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Apostila de Exames Contrastados

Introdução

Contraste:

Diferença de cor entre os órgãos variando do preto ao branco, segundo a escala


de unidade de Hounsfield.
A técnica de raios-X é um processo de imagem frequentemente utilizado na
medicina ficando atrás somente da ultrassonografia. Porem, enquanto as ondas
eletromagnéticas de alta energia com curtos comprimentos de onda são
excelentes para a visualização de estruturas densas, como ossos, o
reconhecimento dos órgãos de tecido mole é muito menos preciso. Sua imagem
aos raios-X dificilmente difere daquela da área circundante. Foi este problema
que estimulou pesquisas sobre o meio de contraste que poderia ajudar os
médicos a distinguir detalhes dentro e entre órgãos de tecido mole.

Meios de contrates iodados

Os meios de contraste são substâncias radiodensas capazes de melhorar a


definição das imagens obtidas em exames radiológicos. O agente de contraste
“ideal” não deve produzir qualquer tipo de reação adversa, mas infelizmente;
essa substância não existe.
A dois tipos de contrastes iodados, os iônicos e não iônicos. A estrutura química
dos dois tipos é diferente e se comportam diferentemente no organismo.

Iodetos iônicos

Por muitos anos, os pacientes recebiam um contraste orgânico iodado com


estrutura iônica porem este contem uma cadeia lateral carregada positivamente,
chamada de cátion; O cátion é um sal, usualmente o sódio ou a meglumina, ou
uma combinação de ambos. Esses sais aumentam a solubilidade do meio de
contraste.
Possui uma alta osmolalidade (densidade), diferente da concentração do
sangue, isso cria uma condição hipertônica, ou um aumento na osmolalidade
plasmática. Esse aumento pode causar um espasmo venoso, dor no sítio da
injeção e retenção hídrica. No entanto, o mais importante é que os contrastes
iônicos aumentam a probabilidade de um paciente experimentar uma reação ao
contraste.

Iodetos não iônicos


Em 1.984 uma nova geração de meios de contraste foi introduzida nos E.U.A,
contendo o mesmo iodeto como elemento opacificador, mas não contendo os
cátions carregados positivamente. Quando dissolvido em água, forma-se um
composto não iônico, com cada molécula contendo da mesma forma três átomos
de iodo. Assim, quando administrado via intravenosa ou no interior das
cavidades orgânicas, o meio de contraste não se dissocia em dois íons
separados, mas permanece intacto.
Devido a sua natureza não ionizada, esses agentes são de baixa osmolalidade
e não aumentam a osmolalidade plasmática. Pesquisas indicam que a menor
probabilidade de reações, ou que essas sejam menor grau quando se utilizam
agentes não iônicos.
O custo do contraste não iônico, entretanto, é bem maior que do contraste iônico,
assim, embora muitos centros utilizem exclusivamente contraste não iônico,
outros baseiam sua escolha tendo em vista o histórico do doente em relação a
reações ou potenciais reações ao meio de contraste iônico.

Sulfato de bário

O contraste positivo ou radiopaco mais comumente usado é o sulfato de bário


(Bas04), geralmente referido apenas como bário. O sulfato de bário é um pó,
lembrando o gesso. O pó é misturado à água antes da ingestão pelo paciente.
Esse composto, que é um sal de bário, é relativamente inerte, graças à sua
extrema insolubilidade em água e em outras soluções aquosas. Todos os outros
sais de bário tendem a ser tóxicos ou venenosos para o homem. Dessa forma,
o sulfato de bário usado em centros radiográficos deve quimicamente puro.
Várias preparações especiais de sulfato de bário estão disponíveis
comercialmente. A maior parte dessas preparações contém o sulfato de bário
apropriadamente associado em uma suspensão, para que resista por um longo
período antes do uso sem precipitar. Mesmo assim, toda suspensão deve ser
bem misturada antes do uso. Algumas marcas têm diferentes aromas e sabores,
como chocolate, baunilha, limão, lima e morango.

Contrastes hidrossolúveis não iônicos Contraste iodado iônico


Sulfato de Bário (BASO4) Bário com água água Suspensão coloidal Alta densidade

Sulfato de bário e iodo (positivo), pois não deixam passar radiação, antes
absorvem.

Baixa densidade

Estes deixam passar maior parte de radiação, ex: ar, gases, dióxido de carbono,
oxigênio, estes denominados negativos deixando a imagem em preto.

Exame com duplo contraste

Quando se utiliza os dois tipos de contraste (ALTA E BAIXA DENSIDADE) ou


(NEGATIVO E POSITIVO).

Contrastes não solúveis


Que não são dissolvidos na água (sulfato de bário).

Contrastes hidrossolúveis
Que dissolvem nos líquidos (iodado).

Contrastes lipossolúveis
Que só dissolvem na gordura (lipiodol, contraste injetado na medula).

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEIOS DE CONTRASTES

VIA ORAL (V.O)


Refere-se à administração do meio de contraste para o estudo do sistema
gastrointestinal alto. É quando o paciente ingere o meio de contraste.

VIA PARENTAL OU ENDO VENOSA (E.V)


Refere-se à administração do meio de contraste na corrente sanguínea, através
de uma punção de uma veia periférica.

VIA ENDO CAVITÁRIA


Refere-se à aplicação de um meio de contraste através de passagem de sonda,
usando um orifício natural.
VIA INTRACAVITÁRIA
Refere-se à aplicação de um meio de contraste através de um cateter que
comunica o órgão com o meio externo, tendo consequentemente uma abertura
ou rompimento de pele.

SINTOMAS OU REAÇÕES AO MEIO DE CONTRASTE


1º ESPIRROS (NORMAL).
2º AUMENTO DE TEMPERATURA (NORMAL).
3º GOSTO AMARGO NA BOCA (NORMAL).
4º NÁUSEAS E VÔMITOS (REAÇÃO BRANDA).
5º VERMELIDÃO, PÚPURA (manchas) e PETÉQUEAS (bolinhas) - (REAÇÃO
MÉDIA).
6º NÁUSEAS, VÔMITO SEGUIDO DE ASFIXIA (ocorre o fechamento da glote)
- (REAÇÃO GRAVE).
Obs. O meio de contraste de sulfato de bário é administrado via oral e via retal,
mas quando o paciente apresentar algum tipo de alergia ou uma fístula no
aparelho digestor correndo o risco de vazar para outros órgãos, o sulfato de bário
é contraindicado.

ESÔFAGOGRAMA

Anatomia e Fisiologia do esôfago. O esôfago está constituído por um tubo


muscular localizado na região do mediastino, que se estende desde a região
cervical até o estômago.
A laringe está situada acima de esôfago e tem dupla função; conduzir o fluxo
de ar e transporte dos alimentos, a função do esôfago é conduzir o bolo
alimentar até o estômago através dos movimentos peristálticos.

Definição: É o estudo radiológico do mecanismo da deglutição nas fases orais;


Faríngea e esofágica (fase conhecida como deglutograma TGA).
É um exame que tem por finalidade avaliar a estrutura anatômica do esôfago
para detectar possíveis alterações anátomo-funcionais.
Este exame deve ser acompanhado pela radioscopia ou seriografo.

Preparo: Na véspera do exame o paciente após o jantar deve fazer jejum


absoluto de 4 a 8 horas adulto até à hora do exame. Chicletes e cigarros fazem
parte deste jejum.

Indicação: Entre as indicações mais frequentes, podemos citar a esofagite,


suspeita de hérnia de hiato, hérnia esofágica, megaesôfago, atresia de esôfago
(qualquer fechamento na região do esôfago), refluxo (ânsia de vomito).

Objetivo e estruturas melhor demonstradas.

