Um Ensaio sobre a História da Sociedade

Civil

Adam Ferguson
 Sobre este título:
Um trabalho pioneiro do Iluminismo escocês no
campo da "história filosófica", ou o que hoje
chamaríamos de sociologia. Trata das mudanças
sociais, políticas, econômicas, intelectuais e legais que
acompanharam as sociedades ao fazer a transição para
a moderna sociedade comercial e manufatureira.

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Índice:
 CONTEÚDO
 UM ENSAIO SOBRE A HISTÓRIA DA SOCIEDADE
CIVIL.
 PARTE PRIMEIRA: Das Características Gerais da
Natureza Humana.
 SEÇÃO I .: Da questão relacionada ao Estado da
Natureza.
 SECT. II .: Dos princípios da autopreservação.
 SECT. III .: Dos princípios da união entre a
humanidade.
 SECT. IV .: Dos princípios da guerra e da dissensão.
 SECT. V .: De Poderes Intelectuais.
 SECT. VI: do sentimento moral.
 SECT. VII .: de felicidade.
 SECT. VIII .: O mesmo assunto continuou.
 SECT. IX .: De Felicidade Nacional.
 SECT. X .: O mesmo assunto continuou.
 SEGUNDA PARTE: DA HISTÓRIA DAS NAÇÕES
RUDE.
 SEÇÃO I .: Das Informações sobre este assunto que
são derivadas da Antiguidade.
 SECT. II .: de nações rudes antes do estabelecimento
da propriedade.
 SECT. III .: de nações rudes sob as impressões de
propriedade e interesse.
 TERCEIRA PARTE: DA HISTÓRIA DA POLÍTICA E
DAS ARTES.
 SEÇÃO I .: Das Influências do Clima e da Situação.
 SECT. II .: A História dos Estabelecimentos Políticos.
 SEÇÃO III .: Dos Objetos Nacionais em Geral, e dos
Estabelecimentos e Maneiras a eles Relacionados.
 SEÇÃO IV .: Da População e Riqueza.
 SECT. V .: De Defesa Nacional e Conquista.
 SEÇÃO VI .: Da Liberdade Civil.
 SEÇÃO VII .: Da História das Artes.
 SEÇÃO VIII .: Da História da Literatura.
 QUARTA PARTE: Das Conseqüências que Resultam
do Avanço das Artes Civis e Comerciais.
 SEÇÃO I .: Da Separação de Artes e Profissões.
 SEÇÃO II: Da Subordinação decorrente da Separação
de Artes e Profissões.
 SEÇÃO III .: Das Maneiras das Nações Polidas e
Comerciais.
 SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou.
 QUINTA PARTE: DO DECLÍNIO DAS NAÇÕES.
 SEÇÃO I: Da suposta Eminência Nacional e das
Vicissitudes dos Assuntos Humanos.
 SEÇÃO II .: Dos Esforços Temporários
Relaxamentos do Espírito Nacional.
 SEÇÃO III .: Do Incidente dos Relaxamentos no
Espírito Nacional para as Nações Polidas.
 SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou.
 SEÇÃO V .: De Resíduos Nacionais.
 PARTE SEXTA: da corrupção e da escravidão política.
 SEÇÃO I .: Da Corrupção em Geral.
 SEÇÃO II .: De Luxo.
 SEÇÃO III .: Do Incidente de Corrupção às Nações
Polidas.
 SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou.
 SECT. V .: De Corrupção, como tende à Escravidão
Política.
 SEÇÃO VI: Do Progresso e Rescisão do Despotismo.
[i]
UM ENSAIO SOBRE A HISTÓRIA DA SOCIEDADE
CIVIL.
Por ADAM FERGUSON, LL. D. Professor de Filosofia
Moral na Universidade de EDIMBURGO.
A QUINTA EDIÇÃO
LONDRES:
Impresso por T. CADELL, na Strand; e W. CREECH e
J. BELL, Edimburgo.
M DCC LXXXII.
[ ii ][iii][1]
UM ENSAIO SOBRE A HISTÓRIA DA
SOCIEDADE CIVIL. ↩
PARTE PRIMEIRA: Das características gerais
da NATUREZA HUMANA. ↩
SEÇÃO I .: Da questão relacionada ao Estado da
Natureza. ↩
Produções naturais são geralmente formadas por
graus. Legumes são criados a partir de uma sessão de
concurso e animais de um estado infantil. Os últimos,
sendo ativos, unem suas operações e seus poderes, e
progridem no que desempenham, assim como nas
faculdades que adquirem. Este progresso no caso do
e homem é continuado [2]em maior medida do que em
qualquer outro animal. Não apenas o indivíduo avança
da infância para a masculinidade, mas a própria
espécie da grosseria para a civilização. Daí a suposta
partida da humanidade do estado de sua natureza; daí
nossas conjecturas e opiniões diferentes sobre o que o
homem deve ter sido na primeira idade de seu ser. O
poeta, o historiador e o moralista frequentemente
aludem a esse tempo antigo; e sob os emblemas de
ouro, ou de ferro, representam uma condição e uma
maneira de vida da qual a humanidade se degenerou
ou sobre a qual melhorou muito. Em qualquer
suposição, o primeiro estado de nossa natureza não
deve ter qualquer semelhança com o que os homens
exibiram em qualquer período
subsequente; monumentos históricos, mesmo da data
mais antiga, devem ser considerados como novidades;
ENTRE os escritores que tentaram distinguir, no
caráter humano, suas qualidades originais e apontar
os limites entre a natureza e a arte, alguns
representaram a humanidade em sua primeira
condição, como possuidora de mera sensibilidade
animal, sem qualquer exercício da natureza.
faculdades que os tornam superiores aos brutos, sem
qualquer união política, sem qualquer meio de
explicar seus sentimentos, [3]e mesmo sem possuir
nenhuma das apreensões e paixões que a voz e o gesto
estão tão bem equipados para expressar. Outros
fizeram com que o estado de natureza consistisse em
guerras perpétuas inflamadas pela competição por
domínio e interesse, onde cada indivíduo tinha uma
briga separada com sua espécie, e onde a presença de
um semelhante era o sinal da batalha.
O desejo de lançar os alicerces de um sistema
predileto, ou uma expectativa afeiçoada, talvez, de que
possamos ser capazes de penetrar os segredos da
natureza, até a própria fonte da existência, levaram,
nesse assunto, a muitas investigações infrutíferas, e
deu origem a muitas suposições selvagens. Entre as
várias qualidades que a humanidade possui,
selecionamos um ou alguns detalhes sobre os quais
estabelecer uma teoria, e ao enquadrar nossa
descrição do que o homem era em algum estado
imaginário da natureza, negligenciamos o que ele
sempre apareceu ao alcance de nossa própria
observação e nos registros da história.
EM todos os outros casos, no entanto, o historiador
natural se vê obrigado a coletar fatos, e não a oferecer
conjecturas. Quando ele trata de qualquer espécie
particular de animais, ele supõe que suas disposições e
instintos atuais são os mesmos que eles originalmente
tinham, e que seu modo de vida atual é uma
continuação de seu primeiro destino. Ele admite que
seu conhecimento do sistema material do mundo
consiste em uma coleção de fatos, [4] ou no máximo,
em princípios gerais derivados de observações e
experimentos particulares. É somente no que diz
respeito a si mesmo, e em questões mais importantes
e mais facilmente conhecidas, que ele substitui a
hipótese em vez da realidade e confunde as províncias
da imaginação e da razão, da poesia e da ciência.
MAS sem entrar mais em questões, seja em questões
morais ou físicas, relativas à maneira ou à origem de
nosso conhecimento; sem qualquer depreciação a essa
sutileza que analisaria todo sentimento, e rastrearia
cada modo de ser até sua fonte; pode ser afirmado
com segurança, Que o caráter do homem, como ele
existe agora, que as leis de seu sistema animal e
intelectual, das quais sua felicidade agora depende,
merecem nosso principal estudo; e os princípios gerais
relativos a este ou a qualquer outro assunto, só são
úteis na medida em que se baseiam na observação
justa e levam ao conhecimento de importantes
conseqüências, ou na medida em que nos permitem
agir com sucesso quando aplicaríamos os poderes
intelectuais ou físicos da natureza, para os propósitos
da vida humana.
SE OS dois primeiros e os mais recentes relatos
coletados de todos os quadrantes da Terra
representarem a humanidade reunida em tropas e
empresas; e o indivíduo sempre unido pelo afeto à
festa, enquanto ele é possivelmente oposto a
outro; empregado no exercício do recolhimento e da
previsão; [5]inclinado a comunicar seus próprios
sentimentos e a se familiarizar com os dos
outros; esses fatos devem ser admitidos como
fundamento de todo nosso raciocínio relativo ao
homem. Sua disposição mista à amizade ou à
inimizade, sua razão, seu uso da linguagem e sons
articulados, como a forma e a posição ereta de seu
corpo, devem ser considerados como tantos atributos
de sua natureza: devem ser retidos em sua descrição.
como a asa e a pata estão na da águia e do leão, e como
diferentes graus de ferocidade, vigilância, timidez ou
velocidade, ocupam um lugar na história natural de
diferentes animais.
E SEa questão colocada: O que a mente do homem
poderia realizar, quando deixada a si mesma e sem o
auxílio de qualquer direção estrangeira? devemos
procurar nossa resposta na história da
humanidade. Experiências particulares que soaram
tão úteis no estabelecimento dos princípios de outras
ciências, provavelmente não poderiam nos ensinar
nada importante, ou novo: devemos tomar a história
de todo ser ativo de sua conduta na situação à qual ele
pertence. é formado, não de sua aparência em
qualquer condição forçada ou incomum; um homem
selvagem, portanto, preso na floresta, onde sempre
vivera separado de sua espécie, é um exemplo
singular, não um espécime de caráter geral. Como a
anatomia do olho que nunca recebeu as impressões de
luz, ou de uma orelha que nunca sentiu o impulso dos
sons, provavelmente[ 6 ] apresentam defeitos na
própria estrutura dos próprios órgãos, decorrentes de
não serem aplicados às suas próprias funções; assim,
qualquer caso particular desse tipo só mostraria em
que grau os poderes de apreensão e sentimento
poderiam existir onde eles não tinham sido
empregados, e quais seriam os defeitos e
imbecilidades de um coração no qual as emoções que
surgiam na sociedade nunca tinham sido. sentido.
HUMANIDADE devem ser tomadas em grupos, pois
sempre subsistiram. A história do indivíduo é apenas
um detalhe dos sentimentos e pensamentos que ele
nutria na visão de sua espécie: e todo experimento
relativo a esse assunto deveria ser feito com
sociedades inteiras, não com homens solteiros. Temos
todos os motivos, no entanto, para crer que, no caso
de um experimento desse tipo, suporemos que, com
uma colônia de crianças transplantadas do berçário, e
deixadas para formar uma sociedade à parte, sem
instrução e indisciplinada, devemos apenas tem as
mesmas coisas repetidas, que, em tantas partes
diferentes da terra, já foram transacionadas. Os
membros da nossa pequena sociedade se
alimentariam e dormiriam, se reuniriam e brincariam,
teriam uma linguagem própria, brigariam e
dividiriam, seriam um para o outro os objetos mais
importantes da cena e, no ardor de suas amizades e
competições, ignorariam seu perigo pessoal e
suspenderiam o cuidado de sua autopreservação. A
raça humana não foi plantada como a colônia em
questão?[ 7 ] Quem dirigiu seu curso? cuja instrução
eles ouviram? ou cujo exemplo eles seguiram?
NATUREZA, portanto, presumimos que, tendo dado a
cada animal seu modo de existência, suas disposições
e modo de vida, tratou igualmente da raça humana; e
o historiador natural que coletaria as propriedades
dessa espécie pode preencher cada artigo agora, assim
como poderia ter feito em qualquer idade anterior. As
realizações do pai não descem no sangue de seus
filhos, nem o progresso do homem é considerado uma
mutação física da espécie. O indivíduo, em todas as
épocas, tem a mesma corrida para correr da infância à
idade adulta, e todo bebê, ou pessoa ignorante, agora é
um modelo do que o homem era em seu estado
original. Ele entra em sua carreira com vantagens
peculiares à sua idade; mas seu talento natural é
provavelmente o mesmo. O uso e aplicação deste
talento está mudando, e os homens continuam suas
obras em progresso através de muitas eras; constroem
sobre fundamentos estabelecidos por seus
antepassados; e em uma sucessão de anos, tendem a
uma perfeição na aplicação de suas faculdades, para a
qual a ajuda de longa experiência é necessária, e para
a qual muitas gerações devem ter combinado seus
esforços. Observamos o progresso que eles
fizeram; nós distintamente enumeramos muitos dos
seus passos; podemos rastreá-los até uma antiguidade
distante; dos quais nenhum registro permanece, nem
qualquer monumento é preservado, para nós
distintamente enumeramos muitos dos seus
passos; podemos rastreá-los até uma antiguidade
distante; dos quais nenhum registro permanece, nem
qualquer monumento é preservado, para nós
distintamente enumeramos muitos dos seus
passos; podemos rastreá-los até uma antiguidade
distante; dos quais nenhum registro permanece, nem
qualquer monumento é preservado, para[ 8 ]nos
informar quais foram as aberturas dessa cena
maravilhosa. A conseqüência é que, em vez de atentar
para o caráter de nossa espécie, onde os detalhes são
comprovados pela autoridade mais segura,
procuramos rastreá-lo através de eras e cenas
desconhecidas; e, em vez de supor que o início de
nossa história era quase uma peça da seqüência,
achamos que é nossa obrigação rejeitar todas as
circunstâncias de nossa condição e estrutura atuais,
como adventícias e estranhas à nossa natureza. O
progresso da humanidade, de um suposto estado de
sensibilidade animal, para a obtenção da razão, para o
uso da linguagem e para o hábito da sociedade, foi
assim pintado com uma força de imaginação, e seus
passos foram marcados com um ousadia da invenção,
que nos tentaria a admitir, entre os materiais da
história, as sugestões de fantasia,* .
ELE seria ridículo afirmar, como uma descoberta, que
as espécies do cavalo provavelmente nunca foi o
mesmo com o do leão; contudo, em oposição ao que
caiu das penas de escritores eminentes, somos
obrigados a observar que os homens sempre
apareceram entre os animais como uma raça distinta e
superior; que nem a posse de órgãos semelhantes,
nem a aproximação da forma, nem o uso [9] da
mão *nem o contínuo intercâmbio com esse artista
soberano permitiu que qualquer outra espécie
misturasse sua natureza ou suas invenções com a
sua; que, em seu estado mais rude, ele é encontrado
acima deles; e em sua maior degeneração, nunca desce
ao nível deles. Ele é, em suma, um homem em todas as
condições; e não podemos aprender nada sobre sua
natureza a partir da analogia de outros animais. Se
quisermos conhecê-lo, devemos cuidar de si mesmo,
do curso de sua vida e da sua conduta. Com ele, a
sociedade parece ser tão antiga quanto o indivíduo, e o
uso da língua é tão universal quanto o da mão ou do
pé. Se houve um tempo em que ele teve conhecimento
com sua própria espécie para fazer, e suas faculdades
para adquirir, é um tempo do qual não temos registro,
e em relação ao qual nossas opiniões podem servir
sem propósito,
MUITAS vezes somos tentados a entrar nessas regiões
ilimitadas de ignorância ou conjecturas, por uma
fantasia que se deleita em criar, em vez de apenas
reter as formas que são apresentadas a ela: somos os
ingênuos de uma sutileza que promete suprir todo
defeito de nosso conhecimento. e, preenchendo
algumas lacunas na história da natureza, pretende
conduzir nossa apreensão mais perto da fonte da
existência. A crédito de algumas observações, estamos
aptos a presumir que o segredo poderá em breve ser
aberto [10] e que aquilo a que se chama sabedoriana
natureza, pode ser referido ao funcionamento de
poderes físicos. Esquecemos que os poderes físicos
empregados em sucessão ou juntos, e combinados a
um propósito salutar, constituem aquelas mesmas
provas de design das quais inferimos a existência de
Deus; e que essa verdade é uma vez admitida, não
devemos mais procurar a fonte da existência; só
podemos recolher as leis que o autor da natureza
estabeleceu; e em nosso mais recente, assim como em
nossas primeiras descobertas, só percebemos um
modo de criação ou providência antes do
desconhecido.
NÓS falam de arte como distinta da natureza; mas a
arte em si é natural para o homem. Ele é, em certa
medida, o artífice de sua própria estrutura, bem como
de sua fortuna, e está destinado, desde a primeira
idade de seu ser, a inventar e inventar. Ele aplica os
mesmos talentos a uma variedade de propósitos e age
quase da mesma parte em cenas muito diferentes. Ele
estaria sempre melhorando em seu assunto, e ele
carrega essa intenção onde quer que ele se mova, pelas
ruas da populosa cidade, ou pelas florestas da
floresta. Embora ele apareça igualmente ajustado a
todas as condições, ele é incapaz de se estabelecer em
qualquer situação. Ao mesmo tempo obstinado e
volúvel, ele se queixa de inovações e nunca é satisfeito
com novidades. Ele está perpetuamente ocupado em
reformas e está continuamente ligado a seus erros. Se
ele morar em uma caverna, ele iria melhorá-lo em
uma casa de campo;[ 11 ]extensão. Mas ele não propõe
fazer transições rápidas e apressadas; seus passos são
progressivos e lentos; e sua força, como o poder de
uma mola, pressiona silenciosamente toda
resistência; um efeito é produzido às vezes antes que a
causa seja percebida; e com todo o seu talento para
projetos, seu trabalho é frequentemente realizado
antes que o plano seja elaborado. Parece, talvez,
igualmente difícil retardar ou acelerar seu ritmo; se o
projetor reclamar que está atrasado, o moralista o
considera instável; e se seus movimentos são rápidos
ou fluem, as cenas dos assuntos humanos mudam
perpetuamente em sua administração: Seu emblema é
um fluxo passageiro, não uma piscina
estagnada. Podemos desejar dirigir seu amor pela
melhoria a seu objetivo apropriado, podemos desejar
estabilidade de conduta; mas nós confundimos a
natureza humana, se desejamos um término do
trabalho ou uma cena de repouso.
AS ocupações dos homens, em todas as condições,
indicam sua liberdade de escolha, suas várias opiniões
e a multiplicidade de desejos pelos quais são
estimulados: mas gozam, ou perduram, com uma
sensibilidade, ou uma fleuma, que são quase as
mesmas. em todas as situações. Eles possuem as
margens do Cáspio, ou do Atlântico, por um mandato
diferente, mas com a mesma facilidade. Por um lado,
eles estão fixos ao solo, e parecem ser formados para
assentamento e acomodação das cidades: Os nomes
que eles conferem a uma nação e a seu território são
os mesmos. Por outro eles são meros animais de
passagem, preparados para vaguear sobre a face da
terra, e com [12] seus rebanhos, em busca de novas
pastagens e estações favoráveis, para seguir o sol em
seu curso anual.
HOMEM encontra seu alojamento na caverna, no chalé
e no palácio; e sua subsistência igualmente na floresta,
no laticínio ou na fazenda. Ele assume a distinção de
títulos, equipamentos e roupas; ele cria sistemas
regulares de governo e um corpo complicado de
leis; ou nu na floresta não tem distintivo de
superioridade, mas a força de seus membros e a
sagacidade de sua mente; nenhuma regra de conduta,
mas escolha; sem vínculo com seus companheiros,
mas com afeição, amor à companhia e desejo de
segurança. Capaz de uma grande variedade de artes,
mas dependente de nenhuma em particular para a
preservação de seu ser; qualquer que seja o tempo em
que ele tenha levado seu artifício, lá ele parece
apreciar as conveniências que se adequam a sua
natureza e ter encontrado a condição à qual está
destinado. A árvore que um americano, nas margens
do Oroonoko* , optou por subir para o retiro, eo
alojamento de sua família, é para ele uma morada
conveniente. A sopha, a cúpula abobadada e a
colonade não satisfazem mais eficazmente seu
habitante nativo.
SE nos perguntarem, portanto, onde o estado de
natureza pode ser encontrado? nós podemos
responder, está aqui; e não importa se somos
entendidos a falar na ilha da Grã-Bretanha, no Cabo
de [13]Boa Esperança, ou o Estreito de
Magalhães. Enquanto esse ser ativo está no caminho
de empregar seus talentos e de operar nos assuntos ao
seu redor, todas as situações são igualmente
naturais. Se nos disserem, esse vício, pelo menos, é
contrário à natureza; nós podemos responder, é
pior; é loucura e miséria. Mas se a natureza é apenas
oposta à arte, em que situação da raça humana os
passos da arte são desconhecidos? Na condição do
selvagem, assim como na do cidadão, há muitas
provas da invenção humana; e em qualquer um não
está em nenhuma estação permanente, mas em um
mero estágio pelo qual este ser viajando está
destinado a passar. Se o palácio não for natural, a casa
não é menos; e os mais altos refinamentos de
apreensão política e moral, não são mais artificiais em
sua espécie, do que as primeiras operações de
sentimento e razão.
SE admitirmos que o homem é suscetível de melhora e
tem em si mesmo um princípio de progressão e um
desejo de perfeição, parece impróprio dizer que ele
deixou o estado de sua natureza, quando começou a
proceder; ou que ele encontra uma estação para a qual
ele não foi planejado, enquanto, como outros animais,
ele apenas segue a disposição e emprega os poderes
que a natureza deu.
OS mais recentes esforços da invenção humana são
apenas a continuação de certos dispositivos que foram
praticados nas primeiras eras do mundo e no estado
mais rudimentar da humanidade. O que os projetos
selvagens, [14] ou observam, na floresta, são os
degraus que levaram as nações, mais avançadas, da
arquitetura da casa de campo à do palácio, e
conduziram a mente humana das percepções dos
sentidos, para a conclusões gerais da ciência.
OS defeitos RECONHECIDOS são para o homem em
todas as condições de desgosto. Ignorância e
imbecilidade são objetos de desprezo: penetração e
conduta dão eminência e obtêm estima. Aonde seus
sentimentos e apreensões sobre esses assuntos
deveriam levá-lo? Para um progresso, sem dúvida, em
que o selvagem, assim como o filósofo, está
envolvido; em que eles fizeram avanços diferentes,
mas em que os seus fins são os mesmos. A admiração
que Cícero nutria pela literatura, eloqüência e
realizações civis não era mais real do que a de um cita
para uma medida de dotes semelhantes, como sua
própria apreensão poderia alcançar. “Eu deveria me
gabar”, diz um príncipe tártaro *Seria da sabedoria
que recebi de Deus. Pois como, por um lado, não cede
a ninguém na condução da guerra, na disposição dos
exércitos, seja de cavalo ou de pé, e em dirigir os
movimentos de grandes ou pequenos corpos; assim,
por outro lado, tenho meu talento em escrever,
inferior talvez apenas àqueles que habitam as grandes
cidades da Pérsia ou da índia. De outras nações,
desconhecidas para mim, não falo ”.
HOMEM pode confundir os objetos de sua
perseguição; ele pode aplicar mal sua indústria e
perder suas melhorias. Se, sob o senso de tais
possíveis erros, ele encontrasse um padrão pelo qual
julgasse seus próprios procedimentos, e chegasse ao
melhor estado de sua natureza, ele não poderia
encontrá-lo talvez na prática de qualquer indivíduo,
ou de qualquer nação. tanto faz; nem mesmo no
sentido da maioria, ou a opinião prevalecente de sua
espécie. Ele deve procurá-lo nas melhores concepções
de sua compreensão, nos melhores movimentos de
seu coração; ele deve, então, descobrir o que é a
perfeição e a felicidade da qual ele é capaz. Ele
encontrará, no exame minucioso, que o estado
apropriado de sua natureza, tomado nesse sentido,
não é uma condição da qual a humanidade é para
sempre removida, mas uma à qual eles podem agora
alcançar; não antes do exercício de suas faculdades,
DE todos os termos que empregamos no tratamento
dos assuntos humanos, os que são naturais e não
naturais são os menos determinados em seu
significado. Oposto a afetação, perversidade ou
qualquer outro defeito do temperamento ou caráter, o
natural é um epíteto de louvor; mas empregado para
especificar uma conduta que procede da natureza do
homem, pode servir para distinguir nada: pois todas
as ações dos homens são igualmente o resultado de
sua natureza. No máximo, essa linguagem só pode se
referir ao senso geral ou predominante da prática da
humanidade; e o propósito de todas as investigações
importantes sobre este assunto [16]pode ser servido
pelo uso de uma linguagem igualmente familiar e mais
precisa. O que é justo ou injusto? O que é feliz ou
miserável, nas maneiras dos homens? O que, em suas
várias situações, é favorável ou adverso às suas
qualidades amáveis? são perguntas para as quais
podemos esperar uma resposta satisfatória; e
qualquer que tenha sido o estado original de nossa
espécie, é mais importante conhecer a condição a que
nós mesmos devemos aspirar do que aquilo que
nossos ancestrais deveriam ter deixado.
