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Diseiplinarum Scientia Séete: Cidncias Beatas, S. Maria. v8, n.1, p. 199-148, 2002 193) ESTUDOS DE MODELOS MATEMATICOS RELACIONADOS AO ACUMULO DE DROGAS NO ORGANISMO E AO CRESCIMENTO CELULAR?! STUDIES OF MATHEMATICAL MODELS RELATED TO THE ACCUMULATION GF DRUGS IN THE ORGANISM AND TO THE CELLULAR GROWTH Aldoir Spitzmacher Dos Reis Junior* Evamberto Garcia de Gées* Alcibiades Gazzoni* RESUMO Este projet teve como objetivo fazer um estudo do que é um mo- delo matematico, sua importéncia; o que é modelagem matematica, quais 0S passos a serem seguides ¢ @ estude de modelos matemiticos. Foi rea- lizade um estude do modelo matemstico relacionade ao actmule de dro- gas terapéuticas no organismo. Observaram-se a5 condigdes ¢ as hipéteses para a construgao dese modelo com a finalidade de desenvolver a capaci- dade para entendé-lo ¢ poder aplicé-lo, por analogia, a autras situagoes. Estudou-se também um problema biolégico, de crescimento celular no gual, para ser melhor entendide, combinou-se o método experimental com a teo- ria matemitica. Palavras-chave: equagies diferenciais, grandezas proporcionais, modelos matemiticos,taxa de variagio. ABSTRACT ‘This research was carried out with the aim of real matical model is and its importance; what a mathemat the steps to be followed and the study of mathematical models. A study of the mathematical model related to the accumulation of therapeutic drugs in the organism was conducted. The conditions and hypotheses for building up this model were observed for the purpase of developing the capacity to understand it and, by analogy, be able to apply it to other situations. A biological problem of cellular growth was also-studied and it could be better understood by combining the experimental method with the mathematical theory. Key words: differential equations, proportional quantities, mathematical models, variation rate Trabalho do Inieiagaio Cientifiea (PROBIC - UNIFRA) Curso de Licenciatura Plena em Matemética - UNIERA SColaborador. 4Oriemtador, IM Disciplinarum Scientia. Série: Citncias Exatas, 8. Maria, v.3, n.1, p. 133-148, INTRODUGAO O trabalho dos mateméticos, no presente ciclo de desenvolvimento, sido o de captar as poss{veis situagdes problemas do plano mental abstr relacionando-as com as idéias de quantidade, forma, bem como represe los operacionalizé-los no plane mental concreto, por meio do simboli algébrico e de operagdes matemdticas. A modelagem matemética cont no estabelecimento de um cenjunto de ferramentas que permite fazer | andlise tedrica de uma dada situagio. Aspectos externos desses mod: como sistema de representagao decimal e os algoritmos para implementa das operagies matemiticas, constituem uma das invencdes cientificas 1 bem sucedidas da historia da humanidade (BASSANESSI et al., 1988). sim so construidos os modelos matemAaticos, os quais evoluem através tempos e acabam, as vezes, substituides por outros mais abrangentes cazes, Este trabalho teve como objetivo estudar modelos matemiticos e a lidade das aplicagdes e modelag&o mateméatica no ensino. Como justificat o trabalho surgiu a partir da necessidade de se desenvolverem estratégi se obterem solugdes para melhor compreensio de situagdes problemas razao principal é procurar aprender algo a respeito de fenémenos fisi quimicos, bioldgices e outros que surgem no mundo real, transformand em equagoes mateméticas. METODOLOGIA Este trabalho teve como metodologia a revisao bibliogréfica do tipo