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A experiencia etnografica SOBRE A ALEGORIA ETNOGRAFICA casi cao rar Huon rep sees so ats po ea neve 2 Aces dete parm ee. [Num ensalosobe nati, Vitor Ture agunenta que a peir- ‘mance cn encenam hrs pros ~ micas wae de Senso comum ~ que proporconath a proceso vc ua etic, “uma forma de ented cum sgifiada” (1980, p, 153). No que se segue, ato pepe enogrfia como uma perfomance crm ened ‘strutuado por histra poderosst. Encrada em rls cco, tas hss slmulancamente descrevem aconteinenioscalrals res efirem firms adiconal, mor, eogicremesm coe rmolgicas. Asia cenogros ler ano oo nivel dese con ted fo que ea diz sobre as cultura esse ira) quanto no de sua forma fas implies de seu mado de etalzagi). ‘Um exemple aparencament sips intoduis mina abo un. Majovie Shostak comeyaweliveo Mi: the fe and word ofa ‘Kung woman, com ahstria de wn nascimento 20 modo ng — cama mulher fos da ldl, sinha, Aqui esti alguns tschor elle ese sdb vino, our. Ent slg mo- Iho donascinena emi: "Epe, thesia (9 Levante pau eer ce Tay om ele © sexgete ein sind tr dine, Ev peg out caberr minha ple Aeandopecuienbon, Ears xaos? Anica cut Trerpreate cna 6 de Tsay, ta domindo ems ‘alana. Asin como es prt Adel um poo par for ‘den cme sea ao de una dvr. Deg gure nse, fen als no hin gue ne Nia inka ea, Lesa mo ‘endo sus bor tenn cpa psp edo. Come {eho Settal olhndo po ela. Pensa:"Beseo mea bb? (Quem prven cng” Enso pese:"Uma ca grande dese eto Camo & ponte ques en sid dos mes ental” Sencha prs ly ae tara € thar, (Shake 194, pL) Aisi tem forte mpact. Aor de Nits incenfundlvel ae pedi, aldamente econstufda: “Lf estava ela movendo seus brags tentandochapar or priprios dds”. Mas, com ores, zemos nls do que regia um acontecimento singular O desdo brament da ites reqier de ns price, imaginar ura orm cuba iferete fo assent ang, ito, no matoye depois, ‘que secohopamos uma experiacabuoana commun (o dsr be- roismo queeavolv un aascimeno, os senlinents de divide in- ferterapéso pate). Ahistra de um evento coeido em algum Fogar ao desero do Kalahari pode cntnuar mais sendo apenas Iso: Ela implica sigifeados cola local uma hia geal de saucimento, Uma difeeng ¢pstuladaeuanscendfa, Mais do que ‘soya hiss de Nit ns con (ecomo pode ndo faze algo isco sobre aexperigncla da mer Avia de um individ eng, «que nor cana Shot neiesvelmente erorna una agora da Inomanidade eminina). “Argumentoasegur que cas copies desigpifadosanscen- ens no so stage ou interprets "actescentadas” 20“sn- He relat original. Aes, construem as condi de ta sig ‘apo, Os textrerogrifcn io nescapaelent segs, cua teeing sa dese ao modifies formas com qe ees pode er ‘seit ldo, Fazeado uso do experiment de Shostak como um ‘sto de cis analio uma tendéncaecente em disinguirosnvels legirios come “ore” epee den do eto. Argument, fe talent, que #ativdade meta da erie etmogrtis ~ vista ‘como inte ou textuallagSo~encens um alegoriaocidetal sedentors, Ess esrurura dfs precisa ser percbida esvallada fem contrast com outosenredes pars performance nope Acca ea ome drt ce cn, ine, "yer sos de mia ie el ete cece Astor do gegoal, “te ame" coralete esta un pes gal un co ta continent tee ute pd dat ov eH una epee {jeune stim Eons tee dept role {np rind pr da om ents deca ct, nee iment ag de Ang exh: (96 Pal De Man (1979) {uainnerhiniten una popenio gro mente doer (uot repre dope kita Foal pene ancy nde din 4 logs enor snd oes diene plies en Sempee proces anon, 181) casas parsiecer decal qurtin do aemtnet innles Um treoecien dee