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Você pode baixar para ler no seu computador, no seu celular, no tablet ou até
imprimir! :)
Todos os itens do índice são clicáveis, então você pode ir diretamente a alguma
parte específica do ebook com facilidade.
Quando o texto estiver assim, significa que é ali tem um link que te leva a
alguma parte externa ou especial. Só clicar pra ver!
Esses são os botões para compartilhar. Se você gostou, compartilha aí! <3
Introdução……….……...………………………………………………………………………………..…..……..………5
Contratos…….……….........……………………………………………………………………..….……..……..……….8
Para que serve e o que preciso para fazer um contrato?…………………………………….…………9
O que é relação de consumo?……………………..……………………………………………..………..…..…12
Princípio da Boa-Fé………………………………………………………………..………..………..……..…….……..13
Responsabilidade……………………………………………………………………………..………..…………..……..14
Cláusulas Abusivas….…………………………………………………………………………………………………..16
Sobre ofertas e vinculação contratual - “pré-contrato”:………………………………..…..……..…….17
Necessidade de guardar arquivos – backup………………………………………..………..………..………18
Direito de Imagem e Direito Autoral…………………………………………………………………..……..…19
Súmula nº 403:……………………………………………………………………………………………..……….…..……21
De fotógrafo para fotógrafo: Nós trabalhamos com algo prazeroso demais para
ter estresse por bobeiras, desacordos ou mau entendidos. Proteja ao seu
cliente e a você também.
Eu sei, eu sei… Eu também preferia lidar com tudo na base da confiança e não
precisar de nenhuma burocracia assim, mas, vai por mim, é melhor ter tudo
anotado! Seu cliente fica mais confiante, tranquilo e informado, e você fica mais
seguro. :)
E, cá entre nós, aqui você irá aprender de forma que dá para entender! Porque
eu também corro de linguagem complicada e com muitos termos jurídicos.
Convidei a advogada Ana Isabel de Paula para me ajudar com toda a parte
jurídica, para ter certeza de que não faltaria nenhum detalhe, e também para
que as informações tenham mais embasamento técnico.
Esse material é completar a entrevista que fiz com a Ana, e que está completa
no canal do youtube do Coisa de Fotógrafa.
Vamos começar? :)
Neste artigo falaremos do assunto com exemplos e detalhes, mas sem o intuito
de esgotá-lo, pois devido a particularidades existentes seria impossível fazê-lo.
Ele serve para estipular regras no negócio jurídico, criando deveres e obrigações
entre os contratantes. Assim, os requisitos iniciais para que se possa contratar
são:
* Atenção: é muito comum em alguns negócios jurídicos tratar uma coisa, mas escrever outra. Sem entrar no
mérito da intenção (a qual não é levada em conta aqui em um primeiro momento – boa-fé subjetiva), é para
evitar isso que existe o princípio da boa-fé objetiva. Se você é o contratado, lembre-se sempre que o seu
cliente será a parte vulnerável da relação, ou seja, terá maior proteção em eventual disputa judicial, caso
exista divergência sobre boa-fé.
Falamos em dano moral, ou dano à honra da pessoa, quando a lesão afeta sua
tranquilidade, sua autoestima, causando inúmeros transtornos a sua vida. Já o
dano material diz respeito a perdas materiais – financeiras - que a pessoa teve
ou possa ter com a eventual lesão.
*Por mais que, como prestadores de serviço, sejamos muito prejudicados com situações
desse tipo (como cancelamento de um trabalho), ainda assim, seria uma cláusula abusiva
querer cobrar/reter, por exemplo, 80, 90, 100% do valor do serviço. Pois não teremos custos
com entrega, deslocamento, edição, horas trabalhadas, etc.
Tudo o que é oferecido como serviço ou produto deverá ser cumprido. Lembre-
se sempre de verificar disponibilidade quando ofertar algo na internet, através
de seu facebook ou mesmo por e-mail. Os valores também deverão
corresponder com a publicidade. A melhor maneira de evitar aborrecimentos
neste ponto é sempre deixar claro o período que a oferta se destina e a
discriminação dos produtos e serviços oferecidos no pacote, bem como o valor
agregado a tudo isso.
