Está en la página 1de 24

LA GRAMÁTICA CASTELLANA D E A M A D O A L O N S O Y

PEDRO HENRÍQUEZ UREÑAi

A
M . D O CARMO HENRÍQUEZ SALIDO
Universidad d e Vigo

P r e t e n d e m o s analizar e n este trabajo algunos aspectos d e esta gra-


m á t i c a y, m á s e s p e c í f i c a m e n t e , la c o n c e p c i ó n q u e s o b r e e l " u s o c o r r e c -
t o " d e l a l e n g u a s e r e g i s t r a e n l a Gramática castellana (2 T o m o s . B u e n o s
Aires, 1938) d e A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a , o b r a q u e influ-
y e e n la d e s c r i p c i ó n d e l c a s t e l l a n o h a b l a d o y e s c r i t o e n t e r r i t o r i o s de
H i s p a n o a m é r i c a . E n n u e s t r o e s t u d i o s e g u i m o s y c i t a m o s p a r a el P r i m e r
a
C u r s o , e n l o s u c e s i v o «CP», p o r la 2 6 e d i c i ó n y p a r a e l S e g u n d o , «CS»,
a
p o r la 2 4 e d i c i ó n d e la e d i t o r i a l L o s a d a S.A. d e B u e n o s A i r e s . N o s d e t e -
nemos, preferentemente, e n los textos d e los q u e se d e s p r e n d e infor-
m a c i ó n m á s p r e c i s a s o b r e el s i s t e m a d e r e g l a s y n o r m a s p a r a ' h a b l a r y
e s c r i b i r el i d i o m a c o n f o r m e al m e j o r u s o ' ; p o r r a z o n e s d e e s p a c i o r e d u -
cimos al m á x i m o el n ú m e r o de ejemplos que documentamos en la
Gramática.

1. LA GRAMÁTICA

1 . 1 . Si b i e n l a l í n e a t e ó r i c a q u e h a b í a p r e d o m i n a d o e n l a l i n g ü í s t i c a
e s p a ñ o l a d e l s i g l o X I X , p r i n c i p a l m e n t e e n la p r i m e r a m i t a d , h a b í a s i d o

1. Este trabajo fue leído en el «X Congreso Internacional de la ALFAL», celebrado


en la ciudad de Veracruz (Méjico) del 11 al 16 de Abril de 1993. Esta versión presenta
cambios en la redacción y estructura, elimina algunas páginas en las que estudiábamos
la importancia de Amado Alonso en la Historia de la lingüística, suprime también algu-
nos ejemplos, y corrige las siempre temidas erratas, que hemos visto al proceder a su
revisión. Una parte del mismo, bajo el título de "El uso correcto de la lengua en la
Gramática de Amado Alonso y Pedro Henríquez Ureña" fue leído en el «Simposio Emilio
Alarcos García", celebrado en la Universidad de Valladolid los días 25, 26 y 27 de enero
de 1995, y acaba de ser publicado, cuando ya corregíamos las segundas pruebas, en un
volumen coordinado por César Hernández Alonso, editado por la Junta de Castilla y
León - Universidad de Valladolid, en páginas 309-324.

93
CAUCE. Revista (le Filología y su DkkMna. H.° 20-21. I9')'-VS / págs 93-116

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

la d e la g r a m á t i c a g e n e r a l , filosófica o i d e o l ó g i c a , la p u b l i c a c i ó n d e l a s
g r a m á t i c a s d e S a l v a y d e B e l l o v a a r o m p e r la d i r e c c i ó n d e e s a c o r r i e n -
t e t e ó r i c a . L a Gramática castellana de Amado Alonso y Pedro Henríquez
U r e ñ a s e sitúa e n la m i s m a l í n e a d e s c r i p t i v a y n o r m a t i v a d e e s t o s dos
g r a m á t i c o s . La t e o r í a g r a m a t i c a l e s t á e l a b o r a d a ' e n l a c o d i c i a b l e compa-
ñ í a d e B e l l o ' («CP», 8 ) , d e a h í q u e e l c r i t e r i o q u e p r e s i d a la g r a m á t i c a s e a
el criterio d e s c r i p t i v o , y q u e el p r i n c i p i o d o m i n a n t e s e a t a m b i é n el p r i n -
cipio d e autoridad idiomática p r e s e n t e e n los textos d e los 'ingeniosos',
'distinguidos', ' m á s ilustres', 'grandes', 'principales' escritores hispanoa-
m e r i c a n o s o e s p a ñ o l e s , p u e s la o b r a d e l o s e s r i t o r e s d e t o d a s las r e g i o -
n e s e s l a q u e d a e l ' m a y o r e s p l e n d o r ' a l i d i o m a («CP», 1 1 ) .
La g r a m á t i c a e s t á c o n c e b i d a c o m o u n t e x t o e s c o l a r d e l a e n s e ñ a n z a
secundaria y con una manifiesta intención de cuidar la lengua; sin
embargo, adquiere e n algunos puntos u n notable rango teórico, e n la
m e d i d a e n q u e d a n c a b i d a a los r e s u l t a d o s d e la 'Lingüística moderna
c u a n d o p u e d a n t e n e r s e c o m o s e g u r o s y s e a n fáciles d e e x p o n e r , y e s p e -
cialmente a los q u e coinciden, p o r lo m e n o s e n su orientación, c o n los
q u e o b t u v o h a c e u n siglo A n d r é s Bello, el m á s genial d e los g r a m á t i c o s
d e l e n g u a e s p a ñ o l a ' («CP», 7 ) .
La o b r a , c a l i f i c a d a p o r l o s p r o p i o s a u t o r e s c o m o u n a g r a m á t i c a n o r -
mativa, es d e corte tradicional y está dividida e n d o s cursos. Amado
A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a la c o n c i b e n c o n u n fin u t i l i t a r i o y p r á c -
tico, e s decir, b u s c a n p r o p o r c i o n a r 'un sistema d e reglas y n o r m a s para
h a b l a r y escribir el i d i o m a c o n f o r m e a l m e j o r u s o ' («CP», 1 8 ) , e s t o e s ,
dirigir el u s o ' c o r r e c t o d e l e s p a ñ o l ' oral y escrito d e los a l u m n o s a tra-
v é s d e l t r a b a j o d e l p r o f e s o r , a l q u e s e l e c o n v i d a a q u e b r a n t a r 'la v e n e -
r a b l e ' r u t i n a d e q u e s e l a m e n t a b a B e l l o («CP», 7 ) , t o m a n d o c o m o c r i t e r i o
d e a u t o r i d a d el h a b l a d e las p e r s o n a s c u l t a s y d e l o s m e j o r e s escritores
d e t o d a s las n a c i o n e s d e h a b l a e s p a ñ o l a , p a r a conseguir, a d e m á s del u s o
c o r r e c t o y e j e m p l a r d e la l e n g u a , la u n i d a d y u n i f o r m i d a d d e l idioma.
A m a d o A l o n s o l l e v a a la p r á c t i c a el p r i n c i p i o m e t o d o l ó g i c o , destacado
m u c h o s a ñ o s m á s t a r d e p o r E. C o s e r i u ( 1 9 7 7 : 2 5 8 ) , d e q u e ' e l e s p a ñ o l d e
A m é r i c a n o p u e d e e s t u d i a r s e c o m o tal, s i n o d e n t r o d e l c u a d r o general
d e la d i a l e c t o l o g í a e s p a ñ o l a y e n c o m p a r a c i ó n c o n t o d o e l e s p a ñ o l de
España —antiguo y moderno, literario y corriente, c o m ú n y dialectal,
general y regional—'.

1.2. El móvil principal d e esta obra, d e m o d o p a r e c i d o a lo que


h a b í a s u c e d i d o c o n A n d r é s B e l l o , e s p r o p o r c i o n a r r e g l a s p a r a la l e n g u a
q u e h a d e u s a r s e d e m o d o c o r r e c t o y ejemplar, p a r a así frenar el frac-

94

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA D E A M A D O A L O N S O Y P E D R O H E N R Í Q U E Z LJREÑA

c i o n a m i e n t o i d i o m á t i c o y p o t e n c i a r y c o n s e r v a r la u n i d a d d e l romance
n a c i d o e n la vieja Castilla, t e r r i t o r i o q u e t a m b i é n d e b e r e n u n c i a r a s u s
particularidades e n servicio del ideal general, el e s p a ñ o l , u n i d i o m a que
recibe vida d e todos los h o m b r e s cultos d e m u c h a s naciones:

«Las personas q u e v i v e n en Méjico, el Perú o España, c o m o las de la


Argentina, cuanto más cultas son más t i e n d e n a la u n i d a d y u n i f o r m i d a d
del i d i o m a . U n argentino o u n español incultos tienen m u c h o s más par-
ticularismos q u e u n español o u n argentino cultos.
Es u n error creer q u e el español l l a m a d o general sea el i d i o m a p r o -
p i o de los españoles, i m p u e s t o externamente a los americanos c o n per-
juicio de sus hablas regionales. El español general va r e c i b i e n d o vida de
todos los h o m b r e s cultos de nuestras naciones y, p o r o t r o l a d o , n i la
misma Castilla se libra de tener q u e renunciar a sus particularismos e n
servicio del ideal general» («CP», 15).

Esta g r a m á t i c a , c o m o la d e A n d r é s B e l l o , — y así lo h a señalado


R a m ó n T m j i l l o ( 1 9 8 1 : 2 1 ) e n la e d i c i ó n crítica d e d i c h a g r a m á t i c a — es
u n a g u í a d e l u s o , q u e al m i s m o t i e m p o t i e n e s u p r o p i a t e o r í a , d e s t i n a d a
a l o s h i s p a n o a m e r i c a n o s y a t o d a la c o m u n i d a d q u e h a b l a e l m i s m o i d i o -
m a , ' n u e s t r o i d i o m a [ q u e ] s e l l a m a e s p a ñ o l y c a s t e l l a n o ' («CP», 1 1 ) . L o s
móviles, c o n s e c u e n t e m e n t e , ya n o v a n a ser estrictamente los escolares,
s i n o la c o h e s i ó n d e t o d o s l o s u s u a r i o s q u e h a b l a n e s a l e n g u a . E s t a g r a -
m á t i c a , p u e s , al i g u a l q u e la d e A n d r é s B e l l o , y c i t a n d o u n a v e z m á s a
R a m ó n Trujillo ( 1 9 8 1 : 3 6 ) , t a m b i é n o b e d e c e a m ó v i l e s p o l í t i c o s , p u e s la
n a c i ó n e s t á c o n s t i t u i d a p o r t o d o s los q u e u s a r o n (la t r a d i c i ó n ) y los q u e
usan este idioma.

