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As Emanações Divinas

As Dez Sefirot
Uma sefirá (pl. “Sefirot”) é um canal de energia Divina ou força de vida. Se
descrevem na literatura cabalística um total de 11 sefirot, mas sendo que duas
delas (keter e daat), representam diferentes dimensões de uma mesma força, a
tradição fala geralmente só de 10.
A ordem e o significado das sefirot são a seguinte:

Keter “Coroa”
Chochmá “Sabedoria”
Biná “Entendimento”
Daat “Conhecimento”
Chessed “Bondade”
Gevurá “Poder”
Tiferet “Beleza”
Netsach “Vitória”
Hod “Esplendor”
Iesod “Fundamento”
Malchut “Reino”

As sefirot representam seqüencialmente as distintas etapas do processo criativo,


por meio do qual D-us gerou desde o mesmo núcleo de Seu ser infinito a
progressão de reinos, os quais culminam no nosso universo físico finito. Como
grupo coexistente, as sefirot constituem os componentes interativos de uma única
estrutura metafísica ou espiritual, cuja expressão “genética” pode ser reconhecida
em todos os níveis, e dentro de todos os aspectos da Criação.

Subjacente ao aspecto puramente estrutural-funcional da sefirá, há uma força


motivacional oculta, que é melhor entendida através de sua comparação com
alguns estados psico-espirituais da alma humana. A forma em que o chassidismo
expõe sd sefirot, consiste basicamente na articulação destes estados, e na
exploração do rol que eles jogam no serviço do homem à D-us neste mundo.

A configuração das sefirot é descrita graficamente nos textos cabalísticos com um


esquema de três eixos paralelos (kavim) em sentido vertical, representado cada um
deles, um modo de influência Divina dentro da Criação. A literatura se refere em
forma diversa a esta configuração: como sulam (escadas), ets (árvore), ou Tselem
Elohim (suprema “imagem de D-us”). De acordo com esta última designação, a
configuração das sefirot sugere a do corpo humano, já que como está escrito na
Bíblia, o homem foi feito à imagem e semelhança de D-us. Desta maneira, cada
sefirá é associada com um membro ou um órgão particular, coincidente com sua
posição na estrutura anatômica das sefirot.
Keter – coroa

Biná – entendimento Chochmá – Sabedoria

Daat – Conhecimento

Gevurá – Poder Chessed – Bondade

Tiferet – Beleza

Hod – agradecimento Netsach – Vitória

Iesod – Fundamento

Malchut - Reino

A interação entre as distintas sefirot é representada através de uma rede de


tsinorot (canais) interconectados, que ilustra o fluxo de energia Divina que permeia
a Criação. Estas conexões sugerem vários subgrupos, cada um refletindo uma
dinâmica comum entre as sefirot que incluem. Uma divisão inicial das sefirot,
identifica a chochma, biná e daat (ou alternativamente Keter), como pertencentes a
um subgrupo cuja dinâmica é puramente emotiva; e netsach, hod e iesod a um
subgrupo cuja dinâmica é instintiva e pragmática. Malchut pode ser visto tanto
como um apêndice deste último subgrupo ou como uma entidade independente,
recebendo sua energia daqueles que o precedem.

Outra forma de dividir as sefirot é em partsufim (“perfis ou rostos”. Um partsuf é


uma figura metafórica de similaridade humana, usada para representar a
elaboração de uma sefirá individual ou grupo de sefirot, dentro de uma
configuração independente, incluindo dentro de si mesma as dez sefirot. De acordo
com a cabalá, as sefirot Keter, Chochmá, Biná e Malchut possuem cada uma dos
partsufim inter-relacionados; enquanto que as seis sefirot desde Chessed até Iesod,
formam seu próprio e independente par de partsufim.
Keter
“Coroa”

Keter, a primeira das dez sefirot, corresponde ao reino da superconsciência da


experiência, e esta se corresponde com a imagem de uma “coroa”, o que sugere
uma aura rodeando a própria consciência.

Na configuração das sefirot, Keter aparece no ápice do eixo central.

O Zohar estabelece: “A coroa suprema (Keter Elion) é a coroa do Reino (Keter


malchut)”. A primeira, a mais elevada das emanações Divinas (Keter), é então
conectada com a última (malchut).
A palavra Keter = 620. Este número, é o total dos mandamentos que D-us ordenou
ao povo de Israel, as 613 Mitsvot da Torá escrita, junto com as 7 mitsvot da Torá
Oral. O texto da Torá onde se relatam os Dez Mandamentos, está composto por 620
letras, de modo que cada uma das 620 mitsvot estão incluídas nos Dez
Mandamentos. Na Cabala, o segredo dos 620 Mandamentos é que de Keter (=620)
são projetados “620 pilares de luz” que servem para conectar o “teto” de Keter”
com o “piso” malchut. Estes pilares de luz acompanham as almas de Israel que
cumprem devotamente a vontade (keter) do Rei dos Reis, o Santo Bendito Seja
(Malchut).