Radiografar o esôfago cheio de contraste em distensão máxima; radiografar o


esôfago logo após a passagem do contraste, para documentar a mucosa do
órgão detectando assim alguma alteração em sua anatomia.
Meio de contraste a ser utilizado: Para realização deste exame será utilizado
suspensão de sulfato de bário, como meio de contraste, numa dosagem de 80
ml a 100 ml, que o paciente deverá ingerir em pequenos goles.

Vias de administração: A administração do meio de contraste será via oral


(V.O) em pequenos goles, uma vez para cada incidência.

Contraindicações: A principal contraindicação esta relacionada ao uso de


sulfato de bário quando existe a suspeita de fístula no tubo digestivo, nesse caso
será utilizado contraste iodado hidrossolúvel.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

Chassis 30X40 divididos longitudinais ou 24X30 dividido longitudinal; sempre


ortostático e enquanto o paciente ingere o contraste.
1º Paciente em A.P ou P.A focalizando o esôfago.

2º Paciente em O.A.D ou O.P.E PMS 45° ao plano da estativa focalizando


o esôfago.

3º Paciente em O. A. E ou O. P.D PMS 45° plano estativa focalizando o


esôfago.

4º Paciente em perfil absoluto direito ou esquerdo.

Obs.: Para realizar este exame deve-se orientar o paciente a ingerir o meio de
contraste toda vez que for necessário, acompanhar com a escopia
(fluoroscopia) enquanto o contraste está progredindo através do esôfago,
observando o calibre, a posição e motilidade (movimento) e o revestimento
mucoso do esôfago dos quais devem ser radiografados e documentados.

Trato Digestivo Alto (TGA)

Anatomicamente o sistema digestório alto está constituído pelo esôfago e o


estômago, mas podemos incluir também o duodeno, quando falamos de
anatomia radiográfica do sistema digestório alto.
O esôfago é um tubo muscular com cerca de 25 cm de comprimento, que se
estende desde a faringe até o estômago.
O esôfago acompanha a curvatura da coluna vertebral, conforme descende pelo
pescoço e pelo mediastino posterior. Perfura o diagrama imediatamente à
esquerda do plano mediano.
Entra no estômago ao nível de 7º cartilagem costal esquerda e da vértebra T10
ou T11 (região da cárdia).
A função do esôfago é transportar o bolo alimentar da boca até o estômago.
O estômago é a porção dilatada em forma de saco que se localiza entre o
esôfago e o intestino delgado, na parte superior e anterior esquerda do abdômen,
logo abaixo do diafragma.
Anatomicamente o estômago está dividido em quatro partes: cárdia, fundo
gástrico, corpo e antro-pilórico.

Cárdia (válvula cárdia).


É a transição esofagogástrica, que comunica o esôfago com o estômago,
controla a passagem do alimento e evita o refluxo do estômago para o esôfago.

Fundo gástrico.
É a parte superior do estômago, mais dilatado, que se relaciona com a cúpula
esquerda do diafragma conhecida também como bolha gástrica.

Corpo.
É o estômago propriamente dito, localizado entre o fundo gástrico e o antro-
pilórico.

Antro-pilórico.
É a parte mais baixa do estômago, tem a forma de um funil na transição do
estômago com o duodeno que é a primeira porção do intestino delgado, onde se
encontra a válvula pilórica, cuja função é deixar passar o quimo do estômago
para o duodeno de forma gradual, evitando também o refluxo.
Também devem ser consideradas características importantes a curvatura
gástrica maior (grande curvatura) e a curvatura gástrica menor (pequena
curvatura).

Fases do estômago.

São três:
1º Armazenamento de grandes quantidades de alimento, logo após uma
refeição.
2º Mistura desses alimentos com as secreções gástricas.
3º Esvaziamento desse alimento para o intestino delgado.
O alimento ao passar do esôfago para o estômago atinge o corpo gástrico onde
pode ficar armazenado em grande quantidade, até que possa ser digerido pelo
resto do tubo digestor.
As glândulas gástricas secretam grandes quantidades de sulcos gástricos que
entram em contato com o alimento armazenado, reduzindo gradualmente sua
massa, devido aos movimentos peristálticos fracos e ondulantes, deslocando
lentamente essa mistura em direção ao antro-pilórico, onde as ondas ficam mais
fortes.
À medida que o alimento fica completamente misturado com as secreções
gástricas a mistura toma uma aparência de massa branca leitosa que é chamado
de quimo.

Duodeno.

É a primeira parte do intestino delgado, que vem após o estômago, se inicia na


válvula pilórica, tem cerca de 30 cm de comprimento, sendo a parte mais curta,
larga e fixa do intestino delgado. Seu trajeto tem forma de (C), termina na junção
duodeno-jejunal, os dois primeiros centímetros do duodeno são bastante móveis,
os radiologistas se referem a esta região como: bulbo-duodenal, a segunda
porção chamada de descendente é a mais cumprida, a terceira porção é a
horizontal que se curva a esquerda, unindo-se a quarta porção conhecida como
ascendente que é a parte final do duodeno.

CORAÇÃO E VASOS DA BASE

Definição: É o estudo para avaliação do tamanho da área cardíaca e


alterações nos grandes vasos da base do coração.
Preparo: Este exame deve ser precedido de um jejum de alimentos, sólidos e
líquidos de no mínimo 4 horas antes do exame.

Indicações: Patologias relacionadas como o aumento da área cardíaca. Ex:


cardiomegalia - enfraquecimento dos músculos, deixando crescer o coração.

Objetivo: O esôfago deve ser observado entre o coração e a coluna, todo o


esôfago deve estar contrastado, o coração deve estar delimitado devido ao
contraste no esôfago, os grandes vasos devem ser evidenciados pelo
contraste.

Vias de Administração: A via de administração do meio de contraste será via


oral (V.O) em pequenos goles, uma para cada incidência.

Meio de contraste: Para realizar este exame será utilizado o sulfato de bário
como meio de contrate.

Contraindicações: Suspeita de fístula no tubo digestivo, nesse caso será


utilizado o meio de contraste iodado hidrossolúvel.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

Incidências para tórax em P.A.

Incidências para tórax em O.A.E com PMS 60° com plano da estativa sem
contraste

Incidência para tórax em O.A.D com PMS 45° com plano do estativa com o
esôfago contrastado.
Incidência para tórax em perfil esquerdo com esôfago contrastado.

E.E.D (Esôfago, Estômago e Duodeno)

Definição: É um exame radiológico para um estudo anato-funcional do esôfago,


estômago e duodeno com a utilização de um meio de contraste (sulfato de bário)
e assim detectar qualquer alteração na sua anatomia e função.

Preparo: Na véspera do exame o paciente, após o jantar deve fazer um jejum


absoluto de alimentos sólidos e líquidos de 8 à 10 horas. E em crianças jejum
será de 4 á 6 horas.

Indicação: Estenose de esôfago (estreitamento em qualquer região do esôfago),


refluxo gastroesofágico, pesquisa de hérnia de hiato, má formação do estômago,
úlceras e neoplasias.

Objetivo: Estudar radiologicamente a anatomia, bem como detectar qualquer


alteração na anatomia do esôfago, estômago e duodeno.

Estruturas melhor demonstradas.

* Esôfago totalmente contrastado.


* Estômago e alça em (C) do duodeno.
* Bulbo duodeno, cheio de contraste e vazio.
* Estômago com o fundo gástrico cheio de contraste.
* Hérnia de hiato.
Via de Administração: A administração do meio de contraste será por via oral
(V.O).

Meio de contraste: Sulfato de bário, em uma dosagem de aproximadamente 80


à 120 ml.

Contraindicações: Fístula é a principal contraindicação, nesse caso será


utilizado contraste iodado hidrossolúvel.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

* Esôfago em A.P. O.A.D. e O.A.E.