SECT. II .: Dos princípios da
autopreservação. ↩
Se na natureza humana existem qualidades pelas
quais se distingue de todas as outras partes da criação
animal, esta natureza em si é em diferentes climas e
em diferentes idades grandemente diversificadas. As
variedades merecem nossa atenção, e o curso de cada
fluxo no qual essa corrente poderosa se divide merece
ser seguido até sua origem. Parece necessário,
contudo, que atendamos às qualidades universais de
nossa natureza, antes de considerarmos suas
variedades, ou tentemos explicar as diferenças que
consistem na posse ou aplicação desigual de
disposições e poderes que são, em certa medida,
comuns a toda a humanidade.
O HOMEM, como os outros animais, tem certas
propensões instintivas, que, antes da percepção do
prazer ou da dor, e antes da experiência do que é
pernicioso ou útil, levam-no a desempenhar muitas
funções que terminam em si mesmo ou têm relação.
para seus companheiros de criaturas. Ele tem um
conjunto de disposições que tendem à preservação de
seus animais e à continuidade de sua raça; outro que
leva à sociedade, e ao inscrevê-lo ao lado de uma tribo
ou comunidade, freqüentemente o envolve na guerra e
na disputa com o resto da humanidade. Seus poderes
de discernimento, ou [18] suas faculdades intelectuais,
que, sob o nome de razão,distinguem-se das dotações
análogas de outros animais, referem-se aos objetos à
sua volta, seja como sujeitos de mero conhecimento,
seja como sujeitos de aprovação ou censura. Ele é
formado não apenas para saber, mas também para
admirar e desprezar; e esses procedimentos de sua
mente têm uma referência principal a seu próprio
caráter e ao de seus semelhantes, como sendo os
assuntos sobre os quais ele está principalmente
preocupado em distinguir o que é certo do que é
errado. Ele também desfruta de sua felicidade em
certas condições fixas e determinadas; e quer como
indivíduo à parte, quer como membro da sociedade
civil, deve tomar um rumo particular, a fim de colher
as vantagens de sua natureza. Ele é, em grande
medida, suscetível de hábitos; e pode, por tolerância
ou exercício, até agora enfraquecer, confirmar, ou
mesmo diversificar seus talentos e suas disposições,
como para parecer, em grande medida, o árbitro de
sua própria posição na natureza, e o autor de todas as
variedades que são exibidas na história real de sua
espécie. As características universais, entretanto, a
que agora nos referimos, devem, quando trataríamos
de qualquer parte desta história, constituir o primeiro
tema de nossa atenção; e eles exigem não apenas que
sejam enumerados, mas que sejam considerados
distintamente.
AS disposições que tendem à preservação do
indivíduo, enquanto continuam a operar [19]na
maneira dos desejos instintivos, são quase os mesmos
no homem que nos outros animais: mas nele, mais
cedo ou mais tarde, combinam-se com reflexão e
previsão; eles dão origem a suas apreensões sobre o
assunto da propriedade e o tornam familiarizado com
aquele objeto de cuidado que ele chama de
interesse. Sem os instintos que ensinam o castor e o
esquilo, a formiga e a abelha, a compor suas pequenas
hordas de inverno, a princípio imprudentes e, onde
nenhum objeto imediato de paixão está próximo,
viciado em preguiça, ele se torna, em processo do
tempo, o grande mestre dos animais. Ele encontra em
uma provisão de riqueza, que ele provavelmente
nunca deve empregar, um objeto de sua maior
solicitude e o principal ídolo de sua mente. Ele
apreende uma relação entre sua pessoa e sua
propriedade, que torna o que ele chama de seu, de
uma maneira uma parte de si mesmo, um constituinte
de sua posição, sua condição e seu caráter, no qual,
independente de qualquer prazer real, ele pode ser
afortunado ou infeliz; e, independente de qualquer
mérito pessoal, ele pode ser um objeto de
consideração ou negligência; e em que ele pode ser
ferido e ferido, enquanto sua pessoa está segura, e
cada falta de sua natureza é completamente suprida.
EM essas apreensões, enquanto outras paixões operar
apenas ocasionalmente, o interessado encontrar o
objeto de suas preocupações comuns; seu motivo para
a prática de artes mecânicas e comerciais; sua
tentação de invadir as leis da justiça; e, [20] quando
extremamente corrompido, o preço de suas
prostituições, e o padrão de suas opiniões sobre o
assunto do bem e do mal. Sob essa influência, eles
entrariam, se não fossem restringidos pelas leis da
sociedade civil, em um cenário de violência ou
maldade, que exibisse nossa espécie, por vezes, sob
um aspecto mais terrível e odioso, ou mais vil e
desprezível, do que de qualquer animal que herda a
terra.
EMBORA a consideração de interesse seja
fundamentada na experiência de desejos e desejos
animais, seu objetivo não é gratificar qualquer apetite
particular, mas assegurar os meios de gratificar a
todos; e impõe frequentemente uma restrição aos
próprios desejos dos quais ela surgiu, mais poderosos
e mais severos do que os da religião ou do
dever. Surge dos princípios da autopreservação no
quadro humano; mas é uma corrupção, ou pelo menos
um resultado parcial, desses princípios, e é, em muitos
relatos, muito indevidamente denominados amor-
próprio.
O AMOR é uma afeição que leva a atenção da mente
para além de si mesma, e é o sentido de uma relação
com alguma criatura semelhante quanto ao seu
objeto. Sendo uma complacência e uma satisfação
contínua neste objeto, ele tem, independente de
qualquer evento externo, e em meio a afeições mais felizes, sua franqueza e sua
desapontamento e tristeza, prazeres e triunfos
desconhecidos àqueles que são guiados por meras
considerações de interesse; em cada mudança de
condição, continua inteiramente [21]distinto dos
sentimentos que sentimos em relação ao sucesso
pessoal ou à adversidade. Mas, como o cuidado que
um homem nutre por seu próprio interesse, e a
atenção que sua afeição faz com que ele pague o de
outro, pode ter efeitos semelhantes, um em sua
própria fortuna, o outro em seu amigo, confundimos
os princípios de que ele age; Supomos que sejam do
mesmo tipo, só se referem a objetos diferentes; e não
apenas aplicamos erroneamente o nome do amor, em
conjunto com o eu, mas, de uma maneira tendente a
degradar nossa natureza, limitamos o objetivo desse
suposto afeto egoísta à garantia ou ao acúmulo dos
constituintes de interesse, ou aos meios de meras vida
animal.
É um tanto notável que, apesar de os homens
valorizarem-se tanto nas qualidades da mente, em
partes, aprendizado e inteligência, em coragem,
generosidade e honra, esses homens ainda deveriam
estar no mais alto grau egoístas ou atentos a si
mesmos, que são mais cuidadosos com a vida animal,
e que são menos conscientes de tornar essa vida um
objeto digno de cuidado. Será difícil, no entanto, dizer
por que um bom entendimento, uma mente resoluta e
generosa, não deve, por todos os sentidos, ser
considerado como parte de si mesmo, como seu
estômago ou seu paladar, e muito mais do que isso.
sua propriedade ou seu vestido. O epicurista, que
consulta seu médico, como ele pode restaurar seu
gosto por comida e, ao criar um apetite, renovar seu
prazer, pode pelo menos com igual consideração
a [22].]Si mesmo, consultar como ele pode fortalecer a
sua afeição a um pai ou uma criança, para o seu país
ou para a humanidade; e é provável que um apetite
desse tipo fosse uma fonte de prazer não menor que a
primeira.
PORnossas supostas máximas egoístas, no entanto,
geralmente excluímos dentre os objetos de nossos
cuidados pessoais muitas das qualidades mais felizes e
respeitáveis da natureza humana. Consideramos afeto
e coragem como meras tolices que nos levam a
negligenciar ou expor a nós mesmos; nós fazemos a
sabedoria consistir em uma consideração a nosso
interesse; e sem explicar o que significa interesse, nós
o entenderíamos como o único motivo razoável de
ação com a humanidade. Existe até um sistema de
filosofia baseado em princípios desse tipo, e essa é
nossa opinião sobre o que os homens provavelmente
farão com princípios egoístas, que achamos que deve
ter uma tendência muito perigosa para a virtude. Mas
os erros deste sistema não consistem tanto em
princípios gerais, como em suas aplicações
particulares; não tanto em ensinar os homens a se
considerarem, como em levá-los a esquecer, que suas
independência de mente são, na realidade, partes
deles mesmos. E os adversários desta suposta filosofia
egoísta, onde ela faz do amor-próprio a paixão
dominante com a humanidade, tiveram motivos para
encontrar falhas, não tanto com suas representações
gerais do humano.[ 23 ] natureza, como com o
obtrusion de uma mera inovação na linguagem para
uma descoberta na ciência.
QUANDO os vulgares falam de seus motivos diferentes,
eles estão satisfeitos com nomes comuns, que se
referem a distinções conhecidas e óbvias. Deste tipo
são os termos benevolência e egoísmo,pelo primeiro
de que eles expressam as afeições amigáveis deles /
delas, e pelo segundo o interesse deles / delas. Os
especulativos nem sempre estão satisfeitos com este
processo; eles analisariam, além de enumerar os
princípios da natureza; e a chance é que, apenas para
obter a aparência de algo novo, sem qualquer
perspectiva de vantagem real, eles tentarão mudar a
aplicação das palavras. No caso diante de nós, eles
descobriram que a benevolência não é mais que uma
espécie de amor-próprio; e nos obrigaria, se possível,
a procurar um novo conjunto de nomes, pelo qual
possamos distinguir o egoísmo do pai quando ele
cuida de seu filho, do seu egoísmo quando ele apenas
cuida de si mesmo. Pois, de acordo com essa filosofia,
como em ambos os casos ele só quer gratificar um
desejo próprio, ele é, em ambos os casos, igualmente
egoísta.benevolente, nesse meio tempo, não é
empregado para caracterizar pessoas que não têm
desejos próprios, mas pessoas cujos próprios desejos
os induzem a obter o bem-estar dos outros. O fato é,
que devemos só precisa de um novo suprimento de
linguagem, ao invés do que por esta descoberta
aparente deveríamos ter perdido, a fim de tornar
nossos raciocínios [24] faça o que anteriormente
fez. Mas é certamente impossível viver e agir com
homens, sem empregar nomes diferentes para
distinguir o humano do cruel e o benevolente do
egoísta.
ESSES termos têm seus equivalentes em todas as
línguas; eles foram inventados por homens sem
refinamento, que apenas pretendiam expressar o que
percebiam claramente ou sentiam fortemente. E se um
homem de especulação deve provar que somos
egoístas em um sentido próprio, não se segue que
somos tão no sentido do vulgar; ou, como os homens
comuns entenderiam sua conclusão, que somos
condenados, em todos os casos, a agir com base em
motivos de interesse, cobiça, pusilanimidade e
covardia; pois tal é concebido como a importância
comum do egoísmo no caráter do homem.
UMA afeição ou paixão de qualquer tipo é dito às vezes
nos dão um interesse em seu objeto; e a própria
humanidade se interessa pelo bem-estar da
humanidade. Esse termo interesse, que comumente
implica pouco mais que nossa propriedade, às vezes é
colocado para a utilidade em geral, e isso para a
felicidade; De modo que, sob essas ambiguidades, não
é surpresa que ainda não possamos determinar se o
interesse é o único motivo da ação humana e o padrão
pelo qual distinguimos nosso bem do nosso mal.
TANTO é dito neste lugar, não de um desejo de
participar de qualquer controvérsia, mas
apenas [25] para confinar o significado do
termo interesseà sua aceitação mais comum, e intimar
um projeto para empregá-lo na expressão daqueles
objetos de cuidado que se referem à nossa condição
externa e à preservação de nossa natureza
animal. Quando tomado neste sentido, certamente
não se pensará compreender de uma só vez todos os
motivos da conduta humana. Se não for permitido aos
homens terem benevolência desinteressada, não lhes
será negado que tenham paixões desinteressadas de
outro tipo. O ódio, a indignação e a raiva
frequentemente os instigam a agir em oposição a seu
interesse conhecido, e até a arriscar suas vidas, sem
esperanças de compensação em qualquer retorno
futuro de preferência ou lucro.
SECT. III .: Dos princípios da união entre a
humanidade. ↩
A HUMANIDADE sempre vagou ou se estabeleceu,
concordou ou brigou, em tropas e empresas. A causa
de sua montagem, seja ela qual for, é o princípio de
sua aliança ou união.
EMColetando os materiais da história, raramente
estamos dispostos a tolerar nosso assunto apenas
como o encontramos. Estamos muito envergonhados
com uma multiplicidade de detalhes e aparentes
inconsistências. Em teoria, professamos a investigação
de princípios gerais; e a fim de trazer a questão de
nossas investigações ao alcance de nossa
compreensão, estamos dispostos a adotar qualquer
sistema. Assim, no tratamento dos assuntos humanos,
extraímos todas as consequências de um princípio de
união ou de um princípio de dissensão. O estado de
natureza é um estado de guerra ou de amizade, e os
homens são feitos para se unir a partir de um
princípio de afeição ou de um princípio de medo,
como é mais adequado ao sistema de diferentes
escritores. A história de nossa espécie mostra
abundantemente, que eles são um para o outro objetos
mútuos de medo e de amor; e aqueles que provariam
que eles estavam originalmente em um estado de
aliança ou de guerra, têm argumentos para manter
suas afirmações. Nosso apego a uma divisão, ou a uma
seita, parece muitas vezes derivar grande parte de sua
força de uma[ 27 ] animosidade concebida para um
oposto: E esta animosidade, por sua vez, como muitas
vezes surge de um zelo em favor do lado que
defendemos, e de um desejo de reivindicar os direitos
do nosso partido.
“ MANNasce na sociedade ”, diz Montesquieu,“ e lá ele
permanece ”. Os feitiços que o detêm são conhecidos
por serem múltiplos. Juntamente com o afeto
parental, que, em vez de abandonar o adulto, como
entre os brutos, abraça mais perto, à medida que se
mistura com a estima e a memória de seus primeiros
efeitos; podemos considerar uma propensão comum
ao homem e a outros animais, misturar-se com o
rebanho e, sem refletir, seguir a crosta de sua
espécie. O que essa propensão foi no primeiro
momento de sua operação, nós não sabemos; mas com
os homens acostumados à companhia, seus prazeres e
decepções são considerados entre os principais
prazeres ou dores da vida humana. A tristeza e a
melancolia estão ligadas à solidão; alegria e prazer
com o concurso dos homens. A trilha de um Laplandro
na margem nevada dá alegria ao marinheiro
solitário; e os sinais mudos de cordialidade e bondade
que são feitos a ele, despertam a memória dos
prazeres que ele sentia na sociedade. Em suma, diz o
escritor de uma viagem ao norte, depois de descrever
uma cena muda desse tipo, “Ficamos extremamente
satisfeitos em conversar com os homens, visto que em
treze meses não vimos nenhuma criatura
humana* “Mas nós precisamos. [28] nenhuma
observação remoto para confirmar esta posição: Os
gemidos da criança, e os languors do adulto, quando
está sozinho; as alegrias animadas de um, e o
chearfulness do outro, no retorno da companhia, são
uma prova suficiente de seus fundamentos sólidos no
quadro de nossa natureza.
EMcontabilizando as ações, muitas vezes esquecemos
que nós mesmos agimos; e, em vez dos sentimentos
que estimulam a mente na presença de seu objeto,
atribuímos como motivos de conduta aos homens as
considerações que ocorrem nas horas de
aposentadoria e reflexão fria. Nesse humor
freqüentemente não encontramos nada importante,
além das perspectivas deliberadas de interesse; e uma
grande obra, como a da formação da sociedade, deve,
em nossa compreensão, surgir de reflexões profundas
e ser levada adiante com vistas às vantagens que a
humanidade obtém do comércio e do apoio
mútuo. Mas nem a propensão a misturar-se com o
rebanho, nem o senso de vantagens desfrutado nessa
condição compreendem todos os princípios pelos
quais os homens estão unidos. Essas bandas são
mesmo de fraca textura, quando comparado ao ardor
resoluto com o qual um homem adere a seu amigo, ou
a sua tribo, depois de terem, por algum tempo,
executado juntos a carreira da fortuna. Descobertas
mútuas de generosidade, provas conjuntas de
fortaleza, redobram os ardores da amizade e acendem
uma chama no seio humano, que as considerações de
interesse pessoal ou segurança não podem suprimir. O
mais animado[ 29 ] os transportes de alegria são
vistos, e os gritos mais altos de desespero são ouvidos,
quando os objetos de uma terna afeição são vistos em
um estado de triunfo ou de sofrimento. Um índio
recuperou inesperadamente seu amigo na ilha de Juan
Fernandes: Ele prostrou-se no chão, a seus pés:
“Ficamos olhando em silêncio”, diz Dampier, “nesta
cena terna”. Se quisermos saber qual é a religião de
um selvagem americano, o que em seu coração mais se
parece com devoção: não é seu medo do feiticeiro,
nem sua esperança de proteção dos espíritos do ar ou
da madeira; é o carinho ardente com que ele seleciona
e abraça seu amigo; com o qual ele se agarra a seu lado
em todas as épocas de perigo; e com o qual ele invoca
seu espírito a distância, quando os perigos o
surpreendem sozinho* . Quaisquer que sejam as
provas que possamos ter da disposição social do
homem em cenas familiares e contíguas, é
possivelmente importante extrair nossas observações
dos exemplos de homens que vivem na condição mais
simples e que não aprenderam a afetar o que não
fazem. realmente sinto.
MERO conhecimento e habitude nutrem afeição, e a
experiência da sociedade traz toda a paixão da mente
humana para o seu lado. Seus triunfos e
prosperidades, suas calamidades e aflições trazem
uma variedade e uma força de emoção que só podem
ter lugar na companhia de nossos semelhantes. É aqui
que um homem é feito para esquecer o
seu [30]fraqueza, seus cuidados de segurança e sua
subsistência; e agir a partir das paixões que o fazem
descobrir sua força. É aqui que ele descobre que suas
flechas voam mais velozes que a águia, e suas armas
são mais profundas que a pata do leão, ou o dente do
javali. Não é só seu senso de apoio que está próximo,
nem o amor de distinção na opinião de sua tribo, que
inspira sua coragem, ou incha seu coração com uma
confiança que excede o que sua força natural deveria
conceder. Paixões veementes de animosidade ou
apego são os primeiros esforços de vigor em seu
peito; sob sua influência, toda consideração, mas a de
seu objeto, é esquecida; perigos e dificuldades só o
excitam ainda mais.
ESSA condição é certamente favorável à natureza de
qualquer ser, na qual sua força é aumentada; e se a
coragem for o dom da sociedade para o homem, temos
razão para considerar sua união com sua espécie como
a parte mais nobre de sua fortuna. Desta fonte
derivam não apenas a força, mas a própria existência
de suas emoções mais felizes; não apenas a melhor
parte, mas quase todo o seu caráter racional. Mande-o
para o deserto sozinho, ele é uma planta arrancada de
suas raízes: a forma de fato pode permanecer, mas
toda faculdade se inclina e murcha; a personagem
humana e o caráter humano deixam de existir.
OS HOMENS estão tão longe de valorizar a sociedade
por causa de suas simples conveniências externas, que
são comumente mais ligados onde essas
conveniências [31]são menos frequentes; e existem
mais fiéis, onde o tributo de sua lealdade é pago em
sangue. A afeição opera com a maior força, onde se
depara com as maiores dificuldades: No seio dos pais,
é muito solícito em meio aos perigos e aflições da
criança: No peito de um homem, sua chama redobra
onde os erros ou sofrimentos de seu amigo, ou seu
país, exigem sua ajuda. Resumidamente, é somente
desse princípio que podemos explicar a ligação
obstinada de um selvagem a sua tribo indefesa e
indefesa, quando as tentações do lado da facilidade e
da segurança podem induzi-lo a fugir da fome e do
perigo, para um estação mais afluente e mais
segura. Daí a afeição sanguínea que todo grego tinha
por seu país e, portanto, o devotado patriotismo de
um dos primeiros romanos. Que esses exemplos sejam
comparados com o espírito que reina num estado
comercial, em que se supõe que os homens tenham
experimentado, em toda a sua extensão, o interesse
que os indivíduos têm na preservação de seu país. É
aqui, de fato, se alguma vez, aquele homem é às vezes
encontrado um ser solitário e solitário: ele encontrou
um objeto que o coloca em competição com seus
semelhantes, e ele lida com eles como ele faz com seu
gado e seu solo. , por causa dos lucros que eles
trazem. O poderoso motor que supomos ter formado a
sociedade, apenas tende a diferenciar seus membros,
ou a continuar seu intercurso depois que as faixas de
afeto são quebradas. o interesse que os indivíduos têm
na preservação de seu país. É aqui, de fato, se alguma
vez, aquele homem é às vezes encontrado um ser
solitário e solitário: ele encontrou um objeto que o
coloca em competição com seus semelhantes, e ele lida
com eles como ele faz com seu gado e seu solo. , por
causa dos lucros que eles trazem. O poderoso motor
que supomos ter formado a sociedade, apenas tende a
diferenciar seus membros, ou a continuar seu
intercurso depois que as faixas de afeto são
quebradas. o interesse que os indivíduos têm na
preservação de seu país. É aqui, de fato, se alguma vez,
aquele homem é às vezes encontrado um ser solitário
e solitário: ele encontrou um objeto que o coloca em
competição com seus semelhantes, e ele lida com eles
como ele faz com seu gado e seu solo. , por causa dos
lucros que eles trazem. O poderoso motor que
supomos ter formado a sociedade, apenas tende a
diferenciar seus membros, ou a continuar seu
intercurso depois que as faixas de afeto são quebradas.
[ 32 ]
SECT. IV .: Dos princípios da guerra e da dissensão. ↩
“ EXISTEM algumas circunstâncias na sorte da
humanidade”, diz Sócrates, “que elas sejam destinadas
a amizade e amizade: Essas são, a necessidade mútua
de uma pela outra; sua compaixão mútua; seu senso
de benefícios mútuos; e os prazeres que surgem na
empresa. Há outras circunstâncias que os levam à
guerra e à dissensão; a admiração e o desejo que eles
entretêm pelos mesmos assuntos; suas pretensões
opostas; e as provocações que eles mutuamente
oferecem no curso de suas competições ”.
QUANDO nos esforçamos para aplicar as máximas da
justiça natural à solução de questões difíceis,
descobrimos que alguns casos podem ser supostos, e
realmente acontecem, onde as oposições ocorrem, e
são lícitas, antes de qualquer provocação ou ato de
injustiça; onde a segurança e a preservação dos
números são mutuamente inconsistentes, uma parte
pode empregar seu direito de defesa, antes que a outra
tenha iniciado um ataque. E quando nos unimos a
esses exemplos, às ocorrências de erro e mal-
entendidos aos quais a humanidade está exposta,
podemos estar certos de que a guerra nem sempre
decorre de uma intenção de prejudicar; e que mesmo
as melhores qualidades [33] dos homens, sua
sinceridade, bem como a sua resolução, pode operar
no meio de suas brigas.
LÁainda é mais para ser observado sobre este
assunto. A humanidade não apenas encontra em sua
condição as fontes de divergência e dissensão; eles
parecem ter em mente a semente da animosidade e
abraçar as ocasiões de oposição mútua, com
entusiasmo e prazer. Na situação mais pacífica, há
poucos que não têm seus inimigos, assim como seus
amigos; e quem não está satisfeito em se opor aos
procedimentos de um, tanto quanto em favorecer os
desígnios do outro. Pequenas e simples tribos, que em
sua sociedade doméstica têm a união mais firme, estão
em seu estado de oposição como nações separadas,
freqüentemente animadas com o ódio mais
implacável. Entre os cidadãos de Roma, nos primeiros
anos daquela república, o nome de um estrangeiro e o
de um inimigo eram os mesmos. Entre os gregos, o
nome de bárbaro, sob o qual essas pessoas
compreendiam cada nação que era de uma raça e
falavam uma língua diferente da sua, tornou-se um
termo de desprezo e aversão indiscriminados. Mesmo
quando nenhuma pretensão particular à
superioridade é formada, a repugnância à união, as
frequentes guerras, ou melhor, as perpétuas
hostilidades que ocorrem entre nações rudes e clãs
separados, descobrem o quanto nossa espécie está
disposta à oposição, bem como a um concerto.