A sefirá de Keter se desenvolve dentro dos partsufim (“perfis”). Seu partsuf


externo, chamado Arich Anpin (“o Rosto extendido”), corresponde ao poder
supraconsciente de ratson (“desejo ou vontade”) na alma. O partsuf interno,
conhecido como Atik Iomin (“o Ancião de Dias”), corresponde ao poder
correspondente de taanug (“prazer”) na alma.

As sete sefirot inferiores de Atik Iomin se “incluem” dentro do partsuf de Arich


Anpin, (prestando deste modo o prazer como uma força motivadora primária
conduzindo a vontade). As três sefirot superiores de Atik Yomin, as quais não se
“incluem” em Arich Anpin, representam o inalterado prazer supraconsciente de
emuná (“fé”), derivado da experiência do enraizamento essencial de um, dentro da
Divindade.

Por outra parte, a cabalá fala das três Reshin (“cabeças”) de keter, referido no
Zohar (Deuteronônio 288ª) e o Arizal como: Reisha d’Arich (“a cabeça extendida”),
correspondente à força de ratson, Reicha d’Ain (“a cabeça da nulidade”),
correspondente à força de taanug; e Reisha d’lo Itiadá (“a cabeça incognicível”),
correspondente à força de emuná.

Estas três “cabeças” correspondem aos três significados da palavra keter em


hebraico. Somando ao significado de “coroa”, a raiz hebraica da palavra keter
significa também “esperar” e “rodear”.

O significado “esperar” corresponde à “a cabeça incognoscível” de keter, pois que


esperamos com fé completa, esse nível de Divindade essencial de D-us
completamente oculto e encoberto a nossa consciência deste mundo, que vem a ser
revelado na consciência do mundo vindouro.

O significado “coroa”, corresponde em particular à “a cabeça da nulidade”, a fonte


de prazer Divino na alma. A “coroa” simboliza o poder espiritual de receber e
integrar na própria consciência o prazer da revelação Divina, como nossos sábios
expressam com respeito ao mundo vindouro: “Os justos se sentam com suas
coroas em suas cabaças e recebem o prazer da radiação da presença Divina”
(Tratado Kalá Rabatí 2:3).
O significado “rodear” corresponde à “a cabeça estendida” o nível de desejo ou
vontade suprema. O poder da vontade “rodeia” ou envolve todos os poderes
conscientes da alma (correspondente às emanações Divinas de Chochmá a
Malchut). Os força a manifestar-se de acordo com suas diretivas.

Três Reishin Força “Significados de Como se reflete


Keter” em D-us

Reisha d’lo Itiada Emuná “aguardar” D-us é tudo, Tudo


é D-us

Reisha d’Ain Taanug “Coroa” Onipresença

Reisha d’Arich Ratson “Reodear” Onipotência

O poder da vontade, ou seja, “a cabeça estendida” de keter, reflete a onipresença


de D-us. Por sua parte o estado Divino de prazer, “a cabeça de Nulidade” de keter,
reflete a Onipresença de D-us, (“a radiação da presença Divina”). Fé perfeita, “a
cabeça incognoscível” de keter, reflete a verdade de que “D-us é tudo, e tudo é D-
us”.

Chochmá
“SABEDORIA”

Chochmá, a segunda das dez sefirot, é o primeiro poder consciente do intelecto na


Criação.

Chochmá aparece na configuração das sefirot no topo do eixo direito e corresponde


ao tselem Elohim ao hemisfério direito do cérebro.

Em sua forma completamente articulada, chochmá possui dois partsufim: o de nível


superior é conhecido como Aba Ilaá (“o pai superior”), enquanto que o de nível
inferior como Israel Saba (“Israel, o Avô”). Estes dois partsufim juntos são
conhecidos como Aba (“O Pai”).

Chochmá é associada na alma com o poder do conhecimento intuitivo, uma idéia,


resplandecendo através da consciência como Brilhos. O partsuf de aba Ilaá é
associado com o poder de extrair espontaneamente essa idéia desde o reino da
supra consciência, enquanto que o partsuf de Israel Saba é associado com o poder
de dirigir essa idéia até a consciência.

A sabedoria de Chochmá também implica a habilidade de observar profundamente


em algum aspecto da realidade e extrair sua essência conceitual, até que um
alcança descobrir sua verdade axiomática subjacente. Estas sementes de verdade
podem logo ser transportadas ao poder que acompanha a chochmá, chamado biná,
procurando uma análise intelectual e seu desenvolvimento.

