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Lei 16.

397/2017 – Organização Judiciária do TJ-CE

1. CONCEITOS INICIAIS
 Tem autonomia Administrativa e Financeira
 Organiza a estrutura e o funcionamento de:
 Poder Judiciário
 Seus serviços auxiliares

2. COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO TJ-CE


 Iniciativa de lei sobre a organização judiciária estadual
 Iniciativa de lei sobre a criação de unidades judiciárias
 Elaboração de seu regimento interno
Disciplinando a composição de seus órgãos
Disciplinando as atribuições de seus órgãos
 Processo dos feitos de sua competência
 Julgamento dos feitos de sua competência
 Disciplinar seus serviços

3. CIRCUNSCRIÇÕES JUDICIAIS

A) Divisão Administrativa
Comarcas Sede / Comarcas Vinculadas
Território do Estado do Ceará
Comarcas Sedes
 Distritos judiciários
Comarcas Vinculadas
Distritos judiciários
Varas Cíveis; Varas de
 Comarcas Sede e Vinculadas podem ser divididas Família e Sucessões; Varas
internamente em Unidades Judiciárias (Varas) da Infância e da Juventude;
Varas Criminais; Vara do Júri;
 Vara é a unidade de atuação de um juiz

B) Comarca Sede

 São circunscrições com unidades judiciárias implantadas


 Atendem os requisitos desta Lei
 Seus limites correspondem ao do seu município
 Caso possua comarcas vinculadas seus limites incluem os dos municípios vinculados

C) Comarca Vinculada

 São circunscrições sem unidades judiciárias implantadas


 São municípios que não são sedes de comarcas
 Integram a jurisdição da comarca sede, ou seja, seus serviços judiciais ficam afetados* à sede
 O acervo processual em tramitação deve ficar na Comarca Sede e ser distribuído de acordo com
a vara responsável
 Protocolo de petições e documentos, atendimento ao público, expedição de certidões devem ser
disponibilizados tanto comarca sede quanto na comarca vinculada.
 Audiências e qualquer ato processual que exija comparecimento de pessoas em juízo
acontecerão obrigatoriamente na comarca vinculada.
 A prestação jurisdicional diretamente na cidade da comarca vinculada fica sob a responsabilidade
de um do juiz Titular da Comarca Sede. Se a Comarca Sede tiver mais de uma unidade terá,
portanto, mais de um juiz. Neste caso será adotado sistema de rodizio anual entre eles.
 O TJ-CE pode decidir que a prestação jurisdicional diretamente na cidade vinculada aconteça pelo
Juiz Auxiliar da Comarca Sede
 O juiz responsável pela comarca vinculada deve visita-la a cada 15 (quinze) dias para a realização
de audiências e qualquer outro ato necessário.
 As comarcas vinculadas devem ter recursos humanos e materiais para atender suas demandas.
Para isso podem firmar convênios com os respectivos municípios e outros entes públicos.
 As verbas indenizatórias dos magistrados e servidores devido ao deslocamento da Comarca Sede
para a Comarca vinculada serão reguladas por ato normativo expedido pelo Órgão Especial

*Afetado = atrelados à sede, pertencem à sede

D) Zonas Judiciárias
Comarca de Fortaleza – Não agrupada em zonas
Comarcas do Interior – Agrupadas em 14 zonas

 Todo município deverá ser sede de comarca, mas precisa cumprir os requisitos apurados pelo TJ-
CE
 Município que não forem Comarca Sede serão qualificados como Comarcas Vinculada
 Comarca Sede + Comarcas vinculadas = uma única jurisdição
 Cada Zona Judiciária terá juízes auxiliares com jurisdição no território respectivo, sua atuação
depende de designação do Presidente do TJ-CE
 A zona judiciária poderá ter mais de uma sede, para melhor atender.
 De preferência, a composição das zonas judiciárias acompanha a regionalização
 O TJ-CE é autorizado a criar em todas as Zonas Judiciárias, preferencialmente nas cidades com
mais de 100.000 (cem mil) habitantes, 1 Unidade de Juizado de Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher, com competência cível e criminal, de jurisdição especial, para o fim específico
de coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher

E) Distritos Judiciários

 O nome e limites dos distritos judiciários serão os mesmos da divisão administrativa do


município.
 Distritos judiciários que atendam requisitos populacionais e socioeconômicos com base nos
dados divulgados pelo IBGE terão ofício de registro civil de pessoas naturais e um juizado de paz.
Ambos são criados por lei e só serão criados a critério (ao gosto) do TJ-CE.
 Nas comarcas com significativa extensão territorial cada distrito judiciário terá no mínimo um
registrador civil das pessoas naturais, criado por lei de iniciativa do TJ-CE.
 A instalação do distrito judiciário estará consumada com a posse da primeira pessoa que
desempenhar a delegação de oficial do registro civil de pessoas naturais, após a criação da
serventia por lei e provimento mediante aprovação em concurso público de provas e títulos.

F) Instalação de Comarcas

População* Eleitorado * Demanda**


Requisitos não inferior a 60% da ≥ 50% de novos casos em relação à
15.000 habitantes
da Comarca população média de casos dos juízes do TJ-CE
*dados de população e eleitorado serão os do IBGE e TJ-CE, respectivamente
**média anual de “novos casos/juiz” da comarca vinculada, considerado o triênio anterior ao da
implantação

 A demanda da comarca vinculada será atestada através de certidão da secretaria do juízo de sua
Comarca Sede. Nela serão incluídos os litígios em que pelo menos uma das partes tenha domicílio
na comarca vinculada.
 O TJ-CE deve publicar em seu site a cada 31 de março o resumo do quantitativo de casos novos
ingressados no último triênio, incluído o resultado do ano imediatamente anterior. Os resultados
devem ser classificados por zona, comarca e unidade, bem como a média, por magistrado,
mediador e conciliador do Poder Judiciário Estadual.
 Se os requisitos forem todos atendidos o TJ-CE delibera no Tribunal Pleno. Em seguida providencia
o envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa, contendo a proposta de criação dos cargos
necessários e dos respectivos ofícios extrajudiciais.
 Após a entrada em vigor da lei que autoriza a implantação de nova comarca, o TJ-CE publica
resolução contendo as providências necessárias à instalação.
 Os feitos em tramitação que tenham pelo menos uma das partes com domicílio na jurisdição da
nova comarca devem ser encaminhados ela, desde que ainda não tenham sido julgados.

G) Classificação de Entrância das Comarcas


 As comarcas classificam-se em 3 (três) entrâncias:
 Inicial
 Intermediária
 Final
 Para a elevação de comarca entre entrâncias devem ser observados:
 População
 Eleitorado
 Demanda

População Eleitorado * Demanda


30.000 habitantes não inferior a 60% da população ≥ 1.300 feitos
Inicial para
40.000 habitantes não inferior a 60% da população ≥ 1.200 feitos
Intermediária
50.000 habitantes não inferior a 60% da população ≥ 1.100 feitos
Intermediária
200.000 habitantes não inferior a 60% da população ≥ 8.000 feitos
para Final
*considerado o triênio anterior ao da elevação
 Juízes das comarcas que forem elevadas têm direito de permanecerem nas respectivas funções
até serem removidos ou promovidos, recebendo a diferença de subsídios.
 Comarca do Crato, atualmente intermediária, fica classificada como entrância final
 A extinção, transformação ou transferência de comarcas somente ocorre mediante Lei
 Distribuição das varas e o número de juízes é proporcional à demanda judicial e população: todas
as comarcas com mais de 50.000 habitantes devem ter pelo menos 2 unidades judiciárias (varas)

4. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ESTADUAL

A) Órgãos do Poder Judiciário

 O Tribunal de Justiça
 As Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, e da Fazenda Pública
 Os Tribunais do Júri
 Os Juizados Especiais Cíveis, Criminais, Cíveis e Criminais, e da Fazenda Pública
 Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
 A Auditoria Militar
 Os Juízes de Direito
 Os Juízes de Direito Substitutos
 A Justiça de Paz
 Os outros órgãos criados por lei

 Os órgãos judiciários são independentes em seus desempenhos, exceto a estrutura de recursos


e o sistema de relações entre os poderes.