* Esôfago em perfil.

Série de estômago com paciente deitado (panorâmicas) – Filme 24X30.


* Estômago com paciente em O.P.D e O.A.E. para visualizar o fundo gástrico).
Localizadas do estômago – Filme 24X30 dividido em quadrantes.

No 1º quadrante o cárdia.
No 2º quadrante o fundo gástrico.
No 3º quadrante a pequena curvatura.
No 4º quadrante a grande curvatura.
No 5º quadrante o antro-pilórico.
No 6º quadrante a válvula pilórica.

Série de bulbo e duodeno.


* Bulbo duodenal cheio de contraste (imagem de luz de vela).
* Bulbo duodenal vazio.
* Arco duodenal cheio de contraste.
* Arco duodenal vazio.
Prova de valsalva para pesquisa de hérnia de hiato.

Consiste em colocar o paciente na posição de trendelemburg, causando assim


uma contração abdominal, dando ênfase ao estudo da cárdia (hiato esofágico).

Obs.: Este exame pode ser realizado também com duplo contraste dando ao
paciente um agente antiácido efervescente (eno, sonrisal etc.), para estudo da
mucosa gástrica, sempre a critério médico.

Intestino Delgado

Anatomicamente o intestino delgado esta dividido em três partes:


Duodeno: tem aproximadamente 25 cm.
Jejuno: ocupa 2/5 do total do intestino delgado.
Íleo: ocupa 3/5 do total do intestino delgado.
O intestino delgado, na idade adulta, tem um comprimento aproximado de 7,5
mts, mas podendo chegar até 9 m.
É no intestino delgado onde acontece a absorção dos nutrientes para o
organismo.

Movimentos e Secreções: Os movimentos gastro intestinais podem ser


divididos em dois tipos: peristaltismo e movimentos de mistura.
Peristaltismo: É o movimento de progressão do conteúdo gastro intestinal ao
longo do tubo digestivo.
Movimento de mistura: No intestino delgado os movimentos de mistura
(raustração) são realizados pelos múltiplos anéis de contração, espaços de 6 a
10 cm, contraindo-se de modo repetitivo em pequena fração.
Os esvaziamentos gástricos são controlados principalmente como resposta ao
alimento que já chega ao duodeno.

Secreções: Durante o processo de alimentação ocorrem diversas secreções


para auxiliar na digestão: secreção salivar, secreção gástrica, secreção hepática,
secreção pancreática e secreção do intestino delgado.

Movimentos propulsivos: É no intestino delgado onde ocorrem os mais típicos


movimentos peristálticos visto que a distensão de qualquer parte do intestino
delgado pelo quimo desencadeia uma onda peristáltica, que é mais intensa
quando é estimulado o nervo plexo mioentério.
TRANSITO INTESTINAL

Definição: É o estudo radiológico do intestino delgado que tem finalidade de


avaliar a estrutura anatômica e a parte funcional do intestino delgado, com o uso
de um meio de contraste.

Preparo: Na véspera do exame, o paciente após jantar deve fazer um jejum


absoluto de alimentos sólidos e líquidos de 12 horas até à hora do exame.

Indicação: Entre as indicações mais frequentes podemos citar doenças de


Crohn, diarreia, obstrução intestinal, tumores.

Objetivo e estrutura melhor demonstrada.


Demonstrar a anatomia e fisiologia do intestino delgado, duodeno, íleo, jejuno
dando especial atenção a válvula ileocecal.

Meio de Contraste: Sulfato de bário em uma dosagem entre 100 ml a 120 ml.

Via de administração: A administração do contraste será por via oral (V.O).

Contraindicações: Suspeita de fístula no tubo digestor.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

Em pacientes adultos em pacientes crianças

Simples de abdômen com paciente em D.D ingerir o meio de contraste.

Abdômen com 15’ minutos após o contraste em 5’ minutos após o contraste em D.D.
D.D.
Abdômen com 30’ minutos após o contraste em 15’minutos após o contraste em D.D.
D.D.
Abdômen com 60’ minutos após o contraste em 30’minutos após o contraste em D.D.
D.D.
Abdômen com 90’ minutos após o contraste em 45’ minutos após o contraste em D.D.
D.D.
Abdômen com 2 horas após o contraste em D.D. 60’ minutos após o contraste em D.D.
Localizada de válvula ileocecal com compressão Localizada de válvula ileocecal com
em D.D. compressão em D.D.
Abdômen com 3 horas após o contraste em D.D. 90´ minutos após o contraste em D.D.
Abdômen com 4 horas após o contraste em D.D. 2 horas após o contraste em D.D.
Obs.: Pode ser realizada radiografias em D.V. em algum momento do exame
para afastar as alças de sua sobreposição, dar-se por encerrado o exame de
transito intestinal quando mostrar nitidamente a válvula íleo cecal e a primeira
porção do colón ascendente. Em alguns casos ocorre o retardo da evolução do
meio de contraste, sob orientação do radiologista pode se fazer radiografias com
8, 12 e 24 horas após a ingestão do contraste.

INTESTINO GROSSO

O intestino grosso é formado pelo ceco, apêndice vermiforme, cólon


ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmoide, reto e esfíncter
anal.

Ceco: É a parte do intestino grosso, separado do intestino delgado pela válvula


ileocecal, o apêndice vermiforme esta nele, e tem continuidade com o cólon
ascendente situa-se no quadrante inferior direito do abdômen, ocupando a fossa
ilíaca direita.
O esvaziamento do intestino delgado acontece pela válvula ileocecal, acontece
de maneira semelhante, ao esvaziamento do estômago, as ondas peristálticas
do intestino delgado empurram o quimo para o cólon, caso o cólon esteja muito
cheio, os sinais neurais podem inibir o peristaltismo e interromper o peristaltismo.

Cólon ascendente: Situa-se atrás do peritônio ao longo do lado direito da


parede posterior do abdômen, e sobe até próximo do fígado onde se volta para
a esquerda formando a flexura direita do cólon chamado também ângulo
hepático, dando continuidade ao cólon transverso, o qual atravessa o abdômen
da direita até a esquerda, onde se volta para trás e para baixo formando a flexura
esquerda chamada também ângulo esplênico onde se dobra dando inicio ao
cólon descendente, a flexura esquerda localiza-se a nível do rim esquerdo, na
altura da pelve se dá o inicio ao cólon sigmoide (que é uma alça em “S”) o qual
se junta ao reto na junção reto sigmoide localizada aproximadamente a 15 cm
do ânus.

ENEMA OPACO

Definição: É o estudo radiológico contrastado do intestino grosso e requer um


preparo intestinal prévio sob critério médico.
É o estudo radiográfico da forma e da função do intestino grosso para detectar
quaisquer alterações abdominais.

Preparo: O preparo vai variar de paciente para paciente, de acordo com a função
intestinal de cada indivíduo, no entanto a importância da limpeza intestinal para
um enema baritado, sobretudo para o procedimento com duplo contraste, não
pode ser subestimado.
Qualquer material fecal pode obscurecer a anatomia normal ou dar falsa
informação diagnóstica e conduzir a uma remarcação do exame.

Indicação: A indicação clinica mais comum do enema baritado são:


Colite: condição inflamatória do intestino grosso.
Colite ulcerativa: condição crônica que conduz a ulcerações que se
desenvolvem dentro da parede da mucosa.
Divertículo: herniação da parede interna do cólon e pólipos.

Neoplasias: carcinomas (tumores benignos).


Volvo: é uma torção de um segmento do intestino sobre seu próprio mesentério.
Intussuscepção: é um encaixe ou invaginação (uma porção do intestino sobre
a outra podendo causar uma obstrução ou necrose).