Chochmá é a força primária (“princípio”) no processo criativo, como está dito:


“Você fez tudo com sabedoria”. A primeira palavra da Torá, Bereshit, “No princípio”
(“D-us criou os céus e a terra”). É traduzido como “Com chochmá” (“D-us criou...”).
Chochmá tem valor numérico (gematria normal) = 73 (o 22º número primo). Em
numeração ordinal, chochmá = 37 (o ponto médio de 73; o número primo 13º). Em
numeração pequena, chochmá = 19 (o ponto médio de 37; o número primo 9º; 9
mais 13 = 22). O número pequeno final de chochmá é 1.

O valor numérico completo deste primeiro versículo da Criação: “No princípio D-us
criou os céus e a terra” = 2701 = a soma de todos os números desde 1 até 73 (é
dizer o “triângulo de 73”) = 37 vezes 73. A última parte do versículo, “e a terra” =
703 = a soma de todos os números desde 1 até 37 = 19 vezes 37.

A palavra chochmá é citada no Zohar (Números 220b) como coach ma, “o poder de
auto-anulação”. Este poder não só envolve o poder da auto-anulação em si mesmo,
mas o grande poder criativo que a auto-anulação contém. “O Paladar de auto-
anulação”, é a habilidade da alma de “saborear” Divindade em virtude do próprio
estado de auto-anulação, como está dito (Salmos 34:9): “Provai e vede que D-us é
bom”. Em geral, o sentido da visão se conecta com chochmá (dos brilhos
resplandecentes citados mais acima). Deste versículo aprendemos que há um
sentido interno, espiritual de saborear que está inerte a chochmá, que precede e
desperta o sentido da visão.

O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à sefirá de


chochmá é o de bitul (auto-anulação).

Biná
“ENTENDIMENTO”

Biná é a terceira das dez sefirot, e o segundo poder consciente do intelecto na


criação.

Biná aparece na configuração das sefirot no topo do eixo esquerdo, e corresponde


ao Tselem Elohim, ao hemisfério cerebral esquerdo.

Em sua forma completamente articulada, biná possui dois partsufim: o superior se


conhece como Ima Ilaá (“A mãe superior”), enquanto que o inferior é chamado
Tevuná (“compreensão”). Estes dois partsufim em conjunto são chamados Ilma (“A
mãe”).

Biná é associado na alma com o poder de análise conceitual e racionamento; por


um lado indutivo e por outro dedutivo. O partsuf de Ima Ilaá é associado em
particular com o poder de captar e compreender as idéias de Chochmá, enquanto
que Tevuná representa o poder de assimilar completamente na própria consciência,
as idéias resultantes.

A “compreensão” de biná, implica também na habilidade de examinar o grau de


verdade ou falsidade inerente em uma idéia em particular. Jó expressa isto como
(12:11 e 34:3): “o louco examina as palavras”. O louco, o sentido da audição é
associado com biná. “Ouve, oh YIsrael...” (deuteronômio 6:4), significa
“Compreende....” as letras iniciais da frase: “O louco examina as palavras” formam
a palavra Emet, “verdade”.

Outra característica que se identifica com a propriedade de Biná é a habilidade de


explicar e elucidar conceitos tanto a um mesmo como a todos os demais. Por esta
razão é simbolizado na cabalá como “o rio extenso”.
A palavra Biná deriva da raiz gramatical bem, que significa “entre”. O poder de Biná
é distinguir e diferenciar entre idéias. Biná mesmo é o segundo “cérebro” entre
chochmá e daat.

A união de chochmá e biná (“a união superior” na cabalá), o “pai” e a “mãe” (os
hemisférios direito e esquerdo do cérebro) é contínua, e no Zohar se encontra
insinuada ao expressar: “dois companheiros que nunca se separam”. Essa união é
necessária para a recriação contínua do mundo (começando com o nascimento dos
sete atributos do coração, correspondente aos sete dias da Criação, desde o ventre
da “mãe”, biná).

A união de Chochmá (73) e biná (67) = 140. 140 é a soma do quadrado dos
números de 1 a 17. Isto reflete a origem dos sete atributos do coração (os dias da
criação), os 7 filhos, em seu máximo estado de perfeição (o quadrado de um
número, representa um estado perfeito do ser) na mente do “pai” e “mãe”.

O estado espiritual identificado no Chassidismo, como correspondente à sefirá de


biná é o de Simchá (alegria).

Daat
“CONHECIMENTO”

Daat é o terceiro e último poder consciente do intelecto dentro da Criação.

