar o número de casal de coelhos após 12 meses, faz-se bn = 3 + bn − 1 , n ≥ 2
(a) Escreva alguns termos da suces-
n − 1 = 12 ⇔ n = 13. são. O que observou?
(b) Faça uma previsão para um pro-
Listando os termos da sucessão de Fibonacci tem-se: cesso que permita encontrar qual-
quer termo da sucessão conhecida
a sua ordem.
1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, . . . .
{(n, un ) : n ∈ N}
n −1
1
Exemplo 1.3.1 Faça a representação gráfica dos cinco primeiros ter- 9. A sucessão pn = 60 × repre-
2
mos da sucessão: senta a sucessão dos perímetros dos
1 triângulos equiláteros representados
un = , n ∈ N na figura.
n
Resolução: Atendendo a que o conjunto dos termos da sucessão é
1 1 1 1
1, , , , , . . .
2 3 4 5 20 20
temos:
un
1
0.8
0.6
0.4 20
0.2
60; 30; 15; 7, 5; . . .
0 1 2 3 4 5 n Represente graficamente a sucessão.
12 esacs - 2016/17
(−1)n
un = −1
n
de termos
1 1 1 1 1 Figura 1.2: Subsucessão de termos de
−1,
, − , ,− , ...
2 3 4 5 6 ordem pares e ímpares.
são particularmente importantes duas subsucessões: a subsucessão dos
termos de ordem par, de termo geral
1
pk = u2k = , k∈N
2k
e termos
1 1
−1, − , − . . .
3 5
e a subsucessão dos termos de ordem ímpar, de termos geral
1
ik = u2k−1 = − , k ∈ N.
2k − 1
de termos
1 1 1
, , ...
2 4 6
matemática 12º ano 13
Uma sucessão diz-se monótona crescente, se qualquer dos seus termos for
menor ou igual que seu sucessor. Diz-se que uma sucessão é monótona
decrescente, se qualquer dos seus termos for maior ou igual que o seu su-
cessor. Uma sucessão diz-se, apenas monótona, se for monótona crescente
ou decrescente.
u n +1 ≥ u n ⇔ u n +1 − u n ≥ 0 ∀n ∈ N. un
u n +1 ≤ u n ⇔ u n +1 − u n ≤ 0 ∀n ∈ N.
No caso de se ter
n
u n +1 − u n > 0 ∀n ∈ N,
Figura 1.3: Sucessão crescente.
diz-se que (un ) é estritamente crescente. Se
u n +1 − u n < 0 ∀n ∈ N,
un
diz-se que (un ) é estritamente decrescente.
2n + 4
un = .
3n
Resolução: Começa-se por determinar a diferença un+1 − un e compará-la 11. Prove que
com zero. ∀n ∈ N, an+1 − an > 0,
2(n + 1) + 4 2n + 4 2n + 6 2n + 4 onde
u n +1 − u n = − = − 5n + 3
3( n + 1) 3n 3n + 3 3n an = .
1+n
6n2 + 18n − (6n2 + 12n + 6n + 12)
=
3n(3n + 3) 12. Estude quanto à monotonia cada
uma das sucessões definidas por:
6n2 + 18n − 6n2− 18n − 12
=
3n(3n + 3) 4n + 1 n+1
(a) wn = (c) wn =
−12 n+3 2n + 3
= . 2n + 1 2n − 1
3n(3n + 3) (b) zn = (d) xn =
3n + 2 n+3
Como −12 < 0 e 3n(3n + 3) > 0, ∀n ∈ N, logo un+1 − un < 0, ∀n ∈ N,
o que leva a conclusão que a sucessão é monótona decrescente.
d n = ( n − 4)2 .
não é monótona.
0 , n é par
(b) y n = 1
, n é ímpar
n+2
1 1
Se n par, n + 1 ímpar: yn+1 − yn = −0 = >0
n+1+2 n+3
1
Se n ímpar, n + 1 par: yn+1 − yn = 0 − <0
n+2
A sucessão não é monótona.
matemática 12º ano 15
maiores que 5 também o são. Logo, [5 , +∞[ é o conjunto dos (d) {2, 4, 6, 8, 10}
1
majorantes de B. (e) un ∈ R : un = ∧n ∈ N
n+1
O conjunto B é portanto limitado, pois tem minorante e majorante. an
Graficamente, os termos da sucessão encontram-se numa região do plano Figura 1.6: Sucessão mojorada e mino-
rada.
limitada pelas retas y = m e y = M.
é limitada. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 n
retas y = 3 e y = 5.
termos.
Qualquer número maior ou igual a 5 também é majorante do conjunto
dos termos da sucessão. Qualquer número menor ou igual a 3 também é
minorante do conjunto dos termos da sucessão.
n+2
un = .
n
17. Mostre que são limitadas as suces-
Resolução: Usando enquadramento:
sões:
n+2 2 1
= 1+ (a) an = 1 + ;
n
n n
(b) bn = 5;
1
0< ≤1 1
n (c) cn = (−1)n · ;
n
2 ( 1
0< ≤2 se né par
n (d) dn = n
2 −1 se né ímpar
1 < 1 + ≤ 3, ∀n ∈ N. 3n + 10
n (e) en =
n
A sucessão é limitada porque o conjunto dos seu termos é minorado e majo- 1
(f) f n = √
rado. n2 + 3
l
l
Nota
Também se pode dizer que uma sucessão é limitada quando:
Recorde que
| an | ≤ L ⇔ − L ≤ an ≤ L.
+
∃ L ∈ R : | an | ≤ L, ∀n ∈ N.
3n + 1
an = .
2n + 3
matemática 12º ano 17
Resolução: Mostra-se que 18. Mostre que são limitadas cada uma
das seguintes sucessões:
∃ L ∈ R+ : | an | ≤ L, ∀n ∈ N. (a) vn =
1 − 4n
n+2
Ora 3−n
(b) wn =
n+1
3n + 1
| an | ≤ L ⇔ ≤ L ⇔ 3n + 1 ≤ L ⇔ 3n + 1 ≤ 2nL + 3L 19. Considere a sucessão
2n + 3 2n + 3
1
⇔ 2nL + 3L ≥ 3n + 1 ⇔ 2nL − 3n ≥ 1 − 3L un = − −4
n
1 − 3L
⇔ n(2L − 3) ≥ 1 − 3L ⇔ n ≥ (a) Prove que é verdadeira a proposi-
2L − 3 ção
Para que a condição | an | ≤ L, seja universal em N, toma-se, por exemplo, ∃ L ∈ R+ , |un | < L, ∀n ∈ N.
para L = 2; vem (b) O que pode concluir -se da ve-
n ≥ −5 racidade da proposição anterior
relativamente à sucessão.
que, efetivamente, é universal em N.
Portanto
∃ L > 0, ∀n ∈ N : | an | ≤ L ⇔ ( an ) é limitada,
e neste caso L = 3.
Resolução:
1 20. Mostre que são limitadas as suces-
|un | = −5 + (−1)n ·
sões de termos gerais:
n
3−n
Como | x + y| ≤ | x | + |y|, vem que: (a) yn =
n+1
2
(b) xn = 6 − (−1)n ·
1 1
|un | ≤ | − 5| + (−1)n · ⇔ |un | ≤ 5 + n
n n 3n + 1
(c) zn =
2n + 3
Ora,
1
≤ 1, ∀nN
n
e, portanto,
|un | ≤ 5 + 1 ⇔ |un | ≤ 6, ∀n ∈ N.
A sucessão é limitada, por ser verdadeira a proposição.
∃ L > 0, ∀n ∈ N : |un | ≤ L.
Exercícios do Capítulo 1
1. (a) Diga, por tuas palavras, o que é uma sucessão; 6. Seja t1 um triângulo equilátero. Construa-se t2 a partir de
3n + 5 t1 , unindo os pontos médios dos lados de t1 e pintando a
(b) Será a expressão an = representativa de uma
2 − 2n negro o triângulo central. Construa-se tn a partir de tn−1 ,
sucessão? Porquê? (n > 2) repetindo, em cada um dos triângulos que ficaram
(c) Porque se diz que sucessão é uma função real de variável em branco, a construção indicada, de acordo com a figura.
natural?
(d) O que é uma sucessão crescente?
(e) O que é uma sucessão limitada?
24. Considere a sucessão (un ) assim definida: pontos médios dos lados.
3n
se n é ímpar
n+1
n + 1
se n é par
n
Introdução
As progressões são sucessões que tem várias aplicações na vida prática. À uma destas está associada uma lenda
muito curiosa:
Conta-se que o jogo de xadrez foi criado para entreter um rei da Índia, de nome Iadava. O jovem Lahur Sessa, apresentou o
jogo ao rei e este ficou maravilhado, querendo recompensar o inventor do jogo de xadrez, Iadava perguntou qual presente ele
gostaria de receber: jóias, terras, um palácio...
O pedido do jovem inventor deixou o rei perplexo, Lahur disse que como recom-
pensa, queria receber uma quantidade de trigo da seguinte forma: 1 grão de trigo
pela 1ª casa; 2 grãos de trigo pela 2ª casa; 4 grãos de trigo pela 3ªcasa; 8 grãos de
trigo pela 4ª casa e assim sucessivamente.
Esse é um problema que envolve a soma dos termos de um progressão geométrica e resolvemo-lo neste capitulo.
Primeiro iniciaremos com as progressões aritméticas.
2.1.1 Definição
un
Considera-se definida por recorrência a sucessão (un ).
( 10
u1 = 4 9
8
un+1 = un + 2, ∀n ∈ N 7
6
Como un+1 − un = 2, a diferença entre cada termo e o termo anterior é 5
4
constante e igual 2. A esta sucessão chama-se progressão aritmética de 3
2
razão 2. 1
0 1 2 3 4 n
Figura 2.1: Gráfico da sucessão
22 esacs - 2016/17
un = 2n + 7
bn = n − n 2 .
1
Resolução: 24. Mostre que an = − 3n é uma P.A
2
e que bn = n2 − 1 não é uma P.A.
bn + 1 − bn = n + 1 − ( n + 1)2 − ( n − n2 )
2 2
= n + 1 − (n + 2n + 1) − n
+n
= 1 − n2 − 2n − 1 + n2
= −2n
1
(a) 2 (c)
e, ainda que: 2
u2 − u1 = u3 − u2 . (b) −3 (d) 0
un = 2 − 7n.
Seja:
u1 , u2 , . . . , u k , . . . , u n , . . .
termos de uma progressão aritmética de razão r.
u1 = u1
u2 = u1 + r
u3 = u1 + r + r ⇔ u3 = u1 + 2r
u4 = u1 + r + r + r ⇔ u4 = u1 + 3r
..
.
u n = u1 + r + r + r + . . . + r ⇔ u n = u1 + ( n − 1)r
| {z }
(n−1) parcelas
24 esacs - 2016/17
un = u1 + (n − 1) · r, ∀n ∈ N
Nota
Podemos também determinar o termo geral de uma P.A, conhecendo a
Porquê que as progressões aritméticas
razão e um termo de ordem k qualquer. Vejamos: são chamadas aritméticas?
Note que cada termo é a média aritmé-
tica dos dois vizinhos.
Aplicando a fórmula un = u1 + (n − 1)r pode-se obter o valor de qualquer Verifique!
termo de ordem k, sendo uk = u1 + (k − 1)r.
Então, vem
un − uk = 1 + ( n − 1)r − [
u 1 + ( k − 1)r ]
u
⇔ un − uk = nr − r − kr + r
⇔ u n = u k + ( n − k )r
Logo,
un = uk + (n − k) · r, ∀n ∈ N
Resolução: Como u1 = −5 e r = −2, temos: 28. Numa P.A. o primeiro termo e a ra-
zão são, respetivamente, iguais a 12 e
4. Calcule o sétimo e o nono termos
u n = u1 + ( n − 1)r
da sucessão.
un = −5 + (n − 1)(−2) ⇔ un = −5 − 2n + 2 ⇔ un = −3 − 2n
u500 = −1003
a3 = 5 e a5 = 15.
Resolução: Para escrever a expressão do termo geral da progressão, utiliza- 29. Escreva uma expressão do termo ge-
ral de uma progressão aritmética ( an )
se a fórmula
de razão 2, sabendo que a soma dos
un = uk + (n − k) · r, 5 primeiros termos é igual a 35.
un = u3 + (n − 3) · r ⇔ un = 5 + (n − 3) · 5 ⇔ un = 5n − 10.
matemática 12º ano 25
2Sn = n(u1 + un )
e daí,
n ( u1 + u n )
Sn = .
2
Tudo isso sugere que:
( u1 + u n )
Sn = · n.
2
Carl Friedrich Gauss, 1777-1855
Resolução: Utilizando a fórmula acima deduzida, temos que 31. Considerando a P.A:
2 1
−1, − , − , 0, . . . .
(u + u10 ) 3 3
S10 = 1 · 10. (2.1)
2 Calcule:
Para calcular essa soma, precisamos calcular u1 e u10 . Então (a) a1 + . . . + a20
(b) a10 + a11 + . . . + a20 .
u1 = 4 · 1 − 1 = 3 e u10 = 4 · 10 − 1 = 39.
100
Substituindo em (2.1), temos que 32. Calcule ∑ 2n
n =1
3 + 39 42
S10 = · 10 = · 10 = 21cdot10 = 210.
2 2 33. Mostre que
1 + 3 + 5 + . . . + (2n − 1) = n2 .
26 esacs - 2016/17
( u k + u n + k −1 )
Sn = · n.
2
Mas
u3 = u1 + 2r; u6 = u1 + 5r; u5 = u1 + 4r.
Substituindo vem:
( ( (
u1 + 2r + u1 + 5r = 12 2u1 + 7r = 12 u1 = 13
⇔ ⇔
u1 + 4r = 5 u1 + 4r = 5 r = −2
Logo
un = 13 + (n − 1) · (−2) = −2n + 15
e
(u1 + u50 )
S50 = · 50. (2.2)
2
Calculando u50 , temos que
u50 = −2 · 50 + 15 = −85.
13 − 85
S50 = · 50 = −1800.
2
2.1.5 Problemas
Exemplo 2.1.11 Obtenha uma P.A em que a soma dos n primeiros
termos é n2 + 2n para todo n natural.
e a P.A é
3, 5, 7, 9, . . . .
matemática 12º ano 27
Resolução: Temos que calcular 36. Calcule a soma dos primeiros 2017
números naturais.
1+3+5+7+...
| {z }
2017 parcelas
2.2.1 Definição
u2 u u
= r; 3 = r; . . . , n+1 = r;
u1 u2 un
ou seja,
u2 u u u
= 3 = 4 = . . . = n +1 .
u1 u2 u3 un
4, 8, 16, 32, . . . (r = 2 e a1 = 4)
Exemplo 2.2.2
1
8, 4, 2, 1, . . . r= e a1 = 8
2
u n = 3 · 6n −2
u1 = u1
u2 = u1 · r
u3 = u2 · r ⇔ u3 = u1 · r · r = u1 · r 2
u4 = u3 · r = u1 · r 2 · r ⇔ u4 = u1 · r 3
..
.
u n = u n −1 · r = u 1 · r n −2 · r = u 1 · r n −1
u n = u 1 · r n −1 .
u n = u 1 · r n −1 , ∀n ∈ N
30 esacs - 2016/17
Nota
Exemplo 2.2.5 Escreva o termo geral de uma progressão geométrica Porquê que as progressões geométri-
cas são chamadas geométricas?
(un ), sabendo que o primeiro termo é igual a 5 e a razão é igual a 7. Note que cada termo é a média geomé-
trica dos dois vizinhos.
Resolução: O seu termo geral é: A média geométrica√ entre dois números
a e b é definida por ab.
a n = 5 · 7n −1 .
Então,
un u · r n−1 un
= 1 k−1 ⇔ −
1−k+1 ⇔ u = u · r n−k
= r n n k
uk u
1·r uk
un = uk · r n−k , ∀n ∈ N
Resolução: Para escrever a expressão do termo geral da progressão, vamos 42. Escreva uma expressão do termo ge-
ral de uma progressão geométrica
utilizar a fórmula (un ) em que se conhece:
un = uk · r n−k , ∀n ∈ N 1
(a) u1 = 8 e u6 =
4
Isto é,
(b) u3 = 16 e r = 2
u n = u 4 · r n −4 , ∀ n ∈ N
(c) r = 2 e u2 + u5 = 54
Para isso precisamos conhecer a razão da progressão.
Sabe-se que
1 1 1
u9 = u4 · r 5 ⇔ = 4 · r5 ⇔ r5 = ⇔r= .
8 32 2
Logo,
n −4 n n
1 1 4 1
un = 4 · = 4· · 2 = 64 · .
2 2 2
Como −6
1
64 = 26 = ,
2
podemos escrever
n −6
1
un = .
2
matemática 12º ano 31
u1 , u2 , u3 , . . . , u n .
u2 = u1 · r; u3 = u1 · r2 , . . . , un = u1 · r n−1 ,
pode escrever-se
S n = u 1 · 1 + r + r 2 + . . . + r n −1 (2.4)
e
r · Sn = u1 · r + r 2 + r 3 + . . . + r n (2.5)
Subtraindo membro a membro (2.4) e (2.5), vem:
Sn − r · Sn = u1 (1 − r n ) ⇔ Sn (1 − r ) = u1 (1 − r n ).
1 − rn
Sn = u1 · .
1−r
Disto resulta o seguinte teorema:
Sn = n · u1 se r = 1.
1 − rn
Sn = u k · , com r 6= 1.
1−r
32 esacs - 2016/17
pois (un ) é monótona crescente. E ainda que 44. Numa P.G, S5 = 1, 21 e a razão é −2
Calcule u6 .
1
u4 = u1 · r3 ⇔ 4 = u1 · 23 ⇔ u1 = .
2 45. Seja ( an ) uma P.G de razão 2 em que
1
Para calcular a soma dos 10 termos da sucessão, utilizamos a fórmula a1 = .
2
Calcule a soma a9 + a10 + . . . + a18 .
1 − rn
Sn = u1 · .
1−r
Assim,
a n = 2n −1
1 − rn
Sn = a1 ·
1−r
ao nosso caso do tabuleiro de xadrez, em que n = 64 obtemos:
1 − 264
S64 = 1 · = 18 446 744 073 709 551 615. De facto, nem a Índia inteira, semea-
1−2 dos todos os seus campos, não produzi-
ria, num século, tal quantidade de trigo.
Isto mesmo, 18 quintilhões, 446 quatrilhões, 744 trilhões, 73 bilhões, 709 Não se admira portanto que Sessa tenha
milhões, 551 mil, 615 (ufa!) - um número astronômico! Como se vê, o retirado a proposta de recompensa feita
ao rei.
criador do xadrez não tinha nada de bobo!
2.2.5 Problemas
Resolução: Sabe-se que 48. Uma alga cresce de modo que a cada
dia ela cobre uma superfície de área
igual ao dobro da coberta no dia ante-
n = 12, u1 = 10, u2 = 20, u3 = 40, . . . , e portanto r = 2. rior, isto é, no primeiro dia ela cobre
um metro quadrado de superfície, no
Substituindo os dados na fórmula da soma, temos que segundo dia 2 metros quadrados, no
terceiro dia 4 metros quadrados, e as-
1 − 212 1 − 4096 sim sucessivamente. Quantos metros
S12 = 10 · = 10 · = 40950. ela vai cobrir no final de 9 dias?
1−2 −1
Portanto, o cliente vai pagar pelos 12 botões 40950 escudos. O que podemos
concluir que, o alfaiate foi o espertalhão.
8, 2, a, b, . . .
15 + x
y= (2.6) é uma P.G e a sucessão
2
3
b, , c, . . .