1.3- L a s fuentes e s t á n p e r f e c t a m e n t e m a n i f e s t a d a s e n el t e x t o y s o n ,
e n p r i m e r l u g a r , l a Gramática d e A n d r é s Bello, j u n t o c o n las 'finísimas
n o t a s q u e l e p u s o R u f i n o J o s é C u e r v o , l l e n a s d e s a b i d u r í a s e g u r a ' («CP»,
8 ) ; l a Gramática (Nueva ed., reformada. Madrid, Espasa-Calpe, 1931, 534
a
p p . ) y e l Diccionario ( 1 9 2 5 , 1 5 e d . ) d e la R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a , y l o s
textos d e los b u e n o s y prestigiosos escritores, p r e f e r e n t e m e n t e de los
s i g l o s X I X y X X , p e r o s i n d e j a r f u e r a a l o s e s c r i t o r e s d e la E d a d Media
c o m o el i n f a n t e D o n J u a n M a n u e l ; r o m a n c e s v i e j o s d e l s i g l o XV; l o s clá-
sicos d e los siglos XVI y XVII c o m o G a r c i l a s o , C e r v a n t e s , Q u e v e d o , L o p e
d e Vega; a u t o r e s d e l s i g l o XVIII c o m o el P a d r e Feijóo, e t c . y el h a b l a de
l a s p e r s o n a s c u l t a s . El m o d e l o d e l a s n o r m a s y r e g l a s d e l a g r a m á t i c a e s ,
p o r a n t o n o m a s i a , 'la l e n g u a l i t e r a r i a ' («CP», 1 8 ) .

95

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

1.4. L o s destinatarios, c o m o dejan b i e n e x p l í c i t o e n el apartado d i r i -


g i d o A LOS PROFESORES («CP»,,9), s o n p r i n c i p a l m e n t e l o s p r o f e s o r e s q u e
i m p a r t e n d o c e n c i a e n los c o l e g i o s nacionales y d e m á s e s t a b l e c i m i e n t o s
p ú b l i c o s de enseñanza secundaria' y, e n s e g u n d o t é r m i n o , los a l u m n o s
a q u i e n e s se les i n d i c a e n l e t r a m a y o r l o q u e d e b e n e s t u d i a r y , e n l e t r a
m e n o r , l o q u e d e b e n l e e r c o m o c o m p l e m e n t o , así c o m o las d e f i n i c i o n e s
y f ó r m u l a s q u e d e b e n a p r e n d e r , y a q u i e n e s se d a n c o n t i n u o s a v i s o s o
r e c o m e n d a c i o n e s sobre aspectos de carácter t e ó r i c o o instrucciones
s o b r e s u t r a b a j o e n la clase.
A l o s p r o f e s o r e s a d v i e r t e n , y a d e s d e las p r i m e r a s p á g i n a s , q u e h a y
aspectos n o coincidentes c o n otros estudios, de entre los cuales especi-
f i c a n : 1) E l a b a n d o n o d e la v i e j a e x p l i c a c i ó n d e las p a r t e s d e la o r a c i ó n ,
2) E l r e c h a z o d e la i d e a d e l g é n e r o s e g ú n e l s e x o r e a l o el q u e a n t r o -
p o m ó r f i c a m e n t e se les a t r i b u y e , y 3 ) El r e c h a z o d e la d o c t r i n a d e l p r o -
n o m b r e c o m o sustituto del n o m b r e :

«Con B e l l o c o i n c i d e n los investigadores m o d e r n o s q u e han a b a n d o -


n a d o p o r insostenible la vieja e x p l i c a c i ó n de las partes de la o r a c i ó n [...]
C o i n c i d i m o s igualmente c o n B e l l o en rechazar la idea de género c o m o
una d i v i s i ó n de todos los seres o cosas en dos g r u p o s , según el sexo real
o el que a n t r o p o m ó r f i c a m e n t e se les atribuye: l o e x p l i c a m o s sobre la
base de la concordancia c o n el adjetivo [...] tributamos a B e l l o el h o n o r
q u e se merece p o r haber reaccionado c o n clarividencia contra la idea
a n t r o p o m ó r f i c a precisamente c u a n d o el r o m a n t i c i s m o la tenía de m o d a .
El tercer p u n t o en que nuestros colegas nos encontrarán en discre-
pancia es el de los p r o n o m b r e s . T a m b i é n aquí nos e n c o n t r a m o s en la
codiciable compañía de Bello» («CP», 7-8).

P a r e c e n c o n c e b i r la g r a m á t i c a , e n t o d o s sus s e n t i d o s , c o m o la c i e n -
c i a q u e e s t u d i a ' t o d o s ' l o s a s p e c t o s d e la l e n g u a , p o r e s o i n c l u y e n la
F o n é t i c a , c o n e s p e c i a l a t e n c i ó n a la O r t o l o g í a , c o n el p r o p c x s i t o d e c o r r e -
gir 'muchas p r o n u n c i a c i o n e s defectuosas q u e s o n usuales e n nuestros
medios':

«En la Fonética, la t e r m i n o l o g í a es la q u e ha consagrado el admira-


d o y clarísimo Manual de pronunciación española de Tomás Navarro
Tomás [...] H e m o s prestado atención especial a la Ortología, r e c o g i e n d o
para su c o r r e c c i ó n muchas p r o n u n c i a c i o n e s defectuosas q u e s o n usuales
en nuestros medios. Y solicitamos cortésmente para esto la c o l a b o r a c i ó n
de nuestros colegas del profesorado, a f i n de que c o m p l e t e n nuestras lis-
tas según su experiencia de la p r o n u n c i a c i ó n local» («CP», 9).

A p e s a r d e e x i s t i r d o s d e s t i n a t a r i o s d i f e r e n c i a d o s , las a c t i v i d a d e s d e
enseñanza-aprendizaje e s t á n p e n s a d a s p a r a la i n t e g r a c i ó n t e ó r i c o - p r á c t i -

96

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

ca d e l p r o g r a m a p o r p a r t e d e l a l u m n o , q u e s i e m p r e estará g u i a d o p o r e l
t r a b a j o d e l p r o f e s o r , c o m o se p u e d e v e r e n estos e j e m p l o s :
a) A l o s a l u m n o s :
«EJERCICIOS GRAMATICALES.- P r o p o n g a n los a l u m n o s algunas fra-
ses sencillas sobre cualquier asunto, y vayan c o m p l e m e n t a n d o el signifi-
cado del v e r b o c o n cuantos adverbios y locuciones adverbiales les sea
posible, d i s t i n g u i e n d o la clase de cada adverbio.
Los a l u m n o s estarán especialmente atentos al uso correcto de los
adverbios explicados en el § 79» («CP», 72).

b ) A los profesores:
«Para c o m p r o b a r c ó m o a las unidades y divisiones de sentido corres-
p o n d e n unidades y divisiones de e n t o n a c i ó n , el profesor guiará la aten-
c i ó n de los a l u m n o s hacia la justa e n t o n a c i ó n de los períodos y de las
oraciones, en ejemplos como...» («CP», 129).
«DICTADO.- Conviene usar para este ejercicio poesías o pasajes bre-
ves de prosa q u e tengan u n i d a d . El d i c t a d o de listas de palabras sueltas
sólo debe hacerse p o r e x c e p c i ó n y c o m o c o m p l e m e n t o .
C o n el dictado, c o r r e g i d o p o r el profesor y d e v u e l t o para copiar, el
a l u m n o se familiariza c o n la ortografía de la palabras. O t r o de los bene-
ficios del dictado es que los a l u m n o s a p r e n d a n a reconocer c ó m o está
construido el pensamiento en las oraciones y en el p e r í o d o , y a consig-
narlo en la escritura p o r m e d i o de la p u n t u a c i ó n . Por ú l t i m o , c o m o los
demás ejercicios, t a m b i é n el dictado les p r o p o r c i o n a el aprendizaje del
v o c a b u l a r i o c o n sus variantes de significación y sus matices afectivos,
para l o cual se sienten orientados los a l u m n o s p o r la necesaria p o s i c i ó n
de una palabra en u n contexto» («SC», 15).

1.5. E l método y los m o d e l o s p r o p u e s t o s son m e r a m e n t e indicativos,


p e r o a t i e n d e n a c u i d a r y c o r r e g i r t a n t o la e x p r e s i ó n o r a l — c o n e j e r c i c i o s
y actividades c o m o e x p o s i c i o n e s orales, recitaciones de poesías y lectu-
r a — c o m o la e x p r e s i ó n e s c r i t a — c o n e j e r c i c i o s y a c t i v i d a d e s c o m o c o m -
p o s i c i o n e s y d i c t a d o s — c o n e s p e c i a l a t e n c i ó n al e s t u d i o d e l v o c a b u l a r i o
(«CP», 9 - 1 0 ) . El c u i d a d o d e la l e n g u a y la c o r r e c c i ó n a b a r c a , p o r t a n t o ,
d o s g r a n d e s c a m p o s d e a c t i v i d a d : u n a a c c i ó n s o b r e la m i s m a l e n g u a , la
l e n g u a g e n e r a l sujeta a n o r m a s y r e g l a s , y u n c u i d a d o d e la i m a g e n .

2. EL FUNDAMENTO CONCEPTUAL DE LA GRAMÁTICA Y EL USO CORRECTO DE LA


LENGUA

2 . 1 . El f u n d a m e n t o c o n c e p t u a l e n la c o n f e c c i ó n d e la Gramática se
e x p o n e e n la INTRODUCCIÓN d e l «CP», a p a r t a d o e n e l q u e se r e ú n e u n

97

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

c o n j u n t o d e a r g u m e n t o s t r a d i c i o n a l e s a f a v o r d e l c u i d a d o d e la l e n g u a y
d e l e s t u d i o d e la g r a m á t i c a d e la l e n g u a m a t e r n a , y, s o b r e t o d o , e n la
d e f i n i c i ó n d e la « g r a m á t i c a n o r m a t i v a » , c o m o v e r e m o s a continuación.
L o s a u t o r e s p o n e n d e r e l i e v e q u e la f u n c i ó n p r i n c i p a l d e s u Gramática
e s iniciar a los j ó v e n e s e n la e s t r u c t u r a g r a m a t i c a l d e la l e n g u a materna
( c o n especial a t e n c i ó n a las dificultades lingüísticas) y e n f o m e n t a r el
u s o c o r r e c t o d e la l e n g u a , h e c h o e n e l q u e s o n c o n t i n u a d o r e s d e la c o n -
c e p c i ó n secular d e u n a f o r m a c i ó n (lingüística) gramático-retórica, c o n el
fin d e c r e a r las c o n d i c i o n e s para u n posterior perfeccionamiento lin-
güístico-estilístico. A t o d o ello s e u n e el d e s e o d e a p o y a r y fomentar
c o n e s t a o b r a la u n i d a d d e la l e n g u a d e n t r o d e l á m b i t o l i n g ü í s t i c o h i s -
pánico.