Objetivo: O enema baritado com contraste simples e o enema com duplo


contraste incluem um estudo de todo o intestino grosso.

Meio de contraste: O meio de contraste a ser utilizado será o contraste de bário,


sendo diluído na proporção de 60% de bário e 40% de água morna filtrada

Via de administração: A administração do contraste será via endo-cavitária


(E.C) através de uma sonda retal. (Anus)
Contraindicações: São similares aquelas descritas para o transito intestinal
possível perfuração de vísceras e obstrução do intestino grosso.
Apendicite→ O enema baritado não é geralmente realizado em caso de
apendicite aguda devido ao risco de perfuração.

Incidências e posição do paciente com Incidências e posições do paciente sem


Escopia escopia

RX de abdômen simples panorâmico D.D Abdômen simples panorâmico D.D


(A.P). (A.P).

Ângulo hepático O.A.D. (para desdobrar o Panorâmica com paciente O.A.D.


ângulo hepático).
Ângulo esplênico O.A.E. (para desdobrar o Panorâmica com paciente O.A.E.
ângulo esplênico).
Sigmóide com paciente na O.A.D Panorâmica com paciente D.D.

Sigmóide com paciente na O.A.E Panorâmica com paciente D.V.

Reto com o paciente em DV Perfil para o reto.


Reto com paciente em perfil absoluto. P.A. com o paciente em DV
Panorâmico com paciente em D.D e outra Panorâmica com o paciente em ORT
em O.R.T.

Chassard lapiné. Modificado

Incidência para visualizar o sigmoide, paciente sentado com a região anterior


jogada para frente e o R.C entrando na região posterior.
As radiografias localizadas dos ângulos, do sigmoide, perfil de reto serão
realizados no filme 24X30, incluindo a incidência de Chassard lapiné. E o filme
35X43 para as radiografias panorâmicas.
Em crianças é realizado o exame de enema opaco sem preparo de cólon, após
a injeção de contraste serão feitas radiografias nesta sequencia acima. Devendo
realizar uma radiografia para controle de retenção após 24 horas de injetado o
contraste.

O contraste a ser utilizado é o contraste de bário se não houver contraindicação


(fístula).
ENEMA OPACO COM COLOSTOMIA

O exame de enema opaco pela colostomia será realizado com injeção de


contraste pela própria colostomia e pelo ânus, sendo realizado em 2 fases:
1º A região do intestino grosso proximal.
2º O intestino grosso todo com injeção de contraste na região do intestino grosso
distal.

Incidências a serem realizadas.


* Abdômen simples panorâmico D.D.
* Panorâmico com paciente O.A.D.
* Panorâmico com paciente O.A.E.
* Panorâmico com paciente D.D.
* Perfil para o reto.
* Após a injeção de contraste serão feitas as radiografias na sequencia
acima.
Obs.: Serão realizadas radiografias complementares sempre a critério
médico.
FÍGADO E VESÍCULA BILEAR

Fígado: O fígado é um órgão que secreta uma solução chamada bile (o fígado
produz esta bile). Está localizado na região anterior, superior direita do abdômen.

Vesícula biliar: É um saco em forma de pera, situado do lado direito e embaixo


do fígado, entre as refeições concentra e armazena a bile, durante a digestão
libera esta bile para o duodeno, onde ela atua sobre as gorduras.
A biles contem grandes quantidades de sais biliares, moderada quantidade de
colesterol e pequena quantidade de um piguimento verde chamado de
bilirrubina.

Sais biliares: É a única substância na bile que tem importância na digestão, pois
atua como detergente facilitando os movimentos de mistura do intestino, e na
quebra dos grandes glóbulos de gordura, a quantidade de bile secretada a cada
dia é em média 800 ml.

Armazenamento de bile na vesícula biliar.


Mesmo que a secreção de bile seja um processo continuo, o fluxo de bile para o
tubo digestivo não é, um músculo circular em torno do orifício por onde o
colédoco deságua no duodeno bloqueia o fluxo de bile para o intestino, esse
músculo é chamado esfíncter de óddi, ao ocorrer o bloqueio à bile flui para a
vesícula, que se encontram conectada ao lado do canal colédoco.
Os sais biliares, o colesterol e a bilirrubina não são reabsorvidos.

Esvaziamento da vesícula biliar.


Quando o alimento atinge o intestino delgado estimula o esvaziamento do
conteúdo da vesícula biliar, em resposta a gordura que chega ao duodeno, a
mucosa duodenal secreta uma substância chamada de colecistocinina
(colecistoquinina), que chega até a vesícula biliar levada pelo sangue,
estimulando a contração da vesícula e ao mesmo tempo o relaxamento do
esfíncter óddi.
Está combinação, da contração vesicular e a abertura do esfíncter óddi permite
que a bile armazenada na vesícula biliar seja esvaziada no intestino.

Cálculos biliares: Os caçulos biliares são causados pelo colesterol que é


excretado na bile, por ser relativamente insolúvel a água, a presença do
colesterol na vesícula biliar por determinado tempo começa a precipitar cristais
de colesterol, o que forma os cálculos que em alguns casos podem encher toda
a vesícula.
Um método de prevenção para a não formação de cálculos biliares é a dieta
pobre em gorduras, o colesterol é formado pelo fígado em grandes quantidades,
em resposta a um alto teor de gordura na dieta.
Tendo ocorrido à formação de cálculos biliares, o tratamento usual é a
remoção, em alguns casos a remoção da própria vesícula junto com os
cálculos.
A ausência da vesícula biliar não modifica muito a digestão das gorduras, pois
a bile continua a ser secretada para o intestino, mas passa a fluir de modo
continuo ao invés de periodicamente.
COLECISTOGRAMA ORAL

Definição: É o estudo radiológico da anatomia da vesícula biliar e o seu


funcionamento com o auxilio de um meio de contraste.
Preparo: O preparo físico do paciente deverá ser feito 24 horas antes do exame.
O paciente deve tomar 12 comprimidos de telepaque ou 12 comprimidos de
colebrina, que são comprimidos de meio de contraste a base de ácido
iodopanóico, o paciente deverá tomar 06 comprimidos no almoço e 06
comprimidos no jantar fazendo um total de 12 comprimidos, também é
recomendado que evite a ingestão de alimentos gordurosos durante o preparo,
para não esvaziar a vesícula.

Indicação: Cálculos biliares, vesícula lenta ou preguiçosa.

Objetivo: Radiografar a vesícula biliar cheia de contraste e acompanhar seu


esvaziamento após a ingestão de um alimento gorduroso.

Via administração: A administração do meio de contraste será realizada por via


oral (V.O) um dia antes do exame durante o preparo.

Meio de contraste: Para realizar este exame serão utilizados 12 comprimidos


de Telepaque ou Celebrina.

Contraindicações: Este exame está contraindicado em pacientes com


insuficiência renal, insuficiência hepática ou insuficiência circulatória.
Obs.: Se o paciente apresentar caçulos biliares não deve ser feita a prova de
boyding, pois há risco da saída de cálculos de vesícula.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

Radiografia simples do hipocôndrio direito com paciente em O.A.E (chassis


18X24 ou 24X30 div., caso a vesícula não apareça cheia de contraste (e o
paciente tenha tomado os comprimidos) o paciente tomará novamente, só que o
dobro de comprimidos).

Caso apareça a vesícula bem cheia de contraste, deve-se fazer a prova de


boyding (esvaziamento da vesícula), onde o paciente deve tomar uma gemada
ou iorgute para estimular o esvaziamento da vesícula.

* Radiografar com 15’ minutos após a gemada em O.A.E.


* Radiografar com 30’ minutos após a gemada em O.A.E.
* Radiografar com 45’ minutos após a gemada em O.A.E.
* Radiografar com 60’ minutos após a gemada em O.A.E.