B) Tribunal de Justiça

 O Tribunal de Justiça corresponde ao segundo grau da Justiça Estadual


 Embora o Tribunal de Justiça tenha sede na Capital e sua jurisdição abrange todo o território do
Estado do Ceará.
 O TJ-CE é composto de 43 desembargadores, nomeados na forma prevista nas Constituições
Federal e Estadual e na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.
 Sua estrutura administrativa é definida por lei específica, pelo seu regimento interno e pelas
resoluções que vier a editar.
 O TJ-CE poderá funcionar descentralizado constituindo câmaras regionais, para ampliar o
acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
 Quando se for referir ao Tribunal de Justiça o tratamento correto é “Egrégio Tribunal”. Seus
membros são chamados de “Excelência” e têm o título de “Desembargadores”.
 Os desembargadores mantêm honras, títulos e tratamento mesmo após a sua aposentadoria.

C) Competências do Tribunal de Justiça

 Eleger seus órgãos diretivos


 Elaborar seu regimento interno, contendo:
 Composição de seus órgãos
 Atribuições de seus órgãos
 Processo dos feitos de sua competência
 Julgamento dos feitos de sua competência
 Disciplina dos seus serviços;
 Organizar suas próprias secretarias e serviços auxiliares
 Organizar as secretarias e serviços auxiliares dos juízos que lhes forem vinculados
 Fazer a correição das próprias secretarias e serviços auxiliares
 Fazer a correição das secretarias e serviços auxiliares dos juízos que lhes forem vinculados
 Dar provimento aos cargos necessários à administração da justiça
 Aposentar, conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros, juízes e servidores
 Solicitar intervenção federal no Estado
 Encaminhar as propostas orçamentárias do Poder Judiciário Estadual ao Poder Executivo
 Propor ao Poder Legislativo projeto de lei para:
 Alterar da organização judiciária. A única exceção é para alterar a competência dos
órgãos da Justiça de Primeiro Grau. Nesse caso se o TJ-CE obtiver a aprovação de 2/3
(dois terços) de seus membros no Tribunal Pleno ele poderá alterar a competência dos
seus órgãos, sua denominação e redistribuir os feitos em curso. Tais mudanças devem
ocorrer mediante resolução e não podem resultar em aumento de despesa
 Alterar do seu número de membros
 Criação e a extinção de cargos de juiz e de serviços auxiliares da justiça
 Escolher a remuneração dos magistrados, servidores, serviçais auxiliares da justiça e
juízes de paz
 Alterar valores, as formas de cálculo e de recolhimento de:
 Despesas dos processos judiciais
 Custas extrajudiciais
 Emolumentos
 Processar e julgar, originariamente:
 Os crimes comuns e de responsabilidade* praticados por:
 Vice-Governador
 Deputados estaduais
 Juízes estaduais
 Membros do Ministério Público
 Membros da Defensoria Pública
 Prefeitos
 Comandante-Geral da Polícia Militar
 Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar
* Crimes comuns e de responsabilidade cuja competência seja da Justiça Eleitoral não
serão julgados pelo TJ-CE, e sim pela Justiça Eleitoral correspondente (TSE, TRE...)

* Habeas corpus quando o coator ou paciente

 Os mandados de segurança, mandados de injunção por omissão e habeas data contra:


 Atos do Governador do Estado,
 Atos da Mesa da Assembleia Legislativa
 Atos da Presidência da Assembleia Legislativa
 Atos do próprio Tribunal
 Atos de algum dos órgãos do Tribunal
 Atos dos secretários de Estado
 Atos do Tribunal de Contas do Estado
 Atos de algum dos órgãos do Tribunal de Contas do Estado
 Atos do Procurador-Geral de Justiça, em suas atribuições administrativas
 Atos do Procurador-Geral de Justiça, na qualidade de presidente dos
órgãos colegiados do Ministério Público
 Atos do Procurador-Geral do Estado
 Atos do Chefe da Casa Militar
 Atos do Chefe do Gabinete do Governador
 Atos do Controlador
 Atos do Ouvidor-Geral do Estado
 Atos do Defensor Público Geral do Estado
 Atos do Comandante-Geral da Polícia Militar
 Atos do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar
 Habeas corpus quando os recursos forem de sua competência
 Habeas corpus quando o coator ou paciente for autoridade diretamente sujeita à sua
jurisdição;
 Ações rescisórias** de seus julgados
 Revisões criminais*** nos processos de sua competência
 Ações diretas de inconstitucionalidade da Constituição Estadual
 Representações para intervenção em municípios
 Execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação
de atribuição para a prática de atos processuais
 Reclamação*** * para a preservação de sua competência
 Reclamação*** * para manter garantia da autoridade de suas decisões
 matérias disciplinares relativas aos magistrados

**Anular decisão transitada em julgado por vício durante o processo/julgamento


*** Reavaliar decisão de condenado para favorecê-lo
*** * Pedido à justiça para defesa de direitos ou queixa contra atos que atacam direitos

 Julgar recurso nas causas que não são atribuição dos juizados especiais;
 Proteger o exercício da Corregedoria
 Dar posse aos juízes de direito substitutos
 Organizar e rever anualmente a lista de antiguidade dos magistrados por classe e entrância
 Receber reclamações acerca de promoção e acesso*** ** ao Tribunal de Justiça
 Decidir sobre remoção e permuta de magistrados
 Organizar lista tríplice dos juízes, para fins de promoção e acesso*** ** por merecimento
 Decidir sobre a promoção e acesso*** ** por antiguidade
 Eleger:
 Membros do Órgão Especial e seus respectivos suplentes. A posse destes deve ser dada
na mesma sessão que os elegeu.
 Membros do Conselho da Magistratura e respectivos suplentes
 Desembargadores e os juízes efetivos e substitutos do Tribunal Regional Eleitoral. Deve
ser considerada a recondução*** *** dentre os magistrados do Estado.
 Aprovar a indicação dos juízes para fins de substituição e auxílio a:
 Presidência
 Vice-Presidência
 Corregedoria-Geral da Justiça
 Tribunal
 Conceder licença e férias ao Presidente do Tribunal
 Autorizar o afastamento o Presidente do Tribunal por mais de 15 dias
 Solicitar intervenção federal no Estado, por intermédio do Supremo Tribunal Federal
 Homologar concursos públicos para provimento de cargos do Poder Judiciário
 Deliberar sobre:
 Indicação de juiz de direito substituto ao cargo de juiz de direito
 Perda do cargo de juiz de direito substituto, por maioria absoluta dos membros
 Pedido de magistrados e servidores feito pelo o TRE-CE para a Justiça Eleitoral
 Liberação de magistrados e servidores para cursos de treinamento/aperfeiçoamento
 Remoção, disponibilidade e aposentadoria de magistrados, quando por interesse
público, em decisão por voto da maioria absoluta dos membros efetivos
 Formar:
 Listas tríplices para o preenchimento das vagas do TJ-CE reservadas aos juízes,
advogados e membros do Ministério Público*** *** *;
 Lista ao Presidente da República para nomeação de advogados que integrarão o TRE-CE
 Exercer as demais funções que lhe forem atribuídas por lei.