2 . 2 . Si b i e n p u e d e r e s u l t a r d i f í c i l e n c o n t r a r u n a t e o r í a consecuente-
mente formulada y desarrollada en l a INTRODUCCIÓN del «CP» —el
pasaje m á s i m p o r t a n t e p a r a c o n o c e r las e x p l i c a c i o n e s s o b r e las ideas
d i r e c t r i c e s e n la c o n f e c c i ó n d e s u o b r a — , l o s a u t o r e s , s i g u i e n d o a B e l l o
( q u i e n p r o c l a m a b a q u e c a d a l e n g u a tiene su p r o p i a g r a m á t i c a y q u e las
leyes d e b í a n servir p a r a explicar los u s o s c o n c r e t o s del castellano) y
d e s d e u n o s postulados, p r o b a b l e m e n t e , anticipadores d e los principios
d e E. C o s e r i u s o b r e la n o r m a ( 1 9 6 7 ) a t r a v é s d e 10 a p a r t a d o s , q u e rea-
g r u p a m o s e n a l g u n o s c a s o s , c o n f e c c i o n a n e n d i c h a INTRODUCCIÓN el
siguiente f u n d a m e n t o c o n c e p t u a l de su obra:

(I) I d i o m a o l e n g u a e s el "sistema d e e x p r e s i o n e s c o n q u e s e e n t i e n -
d e u n a c o m u n i d a d " ( p . 11). S e n t a d a esta definicicm, e n u m e r a n las n a c i o -
n e s q u e c o n s t i t u y e n la c o m u n i d a d h i s p a n o h a b l a n t e y e x p l i c a n l o s m o t i -
v o s p o r los cuales se p u e d e llamar e s p a ñ o l y castellano ( p p . 11-12).

(II) C o m o el e s t u d i o d e l e s p a ñ o l d e A m é r i c a t i e n e q u e h a c e r s e en
" c o m p a r a c i ó n c o n t o d o el e s p a ñ o l d e E s p a ñ a — a n t i g u o y m o d e r n o , lite-
r a r i o y c o r r i e n t e , c o m ú n y d i a l e c t a l , g e n e r a l y r e g i o n a l — ", c o m o diría
E. C o s e r i u , l o s a u t o r e s d e d i c a n a t e n c i ó n a e x p l i c a r l a s v a r i e d a d e s inter-
n a s q u e p o s e e l a l e n g u a , d i s t i n g u i e n d o e n t r e lenguaje oral y lenguaje
literario, " q u e es el q u e cultivan los escritores e n sus o b r a s " y " r e q u i e r e
aprendizaje especial"; a m b a s m o d a l i d a d e s , sin e m b a r g o , f o r m a n "un solo
i d i o m a c u l t o " , y a q u e e n t r e el l e n g u a j e literario y el l e n g u a j e oral n o h a y
u n a c o m p l e t a s e p a r a c i ó n , s i n o t o d o l o c o n t r a r i o . El p r o f e s o r s e c o n v i e r -
te e n u n g u í a n e c e s a r i o p a r a el a l u m n o , a q u i e n p u e d e a d v e r t i r s o b r e la
p r o p i e d a d o impropiedad del lenguaje:

98

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRIQLJEZ URENA

«...los escritores, al expresarse e n lenguaje literario, se a p o y a n siem-


pre e n el oral, y las personas educadas p o n e n el ideal de su hablar e n
las normas d e la lengua literaria. C u a n d o se sigue escribiendo u n a l e n -
gua literaria sin a p o y o e n el lenguaje oral, se convierte e n lengua muer-
ta, c o m o le sucedió al latín e n la Edad Media. Y si el español, el francés
o el inglés hablados h a n alcanzado tal calidad y p e r f e c c i ó n , es p o r haber
atendido las gentes al ideal d e la lengua literaria. C u a n d o el lenguaje oral
se desentiende d e l literario, se e m p o b r e c e y queda e n estado dialectal.
El profesor, pues, es u n guía necesario para el a l u m n o : él le adver-
tirá c u á n d o u n a palabra o u n g i r o s o n i m p r o p i o s d e l lenguaje oral, a u n
siendo corrientes e n el literario, o al revés» («CP», 13).

( I I I ) El d o m i n i o y c o n o c i m i e n t o d e la gramática y u n a dicción
correcta p r o p o r c i o n a n a los usuarios ventajas sociales, otorgan prestigio
s o c i a l , p u e s p e r m i t e n d i f e r e n c i a r las p e r s o n a s d e " c u l t u r a s e g u r a , las d e
c u l t u r a i n s e g u r a o m e d i a n a y las i n e d u c a d a s " . El g r a d o m á s a l t o d e c u l -
t u r a n o e s t á ni e n el argot, ni e n la jerga ni e n los dialectos, q u e s o n
definidos c o m o m o d o s rústicos d e hablar:

«Dentro d e l lenguaje oral hay t a m b i é n diversas variedades. Por u n


lado, las personas de cultura segura, las de cultura insegura o mediana y
las ineducadas se diferencian entre sí p o r el m o d o d e hablar. Por o t r o ,
los distintos g r u p o s profesionales t i e n d e n a crearse u n v o c a b u l a r i o espe-
cial.
Se llama argot al vocabulario especial q u e e n una c i u d a d o comarca
sólo usa la gente d e baja cultura.
Se llama jerga al vocabulario especial de una profesión u oficio, cuan-
d o implica a la vez baja cultura [...] Los dialectos son m o d o s especialmen-
te rústicos de hablar, q u e s u p o n e n u n rezago o u n retroceso respecto d e l
alto grado de cultura alcanzado p o r la lengua general» («CP», 13-14).

( I V ) E n t r e la d i v e r s i d a d d e l e n g u a s f u n c i o n a l e s q u e i n t e g r a n la l e n -
g u a h i s t ó r i c a d e n o m i n a d a español, l o s a u t o r e s d e d i c a n su a t e n c i ó n y
e s t u d i o a u n o b j e t o u n i t a r i o y d e f i n i d o , e s decir, la l e n g u a f u n c i o n a l q u e
d e n o m i n a r í a m o s h o y 'español estándar actual' y q u e caracterizan c o m o
la q u e h a b l a n las p e r s o n a s c u l t a s d e t o d a s p a r t e s , p o r t e n e r e s p í r i t u d e
u n i v e r s a l i d a d y a s p i r a r a Lina v a l i d e z s u p e r i o r a la p u r a m e n t e l o c a l .
A m a d o Alonso y Pedro Henríquez Ureña — m o s t r á n d o s e e n contra d e
«l'esprit d e clocher» y a n t i c i p á n d o s e , d e n u e v o , a las tesis d e E. C o s e r i u
( 1 9 7 7 : 2 5 8 ) , c o m o y a h e m o s a f i r m a d o — a t i e n d e n s i e m p r e a la u n i d a d y
u n i f o r m i d a d del i d i o m a y r e n u n c i a n a los particularismos e n servicio del
i d e a l g e n e r a l . Al r e f o r z a r la u n i d a d i d i o m á t i c a e n el m u n d o h i s p a n o h a -
b l a n t e , e n t i e n d e n q u e s e a u m e n t a a d e m á s el p r e s t i g i o i n t e r n a c i o n a l y s e

99

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. D O C A R M O H E N R Í Q U E Z S A L I D O

p e r f e c c i o n a , c a d a v e z m á s , la l e n g u a m a t e r n a q u e d e b e estar d i r i g i d a
c o n miras al ideal lingüístico:

«Como el español se habla e n extensión tan e n o r m e hay q u e distin-


guir entre lengua general y lengua regional.
Las personas educadas y cultas de Castilla, de Méjico o de la
Argentina realizan en su hablar una lengua c o n ciertos particularismos [...]
A l decir lengua regional nos referimos a estos particularismos usados p o r
las personas educadas.
Lengua general es la hablada p o r las personas cultas de todas par-
tes, una vez descontados los regionalismos.
La lengua regional y la general n o s o n cosas corpóreas separables.
C o n v i v e n en u n o s m i s m o s i n d i v i d u o s y se diferencian p o r la distinta
d i r e c c i ó n de su ideal lingüístico: los regionalismos s u p o n e n a t e n c i ó n a l o
i n m e d i a t o , espíritu de campanario, y t a m b i é n cariño a l o peculiar; la l e n -
gua general tiene espíritu de universalidad y aspira a una validez supe-
rior a la puramente local. La c u l t i v a n y enriquecen en todos los países los
h o m b r e s de letras, de negocios, de aventura, de apostolado [...] Las per-
sonas que v i v e n en Méjico, el Perú o España, c o m o las de Argentina,
cuanto más cultas son más t i e n d e n a la u n i d a d y u n i f o r m i d a d del i d i o -
ma» («CP», 14-15).

( V ) P o r c o n t e m p l a r la Gramática c o m o f u n c i ó n p r i n c i p a l suya un
«uso c o r r e c t o » d e la l e n g u a , e l a p a r t a d o 6 está d e s t i n a d o a e x p l i c a r la
i d e a d e «corrección», " q u e es la q u e p r e s i d e s i e m p r e la g r a m á t i c a n o r -
mativa", y a establecer diferencias entre 'corrección' y ' p r o p i e d a d e n el
h a b l a r ' , a u n q u e las g r a m á t i c a s n o l o h a g a n . L o s a u t o r e s , a d e m á s d e p r o -
c l a m a r la c o n v e n i e n c i a d e d i s t i n g u i r e n t r e c o r r e c c i ó n y p r o p i e d a d e n e l
h a b l a r , a t i e n d e n a l o q u e e n p a l a b r a s d e E. C o s e r i u ( 1 9 9 5 ) será la norma
de corrección ( l a r e a l i z a c i ó n d e l s i s t e m a d e a c u e r d o c o n la t r a d i c i ó n y
b u s c a n d o s i e m p r e la cohesic>n d e la c o m u n i d a d ) , la norma de lo apro-
piado ( c o n f o r m i d a d c o n las c i r c u n s t a n c i a s d e l d i s c u r s o ) y la norma de
la congruencia ( c o n f o r m i d a d c o n los p r i n c i p i o s del p e n s a m i e n t o y del
mundo):

"Son formas correctas de decir aquellas aceptadas y usadas p o r los


grupos más cultos de la sociedad. Corrección quiere decir aquí prestigio
social de culmra. La i n c o r r e c c i ó n p r o v o c a u n j u i c i o social q u e cae sobre
q u i e n la comete, el cual queda c o m o de educación idiomática deficiente
[...] Conviene distinguir ( a u n q u e las gramáticas n o lo hacen) entre correc-
ción y propiedad al hablar. La propiedad del decir es una adecuación
interna de la frase al pensamiento q u e se ha q u e r i d o expresar; la correc-

100

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

c i ó n es una adecuación externa a las formas admitidas socialmente c o m o


las mejores» («CP», 1 6 - 1 7 ) .

(VI) Entre las directrices d e esta Gramática destaca una acción sobre
las d o s formas d e m a n i f e s t a c i ó n d e la l e n g u a («hablar» y «escribir»). Los
autores p o n e n d e relieve q u e c o n v i e n e distinguir entre «corrección y
propiedad al hablar». C o n esta a c c i ó n conjunta, s e "habla c o n estilo". El
e s c o l a r q u e d o m i n e la e x p r e s i ó n , t a m b i é n s e adiestra e n interpretar acer-
t a d a m e n t e el habla o escrito ajenos, e s decir, o b t i e n e ventajas s o c i a l e s
( a r g u m e n t o s o c i o - p r a g m á t i c o ) . En s u m a , la directriz f u n d a m e n t a l reside
e n q u e el a l u m n o h a b l e y escriba c o n "congruencia", "con p r o p i e d a d " y
"con corrección":

«Además d e poseer c o r r e c c i ó n y p r o p i e d a d , hace falta aprender a


hablar y a escribir c o n desenvoltura, esto es, c o n p o s i b i l i d a d de elegir,
c o n facilidad y c o n d o m i n i o de la expresión. Hablar c o n estas c o n d i c i o -
nes es hablar c o n estilo. Ello s u p o n e la facultad y el acierto d e elegir la
f o r m a más adecuada, n o sólo al pensamiento lógico, sino t a m b i é n a los
valores afectivos, y la más a p r o p ó s i t o para obtener e n el oyente o lec-
tor el efecto deseado.
9 . En suma, la finalidad de esta enseñanza es q u e el a l u m n o a p r e n -
da a hablar y a escribir su p r o p i a lengua c o n c o r r e c c i ó n , f i d e l i d a d al
pensamiento y c o n eficacia.
Es claro q u e u n a enseñanza q u e p r o c u r e al escolar tal d o m i n i o d e la
p r o p i a e x p r e s i ó n l o adiestra t a m b i é n e n interpretar acertadamente el
habla o el escrito ajenos» («CP», 17-18).