[ 34 ]
Descobertas TARDIAS trouxeram ao nosso
conhecimento quase todas as situações em que a
humanidade é colocada. Nós os encontramos
espalhados por grandes e extensos continentes, onde
as comunicações são abertas e onde a confederação
nacional pode ser facilmente formada. Nós os
encontramos em distritos mais estreitos, circunscritos
por montanhas, grandes rios e braços do mar. Eles
foram encontrados em pequenas ilhas, onde os
habitantes podem ser facilmente montados e tirar
vantagem de sua união. Mas em todas essas situações,
igualmente, eles foram quebrados em cantões e
afetaram uma distinção de nome e comunidade. Os
títulos de compatriota e compatriota, sem oposição
aos estrangeiros e estrangeiros,a que se referem,
cairia em desuso e perderia o sentido. Nós amamos
indivíduos por causa de qualidades pessoais; mas
amamos nosso país, pois é uma festa nas divisões da
humanidade; e nosso zelo por seu interesse é uma
predileção em favor do lado que mantemos.
NO concurso promíscuo dos homens, é suficiente
termos a oportunidade de selecionar nossa
empresa. Nós nos afastamos daqueles que não nos
envolvem, e nós consertamos nosso resort onde a
sociedade está mais em nossa mente. Nós gostamos de
distinções; nos colocamos em oposição e brigamos sob
as denominações de facção e partido, sem qualquer
assunto material de controvérsia. A aversão, como o
afeto, é fomentada por uma direção contínua ao seu
objeto particular. Separação e estranhamento,
como [35]bem como a oposição, alargar uma violação
que não deve o seu início a qualquer infracção. E
parece que, até que tenhamos reduzido a humanidade
ao estado de uma família, ou encontrado alguma
consideração externa para manter sua conexão em
maior número, eles serão sempre separados em
bandos e formarão uma pluralidade de nações.
OO senso de um perigo comum, e os ataques de um
inimigo, têm sido freqüentemente úteis para as
nações, unindo seus membros mais firmemente
juntos, e prevenindo as secessões e separações reais
nas quais sua discórdia civil poderia terminar. E esse
motivo para a união que é oferecida do exterior pode
ser necessário, não apenas no caso de nações grandes
e extensas, onde as coalizões são enfraquecidas pela
distância, e a distinção de nomes provinciais; mas
mesmo na sociedade estreita dos estados menores. A
própria Roma foi fundada por uma pequena festa, que
tomou seu vôo de Alba; seus cidadãos corriam o risco
de se separar; e se as aldeias e cantões dos volscos
tivessem sido mais longe do cenário de suas
dissensões, o padre Mons poderia ter recebido uma
nova colônia antes que a pátria estivesse madura para
tal descarga. Ela continuou a sentir as brigas de seus
nobres e seu povo; e manteve abertos os portões de
Janus, para lembrar aquelas partes dos deveres que
eles deviam ao seu país.
[ 36 ]
SOCIEDADES,assim como indivíduos, sendo acusados
de cuidar de sua própria preservação e tendo
interesses separados, que dão origem a ciúmes e
competições, não podemos nos surpreender ao
descobrir que as hostilidades surgem dessa fonte. Mas
se não houvesse paixões raivosas de um tipo diferente,
as animosidades que assistem a uma oposição de
interesse deveriam ter uma proporção do suposto
valor do sujeito. “As nações hotentotes”, diz Kolben,
“trespassam umas às outras por furtos de gado e de
mulheres; mas tais ferimentos raramente são
cometidos, exceto com a intenção de exasperar seus
vizinhos e levá-los a uma guerra. ”Tais depredações,
então, não são o fundamento de uma guerra, mas os
efeitos de uma intenção hostil já concebida. As nações
da América do Norte, que não têm rebanhos para
preservar, nem assentamentos para defender, ainda
estão envolvidas em guerras quase perpétuas, para o
qual eles não podem atribuir nenhuma razão, mas o
ponto de honra, e um desejo de continuar a luta que
seus pais mantinham. Eles não consideram os
despojos de um inimigo; e o guerreiro que se
apoderou de qualquer saque, facilmente parte com ele
para a primeira pessoa que vem em seu caminho* .
MAS não precisamos atravessar o Atlântico para
encontrar provas de animosidade e observar, na
colisão de sociedades separadas, a influência de
paixões raivosas, que não surgem de uma oposição
de [37]interesse. A natureza humana não faz parte de
seu caráter, do qual exemplos mais flagrantes são
dados neste lado do globo. O que é que se agita nos
seios dos homens comuns quando os inimigos de seu
país são nomeados? De onde vêm os preconceitos que
subsistem entre diferentes províncias, cantões e
aldeias, do mesmo império e território? O que é que
excita metade das nações da Europa contra o outro? O
estadista pode explicar sua conduta em motivos de
ciúme e cautela nacionais, mas as pessoas têm
antipatias e antipatias, pelas quais não podem dar
conta. Suas recriminações mútuas de perfídia e
injustiça, como as depredações hotentotes, são apenas
sintomas de uma animosidade e a linguagem de uma
disposição hostil, já concebida. A acusação de covardia
e pusilanimidade, qualidades que o inimigo
interessado e cauteloso deveria, de todos os outros,
como o melhor a encontrar em seu rival, é estimulado
com aversão e fez o chão de antipatia. Ouvir os
camponeses em diferentes lados dos Alpes, e os
Pirinéus, o Reno ou o canal britânico, dar vazão aos
seus preconceitos e paixões nacionais; é entre eles que
encontramos os materiais de guerra e dissensão
estabelecidos sem a direção do governo, e faíscas
prontas para acender uma chama, que o estadista está
freqüentemente disposto a extinguir. O fogo nem
sempre pegará onde suas razões de estado dirão, nem
parará onde a concordância de interesse produziu
uma aliança. dar vazão aos seus preconceitos e paixões
nacionais; é entre eles que encontramos os materiais
de guerra e dissensão estabelecidos sem a direção do
governo, e faíscas prontas para acender uma chama,
que o estadista está freqüentemente disposto a
extinguir. O fogo nem sempre pegará onde suas razões
de estado dirão, nem parará onde a concordância de
interesse produziu uma aliança. dar vazão aos seus
preconceitos e paixões nacionais; é entre eles que
encontramos os materiais de guerra e dissensão
estabelecidos sem a direção do governo, e faíscas
prontas para acender uma chama, que o estadista está
freqüentemente disposto a extinguir. O fogo nem
sempre pegará onde suas razões de estado dirão, nem
parará onde a concordância de interesse produziu
uma aliança.[ 38 ] “Meu pai”, disse um camponês
espanhol, “se levantaria de seu túmulo, se pudesse
prever uma guerra com a França”. Que interesse ele
ou os ossos de seu pai tinham nas brigas dos
príncipes?
ESTESobservações parecem denunciar nossa espécie e
dar uma imagem desfavorável da humanidade; e, no
entanto, as particularidades que mencionamos são
consistentes com as qualidades mais amáveis de nossa
natureza e muitas vezes fornecem uma cena para o
exercício de nossas maiores habilidades. São
sentimentos de generosidade e autonegação que
animam o guerreiro em defesa de seu país; e são
disposições mais favoráveis à humanidade, que se
tornam os princípios de aparente hostilidade aos
homens. Todo animal é feito para deleitar-se no
exercício de seus talentos e forças naturais: o leão e o
tigre brincam com a pata; o cavalo se deleita em
entregar sua juba ao vento e esquece seu pasto para
tentar sua velocidade no campo; o touro, mesmo antes
que sua testa esteja armada, e o cordeiro, enquanto
ainda um emblema de inocência, tenha a disposição
de atacar com a testa, e antecipar, em jogo, os
conflitos que eles estão condenados a sustentar. O
homem também está disposto à oposição e a empregar
as forças de sua natureza contra um antagonista
igual; ele ama trazer sua razão, sua eloqüência, sua
coragem, até mesmo sua força corporal à prova. Seus
esportes são freqüentemente uma imagem de
guerra; suor e sangue são livremente gastos em jogo; e
fraturas ou morte são muitas vezes feitas para
terminar o passatempo de[ 39 ] ociosidade e
festividade. Ele não foi feito para viver para sempre, e
até mesmo seu amor de diversão abriu um caminho
para o túmulo.
SEM a rivalidade das nações e a prática da guerra, a
própria sociedade civil dificilmente poderia ter um
objeto ou uma forma. A humanidade poderia ter
negociado sem qualquer convenção formal, mas eles
não podem ser seguros sem um concerto nacional. A
necessidade de uma defesa pública, deu origem a
muitos departamentos do Estado, e os talentos
intelectuais dos homens encontraram sua cena mais
movimentada no manejo de suas forças
nacionais. Intimidar ou intimidar ou, quando não
podemos persuadir com razão, a resistir com firmeza,
são as ocupações que dão o seu exercício mais
animador, e seus maiores triunfos, a uma mente
vigorosa; e aquele que nunca lutou com seus
semelhantes, é um estranho para metade dos
sentimentos da humanidade.
AS brigas dos indivíduos, com efeito, são
freqüentemente operações de paixões infelizes e
detestáveis; malícia, ódio e raiva. Se tais paixões, por
si só, possuem o peito, a cena da dissensão se torna
um objeto de horror; mas uma oposição comum
mantida por números é sempre dissipada por paixões
de outro tipo. Sentimentos de afeição e amizade se
misturam com a animosidade; os ativos e árduos
tornam-se os guardiões de sua sociedade; e a violência
em si é, no caso deles, [40]um esforço de
generosidade, bem como de coragem. Nós
aplaudimos, como procedentes de um espírito
nacional ou partidário, o que não poderíamos suportar
como o efeito de uma antipatia privada; e, em meio às
competições de estados rivais, pensamos ter
encontrado, para o patriota e o guerreiro, a prática da
violência e do estratagema, a carreira mais ilustre da
virtude humana. Mesmo a oposição pessoal aqui não
divide nosso julgamento nos méritos dos homens. Os
nomes rivais de Agesilau e Epaminondas, de Cipião e
Aníbal, são repetidos com igual louvor; e a guerra em
si, que em uma visão parece tão fatal, em outra é o
exercício de um espírito liberal; e nos mesmos efeitos
de que nos arrependemos, é apenas mais uma
enfermidade, pela qual o Autor da natureza designou
nossa saída da vida humana.
ESSAS reflexões podem abrir nossa visão sobre o
estado da humanidade; mas eles tendem a nos
reconciliar com a conduta da Providência, ao invés de
nos fazer mudar os nossos: onde, do ponto de vista do
bem-estar de nossos semelhantes, nos esforçamos
para apaziguar suas animosidades e as unimos pelos
laços de afeição. . Na busca dessa intenção amável,
podemos esperar, em alguns casos, desarmar as
paixões nervosas do ciúme e da inveja; podemos
esperar instilar nos seios dos homens privados
sentimentos de sinceridade em relação aos seus
semelhantes, e uma disposição para a humanidade e a
justiça. Mas é inútil esperar que possamos dar à
multidão de um povo um senso de união entre [41]eles
mesmos, sem admitir hostilidade aos que se opõem a
eles. Poderíamos, imediatamente, no caso de qualquer
nação, extinguir a emulação que é excitada do
exterior, devemos provavelmente quebrar ou
enfraquecer os elos da sociedade em casa, e fechar as
cenas mais ocupadas das ocupações e virtudes
nacionais.
SECT. V .: De Poderes Intelectuais. ↩
MUITAS tentativas foram feitas para analisar as
disposições que nós enumeramos agora; mas um
propósito da ciência, talvez o mais importante, é
servido quando a existência de uma disposição é
estabelecida. Estamos mais preocupados em sua
realidade e em suas conseqüências do que em sua
origem ou forma de formação.
A mesma observação pode ser aplicada aos outros
poderes e faculdades de nossa natureza. Sua existência
e uso são os principais objetos de nosso estudo. Pensar
e raciocinar, dizemos, são as operações de algumas
faculdades; mas de que maneira as faculdades do
pensamento ou razão permanecem, quando não são
exercidas, ou por que diferença no quadro elas são
desiguais em pessoas diferentes, são questões que não
podemos resolver. Somente suas operações os
descobrem: quando não aplicados, eles se escondem
até da pessoa a quem pertencem; e sua ação é tão
parte de sua natureza, que a própria faculdade, em
muitos casos, dificilmente será distinguida de um
hábito adquirido em seu esforço frequente.
PESSOAS que estão ocupados com assuntos diferentes,
que atuam em diferentes cenas, geralmente
aparecem [43] ter talentos diferentes, ou pelo menos
ter as mesmas faculdades diversamente formados e
adequados para diferentes fins. O peculiar gênio das
nações, assim como dos indivíduos, pode, desse modo,
surgir do estado de suas fortunas. E é bom que nos
esforcemos para encontrar alguma regra, pela qual
julgar o que é admirável nas capacidades dos homens,
ou afortunado na aplicação de suas faculdades, antes
de nos aventurarmos a julgar este ramo de seus
méritos, ou fingir medir o grau de respeito que eles
podem reivindicar por suas diferentes realizações.
PARAreceber as informações de sentido, é talvez a
função mais antiga de um animal combinado com
uma natureza intelectual; e uma grande realização do
agente vivo consiste na força e sensibilidade de seus
órgãos animais. Os prazeres ou dores aos quais ele é
exposto a partir deste trimestre, constituem para ele
uma importante diferença entre os objetos que são
assim trazidos ao seu conhecimento; e diz respeito a
ele distinguir bem, antes de se comprometer com a
direção do apetite. Ele deve examinar os objetos de
um sentido pelas percepções do outro; examine com o
olho, antes que ele se arrisque a tocar; e empregar
todos os meios de observação, antes que ele satisfaça
os apetites de sede e fome. Um discernimento
adquirido pela experiência torna-se uma faculdade de
sua mente;
[ 44 ]
Oobjetos ao nosso redor, além de suas aparências
separadas, têm suas relações um com o outro. Eles
sugerem, quando comparados, o que não ocorreria
quando fossem considerados separados; eles têm seus
efeitos e influências mútuas; eles exibem, em
circunstâncias semelhantes, operações semelhantes e
conseqüências uniformes. Quando encontramos e
expressamos os pontos em que consiste a
uniformidade de suas operações, verificamos uma lei
física. Muitas dessas leis, e até as mais importantes,
são conhecidas pelos vulgares, e ocorrem nos menores
graus de reflexão: Mas outras estão escondidas sob
uma aparente confusão, que os talentos comuns não
podem remover; e são, portanto, objetos de estudo,
longa observação e capacidade superior. As faculdades
de penetração e julgamento são, tanto por homens de
negócios quanto por ciência, empregados para
desvendar complexidades desse tipo;
PARA recolher uma multiplicidade de elementos sob
cabeças gerais, e submeter uma variedade de
operações ao seu princípio comum, é o objeto da
ciência. Para fazer a mesma coisa, pelo menos, dentro
do intervalo de seus compromissos ativos, é requisito
para o homem do prazer, ou de negócios: E ao que
parece, que o [45] estudioso e do ativo são até agora
empregados na mesma tarefa, da observação e
experiência, para encontrar os pontos de vista gerais
sob os quais seus objetos podem ser considerados, e as
regras que podem ser utilmente aplicadas nos detalhes
de sua conduta. Eles nem sempre aplicam seus
talentos a diferentes assuntos; e eles parecem ser
distinguidos principalmente pelo alcance e variedade
desiguais de suas observações, ou pelas intenções que
eles possuem em coletar.
ENQUANTOos homens continuam a agir de apetites e
paixões, levando à consecução de fins externos,
raramente abandonam a visão de seus objetos em
detalhe, para irem longe no caminho das investigações
gerais. Eles medem a extensão de suas próprias
habilidades, pela prontidão com que apreendem o que
é importante em cada assunto e pela facilidade com
que se libertam em todas as ocasiões difíceis. E estes,
deve ser confessado, para um ser que está destinado a
agir em meio às dificuldades, são o teste apropriado de
capacidade e força. O desfile de palavras e raciocínios
gerais, que às vezes carregam uma aparência de tanto
aprendizado e conhecimento, são de pouca utilidade
na condução da vida. Os talentos dos quais eles
procedem terminam em mera e raramente estão
conectados com o discernimento superior que o ativo
aplica em tempos de perplexidade; muito menos com
essa intrepidez e força da mente que são necessárias
ao passar por cenas difíceis.
[ 46 ]
AS habilidades dos homens ativos, no entanto, têm
uma variedade correspondente à dos sujeitos em que
estão ocupados. Uma sagacidade aplicada à natureza
externa e inanimada forma uma espécie de
capacidade; aquilo que é voltado para a sociedade e os
assuntos humanos, outro. A reputação de partes em
qualquer cena é ambígua, até sabermos com que tipo
de esforço essa reputação é obtida. Nada mais pode
ser dito, elogiando os homens das maiores
habilidades, do que eles compreendam bem os
assuntos aos quais eles se aplicam: E todo
departamento, toda profissão, teria seus grandes
homens, se não houvesse uma escolha de objetos para
o compreensão, e talentos para a mente, assim como
sentimentos para o coração e hábitos para o
personagem ativo.
AS profissões mais medíocres, de fato, às vezes até
esquecem a si mesmas, ou ao resto da humanidade, a
ponto de se arrogarem, elogiando o que se distingue a
seu modo, todo epíteto da mais respeitável afirmação
como o direito de habilidades superiores. Todo
mecânico é um grande homem com o aprendiz e o
humilde admirador, em seu chamado particular; e
podemos, talvez, com mais segurança, declarar o que
deve tornar um homem feliz e amável do que aquilo
que deveria fazer com que suas habilidades sejam
respeitadas, e seu gênio admirado. Isto, sob a visão
dos próprios talentos, talvez seja impossível. O efeito,
no entanto, apontará a regra e o padrão de nosso
julgamento. Ser admirado e respeitado, é ter um
ascendente [47]entre homens. Os talentos que mais
diretamente obtêm esse ascendente são aqueles que
operam na humanidade, penetram em seus pontos de
vista, impedem seus desejos ou frustram seus
projetos. A capacidade superior leva com uma energia
superior, onde cada indivíduo iria, e mostra a
hesitante e irresoluta passagem clara para a realização
de seus fins.
ESTA descrição não pertence a nenhum ofício ou
profissão em particular; ou talvez implique um tipo de
habilidade, que a aplicação separada de homens a
determinados chamados, apenas tende a suprimir ou a
enfraquecer. Onde encontraremos os talentos aptos a
agir com os homens em um corpo coletivo, se
dividirmos esse corpo em partes e limitarmos a
observação de cada um a um caminho separado?
Agir na visão de seus semelhantes, produzir sua mente
em público, dar a ela todo o exercício do sentimento e
do pensamento, que pertencem ao homem como um
membro da sociedade, como um amigo ou um
inimigo, parece ser o principal chamado e ocupação de
sua natureza. Se ele deve trabalhar, para subsistir, não
pode subsistir melhor do que o bem da
humanidade; nem ele pode ter talentos melhores do
que aqueles que o qualificam para agir com os
homens. Aqui, de fato, o entendimento parece
emprestar muito das paixões; e há uma felicidade de
conduta nos assuntos humanos, na qual é difícil
distinguir a prontidão da cabeça do ardor e da
sensibilidade do coração. Onde [48]ambos estão
unidos, constituem a superioridade da mente, cuja
freqüência entre os homens, em épocas e nações
particulares, muito mais do que o progresso que
fizeram na especulação, ou na prática das artes
mecânicas e liberais, deve determinar a taxa de seu
gênio, e atribuir a palma da distinção e honra.
QUANDO AS nações se sucedem na carreira de
descobertas e investigações, a última é sempre a mais
sabedora. Sistemas de ciência são gradualmente
formados. O próprio globo é atravessado por graus, e a
história de todas as eras, quando passada, é uma
acessão de conhecimento para aqueles que são bem-
sucedidos. Os romanos eram mais sabedores que os
gregos; e todo estudioso da Europa moderna é, nesse
sentido, mais instruído do que a pessoa mais talentosa
que já teve algum desses nomes célebres. Mas ele é
por conta disso seu superior?
OS HOMENS devem ser estimados, não pelo que sabem,
mas pelo que são capazes de realizar; de sua
habilidade em adaptar materiais aos diversos
propósitos da vida; do seu vigor e conduta na
perseguição dos objetivos da política e na descoberta
dos expedientes da guerra e da defesa
nacional. Mesmo na literatura, eles devem ser
estimados a partir das obras de seu gênio, não da
extensão de seu conhecimento. A cena da mera
observação era extremamente limitada em uma
república grega; e da agitação de uma vida ativa
apareceu inconsistente com o estudo: Mas [49] há a
mente humana, não obstante, recolheu suas maiores
habilidades, e recebeu suas melhores informações, no
meio do suor e de poeira.
ISTOé peculiar à Europa moderna, para descansar
tanto do caráter humano sobre o que pode ser
aprendido na aposentadoria, e a partir da informação
de livros. Uma admiração justa da literatura antiga,
uma opinião de que o sentimento humano e a razão
humana, sem essa ajuda, teriam desaparecido das
sociedades dos homens, nos conduziriam à sombra,
onde nos empenhamos em derivar da imaginação e do
estudo, o que é na realidade, questão de experiência e
sentimento: e nós nos esforçamos, através da
gramática das línguas mortas, e do canal dos
comentaristas, para chegar às belezas do pensamento
e da elocução, que brotaram do espírito animado da
sociedade, e foram tiradas dos vivos. impressões de
uma vida ativa. Nossas realizações são
freqüentemente limitadas aos elementos de todas as
ciências, e raramente chegam a esse aumento de
capacidade e poder que o conhecimento útil deve
dar. Como matemáticos, que estudam os Elementos
de Euclides, mas nunca pensam em
mensuração; lemos sobre as sociedades, mas não nos
propomos a agir com os homens: repetimos a
linguagem da política, mas não sentimos o espírito das
nações; Atendemos às formalidades de uma disciplina
militar, mas não sabemos como empregar números de
homens para obter qualquer propósito por
estratagema ou força.
MAS para que fim, pode-se dizer, apontar um mal que
não pode ser remediado? Se assuntos
nacionais [50]chamado pelo esforço, o gênio dos
homens despertaria; mas no recesso de um emprego
melhor, o tempo que é concedido ao estudo, se mesmo
assistido com nenhuma outra vantagem, serve para
ocupar com inocência as horas de lazer, e estabelece
limites para a busca de diversões ruinosas e
frívolas. De nenhuma razão melhor do que isso,
empregamos tantos dos nossos primeiros anos, sob a
vara, para adquirir, o que não se espera que devamos
manter além do limiar da escola; e embora tenhamos
o mesmo caráter frívolo em nossos estudos que
fazemos em nossas diversões, a mente humana não
poderia sofrer mais com o desprezo pelas letras, do
que com a falsa importância dada à literatura, como
um negócio para a vida, não como uma ajuda para
nossa conduta, e os meios de formar um caráter que
pode ser feliz em si mesmo, e útil para a humanidade.
SE aquele tempo que é passado em relaxar os poderes
da mente, e em reter cada objeto, mas o que tende a
enfraquecer e a corromper, foi empregado em
fortificar esses poderes, e em ensinar a mente a
reconhecer seus objetos, e sua força não deveríamos,
nos anos de maturidade, estar tão perdidos pela
ocupação; tampouco, ao comparecer às chances de
uma mesa de jogo, empregar mal nossos talentos ou
desperdiçar o fogo que permanece no peito. Eles, pelo
menos, que por suas estações têm uma participação
no governo de seu país, podem acreditar que são
capazes de fazer negócios; e enquanto [51]o estado
tinha seus exércitos e conselhos, podia encontrar
objetos suficientes para divertir, sem arriscar uma
fortuna pessoal, apenas para curar os bocejos de uma
vida insignificante e insignificante. É impossível para
sempre manter o tom de especulação; É impossível, às
vezes, não sentirmos que vivemos entre os homens.
[ 52 ]
SECT. VI: do sentimento moral. ↩
DEPOIS DEuma ligeira observação do que passa na vida
humana, devemos concluir que o cuidado da
subsistência é a fonte principal das ações
humanas. Essa consideração leva à invenção e prática
das artes mecânicas; serve para distinguir diversão de
negócios; e, com muitos, dificilmente admite
competição em qualquer outro assunto de busca ou
atenção. As poderosas vantagens da propriedade e da
fortuna, quando as recomendações que derivam da
vaidade, ou os mais sérios aspectos de independência
e poder, significam apenas uma provisão que é feita
para o desfrute animal; e se nossa solicitude sobre este
assunto fosse removida, não apenas cessariam os
trabalhos do mecânico, mas os estudos dos
instruídos; todo departamento de negócios públicos se
tornaria desnecessário; todas as casas do Senado
seriam fechadas e todos os palácios desertos.