Obs.: No caso de vesícula preguiçosa fazer 90’ até 2 horas.


COLANGIOGRAFIA ENDOVENOSA

Preparo: Para realizar este exame se recomenda que o paciente tome laxante,
em alguns casos lavagem intestinal, e jejum de 8 a 12 horas de alimentos sólidos
e líquidos.

Indicação: Exame alternativo quando a vesícula não é visualizada no exame de


colecistograma oral, obstrução dos ductos hepáticos por cálculos.
Via de administração: Via endovenosa.
Meio de contraste: Biligrama (40 ml), Biligrafina(40 ml), (ácido iodopanóico).

Contraindicações: insuficiência renal, insuficiência hepática e insuficiência


circulatória.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

Simples do hipocôndrio direito em D.D (chassis 24X30 longitudinal com a borda


inferior a nível de crista ilíaca).
* Com 15’ minutos do hipocôndrio direito em O.P.D (metade do abdômen).
* Com 30’ minutos do hipocôndrio direito em O.P.D (metade do abdômen).
* Com 45’ minutos do hipocôndrio direito em O.P.D (metade do abdômen).
* Com 60’ minutos do hipocôndrio direito em O.P.D (metade do abdômen).
COLANGIOGRAFIA INTRA- OPERATÓRIA

Definição: É um exame radiográfico das vias biliares, realizado durante o ato


cirúrgico. Consiste na administração direta do meio de contraste nas vias biliares
através de uma sonda no coto (parte de foi cortada) do canal cístico.

Preparo: Paciente realiza o preparo para a cirurgia.


Indicação: Obstrução do canal colédoco por calculo e visualização de drenagem
do meio de contraste.
Objetivo: Detectar estenose nos ductos biliares por compressão, avaliar a
presença de cálculos em toda a árvore biliar (hepática).
Meio de contraste: É utilizado um meio de contraste iodado hidrossolúvel em
uma dosagem de 10 ml.
Via de administração: Via intracavitário através de uma sonda colocada no coto
do canal cístico e injetado diretamente no canal colédoco.

Contraindicações: A contraindicação está relacionada sempre com a possível


alergia ao iodo.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente.

* Simples do hipocôndrio direito em D.D (chassis 24X30).


* Aplicação do meio de contraste 5 ml e realização do RX do hipocôndrio
direito em D.D (24X30).
* Após 3’ minutos outra radiografia do hipocôndrio direito em D.D.
* Aplicação de mais 5 ml e se faz outra radiografia do hipocôndrio direito
em D.D.
COLANGIOGRAFIA PELO DRENO DE KEHR

Definição: É um exame radiográfico que tem por finalidade verificar a possível


presença de cálculos intra-hepáticos ou residuais no fígado ou no canal
colecodo, avaliando também a drenagem do meio de contraste através do canal
colédoco até o duodeno.

Preparo: Na véspera do exame após o jantar o paciente deve ficar em jejum até
a hora do exame. (6 a 10 horas de jejum).
Indicação: Possível presença de cálculos nas vias biliares, comprovação da
drenagem através das vias biliares.
Objetivo: Radiografar a árvore hepática totalmente contrastada, radiografar
também a área da árvore hepática após do meio de contraste.

Via de administração: Intra-operátoria, o meio de contraste será injetado


através de um cateter puncionado no dreno.

Meio de contraste: Para a realização deste procedimento será utilizado 10 ml


de contraste iodado.

Contraindicações: Se deve levar em consideração sempre uma possível


alergia do paciente ao iodo.

Incidências a serem realizadas e posição do paciente:

* Paciente em D.D. com leve oblíqua a direita:


* Simples do hipocôndrio direito.
* Hipocôndrio direito injetando 5 ml de contraste.
* Hipocôndrio direito após 3’ minutos da injeção de contraste.
* Hipocôndrio direito injetando mais 5 ml de contraste.
* Hipocôndrio direito após 5’ minutos (à critério do médico).
Obs: filme 24X30 (borda inferior a nível de crista ilíaca).

Bibliografia

BONTRAGER, Kennety L. – Tratado de técnica Radiológica e Base


Anatômica, 5° Edição - editora Guanabara Koogan S.A - Rio de
Janeiro, 2006.
Introdução

O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga urinária
e uma uretra. Além de eliminar substâncias desnecessárias e prejudiciais
(como resíduos metabólicos das células, toxinas, etc), este sistema realiza
também outras funções muito importantes para o nosso organismo.

Funções do sistema urinário

Dentre estas importantes funções estão os controles do volume e composição


do sangue, auxílio na regulagem da pressão e PH sanguíneos, transporte da
urina dos rins à bexiga urinária, armazenamento e eliminação da urina, etc.

Dentro do sistema urinário, cabe aos rins a execução do principal trabalho. É


através deles que ocorrerá a regulação dos níveis iônicos no sangue, controle
tanto do volume quanto da pressão sanguínea, controle do PH do sangue,
produção de hormônios e a excreção de resíduos.

As outras partes que compõe este sistema trabalham mais especificamente


como vias de passagem e armazenamento temporário.

IMPORTANTE

Após ser formada pelos rins, a urina segue em direção aos ureteres e, após
isso, segue em direção à bexiga para ser armazenada.

A Urologia é a especialidade cirúrgica médica que estuda e trata dos


problemas que ocorrem no sistema urinário.

Urografia Excretora?
A urografia excretora é um exame radiológico que faz uso de um
contraste iodado para estudar a árvore excretora urinária a partir
dos rins. É, geralmente, o primeiro exame pedido nesses casos,
complementado depois pela ultrassonografia, tomografia
computadorizada ou ressonância magnética. A urografia excretora oferece
importantes informações anatômicas e funcionais sobre a árvore
urinária e permite a detecção de anomalias genéticas, deformidades
patológicas, cálculos e tumores renais.
Preparo para exame de Urografia Excretora

O preparo para o exame inclui jejum de 8 horas e esvaziamento


intestinal por meio de laxantes orais e retais (fleet enema) visando
livrar o intestino de conteúdos que podem obscurecer as imagens
dos rins e das vias urinárias excretoras. Existem várias maneiras de
realizar o exame e o método varia conforme as características da
patologia presumida. Em todas as maneiras o paciente estará
deitado numa mesa, em decúbito dorsal, e receberá por via venosa
um meio de contraste iodado opaco aos raios X, o qual começa a
ser rapidamente eliminado pela urina.
A maneira mais simples de se realizar a urografia excretora consiste
na tomada em seguida de uma radiografia simples de abdômen
em A.P. Após a administração do meio de contraste imediatamente
1(um) minuto após, faz-se uma radiografia ainda na fase nefro
gráfica, em seguida será feita radiografias com intervalos de 5, 15,
35, 45,60 e 90minutos após o início da administração do meio de
contraste. O intervalo das incidências pode variar de acordo com a
excreção dos rins ou segundo a solicitação do médico. Após a
radiografia tardia com a bexiga cheia, o paciente deve urinar,
permitindo uma análise estrutural residual. Desse modo,
a urografia excretora possibilita a avaliação do tamanho, eixo,
contorno e simetria funcional dos rins, fornece uma visão de sistema
coletor de urina e do perfil, volume e retenção pós-miccional
da bexiga.
Indicação clínica:
A urografia excretora geralmente é feita em pacientes que sofrem de
dores nas vias urinárias, hematúria (presença de sangue na urina) de
causa desconhecida, infecção do trato urinário, obstrução urinária
aguda, massas renais, urolitíase, nefrocalcinose e
anormalidades congênitas. Também deve ser feita em paciente que
apresente massa abdominal ou pélvica não
identificada, traumatismo renal e insuficiência renal. Seu uso mais
frequente costuma ser na análise de cálculos renais.
Efeitos Colaterais.
Praticamente, os efeitos colaterais das urografias excretoras são leves
e passageiros e devidos ao contraste. Pode haver calor no corpo,
gosto metálico na boca, náuseas e vômitos. Também podem ocorrer
reações alérgicas ou anafiláticas ao contraste e dor e ardência leves
no local da injeção.
Cuidados pós Exame
Depois da urografia excretora o paciente deve tomar bastante água
para ajudar a eliminar mais rapidamente o contraste.
Por algum tempo, também deve manter vigilância sobre possíveis
reações alérgicas (erupções na pele, coceiras, etc.).
Uretrocistografia retrograda e miccional