(VII) Las gramáticas científicas — l a gramática histórica y la gramá-


tica comparada—, s i e n d o importantes, n o s o n d e gran utilidad e n las
e s c u e l a s y c o l e g i o s . En e s t o s á m b i t o s , la q u e importa e s la gramática nor-
mativa, q u e "consiste e n el sistema d e reglas y n o r m a s para hablar y
escribir el i d i o m a c o n f o r m e al mejor uso "(la cursiva e s nuestra), c o n d i -
c i ó n i n d i s p e n s a b l e para u n p e r f e c c i o n a m i e n t o lingüístico-estilístico:

«10. La gramática normativa, q u e es la q u e i m p o r t a e n las escuelas


y colegios, consiste e n el sistema de reglas y normas para hablar y escri-
bir el i d i o m a c o n f o r m e al mejor uso.
Las normas y reglas de la gramática se refieren siempre a la lengua
general y a su m o d e l o , q u e es la lengua literaria.
Hay además otra clase de gramáticas: las científicas. La gramática his-
tórica investiga y e x p o n e la e v o l u c i ó n secular de u n i d i o m a ; la gramáti-
ca comparada estudia simultáneamente la e v o l u c i ó n c u m p l i d a p o r u n
g r u p o de lenguas de una misma familia, esto es, de u n m i s m o origen»
(«CP», 18).

101

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

3. EL PROGRAMA Y DESARROLLO DE LA GRAMÁTICA PARA HABLAR Y ESCRIBIR EL


IDIOMA CONFORME AL «MEJOR USO»

3.1. U n a gramática concebida para hablar y escribir c o n f o r m e al


«mejor uso», e n o p i n i ó n d e los a u t o r e s , d e b e c o n s t a r d e las s i g u i e n t e s dis-
ciplinas: Sintaxis, Morfología, Estudio del Léxico, Fonética-Ortología y
O r t o g r a f í a . D e e s t e c o n j u n t o d e d i s c i p l i n a s , q u e r e m o s l l a m a r la a t e n c i ó n
s o b r e d o s : la O r t o l o g í a y la O r t o g r a f í a .
A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z U r e ñ a , s i g u i e n d o la t r a d i c i ó n filo-
l ó g i c a e s p a ñ o l a — p r e o c u p a d a y a d e s d e A l f o n s o X el S a b i o p o r "el a r t e
d e h a b l a r y escribir c o r r e c t a m e n t e " — d e f i n e n la O r t o l o g í a c o m o u n a d i s -
c i p l i n a " n o r m a t i v a q u e t r a t a d e la r e c t a p r o n u n c i a c i ó n d e u n a lengua;
informa sobre las v a r i e d a d e s sociales y regionales de los sonidos, y
aconseja s o b r e las q u e d e b e n u s a r s e y l a s q u e d e b e n e v i t a r s e " («CP»,
127). N o dejan de sorprender las n u m e r o s a s explicaciones detalladas
s o b r e la p r o n u n c i a c i ó n c o r r e c t a d e d e t e r m i n a d o s g r u p o s d e consonan-
t e s o l a d i f e r e n c i a c i ó n e n t r e 11 / y , q u e c o r r e s p o n d e n a d o s fonemas
diferentes:

a) E n el u s o lingüístico los a u t o r e s r e g i s t r a n v a r i a c i o n e s considera-


d a s p e l i g r o s a s (la simplificación d e d e t e r m i n a d o s g r u p o s d e consonan-
t e s ) o m o l e s t a s (la a s p i r a c i ó n d e s e n final d e s í l a b a ) ; las variaciones
peligrosas d e b e n r e c h a z a r s e y las variaciones m o l e s t a s d e b e e n s e ñ a r s e a
evitarlas:

« 2 2 5 . E n t o d o s l o s p a í s e s d e l e n g u a c a s t e l l a n a , el h a b l a p o p u l a r s i m -
plifica l o s g r u p o s d e c o n s o n a n t e s c o n s t i t u i d o s p o r u n a o d o s q u e c i e r r a n
u n a s í l a b a y u n a ( s o l a o s e g u i d a d e r o / ) q u e inicia la s í l a b a s i g u i e n t e .
Las c o n s o n a n t e s p u e d e n s e r i d é n t i c a s (innumerable) o distintas (ómni-
bus, doctor, doctrina, obstáculo). La p r o n u n c i a c i ó n v u l g a r d i c e inumera-
ble, ónibus, dotor, ostáculo .
En c a s o s especiales, las d o s c o n s o n a n t e s se c o n v i e r t e n v u l g a r m e n t e
e n u n a n u e v a ( p o r r e s b a l a r , refalar, p o r r a s g u ñ o , rajuño ...).
El h a b l a d e las p e r s o n a s c u l t a s r e c h a z a e s t a s p r o n u n c i a c i o n e s c o n s i -
d e r á n d o l a s c o m o s i g n o d e i n f e r i o r i d a d ; p o r l o t a n t o e n la e s c u e l a d e b e n
corregirse con especial atención.
2 2 6 . La a s p i r a c i ó n d e la sen final d e s í l a b a (bojquepor bosque, ejto
p o r esto) o c u r r e e n g r a n p a r t e d e E s p a ñ a y A m é r i c a .
Bojque y ejto n o p r o d u c e n g e n e r a l m e n t e t a n t a i m p r e s i ó n d e i n c u l t u -
ra c o m o dotor o esamen, p e r o d e t o d o s m o d o s d e b e e n s e ñ a r s e a e v i t a r -
lo, s o b r e t o d o p a r a la l e c t u r a y p a r a h a b l a r e n p ú b l i c o .

102

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

M u c h o más grave es la supresión total de la s, c o m o e n lo pane, p o r


los panes [...] La supresión de la 5 debe corregirse c o n especial cuidado»
(«CP», 180).

b ) C o m o e l « b u e n uso» d e la l i n g u o p a l a t a l , l a t e r a l , s o n o r a e n a m p l i a s
r e g i o n e s d e l d o m i n i o d e h a b l a e s p a ñ o l a registra u n «uso vario o reparti-
do» ( p u e d e a p a r e c e r r e a l i z a d a c o m o l i n g u o p a l a t a l , fricativa, s o n o r a ) , los
a u t o r e s intentan ejercer u n a influencia r e g u l a d o r a s o b r e el u s o correcto:

« 227. G r a n parte de España y varias regiones de América p r o n u n -


cian 11 y y c o m o dos sonidos distintos. H a y regiones de la Argentina
d o n d e esa d i f e r e n c i a c i ó n es usual e n el habla corriente de toda la p o b l a -
c i ó n o de parte de ella. En otras regiones argentinas la d i s t i n c i ó n n o es
usual e n el habla familiar, p e r o muchas personas consideran q u e debe
hacerse e n la lectura y al hablar e n p ú b l i c o . En la escuela, pues, el
a l u m n o debe aprender a diferenciar // de y e n su p r o n u n c i a c i ó n , a f i n de
disponer fácilmente de este recurso c u a n d o lo considere conveniente»
(«CP», 180 - 181).

La O r t o g r a f í a — " e l a r t e d e l e t r a s " — " s e l l a m a , d e a c u e r d o c o n l o s


e l e m e n t o s g r i e g o s q u e f o r m a n e s t e n o m b r e , la r e c t a e s c r i t u r a d e las p a l a -
b r a s . P o r e x t e n s i ó n s e l l a m a o r t o g r a f í a , a d e m á s , al e s t u d i o s i s t e m á t i c o d e
la e s c r i t u r a c o n t o d o s s u s s i g n o s , t a n t o l o s q u e r e p r e s e n t a n s o n i d o s
c o m o l o s q u e r e p r e s e n t a n a u x i l i o s p a r a l a l e c t u r a " («CP», 1 9 5 ) . L o s a u t o -
r e s t a n s ó l o l l a m a n la a t e n c i ó n s o b r e el u s o d e la l e t r a c u r s i v a , u s o d e
las comillas, u s o d e las m a y ú s c u l a s , r e g l a s d e a c e n t u a c i ó n , diéresis, sig-
n o s d e p u n t u a c i ó n y e n t o n a c i ó n , s i l a b e o y a b r e v i a t u r a s («CP», 1 9 6 - 2 1 4 ) .

3.2. P a r t i e n d o s i e m p r e d e l p r i n c i p i o d e l «uso correcto», c u y o s m o d e -


los s o n los 'mejores escritores', p r o p o n e n c o m o tareas y actividades del
c u i d a d o d e l a l e n g u a : ( a ) E j e r c i c i o s s o b r e p a s a j e s c o n c r e t o s d e la l e n g u a
e s c r i t a o d e l a o r a l y ( b ) E x a m e n e s t i l í s t i c o d e f r a g m e n t o s . El p r o g r a m a
d e la a c t i v i d a d d e l c u i d a d o d e la l e n g u a ( u t i l i z a n c o n f r e c u e n c i a el v e r b o
cuidar, p o r ej. e n «CP»,l67) s e m a n i f i e s t a , p r e f e r e n t e m e n t e , e n la r e a l i -
z a c i ó n d e EJERCICIOS GRAMATICALES —ejercicios orales y escritos, e n
los q u e s i e m p r e se parte d e pasajes c o n c r e t o s d e escritores de
Hispanoamérica o españoles, de épocas pasadas o contemporáneos—,
e n la crítica d e l o s a b u s o s l i n g ü í s t i c o s y e n la c e n s u r a d e «errores» y « a b u -
sos», e n t r e l o s c u a l e s p o d e m o s e n c o n t r a r e l e m e n t o s l i n g ü í s t i c o s c o m o
a r c a í s m o s y d i f e r e n t e s faltas c o n t r a la «propiedad». Los a u t o r e s d a n e x p l i -
caciones detalladas d e usos semánticos y morfosintácticos que, en algu-
nas ocasiones, están provistas sólo d e u n débil acento normativo o p u e -

103

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

d e n c o n t e n e r d i s p o s i c i o n e s c l a r a s d e a p o y o a la n o r m a . C o n t o d o , e n l o s
análisis c o r r e s p o n d i e n t e s e n c o n t r a m o s dificultades, p u e s , las fronteras,
e n la p r á c t i c a , s o n f l u c t u a n t e s . P u e d e servir c o m o ejemplo este frag-
mento:

«EJERCICIO GRAMATICAL.-Utilizando las listas de verbos q u e h e m o s


d a d o en la lecciones anteriores, y otros q u e los a l u m n o s p u e d a n aducir,
señalar q u é verbos p u e d e n c o n s t m i r su p a r t i c i p i o c o n ser y q u é verbos
l o p u e d e n c o n s t m i r c o n estar, y, c u a n d o u n v e r b o pueda construir su
p a r t i c i p i o c o n los dos auxiliares, explicar cuál es e n cada caso el matiz
respectivo de significación.
Este ejercicio se ha de hacer f o r m a n d o oraciones c o n sentido claro,
y, a ser posible, c o n u n sentido q u e se pueda referir a una situación c o n -
creta.
C o n oraciones de esta calidad, hacer construcciones paralelas de
estar y de ser c o n el m i s m o adjetivo, y analizar su diferente significado
c o n f o r m e al sentimiento q u e los a l u m n o s mismos tienen de la lengua»
(«SC», 124).