O homem É , portanto, a respeito de seu objetivo, ser
classificado com os meros brutos, e apenas ser
distinguido por faculdades que o qualificam para
multiplicar artimanhas para o apoio e conveniência da
vida animal, e pela extensão de uma fantasia que
torna o cuidar da preservação animal para ele mais
pesado do que é para o rebanho com o qual ele
compartilha da generosidade da natureza? Se isso
fosse [53]seu caso, a alegria que acompanha o sucesso,
ou as tristezas que surgem do desapontamento, fariam
a soma de suas paixões. A torrente que desperdiçou,
ou a inundação que enriqueceu, suas possessões, lhe
daria toda a emoção com a qual ele é preso, na ocasião
de um erro pelo qual suas fortunas são prejudicadas,
ou de um benefício pelo qual elas são preservadas e
ampliadas . Seus companheiros de criaturas seriam
considerados meramente como eles afetaram seu
interesse. Lucro ou perda serviria para marcar o
evento de cada transação; e os
epítetos úteis ou prejudiciais serviriam para distinguir
seus companheiros na sociedade, assim como eles
fazem a árvore que dá muitos frutos, daquilo que
apenas canta o solo, ou intercepta sua visão.
ISSO, no entanto, não é a história da nossa espécie. O
que vem de um semelhante é recebido com uma
emoção peculiar; e toda linguagem está repleta de
termos que expressam algo nas transações dos
homens, diferentes do sucesso e do
desapontamento. O peito se acende na companhia,
enquanto o ponto de interesse em vista não tem nada
a inflamar; e uma questão frívola em si, torna-se
importante, quando serve para trazer à luz as
intenções e os personagens dos homens. O
estrangeiro, que acreditava que Otelo, no palco, estava
enfurecido pela perda de seu lenço, não estava mais
enganado, do que o raciocinador que imputa qualquer
das paixões mais veementes dos homens às
impressões de mais lucro ou perda.
[ 54 ]
HOMENS SE reúnem para deliberar sobre
negócios; separam-se dos ciúmes de interesse; mas em
suas várias colisões, seja como amigos ou como
inimigos, um incêndio é eliminado, o que os interesses
ou a segurança não podem confinar. O valor de um
favor não é medido quando sentimentos de bondade
são percebidos; e o termo infortúnio tem apenas um
significado fraco, quando comparado ao
de insulto e errado.
COMOatores ou espectadores, somos perpetuamente
levados a sentir a diferença da conduta humana e, a
partir de uma simples exposição de transações que
passaram em eras e países distantes da nossa, somos
movidos com admiração e piedade, ou transportados
com indignação e raiva. Nossa sensibilidade sobre
esse assunto dá seu charme na aposentadoria, nas
relações da história e nas ficções da poesia; envia a
lágrima da compaixão, dá ao sangue seu mais rápido
movimento e ao olho seus mais vivos olhares de
desagrado ou alegria. Transforma a vida humana em
um espetáculo interessante, e perpetuamente solicita
até o indolente a se misturar, como adversários ou
amigos, nas cenas que são representadas antes
deles. Juntamente com os poderes de deliberação e
razão, constitui a base de uma natureza moral; e,
enquanto dita os termos de louvor e de culpa,
É agradável encontrar homens que, em suas
especulações, negam a realidade das distinções
morais, esquecem [55] em detalhe as posições gerais
que mantêm e libertam o ridículo, a indignação e o
desprezo, como se qualquer um desses sentimentos
pudesse ter lugar. , eram as ações dos homens
indiferentes; ou com a acrimônia fingir detectar a
fraude pela qual as restrições morais foram impostas,
como se censurar uma fraude já não devesse tomar
parte do lado da moralidade * .
PODEMOS explicar os princípios sobre os quais a
humanidade julga a preferência dos personagens, e
sobre os quais eles desfrutam de emoções veementes
de admiração ou desprezo? Se for admitido que não
podemos, os fatos são menos verdadeiros? ou
devemos suspender os movimentos do coração, até
que aqueles que estão empregados em sistemas de
enquadramento da ciência tenham descoberto o
princípio de que esses movimentos procedem? Se um
dedo queimar, não nos preocupamos com informações
sobre as propriedades do fogo: se o coração se rasgar
ou a mente ficar feliz, não temos tempo para
especulações sobre os assuntos da sensibilidade
moral.
É afortunado nisto, como em outros artigos aos quais
se aplica especulação e teoria, que a natureza
prossegue em seu curso, enquanto os curiosos se
ocupam na busca de seus princípios. O camponês, ou
a criança, pode raciocinar, julgar e falar sua língua,
com um discernimento, uma consistência e uma
consideração à analogia, que confundem o lógico, o
moralista e o gramático, quando [56] encontrariam o
princípio sobre o qual se baseia o processo, ou quando
eles trariam à regra geral, o que é tão familiar e tão
bem sustentado em casos particulares. A felicidade de
nossa conduta é mais devido ao talento que possuímos
para detalhes e à sugestão de ocasiões particulares, do
que para qualquer direção que possamos encontrar na
teoria e nas especulações gerais.
DEVEMOS , no resultado de toda investigação,
encontrar fatos que não podemos explicar; e suportar
com essa mortificação nos salvaria freqüentemente
uma grande quantidade de problemas
infrutíferos. Juntamente com o sentido de nossa
existência, devemos admitir muitas circunstâncias que
chegam ao nosso conhecimento ao mesmo tempo e da
mesma maneira; e que, na realidade, constituem o
modo do nosso ser. Todo camponês nos dirá que um
homem tem seus direitos; e que transgredir esses
direitos é injustiça. Se perguntarmos a ele mais longe,
o que ele quer dizer com o termo certo?nós
provavelmente o forçamos a substituir um termo
menos significativo, ou menos apropriado, no lugar
disso; ou exigir que ele explique o que é um modo
original de sua mente e um sentimento ao qual ele se
refere, quando se explicaria sobre qualquer aplicação
particular de sua linguagem.
OS direitos dos indivíduos podem se relacionar com
uma variedade de assuntos, e ser compreendidos sob
diferentes cabeças. Antes do estabelecimento da
propriedade, e a distinção de fileiras, os homens têm
uma [57] direito de defender suas pessoas, e agir com
liberdade; têm o direito de manter as apreensões da
razão e os sentimentos do coração; e eles não podem
por um momento se associar, sem sentir que o
tratamento que eles dão ou recebem pode ser justo ou
injusto. Não é, no entanto, nosso negócio aqui levar a
noção de direito às suas diversas aplicações, mas
raciocinar sobre o sentimento de favor com o qual essa
noção é mantida na mente.
E SE É verdade que os homens estão unidos por
instinto, que atuam na sociedade a partir de afetos de
bondade e amizade; se é verdade que, mesmo antes do
conhecimento e da habitude, os homens, como tais,
são comumente uns aos outros objetos de atenção e
algum grau de consideração; que enquanto sua
prosperidade é contemplada com indiferença, suas
aflições são consideradas com comiseração; se as
calamidades forem medidas pelos números e
qualidades dos homens que eles envolvem; e se todo
sofrimento de um semelhante atrai um amontoado de
espectadores atentos; se, mesmo no caso daqueles a
quem habitualmente não desejamos algum bem
positivo, ainda somos avessos a ser os instrumentos
do mal; deve parecer que, nessas várias aparições de
uma disposição amigável, os fundamentos de uma
apreensão moral estão suficientemente estabelecidos,
[ 58 ]
O QUE é que estimula a língua quando censuramos um
ato de crueldade ou opressão? O que é que constitui
nossa restrição de ofensas que tendem a perturbar
nossos semelhantes? É provavelmente, em ambos os
casos, uma aplicação particular desse princípio, que,
na presença do pesar, envia a lágrima da compaixão; e
uma combinação de todos esses sentimentos, que
constituem uma disposição benevolente; e se não for
uma resolução para fazer o bem, pelo menos uma
aversão a ser o instrumento do mal * .
[ 59 ]
ISTO Pode ser difícil, no entanto, enumerar os motivos
de todas as censuras e recomendações que são
aplicadas às ações dos homens. Mesmo enquanto
moralizamos, toda disposição da mente humana pode
ter sua participação na formação do julgamento e no
estímulo da língua. Como o ciúme é muitas vezes o
guardião mais vigilante da castidade, a malícia é
frequentemente a mais rápida para espionar as falhas
do nosso próximo. A inveja, a afetação e a vaidade
podem ditar os veredictos que damos, e os piores
princípios de nossa natureza podem estar no fundo do
nosso pretenso zelo pela moralidade; mas se
queremos apenas inquirir, por que aqueles que são
bem dispostos à humanidade, apreendem, em todos
os casos, certos direitos relativos a seus semelhantes, e
por que aplaudem a consideração que é paga a esses
direitos, não podemos atribuir uma melhor razão, do
que aquela pessoa que aplaude, está bem disposto ao
bem-estar das partes a quem seus aplausos se
referem. Aplausos, no entanto, é a expressão de um
sentimento peculiar; uma expressão de estima o
reverso do desprezo. Seu objeto é a perfeição, o
reverso do defeito. Esse sentimento não é o amor da
humanidade; é por isso que estimamos as qualidades
dos homens e os objetos de nossa busca; aquilo que
dobra a força de todo desejo ou aversão, quando
consideramos seu objeto como tendente a elevar ou
afundar nossa natureza.
QUANDO consideramos que a realidade de qualquer
proposição amigável na mente humana tem sido
freqüentemente contestada; quando nos lembramos
da prevalência [60] de competições interessadas, com
suas paixões de inveja, inveja e malícia; Pode parecer
estranho alegar que o amor e a compaixão são, ao lado
do desejo de elevação, os motivos mais poderosos do
seio humano: que eles exortam, em muitas ocasiões, à
mais irresistível veemência; e se o desejo de
autopreservação for mais constante e mais uniforme,
estas são uma fonte mais abundante de entusiasmo,
satisfação e alegria. Com um poder não inferior ao do
ressentimento e da raiva, eles apressam a mente em
todo sacrifício de interesse e a mantêm desanimada
em todas as dificuldades e perigos.
A disposição em que a amizade é enxertada brilha com
satisfação nas horas de tranquilidade e é agradável
não só em seus triunfos, mas até em suas tristezas. Ele
lança uma graça no ar externo e, por sua expressão no
semblante, compensa a falta de beleza, ou dá um
feitiço que nenhuma tez ou feição pode igualar. A
partir dessa fonte, as cenas da vida humana derivam
sua principal felicidade; e suas imitações na poesia,
seu principal ornamento. As descrições da natureza,
mesmo as representações de uma conduta vigorosa e
uma coragem masculina, não envolvem o coração, se
não estiverem misturadas com a exibição de
sentimentos generosos, e o patético, que se encontra
nas lutas, nos triunfos, ou as desgraças de um terno
carinho. A morte de Polites, no Æneid, não está
afetando mais[ 61 ] do que muitos outros que
pereceram nas ruínas de Tróia; mas o velho Príamo
estava presente quando este último dos seus filhos foi
morto; e as agonias de tristeza e tristeza forçam os
pais a sair de seu retiro, a cair pela mão que derrama o
sangue de seu filho. O patético de Homero consiste em
exibir a força das afeições, não em excitante mero
terror e piedade; paixões que ele nunca, em momento
algum, tentou levantar.
COM esta tendência a inflamar o entusiasmo, com este
comando sobre o coração, com o prazer que atende às
suas emoções, e com todos os seus efeitos em merecer
confiança, e obter estima, não é surpreendente que
um princípio da humanidade deva dar o tom aos
nossos elogios e às nossas censuras, e até mesmo onde
é impedido de dirigir nossa conduta, ainda deve dar à
mente, na reflexão, seu conhecimento do que é
desejável no caráter humano. Que fizeste com teu
irmão Abel?foi a primeira expostulação em favor da
moralidade; e se a primeira resposta foi
freqüentemente repetida, a humanidade não obstante,
em certo sentido, reconheceu suficientemente a
acusação de sua natureza. Eles sentiram, falaram e até
agiram como os guardiões de seus semelhantes:
tornaram as indicações de franqueza e afeição mútua
o teste do que é meritório e amável no caráter dos
homens: fizeram crueldade e opressão os principais
objetos de sua indignação e raiva: Mesmo enquanto a
cabeça é ocupada [62] com projetos de interesse, o
coração é freqüentemente seduzido para amizade; e
enquanto o negócio prossegue nas máximas da
autopreservação, a hora descuidada é empregada na
generosidade e bondade.
DAÍ a regra pela qual os homens comumente julgam as
ações externas, é tirada da suposta influência de tais
ações no bem geral. Abster-se do mal é a grande lei da
justiça natural; difundir a felicidade é a lei da
moralidade; e quando censuramos a concessão de um
favor a um ou poucos à expence de muitos, nos
referimos à utilidade pública, como o grande objetivo
no qual as ações dos homens devem ser direcionadas.
AFINAL , é preciso confessar que, se um princípio de
afeição à humanidade é a base de nossa aprovação
moral e antipatia, às vezes procedemos à distribuição
de aplausos ou censuras, sem atender precisamente ao
grau em que nossos semelhantes são feridos ou
feridos. obrigado; e que, além das virtudes da
franqueza, da amizade, da generosidade e do espírito
público, que têm uma referência imediata a esse
princípio, há outras que podem parecer derivar sua
recomendação de uma fonte diferente. Temperança,
prudência, fortaleza, são aquelas qualidades
igualmente admiradas de um princípio de respeito a
nossos semelhantes? Por que não, já que eles tornam
os homens felizes em si mesmos e úteis para os
outros? Aquele que é qualificado para promover [63]o
bem-estar da humanidade não é nem um só, nem um
tolo nem um covarde. Pode ser mais claramente
expresso que a temperança, a prudência e a fortaleza
são necessárias ao caráter que amamos e
admiramos? Eu sei bem por que eu deveria desejar
por eles em mim mesmo; e por que, do mesmo modo,
eu gostaria de fazê-lo em meu amigo e em todas as
pessoas que são objeto de meu afeto. Mas com que
propósito buscar por razões de aprovação, onde
qualidades são tão necessárias para nossa felicidade, e
tão grande parte na perfeição de nossa
natureza? Devemos deixar de estimar as maldades e
distinguir o que é excelente, quando tais qualificações
incorrem em nossa negligência.
Uma pessoa de mente afetuosa, possuidora de uma
máxima, de que ele próprio, como indivíduo, não é
mais que uma parte do todo que exige sua
consideração, encontrou, nesse princípio, um
fundamento suficiente para todas as virtudes; por um
desprezo pelos prazeres dos animais, isso suplantaria
seu prazer principal; por um desprezo igual de perigo
ou dor, que impedem suas buscas de bem
público. "Uma afeição veemente e firme aumenta seu
objetivo e diminui toda dificuldade de perigo que se
interpõe no caminho." "Pergunte aos que estão
apaixonados", diz Epicteto, "eles saberão que eu falo a
verdade".
“Tenho diante de mim”, diz outro moralista
eminente * “uma ideia de justiça, que se eu
pudesse [64]siga em todos os casos, eu acho-me o
mais feliz dos homens.” E é de importância para a sua
felicidade bem como à sua conduta, se esses podem
ser desarticulados, que os homens devem ter essa
idéia formada adequadamente: talvez seja apenas
outro nome para o bem da humanidade, que os
virtuosos estão empenhados em promover. Se a
virtude é o bem supremo, seu melhor e mais eficaz
efeito é comunicar-se e difundir-se.
PARAdistinguir os homens pela diferença de suas
qualidades morais, defender um partido de um senso
de justiça, opor-se a outro mesmo com indignação
quando excitado pela iniquidade, são as indicações
comuns de probidade e as operações de um espírito
animado, justo e generoso. . Proteger-se contra
parcialidades injustas e antipatias infundadas; manter
essa compostura da mente que, sem prejudicar sua
sensibilidade ou seu ardor, procede em todos os casos
com discernimento e penetração, são as marcas de um
espírito vigoroso e cultivado. Ser capaz de seguir os
ditames de tal espírito através de todas as variedades
da vida humana, e com uma mente sempre dona de si
mesma, em prosperidade ou adversidade, e
possuidora de todas as suas habilidades, quando os
sujeitos em perigo são vida ou liberdade , tanto quanto
no tratamento de questões simples de interesse, são os
triunfos da magnanimidade e da verdadeira elevação
da mente. “O evento do dia é decidido. Tire este dardo
do meu corpo agora ”, disse Epaminondas,“ e deixe-
me sangrar ”.
[ 65 ]
EMQue situação, ou por que instrução, esse
maravilhoso caráter se forma? É encontrado nos
viveiros de afetação, atratividade e vaidade, a partir
dos quais a moda é propagada, e o gentil é
anunciado? em cidades grandes e opulentas, onde
homens competem entre si em equipamentos, roupas
e reputação de fortuna? É dentro dos limites
admirados de um tribunal, onde podemos aprender a
sorrir sem sermos satisfeitos, a acariciar sem carinho,
a ferir com as armas secretas da inveja e do ciúme, e
descansar a nossa importância pessoal em
circunstâncias que nem sempre podemos com honra?
comando? Não: Mas numa situação em que os
grandes sentimentos do coração são
despertados; onde os personagens dos homens, não
suas situações e fortunas, são a principal
distinção; onde as ansiedades de interesse, ou
vaidade, perecer no calor das emoções mais
vigorosas; e onde a alma humana, tendo sentido e
reconhecido seus objetos, como um animal que
provou o sangue de sua presa, não pode descer a
atividades que deixam seus talentos e sua força
desempregados.
Ocasiões APROPRIADAS , operando sozinhas em uma
disposição elevada e feliz, podem produzir esse efeito
admirável, enquanto a mera instrução pode sempre
achar a humanidade perplexa para compreender seu
significado, ou insensível a seus ditames. O caso, no
entanto, não é desesperador, até que tenhamos
formado nosso sistema de políticas, bem como boas
maneiras; até que tenhamos vendido nossa liberdade
de títulos, equipamentos e distinções; até que não
vejamos mérito, mas prosperidade [66] e poder, não
há desgraça, mas pobreza e negligência. Que charme
de instrução pode curar a mente que está
contaminada com esse distúrbio? Que voz de Syren
pode despertar um desejo de liberdade, que é
considerado maldade e falta de ambição? ou que
persuasão pode transformar a careta da polidez em
sentimentos reais de humanidade e franqueza?
SECT. VII .: de felicidade. ↩
TENDO sob nossa consideração os poderes ativos e as
qualidades morais que distinguem a natureza do
homem, ainda é necessário que tratemos de sua
felicidade à parte? Esse termo significativo, o mais
frequente e o mais familiar em nossa conversa, talvez
seja a reflexão menos compreendida. Serve para
expressar nossa satisfação, quando qualquer desejo é
gratificado: pronuncia-se com um suspiro, quando
nosso objeto está distante: significa o que desejamos
obter, e o que raramente ficamos para
examinar. Estimamos o valor de cada sujeito por sua
utilidade e sua influência na felicidade; mas achamos
que a própria utilidade e a felicidade não exigem
explicação.
ESSES homens são comumente considerados os mais
felizes, cujos desejos são mais frequentemente
satisfeitos. Mas se, na realidade, a posse do que eles
desejam, e uma fruição continuada, fosse requisito
para a felicidade, a maioria dos homens teria motivos
para reclamar de sua sorte. O que eles chamam de
prazeres, geralmente são momentâneos; e o objeto de
expectativa sangüínea, quando obtido, não continua
mais a ocupar a mente: Uma nova paixão é bem-
sucedida e a imaginação, como antes, está
determinada a uma felicidade distante.
[ 68 ]
QUANTAS reflexões desse tipo são sugeridas pela
melancolia, ou pelos efeitos daquele mesmo langor e
desocupação em que gostaríamos de afundar, sob a
noção de liberdade de cuidado e problemas?
QUANDO entramos em um cálculo formal dos prazeres
ou sofrimentos que são preparados para a
humanidade, é uma chance, mas achamos que a dor,
por sua intensidade, duração ou frequência, é muito
predominante. A atividade e a ânsia com a qual
passamos de uma fase da vida para outra, nossa falta
de vontade de retornar aos caminhos que trilhamos,
nossa aversão em idade de renovar os jovens da
juventude ou de repetir na vida adulta as diversões das
crianças portanto, declaradas como provas, de que
nossa memória do passado e nosso sentimento do
presente são sujeitos iguais de antipatia e desprazer * .
ESSA conclusão, no entanto, como muitas outras,
tiradas de nosso suposto conhecimento de causas, não
corresponde à experiência. Em todas as ruas, em todas
as aldeias, em todos os campos, o maior número de
pessoas que conhecemos carrega um aspecto que é
alegre ou impensado, indiferente, composto, ocupado
ou animado. O trabalhador assobia para sua equipe, e
o mecânico fica à vontade em sua vocação; os
brincalhões e alegres sentem uma série de prazeres,
dos quais não conhecemos a fonte; mesmo aqueles
que demonstram as misérias da vida humana, quando
se empenham [69] em seu argumento, escapam de
suas tristezas e encontram um passatempo tolerável
para provar que os homens são infelizes.
OS próprios termos prazer e dor, talvez, são
equívocos; mas se elas estão confinadas, como
parecem ser em muitos dos nossos raciocínios, às
meras sensações que têm uma referência a objetos
externos, seja na memória do passado, no sentimento
do presente ou na apreensão do futuro, é um grande
erro supor que eles compreendam todos os
constituintes da felicidade ou da miséria; ou que o
bom humor de uma vida comum é mantido pela
prevalência desses prazeres, que têm seus nomes
separados, e são, na reflexão, claramente lembrados.
A mente, durante a maior parte de sua existência, é
empregada em esforços ativos, não meramente
atendendo a seus próprios sentimentos de prazer ou
dor, e a lista de suas faculdades, compreensão,
memória, previsão, sentimento, vontade e intenção,
contém apenas os nomes de suas diferentes operações.
SE, na ausência de todas as sensações a que
comumente damos os nomes
de prazer ou sofrimento,nossa própria existência
pode ter suas qualidades opostas
de felicidade ou miséria; e se o que chamamos
de prazer ou dor, ocupa apenas uma pequena parte da
vida humana, comparada com o que se passa em
invenções e execução, em buscas e expectativas, em
conduta, reflexão e compromissos sociais; [70]deve
parecer que nossas atividades ativas, pelo menos por
causa de sua duração, merecem a maior parte de
nossa atenção. Quando suas ocasiões falharam, a
demanda não é por prazer, mas por algo a fazer; e as
próprias queixas de um sofredor não são tão seguras
uma marca de aflição, como o olhar do lânguido.
NÓSRaramente, no entanto, consideramos qualquer
tarefa, que devemos cumprir, entre as bênçãos da
vida. Nós sempre visamos um período de puro prazer,
ou um término de problemas; e ignorar a fonte da qual
a maioria das nossas satisfações presentes são
realmente desenhadas. Pergunte ao ocupado, onde
está a felicidade a que aspiram? eles responderão,
talvez, que isso deve ser encontrado no objeto de
alguma busca atual. Se perguntarmos, por que eles
não são infelizes na ausência dessa felicidade? Eles
dirão, que eles esperam alcançá-lo. Mas é só a
esperança que sustenta a mente no meio de
perspectivas precárias e incertas? e a garantia de
sucesso preencheria os intervalos de expectativa com
emoções mais agradáveis? Dê ao caçador sua presa, dê
ao jogador o ouro que está apostado no jogo, para que
ele não precise fatigar sua pessoa, nem o outro para
confundir sua mente, e ambos provavelmente rirão de
nossa loucura: um deles apostará seu dinheiro
novamente, para que fique perplexo; o outro vai virar
o seu cervo para o campo, para que ele possa ouvir o
grito dos cães, e seguir através do perigo e das
dificuldades. Retirar as ocupações dos homens,
encerrar seus desejos, existência[ 71 ] é um fardo, e a
iteração da memória é um tormento.
OS homens deste país, diz uma senhora, devem
aprender a semear e a tricotar; isso impediria seu
tempo de ser um fardo para eles mesmos e para outras
pessoas. Isso é verdade, diz outro; De minha parte,
embora eu nunca olhe para o exterior, tremo com a
perspectiva do mau tempo; pois então os cavalheiros
vêm nos deprimindo por diversão; e a visão de um
marido aflito é apenas um espetáculo melancólico.