Geralmente, daat é contada dentro das sefirot só quando não está keter. Isto se
deve ao fato de que daat representa a reflexão de (a dimensão interior) keter
mesmo dentro do reino da consciência (como foi explicado anteriormente). De aqui
que Daat aparece na configuração das sefirot no eixo central, diretamente abaixo
de keter, e corresponde ao Tselem Elohim ao cerebelo (parte posterior do cérebro).

Daat está associada na alma com os poderes da memória e da concentração,


poderes que se baseiam no próprio “reconhecimento” (hakará), e “sensitividade”
(hurgesh) da significação potencial daquelas idéias geradas na consciência através
dos poderes de chochmá e biná. A sensitividade em si mesma, deriva da conexão
com a origem supraconsciente da alma.

Em geral, daat opera em dois níveis: O nível superior conhecido como daat Elion
(“conhecimento superior”) ou daat haneelam (“o conhecimento oculto”), que serve
para assegurar a continuidade do nexo entre os dois poderes superiores do
intelecto – chochmá e biná, e o nível inferior referido como daat tachon
(“conhecimento inferior”) ou daat hamitpashet (“conhecimento que se extende”),
que serve para conectar o intelecto como um todo com o reino da emoção, o que
acrescente à própria determinação, resolvendo atuar em concordância coma as
verdades que um há incorporado na consciência.
Daat Elion Conhecimento Supremo

Daat haneelam Conhecimento oculto

Daat tajton Conhecimento inferior

Daat hamitpashet Conhecimento que se extende

Está dito deste nível de Daat (Provérbios 24:4): “Os quatos estão cheios com Daat”.
“Os quartos” são as câmaras do coração, as emoções da alma (como está insinuado
na palavra Cheder,”quarto” que é um acrônimo de Chesed Din Rachamim, as três
emoções primárias da alma). A consciência interior de Daat enche estes quartos e
lhes dá vida, como a alma no corpo.

No Zohar, este nível de daat é conhecido como “a chave que inclui seis”. A “chave”
de daat abre as seis câmaras (atributos) do coração e lhes enche de força vital.
Cada uma das seis câmaras, quando se enchem com daat, nos insinua uma deá
(“atitude”, da raiz de daat) particular da alma.

Daat – 474, Deá = 79; 474 = 6 vezes 79 – daat que inclui (e gera) 6 deot.

O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à sefirá de


daat é ichud (“unificação”).

Chessed
“BONDADE, CARINHO”

Chessed é a quarta das dez sefirot, e o primeiro dos atributos emotivos inerente à
Criação.

Aparece na configuração das sefirot no eixo direito, diretamente abaixo de


Chochmá e corresponde no tselem Elohim ao “braço direito”.

Chessed é associado na alma com o desejo de abraçar a Criação toda e agraciá-la


com sua bondade. Como a força expansiva que impele a alma a conectar-se com a
realidade exterior, chessed inspira e, portanto, implicitamente acompanha outras
expressões de foca emotiva, que se sucedem na alma.
Chessed é o primeiro “dia” da Criação. Foi criado bela luz da
bondade e carinho para tudo. O primeiro dia na Torá é chamada de "dia um"
(iom echad, Gênesis 1:5). A consciência Divina deste dia é que tudo na Criação é
um, como abraçado pelo amor, pela Unicidade do Criador. (echad, "um" = 13 =
Ahava, "amor").

Está dito acerca deste dia: “Dia(s) em que D-us ordenou Sua bondade” (salmos
42:9). A singular forma em que está escrito “(dia(s), iomam, implica, de acordo
com as palavras do Zohar: “o dia que acompanha todos os dias”. Daqui
aprendemos que o primeiro dia, o dia da bondade, “acompanha” e irradia sua luz a
todos os demais dias da Criação.

Chessed = 72 = 2 vezes 6², e 6² representa o estado perfeito das seis emoções do


coração, que se correspondem com os seis dias da Criação.
2 vezes 6² representa a harmonia e o amor perfeito dentro da Criação, “como o
rosto se reflete na água (o símbolo físico básico de Chessed), assim também o
coração do homem para o homem” (Provérbios 27:19).

O Zohar fala de 72 “pontes” de amor (equivalente aos 72 Nomes ocultos de D-us)


que conectam em forma conjunta e em perfeita harmonia, à realidade existente.

O Chassidismo se identifica o estado espiritual correspondente à sefirá de Chessed


com ahavá (amor).

Guevurá
“PODER”

Guevurá é a quinta das dez sefirot e o segundo dos atributos emotivos da Criação.

Guevurá aparece na configuração das dez sefirot no eixo esquerdo, diretamente


abaixo de biná e corresponde no tselem Elohim ao “braço esquerdo”.