3.3- C u a n d o e n el u s o l i n g ü í s t i c o s e r e g i s t r a n c o n f u s i o n e s o altera-
c i o n e s , e s decir, c u a n d o n o s e n c o n t r a m o s n o a n t e u n «buen u s o cons-
tante», s i n o a n t e u n « b u e n u s o v a r i o o repartido», los a u t o r e s , partiendo
de determinados p r i n c i p i o s lingüísticos y estilísticos, y, e n c a l i d a d de
e x p e r t o s , f o r m u l a n REGLAS. P o r r a z o n e s d e e s p a c i o , ú n i c a m e n t e seña-
l a r e m o s tres e j e m p l o s :

3 . 3 . 1 . R E G L A S P R Á C T I C A S P A R A EL U S O C O R R E C T O D E ALGU-
NOS PRONOMBRES

a) D e s p u é s d e h a b e r a n a l i z a d o los c a s o s d e los p r o n o m b r e s p e r s o -
nales " q u é se e m p l e a n p a r a el c o m p l e m e n t o directo y p a r a el c o m p l e -
m e n t o indirecto" y d e r e c h a z a r las c o n f u s i o n e s o a l t e r a c i o n e s q u e s e p r o -
d u c e n e n Castilla, p a r t i e n d o d e a r g u m e n t o s d e c a r á c t e r h i s t ó r i c o , i n t e n -
t a n ejercer u n a influencia r e g u l a d o r a d e l « b u e n uso» c o n e s t a s reglas:

«108. REGLAS PARA EL USO CORRECTO. - Le es aceptado c o m o


c o m p l e m e n t o directo a la par de lo; n o así les a la par de los. a u n q u e es
de uso p o p u l a r en Castilla, n o ha l o g r a d o imponerse e n la lengua culta.
N o se debe decir, pues, "yo les v i " o "tú les guías" e n vez de "los v i " o
"los guías"» («SC», 92).

104

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

b) Después d e estudiar los p r o n o m b r e s interrogativos y los pro-


n o m b r e s r e l a t i v o s , c o n e l fin d e d i s t i n g u i r l o s e n l a p r o n u n c i a c i ó n , ela-
boran estas reglas prácticas:

«116. REGLAS PRÁCTICAS.- Los p r o n o m b r e s interrogativos se distin-


g u e n de los relativos e n la p r o n u n c i a c i ó n p o r q u e llevan acento; e n la
escritura, igualmente: quién, qué, interrogativos; quien, que, relativos. La
e x c e p c i ó n es cual, q u e c o m o interrogativo lleva acento p r o s ó d i c o p e r o
n o ortográfico (el cual, lo cual...). E n la p r o n u n c i a c i ó n debe evitarse el
error, m u y frecuente, de p o n e r acento e n relativos c o m o quien, donde,
cuando, cuanto: "le d i j o cuanto quiso"!...] Cuyo es relativo y posesivo a
la vez : equivale a "de q u i e n " ("aquel cuyos bienes heredé"); debe evi-
tarse, p o r l o tanto, el error de e m p l e a r l o c o m o equivalente de el cual:
"aquel l i b r o , c u y o l i b r o es mío", es incorrecto, e n vez de "me reclamaban
aquel l i b r o ; el cual libro ...» («SC», 99).

3 - 3 . 2 . R E G L A S P R Á C T I C A S P A R A EL U S O C O R R E C T O D E L O S V E R -
BOS

E n l a s d i s p o s i c i o n e s n o r m a t i v a s s o b r e la m o r f o l o g í a d e l o s v e r b o s ,
regulares e irregulares, c o m o "hay m u c h a s incorrecciones que deben
evitarse", los autores utilizando e x p r e s i o n e s d e obligación absoluta, del
t i p o « d e b e n evitarse», o v a l o r a c i o n e s d e l t i p o «indebidamente», «error»,
hacen una enumeración d e las p r i n c i p a l e s « i n c o r r e c c i o n e s q u e deben
evitarse»:

«183. REGLAS PRÁCTICAS.- En el uso de los verbos hay muchas


incorrecciones q u e d e b e n evitarse. Son las principales:
1. Conjugar c o m o regulares verbos q u e s o n irregulares c o m o apre-
tar [...] Son incorrectas las p r o n u n c i a c i o n e s corrientes: erra p o r yerra,
engrosa, p o r engruesa, coló p o r cuelo.
2. Conjugar c o m o irregulares verbos q u e son regulares, c o m o enre-
dar, aprender [...]en q u e indebidamente se hacen d i p t o n g o s ; deber, cuyo
potencial no debe contraerse (debería y n o debría); mecer, q u e i n d e b i d a -
mente se asimila a los del t i p o aparecer (mezco, mezca e n vez de la
f o r m a correcta mezo, meza ...); inmiscuir, etcétera.
3. A t r i b u i r a unos verbos irregularidad q u e s o n de otros: e n haber,
haiga, e n huir, buiga, a semejanza de traiga, caiga, oiga, o, al revés [...]
4. Cambiar de lugar el acento e n formas c o m o hayamos, vayamos,
durmamos, queramos, d i c i e n d o incorrectamente hayamos, vayamos,
duérmanlos [...]

105

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. D O C A R M O H E N R Í Q U E Z S A L I D O

5. Confundir los verbos terminados en -ear con l o s terminados en -


iar conjugándolos parejamente: paseo, cambeo..., pasié, cambié, siendo
lo correcto paseo y cambio, paseé y cambié.
6. Errores aislados, como el de hacer doble la r d e queramos, dicien-
do querramos, por influencia de querremos .
7. Placer se conjuga hoy como del cuarto tipo de irregularidades:
plazco, plazca, etc. Pero antiguamente el presente de subjuntivo era
plega. Esta forma todavía la usan algunos escritores, pero es u n error en
que no pocos caen el convertirla en plegué [...]
8. Hay verbos de formas vacilantes, ambas admitidas, como l o s infi-
nitivos amoblar y amueblar, adestrar y adiestrar. Las más corrientes son
las diptongadas» («SC», 146 - 147).

4. R E S U M E N D E LOS M É T O D O S D E C O D I F I C A C I Ó N

4 . 1 . S e g ú n afirma Dagmar F r i e s ( 1 9 8 9 : 1 2 6 ) , el m o d e l o de clasifica-


c i ó n de actitudes s e g u i d o e n s u e s t u d i o "ha demostrado s e r eficaz e n el
a n á l i s i s de las gramáticas de la Academia, y podría s e r ú t i l e n el e s t u d i o
de otras gramáticas n o r m a t i v a s " . E n este trabajo s i algo i n t e n t a m o s dejar
b i e n claro, es que la Gramática de A m a d o A l o n s o y P e d r o H e n r í q u e z
U r e ñ a debe i n c l u i r s e dentro de l a s gramáticas n o r m a t i v a s . E s esta la
r a z ó n fundamental que n o s lleva a s e g u i r el m o d e l o de clasificación de
actitudes p r o p u e s t a s p o r Dagmar F r i e s , aunque n u e s t r a a p r o x i m a c i ó n al
p r o b l e m a , obviamente, tiene que s e r m u c h o m e n o s ambiciosa, ya que
realizar u n i n v e n t a r i o y el a n á l i s i s completo de t o d o s l o s e j e m p l o s e x i -
g i r í a m u c h a s más páginas. P o r otra parte, como ya h e m o s advertido, al
efectuar e l a n á l i s i s c o r r e s p o n d i e n t e encontramos dificultades para d e l i -
mitar con exactitud el f e n ó m e n o , p u e s e n la práctica puede s e r enmar-
cado dentro de diferentes apartados.
L o s m ú l t i p l e s f e n ó m e n o s registrados l o s o r d e n a m o s e n d o s grandes
g r u p o s , de m o d o general, y a la v e z u n o de e l l o s l o s u b d i v i d i m o s en
otros dos:

4 . 1 . 1 . L a Gramática contiene, p o r u n lado, descripciones puras, es


decir, pasajes n o acentuados normativamente. A esta manera de p r e s e n -
tar l a s cosas, s e r e c u r r e , cuando, s e g ú n la o p i n i ó n de l o s autores, a l o s
respectivos f e n ó m e n o s l i n g ü í s t i c o s , n o v a n asociadas dificultades espe-
ciales. P o d r í a n s e r v i r como e j e m p l o s :

a) « 1 8 2 . D O B L E S A C E N T U A C I O N E S . - Hay ciertas palabras que se


han usado en la lengua hablada, y también en la literatura, ya con u n

106

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

acento, y a c o n o t r o . La Academia Española, atenta al uso a u t o r i z a d o p o r


los b u e n o s escritores, ha a d m i t i d o la d o b l e acentuación e n muchas d e
ellas: parásito y parásito, fárrago y fárrago, cónclave y conclave, présa-
go y presago, orgia y orgía, utopia y utopía, bálano y batano, pelícano
y pelicano, pábilo y pabilo, prócero y procero, cíclope y ciclope...
El a l u m n o debe saber q u e p u e d e encontrar e n la literatura ambas
acentuaciones, p e r o e n el uso actual u n a es la b u e n a , o , e n t o d o caso, la
Academia indica siempre cuál es la q u e prefiere, m e d i a n t e el reenvío,
c o m o e n U T O P I A , f. Utopia • («CP», 150).

b ) «184. LOS NOMBRES PROPIOS GRIEGOS.- Es i m p o r t a n t e c o n o -


cer su recta acentuación, p o r q u e e n t o d o ambiente c u l t o aparecen c o n
frecuencia los n o m b r e s famosos d e la historia, d e la literatura y d e la
m i t o l o g í a griegas. E n nuestras épocas clásicas y preclásicas, casi todos los
n o m b r e s p r o p i o s griegos recibían d o b l e acentuación: Penélope y
Penelope, Pentecostés y Pentecostés. E n todas partes se tiende ahora a
s u p r i m i r estas vacilaciones, fijando m u c h o s d e estos n o m b r e s p r o p i o s
c o n el acento q u e tenían e n griego.
D e b e decirse Atropo y n o Átropos, Aulis o Áulide y n o Aulide,
Deméter y n o Démeter, Diotima y n o Diótima, Eufrates y n o Eufrates,
[...] Leónidas y n o Leónidas, Policleto y n o Polícleto, Zoé y n o Zoé- («CP»,
151).