cin degen anna tells em gue coven oc co maaan Ss pub de asec gu pnt ps igen sc on ns smi Inca mafic "rhe" denatured ‘ial ecoaoligia des pocinede seta Alegria come peste cc nate ds proenasscluniitat cna o pupl tenn ‘Spectra Eanes cm ops de ote de ‘ioc sac um sper pera pcos ‘ea Un fel degiado om om tx elem rat cuca ie Dea mare dupes ne pec Soapaned eu psec an ida anopogi sneer Acre dee Man (90) lea “mint on dacimento slr na rms om bn quinn pod ne, A mde ques sn lo 1 a legac posse ~ uns pos subjacent ao Ierlieme pos tists 4 sngdogue reais ( elatonamento orginco funcional (8 “pia” de parts com o todo) ~ est intmamente associa 4 buses romania pelo igufiado ako media no acomteimento © punitive 0 realsmo eo omantemo ~ ingredients do século XIX aa antopoogia do s€culo XX = odor rejievam 0 "Els" rif da etn, jntament oma supostabsraco da alegri. ‘Aalegoia viva cs chnones da inca empiri eda spontaneiéade rics (Ong, 1971, p69) lacramuito dedi, uma imposicio ‘aplia demas do ignfeado sobre a evidéncia sesive, Oreente “evientnena” da tein por um grapo varia de eric da Iieratara ede caears (Roland Barthes, Kenneth Burke, Gerard Genette, Michel de Cerca, Hayden White, Paul de Man e Mi che Beajous, ene outs) langou srs divides sobre oconsenso Psst romintico els. Na eeografl, «aul guinada em ‘iegio etre coincide com um pefodo de reali plltea ‘cepiemogic no qual a natueza construe, impos, da auto- ‘idade represeaacional tornows, de fra extaoedinil, vse ‘contend. A alegola nos nck adie, a espe de qualquer ‘dsc cultural, nfo "io presen, ou snboliza, aqua” mas si eis € urna isi Que carga uma moe sce agai” ‘Os rlatosespeifcos contd nas enografiasjarsispodern serlimitador a um projet de descriqio clentfia, na medida em que a eae principal do trabalho € formar o quate sempre esca- fo) comportaenta deur modo de va difeenthamanamente empeeenive, Der que compartments exc es simbolos Faem sentido em cerns "humanoe” ou “culkuri" frnecer semesnasespéces de significado alegéviosacescentados, que ‘parece em naetvas mis antiga, qe viam a ages como "es Prtualmen”siguficathas As alegoviasulturaliasehumanistas ‘slo por tris da fcgSer contoladassobee densa este tq chamamos de relto engin, que se mani neses ‘estos uma dpla tengo uperfle descriva eas sigifcados ‘nals astats, compartivos¢ explanaéroe. sa etruura em dois nv €entabeleada por Coleridge nama definigso cise: ademas enti, cm segunda ere como mpg de om conn de gente magens con aes ¢ brea legos ererice mbites conepondens, de moon alade ques Ure, ou qundads moron coverpies da mene que mio ‘docs bjesdosseuds ovourasimagns pe, eins ecm que a feng et mde apt ‘mbutida oho oa league, cage semen ont ‘gra mene enn de ree oor, dena tee combine ps omar odo conser (1986p 3) (© que ennui relat engin coerene construe fgt- rads do outro, esti conectado em ain dupla eau continua, ‘oma qualecemtnd Ae vere, ex rtut por deal rare: Daunte o pre de ibricago de ceric, = malbere conve sam genllmente,calmamente, sempre sem confit, sobre adins- tia d ecssisema”(Whicten, 1978, p. 847) Usualmene ea & nenos Sbvi,e, portato, mae rll. Adapande a femula de Coleridge, o gue aparece dacivzmnt aos seaidos (propa mente comocle suger, ao olho gue obser) parece er “onto ‘enguaco co quesesugere por uma sre coer deprcepex€ uma Site laces O comportamento esrtnho érettado come sigifeativo dentro de uma ede comm de simbolor~ uma base conus de atvidade comprecsie! vida para observadore pa ‘abserva ©, por impliagso para tedos os grupos humanos. ‘Aasim, a naratva etnogifica de dferencsespeciias