Guevurá está associada na alma com o poder de restringir as próprias necessidades


inatas de brindar benevolência aos demais, quando o receptor de tal bem é julgado
indigno dele, e propenso a dar-lhe um uso incorreto. Como força que mede e avalia
a importância e o valor da Criação, guevurá é conhecida na Cabalá como midat
hadin (“o atributo do juízo”), É o poder de restringir que possui guevurá, que
permite a um vencer a seus inimigos, tanto externos como internos (visto este
último como sua própria inclinação para o mal).

Chessed e guevurá atuam conjuntamente para criar um balanço interno na


aproximação da alma ao mundo exterior. Enquanto que o “braço direito” de
chessed se ocupa de cercar os outros, o “braço esquerdo” de guevurá, se reserva à
opção de repelir aquilo que é considerado injusto. (Também, aqueles que
inicialmente há uma relação do “braço esquerdo que quebra”, um deve aplicar a
continuação no princípio complementário do “braço direito que abraça”).

Finalmente, o poder de guevurá, se converte no poder e energia que implementa o


próprio desejo inato de chessed. Unicamente com o poder de guevurá, é capaz
chessed de penetrar na tosca e suficiente superfície da realidade.

Guevurá = 216 = 6³. As tábuas do testemunho que Moisés recebeu no monte Sinai,
mediam 6x6x6 palmos. A Torá foi dada à Moisés e ao povo de Israel desde “a Boca
da Guevurá”. É muito significativo que não é usado por nossos sábios nenhuma
outra sefirá para referir-se à D-us em Si Mesmo, salvo de guevurá (Na Bíblia, D-us
é referido como “netsach [Eternidade] de Israel” (1 Samuel 15:29), mas não
Netsach de forma isolada). Aqui, guevurá implica no poder essencial de D-us, de
contrair e concentrar Sua luz infinita, e materializá-la em letras finitas da Torá
(especialmente aquelas talhadas nas tábuas do testemunho, os Dez Mandamentos).

216 (guevurá) = 3 vezes 72 (chessed). Cada um dos 72 Nomes ocultos de D-us


possui três letras, sendo no total 216, cujo significado é inerente às palavras e os
nomes. O “significado” final de cada um expressa Seu amor de uma maneira
especial. Os componentes de cada palavra e cada nome, os “ladrilhos” da Criação,
são as letras que se combinam para formar palavras. As letras são “fatias” da
“matéria prima” da “procriação” (o segredo de reshimu, a “impressão” da luz
infinita de D-us que está depois do ato inicial de tsimtsum, “A contração inicial”)
refletem a guevurá de D-us.
As mãos que trabalham juntas para formar a realidade, chessed (72) mais guevurá
(216) = 288 = 2 vezes o quadrado de 12. Também 288 é o número de nitsotsot,
“fagulhas” (que caíram desde o cataclismo primordial da “ruptura dos recipientes”),
as quais permeiam toda a realidade criada. Através do “esforço duplo” de chessed e
guevurá, não só para formar a realidade, sim para retificá-la (com os dois conceitos
de o braço esquerdo que separa enquanto o direito abraça), essas fagulhas caídas
são redimidas e elevadas para voltar a unir-se com sua verdadeira fonte original.
Em sentido geral, este é o segredo da vinda do Mashiach, e a ressurreição dos
mortos.

O estado espiritual identificado no chassidismo como correspondente à sefirá de


guevurá é a Irá (temor).

Tiferet
“BELEZA”

Tiferet é a sexta das dez sefirot e o terceiro dos atributos emotivos da Criação.

Tiferet aparece na configuração das sefirot no eixo central, diretamente abaixo de


daat (ou de keter, quando se exclui daat), e corresponde no Tselem Elohim à parte
superior do tronco (em particular, o coração).

Tiferet está associada na alma com o poder de redimir ou reconciliar as inclinações


conflitivas de chessed e guevurá, assim como também permitir brindar compaixão,
pelo que se a identifica na cabalá como midat harachamim (“o atributo de
misericórdia”). A beleza de tiferet, se manifesta através da mescla elegante dos
gestos emotivos implícitos em sua expressão.

A Raiz de tiferet, pode conotar também o ato de orgulhar-se e como tal representa
o orgulho que tem D-us, como se foi, por seu povo Israel. Quando servimos e
louvamos a D-us desde uma consciência de tiferet, o fazemos com a intenção de
renovar este orgulho.