É o estudo radiológico contrastado da extensão da uretra masculina e


pesquisa de cálculos, estenoses, etc.
Fazer radiografia piloto da região pélvica (bexiga vazia).
Tomar os devidos cuidados assépticos da região genital
principalmente ao redor da glande e meato urinário.
Usar o meio de contraste positivo hidrossolúvel em media 100 ml,
encher a seringa de 20 ml ou a seringa de 60ml, conectar no meato
urinário , estendendo a uretra o máximo possível e não permitir a
entrada de ar na uretra e também no embolo da seringa (risco de
causar pseudo-imagem).
O paciente será submetido as exposições radiográficas durante a
administração do meio de contraste em O.A.D. e O A E.

Exposições Radiográficas:

" Injetando-se aproximadamente 50 ml do meio de contraste, ao se


aproximar dos 30 ml, efetua-se a exposição de raio-x em O.A.D, em
filme 35x43 na transversal, contendo a uretra e bexiga.
" Em seguida posiciona o paciente em O.A.E, faz-se nova radiografia
durante a administração do meio de contraste em um filme 35x43,
contendo a uretra e bexiga.
Neste exame obteremos o pequeno enchimento da bexiga
(aproximadamente 100 ml). Faz-se uma radiografia em A.P da bexiga
com pequeno enchimento.

Em seguida posiciona o paciente em D.D. e administramos um


volume aproximado de 100 ml de soro, formando um volume de 200
ml e faz-se nova radiografia com grande enchimento da bexiga.
Uretrocistografia miccional

É o estudo radiológico contrastados da uretra, bexiga e refluxo vésico


ureteral, realizado em pacientes de ambos os sexos. Na fase
miccional com o paciente em ortostático e com a bexiga cheia de
contraste deverá miccionar em um recipiente de plástico para não
haver sobreposição de material radiopaco no exame.

O paciente deve estar posicionado em O.A. D e em seguida em O.A. E


avisar quando estiver urinando e deve ser feita a exposição dos raios-
x durante a miccição.
Estas radiografias proporcionarão estudos de possíveis refluxos vesico
ureterais e estudo da parede da bexiga.
Principalmente as radiografias de grande enchimento devem conter
todo o trato urinário (abdome panorâmico)

O exame realizado no sexo feminino passa-se a sonda na uretra


administra o meio de contraste volume de 100 ml faz-se radiografia
de pequeno volume em A.P em seguida administra mais 100 ml de
soro fisiológico formando um total de 200 ml na bexiga e faz-se
novas radiografias em A.P, em O.A.D e O.A.E com grande
enchimento. Em seguida faz-se a fase miccional com a paciente em
ortostática A.P. em ambos os sexos após a micção devemos fazer a
radiografia pós-miccional
HISTEROSALPINGOGRAFIA

INTRODUÇÃO

A histerosalpingografia (HSG), largamente empregada no estudo da infertilidade


humana, onde representa 85% das suas indicações, também é indicada no diagnóstico
e controle de tratamento de muitas outras afecções ginecológicas, tais como: miomas,
com realização de HSG antes e após miomectomias; sinéquias intrauterinas, para
controle de resultados; cirurgias reparadoras sobre as trompas, más-formações
uterinas, entre outras.

A HSG consiste na injeção de um contraste opaco aos raios-X, através de uma cânula
especial colocada no colo uterino. A injeção vai delinear as cavidades cérvico-
corporais, as cavidades tubárias até a difusão do contraste na cavidade pélvica,
quando as trompas são permeáveis. A progressão do contraste deverá ser monitorada
pelo fluoroscópio e as imagens vão sendo gradativamente selecionadas no seriógrafo.
Diz-se que um histerosalpingograma é normal quando as cavidades cérvico-corporais
se enchem regularmente com o contraste, exibindo os padrões anatômicos normais. A
isto se denomina primeira imagem, seguida do enchimento das trompas (segunda
imagem). A difusão do contraste na cavidade peritoneal caracteriza a terceira imagem.
Além da clássica HSG, o método se presta também ao estudo da cavidade vaginal, nos
casos de imperfuração himeal, com formação ou não de um hematocolpo; na
comprovação de uma vagina impermeável; quando ocorre duplicação da vagina, bem
como no estudo dos diferentes tipos de septamentos vaginais. Para realizá-la são
necessários: um bom aparelho de raios-X com seriógrafo e boa qualidade das imagens,
detalhe importante para uma correta interpretação. A HSG requer a presença de um
radiologista afeito a este tipo de exame ou de um técnico especializado devidamente
treinado para tal, enquanto que a manipulação dos instrumentos como a colocação da
cânula e a injeção progressiva do meio de contraste, deveria ser preferencialmente
feita por um ginecologista que ordenaria o momento exato da captação das imagens.
O tempo de exame em média 15 minutos, não requer anestesia geral, a não ser em
casos excepcionais. A dor especialmente quando se usam as cânulas com microbalão
inflado no canal cervical. Atualmente, são utilizados os contrastes hidrossolúveis, que
são reabsorvidos e eliminados pelos rins num curto espaço de tempo, o que não
ocorria com os contrastes iodados oleosos anteriormente empregados, como o
Lipiodol (introduzido na prática médica desde 1922), cujo contraste era absorvido
muito lentamente, gerando, em alguns casos, granulomas do tipo corpo estranho.
Também geravam imagens muito densas, obscurecendo assim importantes detalhes
anatômicos nas cavidades tubárias e uterinas. Um dos contrastes empregado no
momento é o Telebrix (ioxitalamato de meglumina e polividona), em frascos com 20
ml. Com ele são obtidas boas imagens e a tolerância é excelente.
INDICAÇÕES:

Infertilidade, em 85% das indicações, com o objetivo de detectar lesões no trato


genital responsáveis pela infertilidade primária ou secundária, más formações
uterinas. Juntamente com a HSG diagnostica com precisão todas as más formações do
trato genital, tumores cavitários pólipos ou mioma submucoso, com ou sem
sangramentos genitais. Sinéquias intrauterinas, permitindo uma visão de conjunto, o
que não ocorre com os outros métodos. Estudo da permeabilidade tubária,
identificando os pontos de obstrução, seja proximal, seja na porção média ou na
porção distal, com formação ou não de hidrosalpinge; também detecta aderências
peritubárias. Incompetência ínstimo-cervical, responsável por uma grande
percentagem de abortamentos de repetição e partos prematuros. Adenomiose.
Tuberculose genital, especialmente tubária, exibindo a clássica imagem em rosário.
Hipoplasia uterina e tubária (trompas filiformes e sinuosas), retardando a passagem do
contraste até a sua dispersão na cavidade peritoneal. Miomas. Especialmente na
variedade submucosa, livre na cavidade uterina e naqueles miomas evoluindo para a
cavidade e que nela estão fazendo uma protrusão. Localização de dispositivo
intrauterino (DIU) e corpos estranhos - atualmente a preferência é pela histeroscopia
que, além de diagnosticá-los, poderá removê-los de imediato. No controle pós-
operatório das reanastomoses tubárias, correção de más-formações uterinas etc.