presupse ‘esempe we refers aun plano abstrato de similaridad, ‘Vale nots, embora eu nfo posa aqui desenvolvero tema, qe atts da emergénis ds antropoogi eal comme ura ci ‘a dos fndmenos eulurete urenor, of elatoretogeficos tstivam conectador a rfecentralegércor diferentes. A famosa omparagio do padre Lafeaw (1724) dos coseumes dos nativos ‘dx América com or dos antigos hebreus ¢epfciosexemplificn tama tendncia anterior de mapeaedesciges do otro em eos ‘ke concepyis dos premier temp, Alegorias bes ou cies ‘nals oa menos cxpicas abundam nas primeiessdeserigdes do [Novo Mando, Poi, como Johannes Fain (1983) arguments, houve uma rendéncia dfs 2 prefigurar os “eutios” am epago temporaimente ditnto (atria, mas localizdvel nos limites de tum aasumido progreseo da histéra ocidental, A antsopologia a a cultural no séulo XX teneu a subsiue(embora nunca comple- ‘mene esas alogorias hii pela alegre humanists, Ela ‘vo uma busca ds origens emt favor da procrs por sila dldes humanasediferencascltraiz Mao proceso de represen- ‘ago em a mest nfo wfiew ura suaanga encode, A rainia das dscigerdr “outer” continua aumirea se refeia aves tdetenares ov irunecendente de verdade. Essa conchsdo emerge caramente a recente contoyéesia “Mead-Frecman. Dus represent rae obre aida em Samoa ‘sig apresrtadas com projeoscentiicos, masambas configura “oat” com um ler ge com siiiado mor. Mead firma ‘ear conduzindo um “experinienta”contuado to campo, "tex ‘ands sunivenaldae do ens period daadolecncs,examinando ‘rpiament um cntranemplo. Mi, sper da eta borsiann sobre “labora” do tabu de campo, experimento de Mead prodatnuma mensagemdesmplasignifeagio Gc politica. Asim ‘como Ruth Benedixem Pararnafdure (1934) asustetavauma ‘sf pluralist e liberal, empondendo as dilemas de wma "eon le socldade americana, Ar hata cnogeficas que Mead © Benedict cantavam exavam manifertiment iid stuacio de tut cultura es bra com diverter valoes com um aperente coe Tapso de radiges establecidas, com visbesutpics da maleabl- dhe humans es medos da deapregagie. Sua tnografas eam "fibuls de entidae’adapeandoo culo de Narehrop Frye (1963), Sea propio sbertamente alegérico no eam expe de esr ‘urtexposiva mora para deserigdesemptias, algo quese scrs- cents preficiose conlusbes. Todo o pojeta de invenar © representa “ealuras” ex, para Mead e Benedict, um empreen- imento pedagégio ico. (0 “experimento” de Mead cm vatiagSo curl contol parece hojeem dia menos com coca do que com alegoia— ua ‘astra de Sata com ue foo muito preci enigerndo ama AME eaposivel, Acritiea de Derek Freeman, no entato gora qua quer dimen: propriamentliersas no eabalhoerogrfico em ‘er dinoaplicaseupeépsia tipo de enti, nspiads por ens) recentesdesenvolviments asociohologia. Navisio de Freeman, ‘Mead etavasimplesment eradasobre os samoanos, Elsa so aye pov informal eperisiva gue ela torn Faso; a; na vera, ercados por todasas tenses humanascomiuts, Fle 0 okntos, Tem cera O canna principal desuscrtea € unset slo de contraeemplos eiados de regitoe htc ed ea pio trabalho de campo, Em 170 piginas de devastagao emp "ia, ele mostra com sucesso 6 que fs expli para qoalger Isoeatento de Coming of ae it Smo ue Mead consti um ‘quo resumid,destnados propor iger moras pelea para -ocidaleamericana Maseuanto Freeman va acumulando exer os de ansiedde ede viola samosna, a xrutaalegvia de ‘x rpro empreendimeaeocomey acme ca claro qu slg nas et sendo expresso do que simplemente "lag ecu’ a ‘mo Freeman oapresents, da vida en Samos, Numa revcadora pe na final ee mesmo