Tiferet = 1081, a soma de todos os números de 1 a 46 (triângulo de 46). 46 =


Levi, o terceiro dos filhos de Jacó, correspondente ao terceiro dos atributos do
coração, tiferet. A tribo de Levi, (a “eleita” das tribos de Israel, como Jacó mesmo,
o terceiro dos patriarcas – tiferet – é o “eleito” dos patriarcas) se divide em dois, os
Cohanim (sacerdotes) e s Leviim (Levitas). Do momento que tiferet que se
encontra na linha média se conecta e balanceia as duas linhas esquerda e direita,
deve possuir em si mesma dois “lados”. O lado direito de tiferet (sua inclinação ou
tendência para chessed) é personificado pelos Cohanim, enquanto que o lado
direito, (para guevurá) é personificado pelos Leviim.

A união das três emoções primárias do Coração, chessed (72) guevurá (216) e
tiferet (1081) = 1369 = 37². Este é o número de letras no capítulo da Torá que
precede os Dez Mandamentos, onde se descreve a preparação do povo de Israel
para receber a Torá. A Torá em si mesma corresponde à sefirá de tiferet. Ela foi
dada a Israel com as duas mãos de D-us, chessed e guevurá. Este é o valor
numérico da conclusão do segundo versículo da Torá (Genesis 1:2): “E o espírito de
D-us se movia sobre a superfície das águas” (=1369). “As águas” simbolizam a
Torá. O espírito de D-us que se movia sobre a superfície das águas simboliza a
porção da Torá que precede a entrega da Torá.

37 = hevel (“vapor”; Abel, o filho de Adão e Eva). Nossos sábios nos ensinam que:
“A Torá deste mundo é hevel em comparação com a Torá do mundo vindouro”.
O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à sefirá de
tiferet é o de rachamim (misericórdia).

Netsach
“VITÓRIA”

Netsach é a sétima das dez sefirot e o quarto dos atributos emotivos dentro da
Criação.

Aparece na configuração das sefirot no eixo direito, diretamente abaixo de chessed


e corresponde no Tselem Elohim à perna direita.

Netsach está associada na alma com o poder de vencer aqueles obstáculos que se
encontram no caminho da realização e das próprias aspirações de chessed,
outorgar bondade à Criação. Do momento que a palavra netsach denota tanto
“vitória” como “eternidade”, se pode decidir que a vitória definitiva de netsach é
sobre a morte mesmo, o impedimento final da realização de chessed.

Antes de matar a Agag o rei do povo de Amalek, o profeta Samuel disse: “E além
disso Netsach de Israel [D-us], não vai a enganar nem vai a apiedar-se, porque Ele
não é um homem para apiedar-se” (1 Samuel 15:29). “Apiedar-se” significa mudar
de opinião. A sefirá de netsach se mantém firme para sempre e nunca se apieda.
Netsach não é um mortal (“não é um homem”) que teme a morte e portanto
susceptível de “apiedar-se” frente à morte.

Este, o poder de mesirut-nefesh, estar disposto a sacrificar a própria vida por D-us
e a Torá, está latente em cada alma judia e encontra sua definitiva expressão na
sefirá de Netsach.

Netsach também pode significar “conduzir” ou “orquestrar” (como a palavra com


que iniciam muitos dos Salmos de David, Iamnatseach). Daqui que sua consciência
é pragmática por natureza, como está refletido em sua correspondência com a
perna direita, a qual é o primeiro membro do corpo supremo que “toca o solo”.

Ma “união inferior” de tiferet (o noivo Divino) e malchut (a Divina noiva), a união da


emoção (o coração) e a expressão (a boca), “Ele [o Noivo] está no [entra em um
estado de consciência de] Netsach, e ela [a desposada] está em [entra em um
estado de consciência] hod”.

A experiência do noivo, na união com sua noiva, é em qualidade de Netsach, com


um sentido de vida eterna e atemporalidade, dentro dos parâmetros do mesmo
tempo.

O valor de Netsach, 148,reflete a maneira mediante a qual recebe e implementa o


desejo emotivo de Chessed. Na cabalá, uma palavra ou conceito reflete seu
significado e presença, para o nível que está debaixo dele, através de significados
que se obtém “desassociando” sua escrita. Podemos exemplificar isto observando a
palavra chessed. Está composta por três letras: Chet (8), Samech (60) e Dálet (4).
Se ”desassociar” sua ortografia: Chet (8); Chet Samech (68); Chet Samech Dalet
(72) = 148 = Netsach.

O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à sefirá de


Netsach é o de bitachon (confiança).
Hod
“ESPLENDOR”,”RECONHECIMENTO”

Hod é a oitava das dez sefirot e o quinto dos atributos emotivos dentro da Criação.

Aparece na configuração das sefirot no eixo esquerdo, diretamente debaixo de


guevurá e corresponde no Tselem Elohim à perna esquerda.