*** ** Acesso = Entrada na carreira de magistrado


*** *** Recondução = Juiz do TJ-CE é eleito para mandato de 2 anos no TRE, podendo ser
reconduzido para outro mandato de 2 anos uma única vez
*** *** * Quinto constitucional que TRFs e TJs devem preencher com membros do Ministério
Público e advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada

D) Órgãos Julgadores

 O Tribunal de Justiça tem como órgãos julgadores:

 O Tribunal Pleno
 O Órgão Especial
 A Seção de Direito Público
 A Seção de Direito Privado
 A Seção Criminal
 As Câmaras de Direito Público
 As Câmaras de Direito Privado
 As Câmaras Criminais

 A composição, a organização e o funcionamento dos órgãos julgadores do Tribunal de Justiça


serão disciplinados no seu regimento.
 O Tribunal Pleno é constituído por todos os membros da Corte e é presidido pelo Presidente do
Tribunal de Justiça. Caso ele esteja impedido seu lugar será ocupado pelo Vice-Presidente, caso
o vice também esteja impedido o Tribunal Pleno será presidido pelo desembargador mais antigo.
 O Órgão Especial é composto por 19 desembargadores escolhidos na forma prevista nas
Constituições Federal e Estadual, na Lei Orgânica da Magistratura Nacional e no Regimento
Interno do Tribunal de Justiça. O Órgão Especial exerce as atribuições administrativas e
jurisdicionais que normalmente seriam desempenhadas pelo Tribunal Pleno. Acontece então a
delegação destas competências para o Órgão Especial.
 As Seções de Direito Público, de Direito Privado e Criminal são formadas, respectivamente, pelos
integrantes das Câmaras de Direito Público, de Direito Privado e Criminais.
 As Câmara serão compostas por 4 Desembargadores, sendo os julgamentos tomados pelo voto
de 3 deles.

E) Órgãos Diretivos
E.1) Disposições gerais

 O TJ-CE é dirigido por:


 Presidente
 Vice-Presidente
 Corregedor-Geral da Justiça.
 Os titulares dos cargos de direção são eleitos dentre os desembargadores para mandatos de 2
anos, sendo vedada a reeleição
 A votação para cargos diretivos é secreta e se dá por maioria absoluta dos membros efetivos
 Se nenhum desembargador alcançar a maioria absoluta, será realizado segundo turno com os 2
mais votados para cada cargo de direção
 No segundo turno será eleito aquele que obtiver a maioria simples dos votos
 Em caso de empate no segundo turno será eleito o mais candidato mais antigo no TJ-CE
 Persistindo o empate será eleito o mais antigo na carreira
 Persistindo o empate será eleito o mais o mais idoso.
 A eleição conterá cédula única com os nomes dos desembargadores habilitados a concorrer, a
ordem dos nomes será a decrescente pela antiguidade no TJ-CE
 Os desembargadores que tenham exercido algum cargo de direção ficam inelegíveis por 4 anos
 Os desembargadores que tenham exercido cargo de Presidente ficam inelegíveis até se
esgotarem todos os outros nomes
 A eleição ocorrerá no mínimo 60 dias antes do término do mandato
 O processo de transição se inicia com as eleições e se encerra com as respectivas posses
 Caso algum dos cargos diretivos vague no curso do primeiro ano de mandato deverá ocorrer nova
eleição para o tempo restante dentro de 25 dias. Quem for eleito Presidente do Tribunal nestas
condições não poderá ser reconduzido para o período subsequente.
 Caso o cargo de Presidente ou Vice-Presidente fique vago a menos de 12 meses para o término
do mandato será substituído*:
 O Presidente é substituído pelo Vice-Presidente
 O Vice-Presidente é substituído pelo desembargador mais antigo
 O Corregedor por um Novo Corregedor eleito para este fim
*Nos casos deste item os substitutos poderão concorrer à próxima eleição normalmente
E.2) Da Presidência

 Representa o Poder Judiciário em suas relações com os demais Poderes


 É o superintendente de todo o serviço da justiça
 Deve votar nos seguintes casos:
 Tribunal Pleno nos pedidos de intervenção da União Federal no Estado
 Órgão Especial nos pedidos de intervenção da União Federal no Estado
 Tribunal Pleno nos pedidos de intervenção do Estado Federal no Município
 Órgão Especial nos pedidos de intervenção do Estado Federal no Município
 Processos de habeas corpus
 Ações diretas de inconstitucionalidade
 Ações declaratórias de constitucionalidade
 Incidentes de inconstitucionalidade das leis ou atos normativos
 Proferir voto de qualidade (de desempate) nos demais casos quando a solução não
estiver de outro modo regulada
 Deve suspender a execução de liminar ou de sentença, nos casos previstos na Lei Federal
 Caso o Presidente tenha proferido uma decisão e uma das partes tenha entrado com recurso
sobre esta decisão então o Presidente deve relatar** e votar, perante o órgão julgador
competente, tal recurso contra decisão. Isto só acontece se a decisão não tenha sido retratada
(revogada)
 Deve processar e ordenar o pagamento das requisições judiciais resultantes de sentenças
proferidas contra a Fazenda Pública
** Relatar = Expor aos demais juízes os fundamentos da questão a ser julgada
E.3) Da Vice-Presidência

 O Vice-Presidente deve auxiliar o Presidente do Tribunal no exercício de suas atribuições


 O Vice-Presidente deve substituir o Presidente nas suas ausências, férias, licenças, suspeições e
impedimentos, com a mesma posição hierárquica
 Deve relatar exceção*** de suspeição*** * não reconhecida, oposta ao Presidente do Tribunal;
 Deve presidir a distribuição dos processos no Tribunal, bem como assinar as atas e livros
respectivos, organizados e guarnecidos pela Secretaria Judiciária;
 Deve deliberar acerca de pedido de desistência de ação, incidente ou recurso nos feitos ainda
não distribuídos;
 Deve apreciar*** ** a admissibilidade os recursos contra decisões do TJ-CE para o STF e STJ
 Deve despachar os recursos contra decisões do TJ-CE para o STF e STJ
 Deve apreciar os pedidos de concessão de efeito suspensivo aos recursos contra decisões do TJ-
CE para o STF e STJ
 Deve superintender o Núcleo de Gerenciamento de Precedentes – NUGEP, que funcionará
vinculado à Vice-Presidência
 Compete ao NUGEP uniformizar o gerenciamento dos procedimentos administrativos
decorrentes de
 Aplicação da repercussão geral
 Julgamentos de casos repetitivos
 Incidentes de assunção de competência
 Deve ordenar a restauração de autos de processos administrativos que estão desaparecidos no
TJ-CE
*** Exceção = Defesa do réu ou autor contra o julgamento em si, e não contra as suas causas
*** * Exceção de Suspeição = Modalidade de exceção contra o juiz, testemunha ou peritos
*** ** Apreciar = Julgar
E.4) Da Corregedoria-Geral da Justiça