menéutica. Foi realizado um estudo de modelos matemiticos, observa suas aplicagdes e simulagdes com a finalidade de desenvolver a capacid para entendé-los e aplicar, por analogia, a outras situagies. MODELOS MATEMATICOS E SUAS APLICACGOES NO EF sSINO AS LEIS E LINGUAGEM A MATEMATICA As leis do universo estao em grande parte escritas em linguagem mat Diseiplinarum Scientia. Série: Cibncias Bxatas, 8. Maria, v3, n.1, p. 183-148, 2002 135, como a taxa, na qual, a quantidade x = f(t) varia em relacdo & varidvel independente “f”, entao é natural que equagoes envalvendo derivadas se- jam, freqitentemente, usadas para descrever o universo em mudanga, Uma. ‘equagio que envolve uma funcio deseonhecida e uma ou mais de suas derivadas é chamada uma Equagde Diferencial Neste trabalho, tratou-se de modelagem matemitica envolvende equa- g6es diferenciais, sob o ponte de vista da matemdtica aplicada. © estudo da modelagem por meio de equagdes diferenciais tem duas metas: Ldescobrir 2 equago diferencial (modelo matemitico) que descreve uma situagio fisica especffica; 2.achar a solugio apropriada dessa equagiio. A obtengdo de um modelo matemstico pressupde a existéncia de um procedimento que interpreta os simbolos ¢ operagdes de uma teoria matemé- tica em termos da linguagem utilizada na descrigao do problema estu- dado (BASSANESI et al.,1988). Assim, com uma interpretagéo adequada, transpde-se o problema para a matemética, na qual, seré estudade pelas teo- rias e técnicas préprias desta ciéneia. [sso pode ser observado em exemplos, como a difusio de calor. DIFUSAO DE CALOR: A lei de resfriamento de Newton pode ser formulada dessa maneira: a taxa de variagao temporal da temperatura T(t) de um corpo, sem fonte in- terna, é proporcional & diferenga entre T'e a temperatura A do ambiente em volta. Que simbolos e operagdes mateméticas devem usar-se para descrever esta lei fisica? Para responder a esta questo, observa-se que as idéias-chave sio taxa de variago e proporcionalidade. A taxa de variagéo é a derivada T"(¢), que é proporcional a diferenga T(t) — A. Logo, existe uma constante positiva de modo que 2 _wr—a), a) dt Observa-se que, se T > A, entéo $F < 0, de modo que a temperatura T(t) 6 uma fungao decrescente de t, ¢ 0 corpo esté esfriando. Por outro lado, se T < A, entéo 4 > 0, de maneira que T’ cresee, Isto também justifica o sinal negativo na equagao (1). 126 __Diveiplinarwmn Scientia. Siric: Cidncies Exatas, 8. Maria, v8, n.J, p. 153-148, 2002 Assim a lei fisica é traduzida em uma equagao diferencial, Dados os valores para ke A, encontra-se uma formula explicita para T'(t) e, entdo, pode-se predizer a temperatura do corpo no futuro. Verifica-se que cada fungio da forma T(t) = A 4 Ce-* 6 uma solugio da equagio difereneial 4 = -K(T - A) Mesmo se conhecendo o valor de k, a equagéo diferencial e = -K(T- A) tem infinitas solugdes diferentes, da forma T(t) = A+ Ce-**, uma para cada escolha da constante arbitréria C. Isto 6 tipico de equacdes diferenciais em geral APLICAGAO DO MODELO Como exemplo de aplicagio do modelo Difusio de Calor, pode-se citar o-resfriamento-de uma xicara de café (BOYCE et al,, 1997). A temperatura de uma xicara de café obedece a lei de Newton de resfriamento. Se o café esté a uma temperatura de 90°C logo depois de coado, um minuto depois, a temperatura diminui para 85°C em uma cozinha que se encontra & tempe- ratura de 25°C, determina-se @ tempo que o café levaré para chegar a uma temperatura de 65°C aplicando-se a solugio da equagao diferencial (1). De fato, de T(t) = A+ Ce-*, tem-se: 90 = T(0) = 254+ Ce“*?” 