cones, coneapon ao sentido “spline” ‘lecquilbio cultural de Mead «maureen "dioisac da ‘clog ssencial, emocional et)- Mar qual otra ceniico de ‘uae quseencsina io nitdamert ma open mica ‘nena? Fees diane de us absok contrat: mundo pacts \leMexd arent, lverdo sexalmence, elmo, eu agin, Samos de "remand ese bis gor contolee manifestages ven. tus, Na verdad, Meade Freeman formam ma espéce de dptco, Alivio em dass parts, ajo pul epostossigalficam ume. ‘orrete ambivaénelaoctdatal «repeito do “primitive” Far lembraro Tjpeede Melville, um paras senulteedo pelo eon eh ames de violéncia, Asotin hi Ingo des mesa cota ‘Vina etmogralia cence normalmente exabeloe um prveiado gto alegirico que ela dena com “eo”, “inesprec™ explicaio". Mas ua ver que adorned ignfcatves tum ‘exo, Incundo-s terse lneprengey, so seconheidos como seis, commas diel prvlgiat um dele, aquele que daria « seers eneacn ‘ont dos dea. ana ver qu ea Ancor & rtd encenago ‘Cavaloraio de estos aie milla, "vox tornam-se tn importante sea de pencupagso pata scritors de einognis Recentemens so tom, poe vere, implica abuir ao disear0 ‘tv um sans semiadependene a0 coajunto do texto ncerrom- fend oprvlegiatnenen dr moaecoaia darepreentiio ents? ‘Mis caogafias daca sede uma ansopologia traders, rocuramevocar ips embora no limitads) logos "Nite, de Marjorie Shona exemplifies ese vas wltas com 0 problema deapresetare mediar miiplashistras® Vou me deter {inant extensvamenre nese eee, Shortakencena explitamen- te és itor alegéricas: 1) arepresentago de wm sje cul {rene como ante de conbeseonto enc Nisié uma “uther thang” 2} aconsrugo deur sje marado plo gener Shostak peguntasoque€ot mle? 3) bade wr modo deprodussoe ‘icinameno cinogrificos at diloge tino). Nisa paudd- ‘imo deur mulher de 50 anos que ea moar parce desua vida ‘conde stnindmades Mave Sostakpertenceaumrapo de ‘engusa vinulad & Universidade de Harvard gue etedoua com hidadede cyadorcleorethungsan dese oranos 1950. Ascot Plena verdes qu emergem dessin word” noe limkam $m indvidve ou a0 mindo eleural ques roi ‘Osta regis do Hor so ditcreparts em aspects cris Drimeite, a biogas, coda com vida de autas mulheres ‘hang ct inserida nam proceso defcepeeraeo cultural @.qual caactescenta"profundidade’) Segundo, sa experitniamodelads Togo se torna una histra sole aexsténia das “mulheres, uma ra que combina basen com mas das experiéncis temas esas pelo recente pensameno feminist, Teresi, Ml asa fam encont ineteulcural no qual doisindvoscolaboram pars roar um epee campo de verdad. O préprnencontro xno ‘ico storms, agu ema do vo, uma fibula decomnicao, Felice inlets nap de parenesco econ ainda qe ‘igoroso, Nia asin manifestament ua legora da compreen- “Ho Genii, operando tanto no nivel dadescrigo cull quanco flewa busca plas orgens humans, Juncament com oust Aiosor de aetorer-cagadores o projet de Harvard que incl o de Shostak tendea ver ness mas longo estigio do desenvlvineno ‘ulural hima umalinha mexraparsanatrera humana. Nie & tun lors feminists ode, part da envenc da categoria _geal"mulher” sano 170 1980. Ni ambérn Cumsaleoca da ‘rnogafis, do conto eda comprccnsto ‘Umma nara catilagad, ovo mores constantement, ‘wei de mde desea, ent eat regio sialic. ‘ae € came mules obras que eacam experiacias humanas co- ‘mans, cnflioy, ler, trabalho e assim por die. Mas oe ‘qe Shostak produna € orignal no seaide de que recuse mistarar ‘Sus og cm ima connie compleea “represen. Hes permanccem aparado, tn tens deamc, Essa polivocldade aproptiada ao predicament do live, aquele de muitos ato ‘otscenereaeritore de tnografis que acham dill flarde bem ‘kefindos“outon, a parts de una pogo ete e diancnds Adiferenga invade o rere; el no mas pode ser represenada: la dove ser encenad ‘0 primeio registro de Mise, ase da igi cleral, ma ‘mys tema em forte acto com 0 mundo socal. Ele expla a peonalidade de Nisa cm terms de um modo tung deer € usa ‘us experitacia para suancare erie generaizagbes sobre set rape: Se Nar eel. mecanismos inesubjedvos com profar Alida incormom, sa comtagio poliocl most, amb, gus »tansgio para o cuhecinenta centifio nfo € suave, O que & sto nio se ubmete ao geval xem peda. A pesquisa de Shasta Iaseowse em entrevisassistemddcas om una quantidade demu Theres teung,Dessas conversa acumulow um corp de didlos amploosuficiene para revels stitdes,atividadese experitnclas "peat Mas Showa esta insti com afl de prfundade slesuas eatrevisas is levou aprocurar uma informante espar ‘lefomecer umn nanativa pessoal detlhada, Nis ea ralmente linpar em sua habiidade de lembraee explise nua vidas mais vind, desenvolvet-se win fore ressndncla ent as hist © bs precupasdes pecas de Shostak, Io colociva um problema teas expecta cm rela ama cdc social generalizes, 'No im desu prea ead no campo, Showak vive pert. Ida pela suspeta de quesua iterloctoa ter Fosse po demais lossincsvea Nis hava experimentado muita dor sus vida, al como ca rcordav, era Fequentemente violnta, Muitos dos ‘studos antetiores sobre o ng, al amo ode Flbeth Mantall ‘Thoma The harley pepe os havia mosrado como amantes dt par, "Serd que eu realmente qua ser aguela que iia ‘ulna? fesse quadro? Shostak, 1981, p. 350). Numa segunda viagem to Kalahari, Shorak se seus mas segura Embors Nisa anda ‘reoeie un aco especial, ha agora pareia menos Incomn E a endgrata ceriicouse Ae que nase al comm pose der prose. A ett ‘nus que x tr elbndo joa utas mulher earn pve pas in qie Nir findanenalmentesalariquls ‘im gue conv B es incmument rica eva odo uli guceméto mana ria de urn apecoringoranes tre uma tipi mer ang. (Bip 358) Roland Barthes (981) eecreve deforma muito pesuasiva sobre ‘uma impose cia dona. Un insistent empl em d= ‘efloao gel épocepive 20 longode Mis eno sem forgo que ‘ncontramos Nia generalinads, amaetadaa “uma intespretaio da ‘vida tong” (Shostak, 198, p. 350). O dscusocenifin dole, incansvelnente conten ipeador, éentredagade sours dss teodusindo cada una das quinse eps vemdrcas a vida ‘om tlgumas poucaspgnss de Fundo ~ "Uma ver que um casir ‘mento eas sobrevivid lguns anos lé da primeira menses Asjovem espos, o relalonamento ence os exposos se torna mals ‘gual Ud, 1981, p. 169) —.e asim por diam. Sem dvi, ete ‘Se por yee que dscaro cence funelons no texto come uma ‘pice defi paras otras vost do liv cujos signifies sto ‘sessment pessoas ltessbjetvs. Hi uma discrepant Polsao mesmo tempo queahistria de Nis conribul para melhores gencaizagies sobre ot leu, sua eapeclicdade mesma ea ci- funstneis paciculares de a caborato cram signs que fesntem as demandas de uma ciésiatipificadors. ‘Osegundo eo terse rege do io st nidament ints bo primeir, Sua escratucs dalle, e por vzes ada uma delas soe aa tis prc xn princpalmente em respsts our, Aida de Nise ‘ua pala automa texts com ama marta distin lad ‘em tonrcarsctrticose cee. Mas ela nanlfexamente opr ‘ode uma calaboraa, Isto parsicalarment verdadero em liso ‘soa forma geraly a duraso completa de wa vida~ 15 eeptlos Inala “Memes mats antiga’ "Vid familia, "Descobrindo ose", “Tentuias deca menc”,"Canmenta "Materaidade © perd’, "Malherere omen, Arrajandoamants’,“Um