 É dirigida por um desembargador denominado Corregedor-Geral por mandato de 2 anos


 A Corregedoria-Geral da Justiça é um órgão de fiscalização, disciplina e orientação de:
 Juízes de primeiro grau
 Juízes de paz
 Servidores
 Serviços notariais e de registro
 A Corregedoria elabora seu regimento interno, que é submetido à aprovação do Tribunal Pleno.
Nele constam as atribuições de:
 Corregedor-Geral
 Juízes Corregedores Auxiliares
 Seus demais órgãos.
 O Corregedor-Geral é auxiliado em suas atividades por juízes de primeiro grau na proporção de
1 Juiz Corregedor Auxiliar para cada 100 Juízes regulares em exercício
 Caso o Corregedor-Geral convoque mais que 6 ele deverá se submeter a referendo do Conselho
Nacional de Justiça (Duvida: 6 para 100 ou 6 de uma vez?)
 São ações próprias da Corregedoria-Geral da Justiça:
 Orientar e fiscalizar os serviços judiciais e extrajudiciais no Ceará
 Avaliar o desempenho de juízes no estágio probatório para o fim de vitaliciedade
 Fiscalizar as secretarias das unidades judiciais de 1º grau e as serventias extrajudiciais
 Realizar correições e inspeções em comarcas, varas e serventias;
 Editar atos normativos para:
 Instruir autoridades judiciais, servidores, notários e registradores
 Evitar irregularidades
 Corrigir erros e coibir abusos com ou sem cominação*** *** de pena
 Realizar sindicâncias e propor a abertura de processos administrativos disciplinares
 Aplicar penas disciplinares cominadas aos ilícitos administrativos de seus servidores
 Responder a consultas a respeito do funcionamento do Poder Judiciário de primeiro
grau e das serventias extrajudiciais.
*** *** Cominação = Sanção

5. A JUSTIÇA DE 1º GRAU
A) Composição
 A Justiça de primeiro grau é composta pelos seguintes órgãos:
 Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, e da Fazenda Pública
 Tribunais do Júri
 Juizados Especiais Cíveis, Criminais, Cíveis e Criminais, e da Fazenda Pública
 Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
 Auditoria Militar
 Juízes de Direito
 Juízes de Direito Substitutos
 Justiça de Paz
 Para alterar a competência, sua denominação e redistribuir os feitos em curso dos órgãos da
Justiça de Primeiro Grau listados acima basta o TJ-CE obter a aprovação de 2/3 (dois terços) de
seus membros no Tribunal Pleno. Tais mudanças devem ocorrer mediante resolução e não
podem resultar em aumento de despesa
 A criação de novas varas ou juizados dependerá da existência de cargos de servidores
necessários. Este total é estimado de acordo com as normas do CNJ para unidades similares

6. A COMARCA DE FORTALEZA
A) Comarca de Fortaleza
 Embora localizada na capital a Comarca de Fortaleza tem jurisdição e competência em todo o
território do Ceará.
 A Comarca de Fortaleza tem 3 Turmas Recursais com 3 membros titulares cada:
 2 Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais
 1 Turma Recursal do Juizado Especial da Fazenda Pública
 As Turmas Recursais são presididas por um de seus membros em regime de rodízio. O primeiro
presidente será o mais antigo no tribunal, em seguida o segundo mais antigo e assim
sucessivamente. Quando se esgotarem os membros começa a ser permitida recondução na
mesma ordem.
 O mandato de presidente da Turma Recursal é de 2 anos
 O presidente da Turma Recursal será substituído nas férias, afastamentos ou impedimentos, por
um dos demais membros, sempre pelo mais antigo do tribunal na turma
 São competências das Turmas Recursais processar e julgar:
 Mandato de segurança e o habeas corpus contra:
 Ato de Juiz de Direito de Juizados Especiais Cíveis
 Ato de Juiz de Direito de Juizados Especiais Criminais
 Ato de Juiz de Direito de Juizados Especiais Cíveis e Criminais
 Atos da própria Turma Recursal
 Recursos interpostos contra sentenças dos Juizados Especiais
 Cíveis
 Criminais
 Cíveis e Criminais
 Da Fazenda Pública
 Embargos de declaração* interpostos contra acórdãos da própria Turma Recursal
 Homologações de desistência e transação, nos feitos que ainda estejam em pauta
 Agravo de instrumento interposto contra decisões cautelares ou antecipatórias
proferidas nos Juizados Especiais da Fazenda Pública
 Conflito de competências entre juízes de Juizados Especiais.
* Embargos de declaração = Pedido para que o Juiz/Turma que proferiu a decisão explique
eventuais omissões, contradições ou obscuridades sobre a sua decisão.

 O Presidente de cada Turma Recursal deve determinar se é admissível o recurso que venha a ser
interposto contra a decisão ou acórdão da Turma. Ele deve também prestar as informações que
lhe forem requisitadas.
 O Órgão Especial do TJ-CE deve editar resolução sobre como acontecerá a substituição caso os
juízes das Turmas Recursais faltem, se afastem, entrem em férias ou licenças, se ausentem ou
estejam impedimentos
 O Órgão Especial do TJ-CE poderá editar resolução para constituir tantas Turmas Recursais
quanto queira, seja em caráter temporário ou permanente, desde que não haja aumento da
despesa. No máximo se permite a mudança de destinação de cargos já existentes.
▲ EXCEÇÃO: Cabe ao Juiz de Direito da Comarca do Interior mandar cumprir os atos e diligências
da Justiça Federal requeridas pelos Juízes Federais ou Tribunais Regionais Federais, através de
ofício ou mandado, quando a comarca não for sede de Juízo Federal

B) Tribunal do Júri
 Toda comarca terá um Tribunal do Júri, sempre obedecendo os critérios legais de composição e
funcionamento
 As sessões das Comarcas de Fortaleza e do Interior poderão ser realizadas durante todo o ano.
 O alistamento de jurados será feito de acordo com os quantitativos mínimos da lei federal
 A lista geral expondo as profissões dos jurados deve ser publicada até o dia 10 de outubro de
cada ano, através do Diário da Justiça e de editais afixados na porta do Tribunal do Júri.
 A lista poderá ser alterada, de ofício ou mediante reclamação de qualquer do povo ao juiz
presidente, até o dia 10 de novembro
 Em 10 de novembro deverá ser publicada a lista definitiva
 O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 meses que antecederem à
publicação da lista geral fica dela excluído.
 É obrigatório que lista geral de jurados seja anualmente completada.
 Quando for necessária uma reunião do Tribunal do Júri será realizado um sorteio a partir da lista
geral de jurados entre o 15º e o 10º dia útil anterior à reunião.
 O sorteio acontecerá a portas abertas sob a presidência do juiz, cabendo-lhe retirar as cédulas
até completar o número de 25 jurados, seja a reunião periódica ou extraordinária.