É importante mencionar que o STJ possui uma súmula sobre o assunto, em que
dispensa a prova do prejuízo da publicação não autorizada de imagens. Desta
maneira, o cliente não precisa provar que estava em situação vexatória ou que
a imagem publicada lhe causou dano; basta que o fotógrafo não tenha
autorização para fazê-lo.
Não existe a venda propriamente dita, pois a autoria JAMAIS é repassada. O que
existe é uma cessão de uso de suas imagens, para fins comerciais ou não. A
licença de uso poderá variar, mas a fotografia sempre será de quem a fez.
É válido ressaltar aqui uma observação a respeito de algo muito comum que os
clientes costumam fazer, muitas vezes inocentemente, mas que deve ser
restringido: a edição, manipulação ou mesmo aplicação de filtros em fotografias
para postagem em rede social.
Como dito antes, o direito autoral da imagem é do fotógrafo, mesmo que seja
vendida ao cliente.
Desta forma, é vedado que outras pessoas, mesmo aquelas que foram
retratadas, alterem a imagem. Este é um assunto bem delicado para se tratar,
pois sendo algo tão corriqueiro, acredita-se ser natural que o cliente faça isso.
Mas não deve ser banalizado, pois da mesma forma que o fotógrafo deve
respeitar o direito de imagem do cliente, este também deve respeitar o direito
autoral do profissional, o que inclui a edição, tratamento e manipulação das
fotografias entregues.
Atentar também sobre a ilegalidade de venda casada (Art. 39, I, CDC), a qual
inclui condicionar a venda de um produto a outro, por exemplo: só entregar as
fotografias caso o cliente compre também um álbum.
Esse item é importante para que se estabeleça uma relação de confiança entre
as partes. Determinar anteriormente os valores e como será feito o pagamento
é fundamental para a boa-fé. Caso exista atraso no pagamento ou na prestação
de serviço, deve-se estipular uma cláusula penal, que irá abranger tanto o
contratado como o contratante.
Por exemplo: um serviço que será cobrado R$ 500,00, sendo metade do valor
na contratação - assinatura do contrato - e a outra metade quando entregar as
fotos. Mas na hora de entregar as fotos, o cliente não quer pagar. Assim,
estipula-se que, após a disponibilização do trabalho pronto, o cliente tem 10
dias para efetuar o pagamento do valor restante sob pena de pagar uma multa
de 2%, mais juros e correção monetária.
Ou, em caso inverso, na data combinada o fotógrafo não entrega das fotos.
Também pode-se estipular uma tolerância de 10 dias, sob pena de multa de 2%
mais juros e correção até a data da efetiva entrega do material. Vale lembrar
que existem dois tipos de multas penais: as compensatórias, que visam
amenizar eventuais descumprimentos contratuais; e as moratórias, que estão
intimamente ligadas a atrasos contratuais, como no exemplo acima citado.
Preveja em seu contrato que, em casos assim, você enviará outro fotógrafo ou
outra equipe, com qualidade equivalente aos serviços prestados por você.
Relembrando mais uma vez de estabelecer uma cláusula penal em caso de
descumprimento contratual, tanto da sua parte como do cliente.
Se meu cliente desistir, como fica o acordado? Ele pode alterar data? Preciso
cobrar algo do cliente? Quanto?
Embora já tenha mencionado antes, vale ressaltar mais uma vez que não há
obrigatoriedade legal de manutenção dos arquivos. Mas, caso você ofereça este
serviço, você deve prestá-lo com zelo, pois a perda ou inutilidade dos arquivos
gera direito a reparação de dano moral.
Esse eBook faz parte de um “kit” e foi criado como complemento da entrevista
de mais de 1 hora que eu fiz com a Ana e está disponível pra você assistir, lá no
meu canal do Youtube. Corre lá! (Só clicar na imagem aí em cima, na foto)
youtube.com/coisadefotografa
pinterest.com/isdcastro
instagram.com/coisadefotografa