Se (x − 2, 12, 5y − 2) é P.G, então 16
é uma P.A
122 = ( x − 2)(5y − 2) (2.7)
(a) Qual é o valor de c?
(b) O número a pertence à P.A? Em
Substituindo (2.6) em (2.7), encontramos
caso afirmativo, qual a sua or-
dem?
5x + 75
144 = ( x − 2) − 2 ⇔ x = 5 ∨ x = 17, 2
2
Exercícios do Capítulo 2
1. Escreva os cinco primeiros termos de uma progressão arit- 13. Calcule a soma dos primeiros 2014 números ímpares.
mética em que o 1◦ termo é −2 e a razão é:
14. Calcule a soma dos inteiros relativos entre −20 e 50, inclu-
(a) 2 (b) −3 1 (d) 0 sive.
(c)
2
15. Mostre que a soma dos n primeiros números naturais é
2. Sabendo que numa P.A (un ), u5 = 14 e u8 = 23, determine n ( n + 1)
a razão da progressão. 2
3. Averigúe se (un ) é uma progressão aritmética se: 16. Utilizando os conhecimentos sobre progressões aritméticas,
calcule:
5 4n 4
(a) un = − (c) un = (a) 7 + 14 + 21 + . . . + 77
3 3 n
2 (b) 14 + 10, 5 + 7 + 3, 5 + . . . + (−17, 5)
(b) un = n2 + 1 (d) un = n − 1
3 (c) 64 591 + 64 486 + 64 381 + . . . + 63 436
4. Para que valores de x as expressões x + 1, 3x2 + 4 e
17. Qual é o número mínimo de termos que se deve somar na
5x2 + 2x + 5 são termos consecutivos de uma P.A? Escreva 7 3
a expressão do termo geral. P.A.: , 1, , . . . , a partir do primeiro termo, para que a
5 5
5. Dada a P.A.: {2, x, 10, y, 18, 22, z, 30, . . .}, calcule x, y e soma seja negativa?
z. 18. Uma sucessão a1 = −5 e an+1 = an + 3, ∀n ∈ N
6. Determine x para que a sequência (a) Mostre que ( an ) é uma progressão aritmética e indique
a razão da progressão.
{3x − 4; x + 12; 9x − 12}
(b) Escreva an em função de n
forme uma P.A.
(c) Calcule: a6 + a7 + . . . + a18
7. Determine o termo de ordem 500 na progressão aritmética (d) Determine n sabendo que: a6 + a7 + . . . + an = 913
em que os cinco primeiro termos são: (
u1 = 2
1 1 3 19. Seja a sucessão (un ) definida por
− , 0, , 1, . u n +1 = u n − 7
2 2 2
(a) Calcule os quatro primeiros termos
(b) A sucessão (un ) é uma progressão aritmética?
8. Escreva o termo geral da progressão arimética em que:
(c) Estude quanto a monotonia a sucessão (un )
(a) u1 = 3 e r = 10 (d) u6 + u8 = 28 e r = 3 (d) Escreva un em função de n
(b) u2 = 10 e u4 = 20 (e) Se a soma dos primeiros p termos de (un ) é −93, quan-
(c) u3 = −10 e r = 5 (e) u10 = 5 e u30 = −5 tos termos se somaram?
9. As raízes da equação 3x2 + 2x = 1, são os dois primeiros 20. Considere (un ) uma progressão aritmética de razão r,
termos de uma progressão aritmética decrescente. Deter- sendo u1 o primeiro termo e Sn a soma dos n primeiros
mine uma expressão do termo geral desta progressão. termos da sucessão:
10. Quantos são os múltiplos de 5 que podemos escrever com (a) se u1 = 3 e r = 4, calcule u7 , u15 e S10
três algarismos? (b) se u5 = 6 e r = −2, calcule u1 , u10 e S5
11. Determine a soma dos n primeiros termos da progressão (c) se u4 = 16 e u9 = 34, calcule u1 , e r
aritmética. (d) se r = 4, u5 = 17 e Sn = 549, calcule u1 , e n
(a) 6, 18, 30, 42, . . . , n = 20 (e) se u4 + u5 + u6 = 63 e u10 + u12 = 102, calcule r e u1
(b) −6, −2, 2, 6, . . . , n = 10 21. Calcule três termos consecutivos de uma progressão aritmé-
(c) 0, 5; 0, 9; 1, 3; 1, 7; . . . , n = 18 tica, sabendo que a sua soma é igual a 12 e o seu produto
(d) a2 = 3, 5; a12 = 7, 5; n = 100 igual a 48.
12. Calcule cada uma das seguintes somas: 22. Três números estão em progressão aritmética (isto é, são
termos consecutivos de uma progressão aritmética), a sua
10 10
soma é 3 e o seu produto −3. Quais são esses números?
(a) ∑n (d) ∑ (2n − 1)
n =1 n =1
23. Escreva os cinco primeiros termos da progressão geomé-
100 100
n+1
(b) ∑ 3n (e) ∑ trica em que:
n =1 n =1
2
50 30 100
8 − 2n (a) a1 = −3 e r = 2 (c) a4 = −1 e r = −1
(c) ∑ n− ∑ n (f) ∑ 4 (b) a2 = 10 e r = −2 (d) a4 = 6 e a2 = 3
n =1 n =1 n =0
matemática 12º ano 35
√
24. Verifique se são progressões geométricas e, em caso afirma- 39. Numa P.G crescente, o segundo termo é igual a 3eo
tivo, indique a razão das sucessões de termos gerais. terceiro termo é triplo do primeiro.
(a) Escreva uma expressão do termo geral da progressão;
(a) 51−n (c) (−1)2n+1 −1
(e) (b) Calcule a soma dos 10 primeiros termos da progressão,
n +3 3− n 5n
1 1 n apresentado o resultado com denominador racional.
(b)
2
(d) 2
3 (f) − (0, 4)n+1
2 40. A sucessão (un ) é uma progressão geométrica de razão 0, 3
25. Determine o valor de x , de modo que a sequencia e u2 = 0, 9.
{3x+1 , 34− x , 33x+1 } seja uma progressão geométrica.
(a) Escreva o termo geral da progressão
26. Determine o número x de modo que 6, x e 8, 64 sejam três (b) Determine o termo de ordem 20
termos consecutivos de uma progressão geométrica. (c) Calcule a soma dos 10 primeiros termos.
27. As raízes da equação x2 − 5x + 6 = 0 são os dois primeiros 41. Considere a seguinte progressão geométrica:
termos de uma P.G crescente. Determine u2 , a razão e o
π π2 π3 π4 π5
termo geral. , , , , , ...
2 4 8 16 32
28. Sabendo que a sucessão (un ) é uma progressão aritmé- (a) Escreva o termo de ordem 10
tica, prove que a sucessão (vn ) definida por vn = kun (b) Calcule o valor aproximado de S10 com duas casas deci-
(k ∈ R \ {0, 1}) é um progressão arimética. mais.
29. Escreva o termo geral de uma progressão geométrica ( an ) 42. Considere a sucessão definida por recorrência
que seja:
(
b1 = 5
(a) crescente e a1 = 2 bn+1 = 2bn , ∀n ∈ N
(b) decrescente e a3 = 12 (a) Mostre que se trata de uma progressão geométrica de
(c) não monótona e a5 = −16 razão 2 e escreva uma expressão do termo geral;
(b) Calcule b2 , b4 e b6 e verifique que b2 · b6 = (b4 )2 ;
30. Determine o termo de ordem 60 de uma progressão geo-
métrica em que a1 = 5 e a2 = −10. (c) Calcule a soma dos 4 primeiros termos da sucessão.
31. Determine o 10◦ termo de uma progressão geométrica em u1 = 1
43. Seja ( u n ) a sucessão assim definida: 5
que u7 + u6 = −488 e a razão é 3 n+1
u n +1 =
· un
3n
32. Determine o termo geral de uma progressão geométrica
(a) Calcule u2 e u3
em que: un
(b) Mostre que a sucessão de termo geral vn = é uma
n
(a) a2 = 6 e a3 = 18 (b) a2 = 8 e a4 = 128 progressão geométrica.
(c) Escreva o termo geral da sucessão (vn ) em função de n.
33. Calcule a soma dos 10 primeiros termos da progressão
n −2 44. Numa progressão geométrica, tem-se u3 = 90 e u6 = 2430.
1
geométrica de termo geral: an = . Determine:
2
34. Calcule: (a) u1 e razão (b) S10
2 4 6 8 10
(a) 1 + 2 + 2 + 2 + 2 + 2 45. A soma dos seis primeiros termos de uma progressão geo-
1 1 1 1 1 63
(b) + + + . . . + 21 métrica (un ) de razão r = é .
4 8 16 2 2 8
1 1 1 1 (a) Determine u1
(c) + + +...+
3 6 12 1536 (b) Escreva a expressão do termo geral e calcule u20
35. Numa progressão geométrica de termos positivos, (c) Calcule a soma dos 10 primeiros termos consecutivos a
u3 = 208 e u5 = 3328. partir do termo de ordem 20, inclusive.
46. Determine x, y e z, sabendo que x, y e z são termos
Calcule a soma dos cinco termos consecutivos a partir doconsecutivos de uma progressão aritmética, z, y − 1 e x
2◦ , inclusive. são termos consecutivos de uma progressão geométrica e
36. A soma de n primeiros termos de uma progressão geo- x + y + z = 15.
métrica é 2186. Determine n, sabendo que a razão da 47. Determine a, b, c e d sabendo que os três primeiros termos
progressão é 3 e o primeiro termo é 2. são termos consecutivos de uma progressão geométrica ,
37. Calcule a soma das primeiras 10 potências de base 2 e os três últimos são termos consecutivos de uma progressão
expoente natural. aritmética, e ainda que a + d = 14 e b + c = 12.
38. Simplifique a expressão utilizando progressões geométri- 48. A soma de três números que são termos consecutivos de
cas: uma progressão geométrica é 70.
1 1 1 1 Se multiplicarmos o primeiro por 4, o segundo por 5 e o
3 + 9 + 27 + 81
1 1 1 1 terceiro por 4, os números resultantes estão em progressão
5 + 25 + 125 + 625
aritmética. Determine os números.
36 esacs - 2016/17
49. Um auditório tem 30 filas de lugares sentados. Na pri- 60. Um professor de educação física organizou seus 210 alunos
meira fila tem 15 lugares, na segunda fila 17, na terceira 19 para formar um triângulo. Colocou um aluno na primeira
e assim sucessivamente. linha, dois na segunda, três na terceira, e assim por diante.
Quantos lugares sentados tem o auditório? Quanto é número de linhas do triângulo.
50. Um atleta resolveu aumentar em cada dia 3 km nos treinos. 61. A Ana descobriu que a namorada do Victor, campeão de
Se no primeiro dia correu 20 km, quantos quilómetros cor- surf, era a Nini. Num minuto ela contou a quatro colegas
reu no total ao fim de 20 dias? da escola e cada uma destas contou a outros quatro no
51. Um ciclista percorre 20 km na primeira hora; 17 km na se- minuto seguinte e assim sucessivamente.
gunda hora, e assim por diante, em progressão aritmética. (a) Quantos vão transmitir a notícia ao fim de quatro minu-
Quantos quilómetros percorrerá em 5 horas de treino? tos?
52. Num cofre há 1000 moedas iguais, retirando 10 moedas na (b) Quanto tempo levaria para que 3000 alunos estivessem
1a vez, 30 na 2a , 50 na 3a e assim sucessivamente, depois a transmitir a noticia?
de quantas retiradas o cofre ficará vazio.
62. Se cada coelha de uma colónia gera três coelhas, qual o
53. Folheando uma revista, na página 56 um homem avista número de coelhas da 7a geração que serão descendentes
uma mulher muito atraente e pára para ver. A revista de uma única coelha?
estava rasgada em seu começo, iniciando-se na página 8.
Ele chegou na página da atraente mulher em 13 folheadas. 63. Um Homem foi multado 5 vezes, tendo duplicado de cada
Quantas páginas o tarado passava em uma folheada? vez que pagava nova multa. A última multa que pagou foi
de 816$00. Quanto pagou ao todo?
54. O Victor depositou num banco, 500 contos e resolveu aí
colocar, todos os meses, 50 contos. 64. O Jorge resolveu vender os selos de uma colecção completa
Assim, decorrido um mês, o Victor tinha 550 contos no do seguinte modo: O 1◦ selo vendia por 300$00 e cada selo
banco. seguinte venderia pelo dobro do preço anterior. Sabendo
Se t é o total de dinheiro depositado e n o número de que ao fim da venda total ele contou 76.500$00, determine
meses, escreva t em função de n. quantos selos tinha a colecção do Jorge.
Ao fim de quantos meses o Victor terá 50 000 contos depo-
65. As medidas, expressas em graus, dos ângulos internos de
sitados no banco?
um quadrilátero, constituem termos consecutivos de uma
55. Um pai em cada aniversário do seu filho, deposita no banco progressão geométrica de razão 2. Qual é a medida de
uma quantia em contos igual á idade do filho. No dia em cada ângulo interno do quadrilátero?
que essa poupança for de 153 contos, que idade terá o
filho? 66. Uma bola caiu da altura de 82 metros. Cada vez que toca
1
56. O Sr. Adriano aceitou um emprego em que no primeiro o solo, sobe de novo até da distância anterior.
2
ano de trabalho ganha um total de 16 800 escudos e nos (a) De que altura caiu a bola quando tocou o solo pela
quatro anos seguintes terá m aumento anual de 1700 escu- sétima vez?
dos.
(b) Que distância percorre a bola até que pare.
Quanto ganhará o Sr. Adriano nos cinco anos completos
de trabalho? 67. O Sr. Viriato quer comprar um carro que custa 2295 contos.
O stand propõe que o pagamento seja feito em 8 prestações
57. Em um certo telhado, as telhas dispõem-se de modo que
de acordo com a seguinte regra: a segunda prestação será
cada fila tem 2 telhas a mais que a anterior. Um telhadista
o dobro da primeira, a terceira o dobro da segunda e assim
está calculando quantas telhas precisa para as 4 faces do
sucessivamente. Calcule quanto pagará o sr. Viriato na
telhado. Ajude-o a calcular o número de telhas sabendo
primeira prestação.
que cada face leva 4 telhas na primeira fileira e 38 na última
fileira de cima para baixo. 68. Alguns tipos de células reproduzem-se por bipartição, isto
58. Um escritor escreveu, em certo dia, as 20 primeiras linhas é, cada uma delas divide-se em duas, dando cada uma das
de um livro. A partir desse dia, ele escreveu, em cada dia, metades origem a uma nova célula completa. Em condi-
tantas linhas quantas havia escrito no dia anterior mais 5 ções ideais a bipartição dá-se de 4 em 4 horas. Sabendo
linhas. O livro tem 17 páginas, cada uma com exatamente que inicialmente existiam 50 células, quantas existirão ao
25 linhas. Em quantos dias o escritor terminou de escrever fim de 24 horas?
o livro?
69. Em uma experiência de laboratório, um frasco recebe no
59. Um doente toma duas pílulas de certo remédio no primeiro primeiro dia do mês 3 gotas de um determinado liquido,
dia, quatro no segundo dia, seis no terceiro dia e assim no segundo dia recebe 9 gotas, no terceiro dia recebe 27
sucessivamente até terminar o conteúdo do vidro. Em gotas, e assim por diante. No dia em que recebeu 2187
quantos dias terá tomado todo o conteúdo, que é de 72 gotas ficou completamente cheio. Em que dia do mês isso
pílulas? aconteceu?
3 L IMITES DE SUCESSÕES
"A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos"
Platão
Introdução
No século V a.C o grego Zenão de Eleia propôs o clássico paradoxo de Aquiles e da tartaruga que surpreendeu os
filósofos daquele tempo:
Historial...
«Numa corrida entre Aquiles e uma tartaruga, esta começa a andar com um
Muito pouco se sabe sobre este filósofo
avanço de 100 metros, mas Aquiles corre 10 vezes mais depressa do que ela. grego. Fazia parte da corrente Sofista
Dizia Zenão: e seus paradoxos contribuíram para
fomentar a investigação sobre o conceito
«Aquiles percorre 100 m e chega ao ponto de onde parte a tartaruga; entretanto, de infinito.
a tartaruga percorre um décimo do que percorreu Aquiles e, portanto, está 10 m
à frente dele; Aquiles corre estes 10 metros e a tartaruga corre um metro e fica à
frente dele um metro; quando Aquiles anda este metro, tartaruga anda um decí-
metro. Portanto, Aquiles está sempre a aproximar-se da tartaruga mas nunca a
apanha.»
⇔ x < δ + a ∧ x > −δ + a
51. Considere a sucessão de termo geral
⇔ a−δ < x < a+δ
3n + 1
un =
x ∈] a − δ, a + δ[ n
(a) Defina em compreensão o con-
junto dos termos da sucessão que
são valores aproximados de 3 a
menos de 0, 01.
(b) Dos termos referidos em (a), cal-
cule o de menor ordem.
38 esacs - 2016/17
Vδ ( a) =] a − δ, a + δ[.
Portanto, vizinhança de a de raio δ é o conjunto de todos os valores 52. Represente, usando intervalos de nú-
meros reais:
aproximados de a com erro inferior a δ.
(a) V0,1 (5) (b) V0,02 (4, 36)
Exemplo 3.1.1 Aplicando a definição temos, por exemplo:
n−1
Consideremos a sucessão (un ) de termo geral un = .
n
Calculemos os seus primeiro termos e esbocemos o seu gráfico.
1 2 3 4 99
u1 = 0; u2 = ; u3 = ; u4 = ; u5 = ; . . . ; u100 = ; ...
2 3 4 5 100
Verifica-se que os termos da sucessão se vão aproximando de 1
Analisemos o erro de cada termo em relação a 1:
un
• u1 = 0 → |0 − 1| = 1
1
1 1
− 1 = 1 = 0, 5
• u2 = →
2 2 2
2
2 2
− 1 = 1 = 0, (3)
3
• u3 = → 1
3 3 3
2
3 3
− 1 = 1 = 0, 25
• u4 = →
4 4 4
4 4
− 1 = 1 = 0, 2
• u5 = →
5 5 5
10 · · · 100 n
0 1 2 3 4 5 6 7
99 99 1
• u100 = → − 1 = = 0, 01
100 100 100 55. Considere a sucessão de termo geral
Resolução: Aplicando a definição de limite neste caso vem, 56. Aplicando a definição de limite de
uma sucessão, prove que:
lim un = a ou un → a, com a ∈ R.
4n + 1
un =
3n + 1
4
converge para .
3
Resolução: Aplicando a definição, deve-se ter 57. A sucessão (wn ) está definida por
1−n
wn = .
4 4 2n + 1
lim un = ⇔ ∀δ > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ un −
< δ.
3 3 (a) Calcule o termo a partir do qual
se verifica
Seja δ um número positivo qualquer,
wn + 1 < 0, 01
2
un − 4 < δ ⇔ 4n + 1 − 4 < δ ⇔ 12n + 3 − 12n − 4 < δ
3 3n + 1 3 9n + 3 1
(b) Prove que wn → −
2
−1 1
⇔ <δ⇔ < δ ⇔ 1 < 9nδ + 3δ
9n + 3 9n + 3
1 − 3δ
⇔ 9δn > 1 − 3δ ⇔ n > .
9δ
1 − 3δ 4
Portanto podemos escrever, n > ⇒ un − < δ e, consequente-
9δ 3
1 − 3δ
mente, sendo p ≥ , é verdadeira a proposição
9δ
4n + 1 4
∀δ > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ − < δ.
3n + 1 3
4
Então lim un = . Esta sucessão é convergente, visto ter limite real.