C) Auditoria Militar
 A Justiça Militar Estadual de 1º grau é composta por um colegiado denominado Auditoria Militar
 A Auditoria Militar é presidida por um Juiz de Direito
 A Auditoria Militar é composta pelo Presidente da Justiça Militar e pelos Conselhos de Justiça
Militar, com jurisdição em todo o território do Ceará.
 As funções de 2º grau da Justiça Militar Estadual serão exercidas pelo TJ-CE
 A composição dos Conselhos de Justiça Militar deverá respeitar a legislação da Justiça Militar da
União
 Compete à Justiça Militar do Estado processar e julgar:
 Os policiais militares e bombeiros militares por crimes militares, definidos em lei
 As ações judiciais contra atos disciplinares militares, caso a vítima seja civil deverá ser
respeitada a competência do Tribunal do Júri
▲ EXCEÇÃO: Em todos estes casos cabe ao TJ-CE decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças.
▲ EXCEÇÃO: Cabe ao Conselho de Justiça, presidido por juiz de direito, processar e julgar
os demais crimes militares

D) Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares


 Dividem-se em dois grupos:
Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares
Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares Privativos
 Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares atuam mediante designação do Diretor do Fórum.
Suas competências nas atribuições de auxílio ou respondência são fixadas nesta Lei e nas demais
normas do TJ-CE
 Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares são designados, prioritariamente, nas hipóteses de:
 Vacâncias dos juízes titulares
 Licenças médicas dos juízes titulares por períodos superiores a 30 dias
 Afastamentos dos juízes titulares para o exercício de funções administrativas
 Convocação dos juízes titulares por Tribunais
 Projetos ou programas com finalidade de reduzir taxas de congestionamento
processual em unidades específicas
 Projetos ou programas com finalidade de cumprir metas do CNJ
 Em situações excepcionais o Juiz Diretor do Fórum da Comarca de Fortaleza pode designar que
os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares atuem em especialidade diferente da especialidade
em que estão normalmente vinculados.
 Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares Privativos desempenham atribuições exclusivamente
nas unidades (varas) em que estão vinculados, independentemente de designação do Diretor do
Fórum.
 Os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares Privativos devem ter atenção durante a elaboração
da sua escala anual para não programar férias em períodos coincidentes com as férias do Juiz
Titular da sua vara

E) As Substituições
 Os juízes da Comarca de Fortaleza são substituídos em casos de:
 Afastamentos
 Férias
 Faltas (FA)
 Licenças (L)
 Impedimentos (I)
 Suspeições (S)
 Nas varas especializadas isoladas os juízes serão substituídos por designação do Diretor do Foro
 Caso haja apenas 2 varas especializadas então um titular substituirá o outro, independentemente
de designação. A única exceção desta regra são os casos de afastamentos superiores a 30 dias,
neste caso o substituto será designado pelo Diretor do Foro.
 Nas varas de atuação privativa em que haja Juiz de Direito do Juizado Auxiliar, este substituirá o
titular. Esta substituição não depende de designação do Diretor do Foro nem é restrita a
afastamentos a partir de um determinado número de dias. O diretor pode, entretanto, escolher
designar outro Juiz para a substituição em vez do Juiz de Direito do Juizado Auxiliar da vara.
 No caso de FALIS <30 em unidades com mais de 2 varas especializadas os juízes serão substituídos
de forma sucessiva e independentemente de designação desta forma:
 O Juiz da 1ª Vara será substituído pelo Juiz da 2ª Vara
 O Juiz da 2ª Vara será substituído pelo Juiz da 3ª Vara
 sucessivamente...
 O Juiz da Última Vara será substituído pelo Juiz da 1ª Vara
 Os Juízes dos Juizados Especiais são substituídos da mesma forma que unidades com mais de 2
varas especializadas acima.
 Nos casos de faltas ou ausências ocasionais do juiz originalmente competente, o substituto deve
velar pela ininterruptibilidade da jurisdição, especialmente nos casos urgentes em que haja risco
de perecimento do direito. Antes de se iniciar a atuação do substituto automático será emitida
uma certidão pelo Supervisor da Unidade Judiciária, ela será anexada aos autos antes que o
substituto pratique qualquer ato. Uma cópia desta certidão será enviada à Corregedoria-Geral
da Justiça.
 Todos os critérios de substituição acima podem ser modificados pelo Diretor do Foro da Capital
em caso de relevante interesse da administração da justiça.
7. AS COMARCAS DO INTERIOR
A) A Divisão de Comarcas no Interior
NÃO HÁ Juizados Especiais Cíveis e HÁ Juizados Especiais Cíveis e Criminais
NÃO HÁ Juizados ECC
Ações e medidas Causas decorrentes da
Processos de Execução penal e Feitos relativos aos Processo e medidas Feitos relativos aos Processo e medidas Processos e julgamento dos
relativas aos Juizados prática de Violência
competência do Corregedoria de Conflitos relativas aos Registros Conflitos relativas aos Registros Crimes da Competência do
Especiais Cíveis e Doméstica e Familiar
Tribunal do Júri presídios Fundiários Públicos Fundiários Públicos Juiz Singular
Criminais Contra a Mulher
Vara única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única Vara Única
2 Varas Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara
3 Varas Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 3ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara e 3ª Vara Juiz da 2ª 3ª Vara
4 Varas Juiz da 1ª Vara Juiz da 1ª Vara Juiz da 4ª Vara Juiz da 3ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª Vara Juiz da 2ª 3ª Vara e 4ª Vara Juiz da 4ª Vara

 O cumprimento das Cartas Precatórias é de obrigação de todas as varas


 No caso de 5 ou mais varas deve haver distribuição equitativa dos casos novos, privilegiando a racionalidade do serviço. A distribuição
acontecerá de acordo com tipos de varas existentes

B) Dos Juizados Auxiliares do Interior

 Nas Zonas Judiciárias haverá 30 Juizados Auxiliares, distribuídos de modo a atender a todo o território respectivo
 O Presidente do TJ-CE designará Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares para substituir os titulares de varas ou juizados no âmbito da respectiva
Zona durante:
 Férias individuais
 Faltas
 Licenças
 Impedimentos
 Suspeições
 A mesma designação acima acontece nos casos de Vacância do Juízo ou ainda para Atuação nas Comarcas Vinculadas
 Por interesse da justiça os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares podem atuar junto aos os Juízes Titulares, de acordo com o que for
estabelecido pelo Presidente do Tribunal de Justiça
 Quando os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares não estiverem respondendo pela titularidade de qualquer vara ou juizado eles serão
designados para as comarcas vinculadas ou unidades que registrem maiores taxas de congestionamento
 Quando estão atuando em substituição os Juízes de Direito dos Juizados Auxiliares tem jurisdição plena, respeitadas as normas processuais
 O Juiz de Direito do Juizado Auxiliar deve morar na sede da respectiva Zona Judiciária.
C) Dos Juízes de Direito Substitutos

 O Juiz de Direito Substituto tem as mesmas funções, atribuições e competências conferidas aos Juízes de Direito original.
 A jurisdição do Juiz de Direito Substituto corresponde à unidade territorial da comarca para a qual for nomeado
D) Das Substituições

 A substituição dos juízes das comarcas do interior acontece nos casos de:
 Afastamentos
 Faltas
 Licenças
 Impedimentos
 Suspeições

Comarcas de Vara Única Comarcas de 2 Varas Comarcas de 3 Varas ou mais


Juiz da 1ª Vara é substituído pelo Juiz da 2ª Vara.
Juiz de Direito do Juizado Auxiliar ou
Substituto Substituição de um titular pelo outro Juiz da 2ª Vara pelo da 3ª, e assim sucessivamente.
Outro Juiz da mesma Zona
Juiz da Última* Vara será substituído pelo da 1ª Vara
Designação Presidente do TJ-CE Não necessita designação** Não necessita designação**
* Quando houver Juizados Especiais Cíveis e Criminais eles serão considerados as últimas varas da comarca
** Exceto em casos de afastamentos superiores a 30 dias, quando o substituto será designado pelo Presidente do TJ-CE