85 = T(1)=25+Ce \e-se daf que C = 65 e que e~* = 0,920, de modo que k = Int? &= 0,08338. Com este valor de k a equagao diferencial em (1) & £ = MOT — A) © -0,08338(7" - A) ec, com valor de C = 65, A = 25°C tem-se a solugio particular T() = 25 = 65¢~%838 que sa- tisfaz as condigdes dadas. Dai, pode-se predizer a temperatura num tempo futuro; por exemplo, o tempo, para a temperatura do eafé chegar a 65°C, seré obtido resolvendo-se a equagio 65 ~ 25 4 65e™38" @ obtendo-se, aproximadamente, t ~ 6,06 minutos, A condigao T(0) = 90°C échamada de condigio inicial porque, freqiien- ‘temente, escrevemos equagies diferenciais para as quais t = 0 é 0 ponto de partida, A figura 1 mostra uma quantidade de solugdes para temperatura ambiente igual a 25°C. Os graficos de todas as solugdes de $f = —k(7’—25) de fato enchem completamente o plano bidimensional, sem que dois deles se interceptem., Além disso, a selegdo de qualquer ponto no eixo T’ 6 anéloga a Disciptinarwm Scientia. Série: Cidncins Exatas, 8. Maria, v.3, nt, p. 183-148, 2002 137 determinagio do valor T(0). Como exatamente uma solugao passa por cada ponto desses, vé-se neste caso que uma condigao inicial T(0) = To pode determinar a tinica solugdo coerente com os valores dados. Figura 1 - Representagio gréfica da Lei de Resfriamenta de Newton (BAS- SANEZI et al., 1988). A constante A representa a temperatura ambiente (T =28°C). Nese modelo matemiético, a temperatura de corpo sé atinge a tempe- ratura ambiente A para { + +00; entretanto, na realidade, a temperatura ambiente é atingida num tempo finito! Observa-se também que com k = 0,08338, A = 25°C e T' = 85°C, a taxa de variagio 6 T* = 0,08338(85 — 25) & —5, isto significa que a ‘temperatura estd. decrescendo a uma taxa de 5 graus por minuto. Contudo, & posstvel que nenhuma dessas solugbes esteja em perfeita concordancia com toda. informagéo conhecida, Em semelhante caso, deve-se suspeitar que a equagio diferencial (Modelo Matemitico), representando o fenémeno. fisico em quest&o, pode nio descrever, adequadamente, o mundo real. As soluges da equagao (1) sio da forma T(t) = A+ Ce, em que & é uma constante positiva. Entretanto, pode ocorrer que, para nenhuma escolha das constantes k C, a fungiio T(t) desereva, precisamente, o aumento ou decaimento da temperatura em relagio A temperatura ambiente. Nesses casos, deve-se considerar uma equagao diferencial (mais complicada) que leve em consideracao os efeitos, por exemple, da ascilagéo da temperatura ambiente, Isso nao deve ser encarado como uma falha do modelo citado anteriormente, mas. como indicio sobre que fatores adicionais devem ser considerados no estudo sobre difusiio de calor. Essa breve diseussio sobre a difusao de calor, ilustra 0 processo crt de modelagem matemitica, que envolve: 138___Diseiptinarum Scientia. Série: Cidncias Exatas, $. Maria, v.8, n.1, p. 183-148, 2002 I°)uma situagao (problema) do mundo real a ser matematizada (por exemplo, o problema de resfriamento de um corpo citado anterior 2°)a formulagao do problema real em termos mateméticos por meio de um processo de abstragio, identifieando eselecionando varidveis esseneiais ¢ formalizando em linguagem natural a situagio (problema) real: a taxa de variagdo da temperatura, no exemplo citado anteriormente; ®)a construgo do modelo matemitico (equagio ou fungdo) quando se substitui a linguagem natural por uma linguagem matemética 2 — —(T'—A), (0) = To, no caso do exemplo