3
Ora,
2n + 1 2n + 1 − n
< δ ⇔ n + 1 < δ
|wn − 1| < δ ⇔ − 1 < δ ⇔
n n n
n+1
⇔ < δ ⇔ n + 1 < nδ ⇔ nδ > n + 1 ⇔ nδ − n > 1
n
1
⇔ n ( δ − 1) > 1 ⇔ n >
δ−1
3.3.1 Infinitésimos
5
Exemplo 3.3.3 Prove que a sucessão de termo geral an = é
2n + 5
um infinitésimo.
5 − 5δ
Assim, tomando p ≥ , temos que é verdadeira a proposição
2δ
∀δ > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ | an | < δ.
Este teorema é geralmente enunciado da seguinte forma: o limite de uma 60. Demonstre o Teorema 3.3.5.
constante é a própria constante.
61. Verifique, pela definição, que
Exemplo 3.3.6 Considerando a sucessão (vn ) de termo geral vn = 5, lim 5 = 5
∀n ∈ N. Ora, lim vn = lim 5 = 5, ou ainda vn → 5.
.
5
un = (−1)n−2 ·
3
é divergente.
5 5 5 5
u1 = (−1)1−2 · = (−1)−1 · = −1 · = − ;
3 3 3 3
5 5 5 5
u2 = (−1)2−2 · = (−1)0 · = 1 · = ;
3 3 3 3
5 5 5 5
u1 = (−1)3−2 · = (−1)1 · = −1 · = − ;
3 3 3 3
5 5 5 5
u1 = (−1)4−2 · = (−1)2 · = 1 · = .
3 3 3 3
Verificamos que
−5
se n é ímpar
n −2 5 3
un = (−1) · = 5 ,
3
se n é par
3
5
ou seja, a subsucessão dos termos de ordem par, converge para e a dos
3
5
termos de ordem ímpar converge para − ; pelo que a sucessão (un ) não
3
5 5
pode ter como limite e − (Teorema 3.3.7). Logo (un ) não tem limite e
3 3
por isso é uma sucessão divergente oscilante.
matemática 12º ano 43
2 1
(a) an = (b) bn = 5 −
n n
2(n + 1) + 1 2n + 1 2n + 3 2n + 1
a n +1 − a n = − = −
n+1+3 n+3 n+4 n+3
2 2 65. Nem todas a sucessões limitadas são
2n + 6n + 3n + 9 − 2n − n − 8n − 4 convergentes. Dê um exemplo que
=
(n + 3)(n + 4) confirme esta afirmação.
5
= > 0, ∀n ∈ N.
(n + 3)(n + 4) 66. Justifique que toda a sucessão conver-
gente é limitada.
Como an+1 − an > 0, ∀n ∈ N, então ( an ) é monótona crescente.
Limitação:
Pretende-se mostrar que ∃ L ∈ R+ : | an | ≤ L, ∀n ∈ N.
Ora,
2n + 1
| an | ≤ L ⇔ ≤ L ⇔ 2n + 1 ≤ L ⇔ 2n + 1 ≤ nL + 3L
n+3 n+3
⇔ nL − 2n ≥ 1 − 3L ⇔ n( L − 2) ≥ 1 − 3L
1 − 3L
⇔n≥
L−2
Tomando L = 3, tem-se n ≥ −8, que é uma condição universal em N.
Logo, ( an ) é limitada.
2, 4, 6, 8, 10, 12, . . .
Não. Por maior que seja o número par que se imagine, existe sempre um
maior do que ele e todos os números pares seguintes são também maiores
do que o número imaginado.
lim(2n) = +∞ ou 2n → +∞.
Resolução: Pretende-se provar que ∀ L > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ bn > L. 67. Prove que são infinitamente grandes
positivos
Seja L > 0 qualquer,
un = 3n + 1 e vn = 5n + 1.
L−1
un > L ⇔ 2n + 1 > L ⇔ 2n > L − 1 ⇔ n > .
2
L−1
Assim, tomando p um número natural maior ou igual a , temos que
2
todos os termos da sucessão de ordem superior a p são maiores do que L, ou
seja, é verdadeira a proposição ∀δ > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ bn > L.
Então, lim bn = +∞ ou bn → +∞. Portanto, bn é uma infinitamente
grande positivo.
an = n √
cn = n
bn = n 2 d n = 2n
matemática 12º ano 45
Resolução: Para mostrar que lim un = −∞ temos de mostrar que 68. Prove que são infinitamente grandes
negativos as sucessões definidas por:
lim(−un ) = +∞, ou seja,
(a) an = 8 − n
∀ L > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ −un > L. (b) bn = 1 − n2
√
an = −n bn = − n 2 cn = − n d n = −2n
dn = (−1)n · (1 − 3n)
Resolução: Para mostrar que (dn ) é um infinitamente grande em módulo 69. A sucessão de termo geral (−1)n (n +
3) é um infinitamente grande. Justifi-
temos de mostra que lim(|dn |) = +∞, ou seja, ∀ L > 0, ∃ p ∈ N : n > que
p ⇒ |dn | > L.
70. Considere a sucessão definida por
Sela L > 0 qualquer. Ora,
un = n + (−1)n · n + 3.
|dn | > L ⇔ |(−1)n · (1 − 3n)| > L ⇔ |(−1)n | · |1 − 3n| > L (a) Mostre que não é limitada.
L+1 (b) Prove que não é um infinitamente
− 1 + 3n > L ⇔ 3n > L + 1 ⇔ n > . grande.
3
L+1
Assim, tomando p um número natural maior ou igual a , temos que
3
todos os termos da sucessão (|dn |) de ordem superior a p são maiores do que
L, ou seja, é verdadeira a proposição ∀δ > 0, ∃ p ∈ N : n > p ⇒ |dn | > L.
Então, lim(|dn |) = +∞ e portanto, (dn ) é um infinitamente grande em
módulo.
√
(a) an = (−1)n · n (c) cn = (−1)n · n
1
Exemplo 3.4.8 Para provar que lim = 0, basta provar que
5 + 3n
lim(5 + 3n) = +∞, ou seja,
CONVERGENTES
(o limite é um número real)
PROPRIAMENTE DIVERGENTES
(o limite é +∞ ou −∞)
SUCESSÕES
DIVERGENTES
OSCILANTES
(não tem limite)
1 3n + 1
un = 1 − e vn = .
n 2n
Calcule:
" 2 #
(a) lim un (b) lim vn 2un − vn
(c) lim
un
48 esacs - 2016/17
Considere-se duas sucessões ( an ) e (bn ) que têm por limite +∞, ou seja,
lim an = +∞ e lim bn = +∞.
Então, lim( an + bn ) = lim an + lim bn = +∞.
Propriedade 3.7.1
• (−∞) + (−∞) = −∞
• (+∞) · (+∞) = +∞ (+∞) · (−∞) = −∞ (−∞) · (−∞) = +∞
( (
+∞ se a > 0 −∞ se a > 0
• a × (+∞) = a × (−∞) =
−∞ se a < 0 +∞ se a < 0
( (
+∞ +∞ se a > 0 −∞ −∞ se a > 0
• = =
a −∞ se a < 0 a +∞ se a < 0
a a
• =0 =∞
±∞ 0
matemática 12º ano 49
3.8 Indeterminações
Nestes casos não é possível indicar, de uma forma direta, o limite. Por
vezes esse limite nem existe. São situações chamadas de indeterminação.
∞ 0
As indeterminações a estudar são do tipo , , 0 × ∞ e ∞ − ∞.
∞ 0
50 esacs - 2016/17
∞
3.8.1 Indeterminações do tipo
∞
3n2 + 2n + 1
Exemplo 3.8.1 Calcule o seguinte limite: lim .
−4n2 + 2
4n2 + 3n + 5
lim(3n2 + 2n + 1) = lim 3 × lim(n2 ) + lim 2 × lim n + lim 1 (a) lim
5n2 + 3
= 3 × (+∞) + 2 × (+∞) + 1 (b) lim
3n3 + 4n2 − 3n + 2
4n2 + 3n + 2
= (+∞) + (+∞) + 1 = +∞ + 1 = +∞ 1 − 2n + 3n2
(c) lim
1 − n3
e
3n2
3n2 + 2n + 1 n2
+ 2n
n2
+ n12 3 + n2 + n12
lim = lim = lim
−4n2 + 2 −4n2 + 2 −4 + n22
n2 n2
lim 3 + lim n2 + lim n12 3+0+0
= 2
=
lim(−4) + lim n2 −4 + 0
3
=−
4
2 1+ 2 + 1 2
3n2
+ 2n + 1 3n 3n 3n 2 3n2 1 + 3n + 3n1 2
lim = lim = lim ×
−4n2 + 2 −4n2 1 − 4n2 2
−4n2 1 − 4n2 2
2
lim 1 + lim 3n + lim 3n1 2
3
= lim − ×
4 lim 1 − lim 4n2 2
3 1+0+0 3
=− × =−
4 1−0 4
∞
De um modo geral, as indeterminações do tipo levantam-se da seguinte
∞
forma:
p 1+ a1 ap
P(n) a0 + a1 np n p −1
+ . . . + ap a 0 n a0 n +...+ a0 n p
lim = lim q q − 1
= lim
bq
Q(n) b0 n + b1 n + . . . + bq b0 nq 1 + a1
+...+
b0 n b0 nq
a1 ap
a np 1+ a0 n +...+ a0 n p a0 n p a np
= lim 0 q × bq
= lim q × 1 = lim 0 q .
b0 n 1+ a1
+...+ b0 n b0 n
b0 n b0 nq
matemática 12º ano 51
n3 5
1 n3 + 5 n3 + 5 ∞ + lim 1 + lim n53
0×∞ ∞ n3 n3
lim · = lim = lim = 81. Defina duas sucessões (un ) e (vn ),
n n2 n3 n3 lim 1 uma infinitésimo e outra infinita-
n3
1+0 mente grande, de modo que
= =1
1 lim(un · vn ) = 2
.
0
3.8.3 Indeterminações
0
Este tipo de indeterminações também se reduz a indeterminações do tipo 82. Sejam (un ) e (vn ) as sucessões defini-
∞
, efetuando cálculos. das por:
∞
2 4
un = e vn =
2 1 − 3n n+1
n2 + n
Exemplo 3.8.3 Calcule lim 5
. (a) (un ) e (vn ) são infinitésimos.
n2 +7 Porquê?
un
(b) Calcule lim
Resolução: vn
2
n2 + n
0
0 2( n2 + 7) 2n2 + 14 ∞
∞ 2n2 2 83. Calcule o limite do quociente dos se-
lim 5
= lim 2
= lim 2 == lim 2 =
guintes pares de infinitésimos:
5( n + n ) 5n + 5n 5n 5
n2 +7
1 2
(a) un = e vn = 3
3 − n2 n +1
√1 1 2
n (b) an = e bn =
Exemplo 3.8.4 Calcule lim . 3 − 2n4 n
2
n +3 2 3
(c) tn = e sn =
3n + 1 2n + 3
Resolução:
√1 n +3
n
0
n+3 ∞
∞ 1+ 3 1
lim 2
0
= lim √ === lim √n
= lim q n = = +∞
n +3
2 n 2 n
2 n1 0
n
52 esacs - 2016/17
√ √
Exemplo 3.8.6 Calcular o seguinte limite: lim n−1− n .
Propriamente divergente
a>1 Monótona crescente
un → +∞
Convergente
a=1 Constante
un → 1
a = −1 Não monótona
Divergente oscilante
a < −1
matemática 12º ano 53
n n
3 2
(a) u n = (b) v n = −
2 3
2n +1 + 3n
lim .
2n
Outro processo:
2n +1 3n 3n 1
2n +1 + 3n 2n +1
+ 2n +1 1+ 2n · 2
lim = lim 2n
= lim 2n
2n 2n · 1
2n +1 2
3 n 1
1 + (+∞)
1+ ·
= lim 2
1
2
= 1
= +∞
1· 2 2
54 esacs - 2016/17
2n +1 + 3n
Para levantar a indeterminação devemos colocar em evidência o (a)
4n
termo de maior base ou maior expoente. 4n + 1
(b) n
1
3
Outro processo:
n +1 n
5 5
lim 5n+1 − 6n = lim 6n − 1 = lim ( 6 n
) · · 5 − 1
6n 6n
n
5
= lim (6n ) · lim · 5 − 1 = + ∞ · (0 · 5 − 1)
6
= +∞ · (−1) = −∞.
u n = 3 · 2n −1 .
3n +1−2
v n +1 5 · 3n −1
r= = 5
= = 3n−1−n+2 = 3, ∀n ∈ N (a) Prove que (un ) é uma progressão
vn 3n −2 5 · 3n −2 geométrica;
5
(b) Calcule a soma Sn do n primeiro
e termos da sucessão;
1
31 − 2 3−1 3 1
v1 = = = = . (c) Calcule o limite de (Sn ).
5 5 5 15
Logo,
1 1 − 3n 1 − 3n
1
S = lim Sn = lim · = lim = lim − · lim (1 − 3n )
15 1 − 3 −30 30
1 1
= − · [1 − (+∞)] = − · (−∞) = +∞.
30 30
Portanto, a soma de todos os termos de (vn ) é +∞.
Resolução: Consideremos a sucessão 0, 45; 0, 0045; 0, 000045; . . . que é 90. Escreva com a fracionária
0, 45 + 0, 0045 + 0, 000045 + . . .
0, 45 0, 45 45 5
lim Sn = = = = ,
1 − 0, 01 0, 99 99 11
ou seja,
5
0, (45) = .
11
56 esacs - 2016/17
1 n
Considere-se a sucessão (un ) de termo geral un = . 1+
n
Determine-se alguns dos seus termos e veja-se o que acontece quando
n → ∞.
1 1
u1 = 1+ =2
1
1 2
u2 = 1+ = 2, 25
2
1 3
u3 = 1+ = 2, (370)
3
...
1 5
u5 = 1+ = 2, 48832
5
...
1 10
u10 = 1+ = 2, 59374
10
...
1 100
u100 = 1+ = 2, 70481
100
...
1000
1
u1000 = 1+ = 2, 71692
1000
...
10 000
1
u10 000 = 1+ = 2, 71815
10 000
Assim, escreve-se:
n n
1 1
lim 1+ = e ou 1+ → e.
n→∞ n n
e = 2, 7182818284.
matemática 12º ano 57
1 un
un
k
lim 1 + =e e lim 1 + = ek
un un
91. Calcule:
Exemplo 3.10.1
3 n
(a) lim 1 +
1 2n
n
(a) lim 1 + =e
2n 2n − 5 2n
(b) lim
n 2n
2 3
1
(b) lim 1 − n = e −2 = 2
3 e
n+ a
1 n 1 a
1
lim 1 + = lim 1 + · 1+
n n n
n
1 a
1
= lim 1 + · lim 1 +
n n
= e·1 = e
92. Calcule:
Exemplo 3.10.2
1 3n−7
1 3+ n 1 n
3 (a) lim 1 +
1 3n
(a) lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = 1·e = e
n n n n + 1 n +1
(b) lim
n
1 n −5 1 n 1 −5
(b) lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e
n n n
n n+ a− a
1 1
lim 1 + = lim 1 +
n+a n+a
" n+ a − a #
1 1
= lim 1 + · 1+
n+a n+a
n+ a − a
1 1
= lim 1 + · lim 1 +
n+a n+a
= e·1 = e
Exemplo 3.10.3
n n +3−3 n +3 −3
1 1 1 1
(a) lim 1 + = lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e
n+3 n+3 n+3 n+3
n n −4+4 n −4 4
1 1 1 1
(b) lim 1 + = lim 1 + = lim 1 + · lim 1 + = e·1 = e
n−4 n−4 n−4 n−4
k lim k
1 kn 1 n 1 n
lim 1 + = lim 1 + = lim 1 + = ek
n n n
58 esacs - 2016/17
Exemplo 3.10.4
−3 lim(−3)
1 −3n 1 n 1 n
1
(a) lim 1 + = lim 1 + = lim 1 + = e −3 = 3
n n n e
" lim 2
5 2·3n
# " #
5 6n 5 3n
2
1
(b) lim 1 − = lim 1 − = lim 1 − = e−5 = e−10 = 10
3n 3n 3n e
n " kn· 1 #
1 1 k
lim 1 + = lim 1+
kn kn
" kn #lim 1k
1 1
= lim 1 + = ek
kn
Exemplo 3.10.5
n " #lim 101
10n· 1 # "
1 10n
1 1 10 1
(a) lim 1 + = lim 1+
= lim 1 + = e 10
10n 10n 10n
" 1 #lim 13
2 3n· 3
# "
2 n 2 3n 1
3 2 1 1
(b) lim 1 − = lim 1 − = lim 1 − = e −2 = e − 3 = 2 = √
3 2
3n 3n 3n e3 e
bn
3.10.2 Limite da sucessão ( an )
∞ 0
; ; 0×∞ e ∞−∞
∞ 0
são também indeterminações:
1∞ ; 00 e ∞0
Estas
indeterminações podem surgir no cálculo do limite da sucessão
abnn .
Para já vamos resolver alguns casos de indeterminações do tipo 1∞ apli-
cando os teoremas seguintes.
lim an = 1 e lim bn = +∞
então
lim abnn = elim bn (an −1) .
Teorema 3.10.7
h i
lim ( g(n)) f (n) = lim g(n)lim f (n) , g(n) > 0, ∀n ∈ N
matemática 12º ano 59
√n
3
Exemplo 3.10.8 Calcule lim 1 +
n
Resolução: Aplicando o Teorema 3.10.6, vem: 93. Calcule cada um dos seguintes limi-
tes:
√n √
√ n − 2 3n+1
3 n
3 n(1+ n3 −1) lim
lim 1 + = elim =e n
= e0 = 1 (a) lim
n+3
n
1 n
(b) lim 1 + 2
Aplicando o Teorema 3.10.7, vem: n
n
√ n+1 3
√n n n
n (c) lim
n+3
3 3
lim 1 + = lim 1+ 2n2 +3
n n 2
n +n+1
√ (d) lim
n lim n n2 + 5
3 n 0
= lim 1+ = e3 = 1 2
n +1
5n2 −3n
n (e) lim
n2 + 3
n +5
n2 + n − 3
Exemplo 3.10.9 Calcule lim
n2 − 2
Resolução: Aplicando o Teorema 3.10.6, vem: 94. Calcule cada um dos seguintes limi-
tes:
n − 2 n +4
n +5 (a) lim
n2 + n − 3
2
n+5
h i
lim (n+5)· n + n −3 −1
2
lim = e n −2
n2 −5
n2 − 2 2
n +3
2 2
(b) lim
2n + 2
h i
lim (n+5)· n +n−23−n +2
= e h n − 2
3
2n + 4 2 n−1
i
lim (n+5)· n2−1 1 (c) lim
= e n −2 =e =e 2n + 3
5 3n − 1 n
(d) lim ·
Aplicando o Teorema 3.10.7, vem: 7 2n
3 n
n +5 n +5 ! n +5 (e) lim 1 − 2
n2 + n − 3 n−1
1 n
lim = lim 1 + 2 = lim 1 + √
n2 − 2 n −2 n2 −2
5
3
n
n −1 (f) lim 1 +
(n+5)· n −1 n
! n2 −2
n2 −2
n −1
1
= lim 1 +
n2 −2
n −1
(n+5)(n−1)
lim
= e n2 −2 = e1 = e
60 esacs - 2016/17
Exercícios do Capítulo 3
3 1 7 (−1)n
1. Indique os erros de , , 0.6 e relativamente ao número 12. Mostre que a sucessão de termo geral un = 2 −
2 5 3 n
3. converge para 2 e não é monótona.