Hod está associada na alma com o poder de avanço contínuo, com a determinação
e perseverança nascida de um mandato interno muito profundo, com a finalidade
de realização dos próprios objetivos de vida. O reconhecimento de um propósito
supremo na vida e a total submissão ao que o inspira, serve para dotar a fonte da
própria inspiração com uma aura de esplendor e majestuosidade. Assim, a palavra
hod conota tanto “reconhecimento” (hodaá), como “esplendor”, este visto como
uma espécie de “reverberação” em forma de aura (hed) de luz.

Este aspecto de hodaá de hod, também se manifesta como o poder de expressar


gratidão, (isto o qualifica como uma resposta “sefírótica” a chessed), e também
com o poder de “confissão” (vidui).

As duas sefirot de netsach e hod são chamadas “duas metades de um só corpo”. A


freqüentemente na Cabalá, são consideradas como uma só sefirá (em relação com
os Nomes de D-us, está um que o representa: Tsevakot). Este é mais todavia que
com respeito à Chessed e guevurá (os braços direito e esquerdo), Netsach e Hod
(as pernas direita e esquerda) só podem levar a cabo sua tarefa (caminhar),
funcionando juntas.

No Zohar se faz referência a elas como “os pratos da balança da justiça”. Netsach
reconhece enquanto que hod concede (“reconhece” ou “confessa”). São os
responsáveis do estado de equilíbrio geral do corpo, por ser os pilares sobre os que
se mantém.

Na “união inferior” (descrito antes em netsach), a noiva entre em um estado


consciente de hod. Ela experimenta em forma total a presença da providencia
Divina, que a levou à união com seu noivo. Desde o profundo de seu coração, ela
expressa sua gratidão e agradecimento a D-us, o “terceiro sócio”, de seu
casamento.

Hod = 15, a soma de todos os números de 1 a 5. Hod expressa e reflete as cinco


emoções do coração desde chessed até hod. “Biná [a “mãe” das emoções do
coração] se estende até hod”.

O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à Sefirá de


Hod e o de temimut (Sinceridade).

Iesod
“FUNDAMENTO”

Iesod é a nona das dez sefirot e o sexto dos atributos emotivos da Criação.

Aparece na configuração das Sefirot no eixo central, diretamente debaixo de


Tiferet, e corresponde no Tselem Elohim ao órgão reprodutivo (no homem; e ao
útero na mulher).
Iesod está associado na alma com o poder de contatar-se, conectar-se e
comunicar-se com a realidade exterior (representada pela sefirá de Malchut). O
fundamento (iesod) de um edifício é sua inserção no solo, sua união com a terra
(malchut).

Correspondendo com o órgão reprodutivo no homem, iesod é o fundamento das


gerações por vir. O poder de procriar, e a manifestação do infinito dentro do
contexto finito da criatura chamada ser humano. Cada homem individual, é
“pequeno” respectivo de todas as gerações que vieram (dele). O iesod é conhecido
como o “pequeno órgão” do homem, o “pequeno que aferra o grande [infinito]”. O
iesod é a “pequena” e “estreita” ponte entre o infinito potencial de procriação que
flui dentro dele, e sua atual manifestação na progênie humana.

Por esta razão, a sefirá de Iesod é identificada na Torá com o Tsadik (o justo),
como está dito: “e o tsadik é o fundamento do mundo”. Em particular, este se
refere ao único, perfeito tsadik da geração. No próprio corpo do tsadik, finito e
limitado em tempo e espaço, se volvem manifestos a luz infinita e a força vital
criadora de D-us. O tsadik procria tanto no plano espiritual como também no plano
físico. Ele experimenta procriação no olho interior de sua consciência, e o contínuo
fluxo de novas idéias e inovações verdadeiras na Torá. Ele procria despertando as
almas de sua geração, para que retornem a D-us e à Torá. E isso é o que diz o Rebe
Shneur Zalman de Liadi, com respeito à primeira mitsvá da Torá (“frutificar e
multiplicar”), o fundamento da Torá: “Um judeu deve fazer outro judeu”.

O Iesod é conhecido também como o Brit, o sagrado sinal do pacto (que D-us fez
com Abraham, o primeiro judeu). Em particular, o iesod é o pacto entre os atributos
Divinos de Verdade e Paz, como disse o profeta (Zecharia 8:19): “verdade e paz
vão amar” A origem do amor é representada pela alma de Abraham, sobre o que
está dito: “Abraham, meu amante” (Isaias 41:8). Toda sua bondade (chessed)
desce (como água), para encontrar-se em Iesod. Ali se cria o pacto entre a verdade
absoluta da Torá e a paz das mitsvot, boas ações realizadas com amor por Israel.