Odificuldades e dificuldades da vida humana devem
diminuir a bondade de Deus; no entanto, muitos dos
passatempos que os homens inventam para si mesmos
são repletos de dificuldades e perigos. O grande
inventor do jogo da vida humana, sabia bem como
acomodar os jogadores. As chances são de queixa:
Mas, se elas forem removidas, o jogo em si não mais
divertirá as partes. Ao conceber, ou ao executar um
plano, ao ser carregado na maré de emoção e
sentimento, a mente parece desdobrar seu ser e se
divertir. Mesmo quando se sabe que o fim e o objeto
são de pouca utilidade, os talentos e a fantasia são
freqüentemente intensamente aplicados, e os negócios
ou brincadeiras podem diverti-los da mesma
forma. Desejamos apenas repouso para recrutar nossa
força limitada e nossa força perdulária: quando o
comércio cansa, a diversão muitas vezes é apenas uma
mudança de ocupação. Nem sempre somos infelizes,
mesmo quando nos queixamos. Lá[ 72 ] é um tipo de
aflição que faz um estado agradável da mente; e a
própria lamentação é às vezes uma expressão de
prazer. O pintor e o poeta apoderaram-se desse
manejo e encontraram, entre os meios de
entretenimento, uma recepção favorável a obras
compostas para despertar nossas tristezas.
PARA um ser dessa descrição, portanto, é uma benção
receber incentivos à ação, seja no desejo de prazer ou
na aversão à dor. Sua atividade é mais importante do
que o próprio prazer que ele procura, e langoriza um
mal maior do que o sofrimento que ele evita.
AS gratificações do apetite animal são de curta
duração; e a sensualidade é apenas uma enfermidade
da mente, que deveria ser curada pela lembrança, se
não fosse perpetuamente inflamada pela esperança. O
chace não é mais terminado com certeza pela morte
do jogo, do que as alegrias do voluptuoso por meio de
completar sua deboche. Como um grupo da sociedade,
por uma questão de perseguição distante, os objetos
dos sentidos desempenham um papel importante no
sistema da vida humana. Eles nos levam a cumprir os
propósitos da natureza, em preservar o indivíduo e em
perpetuar a espécie: mas confiar em seu uso como
principal constituinte da felicidade, foram um erro de
especulação, e seria ainda mais um erro na
prática. Mesmo o mestre do serralho, para quem todos
os tesouros do império são extorquidos das hordas
de [73 ] seus assustados habitantes, para os quais
somente a esmeralda e o diamante são escolhidos da
mina, para quem cada brisa é enriquecida com
perfumes, para quem a beleza é reunida de todos os
quadrantes, e animada pelas paixões que amadurecem
sob o sol vertical , confina-se à grade para o uso dele,
ainda é, talvez, mais miserável que a própria manada
das pessoas cujos trabalhos e propriedades são
dedicadas a aliviá-lo de dificuldade e adquirir-lhe o
prazer.
SENSUALIDADE é facilmente superada por qualquer um
dos hábitos de busca que geralmente envolvem uma
mente ativa. Quando a curiosidade está desperta, ou
quando a paixão é excitada, mesmo no meio da festa,
quando a conversa aquece, torna-se jovial ou séria, os
prazeres da mesa que conhecemos são esquecidos. O
menino os despreza para brincar, e o homem de idade
os recusa para os negócios.
QUANDO consideramos as circunstâncias que
correspondem à natureza de qualquer animal, ou à do
homem em particular, como segurança, abrigo,
comida e outros meios de prazer ou preservação, às
vezes pensamos que encontramos um sentido e um
base sólida sobre a qual para descansar sua
felicidade. Mas aqueles que estão menos dispostos a
moralizar, observam, que a felicidade não está
relacionada com a fortuna, embora a fortuna inclua
todos os meios de subsistência e os meios de
indulgência sensual. As circunstâncias que exigem
abstinência, coragem e conduta nos expõem ao
perigo, [74]e estão na descrição do tipo doloroso; mas
os capazes, os corajosos e os ardentes, parecem mais
se divertir quando colocados em meio às dificuldades,
e obrigados a empregar os poderes que possuem.
DIZENDO A SPINOLA que Sir Francis Vere morreu por
não ter nada para fazer, disse: "Isso foi o suficiente
para matar um general * ". Quantos há para quem a
própria guerra é um passatempo, que faz a vida de um
soldado, exposto a perigos e fadigas contínuas; de um
marinheiro, em conflito com todas as dificuldades e
desprovido de todas as conveniências; de um político,
cujo esporte é a conduta de partidos e facções; e que,
em vez de ficar ocioso, fará o trabalho dos homens e
das nações pelas quais ele não tem a menor
consideração. Tais homens não consideram a dor
como preferível ao prazer, mas são incitados por uma
disposição inquieta de fazer esforços contínuos de
capacidade e resolução; eles triunfam no meio de suas
lutas; eles caem e definham quando a ocasião de seu
trabalho cessou.
O QUE foi gozo, no sentido daquela juventude, que,
segundo Tácito, amava o próprio perigo, não as
recompensas da coragem? Qual é a perspectiva de
prazer, quando o som da trompa ou da trombeta, o
grito dos cães ou o grito de guerra despertam o ardor
do esportista e do soldado? As ocasiões mais
animadoras de si mesmo [75]a vida humana é
chamada ao perigo e às dificuldades, não aos convites
à segurança e à tranquilidade; e o próprio homem, em
sua excelência, não é um animal de prazer, nem
destinado apenas a desfrutar do que os elementos
trazem para seu uso; mas como seus associados, o cão
e o cavalo, para seguir os exercícios de sua natureza,
em preferência àquilo que são chamados de seus
prazeres; pular no colo da facilidade e da riqueza, e
exultar em meio a alarmes que parecem ameaçar o seu
ser, em todos os quais, sua disposição para ação
apenas acompanha a variedade de poderes com os
quais ele é fornecido; e os atributos mais respeitáveis
de sua natureza, magnanimidade, fortaleza e
sabedoria, trazem uma referência manifesta às
dificuldades com as quais ele está destinado a lutar.
SE o prazer animal se torna insípido quando o espírito
é despertado por um objeto diferente, é bem sabido,
do mesmo modo, que a sensação de dor é evitada por
qualquer afeição veemente da alma. Feridas recebidas
em um calor de paixão, na pressa, no ardor ou na
consternação da batalha, nunca são sentidas até que o
fermento da mente desapareça. Tormentos de eventos,
deliberadamente aplicados e laboriosamente
prolongados, nascem com firmeza e com uma
aparência de facilidade, quando a mente é possuída
por algum sentimento vigoroso, seja de religião,
entusiasmo ou amor à humanidade. As contínuas
mortificações de devotos supersticiosos em várias eras
da igreja cristã; as penitências selvagens, ainda
voluntariamente suportadas, durante muitos anos,
pelos religiosos do oriente; o desprezo em que [76]a
fome e a tortura são mantidas pela maioria das nações
selvagens; a paciência alegre ou obstinada do soldado
no campo; as dificuldades enfrentadas pelo esportista
em seu passatempo, mostram o quanto podemos errar
ao computar as misérias dos homens, a partir das
medidas de dificuldade e sofrimento que elas parecem
incorrer. E se há um refinamento em afirmar que a
felicidade deles não deve ser medida pelos prazeres
contrários, é um refinamento que foi feito por Regulus
e Cincinnatus antes da data da filosofia. Fabrício sabia
disso enquanto ouvia os argumentos apenas do lado
oposto * : é um refinamento que todo menino conhece
em sua peça, e todo selvagem confirma, quando olha
de sua floresta na cidade do Pacífico, e despreza a
plantação, cuja mestre ele não se importa em imitar.
CARA, deve ser confessado, apesar de toda essa
atividade de sua mente, é um animal em toda a
extensão dessa designação. Quando o corpo adoece, a
mente se afunda; e quando o sangue deixa de fluir, a
alma parte. Carregado com o cuidado de sua
preservação, admoestado por um sentimento de
prazer ou dor, e guardado por um medo instintivo da
morte, a natureza não confiou sua segurança à mera
vigilância de seu entendimento, nem ao governo de
suas reflexões incertas.
A distinção entre mente e corpo é seguida por
conseqüências da maior importância; mas os fatos aos
quais agora nos referimos são [77]não fundada em
quaisquer princípios, seja qual for. Eles são
igualmente verdadeiros, admitamos ou rejeitamos a
distinção em questão, ou se supomos, que esse agente
vivo é formado por um, ou é um conjunto de naturezas
separadas. E o materialista, tratando do homem como
um motor, não pode fazer nenhuma mudança no
estado de sua história. Ele é um ser que, por uma
multiplicidade de órgãos visíveis, desempenha uma
variedade de funções. Ele dobra suas articulações,
contrai ou relaxa seus músculos à nossa vista. Ele
continua batendo o coração em seu peito e o fluxo do
sangue para cada parte de sua estrutura. Ele realiza
outras operações que não podemos nos referir a
qualquer órgão corpóreo. Ele percebe, ele se lembra e
prevê; ele deseja e evita; ele admira e despreza. Ele
gosta de seus prazeres, ou ele suporta sua dor. Todas
essas funções diferentes em certa medida, vão bem ou
mal juntos. Quando o movimento do sangue é
lânguido, os músculos relaxam, a compreensão é
tardia, e a fantasia é monótona: quando a enfermidade
o ataca, o médico deve atender, não menos ao que ele
pensa, do que ao que ele come, e examinar os
retornos. de sua paixão, junto com os golpes de seu
pulso.
COM toda a sua sagacidade, suas precauções e seus
instintos, que são dados para preservar seu ser, ele
participa do destino de outros animais e parece ser
formado apenas para que possa morrer. Miríades
morrem antes de atingirem a perfeição de sua
espécie; e o indivíduo, com uma opção de dever [78] o
prolongamento de seu curso temporário para
resolução e conduta, ou para abjetar o medo,
freqüentemente o último, e, por um hábito de timidez,
amarra a vida que ele está tão empenhado em
preservar. .
O HOMEM, no entanto, às vezes, isento deste lote
mortificante, parece agir sem qualquer consideração
quanto à duração de seu período. Quando ele pensa
intensamente, ou deseja com ardor, prazeres e dores
de qualquer outro bairro, assalta-o em vão. Mesmo em
sua hora da morte, os músculos adquirem um tom de
seu espírito, e a mente parece partir em seu vigor, e no
meio de uma luta para obter o objetivo recente de suas
labutas. Muley Moluck, carregado em sua liteira, e
gasto com a doença, ainda lutou na batalha, no meio
do qual ele expirou; e o último esforço que ele fez, com
um dedo nos lábios, foi um sinal para esconder sua
morte * : a precaução, talvez, de tudo o que ele até
então havia tomado, o mais necessário para evitar
uma derrota.
NÃO há reflexões que nos ajudem a adquirir esse
hábito da alma, tão útil em nos levar através de muitas
cenas comuns da vida? Se dissermos que eles não
podem, a realidade de sua felicidade não é menos
evidente. Os gregos e os romanos consideravam o
desprezo pelo prazer, a resistência da dor e a
negligência da vida, como qualidades eminentes de
um homem e um assunto principal de disciplina. Eles
confiavam que o espírito vigoroso encontraria objetos
dignos nos quais empregar sua força; e que o primeiro
passo [79] em direção a uma escolha resoluta de tais
objetos, foi sacudir a mesquinhez de uma mente
solícita e medrosa.
A HUMANIDADE, em geral, cortejou ocasiões para
mostrar sua coragem e, freqüentemente, em busca de
admiração, apresentou um espetáculo que, para
aqueles que deixaram de considerar a fortaleza por
conta própria, torna-se objeto de horror. Scevola
segurou o braço dele no fogo para abalar a alma de
Porsenna. O selvagem atura seu corpo à tortura, que
na hora do julgamento ele pode exultar sobre seu
inimigo. Até o muçulmano rasga sua carne para
conquistar o coração de sua amante, e vem em alegria
fluindo com sangue, para mostrar que ele merece sua
estima * .
ALGUMAS nações carregam a prática de infligir ou de
ostentar com dor, em um grau que é ou cruel ou
absurdo; outros consideram cada perspectiva de
sofrimento corporal como o maior dos males; e no
meio de seus problemas, absorvem toda aflição real,
com os terrores de uma imaginação débil e
abatida. Não somos obrigados a responder pelas
tolices de nenhum deles, nem, ao tratar uma questão
que se relacione com a natureza do homem, fazer uma
estimativa de sua força ou sua fraqueza, dos hábitos
ou apreensões peculiares a qualquer nação ou época.
[ 80 ]
SECT. VIII .: O mesmo assunto continuou. ↩
QUEM QUER QUEcomparadas as diferentes condições e
maneiras dos homens, sob variedades de educação ou
fortuna, ficarão satisfeitas, que a simples situação não
constitui sua felicidade ou miséria; nem uma
diversidade de observâncias externas implica qualquer
oposição de sentimentos sobre o tema da
moralidade. Eles expressam sua bondade e sua
inimizade em diferentes ações; mas bondade ou
inimizade ainda é o principal artigo de consideração
na vida humana. Eles se engajam em diferentes
atividades ou concordam em diferentes
condições; mas aja de paixões quase iguais. Não há
medida precisa de acomodação necessária para
adequar-se a sua conveniência, nem qualquer grau de
perigo ou segurança sob o qual eles sejam
particularmente adequados para agir. Coragem e
generosidade, medo e inveja não são peculiares a
nenhuma estação ou ordem de homens;
O QUE, então, é aquela coisa misteriosa
chamada Felicidade, que pode ter lugar em tal
variedade de estações, e a quais circunstâncias, em
uma era ou nação consideradas necessárias, em outra,
são consideradas destrutivas ou sem efeito? Não é a
sucessão [81]de meros prazeres animais, que, além da
ocupação ou da empresa em que eles se dedicam,
podem preencher apenas alguns momentos da vida
humana. Em uma repetição muito frequente, esses
prazeres transformam-se em saciedade e nojo; eles
rasgam a constituição à qual são aplicados em excesso
e, como o raio da noite, servem apenas para
obscurecer a escuridão pela qual eles ocasionalmente
quebram. A felicidade não é aquele estado de repouso,
ou a liberdade imaginária do cuidado, que à distância
é tão frequente objeto de desejo, mas com sua
abordagem traz um tédio, ou um langor, mais
insuportável do que a própria dor. Se as observações
anteriores sobre este assunto forem justas, ela surge
mais da busca do que da obtenção de qualquer fim que
seja; e em cada nova situação a que chegamos, mesmo
no curso de uma vida próspera,
SE isso for confessado em relação àquela classe de
atividades que se distinguem pelo nome
de divertimento, e que, no caso dos homens que
comumente são considerados os mais felizes, ocupam
a maior parte da vida humana, podemos apreender
que detém, muito mais do que é comumente suspeita,
em muitos casos de negócios, onde o fim a
ser [82] ganhou, e não a ocupação, é suposto ter o
valor principal.
OO próprio avarento, dizem-nos, às vezes pode
considerar o cuidado de sua riqueza como um
passatempo, e desafiou seu herdeiro, a ter mais prazer
em gastar, do que ele em acumular sua fortuna. Com
esse grau de indiferença ao que pode ser a conduta dos
outros; com este confinamento de seus cuidados ao
que ele escolheu como sua própria província, mais
especialmente se ele conquistou em si mesmo as
paixões de ciúme e inveja, que destroem a mente
cobiçosa; por que não pode o homem cujo objeto é o
dinheiro ser levado a uma vida de diversão e prazer,
não apenas mais completo que o do gastador, mas até
tanto quanto o virtuoso, o erudito, o homem de bom
gosto ou qualquer aquela classe de pessoas que
descobriram um método de passar o seu lazer sem
ofender, e para quem as aquisições feitas, ou as obras
produzidas, de várias maneiras, talvez,
NÓS em breve cansado de diversões que não se
aproximam para a natureza do negócio; isto é, que não
envolvam alguma paixão, ou façam um exercício
proporcional aos nossos talentos e nossas
faculdades. O chace e a mesa de jogo têm seus perigos
e dificuldades, para excitar e empregar a mente. Todos
os jogos de contenção animam nossa [83] emulação e
dão uma espécie de zelo partidário. O matemático é
apenas para se divertir com problemas intricados, o
advogado e o casuista com casos que tentam a sua
sutileza e ocupam o seu julgamento.
O desejo de compromissos ativos, como qualquer
outro apetite natural, pode ser levado em excesso; e os
homens podem debochar em diversões, bem como no
uso de vinho ou outros licores intoxicantes. A
princípio, uma participação insignificante e a
ocupação de uma paixão moderada podem ter servido
para divertir o jogador; mas quando a droga se torna
familiar, ela não produz seu efeito: a brincadeira se
torna profunda, e o interesse aumenta, para despertar
sua atenção; ele é levado aos poucos, e no final vem
buscar diversão, e encontrá-lo apenas naquelas
paixões de ansiedade, esperança e desespero, que são
despertadas pelo perigo em que ele jogou toda a sua
fortuna.
SE OS homens puderem, assim, transformar suas
diversões em um cenário mais sério e interessante do
que o próprio negócio, será difícil atribuir uma razão,
por que negócios e muitas das ocupações da vida
humana, independentemente de quaisquer
consequências distantes ou eventos futuros. não pode
ser escolhido como um divertimento, e adotado por
causa do passatempo que eles trazem. Esta é, talvez, a
base sobre a qual, sem a ajuda da reflexão, os
contentes e os alegres descansaram a alegria de seus
ânimos. É, talvez, a base de fortaleza mais sólida que
qualquer reflexão [84]pode colocar; e a felicidade em
si é assegurada por tornar certa espécie de conduta
nossa diversão; e, considerando a vida na estimativa
geral de seu valor, bem como em toda ocasião
particular, como uma mera cena para o exercício da
mente e os compromissos do coração. "Tentarei e
tentarei tudo", diz Brutus; “Eu nunca deixarei de
lembrar meu país deste estado de servidão. Se o
evento for favorável, será motivo de alegria para todos
nós; se não, ainda assim eu me regozijarei. ”Por que
regozijar-se em uma decepção? Por que não se sentir
desanimado quando seu país estava
sobrecarregado? Porque tristeza, talvez, e abatimento,
não podem fazer bem. Não, mas eles devem ser
suportados quando eles vierem. E de onde eles
deveriam vir para mim? pode o romano dizer; Eu
segui minha mente e posso segui-la ainda. Os eventos
podem ter mudado a situação em que estou destinado
a agir; mas eles podem impedir minha atuação como
parte de um homem? Mostra-me uma situação em que
um homem não pode agir nem morrer, e eu o possuo,
ele é miserável.
QUEM QUER QUE tenha a força da mente
constantemente para ver a vida humana sob este
aspecto, tem apenas que apropriar-se bem de suas
ocupações, para comandar esse estado de prazer e
liberdade de alma, que provavelmente constituem a
felicidade peculiar à qual sua natureza ativa é
destinada. .
AS disposições dos homens e, conseqüentemente, suas
ocupações, são comumente divididas em duas
principais [85]classes; o egoísta e o social. Os
primeiros são indulgentes na solidão; e se eles
carregam uma referência para a humanidade, é o da
emulação, competição e inimizade. O segundo nos
inclina a viver com nossos semelhantes e a fazê-los
bem; eles tendem a unir os membros da sociedade
juntos; eles terminam em uma participação mútua de
seus cuidados e prazeres, e tornam a presença dos
homens uma ocasião de alegria. Sob essa classe
podem ser enumeradas as paixões dos sexos, as
afeições de pais e filhos, a humanidade em geral ou os
apegos singulares; acima de tudo, aquele hábito da
alma pelo qual nos consideramos parte de alguma
comunidade amada, e como membros individuais de
alguma sociedade, cujo estado geral é para nós o
supremo objetivo de zelo e a grande regra de nossa
conduta. . Esse carinho é um princípio de
sinceridade, que não conhece distinções parciais e está
confinado a limites: pode estender seus efeitos além
de nosso conhecimento pessoal; pode, pelo menos na
mente e no pensamento, nos fazer sentir uma relação
com o universo e com toda a criação de
Deus. "Qualquer um", diz Antonino, "ama a cidade de
Cecrops e você não ama a cidade de Deus?"
NENHUMA emoção do coração é indiferente. É um ato
de vivacidade e alegria ou um sentimento de
tristeza; um transporte de prazer, ou uma convulsão
de angústia; e os exercícios dos nossos diferentes
disposições, bem como as suas gratificações, é
provável [86] para provar assunto da maior
importância para a nossa felicidade ou miséria.
O indivíduo é cobrado com o cuidado de sua
preservação animal. Ele pode existir na solidão e,
longe da sociedade, realizar muitas funções de
sentido, imaginação e razão. Ele é até recompensado
pelo cumprimento adequado dessas funções; e todos
os exercícios naturais que dizem respeito a ele mesmo,
bem como a seus semelhantes, não apenas o ocupam
sem angustiá-lo, mas, em muitos casos, são atendidos
com prazeres positivos e preenchem as horas da vida
com ocupação agradável.
HÁ um grau, no entanto, em que supomos que o
cuidado de nós mesmos se torna uma fonte de
ansiedade dolorosa e paixões cruéis; em que se
degenera em avareza, vaidade ou orgulho; e em que,
promovendo hábitos de inveja e inveja, de medo e
malícia, torna-se tão destrutivo de nossos próprios
prazeres, quanto é hostil ao bem-estar da
humanidade. Esse mal, no entanto, não deve ser
acusado de qualquer excesso no cuidado de nós
mesmos, mas de um mero erro na escolha de nossos
objetos. Nós buscamos no exterior uma felicidade que
só pode ser encontrada nas qualidades do coração:
pensamos que somos dependentes de acidentes; e,
portanto, são mantidos em suspense e solicitude:
pensamos que somos dependentes da vontade de
outros homens; e são, portanto, servis e [87]Tímido:
Achamos que nossa felicidade é colocada em assuntos
para os quais nossos semelhantes são rivais e
concorrentes; e em busca da felicidade, nos
envolvemos naquelas cenas de emulação, inveja, ódio,
animosidade e vingança, que levam ao mais alto grau
de angústia. Nós agimos, em suma, como se nos
preservarmos, reter nossa fraqueza e perpetuar nossos
sofrimentos. Cobramos os males de uma imaginação
oprimida e de um coração corrupto, para o relato de
nossos semelhantes, a quem nos referimos as dores de
nosso desapontamento ou malícia; e enquanto
fomentamos nossa miséria, nos surpreendemos que o
cuidado de nós mesmos seja acompanhado sem
melhores efeitos. Mas quem se lembra de que é por
natureza um ser racional e um membro da
sociedade; que preservar a si mesmo é preservar sua
razão e preservar os melhores sentimentos de seu
coração; não encontrará nenhum desses
inconvenientes; e no cuidado de si mesmo, encontrará
assuntos apenas de satisfação e triunfo.
A divisão de nossos apetites em benevolentes e
egoístas, provavelmente, em algum grau, ajudou a
desencaminhar nossa apreensão em relação ao prazer
pessoal e ao bem privado; e nosso zelo para provar
que a virtude é desinteressada, não promoveu
grandemente sua causa. A gratificação de um desejo
egoísta, pensa-se, traz vantagem ou prazer para nós
mesmos; o da benevolência termina no prazer ou
vantagem dos outros: Considerando que, na realidade,
a gratificação de todo [88] desejo é um prazer pessoal,
e seu valor sendo proporcionado à qualidade ou força
particular do sentimento, pode acontecer que o a
mesma pessoa pode obter uma vantagem maior da
boa fortuna que ele adquiriu para outra pessoa, do que
daquilo que obteve para si mesmo.
ENQUANTOas gratificações da benevolência, portanto,
são tanto nossas quanto as de qualquer outro desejo,
os meros exercícios dessa disposição são, em muitos
relatos, considerados como o primeiro e o principal
constituinte da felicidade humana. Todo ato de
gentileza, ou de cuidado, nos pais de seu filho; Toda
emoção do coração, na amizade ou no amor, no zelo
público, ou na humanidade em geral, são tantos atos
de prazer e satisfação. Piedade em si e compaixão, até
luto e melancolia, quando enxertados em alguma
terna afeição, participam da natureza da ação; e se não
são prazeres positivos, são pelo menos dores de
natureza peculiar, que nem sequer queremos trocar,
mas um gozo muito real, obtido no alívio de nosso
objeto. Mesmo extremos nesta classe de nossas
disposições, como eles são o reverso do ódio, inveja, e
malícia, de modo que nunca são atendidos com
aquelas ansiedades excruciantes, ciúmes e medos que
destroem a mente interessada; ou se, na realidade,
qualquer má paixão surgir de um pretenso apego aos
nossos semelhantes, esse apego pode ser seguramente
condenado, como não genuíno. Se formos
desconfiados[ 89 ] ou ciumento, o nosso carinho
fingiu é provavelmente não mais do que um desejo de
atenção e consideração pessoal, um motivo que muitas
vezes nos inclina a ser conectado com nossos
semelhantes; mas para o qual estamos tão
freqüentemente dispostos a sacrificar sua
felicidade. Nós os consideramos como ferramentas de
nossa vaidade, prazer ou interesse; não como as partes
a quem podemos dar os efeitos de nossa boa vontade e
nosso amor.