2. Identifique a vizinhança de raio 0.5 do ponto 2.1.
3. Averigue se π pertence à vizinhança de raio 0.04 de 3.1. 13. Considere a sucessão (un ) de termo geral
10. Prove, por definição, que as sucessões definidas pelos ter- 17. Classifique as seguintes sucessões.
mos gerais seguintes tendem para −2: s
2
n n +n+1
1 1 − 2n 6n + 7 (a)
(a) an = −2 − (b) bn = (c) cn = n−3
n n 1 − 3n √
n
11. Prove por definição de limite que são verdadeiras as pro- (b) 2n + 1
posições:
√
(a) f (n) = 2n2 + 1n2 + 1 (n) f (n) = 3
n 25. Considere a sucessão de termo geral
(b) f (n) = n3 − 106 n2 √ √
(o) f (n) = n+1− n un = 3n2 − 5.
2 √ √ √
(c) f (n) =
n (p) f (n) = n n+a− n Indique um termo geral de uma sucessão (vn ) com limite
n+1
(d) f (n) =
n+1
−∞, tal que:
n2 (q) f (n) = (−1)n ·
n+1 n
(e) f (n) = 2 (a) lim (un + vn ) = 0 (c) lim (un − vn ) = −∞
n +1 1 + (−1)n
n2 (r) f (n) =
n (b) lim ( u n + v n ) = + ∞ (d) lim (un + vn ) = 4
(f) f (n) = n
3 100
n2 + 1 (s) 2(−1)n + 26. Considere as sucessões de termo geral
(g) f (n) = n+1
n √
3
n2 + n5 + 2n (t) f (n) = (−1)n ·
1 un = 2 + v n = n3 + 2 wn = − n
(h) f (n) = n n
n2 + n4
5n3 − 2n
Indique, se possível:
(i) f (n) = 4 5n + 1 n par
n + 3n2 − 10 (u) f (n) = n
5n − 1
n ímpar (a) lim (wn vn ) (c) lim (un wn )
1 1
(j) f (n) = −
n
n n+1 (b) lim (u + v ) (d) lim (w )2
n n n
n−1 1 1 1
1+ 2 + 4 +...+ 2n
(k) f (n) = 2 (v) f (n) = Calcule cada um dos limites, identificando as indetermina-
n −1 1 1 1 27.
n
1+ + +...+ 3 9 3n
1 (Lembre-se de que o nu- ções:
(l) f (n) = 1 +
n merador e o denominador
5n + 2
(a) lim −2n3 + n5
" #
1 4 (h) lim
4 são somas de n termos de
(m) f (n) = n a+ −a 5n +1 − 1
n progressão geométrica).
(b) lim 3n4 − 5n 2n − 3n +1
(i) lim n+1 n
19. Considere os seguintes Sucessões de termo geral: √ −3
2
(c) lim 4n+1 − π n n2 + 2n
2 (j) lim
an = 5n − 2 3n
p
cn = (d) lim n − n2 + 1
2n + 3 1 − 5n
2n + 6 2n − 1 (k) lim √
bn = dn = n3 + 3n − 4 √
n4 + 1
n+1 2−n (e) lim
n2 + 5n n−3
(l) lim
Calcule o limite da sucessão: n−9
−n2 + 2n + 3
(f) lim 2
n +1 1
5 − 4n2 (m) lim × 2
(a) lim( an ± bn ) (c) lim(bn ± cn ) 4 n −2
3 − n2
(b) lim(cn · dn ) (d) lim( an ÷ cn ) (g) lim 3
2n + n − 1 (n) lim(3 − 5) × 2−n
n
(c) Determine a ordem a partir da qual todos os termos da 36. Determina os seguintes limites
sucessão se encontram na vizinhança δ = 0.1 do limite
1 n 2n + 1 2n
l.
(a) lim 1 + (c) lim
Retirado de um teste!
2n 2n + 3
n 2
3n + 2 n
31. (a) Defina limite de uma sucessão real. 1
(b) lim 1 − 2 (d) lim
n 3n + 5
(b) Calcule o limite da sucessão de termo geral
2n+1
1 + 2n 37. Estude quanto a convergência as sucessões seguintes:
un = .
2n
1 n 2
1 3n + 2 n
(c) Seja a sucessão de termo geral vn = n . (a) 1 + 2 (d)
2 n 3n + 5
i. Mostre, pela definição, lim vn = 0. n
1 ! n5
(b) 1 + n 10 − 1
ii. Determine a ordem a partir da qual todos os termos 2n (e)
n10
da sucessão se encontram na vizinhança δ = 0.25 do 2n + 1 2n
limite 0. (c)
2n + 3
Retirado de um teste!
38. Calcule cada um dos seguintes limite:
32. Considera a sucessão un = an , a ∈ R. Estude a monotonia
4 5n
n +1
e classifique-a quanto à sua convergência.
n+1
(a) lim (d) lim 1 +
n n
1 (c) a = 3 n n
(a) a =
n
3 n+1
1 (b) lim (e) lim
(b) a = −2 (d) a = − n n+5
3 − n2
1 3n−5
2
33. Determina os seguintes limites n +3
(c) lim 1 + (f) lim
3n n2
(a) lim(1 − 3n)5
39. Mostre que:
100n + 1
(b) lim 3(−1)2n + n
n+1
2 n
2n + 7n (a) lim · =0
(c) lim 3 n+2
7n
3 n
n
2
(d) lim(5n + 2n ) n (b) lim · = +∞
2 n+2
34. Estude quanto a convergência as sucessões seguintes: 40. Calcule o limite de cada uma das seguintes sucessões:
√ n n +1
an + bn , se 0 < a < b (c) 2 − π
n
(a) 2n n +1
√
3 3n + 1
(b)
n
2n + 1 π − 2n +1
n (a) an = 1+ (f) vn =
n n+1
35. (a) Suponha que depositou 1000 euros num banco à um 2n ! n6
n12 − 1
0, 5
juro anual de i = 5%. Calcule o montante da sua conta (b) bn = 1− (g) wn =
2n n12
no fim do primeiro ano se a capitalização dos juros se en 2n−1
en
n2 + n + 2
faz: (c) cn = (h) tn =
−1 + e n n2 + 1
i. anualmente; iv. diariamente; n+2 n
2
2 n
ii. mensalmente; v. todas as horas; (d) dn = (i) rn = 1 − 4
n+1 n
iii. semanalmente; vi. ao minuto. n2
n + 5 2n
2
3n + 1
(e) un = (j) sn =
(b) Observe que a sua conta aumenta sempre que o número n+1 n2 + 3
de capitalizações por ano aumenta, mas aquele cresci- 41. Calcule c de modo que:
mento não ultrapassa um determinado limite superior.
Que limite é esse? n + 2 cn+1
lim = e3
(c) Formalize a alínea anterior, indicando o factor a ser n+3
aplicado aos 1000 euros quando se atinge aquele limite
superior. (Diz-se então que o juro é capitalizado de
forma contínua.) 42. Relacione a e b de modo que:
(d) Suponha agora que, em vez de 1000 euros, tem uma n +1 abn−1
quantia P e que o período de investimento é t anos em an + 2 n+1
lim = lim
vez de 1 ano. Qual a quantia que irá ter no fim dos t an n+3
anos se a capitalização for contínua?
4 F UNÇÕES EXPONENCIAIS
"Aquele que tentou e não conseguiu é superior àquele que nada tentou."
Arquimedes
Introdução
Exemplo 4.1.1
(a) 72 = 7 · 7 = 49
4
1 1 1 1 1 1·1·1·1 1
(b) = = =
3 3 3 3 3 3·3·3·3 81
√ 3
3
√
3
√
3
√
3
√3
√
3
(c) 4 = ( 4)( 4)( 4) = 4 · 4 · 4 = 43 = 4
x √
a) f ( x ) = 2x 1 c) h( x ) = (0.12) x d) p( x ) = ( 2) x
b) g( x ) =
2
Esboçamos ponto-por-ponto os gráficos das duas primeiras funções do
exemplo anterior:
Consideremos uma tabela com alguns valores da função f ( x ) = 2x
f (x)
x 2x
1 8
−3 Note que:
8 7
1 • Domínio: R;
−2 6
4 • Contradomínio: R+ ;
1 5 • a x > 0, ∀ x ∈ R e f (0) = 1;
−1
2 • f é estritamente crescente;
4
0 1 • f é injetiva.
3
Tudo isso decorre do facto de a base ser
1 2 2 um número maior que 1 (2 > 1).
2 4 1
x
3 8 −3 −2 −1 1 2 3
matemática 12º ano 65
x
1
Do mesmo modo apresentamos a tabela com alguns valores da função g( x ) =
2
x
1 f (x)
x
2
8
−3 8 7 Note que:
−2 4 6 • Domínio: R;
5 • Contradomínio: R+ ;
−1 2 • a x > 0, ∀ x ∈ R e g(0) = 1;
4
• g é estritamente decrescente;
0 1 3 • g é injetiva.
1
1 2 Tudo isso decorre do facto
de a baseser
2 1
1 1 um número entre 0 e 1 0 < < 1 .
2
2
4 x
1 −3 −2 −1 1 2 3
3
8
a x = ay ⇔ x = y.
a x2
a x2 > a x1 ⇔ x 2 > x 1 ,
a x1
∀ a ∈ R e a > 1.
x
x1 x2 x
Figura 4.1: Gráficos funções Exponenci-
ais com base a > 1.
a x2 a x2 > a x1 ⇔ x 2 < x 1 ,
a x1 ∀ a ∈ R e 0 < a < 1.
x
x2 x1 x
Figura 4.2: Gráficos funções Exponenci-
ais com base 0 < a < 1.
Resolução: Resolvemos esta equação transformando-a numa igualdade de 97. Resolva em R as equações:
duas potências de mesma base. Para isso, factorizamos os números 125 e (a) 64x = 256
√ √
625: (b) ( 2) x = 8
√ √ 2
5 x
125 5 625 5 (c) 3 x −1 = 9
√ 5 √
25 5 125 5 6
32x+1
3
⇒ 125 = 53 ; (d) = 2
5 5 25 5 ⇒ 625 = 54 ;
1 5 5
1
Assim, temos:
x 4
E.1
125x = 625 ⇔ 53 = 54 ⇔ 53x = 54 ⇐⇒ 3x = 4 ⇔ x = .
3
4
Logo, S = .
3
Logo, S = {0}.
matemática 12º ano 67
Resolução: A equação pode ser escrita sob a forma: 99. Determine o conjunto dos valores x,
x ∈ R, que satisfazem cada uma das
equações:
(32 ) x − 10 · 3x + 9 = 0 ⇔ (3x )2 − 10 · 3x + 9 = 0.
(a) 2x+1 + 2x−1 = 20
x
Fazendo a mudança de variável 3 = t, temos: (b) 3x+1 − 3x+2 = −54
√ (c) 2 · 3x−1 + 4 · 3x−2 = 30
10 ± 64 10 ± 8
t2 − 10t + 9 = 0 ⇒ t = = ⇔ t = 9 ∨ t = 1. (d) e2x − 3e x + 2 = 0
2 2
(e) 4x − 6 · 2x + 8 = 0
Voltando a variável x, temos: (f) 9x − 4 · 3x+1 + 27 = 0
(g) 4x+1 − 2x+1 − 56 = 0
3x = 9 ∨ 3x = 1 ⇔ 3 x = 32 ∨ 3 x = 30
⇔ x = 2 ∨ x = 0.
3x = 3 ∨ 3x = −30 3x
⇔ 33 = 31 ∨
=−30
⇔ x=1
Logo, S = {1}.
68 esacs - 2016/17
Assim temos: √
(e) ( 0, 6)3x−2 ≥ 0, 6
8 2x−1
56x−2 > 53x+6 ⇔ 6x − 2 > 3x + 6 ⇔ 6x − 3x > 6 + 2 ⇔ 3x > 8 ⇔ x > . (f)
1
> 3 x +2
3 3
(g) 3x+1 + 2 · 3x−1 ≥ 11
8 8
Logo, S = x∈R:x> = , +∞ .
3 3 (h) 4x − 3 · 2x + 2 < 0
x
(i) 25 2 + 5x−1 > 150
(j) 9x − 4 · 3x+1 + 27 > 0
70 esacs - 2016/17
2x−5 x+1
1 1
Exemplo 4.5.3 Resolva em R a inequação ≤ .
8 4
Resolução:
2x−5 x+1 " #2x−5 " # x+1
1 1 1 3 1 2
≤ ⇔ ≤
8 4 2 2
6x−15 2x+2
1 1
⇔ ≤
2 2
1
Como a base das potências é um número entre 0 e 1, temos, pela
2
propriedade E.3, que o sentido da desigualdade é invertido para os expoentes.
Assim temos:
6x−15 2x+2
1 1
≤ ⇔ 6x − 15 ≥ 2x + 2
2 2
⇔ 6x − 2x ≥ 2 + 15
17
⇔ 4x ≥ 17 ⇔ x ≥ .
4
17 17
Logo, S = x ∈ R : x ≥ = , +∞
4 4
3 − 9 x +1
y Temos que <0
4 − 2 x −1
1
f (t) ≥ 0 ⇔ t ≤ ∨ t ≥ 1.
2
+ +
1 1 x
2
0 1
Logo,
S = { x ∈ R : x ≤ 0 ∨ x ≥ 1} =] − ∞, 0] ∪ [1, +∞[.
72 esacs - 2016/17
Resolução:
√
x −1
√
x +1 √ x +1 x −1
1
2
7 x +1 ÷ 7 x −1 < 343 ⇔ 7 x−1 ÷ 7 x+1 < 73
x +1 x −1 3 x+1 x−1 3
⇔ 7 x −1 − x +1 < 7 2 ⇔ − <
x−1 x+1 2
x+1 x−1 3
⇔ − − <0
x−1 x+1 2
2( x + 1)2 − 2( x − 1)2 − 3( x 2 − 1)
⇔ <0
2( x + 1)( x − 1)
2( x2 + 2x + 1) − 2( x2 − 2x + 1) − 3x2 + 3
⇔ <0
2( x + 1)( x − 1)
2( x2 + 2x + 1 − x2 + 2x − 1) − 3x2 + 3
⇔ <0
2( x + 1)( x − 1)
−3x2 + 8x + 3
⇔ <0
2( x + 1)( x − 1)
1
Os zeros do numerador são − e 3; Os zeros de denominador são −1 e 1.
3
1
x −1 − 1 3
3
−3x2 + 8x + 3 − − − 0 + + + 0 −
2( x + 1)( x − 1) + 0 − − − 0 + + +
−3x2 + 8x + 3
− + N.D0 − N.D + 0 −
2( x + 1)( x − 1)
1
S = ]−∞, −1[ ∪ − , 1 ∪ ]3, +∞[ .
3
matemática 12º ano 73
Exercícios do Capítulo 4
√
3
−2 14. Resolva, em R, cada uma das seguintes equações:
(a) 8 (d) 16 1
(f)
(b) 16−1 2 1 6x
1 (a) 4x = (d) = 243
(c) 16−3 (e) 16 2x
32
1 x (e) 8x = 2x × 32
(b) = 1000
5. Efetue as operações e simplifique o resultado: 10
2− x
4 x +3
√ (c) 125 = 5 (f) = 64
1
− 21 3
x3y − 1 2 x +2
(a) x × x 4 ÷x 4
(d) √ × x −1 y−2
3
1
√ (a) 5− x+1 = 5−3x+6 (e) 4x − 6 · 2x + 5 = 0
3− 2 · (−2)−4
3
18 · 183
(a) 1 (b) 1 (b) 9 · 3x = 729
−2 1 9− 2 (f) 3x + 3− x+1 − 4 = 0
1
2 · 5− 2 (c) 0, 5− x+1 = 2− x+3
1 2
(d) = 21− x (g) 4x+1 − 320 = 2x+3
7. Sabendo que 5x = 2, qual o valor de: 16
x
(h) 1 + 2 + 4 + 8 + . . . + 2x = 4095
(a) 52x ? (c) 5 2 ? (e) 5x+1 ? (i) 3x + 3x−1 + 3x−2 + 3x−3 + 3x−4 + 3x−5 = 364
(b) 5− x ? (d) 25− x ?
x
(a) 3x (b) 32x (c) 3 2 (d) 3− x+1
74 esacs - 2016/17
17. Resolva, em R, as seguintes equações: 25. Resolva a inequação 9y2 − 10y + 1 ≤ 0 e aplique para resol-
ver a inequação 32x+2 − 10 × 3x + 1 ≤ 0.
(a) 2− x+2 = 22x+1 (h) 8x+1 = (4x )3
(b) 2x+1 = 128 (i) 2x + 2− x+1 = −3 26. Considere a função f : x → 2x . Determine o conjunto dos
x −2
1 valores de x:
(c) 32x +1
= (j) 9x − 5 × 3x + 5 = −1
3
(k) 3 × 52x+1 − 16 × 5x + 4 = 0
2
−1
1 (a) f ( x ) > 1 (d) f (2x + 5) = 1024
(d) 3x −1 = (l) 5x + 2 × 51− x = 7
9 (b) f ( x ) < 8 (e) f ( x ) · ( x2 − 1) > 1
x −2 x x +2
(e) 2x × 5x = 100 (m) 3 +3 +3 = 91 (f) f (2x ) > f ( x )
2
(n) 2x−2 + 2x−1 + 2x = 56 1
(f) 52x−2 = 25x − x (c) f ( x ) ≥ (g) f ( x ) = −3
8
(g) 25x − 3 × 5x + 2 = 0 (o) 5x+4 + 5x+1 + 5x+2 = 131
27. Determine o domínio das funções reais de variável real:
18. Resolva as equações:
√ 1 √
2
(a) 3x −5 = 81 (c) 2x+3 =
3
4 (a) f : x → (b) f : x → 2x − 4
ex −e x
11 (c) f : x → e x−3
(b) 5 x2 −5x +6
=1 (d) 3x+1 + 3x − 3x−1 =
9
28. Determine, em R, o domínio e os zeros (caso existam) das
(e) 9 · 3 − 6 · 9x + 11 · 3x − 6 = 0
x x
funções definidas por:
19. Resolva a equação y2 − 9y + 8 = 0 e usa as soluções para
x−2
resolver a inequação 4x − 9 × 2x + 8 = 0. (a) f ( x ) = x
(e − 1)(4x + 1)
20. Resolva cada uma dos seguintes sistemas: 1
πx
(b) g( x ) =
x+1
(
5x = 251+y 23x · 4y = 32
(a)
q
x + y = 11 (d) 4 (c) h( x ) = (2x − 1)(4 − 2x )
x +y = 1
( 2 x
5x+y − 56 = 0 (d) p( x ) = x
(
(b) 42x · 2y = 1 3 −1
5x−y − 52 = 0 (e)
2x−y = 16
( ( 29. Determine o domínio de cada função.
2x + 2y = 24 25y · 5x = 53
(c) (f) 2
2x · 2y = 108 0, 04x = 5y
p
(a) f ( x ) = 3x−2 − 1
p
4
(c) h ( x ) = 4 x − 2 x +4
p
21. Determine os zeros, caso existam, de: (b) g( x ) = 5 22x−1 − 8
Introdução
Em Cabo Verde, a população cresce à uma taxa de 1.4% ao ano, aproximadamente. Em quantos anos a população
irá dobrar se a taxa de crescimento continuar a mesma?
Se hoje a população for de P0 indivíduos, após 1 ano a população será P1 = P0 · 1, 014, após 2 anos será
P2 = ( P0 · 1, 014) · 1, 014 = P0 · (1, 014)2 , após 3 a população será P3 = P0 · (1, 014)3 ... após x anos a população
será Px = P0 · (1, 014) x . Daí, P0 · (1, 014) x = 2 P0 ⇔ (1, 014) x = 2. Não é possível resolver essa equação usando os
conhecimentos adquiridos até aqui.
Com o objectivo de transformar uma equação exponencial como essa numa igualdade entre potências de mesma
base, e não só, vamos desenvolver a noção de logaritmo.