4 . 1 . 2 . P o r o t r o l a d o s e p u e d e n r e g i s t r a r d i f e r e n t e s disposiciones nor-
mativas, q u e c a b e s u b d i v i d i r e n disposiciones de apoyo a la norma y dis-
posiciones conformadoras de la norma. P o r disposiciones de apoyo a la
norma, s i g u i e n d o a D a g m a r Fríes (1989: 123 - 124) e n t e n d e m o s las q u e
los autores utilizan p a r a apoyar, frente a desviaciones existentes, u n u s o
lingüístico q u e c o n s i d e r a n ejemplar.

4 . 1 . 2 . 1 . Disposiciones de apoyo a la norma. Esta clase d e d i s p o s i c i o -


n e s s e d i s t i n g u e p o r la a p a r i c i ó n d e u n a o v a r i a s d e l a s s i g u i e n t e s c a r a c -
terísticas:

A ) V a l o r a c i o n e s d e l t i p o «correcto» / «incorrecto»; « b u e n o » / «malo»,


e t c é t e r a . E n e l t e x t o a p a r e c e n e x p r e s a d a s p o r c o n s t r u c c i o n e s c o m o «Es
c o r r e c t o d e c i r » , « N o s e d e b e d e c i r » , «Es l o c o r r e c t o » , «Se c o m e t e i n c o r r e c -
c i ó n » , « H a y q u e e v i t a r » , «Es i n c o r r e c t o » , «Se c o n s i d e r a i n c o r r e c t o » , «Se e s t i -
m a n c o m o i n c o r r e c t a s » o p o r c o n s t r u c c i o n e s d e l t i p o «Es d e g e n t e i g n o -
r a n t e » , «La l e n g u a c u l t a l o s r e c h a z a » , «Es c e n s u r a b l e » , «Es d i s p a r a t a d o » , « D a
a i r e rústico». El n ú m e r o d e ejemplos es muy numeroso, únicamente
seleccionamos los q u e consideramos m á s representativos:

107

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

a ) «Es l o c o r r e c t o » :

« 1 8 1 . LA E T I M O L O G Í A Y EL USO.- La m a y o r parte de las buenas


acentuaciones c o r r e s p o n d e n al acento e t i m o l ó g i c o , el q u e la palabra
tenía en su lengua originaria. Pero n o p o r eso hay q u e tomar la e t i m o l o -
gía c o m o guía infalible, pues muchas palabras han a f i r m a d o su p r o n u n -
ciación c o n c a m b i o de acento. Los clásicos españoles todavía decían, p o r
e j e m p l o , reptil, pensil, cercen, estertor, c o n f o r m e a su acento latino; h o y ,
a u n q u e sea a n t i e t i m o l ó g i c o , es l o correcto acentuar reptil, pensil, cercén,
estertor, p o r q u e esa es la p r o n u n c i a c i ó n afianzada en el uso.
En el m i s m o caso están proyectil, textil, vértigo, rúbrica, púdico,
palabras q u e según la etimología serían llanas, o imbécil, q u e p o r la eti-
m o l o g í a sería aguda. Se ha acentuado hasta ahora médula, contra la eti-
mología; recientemente se advierte u n a creciente preferencia p o r acen-
tuar medula, f o r m a q u e la escuela p u e d e recomendar- («CP», 149 - 150).

b ) «Se c o m e t e i n c o r r e c c i ó n » :

«185. FORMAS C O N A C E N T O Y SIN A C E N T O .- H a y en el i d i o m a


cierto n ú m e r o de formas dobles, q u e desempeñan distinto o f i c i o grama-
tical, según l l e v e n o n o acento p r o s ó d i c o [...] C o m o estas formas t i e n e n
distinto valor p r o n u n c i a d a s c o n acento o sin acento, es particularmente
i m p o r t a n t e distinguirlas b i e n en cada caso, p o r q u e al n o hacerlo, n o sólo
se comete i n c o r r e c c i ó n , sino t a m b i é n i m p r o p i e d a d . A ú n más, el reducir
cada pareja a u n a sola f o r m a , n o prestando c u i d a d o n i a la diferente p r o -
n u n c i a c i ó n n i al diferente significado, es u n grave e m p o b r e c i m i e n t o del
i d i o m a , una lamentable p é r d i d a de recursos para expresar el p e n s a m i e n -
t o c o n f i d e l i d a d y en sus diferentes matices. Entre nosotros está m u y
extendida la p r o n u n c i a c i ó n v u l g a r q u e iguala cada pareja de formas, p r o -
nunciándolas siempre c o n acento, tanto c u a n d o realmente s o n acentua-
das c o m o c u a n d o n o l o son. Los profesores harán a los a l u m n o s u n ser-
v i c i o de verdadera i m p o r t a n c i a v i g i l á n d o l o s c o n s u m o c u i d a d o , n o sólo
en los días a q u e corresponda esa l e c c i ó n , sino durante t o d o el t i e m p o
q u e estén bajo su enseñanza, para corregirles las igualaciones indebidas,
hasta q u e adquieran c o m p l e t a seguridad e n el uso acentuado y n o acen-
t u a d o de estas formas» («CP», 151 - 152).

c ) «Son i n c o r r e c t a s » :

« 1 0 9 . CORRECCIÓN DE ERRORES.- 1) Hay q u e evitar el e m p l e o de


le c o n valor de p l u r a l , c o m o e n "dale recuerdos a mis amigos": d e b e
decirse "dales", puesto q u e el p r o n o m b r e se refiere a los amigos.
2) Después de frases c o m o "yo les d i g o la verdad", se oye a veces
confirmarla y reforzarla c o n esta otra: "sí, y o se las digo"; o b i e n : "yo les
d i el regalo; sí y o se los d i " . Son incorrectas las formas "yo se las d i g o " ,

108

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRIQUEZ URENA

"yo se los d i " : debe decirse "se la digo", "se l o d i " . La causa d e l error es
que se—que está e n lugar de les— n o da i m p r e s i ó n de p l u r a l , y c o m o
n o es posible agregarle la s, p o r q u e n o existe el p l u r a l ses, se la traslada
al p r o n o m b r e siguiente; p e r o este segundo p r o n o m b r e n o debe recibir­
la, p o r q u e se refiere a objetos singulares: "la verdad", "el regalo".
3) O t r o error grave consiste en agregar n a los p r o n o m b r e s q u e v a n
u n i d o s (enclíticos) a verbos e n i m p e r a t i v o : siéntense?!, párensen, demen,
atájenlon [...] Las formas correctas son: siéntense, párense, denme, atá-
jenlon,[...]
4 ) Existe la tendencia, q u e debe evitarse, a n o usar las formas refle­
xivas acentuadas de tercera persona: se dice "se l o llevó c o n él", "se l o
a p r o p i ó para él". D e b e decirse "se lo l l e v ó consigo", "se l o a p r o p i ó para
sí"» (.SC-, 93).

d ) «Se e s t i m e n i n c o r r e c t a s » :

«Esta absorción se realizaba t a m b i é n e n la antigua palatal x ( p r o ­


nunciada c o m o sh inglesa o ch francesa), m o d e r n a m e n t e convertida e n
la velar y: de ahí q u e todavía se p r o n u n c i e dijeron ( a n t i g u o d i x - e r o n ) , tra­
jeron ( a n t i g u o trax-eron), y que se estimen incorrectas formas c o m o
dijieron, trajieron» («SC», 137).

e ) «La l e n g u a c u l t a l o s r e c h a z a » :

«En el habla p o p u l a r se forma el p l u r a l e n -ses (cafeses, manises,


sofases) p e r o la lengua culta los rechaza c o m o incorrectos. Sin e m b a r g o ,
los gramáticos a d m i t e n desde hace t i e m p o el p l u r a l maravedises junto a
maravedís y maravedíes, y e n los siglos de o r o se aceptaban e n la litera­
tura formas c o m o alelises.» («SC», 68).

0 «Es d e g e n t e i g n o r a n t e » :

«71. En castellano n o hay más q u e dos n ú m e r o s , singular y p l u r a l .


Otras lenguas t i e n e n el d u a l , que indica dos i n d i v i d u o s ; otras d i s t i n g u e n
t a m b i é n el triall...] En castellano sólo ha s o b r e v i v i d o una palabra del a n t i ­
g u o d u a l , ambos , que ahora se trata c o m o p l u r a l . Es de gente ignorante
incurrir e n confusiones c o m o ambos tres y ambos cuatro- («CP», 63).

B) Las e x p r e s i o n e s d e u n a n e c e s i d a d a b s o l u t a , d e u n a o b l i g a c i ó n y
d e sus correlatos: fórmulas d e imposibilidad absoluta y prohibiciones.
R a s g o s d e e s t e t i p o a p a r e c e n e n f ó r m u l a s c o m o « H a y q u e » , «Ha d e d e c i r ­
se», «Se h a d e u s a r » o c o n l a p e r í f r a s i s v e r b a l D E B E R + I n f i n i t i v o c o n un
claro significado de obligación en fórmulas como «No d e b e decirse»,
« D e b e evitarse». « D e b e corregirse», el a l u m n o « D e b e a p r e n d e r » , e t c é t e r a :

109

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

a ) «No se d e b e decir»:

«A los comparativos y superlativos c o n t e r m i n a c i ó n p r o p i a o f o r m a


especial n o se les debe anteponer palabras c o m o tan, más, menos, muy,
c u a n d o la c o m b i n a c i ó n n o p u e d e hacerse entre esas mismas palabras y
el adjetivo e n su f o r m a simple. N o se debe decir más peor c o m o la gente
rústica, p o r q u e equivaldría a 'más más malo' [...] Hay tolerancia para las
c o m b i n a c i o n e s c o n ínfimo y mínimo , p e r o los escritores realmente c u i ­
dadosos las evitan. En c a m b i o , es correcto decir " m u c h o mejor" e q u i v a ­
lente a " m u c h o más b u e n o " y "tanto mejor", equivalente a "tanto más
bueno» («CP», 58).

b ) « D e b e evitarse»:

«Debe evitarse el m a l uso q u e se hace de algunos adverbios : hablar


despacio, p o r hablar quedo, paso, bajo, en voz baja ; hoy p o r poco antes
( e n frases c o m o "lo d i j o hoy", c o n l o q u e se quiere significar "lo d i j o hace
p o c o " o "desde hoy", c o n l o q u e se quiere significar 'desde hace rato');
atrás p o r detrás ("está atrás" p o r "está detrás"; "lo h i r i ó de atrás" p o r "lo
h i r i ó p o r detrás"); adelante , p o r delante ("adelante del maestro" p o r
"delante del maestro").
Las formas apocopadas de adverbios se a n t e p o n e n a los adjetivos
("tan grande", " m u y grande") p e r o n o a los verbos: "tanto habló", " m u c h o
dijo", "cuánto tiene". N o debe decirse, pues, "tan es así", sino "tanto es
así". T a m p o c o se debe m o d i f i c a r la f o r m a de los adverbios c o m o si f u e ­
ran adjetivos: los adverbios son palabras invariables [...] O t r o error q u e
d e b e evitarse es el de construir ciertos adverbios de lugar c o n posesivos,
en vez de construirlos c o n preposiciones y p r o n o m b r e s personales : n o
debe decirse "cerca mío" sino" cerca de mí", n i "detrás t u y o " sino "detrás
de t i " , n i "delante suyo" sino "delante de él" [...] Este error d e b e evitarse
t a m b i é n c o n relación a la p r e p o s i c i ó n contra: n o debe decirse "contra
mío" sino "contra mí" o b i e n " e n contra mía" d o n d e contra es sustanti­
vo» («CP», 71 - 72).