 O Presidente do TJ-CE pode dispor sobre a substituição de forma diferente da prevista, por motivo de relevante interesse da administração da
justiça. Nestes casos são indicados, preferencialmente, os Juízes dos Juizados Auxiliares.
 Nos casos de afastamentos superiores a 30 dias será designado, preferencialmente, um Juiz de Direito do Juizado Auxiliar.
 Nos casos de faltas ou ausências ocasionais do juiz originalmente competente o substituto automático deve velar pela ininterruptibilidade da
jurisdição, especialmente em casos urgentes com risco de perecimento do direito.
 A atuação do juiz substituto é precedida de emissão de certidão pelo Supervisor da Unidade Judiciária a qual será anexada aos autos antes da
prática de ato pelo substituto. Devem ser tiradas cópias destes atos e enviadas Corregedoria-Geral da Justiça.
8. DA DIRETORIA DO FORO DA CAPITAL E DOS FOROS DAS COMARCAS DO INTERIOR
 Toda comarca terá uma Diretoria e Vice-Diretoria do Foro.
 A Diretoria e Vice do Fórum da Comarca de Fortaleza será exercida por 1 Juiz de Direito
 O Diretor e Vice do Fórum da Comarca de Fortaleza deve ter efetivo exercício na Capital
 O Diretor e Vice é escolhido pelo Presidente do TJ-CE. Esta escolha deve ser referendada pelo
Órgão Especial do Tribunal de Justiça
 O Vice-Diretor tem competência para substituir o Diretor em:
 Ausências
 Impedimentos
 Licenças
 Férias
 Outras atribuídas em ato normativo próprio
 As designações do Juiz Diretor e do Vice da Comarca da Capital devem coincidir com o período
do mandato do Presidente que os indicou, sendo permitida a recondução para um único biênio
consecutivo
 Permite-se a recondução do Diretor do foro para 1 período imediatamente subsequente
 Compete ao Juiz Diretor do Foro da Capital:
 Superintender a administração e polícia das instalações físicas do Fórum e das demais
unidades do Poder Judiciário na jurisdição da Comarca de Fortaleza
 A atribuição acima não se aplica ao Fórum das Turmas Recursais, que contará com
direção própria, ressalvada a atribuição dos Juízes de Direito quanto à polícia das
audiências e sessões do Tribunal do Júri
 Presidir a distribuição dos feitos na Comarca de Fortaleza diariamente, com auxílio de
um magistrado desempenhado para este fim
 Conceder aos magistrados e servidores lotados no Fórum da Capital:
 Férias
 Licenças
 Elaborar a escala de férias dos magistrados durante a primeira quinzena do mês de
novembro de cada ano, e encaminhá-la ao Presidente do TJ-CE
 Elaborar a escala de plantões judiciários e promover a sua divulgação
 Abrir, rubricar e encerrar livros dos titulares dos ofícios extrajudiciais da Comarca de
Fortaleza
 Requisitar à autoridade competente força policial necessária aos serviços de segurança
do prédio do Fórum
 Designar magistrado em substituição ao titular, nos casos de
 Férias
 Licenças
 Afastamentos
 Impedimentos
 Suspeições
 Lotar servidores nas unidades sob sua competência, bem como modificar tal lotação,
de acordo com a necessidade do serviço
 Aplicar sanções disciplinares cabíveis a servidores de Justiça, notários, registradores e
a juízes de paz
 Remeter mensalmente ao setor competente do TJ-CE a frequência dos servidores
 Movimentar os servidores nos diversos serviços da Diretoria do Fórum
 Desempenhar atribuições delegadas pelo Presidente do TJ-CE
 Apresentar relatório ao Presidente do TJ-CE a respeito das atividades judiciárias do
ano, das medidas adotadas, dos serviços realizados e do grau de eficiência revelado
por juízes e servidores.
 Este relatório deve ser encaminhado até 15 dias antes da abertura dos trabalhos
judiciários
 O Diretor do Fórum será auxiliado por 10 Juízes de Direito em exercício na Comarca de Fortaleza,
por ele indicados, com a aprovação do Órgão Especial, para desempenhar as seguintes funções:
 Coordenadores de Áreas, que representarão as varas:
 Fazenda Pública, Recuperação de Empresas e Falências, Execução Fiscal e
Crimes contra a Ordem Tributária, e Registros Públicos;
 Cíveis;
 Família e Sucessões;
 Infância e Juventude;
 Criminais, de Delitos de Tráfico de Drogas, de Execuções Penais e
Corregedoria dos Presídios, Juízo Militar, Penas Alternativas e Júri;
 Juizados Especiais Cíveis; Criminais; Fazenda Pública e Juizado de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher;
 Unidades administrativas:
 Supervisor da Central de Cumprimento de Mandados Judiciais;
 Supervisor da Distribuição;
 Ouvidor-Geral;
 Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania.
 Nos juízos de vara única o Juiz de Direito investido na vara, seja titular ou interino, será o Diretor
do Fórum.
 Nos juízos de 2 ou + varas será observado rodízio anual entre os magistrados titulares em
exercício, mediante prévia designação da Presidência do Tribunal de Justiça, a ocorrer até o
último dia útil do mês de fevereiro para determinação o Diretor do Fórum
 Caso o Diretor do Fórum onde houver 2 varas se afaste por período superior a 5 dias o outro
magistrado em exercício na mesma jurisdição responderá interinamente pelas funções,
independentemente de designação. Caso não haja outro magistrado o Diretor do Fórum será o
que for designado para responder pelo juízo do qual o Diretor é titular.
 Caso o Diretor do Fórum onde houver mais de 2 varas se afaste por período superior a 5 dias o
magistrado investido a mais tempo na mesma unidade judiciaria responderá interinamente pelas
funções, independentemente de designação.
 No exercício da função de Diretor do Foro compete ao Juiz de Direito ou Juiz Substituto:
 Superintender o serviço judiciário da comarca
 Ministrar instruções ou ordens aos servidores e auxiliares da justiça, sem prejuízo das
atribuições, se houver, dos demais juízes da comarca;
 Comunicar-se diretamente com quaisquer outras autoridades públicas federais,
estaduais ou municipais, quando tiver de tratar de assuntos relacionados com matéria
administrativa do interesse do Foro da comarca;
 Tomar conhecimento das indicações de substitutos de notários e oficiais de registro
para os casos de faltas e impedimentos, garantindo a publicidade devida;
 Lotar servidores nas unidades sob sua competência, bem como modificar tal lotação,
de acordo com a necessidade do serviço
 Decidir reclamações e aplicar sanções disciplinares cabíveis a servidores de Justiça,
notários, oficiais de registro e juízes de paz;
 Abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros utilizados na secretaria administrativa do
Foro
 Tomar providências de ordem administrativa que digam respeito à fiscalização,
disciplina e regularidade dos serviços forenses;
 Presidir a distribuição dos feitos;
 Requisitar ao Tribunal de Justiça o fornecimento de material de expediente, móveis e
utensílios necessários ao serviço judiciário.

9. JUIZADO DE PAZ
 A Justiça de Paz tem caráter temporário, com mandato de 4 anos
 A escolha do Juiz de paz se dá por eleição de cidadãos através de voto direto, universal e secreto
 Cada Juiz de Paz será eleito com 1 suplente, que:
Sucederá em caso de Vacância.
Substituirá em caso de Impedimento.