UMA MENTE dedicada a essa classe de suas afeições,
ocupada com um objeto que pode envolvê-la
habitualmente, não é reduzida a cortejar as diversões
ou prazeres com os quais pessoas de mau humor são
obrigadas a reparar seus repugnantes: E a temperança
se torna uma tarefa fácil. quando as gratificações do
sentido são suplantadas pelas do coração. A coragem
também é mais facilmente assumida, ou é inseparável
do ardor da mente, da sociedade, da amizade ou da
ação pública, o que nos faz esquecer de temas de
ansiedade pessoal ou medo, e atende principalmente
ao objeto de nosso zelo. ou afeição, não às
inconveniências insignificantes, perigos ou
dificuldades, que nós mesmos podemos encontrar na
luta para mantê-lo.
ELE deve parecer, portanto, a ser a felicidade do
homem, para fazer suas disposições sociais a mola de
decisão de suas ocupações; declarar a si mesmo como
membro de uma comunidade, para cujo bem geral seu
coração pode brilhar com ardente zelo,
à [90] supressão daqueles cuidados pessoais que são o
fundamento de ansiedades dolorosas, medo, ciúme e
inveja; ou, como Pope expressa a mesma atitude,
 “O homem, como a videira generosa,
sustentava vidas;
 A força que ele ganha, é do abraço que ele
dá * .
NÓS comumente percebemos que é nosso dever fazer
gentilezas e nossa felicidade em recebê-las: mas se, na
realidade, coragem e um coração dedicado ao bem da
humanidade são os constituintes da felicidade
humana, a bondade que é feita infere felicidade na
pessoa de quem procede, não naquele a quem ela é
concedida; e o bem maior que os homens possuidores
de fortaleza e generosidade podem obter para as suas
outras criaturas é uma participação desse caráter feliz.
SE isto é o bem do indivíduo, é também o da
humanidade; e a virtude não mais impõe uma tarefa
pela qual somos obrigados a conceder a outros o bem
do qual nós mesmos nos refreamos; mas supõe, no
mais alto grau, como possuído por nós mesmos,
aquele estado de felicidade que somos obrigados a
promover no mundo. “Você conferirá o maior
benefício à sua cidade”, diz Epicteto, “não elevando os
telhados, mas exaltando as almas dos seus
concidadãos; para [91] é melhor que grandes almas
devem viver em pequenas habitações, de que os
escravos abjetos deve escavar em grandes casas † .”
PARAo benevolente, a satisfação dos outros é um
motivo de prazer; e a própria existência, em um
mundo que é governado pela sabedoria de Deus, é
uma bênção. A mente, liberta de cuidados que levam à
pusilanimidade e à maldade, torna-se calma, ativa,
destemida e ousada; capaz de todo empreendimento e
vigorosa no exercício de todo talento, pelo qual a
natureza do homem é adornada. Sobre esse alicerce
surgiu o caráter admirável que, durante certo período
de sua história, distinguiu as célebres nações da
antiguidade, e tornou familiar e ordinário em suas
maneiras, exemplos de magnanimidade, que, sob
governos menos favoráveis aos afetos públicos,
raramente ocorrem; ou que, sem ser muito praticado,
ou mesmo compreendido, são objetos de admiração e
inchaço panegírico. “Assim,” diz Xenofonte, “morreu
Thrasybulus; que de fato parece ter sido um bom
homem. ”Que elogios valiosos e quão significativos
para aqueles que conhecem a história dessa pessoa
admirável! Os membros desses estados ilustres, a
partir do hábito de se considerarem parte de uma
comunidade, ou pelo menos tão profundamente
envolvidos com alguma ordem de homens no estado,
eram indiferentes.[ 92 ] de considerações pessoais:
eles tinham uma visão perpétua de objetos que
despertam um grande ardor na alma; o que os levou a
agir perpetuamente na visão de seus concidadãos e a
praticar aquelas artes de deliberação, elocução,
política e guerra, das quais dependem as fortunas das
nações, ou dos homens, em seu corpo coletivo. À força
da mente coletada nesta carreira, e às melhorias de
inteligência que foram feitas em persegui-la, essas
nações deviam, não apenas sua magnanimidade, e a
superioridade de sua conduta política e militar, mas
até mesmo as artes da poesia e da literatura. que,
entre eles, eram apenas os apêndices inferiores de um
gênio excitado, cultivado e refinado.
PARA o grego antigo, ou o romano, o indivíduo não era
nada, e o público era tudo. Para o moderno, em
muitas nações da Europa, o indivíduo é tudo e o
público nada. O estado é apenas uma combinação de
departamentos, nos quais consideração, riqueza,
eminência ou poder são oferecidos como recompensa
do serviço. Era da natureza do governo moderno,
mesmo em sua primeira instituição, conferir a cada
indivíduo uma posição fixa e dignidade, que ele
deveria manter para si mesmo. Nossos ancestrais, em
idade grosseira, durante o recesso de guerras do
exterior, lutaram por suas reivindicações pessoais em
casa, e por suas competições, e pelo equilíbrio de seus
poderes, mantiveram uma espécie de liberdade
política em [93]o estado, enquanto as partes privadas
estavam sujeitas a contínuos erros e opressões. Sua
posteridade, em tempos mais polidos, reprimiu os
distúrbios civis em que a atividade de eras anteriores
consistia principalmente; mas eles empregam a calma
que ganharam, não em estimular o zelo por essas leis,
e essa constituição de governo, à qual eles devem sua
proteção, mas em praticar separados, e cada um por
si, as várias artes do progresso pessoal, ou lucro. , que
os seus estabelecimentos políticos podem permitir-
lhes prosseguir com êxito. O comércio, que pode
supostamente compreender toda arte lucrativa, é
considerado como o grande objetivo das nações e o
principal estudo da humanidade.
TANTO estamos acostumados a considerar a fortuna
pessoal como o único objeto de cuidado, que mesmo
sob estabelecimentos populares, e em estados onde
diferentes ordens de homens são convocadas para
participar do governo de seu país, e onde as liberdades
que desfrutam não podem ser longas preservada, sem
vigilância e atividade por parte do sujeito; ainda
assim, aqueles que, na expressão vulgar, não têm a
sorte de fazer, supostamente estão perdidos para a
ocupação, e se entregam a passatempos solitários, ou
cultivam o que gostam de chamar de gosto por
jardinagem, construção, desenho. ou musick. Com
esta ajuda, eles se esforçam para preencher as lacunas
de uma vida sem apego, e evitar a necessidade de
curar seus langores [94]. por qualquer serviço positivo
ao seu país, ou à humanidade.
OS fracos ou os mal-intencionados estão bem
empregados em qualquer coisa que seja inocente, e
têm a sorte de encontrar qualquer ocupação que
impeça os efeitos de um temperamento que iria atacar
a si mesmos ou a seus semelhantes. Mas aqueles que
são abençoados com uma disposição feliz, com
capacidade e vigor, incorrem em uma devassidão real,
tendo qualquer diversão que ocupe uma parte
imprópria de seu tempo; e são realmente enganados
por sua felicidade, em serem levados a crer, que
qualquer ocupação ou passatempo é mais adequado
para se divertir, do que aquilo que ao mesmo tempo
produz algum bem real para seus semelhantes.
ESSE tipo de entretenimento, na verdade, não pode ser
a escolha do mercenário, do invejoso ou do
malicioso. Seu valor é conhecido apenas por pessoas
de temperamento oposto; e à sua experiência só nós
apelamos. Guiados pela mera disposição, e sem a
ajuda da reflexão, nos negócios, na amizade e na vida
pública, eles freqüentemente se absolvem bem; e
carregados com satisfação na maré de suas emoções e
sentimentos, aproveitem a hora presente, sem
recordação do passado, ou esperanças do futuro. É na
especulação, não na prática, que eles são feitos para
descobrir que a virtude é uma tarefa de severidade e
autonegação.
SECT. IX .: De Felicidade Nacional. ↩
A MAN é, por natureza, o membro de uma
comunidade; e quando considerado nessa capacidade,
o indivíduo parece não ser mais feito por si
mesmo. Ele deve renunciar a sua felicidade e sua
liberdade, onde estas interferem com o bem da
sociedade. Ele é apenas parte de um todo; e o louvor
que pensamos devido a sua virtude, é apenas um ramo
daquela recomendação mais geral que concedemos ao
membro de um corpo, por parte de um tecido, ou
motor, por estar bem preparado para ocupar seu lugar
e produzir seu efeito.
SE isso decorre da relação de uma parte com o todo, e
se o bem público é o objeto principal com os
indivíduos, é igualmente verdade que a felicidade dos
indivíduos é o grande fim da sociedade civil: pois, em
que sentido público goza de algum bem, se seus
membros, considerados separados, são infelizes?
OS interesses da sociedade, no entanto, e de seus
membros, são facilmente conciliados. Se o indivíduo
deve todo grau de consideração ao público, ele recebe,
pagando essa mesma consideração, a maior felicidade
da qual sua natureza é capaz; [96] e a maior bênção
que o público pode conceder a seus membros é mantê-
los ligados a si mesmos. Esse é o estado mais feliz, que
é mais amado por seus súditos; e eles são os homens
mais felizes, cujos corações estão comprometidos com
uma comunidade, na qual encontram todo objeto de
generosidade e zelo, e um âmbito para o exercício de
todo talento e de toda disposição virtuosa.
DEPOIS DE termos encontrado máximas gerais, a maior
parte de nosso problema permanece, sua aplicação
justa a casos particulares. As nações são diferentes em
relação à sua extensão, número de pessoas e
riqueza; em relação às artes que praticam e às
acomodações que adquiriram. Essas circunstâncias
podem não apenas afetar as maneiras dos homens; até
mesmo, em nossa estima, entram em competição com
o artigo de boas maneiras; devem constituir uma
felicidade nacional, independente da virtude; e dar um
título, sobre o qual nós nos entregamos a nossa
própria vaidade, e a de outras nações, como fazemos a
de homens privados, no resultado de suas fortunas e
honrarias.
MAS se essa maneira de medir a felicidade, quando
aplicada a homens particulares, for ruinosa e falsa,
não é menor quando aplicada a nações. A riqueza, o
comércio, a extensão do território e o conhecimento
das artes são, quando bem empregados, os meios de
preservação e os fundamentos do poder. Se eles
falharem em parte, a nação está enfraquecida; se
fossem [97] inteiramente com capital aberto, a corrida
pereceria: Sua tendência é manter o número de
homens, mas não para constituir a felicidade. Por
conseguinte, eles manterão os miseráveis e os
felizes. Eles respondem a um propósito, mas não são,
portanto, suficientes para todos; e são de pouca
importância quando empregados apenas para manter
um povo tímido, abatido e servil.
ESTADOS GRANDES e poderosos são capazes de superar
e subjugar os fracos; nações polidas e comerciais têm
mais riqueza e praticam uma variedade maior de artes
do que rudes: mas a felicidade dos homens, em todos
os casos, consiste nas bênçãos de uma mente sincera,
ativa e extenuante. E se considerarmos o estado da
sociedade apenas como aquele em que a humanidade
é conduzida por suas propensões, como um estado a
ser valorizado de seu efeito na preservação da espécie,
no amadurecimento de seus talentos e na excitação de
suas virtudes, não precisamos ampliar nossas
comunidades , a fim de aproveitar essas
vantagens. Frequentemente os obtemos no grau mais
notável, em que as nações permanecem
independentes e, em pequena medida, são.
PARA aumentar o número de humanidade, pode ser
admitido como um grande e importante objeto: Mas
para estender os limites de qualquer estado particular,
não é, talvez, a maneira de obtê-lo; enquanto nós
desejamos que nossos semelhantes deve multiplicar-
se, não se segue, que o todo deve, se possível,
ser [98] unidos sob uma só cabeça. Estamos aptos a
admirar o império dos romanos, como um modelo de
grandeza e esplendor nacional: Mas a grandeza que
admiramos neste caso, foi ruinosa para a virtude e a
felicidade da humanidade; Verificou-se que ele era
inconsistente com todas as vantagens que aquelas
pessoas conquistadoras desfrutavam antigamente nos
artigos de governo e costumes.
A emulação das nações procede de sua divisão. Um
grupo de estados, como uma companhia de homens,
encontra o exercício de sua razão, e o teste de suas
virtudes, nos assuntos que eles transacionam, em pé
de igualdade e de interesse separado. As medidas de
segurança, incluindo grande parte da política
nacional, são relativas em todos os estados àquelas
apreendidas no exterior. Atenas era necessária a
Esparta no exercício de sua virtude, como o aço é para
a produção de fogo; e se as cidades da Grécia
estivessem unidas sob uma única cabeça, nunca
teríamos ouvido falar de Epaminondas ou Tribrílio, de
Licurgo ou Sólon.
QUANDO raciocinamos em favor de nossa espécie,
portanto, embora possamos lamentar os abusos que às
vezes surgem da independência e da oposição de
interesses; todavia, enquanto quaisquer graus de
virtude permanecem com a humanidade, não
podemos desejar aglomerar, sob um único
estabelecimento, números de homens que possam
servir para constituir vários; ou para [99] cometer
casos para a conduta de um senado, um poder
legislativo ou executivo, que, em uma posição distinta
e separada, poderia fornecer um exercício de
habilidade e um teatro de glória para muitos.
ESSE pode ser um assunto sobre o qual nenhuma regra
determinada pode ser dada; mas a admiração do
domínio ilimitado é um erro ruinoso; e em nenhum
caso, talvez, o verdadeiro interesse da humanidade
seja mais inteiramente errado.
A medida de alargamento a ser desejada em qualquer
estado particular, é muitas vezes retirada da condição
dos seus vizinhos. Onde um número de estados são
contíguos, eles devem estar perto de uma igualdade, a
fim de que possam ser mutuamente objetos de
respeito e consideração, e para que eles possam
possuir essa independência na qual a vida política de
uma nação consiste.
QUANDO os reinos da Espanha foram unidos, quando
os grandes feudos da França foram anexados à coroa,
não era mais conveniente que as nações da Grã-
Bretanha continuassem separadas.
AS pequenas repúblicas da Grécia, de fato, por suas
subdivisões, e o equilíbrio de seu poder, encontraram
quase em todas as aldeias o objeto das nações. Cada
pequeno distrito era um viveiro de excelentes homens,
e que é agora o canto miserável de um grande império,
era o campo no qual [100] a humanidade colheram
seus principais honras. Mas na Europa moderna,
repúblicas de proporções semelhantes são como
arbustos, sob a sombra de uma floresta mais alta,
afetadas pela vizinhança de estados mais
poderosos. No caso deles, uma certa desproporção de
força frustra, em grande medida, a vantagem da
separação. Eles são como o comerciante na Polônia,
que é o mais desprezível, e o menos seguro, que ele
não é nem mestre nem escravo.
AS comunidades INDEPENDENTES , entretanto, apesar
de fracas, são avessas a uma coalizão, não apenas
quando vem com um ar de imposição, ou um tratado
desigual, mas mesmo quando não implica mais do que
a admissão de novos membros a uma parcela igual de
consideração com o antigo. O cidadão não tem
interesse na anexação de reinos; ele deve descobrir
que sua importância diminuiu, à medida que o Estado
é ampliado: mas homens ambiciosos, sob a ampliação
do território, encontram uma colheita mais abundante
de poder e de riqueza, enquanto o próprio governo é
uma tarefa mais fácil. Daí o progresso ruinoso do
império; e, portanto, as nações livres, sob o domínio
da aquisição de domínio, se permitem, no final, serem
unidas aos escravos que conquistaram.
NOSSO desejo de aumentar a força de uma nação é o
único pretexto para ampliar seu território; mas essa
medida, quando levada a extremos, raramente deixa
de se frustrar.
[ 101 ]
NÃO OBSTANTE a vantagem de números e recursos
superiores em guerra, a força de uma nação é derivada
do caráter, não da riqueza, nem da multidão de seu
povo. Se o tesouro de um estado pode contratar um
número de homens, erguer muralhas e fornecer os
instrumentos de guerra; as posses dos medrosos são
facilmente aproveitadas; uma multidão medrosa cai
em cima de si mesma; muralhas podem ser escaladas
onde não são defendidas por bravura; e os braços são
conseqüentes apenas nas mãos dos bravos. A faixa
para a qual Agesilaus apontou como a muralha de sua
cidade, fez uma defesa para seu país mais permanente,
e mais eficaz, do que a rocha e o cimento com o qual
outras cidades foram fortificadas.
DEVEMOS pouco a esse estadista que planejasse uma
defesa que pudesse substituir os usos externos da
virtude. É sabiamente ordenado ao homem, como ser
racional, que o emprego da razão é necessário para a
sua preservação; é afortunado para ele, na busca da
distinção, que sua consideração pessoal dependa de
seu caráter; e é afortunado para as nações, que, para
serem poderosas e seguras, devem esforçar-se para
manter a coragem e cultivar as virtudes de seu
povo. Pelo uso de tais meios, eles imediatamente
ganham seus fins externos e são felizes.
PAZ e unanimidade são comumente consideradas
como os principais fundamentos da felicidade
pública; [102] ainda a rivalidade de comunidades
separadas, e as agitações de um povo livre, são os
princípios da vida política e da escola dos
homens. Como devemos reconciliar esses princípios
contrários e contrários? Talvez não seja necessário
reconciliá-los. O pacífico pode fazer o que for possível
para acalmar as animosidades e reconciliar as
opiniões dos homens; e será feliz se conseguirem
reprimir seus crimes e acalmarem o pior de suas
paixões. Nada, nesse meio tempo, mas a corrupção ou
a escravidão podem suprimir os debates que
subsistem entre os homens íntegros, que
desempenham um papel igual na administração do
Estado.
UM acordo PERFEITO em matéria de opinião não deve
ser obtido na empresa mais seleta; e se fosse, o que
seria da sociedade? “O legislador espartano”, diz
Plutarco, “parece ter semeado as sementes de
divergência e divergência entre seus compatriotas:
queria dizer que os bons cidadãos deveriam ser
levados a disputar; ele considerava a emulação como a
marca pela qual suas virtudes eram acesas; e pareceu
apreender que uma complacência, pela qual os
homens submetem suas opiniões sem exame, é a
principal fonte de corrupção ”.
FORMAS de governo devem decidir da felicidade ou
miséria da humanidade. Mas as formas de governo
devem ser variadas, a fim de adequar a extensão, o
modo de subsistência, o caráter, [103] e as maneiras
de diferentes nações. Em alguns casos, a multidão
pode sofrer para governar a si mesma; em outros, eles
devem ser severamente contidos. Os habitantes de
uma aldeia, em alguma época primitiva, podem ter
sido confiadamente confiados à conduta da razão e à
sugestão de suas visões inocentes; mas os inquilinos
de Newgate dificilmente podem ser confiáveis, com
correntes presas em seus corpos e barras de ferro
fixadas em suas pernas. Como é possível, portanto,
encontrar uma forma única de governo que seja
adequada à humanidade em todas as condições?
NO entanto, prosseguimos na seção seguinte, para
destacar as distinções e explicar a linguagem que
ocorre nesse lugar, à frente de diferentes modelos de
subordinação e governo.
[ 104 ]
SECT. X .: O mesmo assunto continuou. ↩
É uma observação comum, que a humanidade era
originalmente igual. Eles têm, de fato, por natureza,
direitos iguais à sua preservação e ao uso de seus
talentos; mas eles estão equipados para diferentes
estações; e quando eles são classificados por uma
regra tirada desta circunstância, eles não sofrem
injustiça do lado de seus direitos naturais. É óbvio que
algum modo de subordinação é tão necessário aos
homens quanto a própria sociedade; e isso, não
apenas para atingir os fins do governo, mas para
cumprir uma ordem estabelecida pela natureza.
ANTES de qualquer instituição política, os homens são
qualificados por uma grande diversidade de talentos,
por um tom diferente da alma e pelo ardor das
paixões, para atuar em uma variedade de
partes. Traga-os juntos, cada um vai encontrar o seu
lugar. Eles censuram ou aplaudem em um
corpo; consultam e deliberam em partidos mais
seletos; eles tomam ou dão ascendência como
indivíduos; e os números são assim adaptados para
atuar em companhia e preservar suas comunidades,
antes que qualquer distribuição formal do cargo seja
feita.
SOMOS formados para agir dessa maneira; e se temos
quaisquer dúvidas com relação aos direitos
dos [105] governo em geral, devemos a nossa
perplexidade mais para as sutilezas do especulativa,
do que a qualquer incerteza nos sentimentos do
coração. Envolvidos nas resoluções de nossa empresa,
nos movemos com a multidão antes de
determinarmos a regra pela qual sua vontade é
coletada. Seguimos um líder, antes de termos
resolvido o terreno de suas pretensões, ou ajustado a
forma de sua eleição: e é só depois que a humanidade
cometeu muitos erros nas capacidades do magistrado
e do sujeito, que eles pensam em tornar o próprio
governo um assunto de regras.
SE, portanto, ao considerar a variedade de formas sob
as quais as sociedades subsistem, o casuista tem o
prazer de perguntar: Que título um homem, ou
qualquer número de homens, tem que contrariar suas
ações? ele pode ser respondido, absolutamente
nenhum, desde que suas ações não tenham efeito para
o preconceito de seus semelhantes; mas, se o fizeram,
os direitos de defesa e a obrigação de reprimir o
cometimento de erros pertencem a órgãos coletivos,
bem como a indivíduos. Muitas nações rudes, não
tendo tribunais formais para o julgamento de crimes,
se reúnem, quando alarmadas por qualquer ofensa
flagrante, e tomam suas medidas com o criminoso
como fariam com um inimigo.
MAS será esta consideração, o que confirma o título de
soberania, onde é exercido pela sociedade em sua
capacidade coletiva, ou por aqueles a [106] quais os
poderes do inteiro estão comprometidos, igualmente
apoiar a pretensão de domínio, onde quer que seja
casualmente alojado, ou mesmo onde é mantido
apenas pela força?
ESTEA questão pode ser suficientemente respondida,
observando-se que o direito de fazer justiça e de fazer
o bem é competente para todo indivíduo ou ordem de
homens; e que o exercício desse direito não tem
limites, mas no defeito de poder. Quem, portanto, tem
poder, pode empregá-lo nessa extensão; e nenhuma
convenção prévia é necessária para justificar sua
conduta. Mas o direito de errar ou de cometer
injustiça é um abuso de linguagem e uma contradição
de termos. Não é mais competente para o corpo
coletivo de um povo do que para um único
usurpador. Quando admitimos tal prerrogativa no
caso de qualquer soberano, podemos apenas expressar
a extensão de seu poder e a força com a qual ele é
capaz de executar seu prazer. Tal prerrogativa é
assumida pelo líder dos bandidianos à frente de sua
gangue ou por um príncipe despótico à frente de suas
tropas. Quando a espada é apresentada por um ou
outro, o viajante ou o habitante pode se submeter de
um senso de necessidade ou medo; mas ele não está
obrigado a um motivo de dever ou justiça.
A multiplicidade de formas, nesse meio tempo, que
diferentes sociedades oferecem à nossa visão, é quase
infinita. As classes em que eles distribuem [107] os
seus membros, a maneira pela qual eles estabelecem
os poderes legislativo e executivo, as circunstâncias
imperceptíveis pelos quais eles são levados a ter
costumes diferentes, e conferir a seus governantes
medidas desiguais de poder e autoridade, dar origem a
distinções perpétuas entre constituições que mais se
assemelham umas às outras, e dar aos assuntos
humanos uma variedade de detalhes, os quais, em
toda a sua extensão, nenhum entendimento pode
compreender, e nenhuma memória retém.