Notação:
Na expressão loga x = y:
• x é chamado de "logaritmando",
(a) log7 49
(a) log2 16 é o expoente y tal que 2y = 16.
E.1 (b) log6 216
Temos que: 2y = 16 ⇔ 2y = 24 ⇐⇒ y = 4.
(c) log128 1024
Assim, log2 16 = 4.
4
(d) log 3
1 1 2 9
(b) log5 = y ⇔ 5y = ⇔ 5y = 5−2 ⇔ y = −2. (e) log2
√
5
16
25 25
1 (f) log 10 000
Assim, log5 = −2.
25 (g) ln e
(c) log7 1 = y ⇔ 7y = 1 ⇔ 7y = 70 ⇔ y = 0. (h) log5 1
Assim, log7 1 = 0. (i) log4 4
√
3
√
3 1 1
(d) log5 5 = y ⇔ 5y = 5 ⇔ 5y = 5 3 ⇔ y = .
3
√
3 1
Assim, log5 5 = .
3
Nota:
• Quando a base é 10, omite-se o 10 e escreve-se log x; É chamado logaritmo
decimal. Em muitas calculadoras, este logaritmo é denotado por LOG .
Exemplo 5.1.3
1 1
(a) log = y ⇔ 10y = ⇔ 10y = 10−3 ⇔ y = −3.
1 000 1 000
1
Assim, log = −3.
1 000
1 1
(b) ln = y ⇔ ey = ⇔ ey = e−1 ⇔ y = −1.
e e
1
Assim, ln = −1.
e
Decorre imediatamente da definição que para números reais positivos x e a, com a 6= 1, valem as seguintes
propriedades:
L.1 : loga a = 1. De facto, fazendo loga a = y, tem-se ay = a ⇔ y = 1. Assim loga a = 1.
L.3 : loga a x = x. Com efeito, fazendo loga a x = y significa que, ay = a x ⇔ y = x. Logo, loga a x = x.
L.4 : aloga x = x. De facto, fazendo loga x = y, tem-se: ay = x. Substituindo, nessa última igualdade y por loga x,
tem-se: aloga x = x.
matemática 12º ano 77
(a) Pela L.4, temos 3 = 2log2 3 . Substituindo na equação temos: 114. Calcule o valor da expressão
E = 52+log5 3 .
2x = 3 ⇔ 2x = 2log2 3 ⇔ x = log2 3.
e x = 7 ⇔ e x = eln 7 ⇔ x = ln 7.
4
Exemplo 5.3.2 log2 = log2 4 − log2 16 = 2 − 4 = −2.
16
loga ( x p ) = p loga x.
√
(a) log4 5x3 y ; 3x − 5
(b) ln .
7
Resolução: Quebra linha 120. Resolva o problema proposto na in-
trodução deste capítulo.
(a) log4 5x3 y = log4 5 + log4 x3 + log4 y = log4 5 + 3 log4 x + log4 y.
√
3x − 5 √ 1
(b) ln = ln 3x − 5 − ln 7 = ln(3x − 5) 2 − ln 7
7
1
= ln(3x − 5) − ln 7.
2
80 esacs - 2016/17
1 1
(a) log x + 3 log( x + 1); (c) [log2 x + log2 ( x + 1)].
2 3
(b) 2 ln( x + 2) − ln x;
Resolução: Quebra linha loga x 1
121. Mostre que: = 1 + loga .
log a x b
b
(a)
1 1
h i
log x + 3 log( x + 1) = log x 2 + log ( x + 1)3
2 h√ i
= log x ( x + 1)3 .
(b)
h i
2 ln( x + 2) − ln x = ln ( x + 1)2 − ln x
( x + 1)2
= ln .
x
(c)
1 1
[log2 x + log2 ( x + 1)] = {log2 [ x ( x + 1)]}
3 3
1
= log2 [ x ( x + 1)] 3
q
= log2 3 x ( x + 1).
Em símbolos:
f : R+ → R
x 7→ loga x
(a) f ( x ) = log2 x;
(b) g( x ) = log 1 x;
2
(c) h( x ) = log x;
(d) i ( x ) = ln x;
(e) j( x ) = log0,2 x;
(f) k( x ) = log√7 x.
matemática 12º ano 81
y
x log2 x
3
1
−3 Note que:
8 2
1 • D f = R+ ;
−2
4 1 • D 0f = R
1
−1 • f (1) = 0 pois loga 1 = 0, ∀ a > 1;
2
1 2 4 8 x • f é estritamente crescente;
1 0 • f é injetiva.
−1
Tudo isso decorre do facto de a base ser
2 1 um número maior que 1 (2 > 1).
−2
4 2
−3
8 3
y
x log 1 x
2
1 3
3 Note que:
8
1 2 • D g = R+ ;
2
4 • Dg0 = R
1 1 • g(1) = 0; loga 1 = 0, ∀ 0 < a < 1;
1
2 • g é estritamente decrescente;
1 0 1 2 4 8 x • g é injetiva.
−1 Tudo isso decorre do facto
de a baseser
2 −1 1
um número entre 0 e 1 0 < < 1 .
2
−2
4 −2
−3
8 −3
y
y
log 3 x 4
5 2
3
4
2
3 log2 x
1
2 ln x
log5 x 2 3 5 6 7 8 9 x
1 1 4
−1 log 1 x
5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 x −2 − ln x
−1
−3 log 1 x
2
−2
−4 log 2 x
3
−3
82 esacs - 2016/17
y Tem-se, então:
f ( x ) = loga x ( a > 1)
loga x2 > loga x1 ⇔ x2 > x1 ,
loga x2
log2 x1 ∀ x1 , x2 ∈ R+ e a > 1.
x1 x2 x
y Tem-se, então:
Resolução: Existe loga x se, e somente se, x, a ∈ R+ e a 6= 1. Como a 122. Esboce o gráfico de cada uma das
funções:
base 5 do logaritmo já obedece a condição de existência, basta impormos a
(a) f ( x ) = log3 x
condição sobre o logaritmando, isto é,
(b) g( x ) = log 1 x
3
3x − 6 > 0 ⇔ x > 2.
Resolução: Para garantir a existência do logx (8x − 2), devemos ter: 123. Classifique como crescente ou decres-
cente cada uma das funções:
(a) f ( x ) = log5 x
1 (b) g( x ) = log0,3 x
8x − 2 > 0 x> (I)
4 (c) h( x ) = log √
6 x
5
x>0 ⇔ x > 0 (II)
x 6= 1
01 1 (d) i ( x ) = ln x
x 6= 1 (III)
4
124. Determine a inversa da função
f ( x ) = log5 x.
1
(I) ∩ (II) ∩ (III) = x∈R:x>
e x 6= 1 .
4 125. Determine o domínio de cada uma
das funções:
1 1
Logo, D f = x ∈ R : x > e x 6= 1 = , + ∞ \ {1}.
4 4 (a) f ( x ) = log8 (5x − 15)
(b) g( x ) = log5 ( x2 − 3x )
(c) h( x ) = logx (6x − 1)
(d) i ( x ) = log2x−4 (6x + 1)
loga x = loga y ⇔ x = y, ∀ x, y, a ∈ R+ e a 6= 1.
Em primeiro lugar, devemos impor a condição de existência do logaritmo: (c) log5 (3x + 7) − log5 ( x − 1) = 1
(d) log2 x + log2 ( x − 2) − log2 ( x − 3) = 3
4x + 24 > 0 ⇔ x > −6 ∴ C.E. x>-6 (e) log 1 ( x2 + 2x ) − log 1 x = −2
2 2
C.E. x>7 .
Preparação da equação:
Resolução da equação
log3 ( x2 − 6x − 7) = log3 9 ⇔ x2 − 6x − 7 = 9
⇔ x2 − 6x − 16 = 0 ⇔ x = 8 ∨ x = −2.
Preparação da equação:
Resolução da equação
18x + 10
= 10 ⇔ 18x + 10 = 10x + 50
x+5
⇔ 18x − 10x = 50 − 10 ⇔ 8x = 40 ⇔ x = 5.
5
Note que x = 5 satisfaz a C.E. x > − .
9
Portanto S = {5}.
C.E. x > 0 e x 6= 1.
Preparação da equação:
Resolução da equação:
C.E. x > 0.
Preparação da equação
Resolução da equação
∆ = b2 − 4ac ⇔ ∆ = (−8)2 − 4 · 1 · 16 = 0
√ √
−b ± ∆ −(−8) ± 0
⇔x= ⇔x= ⇔ x = 4.
2a 2·1
2
Exemplo 5.6.7 Resolva a equação log3 x − 5 log3 x + 4 = 0.
Resolução da equação
6
Exemplo 5.6.8 Resolva a equação log3 x8 + = 18.
1 + log3 x
1
C.E. x > 0 e x 6= .
3
Preparação da equação
A propriedade L.3 dos logaritmos nos permite escrever a equação sob a forma:
6
8 log3 x + = 18
1 + log3 x
Resolução da equação
Fazendo a mudança de uma de variável log3 x = t, temos:
6 8t(1 + t) + 6 18(1 + t)
8t + = 18 ⇔ =
1+t 1+
t
1+
t
3
⇔ 8t + 8t2 + 6 = 18 + 18t ⇔ 8t2 − 10t − 12 = 0 ⇔ t = 2 ∨ t = − .
4
Voltando à variável original, temos:
r
3 3 1
log3 x = 2 ⇔ x = 9 ou log3 x = − ⇔ x = 3− 4 ⇔ x =
4
.
4 27
1
Os dois valores de x satisfazem a C.E. x > 0 e x 6= .
( r ) 3
4 1
Portanto S = 9, .
27
88 esacs - 2016/17
( ( (
a+b = 3 a+b = 3 1+b+b = 3
⇔ ⇔
a−b = 1 a = 1+b −−−
( (
2b = 2 b=1
⇔ ⇔
−−− a=2
S = {(9, 3)}.
3
Escrevemos o número 3 como um logaritmo de base 2, ou seja: 3 = log2 2 .
Temos, então: log2 (3x − 1) > log2 23 .
Resolução da inequação
1 3
3
∴ x > 1.
Preparação da inequação
1
Escrevemos o número −4 da inequação como uma logaritmo de base , ou
−4 2
1
seja: −4 = log 1 .
2 2
Resolução da inequação
140. Obtenha o conjunto de todos os va-
lores reais de x, que satisfazem cada
Pela propriedade G.3 da função logarítmica, temos que o sentido (≤) da uma das desigualdades:
entre os logaritmos é invertido (≥) para os logaritmando, pois
desigualdade (a) log2 ( x + 3) − log4 x ≤ 2
1
a base está entre 0 e 1. Ou seja: (b) log6 ( x2 − 1) + log 1 ( x − 2) > log36 64
2 6
y
log 1 ( x − 1)( x + 5) ≤ log 1 16
2 2
⇔ ( x − 1)( x + 5) ≥ 16
+ +
⇔ x2 + 5x − x − 5 ≥ 16 −7 3 x
2
⇔ x + 4x − 21 ≥ 0.
Portanto x ≤ −7 ou x ≥ 3.
−7 1 3
Assim,
S = { x ∈ R : x ≥ 3} = [3, +∞[.
matemática 12º ano 91
Pela propriedade
L.6 dos logaritmos, podemos escrever:
2x + 1
log3 ≤ log3 3−1 .
x+8
Resolução da inequação
5x − 5
Construindo o quadro do estudo do sinal da expressão , temos:
3x + 24
x −8 1
5x − 5 − − − 0 +
3x + 24 − 0 + + +
5x − 5
+ N.D − 0 +
3x + 24
Portanto −8 < x ≤ 1.
−8 1 1
−
2
1 1
Assim, S = x∈R:− <x≤1 = − ,1 .
2 2
92 esacs - 2016/17
Através de exemplos e com base nas secções anteriores, faremos o estudo das funções exponenciais e logarítmica.
Exemplo 5.8.1 Considerando a função f real de variável real, tal que f ( x ) = 2x−1 − 1, determine:
y = 2 x −1 − 1 ⇔ y + 1 = 2 x −1
⇔ x − 1 = log2 (y + 1)
⇔ x = 1 + log2 (y + 1).
146. Determine o valor do parâmetro m de
3º passo: Fazer mudança de variáveis forma que o contradomínio da fun-
2 +mx +3
ção f , tal que f ( x ) = 2 − 3x
y = 1 + log2 ( x + 1). seja ] − ∞, −1]
f ( x ) = 2 + log2 ( x + 3),
determine:
(a) O domínio de f ;
(b) O contradomínio;
(c) Os zeros;
y = − 3 + 2 x −2 .
f −1 : R →] − 3, +∞[
x 7 → −3 + 2 x −2 .
94 esacs - 2016/17
Exercícios do Capítulo 5
(a) log2 64 = − x (b) 3log3 27 = x (c) eln 4 = y 17. Sabendo que log2 t = x, escreva em função de x:
√
6. Sem efetuar as operações dentro do parenteses, calcule: (a) log2 (16t) (c) log2 t
16 √
(b) log2 5
(a) log2 (32 · 64) (b) log2 (32 ÷ 64) (d) log2 (2 t) + log2 t3
t
18. Aplique logaritmos a cada uma das seguintes expressões:
7. Calcule:
1
√ ab a2 b
(a) log2 32 8 4
27 (a) A = (b) A = √
(b) log3 c 3 5
818 b · c3
(c) loge2 (3x − 1) > 5 36. Caraterize a função inversa, se existir, de cada uma das
(d) log( x − 2) > log( x − 1) − log 5 seguintes funções e represente graficamente f e f −1 .
1 + x
38. Seja a função: f ( x ) = log 44. Estudantes participando dum experimento psicológico, as-
1− x sistiram a várias lições de uma disciplina onde eram sujeitos
(a) Estude a paridade da função à exames todos os meses de um ano. Após os exames, os
(b) Determine x de modo que f ( x ) > 0 estudantes eram re-avaliados para se saber quanta matéria
eles lembravam. As pontuações médias para cada estudante
39. Escreva um modelo matemático do custo de uma produto
são dadas pelo modelo de memória humano:
cujo valor inicial é 3000 escudos e desvaloriza 30% ao ano.
40. Considere um produto que atualmente tem valor de 3000 f (t) = 75 − 6 ln(t + 1), 0 ≤ t ≤ 12,
escudos. Admita que o produto vai aumentar de valor nos
onde t é o tempo em meses.
próximos 6 anos em 20% ao ano.
Determine o valor do produto no final dos 12 anos referidos. (a) Qual era a pontuação média no exame inicial (t = 0)?
41. A função: (b) Qual era a pontuação média ao fim de t = 2 e t = 6
x meses?
8
c( x ) = 8500 , x ≥ 0,
7 (c) Ao fim de quantos meses, aproximadamente, a pontua-
é usada como modelo para calcular o valor de um andar ção média atinge a marca 60?
num prédio de uma cidade.
45. A relação entre o número de decibéis β e a intensidade do
(a) Determine o valor inicial do andar som i em watts por metro quadrado é
(b) Qual é a percentagem de valorização do andar ao ano?
i
(c) Qual é o custo do andar 10 anos depois da compra? β(i ) = 10 log .
10−12
42. Uma função real de variável real, g, é definida por
(a) Determine o número de decibéis de um som com intensi-
3x + 1 dade de 1 watt por m2 ;
g( x ) = log2
x−2
(b) Determine o número de decibéis de um som com intensi-
(a) Determine o domínio de g dade de 10−12 watt por m2 ;
17 (c) A intensidade do som em ( a) é 100 vezes maior que a da
(b) Calcule g
5 (b). O número de decibéis é 100 vezes maior? Explique.
(c) Determine o conjunto solução da condição g( x ) ≤ 1
(d) Diga justificando, se a função g pode ser definida por: 46. O Paulo aplicou 800 contos num investimento que rende 3%
ao mês, a juros compostos. Quanto tempo após a aplicação
h( x ) = log2 (3x + 1) − log2 ( x − 2) o saldo será 1200 contos?
43. Sejam f e g as funções reais de variável real definidas por47. Em quanto tempo, 800g de uma certa substancia radioactiva,
que se desintegra à um taxa de 2% ao ano, se reduzirá a
f ( x ) = 3 − log2 x g( x ) = 4x − 1 200g? Use
(a) Caraterize a função f ◦ g e determine os seus zeros q = q0 · e−rt ,
(b) Determine os valores de x para os quais a função f ◦ g é em que q é a massa da substância, r é a taxa e t é o tempo
positiva em anos.
6 L IMITE DE FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL
Introdução
O Cálculo tem sido chamado o estudo das mudanças contínuas, e o limite é o conceito básico que permite-nos
descrever tais mudanças. A compreensão do limite é necessária para entender continuidade e derivadas de
funções reais de variáveis reais.
Exemplo 6.1.1
É importante ter em mente que o limite pode ser um ponto que nunca
é atingido mas do qual pode-se aproximar tanto quanto se desejar.
98 esacs - 2016/17
f ( x ) = 2x − 1 e lim f ( x ) = 2 × 2 − 1 = 3.
x →2
Neste caso, diz-se que não existe limite de f ( x ) quando x tende para
2, e escreve-se
2
B =]1, 2[∪{3}
1
1 2 3
−2 −1 1 2 x
Embora 3 seja elemento de B, não é ponto de acumulação deste con-
−1
junto, pois existe pelo menos a V0,1 (3) à qual não pertence nenhum
elemento de B diferente de 3. −2
Historial...
Exemplo 6.2.2 Consideremos, definida em R, a função
3x
x 7→ y =
x2 +1
e vamos mostrar a partir da definição que
6
lim y = .
x →2 5
Seja ( xn ) uma qualquer sucessão de valores de x convergente para 2
por valores diferentes de 2
x1 , x2 , . . . , xn → 2,
lim f ( x ) = lim k = k.
x→a x→a
lim f ( x ) = lim x = a.
x→a x→a
• Limite
q da raizq p
lim n f ( x ) = n lim f ( x ) = n L1 , com L1 ≥ 0 se n é par.
x→a x→a
Será que para calcular o limite de uma função quando x → a basta substi- y
tuir x por a na expressão analítica da função?
3
lim f ( x ) = 2.
x →0 x2 + 2x
Figura 6.4: Gráfico de f ( x ) = .
x
Este limite não poderia ser calculado efetuando a substituição de x por 0
(zero) na expressão analítica quedefine a função, uma vez que
0 (zero) não
0
pertence ao domínio da função não é um número real .
0
Este exemplo sugere que o limite de f ( x ), quando x se aproxima de a, não depende do valor de f ( a). O limite, se
existir, é apenas dependente dos valores de f quando x 6= a e x se aproxima de a.
Apercebemo-nos também de que para calcular o limite de uma função num ponto é importante aprender mais
sobre limites, pois nem sempre a simples concretização de variável independente resolve o problema.
Consideremos a função: y
( 4
x se x ≤ 2
f (x) = 3
x+1 se x > 2
2
O que acontece a y quando x se aproxima de 2?
Através da observação do gráfico verifica-se que: 1
lim f ( x ) = 3. −3
x →2+
lim f ( x ) = 2.
x →2−
2
( √
1
x, se x < 4
Exemplo 6.4.1 Considerando a função f ( x ) =
1, se x ≥ 4 x
−1 1 2 3 4 5 6 7
Calcular, se existe: −1
x = 0, 1, 2 e 3. 2
f (x)
1
8
1 2 3 4 x
−1 6
Resolução: O domínio desta função é o conjunto [2, +∞[ pelo que não
existe qualquer ponto do domínio de f à esquerda de 2. Sendo assim não
√ √
existe lim ( x − 2) e, consequentemente, @ lim ( x − 2).
x →2− x →2
Quando estudamos limites de funções consideramos a variável independente a tender para um número real e o
valor dos limites obtidos era também um número real.