citado anteriormente; 4°)a anilise matematica pela resolugio da equacio obtendo-se a solugéo do problema matemitico resultante: T(t) = A+ Ce~**, ne modelo citado anteriormente; 5°)a interpretagao dos resultados matemiticos feita no contexto da situa- ¢&o real original, que é numa comparacio entre a solugde obtida via resolugdo do modelo matemdtice e os dados reais (¢ a validagao do modelo}: Quando ¢ + oo, 7 + 25°C, no modelo apresentado anteri- ormente; 6°)a interpretagio questionando se 0 modelo pode ser usado para pre- visdes da temperatura 7’ para cada instante . Se no puder, entio, modifica-se © modelo até obter um grau de aproximagio aceitavel. Assim, pode-se dizer que nesse modelo da. difusaio de calor, o problema é determinar o tempo que levaré o corpo para atingir uma determinada temperatura, ou até mesmo o tempo que levaré 0 corpo a aproximar sua temperatura da temperatura ambiente. Pode-se também dizer que um mo- delo matemético consiste em uma lista de variaveis (Te t) que descrevem a situagao dada, com uma ou mais equagées relacionando estas varidveis: 4f = -K(T = A), T(0) = To, que so conhecidas ou que se assume serem verdadeiras. A anilise matemética consiste da solugio destas equacdes (aqui para T como uma fungéo de t). Finalmente, aplica-se este resultado matematico para responder A questo original do problema. ‘0 estudo de problemas e situagdes reais, que usa a matemética como linguagem para sua compreensao, simplificagio ¢ resalucéo, ¢ para uma poss{vel previsio ou modificagio do objeto estudado, faz parte do processo que se convencionou chamar de modelagem matemdtica. Conforme foi dito, qualquer fendmeno nao pode ser ,em geral, repre- sentado de maneira exata, com toda sua complexidade, por uma equagao matemética ow um sistema de equagées. No entanto, se trabalharmos com as varidveis essenciais do fenémeno abservado, o motels matemitieo, que Disciplinarum Scientio, Série: Ciéncias Bxatas, §, Maria, v. p.18$-145, 2002 138 simula tal fendmeno, poderd levar a solugdes bastante proximas daquelas observadas na realidade, Muito freqiiente, obtém-se equagdes que envolvem as variagbes das quantidades (variéveis) essenciais presentes num problema e obtém-se mo- delos diseretos. No entanto, considerande-se que essas variagdes sio ins- tanténeas, o fendmeno se desenvolve continuamente e as equagdes matemiti- cas sio denominadas equagées diferenciais. MODELO PARA CALCULO DA ACUMULAGAO DE DROGAS TERA- PEUTICAS NO ORGANISMO Um problema fundamental em farmacologia é saber como cai a con- centragao de uma droga no sangue de um paciente (BASSANEZI et al., 1988). O conhecimento deste fato permite estabelecer qual a desagem a ser administrada e @ intervalo de tempo em que cada aplicagio deve ser feita. ‘O modelo mais simples ¢ obtido quando supomos que a taxa de variagdo da concentragie é proporeional & concentragao da droga na corrente sangiif- nea. Em termos mateméticos temos: 4% = —ky, na qual & > 0 6 uma cons- tante encontrada experimentalmente, a qual depende da droga. F necessirio osinal negativo, pois a quantidade de droga y presente na corrente sanguinea decresce com o tempo. A constante k é charmada de taxa de decaimento re- lativo. Supondo-se que seja dado ao paciente uma dose iniei bsorvida pelo sangue instantaneamente, no instante ¢ = 0 (o tempo de absorcio da droga é, geralmente, muito pequeno, quando comparado com o tempo entre as aplicagdes das doses), entéo a expresso é obtida resolvendo-se o problema de valor inicial: 4 = —ky, y(0) = wa. y' + ky = 06 uma equagiio diferencial linear (separdvel) de 1° ordem. Usando o método de fatores integrantes, obtém-se o fator de integragao p(t) = ef PUD — ef kat — ght, temos “2"H1 = 9, Portanto, Daf, voltando na equagio y‘ + & is |, abtém-se: yo = c, ¢ como ey = ¢ ou ylt) = ce“, ¢ pela con solugiio particular y(t) = yoe~** Caso nao fossem dadas outras doses ao paciente, uma simples anélise da expresso para y, permite concluir que y decresce com o passar do tempo, tendendo a zero quando ¢ etesce muito. Isso pode ser observado na figura. 2 Figura 2 - Decaimento da concentragio de droga na corrente sangiiinea do paciente que tomou apenas uma dose. Supondo-se que outras doses sejam administradas ao paciente, apés decorrides intervalos de tempo T, entao, no instante t = T, a quant dade residual de droga, na corrente sanguinea, é dada pela expresso Fy = ywoe"*T. Dai, aplicando-se num instante 7, uma segunda dose da droga com a mesma quantidade yo, tem-se que y(7_) = yoe** representa o quanto de droga existia no sangue instantes antes da 2a dose e, y(T) = we7*? + yo 6 a quantidade de droga no sangue, imediatamente apés, a aplicagio da segunda dose, que também representa a dose inieial y(T') = Yo = woe“ + yo, no instante ¢ = 7’. Portanto, para T < t < 27, y(t) = Foe MET, ow seja, yfl) = (go + goe*T)e 7). Analogamente, ter- sed Ry = (yo + wee AGT=T) woo *h + yoo ™*P representando: a quantidade residual de droga no sangue detorrido um tempo t = 27; y(2T) = yo(l +e*? )e“*? + yo = oll + e-* + e#*?), no instante apés a aplicagao da 3° injegio de quantidade yo da droga. Para 27 < t < 37, ter-se-6 y(t) = yo(1-+e-*T +e *? e297) Goneralizando, determina-se lt) = (yo roe Jew MEN para (n = 1)T St < nf. Dessa forma, depois da n-ésima aplicagio, existiré no sangue uma quan- tidade de droga y(n’) = yo(1+e"*T +e" #7 4... +e°T), e uma quan- tidade residual no instante t = aT’ igual a Raya = yall +e! bt EMT GET = ge F ff ge ODED A tabela 1 apresenta uma série de equagées que descrevem a acu- mulagio de uma determinada droga no organismo administrada segundo um intervalo regular de tempo (AGULAR et al, 1988). Como 1 + €~*? + ew kT 4.467 T 6 a soma de uma progressio geométrica de (n-+ 1) termos, corn © primeiro terme igual a 1 ¢ razao igual a e~*7, tem-se: y(nT) = Rn = yo SAM Entio littaoo Ra = liao YoU = er, re sultando daf o nivel de saturagao da droga que sera expresso por ys ter Disciplinarwm Scientia Sécte: Cléncias Bxatos, 8. Maia, v.8, n.J, p. 133-148, 2002 Mi Tabela 1 - Equagoes que descrevem a acumulagao de uma determinada droga no organismo administrada segundo um intervalo regular de tempo. (AGUIAR Concentragio (ys — 1) Concantragio. residual (Ra) 1 v0 Ry = woo 2 wT) = yo + wor? Ra = yoo" + yao 3 wT) = yo t yoe™*T + yae™*T Ry = yoe™*T + yar" + yor MT Rags = yoo ™ A figura 3 representa doses residuais, apis sucessivas injegdes de droga no organismo para um mesmo perfedo tempo. ve Tom ow ow sr ‘ Figura 3 - Aumento da concentrarao de determinada substancia no sangue apés a administragio de sucessivas doses até atingir a coneentragéo limite ys (AGUIAR et al, 1988) Podo-se observar que: a}conhecido o valor de yp (quantidade de cada dose) e nivel de saturagio Ys, enti pode-se determinar o perfodo de aplicagiio T. De fate de ve = Ear, lemese poet Mag et Wg pe Oe) us Us a b)tendo-se y, e T, pode-se obter qual deve ser a dosagem yo, pois de Ya = potter resulta: yo = ys(1—e°*7). Assim, coneluit-se o estude do problema sobre dosagem de drogas e 142 ___Disciplinarum Scientia Strie: Ciéncias Bxates, S. Maria, ¥.3, nl) p. 199-148, 2002 perfodos de injegio. No modelo resultante de absorg&o de drogas a que se chegou, fizeram-se hipéteses simplificadoras: a taxa de variagéo 6 propor- cional & concentragéo da droga na corrente sangiiinea, e a absorgao da droga se dé, instantaneamente, em relacao ao prazo entre as aplicagdes. Com isso construiu-se 0 modelo matemitico: e obteve-se a solugao ult) = (yo De FETE ME MT), (nT St 0 € a cons- tante de desintegracio (usa-se o sinal negative porque o numero de dtomos diminui com o passar do tempo e, dai, 4% < 0). A solugio entao, para encontrar a expressio N(t) = Noe At, é resolven- do-se @ problema de valor inicial: 4 = —AN, N(O) = No 144___Disciptinarum Scientia. Série: Giéncies Exatas, 8. Maria, v.3, n.t, p. 133-148. 2002 ‘Tem-se que W = “4m, em que o A é 0 mimero de massa do elemento tadioativo e N é a constante de Avogadro, que vale 6,02r10“mols™!, e a razio “Aé constante para cada clemento ¢ mede o mimcro de étomos em um grama deste elemento. De N = “ém resulta 4% = “adm o, ento, substituindo-se na equagio 4M = AN, ter-se-d 42 = —\m. Assim, fom termos da massa do material radioative, a lei da atividade pode ser ‘expressa por: m(t) = mge7*', na qual \ é uma constante determinada ‘experimentalmente e mo a massa inicial Se apés um tempo ty, verifica-se que determinado elemento decaiu uma porcentagem a da quantidade original entao, mo — a%(mo) = mge~™*, ou seja, (1 = 7aj)mo = moe = (1 — 435) = eM, © assim, My = In(1 — 395) ou A= FHn(I — 9G). Calcula-se t1/2, que é a meia-vida do material radioativo mo, pela equagio "2 = mge~*4/2, obtendo-se tig = 192 A constante de desintegragéo A caracteriza os nticlees radioatives e representa o tempo de vida desses elementos. Seja uma fonte de ouro radioativo (Au!®), com meia vida de 2,7 dias, inicialmente com 100210° dtomos. Sabendo que ty/2 = “2 pode-se achar a constante de decaimento de Au, ‘Tem-se X= fea => A= 42 = X= 0,257. Como sao conhecides No = 100r10® e A = 0,257, substituindo-se esses valores na equagao dife- rencial N(t) = Noe, resulta: N(2,7) = 100z10%e"®T." = W(2, 7) © 50210°. Portanto, passados 2,7 dias, a fonte radioativa terd 50210° dtomos; apés 2x2,7 dias, 25x10° tomes; apés $22, 7 dias, 12, 510° dtomos e assim por diante (figura 5). Niqtero de tternes oT sas eTb pwn ‘Tempo de decaimento (dias) Figura 5 - Decaimento do Au!®® (OKUNO et al., 1982). Diseiplinarum Scientia. Série: Citncias Exatas, $. Maria, v8, n.1, p. 183-148, 2002 145 MODELO PARA GRESCIMENTO CELULAR O crescimento celular é um problema biolbgico e, portanto, deve ser re- solvido por experimentagio. [sso nao exclu o uso da modelagem matemtica na otimizagao dos procedimentos laboratoriais pertinentes ao problema. A modelagem, para erescimento celular, pode ser realizada por meio da uso da equage diferencial. Suponde-se que a massa da eélula seja fungie de ‘tempo, isto é, m = m(t) eque mo = m(@) seja sua massa inicial no instante £ = 0. Supondo-se ainda que a razio de crescimento da massa celular seja proporcional & massa. presente em cada instante, na linguagem matemdtica tem-se: 42" = km, em que k > 0 é a constante de propereionalidade. Esta equacio esté sujeita & restrigio m < M, pois quando a oflula atinge um determinado tamanho, ela se divide. A solugdo geral da equagio diferencial propasta 6 m(t) = Ac. Usando como condigio inicial mg = m(0), obtén-se a solugo particular m(t) = me*, com m

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