EMPara termos um conhecimento geral e abrangente
do todo, devemos determinar, com base em todos os
outros assuntos, que devemos ignorar muitos
particulares e singularidades, distinguindo diferentes
governos; para fixar nossa atenção em certos pontos,
nos quais muitos concordam; e assim estabelecer
algumas cabeças gerais, sob as quais o assunto pode
ser distintamente considerado. Quando marcamos as
características que formam os pontos gerais de co-
incidência; quando os perseguimos até suas
consequências nos diversos modos de legislação,
execução e judicatura, nos estabelecimentos que
dizem respeito à polícia, ao comércio, à religião ou à
vida doméstica; Fizemos uma aquisição de
conhecimento que, embora não suplante a
necessidade da experiência, pode servir para
direcionar nossas investigações e, no meio dos
assuntos,
[ 108 ]
QUANDOLembro-me do que o Presidente Montesquieu
escreveu, não sei dizer por que devo tratar dos
assuntos humanos: também eu sou instigado por
minhas reflexões e meus sentimentos; e posso
pronunciá-los mais para a compreensão das
capacidades comuns, porque estou mais no nível dos
homens comuns. Se for necessário abrir o caminho
para o que se segue na história geral das nações,
dando conta das cabeças sob as quais várias formas de
governo podem ser convenientemente colocadas, o
leitor talvez deva ser referido ao que já foi entregue na
história. sujeito por este político profundo e moralista
amável. Em seus escritos será encontrado, não apenas
o original do que eu sou agora, por uma questão de
ordem, para copiar dele, mas provavelmente também
a fonte de muitas observações, que, em diferentes
lugares, eu posso, sob a crença de invenção,
OS antigos filósofos tratavam do governo comumente
sob três cabeças; o democrático, o aristocrático e o
despótico. Sua atenção estava principalmente ocupada
com as variedades de governo republicano, e eles
davam pouca importância a uma distinção muito
importante, que Montesquieu fez, entre o despotismo
e a monarquia. Ele também considerou o governo
redutível a três formas gerais; e, “para entender a
natureza de cada um”, ele observa, “é suficiente
recalcular idéias que estão familiarizadas
com [109]homens da menor reflexão, que admitem
três definições, ou melhor, três fatos: Que uma
república é um estado em que as pessoas em um corpo
coletivo, ou parte do povo, possuem o poder soberano:
Essa monarquia é aquela em que o homem governa,
de acordo com leis fixas e determinadas: E um
despotismo é aquele em que um homem, sem lei, ou
regra de administração, pelo mero impulso de vontade
ou capricho, decide e leva tudo diante de si ”.
AS REPÚBLICAS admitem uma distinção muito material,
que é apontada na definição geral; isso entre
democracia e aristocracia. No primeiro, o poder
supremo permanece nas mãos do corpo coletivo. Todo
ofício de magistratura, na nomeação deste soberano,
está aberto a todos os cidadãos; que, no cumprimento
de seu dever, torna-se o ministro do povo e
responsável por todos os objetos de sua confiança.
NO segundo, a soberania é apresentada em uma classe
particular ou ordem de homens; que, sendo uma vez
nomeado, continua por toda a vida; ou, pelas
distinções hereditárias de nascimento e fortuna,
avançam para uma posição de superioridade
permanente. Desta ordem, e por sua nomeação, todos
os ofícios da magistratura estão cheios; e nas
diferentes assembléias que eles constituem, o que quer
que se relacione com a legislação, a execução, ou
jurisdição, é finalmente determinado.
[ 110 ]
O SR. Montesquieu apontou os sentimentos ou
máximas dos quais os homens devem agir sob esses
diferentes governos.
NA democracia, eles devem amar a igualdade; eles
devem respeitar os direitos de seus concidadãos; eles
devem se unir pelos laços comuns de afeição ao
estado. Ao formar pretensões pessoais, elas devem
estar satisfeitas com o grau de consideração que
podem obter por suas habilidades razoavelmente
medidas com as de um oponente; eles devem
trabalhar para o público sem esperança de lucro; eles
devem rejeitar toda tentativa de criar uma
dependência pessoal. A franqueza, a força e a elevação
da mente, em suma, são os suportes da democracia; e
a virtude é o princípio de conduta requerido para sua
preservação.
QUÃO bela preeminência do lado do governo
popular! e quão ardentemente a humanidade
desejaria a forma, se tendesse a estabelecer o
princípio, ou fosse, em todos os casos, uma indicação
segura de sua presença!
MAS talvez devêssemos ter possuído o princípio, para,
com qualquer esperança de vantagem, receber a
forma; e onde o primeiro é inteiramente extinto, o
outro pode estar cheio do mal, se algum mal adicional
merece ser evitado, onde os homens já estão infelizes.
[ 111 ]
EM Constantinopla ou Argel, é um espetáculo
miserável quando os homens fingem agir em pé de
igualdade: querem apenas livrar-se das restrições do
governo e aproveitar o máximo possível desse espólio,
que, em tempos normais, é englobado pelo mestre que
eles servem.
É uma vantagem da democracia, que a principal base
de distinção sendo qualidades pessoais, os homens são
classificados de acordo com suas habilidades e com o
mérito de suas ações. Embora todos tenham igual
pretensão ao poder, o estado é governado por
alguns. A maioria das pessoas, mesmo em sua
capacidade de soberania, apenas finge empregar seus
sentidos; sentir, quando pressionado por
inconveniências nacionais, ou ameaçado por perigos
públicos; e com o ardor que é capaz de surgir em
assembleias apinhadas, para exortar as atividades em
que estão envolvidos, ou para repelir os ataques com
os quais são ameaçados.
A mais perfeita igualdade de direitos nunca pode
excluir o ascendente das mentes superiores, nem as
assembleias de um corpo coletivo governam sem a
direção de conselhos seletos. Por causa disso, o
governo popular pode ser confundido com a
aristocracia. Mas isso, por si só, não constitui o caráter
do governo aristocrático. Aqui os membros do estado
são divididos, pelo menos, em duas classes; dos quais
um está destinado a comandar, o outro a
obedecer. Nenhum mérito ou defeito
pode [112]Levantar ou afundar uma pessoa de uma
classe para outra. O único efeito do caráter pessoal é,
para obter do indivíduo um grau adequado de
consideração com sua própria ordem, não variar sua
classificação. Em uma situação, ele é ensinado a
assumir, em outro, a preeminência. Ele ocupa a
posição de patrono ou cliente, e é o soberano ou o
sujeito de seu país. Todos os cidadãos podem se unir
na execução dos planos de Estado, mas nunca em
deliberar sobre suas medidas, ou promulgar suas
leis. O que pertence a todo o povo sob a democracia
está aqui confinado a uma parte. Os membros da
ordem superior, entre si, possivelmente, são
classificados de acordo com suas habilidades, mas
mantêm um ascendente perpétuo sobre aqueles de
posição inferior. Eles são ao mesmo tempo os servos e
os senhores do estado, e pagam,
PARA manter para si mesmo, e admitir em seu
concidadão, uma perfeita igualdade de privilégios e da
estação, não é mais o líder máximo do membro de tal
comunidade. Os direitos dos homens são modificados
por sua condição. Um pedido reivindica mais do que
está disposto a ceder; o outro deve estar pronto para
ceder o que não se assume: e é com razão que o senhor
Montesquieu atribui ao princípio de tais governos o
nome de moderação, não de virtude.
[ 113 ]
Oelevação de uma classe é uma arrogância
moderada; a submissão do outro uma deferência
limitada. O primeiro deve ser cuidadoso, escondendo
a parte ofensiva de sua distinção, paliar o que é
doloroso no arranjo público, e por sua educação, seus
modos cultivados e talentos aprimorados, para
parecer qualificado para as estações que ocupam. O
outro deve ser ensinado a ceder, por respeito e apego
pessoal, o que não poderia ser extorquido pela
força. Quando essa moderação falha em ambos os
lados, a constituição se altera. Uma população
enfurecida por motim pode reivindicar o direito de
igualdade ao qual são admitidos em estados
democráticos; ou uma nobreza empenhada no
domínio, pode escolher entre si, ou encontrar já
apontado para eles, um soberano que, por vantagens
de fortuna, popularidade ou habilidades,
AS MONARQUIAS foram encontradas com as recentes
marcas da aristocracia. Lá, no entanto, o monarca é
apenas o primeiro entre os nobres; ele deve estar
satisfeito com um poder limitado; seus assuntos são
classificados em classes; ele acha em todo quarteirão
uma pretensão de privilégio que circunscreve sua
autoridade; e ele encontra uma força suficiente para
confinar sua administração dentro de certos limites de
equidade e leis determinadas.
[ 114 ]
DEBAIXONo entanto, nesses governos, o amor à
igualdade é absurdo e a moderação em si é
desnecessária. O objeto de cada classificação é
precedente, e cada pedido pode exibir suas vantagens
em toda a sua extensão. O próprio soberano deve
grande parte de sua autoridade aos títulos sonoros e
ao equipamento deslumbrante que exibe em
público. As fileiras subordinadas reivindicam a
importância por uma exposição semelhante e, para
esse fim, carregam em cada instante as bandeiras de
seu nascimento ou os ornamentos de sua fortuna. O
que mais poderia marcar para o indivíduo a relação
em que ele está com seus companheiros, ou distinguir
as inúmeras fileiras que preenchem o intervalo entre o
estado do soberano e o do camponês? Ou o que mais
poderia, nos estados em grande medida, preservar
qualquer aparência de ordem,
AS MONARQUIAS são geralmente encontradas, onde o
estado é ampliado, em população e em território, além
dos números e dimensões que são consistentes com o
governo republicano. Juntamente com estas
circunstâncias, grandes desigualdades surgem na
distribuição da propriedade; e o desejo de
preeminência se torna a paixão predominante. Cada
posto exerceria sua prerrogativa, e o soberano é
perpetuamente tentado a ampliar o seu próprio; se
sujeitos, que desesperam de precedência, [115]Pleitear
pela igualdade, ele está disposto a favorecer suas
reivindicações e ajudá-las a reduzir as pretensões, com
as quais ele mesmo é, em muitas ocasiões, obrigado a
lutar. No caso de tal política, muitas distinções e
queixas injustas peculiares ao governo monárquico
podem, na aparência, ser removidas; mas o estado de
igualdade ao qual os sujeitos se aproximam é o dos
escravos, igualmente dependentes da vontade de um
mestre, não dos livres, em condições de manter o seu
próprio.
O princípio da monarquia, segundo Montesquieu, é
honra. Os homens podem possuir boas qualidades,
elevação da mente e fortaleza; mas o senso de
igualdade, que não trará nenhuma intromissão nos
direitos pessoais do cidadão mais medíocre; o espírito
indignado, que não cortejará uma proteção, nem
aceitará como favor o que é devido como direito; o
afeto público, que é fundado na negligência de
considerações pessoais, não é consistente com a
preservação da constituição, nem está de acordo com
os hábitos adquiridos em qualquer estação atribuída a
seus membros.
TODA condição é dotada de dignidade peculiar e indica
uma propriedade de conduta que os homens de
posição são obrigados a manter. No comércio de
superiores e inferiores, é objeto de ambição e de
vaidade refinar as vantagens de hierarquia; enquanto,
para facilitar o intercurso da sociedade educada, o
objetivo da boa criação é disfarçá-los ou rejeitá-los.
[ 116 ]
EMBORA os objetos de consideração sejam antes
dignidades de posição do que qualidades
pessoais; embora a amizade não possa ser formada
por mera inclinação, nem alianças pela mera escolha
do coração; contudo, homens tão unidos, e mesmo
sem mudar sua ordem, são altamente suscetíveis de
excelência moral, ou sujeitos a muitos graus diferentes
de corrupção. Podem desempenhar um papel vigoroso
como membros do Estado, amável no comércio da
sociedade privada; ou eles podem ceder sua dignidade
como cidadãos, mesmo quando eles levantam sua
arrogância e presunção como partes privadas.
NA monarquia, todas as ordens de homens obtêm suas
honras da coroa; mas eles continuam a considerá-los
como um direito, e exercem um poder subordinado no
estado, fundado no nível permanente que desfrutam, e
no apego daqueles a quem são designados para liderar
e proteger. Embora eles não se imponham em
conselhos nacionais e assembleias públicas, e embora
o nome do senado seja desconhecido, os sentimentos
que eles adotam devem ter peso com o soberano; e
todo indivíduo, em sua capacidade separada, em
alguma medida, delibera por seu país. Em tudo o que
não derrogar sua posição, ele tem um braço pronto
para servir a comunidade; em qualquer coisa que
alarma seu senso de honra, ele tem aversões e
desgostos, o que equivale a um negativo sobre a
vontade de seu príncipe.
[ 117 ]
INTANGADOS pelos vínculos recíprocos de dependência
e proteção, embora não combinados pelo senso de
interesse comum, os sujeitos da monarquia, como os
das repúblicas, se encontram ocupados como
membros de uma sociedade ativa e comprometidos a
tratar com seus companheiros. - Cria em pé de
igualdade. Se os princípios de honra que salvam o
indivíduo do servilismo em sua própria pessoa, ou de
se tornar um motor de opressão nas mãos de outro,
devem falhar; se eles deveriam dar lugar às máximas
do comércio, aos refinamentos de uma suposta
filosofia, ou aos ardilosos extraviados de um espírito
republicano; se são traídos pela covardia dos súditos
ou subjugados pela ambição dos príncipes; o que deve
ser das nações da Europa?
O DESPOTISMO é a monarquia corrompida, na qual
permanecem uma corte e um príncipe na aparência,
mas em que todo posto subordinado é destruído; em
que o assunto é contado, que ele não tem direitos; que
ele não pode possuir qualquer propriedade, nem
preencher qualquer estação, independente da vontade
momentânea de seu príncipe. Essas doutrinas são
fundadas nas máximas da conquista; devem ser
inculcados com o chicote e a espada; e são melhor
recebidas sob o terror de correntes e coragem, popularidade, endereço e conduta militar,
aprisionamento. O medo, portanto, é o princípio que
qualifica o sujeito a ocupar sua posição: e o soberano,
que oferece as bandeiras do terror tão livremente aos
outros, tem abundante razão para dar [118]esta paixão
um lugar principal consigo mesmo. Aquele mandato
que ele criou para os direitos dos outros, logo é
aplicado aos seus; e de seu ansioso desejo de assegurar
ou estender seu poder, ele se torna, como a fortuna de
seu povo, uma criatura de mera imaginação e
caprichos instáveis.
ENQUANTOAssim, com tanta exatidão, podemos
atribuir os limites ideais que podem distinguir as
constituições do governo, na verdade os encontramos,
tanto no que diz respeito ao princípio quanto à forma,
misturados de formas diversas. Em que sociedade não
são os homens classificados por distinções externas,
assim como qualidades pessoais? Em que estado eles
não são acionados por uma variedade de
princípios; justiça, honra, moderação e medo? É o
propósito da ciência não disfarçar essa confusão em
seu objeto, mas, na multiplicidade e combinação de
particulares, encontrar os principais pontos que
merecem nossa atenção; e que, sendo bem
compreendido, nos livra do embaraço que as
variedades de casos singulares poderiam criar. No
mesmo grau em que os governos exigem que os
homens ajam com princípios de virtude, honra ou
medo,
AS FORMAS de governo, de fato, aproximam-se ou
recuam mutuamente por muitas e muitas vezes
insensíveis [119] gradações. A democracia, ao admitir
certas desigualdades de posição, aproxima-se da
aristocracia. Em governos populares, bem como
aristocráticos, homens particulares, por sua
autoridade pessoal e, às vezes, pelo crédito de sua
família, mantiveram uma espécie de poder
monárquico. O monarca é limitado em diferentes
graus: até mesmo o príncipe despótico é apenas
aquele monarca cujos súditos reivindicam o menor
número de privilégios, ou quem está melhor
preparado para subjugá-los à força. Todas essas
variedades são apenas passos na história da
humanidade e marcam as situações passageiras e
passageiras pelas quais passaram, enquanto apoiadas
pela virtude, ou deprimidas pelo vício.
A democracia PERFEITA e o despotismo parecem ser os
extremos opostos nos quais as constituições do
governo mais afastam-se um do outro. Sob o primeiro,
uma virtude perfeita é necessária; no segundo, supõe-
se uma corrupção total: no entanto, em termos de
mera forma, não havendo nada fixo nas fileiras e
distinções dos homens além da posse ocasional e
temporária do poder, as sociedades passam facilmente
de uma condição em que cada indivíduo tem um título
igual a reinar, em um em que eles estão igualmente
destinados a servir. As mesmas qualidades em ambos,
elevam o ambicioso à eminência. Com estas
qualidades, o cidadão ou o escravo passa facilmente
das fileiras para o comando de um exército, de um
obscuro para um ilustre [120]estação. Em qualquer
dos casos, uma única pessoa pode governar com
ilimitada influência; e em ambos, a população pode
derrubar todas as barreiras da ordem e restringir a lei.
SE supusermos que a igualdade estabelecida entre os
sujeitos de um estado despótico inspirou seus
membros com confiança, intrepidez e amor à justiça; o
príncipe despótico, tendo deixado de ser objeto de
medo, deve afundar-se entre a multidão. Se, ao
contrário, a igualdade pessoal de que gozam os
membros de um Estado democrático deve ser
valorizada meramente como uma pretensão igual aos
objetos de avareza e ambição, o monarca pode
recomeçar e ser apoiado por aqueles que querem dizer
para compartilhar seus lucros. Quando o vingativo e o
mercenário se reúnem em festas, não tem nenhuma
importância sob qual líder eles se inscrevem, seja
Cæsar ou Pompeu; as esperanças de rapina ou
pagamento são os únicos motivos pelos quais elas se
apegam a um ou outro.
NA desordem das sociedades corrompidas, a cena tem
sido freqüentemente mudada da democracia para o
despotismo, e da última também, por sua vez, para a
primeira. Do meio da democracia dos homens
corruptos, e de uma cena de confusão sem lei, o tirano
sobe a um trono com braços cheirando a sangue. Mas
seus abusos, ou suas fraquezas, na estação que ele
conquistou, por sua vez, despertam e dão lugar ao
espírito de motim e vingança. [121]Os gritos de
assassinato e desolação, que no curso normal do
governo militar aterrorizavam o sujeito em seu retiro
particular, soavam pelas abóbadas e perfuravam as
grades e portas de ferro do serralho. A democracia
parece reviver em uma cena de desordem selvagem e
tumulto: mas ambos os extremos são apenas os
ataques transitórios de paroxismo ou languidez em
um estado indiferente.
SE OS homens chegam a essa medida de depravação,
não parece haver esperança imediata de
reparação. Nem a ascendência da multidão, nem a do
tirano, assegurarão a administração da justiça: Nem a
licença do mero tumulto, nem a calma do desânimo e
da servidão ensinarão ao cidadão que ele nasceu por
sinceridade e afeição ao seu companheiro. -
criaturas. E se os especulativos encontrassem aquele
estado habitual de guerra que às vezes se contentam
em honrar com o nome do estado de natureza, eles o
encontrarão na disputa que subsiste entre o príncipe
despótico e seus súditos, e não nas primeiras
abordagens de uma rude e simples tribo à condição e
ao arranjo doméstico das nações.
SEGUNDA PARTE: DA HISTÓRIA DAS
NAÇÕES RUDE. ↩
SEÇÃO I .: Das Informações sobre este assunto que
são derivadas da Antiguidade. ↩
A história da humanidade está confinada dentro de
um período limitado, e a cada trimestre há uma
sugestão de que os assuntos humanos tiveram um
começo. As nações, distinguidas pela posse das artes, e
a felicidade de seus estabelecimentos políticos,
derivaram de um original fraco, e ainda preservam em
sua história as indicações de um progresso lento e
gradual, pelo qual essa distinção foi obtida. As
antiguidades de todos os povos, por mais
diversificadas que sejam e por mais disfarçadas que
sejam, contêm as mesmas informações sobre este
ponto.
[ 124 ]
NA história sagrada, encontramos os pais da espécie,
ainda um único par, enviados para herdar a terra, e
para forçar uma subsistência para si mesmos em meio
aos espinhos e espinhos que foram feitos para
abundar em sua superfície. Sua raça, que foi
novamente reduzida a poucos, teve que lutar contra os
perigos que aguardam uma espécie fraca e infantil; e
depois de muitas eras terem passado, as nações mais
respeitáveis surgiram de uma ou de algumas famílias
que haviam pastoreado seus rebanhos no deserto.
OS gregos derivam sua própria origem de tribos
instáveis, cujas migrações freqüentes são uma prova
do estado rude e infantil de suas comunidades; e cujas
façanhas guerreiras, tanto celebradas na história,
exibem apenas as lutas com as quais disputavam a
posse de um país que depois, por seu talento para a
fábula, por suas artes e sua política, tornaram-se tão
famosas na história da humanidade.
A ITÁLIA deve ter sido dividida em muitos cantões
rudes e frágeis, quando um bando de ladrões, como
somos ensinados a considerá-los, encontrou um
assentamento seguro nas margens do Tibre, e quando
um povo, ainda composto apenas de um sexo, sofreu o
caráter de uma nação. Roma, por muitas eras, viu, de
suas muralhas, por todos os lados, o território de seus
inimigos, e achou tão pouco para controlar ou
reprimir a fraqueza de seu poder infantil, como
fez [125]depois, para conter o progresso de seu
extenso império. Como um tártaro ou uma horda cita,
que havia montado um assentamento, essa
comunidade nascente era igual, se não superior, a
todas as tribos de sua vizinhança; e o carvalho que
cobriu o campo com sua sombra, era uma vez uma
planta fraca no viveiro, e não deve ser distinguido das
ervas daninhas pelas quais seu crescimento inicial foi
contido.
OS gauleses e os alemães chegaram ao nosso
conhecimento com as marcas de uma condição
semelhante; e os habitantes da Bretanha, na época das
primeiras invasões romanas, pareciam, em muitos
aspectos, os atuais nativos da América do Norte:
ignoravam a agricultura; eles pintaram seus corpos; e
usado para vestir as peles de animais.
TAL, portanto, parece ter sido o começo da história
com todas as nações, e em tais circunstâncias devemos
procurar o caráter original da humanidade. A
investigação se refere a um período distante, e toda
conclusão deve se basear nos fatos que são
preservados para nosso uso. Nosso método, no
entanto, com demasiada frequência, é descansar o
todo na conjectura; imputar toda vantagem de nossa
natureza àquelas artes que nós mesmos possuímos; e
imaginar que uma mera negação de todas as nossas
virtudes é uma descrição suficiente do homem em seu
estado original. Somos nós os supostos padrões de
polidez e civilização; e onde nossas próprias
características não fazem [126]parece, percebemos,
que não há nada que mereça ser conhecido. Mas é
provável que aqui, como em muitos outros casos,
estamos mal qualificados, do nosso suposto
conhecimento de causas, para prognosticar efeitos, ou
para determinar quais devem ter sido as propriedades
e operações, mesmo da nossa própria natureza, na
ausência daquelas circunstâncias em que o vimos
engajado. Quem, a partir de uma mera conjectura,
suporia que o selvagem nu seria um coxcomb e um
jogador? que ele seria orgulhoso ou vaidoso, sem as
distinções de título e fortuna? e que seu principal
cuidado seria adornar sua pessoa e encontrar uma
diversão? Mesmo que se pudesse supor que ele
compartilharia assim nossos vícios e, no meio de sua
floresta, competiria com as loucuras que são
praticadas na cidade; ainda assim, ninguém seria tão
ousado a ponto de afirmar que, da mesma forma, em
qualquer instância, nos excede em talentos e
virtudes; que ele teria uma penetração, uma força de
imaginação e elocução, um ardor da mente, um afeto e
uma coragem que as artes, a disciplina e a política de
poucas nações seriam capazes de melhorar. No
entanto, esses detalhes fazem parte da descrição que é
dada por aqueles que tiveram a oportunidade de ver a
humanidade em sua condição mais rude: e além do
alcance de tal testemunho, não podemos seguramente
aceitar, nem pretender fornecer informações sobre o
assunto.
SE conjecturas e opiniões formadas à distância, não
têm autoridade suficiente na história [127]da
humanidade, as antiguidades domésticas de cada
nação devem, por isso mesmo, ser recebidas com
cautela. São, na maior parte, as meras conjecturas ou
as ficções das épocas subsequentes; e mesmo onde a
princípio eles continham alguma semelhança de
verdade, eles ainda variam com a imaginação daqueles
por quem são transmitidos, e em cada geração
recebem uma forma diferente. Eles são feitos para
carregar o selo dos tempos pelos quais passaram na
forma de tradição, não das eras às quais suas
pretensas descrições se relacionam. A informação que
eles trazem não é como a luz refletida de um espelho,
que delineia o objeto de onde veio originalmente; mas,
como raios que se partem e se dispersam de uma
superfície opaca ou não polida, apenas dão as cores e
características do corpo do qual foram refletidas pela
última vez.