Agora vamos estudar os casos em que x → +∞ e x → −∞ e ainda as situações em que obtemos limites infinitos,
quer x tenda ou não para infinito.
Estudar o limite de uma função quando x → +∞ (ou x → −∞) só faz sentido se o domínio da função não for
limitado superiormente (ou não for limitado inferiormente).
Quando x → +∞ ou x → −∞ a função pode ter limite +∞ , −∞, um número real a ou não existir limite finito
nem infinito.
• x → +∞
1
f ( x ) = x2 g( x ) = − x2 h( x ) = + 1
x
y y y
↑
→ x ↓
1
→ x
→ x
↓
lim g( x ) = −∞
lim f ( x ) = +∞ x →+∞ lim h( x ) = 1
x →+∞ x →+∞
Exemplo 6.5.1
√
Considere a função i ( x ) = x, em que
√ 0 x
lim i ( x ) = lim x = +∞.
x →+∞ x →+∞ √
Figura 6.7: Gráfico de i ( x ) = x.
• x → −∞
1
f (x) = x + 1 g( x ) = −2x h( x ) =
x2
y y y
2 ↑
1 2
↓
← 1 x
← −1 x ← x
lim f ( x ) = −∞
x →−∞ lim h( x ) = 0
lim g( x ) = +∞ x →−∞
x →−∞
matemática 12º ano 105
6.5.2 Limite infinito quando x tende para um número real Figura 6.8: Gráfico da função j.
1 1 1
f (x) = g( x ) = − h( x ) =
x4 x4 x−1
y y y
→ ←
x
→1← x
→ ← x
lim f ( x ) = +∞ lim g( x ) = −∞
x →0+
x →0+ lim h( x ) = +∞
lim g( x ) = −∞ x →1+
lim f ( x ) = +∞ x →0−
x →0− lim h( x ) = −∞
Logo, lim g( x ) = −∞ x →1−
Logo, lim f ( x ) = +∞ x →0
x →0 Logo, não existe lim h( x )
x →1
= 20 − (−∞)
= 20 + ∞
= +∞.
De um modo geral, as notações usadas nas sucessões também se usam nas 158. Calcule:
funções. (a) lim (−50 + x );
x →+∞
(c) lim (1 − 2x );
+∞ + ∞ = +∞; −∞ − ∞ = −∞; x →+∞
Quando se trabalha com limites infinitos são mantidas as regras dos sinais (f) lim (− x + x2 );
x →−∞
do cálculo de limites finitos.
(g) lim (− x2 − x3 ).
Se ao efetuarmos os cálculos chegarmos à situação de ∞ − ∞, diz-se que x →+∞
Resolução: Intuitivamente aceita-se que quando x → −∞, uma das fun- 159. Determine:
ções é constantemente −3 e a outra toma valores negativos infinitamente (a) lim (3x2 );
x →+∞
pequenos, logo o produto irá tomar valores positivos infinitamente grandes. (b) lim (3x2 );
x →−∞
= −3 × (−∞) = +∞.
+∞ × (−∞) = −∞;
−∞ × a = −∞ se a > 0;
−∞ × (−∞) = +∞;
+∞ × a = +∞ se a > 0; −∞ × a = +∞ se a < 0.
1 161. Calcule:
(b) Calculemos lim 2
x →2 ( x − 2 )2 (a) lim
x →1 x−1
Como ( x − 2)2 > 0, ∀ x ∈ R \ {2}, vem
1
1 1 (b) lim 2
lim 2
= + = +∞ x →2 x − 4
x →2 ( x − 2 )
− 0 1
1 1 (c) lim
lim 2
= + = +∞ x →3 ( x − 3 )2
x →2 ( x − 2 )
+ 0 √
x2 + x + 1
1 (d) lim
Logo, lim = +∞. x →−1 x+1
x →2− ( x − 2 ) 2 Verifique as respostas grafica-
mente.
No cálculo do limite do quociente de funções podem surgir as indetermi-
0 ∞
nações: e .
0 ∞
6.7 Indeterminações
∞ 0
, ∞ − ∞, 0 × ∞, 1∞ , , 00 , ∞0
∞ 0
∞
Vejamos por exemplo, .
∞
∞
6.7.1 Indeterminação
∞
Comecemos por estudar o limite quando x → +∞ ou x → −∞ de uma
função racional.
Temos:
n n − 1 a x n 1 + a1 + . . . + an
P( x ) a x + a1 x + . . . + an 0 a0 x a0 x n
lim = lim 0 m = lim
x →+∞ b0 x + b1 x m−1 + . . . + bm
x →+∞ Q ( x ) x →+∞
b x m 1 + a1 + . . . +
0 b0 x
bm
b0 x m
a0 x n 1 + aa01x + . . . + a0axn n a xn a xn
= lim m
× a b
= lim 0 m × 1 = lim 0 m .
x →+∞ b0 x 1 + b 1x + . . . + b xmm x →+∞ b0 x x →+∞ b0 x
0 0
P( x ) a xn
lim = lim 0 m .
x →−∞ Q( x ) x →−∞ b0 x
Seja, n, m ∈ N, a0 , b0 ∈ R, temos:
a
0
se n = m
a0 x n b
0
lim = 0 se n < m
x →±∞ b0 x m
±∞
se n > m.
3x2 − 2x + 1 3x2
(f) lim = lim = lim (3x ) = −∞.
x →−∞ x−3 x →−∞ x x →−∞
matemática 12º ano 109
6.7.2 Indeterminação ∞ − ∞
f ( x ) = a 0 x n + a 1 x n −1 + . . . + a n
n n −1
n a1 a2 an
lim f ( x ) = lim a0 x + a1 x + . . . + an = lim a0 x 1 + + +...+
x →+∞ x →+∞ x →+∞ a0 x a0 x 2 a0 x n
a a an
= lim ( a0 nn ) × lim 1 + 1 + 2 2 + . . . + = lim ( a0 x n ).
x →+∞ x →+∞ a0 x a0 x a0 x n x →+∞
| {z }
=1
Se x → −∞ vem:
lim f ( x ) = lim ( a0 x n ).
x →−∞ x →−∞
6.7.3 Indeterminação 0 × ∞
Se lim f ( x ) = ∞ e lim g( x ) = 0
x→a x→a
temos
f (x)
lim [ f ( x ) × g( x )] = lim 1
.
x→a
g( x )
∞
Passamos a ter uma indeterminação do tipo , já estudada.
∞
165. Calcule:
1 2
Exemplo 6.7.4 Calcule lim ×x .
1
x →+∞ x (a) lim x× ;
x →+∞ x2
1 2
(b) lim x +1 ;
Resolução: Temos uma indeterminação do tipo (0 × ∞). x →−∞ x
x2
1
x2 + 1
lim × x2 = lim = lim x = +∞. (c) lim x5 × 3 .
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x →+∞ x −1
Nota: Deve-se reparar que, na maior dos casos, basta efectuar cálculos
∞
para transformar a indeterminação ×∞ em .
∞
0
6.7.4 Indeterminação
0
No caso de funções racionais, se depois de efetuarmos os cálculos possíveis
0
obtemos uma indeterminação do tipo é porque o valor para o qual x
0
está a tender é raiz do numerador e do denominador.
166. Calcule:
x3 − 2x2 + 3x − 2 x−2
Exemplo 6.7.5 Calcule lim . (a) lim ;
x →1 x2 − 4x + 3 x →2 x2 − 4
t3 − 1
(b) lim ;
t →1 t−1
x2 − 9
Resolução: Aplicando os teoremas Cálculo auxiliar (c) lim ;
x+3
x →−3
somos
conduzidos à indeterminação s+1
1 −2 3 −2 (d) lim 2 ;
0 1 1 −1 2 s→−1 s − 1
. −1
0 1 2 0
x2 + 4x + 3
(e) lim ;
1 −4 3 x →−1 x2 − x − 2
Se isto acontece é porque os polinó- 1 1 −3
1 −3 0 2v − 5v2
mios do numerador e do denominador (f) lim ;
v →0 v
são divisíveis por x − 1. x3 − 6x2 + 11x − 6
(g) lim .
x →1 2x2 − 8x + 6
Factorizando os polinómios no numerador e no denominador, obtemos,
−
( x )( x2 − x + 2)
1 x2 − x + 2 2
lim
= lim = = −1.
x →1 ( x − 1)( x − 3)
x →1 x−3 −2
167. Calcule:
Exemplo 6.7.6 Calcule: √
x
(a) lim ;
x →0+ x2
√ √ x−1
x−2 x−x (b) lim √ ;
(a) lim ; (b) lim . x →11− x
x →4 x − 4 x →0+ x2 − x √
x+5−1
(c) lim ;
x →−4 x+4
Resolução: Quebra de linha √ !
2x + 1 − 3
(d) lim √ √ .
0 x →4 x−2− 2
(a) Aplicando os teorema sobre limites temos uma indeterminação .
0
Nesse caso multiplicamos o numerador e o denominador pelo conjugado 168. Calcule:
√ √
da expressão
√ irracional.√ √ x+h− x
(a) lim ;
x−2 ( x − 2)( x + 2) x−4 h →0 h
lim = lim √ = lim √ √ √
x →4 x − 4 x →4 ( x − 4)( x + 2) x →4 ( x − 4)( x + 2) x2 + 7 − 8x − 5
(b) lim ;
1 1 x →2 x−2
= lim √ = . √
1+h−1
x →4 x+2 4 (c) lim ;
h →0 h
0 √ √
(b) Aplicando os teorema sobre limites temos uma indeterminação . 3t − 3
(d) lim .
√ √ √ 0 t →1 t−1
x−x ( x − x )( x + x ) x − x2
lim 2 = lim √ = lim √
x →0+ x − x x →0+ ( x2 − x )( x + x ) x →0+ ( x2 − x )( x + x )
−1
= lim √ = −∞.
x →0 + x+x
2
f ( x ) é um infinitésimo simultâneo com x ⇔ lim f ( x ) = 0.
x →0
1
0
É fácil de verificar que a função definida por h( x ) = 1 − x2 não é infinité- −2 x
−1 1 2
simo com x. −1
Mas podemos afirmar que é um infinitésimo simultâneo com x − 1, visto Figura 6.10: Gráfico de 1 − x2 .
que, quando x − 1 → 0 (ou seja, x → 1), tem-se lim h( x ) = lim (1 − x2 ) =
x →1 x →1
0.
Da definição acima, conclui-se que, se lim f ( x ) = b, a, b ∈ R, podemos 169. Prove que são infinitésimos:
x→a
afirmar que f ( x ) − b e x − a são infinitésimos simultâneos. (a) f ( x ) = x2 − 9, quando x → 3;
1
(b) g( x ) = , quando x → ±∞.
x+2
Exemplo 6.8.1 Sendo y = x2 − x, como lim y = 6, então, y − 6 e x − 3
x →3
são infinitésimos simultâneos.
f (x)
Nesta condições, f e g são simultâneos com ( x − a) e, existindo lim ,
x→a g( x )
três situações podem ocorrer: Nota
Uma função f diz-se um infinitésimo de
f (x) ordem superior à g se f tender para 0
• Quando lim = k, k ∈ R, diz-se que f e g são infinitésimos mais rapidamente do que g.
x→a g( x )
de mesma ordem;
f (x)
• Quando lim = 0, diz-se que f é um infinitésimo de ordem
x→a g( x )
superior à g;
f (x)
• Quando lim = ±∞, diz-se que f é um infinitésimo de ordem
x→a g( x )
inferior à g.
f (x)
Em particular, quando lim = 1 diz-se que f e g são infinitésimos
g( x )
x→a
equivalentes e escreve-se f ∼ g, lendo-se " f equivalente à g".
matemática 12º ano 113
Em várias funções estudadas até agora, tanto no 11◦ como no 12◦ ano,
encontramos retas que orientam o traçado do gráfico e que se chamam
assíntotas do gráfico.
0 1 x
4x2 y
Observa o gráfico da função f com f ( x ) = em R. 4x2
x2 +1 7 y=
x2 + 1
Vê-se facilmente que as imagens são sempre positivas, se 6
x 6= 0, e menores que 4. 5
Recta y = 4
4
O denominador nunca se anula portanto não pode ter 3
assíntotas verticais. 2
Esta recta, que orienta o traçado do gráfico, é uma assíntotas horizontal 176. Determine as assíntotas paralelas aos
eixos dos gráficos de:
do gráfico desta função.
x−1
(a) x 7→ ;
x2 + 1
Definição: A recta y = b, b ∈ R, é assíntota horizontal do gráfico (b) x 7→
x−3
;
x+1
da função f , sse
3
(c) x 7→ 1 − 2 .
x −1
lim f ( x ) = b ou lim f ( x ) = b.
x →+∞ x →−∞
−7 −6 −5 −4 −3 −2 −
−11
0 1 2 3 4 5 6 7 x
3 3
lim g( x ) = − = −∞ ou lim g( x ) = + = +∞; −2
x →3 + 0 x →3 − 0
−3 −3 −3
lim g( x ) = + = −∞ ou lim g( x ) = − = +∞.
x →−3+ 0 x →−3− 0 −4
−5
Logo x = 3 e x = −3 são assíntotas verticais.
A.V: x = −3 e x = 3
matemática 12º ano 115
Quando x tende para +∞ ou quando x tende para −∞, pode acontecer que o gráfico duma função f se confunda
com uma recta oblíqua aos eixos coordenadas que será chamada assímptota oblíqua do gráfico.
Como toda a recta oblíqua, num referencial (Ȯx, Ȯy), pode ser representada pela equação y = mx + b, conclui-se
que
f (x)
m = lim .
x →+∞ x
b = lim [ f ( x ) − mx ].
x →+∞
f (x)
m = lim e b = lim [ f ( x ) − mx ].
x →−∞ x x →−∞ y x=2 y = x+2
x2 − 9
y= 7
x−2
6
x2 − 9 5
Exemplo 6.9.2 A função de variável real f , tal que f ( x ) = tem
x−2 4
a assímptota vertical x = 2.
2
Averiguemos se tem também assíntotas oblíquas. 1
−5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 6 x
f (x) x2 − 9 −1
m = lim = lim 2 = 1; −2
x →+∞ x x →+∞ x − 2x
2
x −9
2x − 9 −3
b = lim [ f ( x ) − mx ] = lim − x = lim = 2.
x →+∞ x →+∞ x−2 x →+∞ x − 2
x2 − 9
Figura 6.12: Gráfico de f ( x ) = .
Então y = x + 2 é assíntota quando x → +∞. x−2
Analogamente, quando x → −∞ se obtém y = x + 2 (ver Figura 6.12).
116 esacs - 2016/17
x2
se x ≥ 0
Exemplo 6.9.3 Seja agora g( x ) = x+2
x 2
se x < 0
2−x y
Vamos ver que o gráfico desta função tem duas assíntotas oblíquas:
I. Quando x → +∞: 2
1
x2
g( x ) x +2 x2 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4 5 x
m = lim = lim = lim 2 = 1;
x →+∞ x x →+∞ x x →+∞ x + 2x
2 −2
−2x
x
b = lim [ g( x ) − mx ] = lim − x = lim = −2.
x →+∞ x →+∞ x + 2 x →+∞ x + 2 Figura 6.13: Gráfico de g( x ).
Equação da assíntota y = − x − 2.
O estudo das assíntotas horizontais e oblíquas pode ser feito em conjunto. 178. Esboce as assíntotas dos gráficos das
funções:
A equação da recta, y = mx + b, representa qualquer recta não verti-
cal. x2 + 3x
(a) f ( x ) = ;
x+1
1
(b) f (t) = t + ;
t
( √
se m 6= 0, a recta é oblíqua; x2 − 1
y = mx + b (c) f ( x ) =
x−1
;
se m = 0, a recta é horizontal de equação y = b.
t3
(d) f (t) = .
( t − 1)2
Por conseguinte, o processo de acabamos de estudar para a determinação
de assíntotas oblíquas permite detectar simultaneamente a existência de
assíntotas horizontais, se
f (x)
lim =0 e lim f ( x ) é finito.
x →±∞ x x →±∞
f (x) 2x2 − 8
lim = lim =0 e lim f ( x ) = 2.
x →+∞ x x →+∞ x3 + x x →+∞ −8
2x2 − 8
Há, portanto, uma assíntota horizontal, quando x → +∞, de equação y = Figura 6.14: Gráfico de f ( x ) = .
x2 + 1
2. Quando x → −∞, obtém-se a mesma assímptota (ver gráfico à margem).
ex ex − 1
lim = +∞; lim = 1, com p ∈ R
x →+∞ xp x →0 x
ln x ln ( x + 1) ln x
lim = 0; lim =1 e lim =0
x →+∞ x x →0 x x →1 x−1
3x + x ex
(a) lim ; (c) lim ;
x →+∞ x5 x →−∞ 6x
x 2
π x
(b) lim ; (d) lim .
x →+∞ 3x +2 x →+∞ e x
e x − e5x e x +1 − e
(a) f ( x ) = ; (b) f ( x ) = .
2x x3
Resolução: Quebra de linha 180. Calcule cada um dos seguintes limi-
tes:
ex
(a) (a) lim ;
x →0+ 1 − ex
e− x − 1
e x − e5x e x (1 − e4x ) −2e x (e4x − 1) (b) lim
x
;
lim = lim = lim x →0
x→ 2x x →0 2x x →0 4x ex − 1
4x − 1 (c) lim 2x ;
e x →0 e − 1
= lim (−2e x ) lim x
2e − 2
x →0 x →0 4x (d) lim ;
x →0 6x
= (−2) × 1 × 1 = −2;
e x −1 − 1
(e) lim .
x →1 2x − 2
(b)
e x +1 − e e ( e x − 1)
lim = lim
x →0 x3 x →0 x3
e ex − 1
= lim 2 × lim
x →0 x x →0 x
= +∞ × 1 = +∞.
ln 1 + 1x
Exemplo 6.10.3 Calcule o seguinte limite: lim 1
.
x →+∞
x
Exercícios do Capítulo 6
13. Seja f uma função real de variável real e seja: 19. Determine, se existirem:
(a) lim − x − x3
lim f ( x ) = b x →−∞
x→a
(b) lim − x − x2
x →+∞
Considere uma nova função h, definida por:
(c) lim − x + x3
x →−∞
h( x ) = f ( x ) − 2 se x < a
h( a) = f ( a) (d) lim − x + x2
x →+∞
h( x ) = f ( x ) + 2 sex > a √
(e) lim x + x4
x →+∞
√
Indique: (f) lim − x2 − x
x →+∞
lim h( x ); lim h( x ) √
x → a+ x → a− (g) lim x − x2
x →+∞
14. Calcule os limites nos pontos que se indicam e diga, justifi- √
(h) lim x2 + − x
cando, se existe limite nesses pontos. x →−∞
h i
(i) lim ( x2 − x )(2x3 + 5x )
(
2x se x < 0 x →+∞
(a) f ( x ) = ; x=0
x se x ≥ 0 3
(j) lim 3
1 x →+ ∞ x − 5x +1
se x < −1 p
3 − 3x + 1
2 (k) lim x
x →+∞
(b) g( x ) = 2 se − 1 ≤ x ≤ 1 ; x = 1; x = −1
− 1 20. Determine m de modo que:
se x > 1
x (2 − mx )( x + 1)
1 lim =5
2+1
se x > − 1 x →+ ∞ x2 − 4
(c) h( x ) = x ; x = −1
− 1
se x ≤ −1 21. Determine, se existirem:
2x
x 3x
r
x+1
(d) i ( x ) = (3x + 2) · (a) lim (e) lim
|x| x →−1 ( x + 1) 2
x → 0+ x
3 √
15. Determine a de modo que a função h tenha limite quando (b) lim x + 1 x+3−2
x →−1 x + 1
(f) lim
x → −1. x →1 x−1
x2 − 8x + 15
(c) lim 3 4
(g) lim −
(
x + 2a se x < −1 x →3 x2 − 9 x →−1− x + 1 x2 − 1
h( x ) = | x − 2|
x2 − ax + 1 se x ≥ −1 (d) lim
x →2 x − 2
33. Calcule cada um dos seguintes limites: 36. Calcule cada um dos seguintes limites:
5x e2x − 1
(a) lim 5 (a) lim
x →+∞ x
x →0 x
3x
(b) lim 3 e x +1 − e
x →−∞ x (b) lim
ex x →0 x
(c) lim x e 3 − e x +3
x →+∞ 5
(c) lim
x2 x →0 2x
(d) lim x 2x
x →0 3 (d) lim
5x x →0 e5x − 1
(e) lim 5
x →+∞ x e2x − e x
(e) lim
e x +1 − 1 x →0 −5x
(f) lim
x →−1 x + 1 e x −3 − 1
(f) lim
e3x − 1 x →3 2x − 6
(g) lim
x →0 1 − e x x3
(g) lim x+3
( e x )3 − 1 x →0 e − e3
(h) lim ax
x →0 6x (h) lim
e x − e2 x →0 ebx − 1
(i) lim ( a 6 = 0 e b 6 = 0)
x →2 x − 2
x2 + 2x e2x−1
(j) lim (i) lim
x →0 1 − e3x x →+∞ 1 − e3x
Introdução
A palavra "contínuo" significa, em linguagem corrente, que "não é interrompido" ou "que não é dividido em
partes separadas".