Assim como “fundamento” é chamado “princípio”, iesod é chamado “a conclusão do


corpo” (o corpo, tiferet se estende até o órgão reprodutivo, iesod, como está dito:
“corpo e brit são considerados um”). A propriedade de “paz” – Shalom – inerente
em iesod, significa então o poder de levar um ato à sua conclusão, como nos
ensinam nossos sábios: “um que começa uma mitsvá é chamado final”. Então o
sentido e poder completo da sefirá de iesod é sua habilidade de manifestar a união
do princípio com o final, como está dito no Sefer Ietsirá (1:7): “o final está incluído
no princípio, e o princípio no final”.

Iesod = 80 = 8 (chet) vezes 10 (yud) – Chai (18). O tsadik é chamado Chai, 80 =


clal (o corpo “geral” ou “inteiro” do povo judeu). O clal, o tsibur (“a comunidade
inteira”) “nunca morre”. O tsadik iesod olam (o justo, fundamento do mundo) é a
“alma geral” (neshamá calit) da geração.

As seis sefirot desde Chessed até Iesod se montam e desenvolvem para formar o
partsuf de Zeir Anpin. Zeir Anpin recebe sua “cabeça” o “poder cerebral” (as três
sefirot superiores chochmá, biná e daat) dos partsufim superiores de aba e Ima.

O estado espiritual identificado no chassidismo como correspondente à sefirá de


Iesod é a de emet (verdade), como o poder de “verificar” as próprias convicções e
emoções em ação, e adquirir uma verdadeira auto-realização na vida.
Malchut
“REINADO”

Malchut é a última das dez sefirot, e o atributo emotivo final dentro da Criação (ou
mais precisamente, o poder de expressar os pensamentos e emoções próprios aos
demais).

Aparece na configuração das sefirot na base do eixo central, diretamente abaixo de


iesod, e corresponde no Tselem Elohim à “coroa” do órgão de reprodução (coroa no
homem; lábios na mulher), ou á boca.

Malchut está associado na alma com o poder de auto-expressão. A Cabalá identifica


três “vestimentas” básicas (ievushim) da alma, as quais lhe permitem expressar-
se: “pensamento” (machshavá), com o que a alma se revela interiormente: “fala”
(dibur) e “ação” (maasé), com os que se revela até o exterior.

Malchut como um todo, é chamado muitas vezes “o mundo da fala”, de momento


que a palavra falada representa o meio essencial de auto-expressão, permitindo-lhe
a um não somente revelar-se a si mesmo à realidade exterior, sendo também guiá-
la e influenciá-la. Por outra parte, a fala lhe permite a um exercitar autoridade e
“realeza”, o significado literal de malchut.

Malchut serve também como um instrumento para estabelecer uma identificação


com a realidade exterior. Exercitar realeza, requer uma extrema sensibilidade até
as necessidades do reino que um trata de reger. Para tanto, malchut requer que
todo agente de influência dentro da Criação assuma uma postura receptiva com
respeito à fonte Divina da autoridade, como o único caminho de assegurar o bem-
estar definitivo do reino mundano.

Ao meditar sobre a Divindade, a alma só pode perceber e ascender às sefirot


superiores através da “Janela” o portal de malchut, “Este é o pórtico até Dús, os
justos vão entrar atreves dele” (Salmos 118:20). No serviço devoto do indivíduo à
D-us, isto significa receber sobre si mesmo baixo total compromisso, “o jugo do
reino dos céus”.

Malchut = 496, que é a soma de todos os números de 1 até 31. Somado a que este
é um “triângulo” (como foi descrito anteriormente, respeito das sefirot tiferet e
hod), 496 é um “numero perfeito” (um número que equivale à soma de todos os
seus divisores. Os primeiro quatro “números perfeitos” são 1, 6, 28 , 496). Desta
maneira, as dez sefirot finalizam (chegam a sua consumação) com um “número
perfeito”.

A união das últimas sefirot, iesod (80) e malchut (496) = 576 = 24².

O princípio, a continuação e o final das sefirot (todas ao largo do eixo central),


keter (620), tiferet (1081) e malchut (496) = 2197 = 13³.

A sefirá de malchut se desenvolve para formar o partsuf de Nukva d'Zeir Anpin.


Começando como um ponto único, Nuvka d’Zeir Anpin recebe todas suas 9 sefirot
superiores desde os níveis individuais de Malchut contidos dentro de cada uma das
sefirot superiores (Malchut de Chochmá passa para ser Chochmá de Malchut, etc.)

O estado espiritual identificado no Chassidismo como correspondente à sefirá de


Malchut é a de Shiflut (humildade).

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