CONTRA INDICAÇÕES: Presença de gravidez ou suspeita. Infecção genital ativa.


Durante a menstruação ou sangramento genital de causa desconhecida. Após
curetagem uterina recente. Nas usuárias de DIU, com suspeita de endometrite. Após
cirurgias do útero (miomectomias, correções de más formações uterinas e sinéquias
intrauterinas), antes de decorridos 90 dias. Intolerância ao contraste. Pacientes em
uso de metformina, pelo perigo de ser induzida uma acidose lática. Neste caso, o uso
da droga deverá ser suspenso 48 horas antes e 48 horas após o exame.

PREPARO DA PACIENTE

O preparo inclui um fleet enema, na véspera do exame a noite. Alguns autores


preconizam o uso de antibióticos antes e após o exame, especialmente para aqueles
pacientes com história pregressa de infecções recidivantes. Argumentam que, ao
seguir este critério médico, a provável existência de focos residuais no aparelho genital
será erradicada. Deverá ser afastada qualquer infecção vaginal ativa (infecção por
Gonococos e Clamídia). Preparo psicológico, explicando o desenrolar do exame que
será praticamente indolor. Esta atitude é importante principalmente naquelas
pacientes que estão sob o impacto de informações negativas fornecidas por outras
pacientes que já realizaram este tipo de exame. Nas pacientes tensas recomenda-se o
uso de um ansiolítico na véspera e no dia do exame. Uso de medicação bloqueadora
das prostaglandinas. Utiliza-se com frequência o Piroxicam 20mg, sob a forma de
comprimidos sublinguais ou supositórios anais, pelo seu efeito inibidor da síntese dos
prostanóides, incluindo as prostaglandinas, especialmente a PGF2 alfa, que tem efeito
estimulante sobre a contração uterina e que se encontra altamente concentrada no
endométrio. Este efeito se faz através a inibição da enzima ciclogenase. No momento
do exame é indicada uma antissepsia vaginal com uma solução bactericida. Meia hora
antes do exame, uma injeção de ¼ de mg de atropina para prevenir um reflexo vago-
vagal e espasmos na região intersticial das trompas. Este incidente poderá simular uma
obstrução cornual. A atropina, pelo seu efeito relaxante, facilitará a passagem do
contraste para a cavidade peritoneal.

MATERIAIS:

Diferentes tipos de cânulas foram utilizados no decorrer dos anos. A técnica inicial
incluía o pinçamento do lábio anterior do colo uterino com um tenáculo que serviria
para tracionar o colo em direção à pera e assim obter uma boa captação, evitando o
fluxo do contraste.

Sonda Balão.
SIALOGRAFIA

Introdução

A saliva é uma secreção produzida pelas glândulas salivares e compostas por


elementos orgânicos e inorgânicos. Desempenha várias funções na cavidade
oral e são produzidas por dois grupos: pelas glândulas salivares menores e as
glândulas salivares maiores.

As glândulas salivares maiores são em menor número e apresentam maior


interesse anátomo-cirúrgico sendo em número de 3 pares: a parótida, a
submandibular e a sublingual as glândulas salivares menores são estruturas
presentes por toda cavidade oral e orofaringe, podendo também ser
encontradas na laringe, traqueia e nasofaringe e podem ser estimadas em
cerca de 700 a 900 glândulas.

A saliva contém dois tipos de secreção proteica: A secreção serosa, contendo


ptialina, e a secreção mucosa contendo mucina, com ação lubrificante. As
glândulas menores da cavidade oral secretam basicamente muco, enquanto as
parótidas secretam exclusivamente saliva tipo serosa e as submandibulares e
sublinguais secretam os dois tipos de saliva estando o pH salivar em torno de 6
a 7,4 para a ação da enzima ptialina. Apresentam como ação principal
promover secreções para digestão e emulsificação dos alimentos sendo
constituídos por células acinares e um sistema de ductos que desembocam no
tubo gastro intestinais.

A avaliação da função da glândula salivar tem como objetivo, identificar


doenças obstrutivas, inflamatórias, traumáticas e neoplásicos sendo os
principais meios de propedêutica diagnóstica a radiografia simples, sialografia,
tomografia computadorizada, imagem de ressonância magnética, ultrassom,
cintilografia salivar, sialoquímica e biópsia por aspiração.

Através de revisão da literatura, o objetivo do trabalho é identificar os principais


meios de exames de função das glândulas salivares e de avaliar a necessidade
de exames complementares para confirmação diagnóstica.
Aspectos anátomo-histológicos das glândulas salivares

A unidade glandular é constituída de porção secretora, ductos intercalares,


estriados e excretores, notando-se na base das células da porção glandular e
dos ductos intercalares a presença de células mioepiteliais que atuam ativando
o fluxo de secreção das glândulas salivares através da compressão das
unidades secretoras.

Anatomicamente, no homem as glândulas salivares estão divididas em maiores


e menores, e funcionalmente, em serosas, mistas e mucosas sendo
respectivamente as glândulas parótida, submandibular e sublingual.

Na região gastrintestinal existem bilhões de células denominadas caliciformes.


As glândulas salivares estão divididas em diversas localizações do sistema
estomatognático e juntamente com o pâncreas e o fígado enquadram-se dentro
de um grupo denominado glândulas complexas que produzem secreções para
digestão e emulsificação dos alimentos.

As glândulas salivares desenvolvem-se a partir da cavidade oral embrionária


como proliferações do epitélio que se estendem na direção dos tecidos
mesenquimais subjacentes, onde a invaginação epitelial sofre uma ramificação
para formar um sistema primitivo de ductos que acaba canalizando-se para
permitir a drenagem salivar.

Os brotamentos endodérmicos ao longo do tubo digestivo, juntamente com


mesoderme circundante darão origem as glândulas salivares, fígado, vesícula
biliar e pâncreas. A localização das glândulas salivares maiores: parótidas,
submandibulares e sublinguais didaticamente situam-se respectivamente
abaixo e à frente da orelha, medial ao ângulo de mandíbula e assoalho bucal.

As glândulas salivares maiores desenvolvem-se como expansões do


ectoderma do estomódio durante o período compreendido entre sexta a oitava
semana de gestação, sendo que os ácinos desenvolvem-se a partir do epitélio
do ducto salivar durante a segunda metade da gestação.

a glândula parótida situa-se entre o músculo esternocleidomastóide e a borda


posterior do ramo da mandíbula. Delimita-se superiormente com a ATM e o
meato acústico cartilaginoso e inferiormente estende-se até o ângulo da
mandíbula. Apresenta uma parte superficial conectada por um istmo a uma
parte profunda, sendo que ambas as partes abraçam a mandíbula e os
músculos masseter e pterigoideo medial nela inseridos. Cada parótida
apresenta um canal (ducto protídeo de Stenon) que cruza o músculo masseter,
perfura o músculo bucinador e abre-se no vestíbulo bucal, na altura do
segundo molar superior.

Spence (1991) relata que as glândulas submandibulares situam-se


medialmente ao ângulo mandibular e o seu ducto de Wharton atravessa o
assoalho bucal anteriormente abrindo-se na base do frênulo da língua.