Quando se levanta o auscultador do telefone, ouve-se o sinal de ligação à "rede" que é um som contínuo; pelo
contrário, o sinal de chamada é um som descontínuo.
Se um troço de um gráfico pode ser desenhado sem levantar o lápis do papel, a função é contínua nesse troço.
Se o traçado do gráfico, num troço, obriga a levantar o lápis do papel então a função não é contínua nesse troço.
Os pontos onde a função não é contínua diz-se pontos de descontinuidades.
Observe os gráficos seguintes dos quais só um representa uma função contínua no ponto 2.
y y y
( x
5 5 5 x + 1, x62
(
, x62
f (x) = 2 f (x) = 1
3, x>2 − x + 4, x>2
4 f (x) = x + 1 4 4 2
x∈Z
3 3 3
2 2 2
1 1 1
A. −1 0 1 2 3 4 5 x C. −1 0 1 2 3 4 5 x E. −1 0 1 2 3 4 5 x
y (
1
, x 6= 2
f (x) = x−2
4 0, x=2
y y 3
x
5 5 f (x) =
( x − 2)2 2
x + 1, x 6= 2
4 f (x) =
0, x=2 4 1
3 3
2 2 −
−11
0 1 2 3 4 5 x
1 1 −2
B. −1 0 1 2 3 4 5 x D. −1 0 1 2 3 4 5 x F.
124 esacs - 2016/17
Teste de continuidade
• f ( a) existe, isto é, a ∈ D f ;
• lim f ( x ) = f ( a).
x→a
?
• lim f ( x ) = f (0)
x →0
f (0) = 0; lim f ( x ) = 0
x →0
√
Exemplo 7.1.3 A função real f tal que f ( x ) = x − 2 tem por domí- f (x)
nio [2, +∞[ e é contínua para x0 = 2, porque
lim f ( x ) = 0 = f (2).
x →2+
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 x
O seu gráfico é uma linha contínua com inicio no ponto (2, 0).
Quando uma função é descontínua num ponto a convém estudar o seu 185. Seja f uma função real de variável
comportamento à esquerda e à direita do ponto e comparar os limites real definida por:
laterais, caso existam, com o valor da função no ponto de abcissa x = a.
2x − 4
√ se x > 2
x+2−2
f (x) =
kx + 3 se x = 2
9 − log3 ( x + 1) se x < 2
Seja f uma função de domínio D f e a um ponto de D f . Diz-se que:
Determine i valor de k de modo que
f seja contínua no ponto de abcissa
• f é contínua à esquerda no ponto a quando lim f ( x ) = f ( a); x0 = 2
x → a−
• −1 ∈ D f y
• lim =?
x →−1 3
2 2 2
lim f ( x ) = lim ( x − 1) = (−1) − 1 = 0
x →−1+ x →−1+
1
lim f ( x ) = lim (−3x ) = 3
x →−1− x →−1−
−1−10 1 x
Como lim f ( x ) 6= lim f ( x ), não existe lim f ( x ) e, portanto, a função f não é contínua no ponto x = −1.
x →−1− x →−1+ x →−1
Atendendo a que
lim f ( x ) = f (−1) = 3,
x →−1
5
Exemplo 7.3.1 A função
4
4
x −1 3
, | x | 6= 1
g( x ) = x2 − 1 2
1, |x| = 1
1
x−1 1
189. Sendo f ( x ) = e g( x ) = 1 + ,
Exemplo 7.4.1 Toda a função polinomial contínua é uma função con- x x
estude o limite e a continuidade das
tínua em R. funções seguintes nos pontos indica-
Com efeito as funções x2 , x3 , x4 , etc são potências de funções duma dos:
função contínua ( f ( x ) = x), logo são contínuas em R. Analoga- (a) f + g; x=4
mente, −3x2 ou 5x3 são funções contínuas, visto que são produtos de (b) f · g; x=2
constantes por funções contínuas e toda a função constante é contínua. (c) f − g; x=0
f
(d) ; x = 0.
Finalmente, um polinómio como g
−5x3 + 3x2 − x + 8
Exercícios do Capítulo 7
2. Aplicando a definição
“ f é uma função contínua para x = a, sse
0
lim ( f ( x ) − f ( a)) = 0"
x→a p
mostre que f ( x ) = x2 + 5x + 3 é contínua para x = 1. (b) Calcule os limites laterais de f no ponto 2 e justifique a
descontinuidade nesse ponto.
3. Mostre que a função definida f ( x ) = x2 + 3x é contínua
(c) Esta descontinuidade diz-se «evitável» porque basta mu-
para qualquer valor de x.
dar a imagem de um ponto para ficarmos com uma
4. Indique os pontos de descontinuidades das funções defini- função contínua. De que ponto? Que imagem?
das como se segue: 7. Mostre que a função f definida por:
x2 + 3x + 1
(a) f ( x ) = |x|
se x 6= 0
x2 − 1 f (x) =
0x se x = 0
1
(b) f ( x ) =
x
é descontínua em 0 e que essa descontinuidade não é «evi-
| x | + 2x
(c) f ( x ) = tável» (leia 6c)
3
| x + 3| 8. Considere as funções f , g, h e i representadas graficamente:
(d) f ( x ) =
x+3
( y y
x + 1 se x ≤ 0
(e) f ( x ) = f g
x + 4 se x > 0
−1 se x = 1
2
(f) f ( x ) = 1
x se x < 1
3
2
x −1 0 2 x 0 2 x
se x 6= 1 −1
(g) f ( x ) =
x−1 −2
2 se x = 1
√ √
4
x −4 y y
se x 6= − 2 ∧ x 6= 2
(h) f ( x ) = 2
x −2 √ √
h i
4 se x = − 2 ∨ x = 2
3 3
3 se x ∈ N
(i) f ( x ) = 1 se x ∈ Z ∧ x ∈ /N
x se x ∈ R \ Z
0 2 x 0 2 x
5. Determine k de modo que a função f seja contínua no ponto
indicado sendo f definida por:
x
e −1
se x < 0
(a) f ( x ) = x no ponto 0 De entre estas, indica pares de funções cuja soma:
3x + 2
se x ≥ 0 (a) não seja uma função contínua no ponto 2
2x + 3k
(
kt
55(1 − e ) se t < 5 (b) seja uma função contínua no ponto 2
(b) f (t) = −1,7(t−5) no ponto 5
se t ≥ 5
(
6 + 27e 1
3 1− x se x > 1
( 9. Seja g( x ) = 2
−0,05z kx + k se x ≤ 1
20 + 8 × 2 se 0 < z < k
(c) f (z) = −0,05( x −k) no ponto Prova que g é contínua em ] − ∞ , 1] qualquer que seja
6 + 24 × 2 se z ≥ k
k k ∈ R e determine os valores de k para os quais g é contínua
em [1 , +∞[.
matemática 12º ano 129
10. Seja f uma função contínua em R \ {1} e admite que a reta −4
se x < −2
8
de equação x = 1 é assíntota do gráfico de f Explica porque (d) f ( x ) = se − 2 < x < 6
não é possível definir um prolongamento de f a R que seja
x−2
2x − 10 se x > 6
uma função contínua no ponto 1.
16. Analise em cada uma das seguintes funções quanto a conti-
11. Analise a continuidade das seguintes funções em pontos
nuidade e classifique-as:
indicados. Esboce o gráfico de cada uma das funções:
sin x
(a) f ( x ) =
(
− x + 1 ⇐ −1 < x ≤ 0 x
(a) f ( x ) =
x2 ⇐x>0 (b) f ( x ) = sin
π
em x1 = −1, x2 = 0 e x3 = 1 x
(c) f ( x ) = x
−1 ⇐ x < −1
1
(b) f ( x ) = x2 ⇐ −1 < x < 1 (d) f ( x ) =
x
⇐x>1
x
x−3
(e) f ( x ) = 2
em x1 = −1, x2 = 0, x3 = 1 e x4 = 2 x − 2x − 3
x+1 ⇐ x < −1 x−4
(f) f ( x ) =
(c) f ( x ) = 2
x + 1 ⇐ −1 < x < 2 ( x + 3 )( x2 − 16)
⇐x≥2 x2 + 5x + 6
x+3
(g) f ( x ) = 3
em x1 = −1, x2 = 0 e x3 = 2 x + 2x2 − 3x
| x − 3|
− x2 ⇐ x ≤ 0 (h) f ( x ) =
(d) f ( x ) = 1 em x1 = 0 e x2 = 2 x−3
⇐x>0 x3 − 27
x (i) f ( x ) =
x2 − 1 x − 3
(e) f ( x ) = em x1 = 1 1
x−1 se x 6= 0
x2 − 3x + 2 (j) f ( x ) = x
(f) f ( x ) = 5 se x = 0
x2 − 4
em x1 = 2, x2 = −2 e x3 = 1 √
17. Averígue se a função f ( x ) = x + 3 é contínua no intervalo
12. Seja f uma função r.v.r definida por: [−3 , +∞[
kx + x2 18. Mostre, aplicando a definição, que a função definida por
⇐x≥3
, x+1
f (x) = x−2 f (x) = é contínua no seu domínio.
x 2 − 5x + 6 x−3
⇐x<3
x−3 19. Para um certo valor de k, e um certo valor de b, considere a
Determine o valor de k de modo que f seja contínua no função f de domínio R, definido por:
ponto de abcissa x0 = 3. x
√ se x < 0
4 − 16 − x
13. Seja f a função de domínio R, definida por
f (x) = k se x = 0
x ex − 1
√ se x < 0 +b se x > 0
3− 9−x x
f (x) = 6 se x = 0
Determine k e b de modo que f ( x ) seja contínua.
ln(1 + x ) + 5x
se x > 0
x 20. Verifique se cada uma das funções, definidas como se segue,
Utilizando métodos exclusivamente analíticos, estude a fun- é contínua no intervalo [−3 , 5]
ção f quanto a continuidade. 1
(a) f ( x ) =
x+2
14. Determine o valor a atribuir ao parâmetro real k para que a x+2
função definida por (b) f ( x ) =
x+4
x2 − 1 x+3
se x < −2
, se x 6= 1 2
f (x) = ( x − 3)( x + 1) (c) f ( x ) = x + 1 se x ∈ [−2 , 0]
k+3 se x = 1
1 se x>0
p
seja contínua no ponto x = −1. (d) f ( x ) = 9 − x2
s
2
15. Analise cada uma das seguintes funções quanto as desconti- (e) f ( x ) = 4 − x
nuidades que apresentam. Esboce o respetivo gráfico. 1+x
( x − |x|
x se x ≥ 2 (f) f ( x ) =
(a) f ( x ) = x
2 se x < 2
( 21. Determine o valor do parâmetro k de modo que a função
3 + x se x 6= 1 real de variável real,
(b) f ( x ) =
1 − x se x > 1
x + 1 se x < 3
1 f ( x ) = 2 se x ≥ 3 ∧ x < 4
, se x 6= 2
(c) f ( x ) = x−2
5 se x ≥ 4
3 se x = 2
130 esacs - 2016/17
26. Considere as seguintes funções, reais de variável real, defini- (b) Faça a sua representação gráfica
das por (c) Conclua, utilizando ao gráfico, se f é ou não uma fun-
ção contínua no seu domínio, e indique os pontos de
(
x + 3, se x ≤ 2
f (x) = 2 descontinuidades
x − 1 se x > 2
( (d) Confirme, por via analítica, que f é descontínua para
x+7 se x ≤ 2 x = −2 mas que neste ponto apresenta uma continui-
g( x ) =
x2 + 3x + 1 se x > 2 dade lateral
(a) Estude a continuidade de f e g no ponto x = 2. 30. Prove que e x + x2 − 3 é uma função contínua em cada ponto
(b) Defina ( f + g) de R
8 D ERIVADAS
Introdução
Leibniz, 1646-1716.
132 esacs - 2016/17
f
y
r
Definição: A taxa de variação média de uma função f no intervalo
f (b)
[ a , b] é dada por
f (b) − f ( a)
T.V.M[ a , b] = .
b−a f ( a)
f ( x ) − f ( x0 ) f ( x0 + h ) − f ( x0 )
f 0 ( x0 ) = lim ou f 0 ( x0 ) = lim .
x → x0 x − x0 h →0 h
y
x0 x
• Sendo e = f (t) a equação do movimento de ponto em função do tempo x0 + h
t:
– a taxa de variação média do espaço relativamente ao tempo em [ a , b] 191. Considere a função g, de domínio
R+ , definida por g( x ) = 3 − ln x.
representa a velocidade média no intervalo [ a , b];
(a) Determine, usando a definição, a
– a taxa de variação do espaço relativamente ao tempo em a, ou seja, derivada de g no ponto x = 1.
a derivada da função f no ponto a, f 0 ( a) representa a velocidade (b) Determine uma equação da recta
instantânea ou velocidade em a; tangente ao gráfico de g no ponto
de abcissa 1.
• Uma função f diz-se derivável em x0 ∈ D f se existe f 0 ( x0 ).
matemática 12º ano 133
11
Aplicando a fórmula acima, teremos
Logo, a equação y = 12x − 13 é a equação da reta tangente ao gráfico de Figura 8.1: Reta tangente ao gráfico da
função f ( x ) = 3x2 − 1.
f no ponto de abcissa (2, 11).
(b)
f ( x ) − f ( x0 ) f ( x0 + h ) − f ( x0 )
lim ou lim
x → x0− x − x0 h →0− h
y
f 0 ( x0 ) = f 0 ( x0− ) = f 0 ( x0+ )
Resolução: Observando o gráfico de f verifica-se que não existe f 0 (0) por 195. Considere a função real de variável
real, de domínio R, definida por:
que os declive das semitangentes no ponto (0 , 1) são diferentes. 2
x − 1 se x < 1
f (x) =
2 ln x se x > 1
Analiticamente, vem:
Verifique se existe f 0 (1).
f (0 + h ) − f (0) −(0 + h) + 1 − 1 −h y
f 0 (0+ ) = lim = lim = lim = −1
h →0+ h h →0+ h h →0+ h
f (0 + h ) − f (0) −(0 + h)2 + 1 − 1
f 0 (0− ) = lim = lim = lim (−h) = 0
h →0− h h →0− h h →0−
−2 −1 0 1 x
0 + 0 − 0
Como f (0 ) 6= f (0 ), não existe f (0). −1
matemática 12º ano 135
Teorema 8.4.1 Toda a função com derivada finita num ponto, é contínua
nesse ponto.
Deste teorema também se pode concluir que se uma função é descontínua 196. Prove o Teorema 8.4.1.
num ponto, então, necessariamente, não é derivável nesse ponto.
√ √
0 + f (0 + h ) − f (0) h− 0
f (0 ) = lim = lim
h →0+ h h →0+ h
√ r r
h h 1
= lim = lim 2
= lim = +∞
h →0 + h h →0 + h h →0 + h
x
199. Derive f ( x ) =
x−1
Definição: Chama-se função derivada de f à função f 0 que faz
corresponder a cada elemento x ∈ D o número real f 0 ( x ):
200. (a) Encontre
√ a a derivada de
0 y = x para x > 0
f :D→R
(b) Encontre
√ a reta tangente à curva
0 f ( x + h) − f ( x ) y = x para x = 4
x 7→ f ( x ) = lim
h →0 h
136 esacs - 2016/17
x 7→ 2x −2−1 0 1 2 3 x
(b) f 0 ( x ) = 2x y
4 m=2
f 0 (1) = 2 × 1 = 2 3
2 2
Geometricamente, dizer que f 0 (1) = 2 significa que a recta tangente ao 1
1
gráfico de f no ponto de abcissa 1 tem declive 2.
−2 −1 0 1 2 3 4 x
−1
Veja o gráfico ao lado.
• se f ( x ) = ax + b então f 0 ( x ) = a
203. Calcule a derivada de f ( x ) sendo:
n 0 n 0 n −1
• se f ( x ) = x então f ( x ) = ( x ) = nx
(a) f ( x ) = −7 (d) f ( x ) = 3x − 5
(b) f ( x ) = x1
√4
(c) f ( x ) = x3 (e) f ( x ) = x3
1 3 1
Exemplo 8.6.2 Calcule y0 sendo: y = x 2 + 2
+ √ .
x 2 x
√ 1 0 1
(b) f ( x ) = x + (1 − x )
= 4x3 x + ( x4 + 1) x 2 x
√ 1 1
= 4x3 x + ( x4 + 1) × x − 2
2
3
√ 4 1
= 4x x + ( x + 1) × √
2 x
(b) A regra da derivada do produto pode ser generalizada para três ou mais
factores.
Para o produto de três factores tem-se:
(f · g · h)0 = f0 · g · h + f · g0 · h + f · g · h0
Logo,
(a) y =
1 x2 − 1
x+1
(b) y =
x
( f ◦ g)0 ( x ) = ( f ( g( x )))0 = f 0 ( g( x )) · g0 ( x )
(un )0 = nun−1 u0 (n ∈ R)
3
2x − 1
Exemplo 8.6.6 Determinar f 0 ( x ) sendo f ( x ) = .
3x
• (e x )0 = e x • ( a x )0 = a x · ln a
• (eu )0 = u0 eu • ( au )0 = u0 · au · ln a
(a) y = e3x−1
x
(b ) y = 2− 2
Propriedade 8.6.9
• (u ± v)0 = u0 ± v0
• (u × v)0 = u0 v + uv0
u 0 u0 v − uv0
• =
v v2
• (un )0 = nun−1 u0 ( n ∈ R)
• (eu )0 = u0 eu
• (au )0 = u0 au ln a (a ∈ R+ \ {1})
u0
• (ln u)0 =
u
u0
• (loga u)0 = (a ∈ R+ \ {1})
u ln a
matemática 12º ano 141
Seja f uma função real de variável real e m o declive da recta tangente ao gráfico de f no ponto x = x0 .