 As eleições são efetivadas até 6 meses depois da realização das eleições estaduais
 É proibida a eleição do Juiz de Paz ocorrer ao mesmo tempo que o pleito para mandato eletivo
 Cabe ao TJ-CE regulamentar as eleições para Juiz de Paz até 4 meses antes de sua realização
 A remuneração do Juiz de Paz é estabelecida em lei de iniciativa do TJ-CE e paga pelos cofres
públicos
 São competências da Justiça de Paz:
o Verificar o processo de habilitação de casamento (de oficio ou por impugnação
apresentada)
o Celebrar casamentos civis
o Exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional.
 São requisitos para o exercício do cargo:
o Nacionalidade brasileira
o Pleno exercício dos direitos políticos
o Idade mínima de 21 anos
o Escolaridade equivalente ao ensino médio completo
o Aptidão física e mental
o Idoneidade moral
o Residência na sede do distrito para o qual concorrer.
o Certificado de participação e aproveitamento em curso específico ministrado pela Escola
Superior da Magistratura do Estado do Ceará
 Tendo sido encontrada irregularidade ou nulidade de casamento (de oficio ou por impugnação
apresentada) o Juiz de Paz deve submeter o processo ao Juiz de Direito competente
 Os autos de habilitação de casamento tramitarão no Cartório do Registro Civil do Distrito
 Em nenhuma hipótese o Juiz de Paz terá competência criminal.
 É vedada a cobrança ou percepção de custas, emolumentos ou taxa de qualquer natureza nos
Juizados de Paz.
 É vedado ao Juiz de Paz exercer atividade político-partidária.
 Os Juízes de Paz tomarão posse perante o Juiz Diretor do Foro.
 Enquanto não houver Justiça de Paz o Presidente do TJ-CE designará, por meio de provimento,
cidadãos com a atribuição específica de celebrar casamentos. Estes cidadãos devem estar
domiciliados nas respectivas circunscrições em que houverem de servir, mediante prévia
indicação das autoridades judiciárias locais.

10. DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA


 Serviços auxiliares da justiça:
 Órgãos que integram os foros judicial e extrajudicial.
 Serviços do foro judicial:
 Diretorias dos Foros e suas unidades
 Secretarias do Tribunal de Justiça
 Secretarias de unidades judiciárias e juizados
 Serviços extrajudiciais:
 Tabelionatos de notas
 Ofícios de registro de distribuição
 Ofícios de registro de imóveis
 Ofícios de registro civil das pessoas naturais
 Ofícios de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas
 Ofícios de protestos de títulos
 Ofícios de contratos marítimos
 Nos Serviços extrajudiciais são lavradas as declarações de vontade das partes e executados
os atos decorrentes de legislação sobre notas e registros públicos.

A) Das Secretarias do Tribunal e Das Diretorias dos Foros


 Composição e atribuições
Definidas em lei específica sobre a estrutura administrativa do Poder Judiciário
 Normas operacionais
Secretarias do Tribunal → definida por ato do Presidente do TJ-CE
Diretorias dos Foros → definida por ato do Diretores dos Foros

B) Do Regime Jurídico dos Servidores da Justiça


 Os servidores do Poder Judiciário são regidos pelas normas do Estatuto dos Funcionários
Públicos Civis do Estado do Ceará e legislação complementar, inclusive quanto a
 Direitos
 Deveres
 Garantias
 Regime disciplinar.
 Todas as Unidades Judiciárias do Estado do Ceará instaladas e em funcionamento contarão
com um Supervisor e um Assistente
 O Supervisor e Assistente serão nomeados em comissão pelo Presidente do TJ-CE após livre
indicação do Juiz Titular ou, caso haja vacância, pelo Juiz em respondência
 Na Comarca da Capital funcionarão Secretarias Judiciárias de 1º Grau, na forma e com a
estrutura previstas na Lei nº 16.208
 Além do Supervisor e do Assistente cada Unidade Judiciária contará com servidores ocupantes
de cargos de provimento efetivo integrantes das carreiras do Poder Judiciário
 O número de servidores efetivos será compatível com a lotação paradigma do juízo, calculada
de acordo com as normas específicas editadas pelo CNJ. Os Oficiais de Justiça podem diferir
deste número caso estejam lotados nas Centrais de Cumprimentos de Mandados.
 O Tribunal de Justiça disciplinará a forma de substituição dos ocupantes de cargos de
provimento em comissão.
 São serviços do foro extrajudicial
 Serventias extrajudiciais notariais
 Serventias extrajudiciais de registro
 Os serviços do foro extrajudicial são exercidos em caráter privado por delegação do Poder
Público
 Os direitos, deveres, atribuições, competências, requisitos para o ingresso na atividade e
regime disciplinar dos notários e registradores são os especificados em Lei Federal
 A responsabilidade disciplinar de notários e registradores será apurada em procedimento
administrativo definido no regimento interno por parte da Corregedoria-Geral da Justiça.
 Extinta a delegação do notário ou oficial de registro em razão de quaisquer das hipóteses
previstas o Juiz Diretor do Fórum designará interino para responder pelo expediente
 O Notário/Oficial de Registro Interino será preferencialmente o substituto mais antigo da
serventia. O Presidente do TJ-CE deve ser informado para que seja realizado o concurso
público a fim de nomear novo Notário/Oficial de Registro efetivo.
 Caso seja impossível nomear de um substituto para responder pelo expediente da serventia
vaga o Juiz Diretor do Fórum comunicará o fato ao Corregedor-Geral da Justiça. O corregedor-
Geral praticará ato normativo com a anexação provisória das atribuições para o serviço de
mesma natureza mais próximo ou àquele localizado na sede do respectivo município ou de
município contíguo.
 O Tribunal de Justiça aprovará regulamento disciplinando as condições para realização do
concurso para provimento dos cargos de notários e registradores
 A substituição dos notários e registradores e a contratação de prepostos ocorrerá na forma
da legislação específica.
 Os titulares dos ofícios de notas e de registros poderão admitir tantos empregados quantos
forem necessários aos serviços do seu ofício, via CLT
 Em cada serviço notarial ou de registro haverá tantos substitutos, escreventes e auxiliares
quantos forem necessários, a critério de cada notário ou oficial de registro.
 Os notários e os oficiais de registro encaminharão os nomes dos substitutos por eles
escolhidos ao Juiz Diretor do Fórum, que os fará publicar no Diário da Justiça.
 Os escreventes poderão praticar somente os atos que o notário/oficial de registro autorizar.
 Os substitutos poderão, simultaneamente com o notário ou o oficial de registro, praticar todos
os atos que lhe sejam próprios.
 Dentre os substitutos, um deles será designado pelo notário ou oficial de registro para
responder pelo respectivo serviço nas ausências e nos impedimentos do titular.
 É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de
situação dos bens objeto do ato ou negócio.
 O tabelião de notas não poderá praticar atos de seu ofício fora da comarca para a qual recebeu
delegação, cabendo ao Diretor do Foro e ao Corregedor-Geral da Justiça, de ofício ou
mediante comunicação ou reclamação, providenciarem a apuração da responsabilidade
disciplinar.
 Cada serviço notarial ou de registro funcionará em um só local, vedada a instalação de sucursal
 O gerenciamento administrativo e financeiro dos serviços notariais e de registro é da
responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito às despesas de
custeio, investimento e pessoal, cabendo-lhe estabelecer normas, condições e obrigações
relativas à atribuição de funções e de remuneração de seus prepostos de modo a obter a
melhor qualidade na prestação dos serviços.