seal de ut’ "Eavelhezend”Embora no nic das enrevias Nisa rent ‘mapeado sun vida, esbocando as deas principals sere cobertas, aleagetemdscs parece ser de Showa Naverdads a0 clocar © ‘iscuro de Nisan forma de ina “ida, Shosta se dig a dois pblieos bem diferentes. Deum lio, es coletine inensemente pesca de memévss étoada suse pega cena, co- ‘mo uma "hia de vido ou tm “code vid": Dect, avid de [isa colo em jogo um potent dfs mecanisma paras prod- ‘fo de semido no Ocidente—o exemple coernt (ou melo, seen reconsrido numa auobiograa) No i nada universal ‘ou nacral nos processosfeionis da biogafia eda aobiograla (usd 1956; Olney, 1972; Lejeune, 1973). Avda seorganizn Foclmente numa nana contius. Quando Nisa di, com Fe- _quenemento fr “Viveos nage ga comendo cols. Bato rise fomos ars outro ga’, 08 simplemente "viemos © vemos” (Shostak, 198, p. 6), 0 eo de ums exstnca ern Inpesoal, pode ser ouvido. A parirdese pan de fund nebula, wma forms narativa cmerge a cate de fl, paces meno pats outro. Niss conta sua vida, um proces fextualmente drs Iaido no livo de Shox, Na condo dealer eg, provocadors c edtora do dicuro, Shostak far uma sre de intervenes sialic. Bos parte dos ‘contre rearanos transforma hiss sobrepostas em "uta vida” «que nf se epee e que x desenvolve por mio de paso sia es secoaheces. A vor Smpar de Nien emerge. Mas Shore ‘emoveu sstemaricumente suas psprias imcervenges(embora elas oss ser fequentementesentdas peat respons de Nis). Ela "ambem reironvrios marcadoss mca: o coments abil ‘lesan amiga no fir de uma hist, “ls 4 ol com oven", Ey ‘ou no comeso, “ou comesar esa hist. ¢ conta pra oot o que sacontee", 00 no meio, "6 que estou tentando fae? Aqui estou ‘ov serada,conundo ima hei, e ours ex acontcende bem ra minha cabesae nos meus pensaento!” bid, p40), Shostak lidamence peasou de frma euidadosa vbre a exteureragso de suas tans, nas do se pode ter wo performance com as suas divagagies ¢ também una hist facilnent comprcesivel ‘Seas alas de Nisa fossem para se las amplameate cram de ser fas eoncessbsem relago aos requis alegori biogréia, 1 uma letra praca na iterpecass dies de "eu Dor exes ‘nds formas 0 segundo disci do lve ida ada de Nisa, € apovimado dos seus eres, toenanda-s uma arragio com am. eloquent eid “humane, ( tern registra do lvra¢0 elato pesoal do trabalho de ‘catnp de Shostak. "Me enna o que ra mulher ung” era 4 pergunea que fez seus informe lip 349). Se Nis es pres com peri compefacn sus plea tam param responder acuta questo: que€ser una mulher” Shostak dia 2 seusinformantes “Ex quer aprender o que sinc sr uma ‘mulher naculeura dees, deforma que pudese entender mthor © ue so sigifewana mina propia’. Com Nis, oelaconamenso Tornoe em ens hung, ode une ia land a over ae nha, "uma mulheemenina,recentemente caida, lao coms as querer de amor, de catmento, de seualidade, de eablho e de ‘entidade” Obi, p4)-A mulher nals jovera brink, eves “filha € inset por uma pessoa mais welha e mais expevente ‘ay ate wofimentos da condi feminina, O relaionamento ‘ransformador termina com uma suas de igualdade em eros de alice espe, com ama palava forte no sei femi- sta: ser ibid p. 37D. Nisa fal, 20 lngo do tet, nto como tua temunha neutra, mascome sen peson que di tipo expe: iBicorde conteboea slg de us tadeepectin comm quent ‘desjs manifests. Elan ¢uma “infoemane”falandoverdades ula coms alae pra todos epaa nngudm em parila, Formecend informasées, mais do que resposas,cecunstancas. meu rete, Shore decrve uma bua de conhecimemt pes soul, de algo que va