Observemos cada um dos três casos seguintes:
y y y
m<0
m>0 f 0 ( x0 ) < 0 m=0
0
f ( x0 ) > 0 f 0 ( x0 ) = 0
0 a x0 b x 0 a x0 b x 0 a x0 b x
f ( x ) = x3 − x2 − 8x + 6
Resolução: Para determinar os intervalos de monotonia vamos aplicar a o 212. Determine os intervalos de monoto-
nia da função definida em R por:
Teorema 8.7.1.
f ( x ) = −4x3 − 3x2 + 6x + 1
f ( x ) = x3 − x2 − 8x + 6; D f = R f 0 ( x ) = 3x2 − 2x − 8
4
f 0 ( x ) = 0 ⇔ 3x2 − 2x − 8 = 0 ⇔ x = − ∨ x = 2
3
4 + − +
x −∞ − 2 +∞
3 x
0
4 2
f (x) + 0 − 0 + −
3
f (x) % & %
4
f é estritamente crescente em −∞ , − e em [2 , +∞[;
3
4
f é estritamente decrescente em − , 2 .
3
142 esacs - 2016/17
Note-se que uma função pode ter derivada nula num ponto e ser estrita-
mente crescente ou estritamente decrescente num intervalo que contenha
esse ponto.
Seja c um ponto do domínio de uma função f tal que f 0 (c) = 0 ou f 0 (c) não existe e suponha-se que f e derivável
num intervalo aberto E contendo c , com a possível excepção de poder não ser derivável em c:
1º caso f é contínua em c
y y
x c
f (c) f (c)
f 0 (x) + −
0 c x 0 c x Máx.
y y
x c
f 0 (x) − +
f (c) f (c) f (x) & f (c) %
0 c x 0 c x Mín.
• Se f 0 ( x ) > 0 ou f 0 ( x ) < 0 para todo o x do intervalo E, excepto para x = c, então f (c) não é um
extremo relativo de f .
y y y
0 c x 0 c x 0 c x
f 0 (c) = 0 f 0 (c) = 0 f 0 (c) não existe
matemática 12º ano 143
2º caso f é descontínua em c
Neste caso, a existência de extremo relativo depende da mudança de sinal das derivadas laterais no ponto c.
y y y
0 c x 0 c x 0 c x
f 0 (c− ) > 0 f 0 (c− ) = −∞ f 0 (c− ) = −∞
f 0 (c+ ) = −∞ f 0 (c+ ) > 0 f 0 (c+ ) < 0
f (c) é um máximo relativo f (c) é um mínimo relativo f (c) não é um extremo relativo
x −1 0 1
f0 (x) ND + 0 − ND
f(x) ND % 0 & ND
Máx.
Logo:
(
x3 − 3 se x < 2
f (x) = Df = R
( x − 3)2 se x ≥ 2
lim f ( x ) = lim ( x3 − 3) = 8 − 5 = 3
x →2− x →2−
lim f ( x ) = lim ( x − 3)2 = (2 − 3)2 = 1
x →2+ x →2+
Não existe lim f ( x ). Logo, f é descontínua em x = 2 e, consequentemente, não derivável neste ponto.
x →2
(
0 3x2 se x < 2
f (x) =
2( x − 3) se x > 2
Como f é descontínua em x = 2 é necessário estudar o sinal das derivadas laterais neste ponto para avaliar a existência
de extremo.
f (2 + h ) − f (2) (2 + h )3 − 3 − 1 4
f 0 (2− ) = lim = lim = − = −∞
h →0 − h h →0 − h 0
f ( 2 + f ) − f ( 2 ) ( 2 + h − 3 ) 2−1 h2 − 2h + 1 − 1 h ( h − 2)
f 0 (2+ ) = lim = lim = lim = lim = −2
h →0 + h h →0 + h h →0 + h h →0 + h
As derivadas laterais no ponto 2 não mudam de sinal. Logo, f (2) não é um extremo.
y
x −∞ 0 2 3 +∞
5
3x2 + 0 +
f
2(x − 3) − 0 +
1
f0 (x) + 0 + − 0 + x
0 2 3
f(x) % −3 % 1 & 0 %
Mín.
• Se f ( x ) = x3 + x vem f 0 ( x ) = 3x2 + 1 e f 00 ( x ) = 6x
• f é contínua em c:
y y y
concavidade
voltada para
cima PI
concavidade
voltada para PI
PI
baixo
0 x 0 c x 0 c x
f ( x ) = ( x2 − 3x + 4)e x
f ( x ) = ( x2 − 3x + 4)e x ; Df = R
f 0 ( x ) = ( x2 − 3x + 4)0 e x + ( x2 − 3x + 4)(e x )0 5
2.
f 00 ( x ) = ( x2 − x + 1)0 e x + ( x2 − x + 1)(e x )0
−4. −3 −2. −1 0 1 2. x
= (2x − 1)e x + ( x2 − x + 1)e x −1.
= (2x − 1 + x2 − x + 1)e x = ( x2 + x )e x
f 00 ( x ) = 0 ⇔ ( x2 + x )e x = 0
⇔ x ( x + 1) e x = 0 ⇔ x = 0 ∨ x + 1 = 0 ∨ e x = 0
⇔ x = 0 ∨ x = −1
• A concavidade do gráfico de f é:
x −∞ −1 0 +∞
– voltada para cima em ] − ∞ , 1] e em [0 , +∞[
f00 (x) + 0 − 0 + – voltada para baixo em [−1 , 0]
8
f(x) ^ _ 4 ^ 8
e • Pontos de inflexão: −1 , e (0 , 4)
e
x2
f (x) = − ln x
2
O gráfico de uma função é muito útil para visualizar as propriedades dessa função.
A observação do gráfico permite-nos compreender, integrar e sintetizar as informações obtidas no estudo parcelar
de aspectos ligados as funções como monotonia, continuidade, assímptotas, etc.
Para representar graficamente uma função, normalmente seguem-se os seguintes passos:
148 esacs - 2016/17
Estudo de um função
1) Determinar o domínio.
2) Estudar a continuidade.
3) Determina as coordenadas dos pontos de intersecção do gráfico com os eixos coordenados (zeros e
ordenada na origem).
4) Determinar os extremos e estudar a monotonia.
5) Estudar o sentido da concavidade.
6) Determinar as equações das assímptotas.
7) Esboçar o gráfico e indicar o contradomínio.
2−x
f (x) = .
2x − 3
1. Com o objetivo de representar graficamente a função, estude
sucessivamente:
1.1. domínio
1.2. pontos de interseção com oso eixos
1.3. equações das assíntotas
1.4. extremos relativos e variação
1.5. sentido da concavidade
1
y=−
2
Assíntotas verticais:
Como lim f ( x ) = ∞, existe uma assíntota vertical cuja equação é
x → 23
3
x= .
2
matemática 12º ano 149
3
f (x) x=
2
x
−1 0 1 2 3 4 3
y=
2
−1
−2
−3
ex
Resolução: f ( x ) =
x
• D f = R \ {0}
• f é contínua (quociente de funções contínuas)
• Monotonia e extremos
ex · x − ex · 1 e x ( x − 1)
f 0 (x) = 2
= x −∞ 0 1 +∞
x x2
f 0 (x) = 0 ⇔ x = 1
f0 (x) − ND − 0 +
Mín.
[e x ( x − 1)]0 x2 − e x ( x − 1)( x2 )0 xe x ( x2 − 2x + 2) e x ( x2 − 2x + 2)
f 00 ( x ) = 2 2
= =
(x ) x 4 x3
f 00 ( x ) = 0 ⇔ x2 − 2x + 2 = 0 (equação impossível)
x 0
f(x) _ ND ^
O gráfico não tem pontos de inflexão.
• Assímptotas
Verticais ( f é contínua em R \ {0})
ex 1
lim f ( x ) = lim = − = −∞
x →0− x →0− x 0
ex 1
lim f ( x ) = lim = + = +∞
x →0+ x →0+ x 0
A recta de equação x = 0 é um assímptota vertical do gráfico de f .
Não verticais
Quando x → −∞ Quando x → +∞
ex 0 f (x) ex
lim f ( x ) = lim = =0 m = lim = lim 2 = +∞
x →−∞ x →−∞ x −∞ x →+∞ x x →+∞ x
3
e
2
−2 −1 0 1 2 3 x
−1
matemática 12º ano 151
Exercícios do Capítulo 8
(b) A equação da reta t tangente ao gráfico de f no ponto de20. Determine a derivada de cada uma das seguintes funções:
abcissa 1.
√ x4 + x
11. Seja a função f : R → R tal que f ( x ) = x. Determine: (a) a( x ) = x3 + x (e) e( x ) =
(b) b( x ) = 10x5 x3
(a) f 0 ( a) para todo o a ∈ R0+ 4
−5 (f) f ( x ) = 6x − 3x2 + 7x − 4
(b) A equação da reta t tangente ao gráfico de f no ponto de (c) c ( x ) = 6x x
e
abcissa 4. (d) d( x ) = log7 x (g) g( x ) =
x
x
12. Obtenha a equação da reta tangente ao gráfico de y = 5 3
x + 121. Dadas as funções f ( x ) = 4x e g( x ) = x + 2x, encontre a
no ponto de abcissa x = 2 derivada da função composta ( f ◦ g) ( x )
152 esacs - 2016/17
22. Obtenha a derivada de cada uma das seguintes funções: 29. Determine a primeira e a segunda derivadas das funções:
(a) y = ( x9 + 4)3
3
(f) y = 8x + x x3 + 7 (e) w = 3z2 ez
(a) y =
x x
(b) y = (2x3 − 3x + 2)5 (g) y = (3x )
t2 + 5t − 1 (f) w = ez (z − 1)(z2 + 1)
i5
(b) s =
h
(h) y = ln(2x4 − x )
!
(c) y = ln(2x4 + 3x )
2
2 q4 − 1
t q +3
(θ − 1)(θ 2 + θ + 1) (g) p=
(d) y = 22x+1 1 12q q3
(i) y = x − 2 , com x > 0 (c) r =
√ θ3
2
(e) y = 3x +2x
6
(j) y = x5 , com x > 0 ( x2 + x )( x2 − x + 1(h)
) q2 + 3
(d) u = p=
x4 ( q − 1)3 + ( q + 1)3
23. Dada a função f :
30. Dados y = f (u) e u = g( x ), determine y0 = f 0 ( g( x )) g0 ( x ):
(a) f ( x ) = 2x4 − 3x2 + 4, calcule f 0 (1)
(a) y = 6u − 9, u = (1/2) x4
(b) f ( x ) = e x x, calcule f 0 (0) 3
(b) y = 2u , u = 8x − 1
x2
(c) f ( x ) = , calcule f 0 (3) (c) y = u , 5
u = 2x + 1
x+1
x2 + 3 (d) y = u9 , u = 4 − 3x
(d) f ( x ) = 3
, calcule f 0 (1) −7 x
x (e) y = u , u = 1−
p 7
(e) f ( x ) = x2 + 4, calcule f 0 (2)
3
x2 1
(f) y = u4 , u= +x−
24. Determine f 0 ( x ); f 00 ( x ); f (3) e f (4) nos seguintes casos: 8 x
5 x 1
(g) y = u , u= +
(a) f ( x ) = 2x6 + x3 (c) f ( x ) = e x 5 5x
x
1 (h) y = u−10 , u = −1
(b) f ( x ) = (d) f ( x ) = ln x √ 2
x
(i) y = u, u = 3−x
25. Encontre a primeira e a segunda derivadas: √
(j) y = u, u = 2x − 3
(a) y = − x + 3 2 4
(g) s = −2t−1 + 2 31. Encontre as derivadas das funções:
(b) y = x2 + x + 8 t
1 −1
1
(c) s = 5t3 − 3t5 (h) y = 6x2 − 10x − 5x −2 (a) y = (3x − 2)7 + 4 − 2
21 2x
4x3 (i) y = 4 − 2x − x −3
4
(d) y = − x + 2e x (b) y = (5 − 2x )−3 +
1 2
+1
3 8 x
1 5
x3 x2 x (j) r = −
(e) y = + + 3s2 2s (c) y = (4x + 3)4 ( x + 1)−3
3 2 4
1 12 4 1 (d) y = (2x − 5)−1 ( x2 − 5x )6
(f) w = 3z−2 − (k) r = − 3+ 4
z θ θ θ (e) y = xe− x + e3x
0
26. Nas seguintes alíneas, determine y (f) y = (1 + 2x )e−2x
• aplicando a regra do produto e (g) y = ( x2 − 2x + 2)e5x/2
3
• multiplicando os fatores para produzir uma soma de (h) y = (9x2 − 6x + 2)e x
termos mais simples para derivar
32. Determine y00
(a) y = (3 − x2 )( x3 − x + 1)
1 3
(b) y = ( x − 1)( x2 + x + 1) (a) y = 1 +
x
√
1
(c) y = ( x2 + 1) x + 5 + (b) y = (1 − x )−1
x 2
1
1
(c) y = e x + 5x
(d) y = x + x− +1
x x 33. Encontre o valor de ( f ◦ g)0 para os valores dados de x:
√
27. Determine as derivadas das funções: (a) f (u) = u5 + 1, u = g( x ) = x, x = 1
1 1
2x + 5 (g) y = 2e− x (b) f (u) = 1 − , u = g( x ) = , x = −1
(a) y = u 1−x
3x − 2
x2 + 3e x 2u
2x + 1 (h) y = (c) f (u) = 2 , u = g( x ) = 10x2 + x + 1, x = 0
(b) z = 2 x
2e − x u +1
x −1 √
u−1 2
x2 − 4 1+x−4 x 1
(c) g( x ) = (i) v = (d) f ( u ) = , u = g( x ) = 2 − 1, x = −1
x + 0, 5 x u + 1 x
1 √
t2 − 1 (j) r = 2 √ + θ 34. Derive:
(d) f (t) = 2 θ
t +t−2 9 √
3 x
(e) v = (1 − t)(1 + t2 )−1 (k) y = x e (a) y = x 4 (f) y = −2 x − 1
(f) w = (2x − 7)−1 ( x + 5) (l) w = re−r
1
(g) y = (2x + 5)− 2
3
(b) y = x − 5
√3 2
28. Encontre a derivada de todas as ordens das funções: (c) y = 2x (h) y = (1 − 6x ) 3
√ 1
4
(d) y = 5x (i) y = x ( x2 + 1) 2
x4 3 x5 √ 1
(a) y = − x2 − x (b) y = (e) y = 7 x + 6 (j) y = x ( x2 + 1)− 2
2 2 120
matemática 12º ano 153
35. Determine a primeira derivada das seguintes funções: 40. Responda às seguintes perguntas sobre as funções cujas
√ derivadas são dadas:
7
q √
(a) s = t2 (c) f ( x ) = 1− x • Quais são os pontos críticos de f 0 ?
√
4
(b) r = θ −3 (d) g( x ) = 2(2x −1/2 + 1)−1/3 • Em que intervalos de f é crescente ou decrescente?
• Em quais pontos, se houver, f assume valores máximos e
36. Determine a drivada de y em cada caso: mínimos relativos?
(a) y = ln 3x 1 + ln t (a) f 0 ( x ) = x ( x + 1)
(p) y =
(b) y = ln kx, k constante
t (b) f 0 ( x ) = ( x − 1)( x + 2)
ln x
(c) y = ln(t2 ) (q) y = (c) f 0 ( x ) = ( x − 1)2 ( x + 2)
1 + ln x
(d) y = ln(t3/2 ) x ln x (d) f 0 ( x ) = ( x − 1)( x + 2)2
(r) y =
(e) y = ln
3 1 + ln x (e) f 0 ( x ) = ( x − 1)e− x
x (s) y = ln(ln x ) (f) f 0 ( x ) = ( x − 7)( x + 1)( x + 5)
10
(f) y = ln (t) y = ln(ln(ln x )) (g) f 0 ( x ) = x −1/3 ( x + 2)
x
(g) y = ln(θ + 1) 1 (h) f 0 ( x ) = x −1/2 ( x − 3)
(u) y = ln √
(h) y = ln(2θ + 2) x x+1
1 1+x 41. • Encontre os intervalos onde a função é crescente e decres-
(i) y = ln x3 (v) y = ln
2 1−x cente.
(j) y = (ln x )3
1 + ln t • Em seguida, identifique os valores extremos relativos da
(k) y = t (ln t)2 (w) y =
√ 1 − ln t função, se houver, informando onde ela os assume.
(l) y = t ln t q √
(x) y = ln t • Alguns desses valores extremos são absolutas? Quais?
x4 x4
(m) y = ln x − 2 • Fundamente suas conclusões com uma calculadora, soft-
( x + 1)5
4 16
(y) y = ln √ ware ou aplicativo gráfico.
x3 x3 1−x
(n) y = ln x −
3 9 √
s
ln t ( x + 1)5 (a) g(t) = −t2 − 3t + 3 (m) g( x ) = x2 5 − x
(o) y = (z) y = ln
( x + 2)20
t (b) g(t) = −3t2 + 9t + 5 x2 − 3
(n) f ( x ) = , x 6= 2
37. Determine a derivada de y: (c) h( x ) = − x3 + 2x2 x−2
x 3
√ ! (d) f (θ ) = 3θ 2 − 4θ 3 (o) f ( x ) = 2
−θ 3x + 1
(a) ln(3θe ) θ (e) f (θ ) = 6θ − θ 3
(d) ln √
(b) ln(3te−t ) 1+ θ (p) f ( x ) = x1/3 ( x + 8)
(f) f (r ) = 3r3 + 16r
(q) g( x ) = x2/3 ( x + 5)
!
eθ (g) h(r ) = (r + 7)3
(c) ln
1 + eθ (r) h( x ) = x1/3 ( x2 − 4)
(h) f ( x ) = x4 − 8x2 + 16
(s) k( x ) = x2/3 ( x2 − 4)
38. Determine a derivada de y: (i) g( x ) = x4 − 4x3 + 4x2
3 (t) f ( x ) = e2x + e−e
√
(j) h(t) = t4 − t6
(a) y = 2x (l) y = log3 r · log9 r 2 (u) f ( x ) = e x
(b) y = 3− x
! (k) k(t) = 15t3 − t5 (v) f ( x ) = x ln x
x + 1 ln 3
√ (m) y = log3
p
(c) y = 5 x x−1 (l) g( x ) = x 8 − x2 (w) f ( x ) = x2 ln x
2
(d) y = 2( x )
s
ln 5
7x 42. Identifique os pontos de inflexão e os mínimos e os máximos
(e) y = π x (n) y = log5
3x + 2 relativos das funções representadas graficamente. Identifi-
(f) y = 2t−e (o) y = log5 e x que os intervalos em que as funções tem concavidade voltada
(g) y = log2 5θ
x 2 e2
para cima e para baixo:
(p) y = log2 √
(h) y = log3 (1 + θ ln 3) 2 x+1
x3 x2 1 x4
(i) log4 x + log4 x2 (q) y = 3log2 t (a) y = − + (b) y = − 2x2 + 4
√ 3 2 3 4
(j) log25 e x − log5 x (r) y = 3 log8 (log2 t) y y
(k) y = log2 r · log4 r (s) y = log2 (8tln 2 )
p
(a) y = x2 − 4x + 3 (m) y = x 8 − x2
(b) y = 6 − 2x − x 2 (n) y = (2 − x2 )3/2
3
(c) y = x − 3x + 3 x2 − 3
(o) y = , x 6= 2
(d) y = x (6 − 2x )2 x−2
x 3
(e) y = −2x3 + 6x2 − 3 (p) y = 2
3x + 1
(f) y = ( x − 2)3 + 1
(q) y = | x2 − 1|
(g) y = x4 − 2x2 q
(r) y = | x |
(h) y = x5 − 5x4
x 4 (s) y = xe1/x
(i) y = x −5 ex
2 (t) y =
(j) y = x2/5 x
(u) y = ln(3 − x2 )
(k) y = 2x − 3x2/3
5
(v) y = x (ln x )2
(l) y = x2/3 −x (w) y = e x − 2e− x − 3x
2
matemática 12º ano 155
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