As glândulas sublinguais encontram-se preenchendo as fossas sublinguais,


abaixo da mucosa do soalho bucal e superficialmente ao músculo milohióideo e
apresenta uma série de pequenos ductos (8 a 30) denominados Rivínus
podendo intercalar-se com o ducto de Wharton.
DACRIOCISTOGRAFIA

INTRODUÇÃO

A semiologia da via lacrimal excretora envolve dados anamnésticos, avaliação


funcional e anatômica. A avaliação funcional pode ser feita usando testes com
corantes, cintilografia e ressonância magnética. Já, a avaliação anatômica, é realizada
pela dacriocistografia (DCG), tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
A DCG pode determinar com precisão a localização do bloqueio ou estenose da via
lacrimal excretora. Este é, portanto, um exame muito útil para a avaliação anatômica
do sistema, quando se cogita em terapêutica cirúrgica. O exame dacriocistográfico foi
introduzido por Ewing, em 1909; Von Szilly, em 1920, descreveu as vias lacrimais
radiograficamente e, em 1964, Campbell melhorou a técnica por magnificação
geométrica da imagem. Modificações foram descritas, como a de Galloway, em 1984,
que introduziu a técnica de subtração digital, método especialmente útil quando a
DCG deixa dúvida diagnóstica. Basicamente o exame dacriocistográfico representa a
imagenologia da via lacrimal por injeção de contraste no interior da mesma, sendo
possível empregar contraste hidrossolúvel ou lipossolúvel. O lipossolúvel é de
eliminação mais lenta, já que não se mistura à lágrima; porém, delimita muito melhor
o contorno das estruturas, sendo melhor para avaliação das vias lacrimais quando se
suspeitam de tumores, traumatismos e fístulas, pois a imagem obtida é mais precisa.
Mielografia
O sistema nervoso é composto de cérebro, medula espinhal, nervos, gânglios e órgãos
dos sentidos espaciais, tais como os olhos e os ouvidos.

A função do sistema nervoso é regular as atividades orgânicas como impulsos elétricos


que percorrem vários nervos.

Radiografias da coluna podem ser úteis quando se suspeitar de uma lesão da medula
espinhal ou dos discos vertebrais. Esses estudos podem revelar evidências positivas de
valor considerável em muitos tumores medulares, mas também são úteis para a
exclusão ou a demonstração de infecções, tumores, alterações degenerativas e lesões
afetando as vértebras. Em muitos casos, o exame pode ser limitado a uma única
incidência antero-posterior e uma lateral. Em outros casos pode ser necessário o uso
de múltiplas projeções, incluindo incidências oblíquas ou radiografias obtidas com o
paciente fletindo ou estendendo a coluna. As radiografias simples vão determinar
também se há uma anomalia de segmentação ou uma vértebra de transição que vão
localizar corretamente o nível espinhal.

As variações no tamanho do canal espinhal são muito importantes para determinar a


probabilidade de compressão da medula espinhal em conseqüência de pequenos
defeitos produzidos por cristas ou esporões ósseos, pequenas herniações de discos
intervertebrais ou tumores. Estreitamento ou estenose no processo de
desenvolvimento pode afetar vários segmentos.

Embora seja raro, o envolvimento de vértebras individuais pode causar uma


significativa estenose local.

Como ocorre em outras partes da anatomia, para observar radiografias da coluna


vertebral, devemos elaborar um sistema ordenado de visualização das estruturas, de
modo que não passem despercebidas pequenas alterações em relação ao normal. Faz
pouca diferença como se procede, desde que toas as partes sejam observadas
cuidadosamente.

A mielografia é empregada no estudo de pacientes com suspeitas de lesões


degenerativas ou alterações atróficas da medula espinhal. São técnicas mais precisas
para a avaliação do tamanho da medula espinhal o exame de TC axial após a injeção
intratecal de contraste hidrossolúvel ou a RM. Complicações pós-cirúrgicas
(laminectomia) ou dores persistentes também podem ser estudadas, mas a presença
de aracnoidite pode impedir a interpretação correta em alguns pacientes.

Os atuais agentes de contraste mielográficos hidrossolúveis têm menor


neurotoxicidade aguda e crônica que os agentes hidrossolúveis anteriormente usados.
Entre as vantagens dos atuais meios de contraste utilizados estão o fato deles serem
absorvidos e não precisarem ser removidos, o espaço subaracnóideo pode ser
visualizado com maiores detalhes, seu uso é seguro no exame das raízes nervosas
lombares, medula espinhal e estruturas cranianas.

TC. A tomografia computadorizada mostrou-se uma técnica excelente para a avaliação


do canal espinhal ósseo bem como de certas estruturas intra-espinhais. Com um
exame de TC axial lombar de boa qualidade, podem-se diagnosticar corretamente
herniações de discos ventrais e laterais como os espaços subaracnóideos são estreitos,
é difícil observar detalhes intra-espinhais nas regiões torácica e cervical sem a
introdução do meio de contraste hidrossolúvel em dose baixa. As relações anatômicas
são mais bem visualizadas quando os cortes de TC axiais são feitos
perpendicularmente ao eixo central do canal espinhal. Outra técnica para obter-se
uma orientação anatômica é o uso de reconstrução computadorizada de imagem
conseqüente aos cortes tomográficos em planos frontais ou sagitais. A combinação de
imagens axiais bem detalhadas às projeções frontais e laterais mais convencionais com
imagens reconstruídas dá orientação e resolução espacial excelentes.

RM - Em 1983, a Ressonância Magnética foi introduzida para estudos espinhais, tendo


a experiência confirmado sua eficácia. A geração de imagens de RM é excelente para
detecção de anormalidades tanto peridurais com intramedulares. Com a recente
liberação dos agentes paramagnéticos vasculares (Gadolínio-DTPA) a RM passou a ser
muito sensível também para patologias intradurais. O exame de RM deve ser ajustado
ao processo mórbido de que se suspeita.

Mielografia

A mielografia consiste na introdução de uma substância de contraste no espaço


subaracnóidea espinhal para torná-lo visível às radiografias ou exames de TC. É um
estudo radiológico da medula espinhal e de suas raízes nervosas, utilizada para
confirmar a presença de uma lesão de que se tem fortes suspeitas clínicas, para se
identificar à extensão, o nível e o tamanho da lesão, para se encontrar múltiplas lesões
ou para se excluir esta possibilidade.

No passado, a mielografia freqüentemente era considerada um procedimento


especial. Entretanto, com o avanço da tecnologia e o aperfeiçoamento dos meios de
contraste, a mielografia é considerada mais um exame contrastado de rotina que um
verdadeiro procedimento especial.

A medula espinhal e as raízes nervosas são delimitadas injetando-se um meio de


contraste no espaço subaracnóidea do canal vertebral. O formato e o contorno do
meio de contraste são avaliados para detectar possível patologia. A maioria das
patologias ocorre nas regiões da coluna lombar ou cervical; assim, a mielografia é
realizada com maior freqüência nestas áreas.

Indicações clínicas:

A mielografia é realizada para detectar várias lesões que podem estar presentes
dentro do canal espinhal ou podem estar salientando-se para o interior do canal. Estas
lesões incluem, mais comumente, tumores cancerosos ou benignos, cistos e núcleo
pulposo herniado (herniação da porção interna de um disco espinhal). Se houver
patologias, a mielografia serve para distinguir a extensão, o tamanho e o nível da
lesão. O outro aspecto importante da mielografia é a capacidade de determinar se
existem múltiplas lesões. O achado patológico mais comum da mielografia é um
núcleo pulposo herniado.

Metodologia:

Paciente em decúbito dorsal, PMS sobre a L.C.M., realiza-se uma radiografia simples da
região a ser radiografa (região cervical, torácica ou lombar). Após a punção do canal
raquidiano, injeta-se 20 ml de contraste ( ex: Omnipaque®) e realizam-se as seguintes
incidências:

1- Realizar uma radiografia em AP

2- Realizar uma radiografia em P (perfil)

3- Realizar radiografias em oblíquas direita e esquerda (OD e OE)

- R-C. - perpendicular à região, entrando no centro da mesma.

- Chassis - variando com o tamanho da região, ou seja, o chassi a ser utilizado deve
compreender toda a região de estudo.
OBRIGADO 06.08.2016

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