além do usual rel eeogtiic, Ela espera he cidade coe wins ole ang vena, de wg Sor tg amplarou profundar ae send de ser un mulher derma, ccental. Sem vrarligées eplicias da expectnca de Nisa, ela Arumatsa por aus pipes investiga o modo come win vida ‘arrada fa sentido, em terms legos, para wm ou. Ahisto- ria de Nisa €revelada come uma produsio coajunta,o resultado dlacim nconive que te pda oe eaci come urna dnt sujito-objeto. Algo mais do que expllcar ou repesenara vida e tx pass do otto etd acontcendo algo mae inconclso, O Teo parte de um novo interetse r rvaorizar aspectoesbje- ios ai prelsament,incersubjeivos) da pesquisa. Iso emerge ‘dem moment crucial dt polite da epstemologia feminists 4 tomada de conacénlae 0 compartlhae de experiénis pelat ‘mulheres, Algom comum & produzio e, ao runtr vidas viv da em separa, dl pode b agso pesioalerconhece um extdo ‘omum. Fsse momento da (enti) recente conacidncsfeminita alegorzado na fibula de Nisa sobre ata pripiarliconal: dade, Em cura ecograias, hisrias radcionalmeate masc: Tina de iniciado e peneeaczo encenam deforma diferente @ produtivoexconto do eu edo our. A explicit alegoria Fer nis de Shostak rele, asim, um momento espciico no qual ‘consteusio da experincia "la mulher” €atbuido um papel ‘era, £m momento de continua imporelicl, mas tem sido desafiado po ecetescontacorentes dentro dateora Feminist ‘AsBrmacio das qulidades (e opreside)comuns & mulher que ‘ruzam as linhas nis, acai de clase rrna-e problema, E, para sgn,“ mulher” é vst nfo como um loc de expe nla, mas como urna mucivel posiio subjevs af redativel qualquer essncla? ‘Alegria de Shostak parece resrar ess coneacontentss mm seus eats ocaonalnent comple snl procewos de iruyin uansertncia, que prodazem 3 insceefo fal daguce algo em ‘comum, Pos ov dkms slasionaments descritos no lv exo Inseados em sus relprocos movimento de dupliasi, image nagioe deseo, movimenosalegorizadosem uma das hiss que Shostak nares em contaponto&naraiva de Nist— um incdente {ue gia em torn do alr do corp de uma muller mena a ‘Um dia not uma guotade 12a cajor aos comet ‘se dealer sland num peer eto m oda nla bo moorita de owo LandRover En lar setaene pt Goo rn, cn, diane, xine esl me ‘so que el pola ver do ve sorpo ntnvlvanovamente 4 ars ron, Deuuns pass ae pt vr melon eS mre enor pada par arm lh rn prin, Ha et proton embors aio foae epee ecto por ‘rar pine disadeede bie destjurennade Elem ‘oboe Bu provequl ant ang een fie ‘red ineramente "Tift Como pode gue too ‘en sere” Hs sa, Pn "Nloconconla™ Eleaa uso "Nn, dee eam, Eu sou onal” Econo seal. ude "Boia? Tle mes loti ead ioe ‘aod corso cn ver onde que oral i ve Ester ado agar no meron no mew oto, No ‘eens ear Ear ae fan drm, om um lg sors, mat se aroincnO pre gue de Yin por aaa dee como, qu etn etna er ‘ident quan uni de conte reo. bid, p. 270) ‘Uma boa pare do vo ert ag ins vor mais lh uma you vem um eypeho..omersas sobre apo ds meson Nacsa, ‘um terme eliclonadoadesvioeaplicada ds mulheres do Ocdente, ansiguado, Nocamos,tambéen, que acenigtat, asin a vorda dade, que tne expel, examen como Nix erect slegiricoepetho quando Sovak tepeesents papel da joven. Aciografia gana “profundidad” ube mediante 0 ips de apts reflexsee revensesaqui diamatizadas. Acsctrae ses eb "ores poem se tano ores penn) quant ethos ie). les podem smultanenmente ouvir “dt vox” wo ote. Os letees de ‘Nise seguem~eprlongam~ 0 jogo de um dee Els imagine, 10 espelho do outro, uma pose des! mesmos sem atifcig un des

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