«169. El lenguaje c o r r i e n t e hace referencia a estas cualidades:


"Hablar alto" es hacerlo e n t o n o s a g u d o s o altos, s u b i e n d o la v o z e n la
escala de los s o n i d o s . "Hablar bajo" es hacerlo e n t o n o s graves o bajos.
A veces se d i c e "hablar alto" p o r "hablar fuerte", p o r q u e h a b l a r e n
t o n o s más altos y hablar c o n m a y o r i n t e n s i d a d se e q u i v a l e n e n su
m a y o r p e r c e p t i b i l i d a d : "hable usted más alto" q u i e r e decir "hable u s t e d
de m o d o q u e y o oiga mejor".
"Hablar de prisa" y "hablar despacio" es p r o n u n c i a r m u c h a s o
pocas palabras e n la u n i d a d de t i e m p o . D e b e evitarse la c o n f u s i ó n
entre "hablar bajo" y "hablar despacio": es vulgar» («CP», 141).

110

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA G R A M Á T I C A CASTELLANA D E A M A D O A L O N S O Y PEDRO H E N R Í Q U E Z UREÑA

b ) «Debe corregirse» :

«Y los dos elementos c o m p o n e n t e s llevan acento c o m o si fueran


palabras separadas: blanda mente, admirable mente, completa mente.
D e b e corregirse el hábito, m u y generalizado e n la Argentina, de p r o -
nunciar estos adverbios s u p r i m i e n d o el p r i m e r acento» («CP», 144).

«En todas partes, t a m b i é n , se advierte la tendencia culta a corregir


estas p r o n u n c i a c i o n e s defectuosas, p e r o , al hacerlo, debe evitarse el caer
en falsas correcciones, que son siempre más lamentables q u e las i n c o -
rrecciones.
D e b e corregirse cuidadosamente decir peano p o r piano, geráneo p o r
geranio, espúreo por espurio [...] Sobre t o d o ha de evitarse el v u l g a r i s m o ,
m u y e x t e n d i d o , de conjugar el presente de estos verbos terminados e n -
zar c o m o si fueran e n -ear.» («CP», 165).

c) «Hay q u e evitar» :

«110. O R D E N DE LOS PRONOMBRES CONCURRENTES.- C u a n d o


c o n c u r r e n dos p r o n o m b r e s c o m p l e m e n t a r i o s inacentuados, d e b e n obser-
varse reglas sobre el o r d e n e n que se colocan:
1. C u a n d o el c o m p l e m e n t o directo es lo o la o los o las, el c o m p l e -
m e n t o i n d i r e c t o , sea o n o reflexivo, va delante: "él m e los entrega",
"nosotros se l o decimos" [...]
En Castilla, además, es frecuente e n estas c o m b i n a c i o n e s emplear le
en vez de lo ; p e r o la lengua de las demás regiones hispánicas n o l o ha
a d o p t a d o , n i siquiera e n la literatura [...] H a y q u e evitar el error vulgar de
colocar me o te delante de se -. son formas incorrectas, pues, "me se o l v i -
dó", "te se fué"» («SC», 93 - 94).

C) Las «marcas diasistemáticas», e s decir, i n d i c a c i o n e s s o b r e el u s o


restringido d e u n f e n ó m e n o lingüístico perteneciente sólo a determina-
das variedades regionales o sociales, d e t e r m i n a d o s registros, etcétera.
Los autores e l a b o r a n explicaciones detalladas d e u s o s orales, s e m á n t i c o s
o morfosintácticos regionales, dialectales q u e se d e b e n corregir, e n
beneficio del uso general y correcto:

a) U s o oral :

«De estas falsas acentuaciones, algunas s o n m u y usadas p o r las per-


sonas de cultura vacilante e n todos los países de nuestro i d i o m a ; otras
nos interesan p o r usarse especialmente e n Buenos Aires; otras e n las p r o -
vincias argentinas; otras v i e n e n e n los libros y periódicos. El a l u m n o n o
sólo debe corregir las malas acentuaciones q u e tenga, sino t a m b i é n p r e -
caverse de caer er>. otras. Para eso debe saber m u y conscientemente dis-

111

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

tinguir la acentuación de las palabras dudosas. La m a y o r parte de las fal-


sas acentuaciones se han o r i g i n a d o en falsas semejanzas, y para evitar
toda posible caída en ellas l o mejor es despertar la conciencia del a l u m -
n o sobre los casos de vacilación [...] Hay palabras referentes al m u n d o
universitario, o propias del lenguaje literario, cuya falsa acentuación
esdrújula resulta p o r eso m i s m o más chocante: decano, diploma [...]

1 7 9 - Estos son esdrújulos equivocados. En c a m b i o , otras palabras


esdrújulas se acentúan erróneamente c o m o llanas p o r el v u l g o y, más
aún, p o r las personas de cultura media insegura» («CP», 148 - 149).

«En algunas comarcas rurales de Argentina la a de los d i p t o n g o s ai


(correctos e incorrectos) se p r o n u n c i a c o n una d e f o r m a c i ó n del t i m b r e ,
q u e parece acercarse al de e : réis, Raféil, quéido. Inversamente, la e del
d i p t o n g o ei se p r o n u n c i a e n algunas comarcas tan abierta q u e casi suena
c o m o a-, asaite (aceite); paine, vainte.
Estas p r o n u n c i a c i o n e s rústicas d e b e n ser corregidas insistentemente,
según se i n d i c ó en § 176» («CP», 165).

«Los argentinos cultos tienen claramente la tendencia a p r o n u n c i a r


estas palabras de acuerdo c o n el acento ortográfico, período, olimpíada,
austríaco, etc. En España, en c a m b i o , la p r o n u n c i a c i ó n culta (salvo casos
de afectación) ha a d m i t i d o ya sin resistencia las p r o n u n c i a c i o n e s amo-
niaco, periodo, olimpiada y aun alveolo. Véase T O M Á S NAVARRO,
Manual de pronunciación española, § 152» («CP», 1 6 6 ) .

b) Usos morfosintácticos:

«En su o r i g e n el pretérito c o m p u e s t o se distinguía b i e n del pretérito


simple, y todavía m a n t i e n e n la d i s t i n c i ó n regiones c o m o Navarra, A r a g ó n
y parte de Castilla la Vieja (además, los escritores de todas partes); p e r o
m o d e r n a m e n t e existe la tendencia a f u n d i r los usos : mientras en M a d r i d
se prefiere el pretérito perfecto y se emplea para significaciones q u e
antes correspondían al pretérito simple ("el año pasado m e he c o m p r a -
d o una casa", p o r e j e m p l o , en vez de "me c o m p r é " , en gran parte de
América se hace l o contrario: "salió hoy", en vez de "ha salido hoy". En
nuestras provincias andinas, el uso c o i n c i d e c o n el de M a d r i d , y n o c o n
el porteño» («SC», 154 - 155).

«199. Las formas en -ara, -era [...] M o d e r n a m e n t e , en M a d r i d se


e m p l e a n en el potencial c o m p u e s t o las formas hubiese , hubieses..., y de
allí, p o r i m i t a c i ó n han pasado a la lengua escrita de todas partes: "yo
hubiese d i c h o ' p e r "habría d i c h o " L..J Este uso n o p u e d e considerarse
correcio.

112

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRIQUEZ URENA

Se comete, además, en el norte de España y América, el error c o n -


trario: emplear las formas del potencial c o m o de s u b j u n t i v o : "si y o vería"
p o r "si y o viera" [...] D e b e evitarse.
Las formas en -ara, -era tienen todavía o t r o tercer e m p l e o : el de p r e -
térito pluscuamperfecto de i n d i c a t i v o [...] Este e m p l e o , q u e se explica
p o r q u e en latín estas formas correspondían realmente al pluscuamper-
fecto, y q u e era n o r m a l en épocas pasadas, sobrevive ahora c o m o afec-
tación, y en general l o evitan los mejores escritores y hasta los poetas, a
pesar de q u e el lenguaje p o é t i c o ha conservado m a y o r n ú m e r o de for-
mas arcaicas q u e la prosa. Todavía es m a y o r error emplear estas formas
del s u b j u n t i v o c o n valor de simple pretérito de indicativo: "Se ha confir-
m a d o la noticia que este diario diera".

200 . El futuro de subjuntivo expresa siempre el h e c h o c o m o c o n -


tingente: "si fuere necesario, se hará"; "si viniere, háblenle". A c t u a l m e n t e
n o se emplea en la lengua hablada, salvo u n o q u e o t r o lugar, y se usa
p o c o en la lengua escrita. La lengua hablada lo sustituye generalmente
c o n el presente de indicativo: "si es necesario"; "si viene". La lengua escri-
ta procede de igual m o d o ; p e r o a veces, aspirando a mantener el f u t u r o
de s u b j u n t i v o , los q u e escriben usan en su lugar el pretérito i m p e r f e c t o
y d i c e n " si viniera, háblenle", "si fuera necesario, se hará": en estos casos
es incorrecto usar el pretérito en lugar del f u t u r o ; en la d u d a , debe pre-
ferirse el presente de indicativo» («SC», 155 - 156).

c) U s o s s e m á n t i c o s :

«En el Río de la Plata se usa además en lugar de recientemente, con


el significado de 'acabar de': "salió recién" (acaba de salir). Todavía tiene
aquí recién otros usos regionales: "recién mañana se sabrá" se dice e n
b u e n castellano " n o se sabrá hasta mañana".
Estos usos son desconocidos en las otras naciones de lengua espa-
ñola. El ú n i c o uso general y correcto es el q u e consiste en a n t e p o n e r l o
al participio» («SC», 161).

«221. En cada u n o de los países d o n d e se habla español hay frases


adverbiales de uso puramente local, q u e n o llegan hasta la lengua gene-
ral. Así, en la Argentina, a gatas c o n el significado de 'apenas', a la mise-
ria 'en estado miserable', de gusto c o n el significado de 'sin m o t i v o ' .
Una de éstas, de o r i g e n brasileño según parece, es desde ya, c o n el
significado de 'desde ahora' o 'desde luego': los gramáticos, hasta ahora,
la consideran incorrecta, y los grandes diarios de Buenos Aires la pros-
criben.
Es de o r i g e n italiano (altro che ...') la e x p r e s i ó n 'otro que', seguida
de sustantivo o adjetivo, para indicar que la cosa o el h e c h o es m u y dis-
t i n t o de lo que se s u p o n e : esta l o c u c i ó n n o ha pasado del habla vulgar.