C) Dos Serviços do Foro Extrajudicial da Capital


 Haverá na Comarca de Fortaleza 1 Ofício de Registro de Distribuição de Protestos.
 Ao Ofício de Registro de Distribuição de Protestos da Comarca de Fortaleza compete
privativamente:
 Distribuição equitativa pelos serviços da mesma natureza quando previamente exigida,
registrando os atos praticados;
 Em caso contrário, registrar as comunicações recebidas dos órgãos e serviços
competentes;
 Efetuar as averbações e os cancelamentos de sua competência;
 Expedir certidões de atos e documentos que constem de seus registros e papéis.
 Haverá na Comarca de Fortaleza 10 notariados (1º ao 10º), competindo privativamente:
 Aos 1º, 2º, 5º, 7º e 8º
 Lavratura de títulos
 Protesto de títulos
 Aos 3º, 4º e 6º
 Registro de títulos e documentos
 Registro civil das pessoas jurídicas;
 9º e 10º
 Atribuições concernentes ao ofício de notas.
 Haverá na Comarca de Fortaleza 5 ofícios do registro civil das pessoas naturais (1º ao 5º),
servindo cada um deles nos limites de suas zonas.
 Os oficiais de registro civil da sede e dos distritos da Comarca da Capital e da Região
Metropolitana de Fortaleza poderão
 Lavrar procurações
 Reconhecer firmas
 Autenticar documentos.
 Haverá, na Comarca de Fortaleza, 6 ofícios de registro de imóveis (1º ao 6º)

D) Dos Serviços do Foro Extrajudicial nas Comarcas Sedes e Vinculadas do Interior


 Haverá na sede de cada comarca do interior do Estado pelo menos
 1 ofício de registro civil
 1 ofício de registro de imóveis
 Cabe a ambos, cumulativamente, os serviços de
 Tabelionato de notas
 Ofício de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas
 Ofício de protesto de títulos.
 Nas comarcas do interior do Estado:
 1º escrivão e tabelião exercerá as funções de oficial de registro civil
 2º escrivão e tabelião as funções de oficial do registro de imóveis.
 Nas comarcas do interior do Estado em que não exista Ofício de Registro de Distribuição ou
nas quais ainda não esteja implantado serviço pata tal fim as funções de distribuição
extrajudicial serão exercidas pelo titular do Primeiro Ofício.
 Todos os oficiais de registro civil das pessoas naturais das comarcas sedes ou vinculadas do
interior, bem como os dos respectivos distritos judiciários, poderão
 Lavrar procurações
 Reconhecer firmas
 Autenticar documentos.
 Nas comarcas onde exista instalado, na sede, mais de um ofício de registro civil e/ou mais de
um ofício de registro de imóveis, o Tribunal de Justiça, por ato normativo, definirá as zonas
nas quais cada serventia exercerá suas atribuições.

E) Dos Serviços do Foro Extrajudicial nos Distritos Judiciários


 Os distritos judiciários que, a critério do Tribunal de Justiça, atendam a adequados requisitos
populacionais e socioeconômicos, contarão com um ofício de registro civil de pessoas naturais
 As certidões imobiliárias solicitadas pelo IDACE junto aos cartórios de registro de imóveis, para
fins de regularização fundiária, deverão ser fornecidas no prazo de até 30 (trinta) dias, sob
pena de punição de suspensão do cartório ou multa de R$ 5.000 (cinco mil) UFIRCEs.
 O primeiro registro de domínio concedido pelo IDACE aos possuidores das glebas tituladas
deverá ser realizado independentemente do recolhimento de custas e emolumentos, ficando
autorizada a cobrança dos emolumentos para a prática dos seguintes atos:
 Certidão (Código 7020)
 Abertura de Matrícula (Código 7024)
 Taxa Adicional a Menor (Código 7010)
 Prenotação (Código 7025).
 Os valores correspondentes aos emolumentos referidos nas alíneas “a” e “d” deste artigo
serão pagos pelo titulado por ocasião da apresentação dos Títulos de Domínio à Serventia para
registro, cujo valor será de R$ 76,060 UFIRCEs.

F) Das Remoções e Permutas


 Os titulares de ofício de notas e de registros poderão ser removidos para ofícios de igual
natureza, da mesma ou de outra comarca, mediante concurso.
 O concurso de remoção consistirá de prova de títulos, em que se poderão habilitar todos os
investidos na delegação há mais de 2 anos contados entre a data do efetivo exercício na
atividade e a da publicação do edital.
 No ato de inscrição, e antes da delegação, o candidato deverá comprovar a regularidade
apresentando as correspondentes certidões negativas de sua situação em relação às
obrigações
 Trabalhistas
 Fiscais
 Previdenciárias
 No edital do concurso, serão indicados os ofícios vagos e demais informações de acordo com
a presente Lei e com o regulamento aprovado pelo Tribunal Pleno.
 Os critérios de valorização dos títulos serão estabelecidos através de resolução do Tribunal de
Justiça e em harmonia com as regras norteadas pelo Conselho Nacional de Justiça.
G) Da Criação de Unidade Judiciária
 Em razão das transformações de que tratam as seções anteriores, fica autorizada a criação de
unidades.
 O Tribunal de Justiça editará regulamento que disponha sobre cronograma de instalação das
novas unidades, observada a sua disponibilidade orçamentária.
 O Tribunal de Justiça adotará providências para a relotação de magistrados e servidores
ocupantes de cargos de provimento efetivo em exercício nas unidades transformadas,
observados os seguintes parâmetros:
 No caso dos magistrados serão removidos para unidades judiciárias de igual entrância,
mediante certame de ampla concorrência, precedido do competente edital e
observadas as regras em vigor;
 No caso de servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo, serão removidos para
qualquer unidade judiciária do Estado em que haja carência, incluídas as criadas por esta
Lei, mediante certame de ampla concorrência, precedido do competente edital, o qual
deverá contemplar, dentre os critérios de pontuação, a lotação originária em unidades
transformadas
 Na hipótese de servidor de unidade transformada por esta Lei não se habilitar ao certame de
remoção ou, caso se habilite e não logre êxito em concursos sucessivos, será realizada a
remoção de ofício, nos termos da lei, priorizando-se a movimentação para unidade mais
próxima de sua lotação originária, que registre vaga.
 Os ocupantes dos cargos de provimento em comissão nas unidades transformadas serão
exonerados, enquanto os respectivos cargos serão transformados em outros similares a serem
lotados nas unidades criadas, de entrância igual ou superior, por resolução do Tribunal de
Justiça, procedendo-se às adequações necessárias.

11. DISPOSIÇÕES TRANSITORIAS


 O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará implantará até 31 de dezembro de 2020 ferramentas
computacionais que permitam a tramitação em formato eletrônico de todos os casos novos
de sua competência, observado o seguinte cronograma:
I – 60% (sessenta por cento) dos casos novos até 31 de dezembro de 2018
II – 80% (oitenta por cento) dos casos novos até 31 de dezembro de 2019
III – 100% (cem por cento) dos casos novos até 31 de dezembro de 2020
 Para assegurar este cumprimento o Poder Judiciário do Estado do Ceará incluirá as previsões
das despesas necessárias e suficientes em suas respectivas propostas constantes das leis
orçamentárias anuais dos exercícios de 2018, 2019 e 2020.

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