113

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

Es e q u i v o c a d o construir adverbios de lugar c o n p r o n o m b r e s posesi-


vos. Las formas correctas s o n detrás de mí (y n o 'atrás m í o ' ) , delante de
ti (y n o 'adelante t u y o ' ) , cerca de él, o de ella, o de ellos, o de ellas (y
n o 'cerca suyo'), lejos de nosotros (y n o 'lejos nuestro')» («SC», 171).

4.1.2.2. Disposiciones conformadoras de la norma. E n e s t o s casos


compete a los autores como expertos f o r m u l a r reglas. Esto sucede,
s e g ú n parece, c u a n d o t a m b i é n e n el uso lingüístico de los representan-
tes d e la n o r m a se r e g i s t r a n v a r i a c i o n e s c o n s i d e r a d a s p e l i g r o s a s o m o l e s -
tas, es d e c i r , c u a n d o , e n p a l a b r a s d e l o s a u t o r e s , n o s e n c o n t r a m o s no
ante u n «buen u s o constante», s i n o ante u n «buen u s o v a r i o o repartido».
A n t e estos c a s o s , l o s a u t o r e s se i n d e p e n d i z a n f r e n t e al u s o y , p a r t i e n d o
de d e t e r m i n a d o s p r i n c i p i o s lingüísticos y estilísticos, i n t e n t a n ejercer u n a
i n f l u e n c i a r e g u l a d o r a s o b r e é l . Las c a r a c t e r í s t i c a s d e estas d i s p o s i c i o n e s
se v e n e n la p r o p u e s t a d e n o r m a s o r e g l a s p r á c t i c a s , c o m o h e m o s s e ñ a -
l a d o a n t e r i o r m e n t e , p o r esta r a z ó n s o l a m e n t e a ñ a d i r e m o s u n ejemplo
más:

«233- A l verbo, la p r e p o s i c i ó n a p u e d e subordinarle el complemento


directo si es de persona: 'veo « J u a n ' ; 'veo al q u e m e habla'. Pero e n fra-
ses c o m o 'llamen u n m é d i c o ' , 'busco sirvientes', se s u p r i m e la p r e p o s i -
c i ó n aLinque el c o m p l e m e n t o sea de persona, p o r q u e n o se refiere a u n a
previamente c o n o c i d a sino a una de una clase, c o m o la de los m é d i c o s
o sirvientes. En c a m b i o hay usos de la p r e p o s i c i ó n a ante c o m p l e m e n t o
directo q u e n o es de persona: 1, en 'llamar « l a muerte', 'el déspota teme
a la p l u m a del historiador', p o r q u e el c o m p l e m e n t o directo está p e r s o n i -
ficado; 2, en l e teme c o m o al fuego' n o hay p r o p i a m e n t e p e r s o n i f i c a c i ó n
del f u e g o , p e r o p o r l o menos se le ve c o m o u n animal; 3, e n ' o i g o a m i
p e r r o ladrar', 'recuerdo a B o t a f o g o , el gran caballo': los animales familia-
res o b i e n c o n o c i d o s se i n d i v i d u a l i z a n c o m o personas; p e r o si n o se les
individualiza se dice 'veo la vaca', 'traigo el caballo'» («SC», 183 - 184).

5. CONCLUSIONES

5 . 1 . Esta g r a m á t i c a , c o m o la d e B e l l o , — y así l o h a s e ñ a l a d o Ramón


T r u j i l l o ( 1 9 8 1 : 2 1 ) e n s u e d i c i ó n c r í t i c a — es u n a g u í a d e l u s o q u e al
m i s m o t i e m p o t i e n e su p r o p i a teoría, destinada a los h i s p a n o a m e r i c a n o s
y a t o d a la c o m u n i d a d q u e h a b l a e l m i s m o i d i o m a , " n u e s t r o i d i o m a [ q u e ]
se l l a m a e s p a ñ o l y c a s t e l l a n o " ( « C P » , 11). L o s m ó v i l e s , c o n s e c u e n t e m e n -

114

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
LA GRAMÁTICA CASTELLANA DE AMADO ALONSO Y PEDRO HENRÍQUEZ UREÑA

te, y a n o v a n a s e r e s t r i c t a m e n t e los e s c o l a r e s , s i n o la c o h e s i ó n d e t o d o s
los u s u a r i o s q u e h a b l a n e s a l e n g u a . Esta o b r a , al igual q u e la d e A. Bello,
c o m o y a h e m o s m a n i f e s t a d o , o b e d e c e a m ó v i l e s p o l í t i c o s , p o r e s t a r la
n a c i ó n constituida p o r t o d o s los q u e u s a r o n (la tradición) y los q u e u s a n
e s t e i d i o m a . El m ó v i l p o l í t i c o a s o c i a d o a l l e n g u a j e — e n p a l a b r a s d e E .
C o s e r i u (1987)—, c o n s t i t u y e u n factor a t e n e r e n c u e n t a c u a n d o s e e s t u -
d i a u n t e x t o c o m o e l p r e s e n t e , t a n t o e n el p l a n o d e la " l e n g u a común"
( c o m o afirmación d e u n a forma c o m ú n elegida entre diversas formas d e
la m i s m a l e n g u a h i s t ó r i c a ) , c o m o e n e l p l a n o d e la " l e n g u a ejemplar"
( c o m o afirmación d e u n a ejemplaridad idiomática frente a otras ejem-
plaridades posibles).

5.2. E n l a Gramática, c o m o ya h e m o s probado, p o d e m o s encontrar


principios metodológicos destacados muchos años m á s t a r d e p o r E.
Coseriu, e n el s e n t i d o d e q u e "el e s p a ñ o l d e A m é r i c a n o p u e d e estu-
d i a r s e c o m o tal, s i n o d e n t r o d e l c u a d r o g e n e r a l d e la d i a l e c t o l o g í a e s p a -
ñola y en comparación c o n todo el español de España —antiguo y
m o d e r n o , literario y corriente, c o m ú n y dialectal, g e n e r a l y r e g i o n a l — " .

5.3- T a m b i é n e s t á n b i e n m a n i f i e s t o s p r i n c i p i o s s o b r e «la n o r m a » q u e ,
en nuestra opinión, son claramente a n t i c i p a d o r e s d e la t e o r í a d e E.
C o s e r i u ( 1 9 6 7 , 1995): l a n o r m a d e c o r r e c c i ó n , l a n o r m a d e l o a p r o p i a d o
y la n o r m a d e la c o n g r u e n c i a . Los a u t o r e s t i e n e n s i e m p r e m u y p r e s e n t e
la ' d i m e n s i ó n d e ó n t i c a d e l l e n g u a j e ' .

5.4. E s t e t e x t o p r e s e n t a t o d a s l a s c a r a c t e r í s t i c a s d e c u a l q u i e r g r a m á -
tica n o r m a t i v a ; e n este c a s o c o n c r e t o los a u t o r e s b u s c a n proporcionar
«un s i s t e m a d e r e g l a s y n o r m a s p a r a h a b l a r y e s c r i b i r el i d i o m a confor-
m e a l m e j o r u s o » , p o r e s t e m o t i v o fijan o i n t e n t a n fijar l a n o r m a s i e m p r e
c o n ejemplos y reglas prácticas, t o m a n d o c o m o m o d e l o los textos d e los
b u e n o s escritores. O t r o objetivo importante, dirigido a conseguir el ' u s o
c o r r e c t o ' d e la l e n g u a , e s p o t e n c i a r y c o n s e r v a r la u n i d a d d e l r o m a n c e
n a c i d o e n l a v i e j a C a s t i l l a , e l e s p a ñ o l g e n e r a l , q u e «va r e c i b i e n d o v i d a d e
todos los h o m b r e s cultos d e nuestras naciones».

5.5. L o s m é t o d o s , d i r i g i d o s a c u i d a r y c o r r e g i r l a e x p r e s i ó n o r a l y
escrita, e s t á n c o n c e b i d o s p a r a a b a r c a r d o s c a m p o s d e actividad : u n a
a c c i ó n s o b r e la m i s m a l e n g u a — u n a l e n g u a sujeta a n o r m a s y r e g l a s —
y u n c u i d a d o d e la i m a g e n d e e s a l e n g u a .

115

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...
MA. DO CARMO HENRÍQUEZ SALIDO

5 . 6 . L o s a u t o r e s , s i n e m b a r g o , al c o n c e b i r e l e s p a ñ o l c o m o u n s i s t e -
m a l i n g ü í s t i c o u n i t a r i o , e n lugar de u n c o n j u n t o de sistemas, n o con-
t e m p l a n q u e e l m o d o d e h a c e r s e d e esta l e n g u a p u e d a a d m i t i r t a m b i é n
varias normas. A m a d o A l o n s o y Pedro H e n r í q u e z Ureña, g u i a d o s siem-
p r e p o r la a u t o r i d a d d e A n d r é s B e l l o — c l a r a m e n t e e x p l í c i t a e n s e c u e n -
cias c o m o "... c o n l o s q u e o b t u v o h a c e u n s i g l o A n d r é s B e l l o , e l más
g e n i a l d e l o s g r a m á t i c o s d e la l e n g u a e s p a ñ o l a " , "la v e n e r a b l e r u t i n a d e
q u e se l a m e n t a b a B e l l o " ( Primer Curso, p . 7 ) o " e n la c o d i c i a b l e c o m -
p a ñ í a d e B e l l o " ( Primer Curso, p . 8 ) y d e la R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a y
sus p u b l i c a c i o n e s — l l e g a n a situar casi c o m o única norma (como
m o d e l o ) , la n o r m a c a s t e l l a n a , e n d e t r i m e n t o d e la n o r m a s e v i l l a n a u
o t r a s n o r m a s p o s i b l e s d e las n a c i o n e s d e Hispanoamérica.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A L O N S O , A m a d o , y HENRÍQUEZ UREÑA, Pedro. 1 9 3 8 . Gramática castellana, 2 ts.


B u e n o s Aires: Losada.
BELLO, Andrés. 1 9 8 1 [ 1 8 4 7 ] . Gramática de la lengua castellana destinada al uso
de los americanos E d i c i ó n crítica de R a m ó n T r u j i l l o , Instituto Universitario
de Lingüística Andrés B e l l o , A u l a de Cultura de Tenerife,
COSERIU, Eugenio. 1 9 6 9 [ 1 9 6 7 ] . "Sistema, n o r m a y habla". Teoría del lenguaje y
lingüística general. M a d r i d : Gredos, 1 1 - 1 1 3 .
COSERIU, Eugenio. 1 9 8 7 . "Lenguaje y política". El lenguaje político (Coordinador:
M a n u e l A l v a r ) . M a d r i d : F u n d a c i ó n Friedrich Ebret y el I n s t i t u t o de
C o o p e r a c i ó n Iberoamericana, 1 8 - 2 7 .
COSERIU, Eugenio. 1 9 9 5 . "A língua literaria". Agália, 4 1 , 5 7 - 6 0 .
FRÍES, D a g m a r . 1 9 8 9 - La Real Academia Española ante el uso de la lengua (1713-
1973) • M a d r i d : SGEL, S.A.

116

CAUCE. Núm. 20-21. ENRÍQUEZ SALIDO, MªA do Carmo. La gramática castellana de Amado ...

También podría gustarte