QUANDO as fábulas da tradição são ensaiadas pelo
vulgar, elas carregam as marcas de um caráter
nacional; e embora misturados com absurdos, muitas
vezes levantam a imaginação e movem o coração:
quando feitos os materiais da poesia, e adornados pela
habilidade e a eloqüência de uma mente ardente e
superior, eles instruem o entendimento, assim como
envolvem as paixões. É somente na administração de
meros antiquários, ou stript dos ornamentos que as
leis da história proíbem que eles usem, que eles se
tornem impróprios para divertir a fantasia, ou para
servir a qualquer propósito.
[ 128 ]
ERA absurdo citar a fábula da Ilíada ou da Odisseia, as
lendas de Hércules, Teseu ou Édipo, como autoridades
de fato relacionadas à história da humanidade; mas
eles podem, com grande justiça, ser citados para
averiguar quais eram as concepções e sentimentos da
época em que foram compostos, ou para caracterizar o
gênio desse povo, com cuja imaginação eles eram
misturados, e por quem eles eram afeiçoados. Ouvido
e admirado.
EM esta ficção maneira podem ser admitidos para
atestar o gênio das nações, enquanto a história não
tem nada a oferecer que é intitulado ao crédito. A
fábula grega, portanto, transmitindo um caráter de
seus autores, lança luz sobre algumas eras das quais
nenhum outro registro permanece. A superioridade
deste povo não é, de modo algum, mais evidente do
que na tensão de suas ficções, e na história daqueles
fabulosos heróis, poetas e sábios, cujas histórias,
sendo inventadas ou embelezadas por uma
imaginação já repleta de assunto. o qual o herói foi
celebrado, serviu para inflamar aquele ardente
entusiasmo, com o qual tantas repúblicas diferentes
procederam posteriormente na busca de todo objeto
nacional.
ELE foi, sem dúvida, de grande vantagem para estas
nações, que o seu sistema de fábula era original, e
sendo já recebeu em tradições populares, serviu para
difundir essas melhorias da razão, [129]imaginação e
sentimento, que foram depois, por homens de os
melhores talentos, feitos sobre a própria fábula, ou
transmitidos em sua moral. As paixões do poeta
penetraram as mentes do povo, e as concepções de
homens de gênio, sendo comunicadas ao vulgo,
tornaram-se os incentivos de um espírito nacional.
UMA MITOLOGIA emprestada do exterior, uma
literatura fundada em referências a um país estranho e
repleta de alusões estrangeiras, está muito mais
confinada em seu uso: eles falam apenas com os
instruídos; e, embora pretendam informar o
entendimento e consertar o coração, podem,
confinando-se a poucos, ter um efeito oposto: podem
estimular a presunção sobre as ruínas do senso
comum e tornar o que foi, pelo menos inocentemente,
o marinheiro ateniense em seu remo, ou ensaiado pelo
pastor para atender ao seu rebanho, ocasião de vício
ou fundação de pedantismo e orgulho escolástico.
NOSSO próprio aprendizado, talvez, onde sua
influência se estende, serve, em certa medida, para
deprimir nosso espírito nacional. Nossa literatura
sendo derivada de nações de uma raça diferente, que
floresceram em uma época em que nossos ancestrais
estavam em estado de barbárie e, conseqüentemente,
quando eram desprezados por aqueles que haviam
atingido as artes literárias, deu origem a uma opinião
humilhante que nós mesmos somos descendentes de
mesquinhos e desprezíveis [130]nações, com quem a
imaginação e sentimento humanos não tiveram efeito,
até que o gênio foi inspirado em exemplos, e dirigido
por lições que foram trazidas do exterior. Os romanos,
dos quais nossos relatos são principalmente
derivados, admitiram, na grosseria de seus próprios
antepassados, um sistema de virtudes que todas as
nações simples talvez igualmente possuam; um
desprezo pelas riquezas, amor ao país deles, paciência
de sofrimento, perigo e fadiga. Eles, contudo,
difamaram nossos ancestrais por se assemelharem aos
seus; pelo menos, no defeito de suas artes, e na
negligência das conveniências que essas artes são
empregadas para obter.
É dos historiadores gregos e romanos, no entanto, que
temos não apenas as mais autênticas e instrutivas,
mas até mesmo as mais envolventes representações
das tribos das quais descendemos. Esses escritores
sublimes e inteligentes entendiam a natureza humana
e podiam reunir suas características e exibir seus
caracteres em todas as situações. Eles foram mal
sucedidos nessa tarefa pelos primeiros historiadores
da Europa moderna; que, geralmente criados para a
profissão de monges, e confinados à vida monástica,
se dedicavam a registrar o que gostariam de
denominar fatos, enquanto sofriam as produções do
gênio para perecer, e eram incapazes, seja pelo
assunto escolhido, ou o estilo de suas composições,
para dar qualquer representação do espírito ativo
de [131]a humanidade em qualquer condição. Com
eles, uma narração deveria constituir história,
enquanto não transmitia nenhum conhecimento de
homens; e a própria história foi autorizada a ser
completa, enquanto, em meio aos eventos e à sucessão
de príncipes que são registrados na ordem do tempo,
somos deixados a procurar em vão pelas
características do entendimento e do coração, que,
sozinho, em todos os transação humana, torne a
história interessante ou útil.
POR isso, de bom grado, abandonamos a história de
nossos primeiros ancestrais, onde César e Tácito os
abandonaram; e talvez, até que cheguemos ao alcance
daquilo que está relacionado com os assuntos atuais, e
façamos parte do sistema sobre o qual agora
procedemos, tenha pouca razão para esperar que
qualquer assunto interesse ou informe a mente. Não
temos, porém, qualquer razão, para concluir, que a
matéria em si fosse mais estéril, ou a cena dos
assuntos humanos menos interessante, na Europa
moderna, do que tem sido em todas as etapas em que
a humanidade estava empenhada em exibir os
movimentos da coração, os esforços de generosidade,
magnanimidade e coragem.
O julgamento daquilo que essas eras continham, nem
sequer é feito de maneira justa, quando homens de
gênio e habilidades distintas, com as realizações de
uma erudita e polida idade, colecionam os materiais
que encontraram e, com o maior
sucesso, [132] Conectar a história de eras analfabetas
com transações de uma data posterior: É difícil
mesmo para elas, sob os nomes que são aplicados em
um novo estado da sociedade, transmitir uma justa
apreensão do que a humanidade era, em situações tão
diferentes, e tempos tão distantes dos seus.
EM decorrente historiadores desta natureza a
instrução que seus escritos estão aptos a dar, que são
muitas vezes a esquecer os termos gerais que são
empregados, a fim de recolher as maneiras reais de
uma idade das circunstâncias minutos que
ocasionalmente são apresentados. Os títulos
de Royal e Nobleeram aplicáveis às famílias de
Tarquin, Collatinus e Cincinnatus; mas Lucretia era
empregada na indústria doméstica com suas criadas e
Cincinato seguia o arado. As dignidades e até os
escritórios da sociedade civil eram conhecidos há
muitas eras, na Europa, por suas atuais
denominações; mas encontramos na história da
Inglaterra que um rei e sua corte estão sendo reunidos
para solenizar uma festa, um fora-da-lei, que subsistiu
por roubo, veio compartilhar da festa. O próprio rei se
levantou para forçar esse hóspede indigno da
companhia; houve uma briga entre eles; e o rei foi
morto * . A chanceler e primeiro-ministro, cuja
magnificência e mobiliário sumptuoso foram objecto
de admiração e inveja, tinha seus apartamentos
cobertos todos os dias no inverno com palha limpa e
feno, e no verão [133 ]com juncos verdes ou
galhos. Até o próprio soberano, naquelas eras, recebia
forragem para sua cama * . Estas características
pitorescas, e acidentes vasculares cerebrais
característicos dos tempos, recal a imaginação da
suposta distinção de monarca e sujeito, a esse estado
de familiaridade áspero em que os nossos
antepassados viveram, e sob o qual eles agiram, com
vista a objetos, e em princípios de conduta, que
raramente compreendemos, quando estamos
empregados para registrar suas transações ou para
estudar seus personagens.
TUCÍDIDES, apesar do preconceito de seu país contra o
nome de Bárbaro, entendia que era nos costumes das
nações bárbaras que ele estudaria as maneiras mais
antigas da Grécia.
OS romanos poderiam ter encontrado uma imagem de
seus próprios antepassados, nas representações que
deram a nossa: e se algum dia um clã árabe se tornar
uma nação civilizada, ou qualquer tribo americana
escapar do veneno que é administrado por nossos
comerciantes da Europa, pode ser das relações dos
tempos atuais, e das descrições que são dadas agora
pelos viajantes, que tal povo, em épocas posteriores,
pode coletar melhor as contas de sua origem. É na sua
condição atual que devemos contemplar, como em um
espelho, as características de nossos próprios
progenitores; e daí [134]devemos tirar nossas
conclusões a respeito da influência das situações, nas
quais temos razão para acreditar que nossos pais
foram colocados.
O QUE deve distinguir um alemão ou um britânico, nos
hábitos de sua mente ou de seu corpo, em suas
maneiras ou apreensões, de um americano que, como
ele, com seu arco e seu dardo, é deixado para
atravessar a floresta; e num clima severo ou variável, é
obrigado a subsistir pelo chace?
SE, em anos avançados, formássemos uma noção justa
de nosso progresso desde o berço, deveríamos
recorrer ao berçário; e do exemplo daqueles que ainda
estão no período da vida que pretendemos descrever,
tomemos nossa representação das maneiras passadas,
que não podem, de nenhuma outra forma, ser
lembradas.
[ 135 ]
SECT. II .: de nações rudes antes do estabelecimento
da propriedade. ↩
De um para o outro extremo da América; de
Kamschatka para o oeste até o rio Oby; e do mar do
norte, por todo esse país, até os confins da China, da
índia e da Pérsia; do Cáspio para o Mar Vermelho,
com poucas exceções, e daí para o continente interior
e as costas ocidentais da África; Todos nós nos
reunimos com nações nas quais concedemos as
denominações de bárbaros ou selvagens. Esse extenso
trecho da terra, contendo tão grande variedade de
situações, clima e solo, deve, nas maneiras de seus
habitantes, exibir todas as diversidades que surgem da
influência desigual do sol, unidas a um diferente
alimento e maneira. da vida. Toda questão, entretanto,
sobre este assunto, é prematura, até que tenhamos
primeiro nos esforçado para formar alguma concepção
geral de nossa espécie em seu estado bruto,
DAS nações que habitam nelas, ou em qualquer outra
parte menos cultivada da terra, algumas confiam sua
subsistência principalmente à caça, à pesca ou ao
produto natural do solo. Eles têm [136]pouca atenção
à propriedade e quase nenhum começo de
subordinação ou governo. Outros, possuindo-se de
ervas, e dependendo de sua provisão no pasto, sabem
o que é ser pobre e rico. Eles conhecem as relações de
patrono e cliente, de servo e mestre, e pelas medidas
da fortuna determinam sua posição. Essa distinção
deve criar uma diferença material de caráter, e pode
fornecer duas cabeças separadas, sob as quais
considerar a história da humanidade em seu estado
mais rudimentar; a do selvagem, que ainda não está
familiarizado com a propriedade; e a do bárbaro, a
quem ela é, embora não determinada por leis, um
objeto principal de cuidado e desejo.
ELE deve aparecer muito evidente, que a propriedade
é uma questão de progresso. Requer, entre outras
particularidades, quais são os efeitos do tempo, algum
método de definir posse. O próprio desejo disso
procede da experiência; e a indústria pela qual é
adquirida, ou melhorada, requer tal hábito de agir
com vistas a objetos distantes, como pode superar a
disposição atual de preguiça ou de prazer. Este hábito
é lentamente adquirido e é, na realidade, uma
distinção principal das nações no estado avançado das
artes mecânicas e comerciais.
EM uma tribo que subsiste da caça e da pesca, os
braços, os utensílios, ea pele, que o
indivíduo [137]carrega, são para ele os únicos
assuntos de propriedade. A comida do amanhã ainda é
selvagem na floresta, ou escondida no lago; não pode
ser apropriado antes de ser apanhado; e mesmo
assim, sendo a compra de números, que pescam ou
caçam em um corpo, ela se acumula para a
comunidade, e é aplicada para uso imediato, ou se
torna uma adesão às lojas do público.
ONDE AS nações selvagens, como na maior parte da
América, se misturam com a prática de caçar algumas
espécies de agricultura rude, elas ainda seguem, com
relação ao solo e aos frutos da terra, a analogia de seu
objeto principal. Enquanto os homens caçam, as
mulheres trabalham juntas; e, depois de terem
compartilhado as labutas do tempo-semente, eles
desfrutam dos frutos da colheita em comum. O campo
no qual eles plantaram, como o distrito ao qual eles
estão acostumados a caçar, é reivindicado como
propriedade pela nação, mas não é parcelado em lotes
para seus membros. Eles partem em festas para
preparar o solo, plantar e colher. A colheita é coletada
no celeiro público e, a partir daí, é dividida em ações
para a manutenção de famílias separadas *. Mesmo os
retornos do mercado, quando eles negociam com
estrangeiros, são trazidos para casa para o estoque da
nação † .
[ 138 ]
COMOo pêlo e o arco pertencem ao indivíduo, a cabana
e seus utensílios são apropriados à família; e como os
cuidados domésticos estão comprometidos com as
mulheres, também a propriedade da casa parece estar
investida nelas. As crianças são consideradas como
pertencentes à mãe, com pouca consideração para a
descendência do lado do pai. Os machos, antes de se
casarem, permanecem na cabana em que nascem; mas
depois que eles formaram uma nova conexão com o
outro sexo, eles mudam de moradia e se tornam um
acesso à família em que encontraram suas esposas. O
caçador e o guerreiro são numerados pela matrona
como parte de seu tesouro; eles são reservados para
perigos e ocasiões difíceis; e no recesso dos conselhos
públicos, nos intervalos de caça ou guerra, são
mantidos pelos cuidados das mulheres,* .
ENQUANTO um sexo continua a valorizar-se
principalmente em sua coragem, seu talento para a
política e suas conquistas guerreiras, esta espécie de
propriedade que é concedida ao outro, é, na realidade,
uma marca de sujeição; não, como alguns
escritores [139] alegam, de terem adquirido um
ascendente *. É o cuidado e o problema de um assunto
com o qual o guerreiro não fica envergonhado. É uma
servidão e uma labuta contínua, onde nenhuma honra
é ganha; e aqueles cuja província é, na verdade são os
escravos e os escravos de seu país. Se nesse destino
dos sexos, enquanto os homens continuam a se
entregar ao desprezo das artes sórdidas e mercenárias,
o cruel estabelecimento da escravidão é adiado por
algum tempo; se, nesta proposta, embora desigual
aliança, as afeições do coração impedem as
severidades praticadas nos escravos; nós temos no
próprio costume, como talvez em muitos outros
exemplos, razão para preferir as primeiras sugestões
da natureza, a muitos de seus pós-refinamentos.
SE A humanidade, em qualquer caso, continuar o
artigo de propriedade sobre o fundamento que agora
representamos, podemos facilmente creditar o que é
mais relatado pelos viajantes, que eles não admitem
nenhuma distinção de posição ou condição; e que eles
não possuem, de fato, nenhum grau de subordinação
diferente da distribuição da função, que segue as
diferenças de idade, talentos e disposições. As
qualidades pessoais são ascendentes no meio de
ocasiões que exigem o seu esforço; mas em tempos de
relaxamento, não deixe vestígios de poder ou
prerrogativa. Um guerreiro que levou a juventude de
sua nação ao massacre de seus inimigos, [140]ou
quem foi o principal no chace, retorna a um nível com
o resto de sua tribo; e quando o único negócio é
dormir, ou alimentar-se, não pode gozar de
preeminência; porque ele dorme e não se alimenta
melhor do que eles.
ONDE nenhum lucro atende ao domínio, um partido é
tão avesso ao problema do comando perpétuo, quanto
o outro é à mortificação da submissão perpétua: “Eu
amo a vitória, amo grandes ações”, diz Montesquieu,
no personagem Sylla; "Mas não tem nenhum prazer
pelo detalhe lânguido do governo pacífico, ou o
esplendor da alta estação". Ele tocou talvez o que é um
sentimento predominante no estado mais simples da
sociedade, quando a fraqueza do motivo sugerido pelo
interesse, e a ignorância de qualquer elevação não
fundamentada no mérito fornece o lugar do desdém.
O caráter da mente, no entanto, nesse estado, não é
fundado apenas na ignorância. Os homens são
conscientes de sua igualdade e são tenazes em seus
direitos. Mesmo quando seguem um líder para o
campo, não conseguem tolerar as pretensões de um
comando formal: não escutam ordens; e eles vêm sob
nenhuma compromissos militares, mas os de
fidelidade mútua e igual ardor na empresa * .
ESTA descrição, podemos acreditar, é desigualmente
aplicável a diferentes nações, que
fizeram avanços [141] desiguais no estabelecimento da
propriedade. Entre os caribes e os outros nativos dos
climas mais quentes da América, a dignidade do chefe
é hereditária, ou eletiva, e perdura por toda a vida: a
distribuição desigual da propriedade cria uma
subordinação visível * . Mas entre os iroqueses e
outras nações da zona temperada, os títulos
de magistrado e sujeito, de nobre e mesquinho, são
tão pouco conhecidos como os de ricos e pobres.Os
velhos, sem serem investidos de qualquer poder
coercitivo, empregam sua autoridade natural em
aconselhar ou em motivar as resoluções de sua tribo: o
líder militar é apontado pela superioridade de sua
masculinidade e valentia: o estadista é distinguido
apenas pela atenção. com o qual seu conselho é
ouvido: o guerreiro pela confiança com que a
juventude de sua nação o segue para o campo: e se
seus concertos devem ser considerados uma espécie
de governo político, é aquele para o qual nenhuma
linguagem nossa pode ser aplicado. O poder não é
mais que a ascendência natural da mente; o exercício
do cargo não é mais que um exercício natural do
caráter pessoal; e enquanto a comunidade age com
uma aparência de ordem, não há sentido de
disparidade no seio de qualquer de seus membros † .
EM estes feliz, embora processos informais, onde a
idade por si só dá um lugar no conselho; [142]onde a
juventude, o ardor e a bravura no campo dão um título
à posição de líder; onde toda a comunidade está
reunida em qualquer ocasião alarmante, podemos nos
aventurar a dizer que descobrimos a origem do
senado, o poder executivo e a assembléia do
povo; instituições para as quais os antigos legisladores
têm sido muito renomados. O senado entre os gregos,
assim como os latinos, parece, a partir da etimologia
de seu nome, ter sido originalmente composto por
homens idosos. O líder militar em Roma, de maneira
não muito diferente da do guerreiro americano,
proclamou suas arrecadações e o cidadão preparou-se
para o campo, em conseqüência de um compromisso
voluntário. As sugestões da natureza, que dirigiam a
política das nações nas florestas da América, foram
seguidas antes nas margens dos Eurotas e do Tyber;
ENTRE as nações norte-americanas, todo indivíduo é
independente; mas ele está envolvido por suas
afeições e seus hábitos nos cuidados de uma
família. Famílias, como tantas outras tribos separadas,
não estão sujeitas a nenhuma inspeção ou governo do
exterior; o que quer que passe em casa, até mesmo
derramamento de sangue e assassinato, só deve se
preocupar. Eles são, nesse meio tempo, as
partes [143]de um cantão; as mulheres se reúnem
para plantar seu milho; os velhos vão ao conselho; o
caçador e o guerreiro juntam-se à juventude de sua
aldeia no campo. Muitos desses cantões se reúnem
para constituir um conselho nacional ou para executar
uma empresa nacional. Quando os europeus fizeram
seus primeiros assentamentos na América, seis desses
países formaram uma liga, tinham suas funções ou
estados gerais e, pela firmeza de sua união e a
habilidade de seus conselhos, obtiveram um
ascendente da boca do povo. St. Laurence ao do
Mississippi *. Eles pareciam entender os objetos da
confederação, bem como os da nação separada; eles
estudaram um equilíbrio de poder; o estadista de um
país assistiu aos desenhos e procedimentos de outro; e
ocasionalmente jogou o peso de sua tribo em uma
escala diferente. Eles tinham suas alianças e seus
tratados, que, como as nações da Europa, eles
mantinham ou quebravam, por razões de estado; e
permaneceu em paz de um senso de necessidade ou
conveniência, e entrou em guerra diante de qualquer
emergência de provocação ou ciúme.
ASSIM, sem qualquer forma estabelecida de governo,
ou qualquer vínculo de união, mas o que mais parecia
a sugestão de instinto, do que a invenção da razão,
eles se conduziam com o concerto e a força das
nações. Os estrangeiros, sem poder descobrir quem é
o magistrado, ou [144] de que maneira o Senado é
composto, sempre encontram um conselho com quem
possam tratar, ou um bando de guerreiros com quem
possam lutar. Sem a polícia ou leis compulsórias, sua
sociedade doméstica é conduzida com ordem e a
ausência de disposições viciosas é uma segurança
melhor que qualquer estabelecimento público para a
supressão de crimes.
DESORDENS,entretanto, às vezes ocorrem,
especialmente em tempos de devassidão, quando o
uso imoderado de licores intoxicantes, aos quais são
extremamente viciados, suspende a cautela comum de
seu comportamento e, inflamando suas violentas
paixões, os envolve em brigas e derramamento de
sangue. Quando uma pessoa é morta, seu assassino
raramente é chamado para uma conta imediata: mas
ele tem uma briga para sustentar com a família e os
amigos; ou, se for um estranho, com os compatriotas
do falecido; às vezes até com sua própria nação em
casa, se a lesão cometida for de natureza a alarmar a
sociedade. A nação, o cantão ou a família se esforçam,
por presentes, para expiar a ofensa de qualquer de
seus membros; e, ao pacificar as partes prejudicadas,
esforçar-se para evitar o que alarma a comunidade
mais do que a primeira desordem, os efeitos
subsequentes da vingança e da animosidade* . O
derramamento de sangue, no entanto, se o culpado
permanecer onde ele cometeu o crime, raramente
escapa impune: [145] O amigo do falecido sabe como
disfarçar, apesar de não reprimir, seu ressentimento; e
mesmo depois de muitos anos, é certo para pagar a
lesão que foi feita para sua família ou sua casa.
ESSAS considerações os tornam cautelosos e
circunspectos, os colocam em guarda contra suas
paixões e dão ao seu comportamento comum um ar de
fleuma e compostura superior ao que está possuído
entre as nações polidas. No ínterim, são carinhosos
em sua carruagem e, em suas conversas, prestam
atenção e consideração mútuas, diz Charlevoix, mais
ternas e mais engajadas do que as que pregamos no
cerimonial das sociedades polidas.
ESTE escritor observou que as nações entre as quais
ele viajou na América do Norte nunca mencionaram
atos de generosidade ou bondade sob a noção de
dever. Eles agiam por afeição, agindo pelo apetite, sem
levar em conta suas conseqüências. Quando fizeram
uma gentileza, satisfizeram um desejo; o negócio
estava terminado e passou da memória. Quando
recebiam um favor, isso poderia, ou não, provar a
ocasião da amizade: se isso não acontecesse, as partes
pareciam não ter apreensões de gratidão, como um
dever pelo qual aquele seria obrigado a fazer um
retorno, ou o outro intitulado para reprovar a pessoa
que falhou em sua [146]parte. O espírito com que eles
dão ou recebem presentes é o mesmo que Tácito
observou entre os antigos alemães: Eles se deleitam
neles, mas não os consideram como questão de
obrigação * . Tais presentes são de pouca importância,
exceto quando empregados como o selo de uma
barganha ou tratado.
ERA a máxima favorita deles: que nenhum homem é
naturalmente devedor de outro; que ele não é,
portanto, obrigado a suportar qualquer imposição ou
tratamento desigual .. Assim, em um princípio
aparentemente pleno e inóspito, eles descobriram o
fundamento da justiça, e observaram suas regras, com
uma firmeza e franqueza que nenhum cultivo foi
encontrado para melhorar. A liberdade que eles dão
no que se refere aos supostos deveres de bondade e
amizade, serve apenas para envolver o coração mais
completamente, onde ele já foi possuído com
afeição. Adoramos usar nosso objeto sem restrição, e
consideramos a bondade como uma tarefa, quando os
deveres de amizade são exigidos pela regra. Nós,
portanto, por nossa demanda por atenções, somos
bastante corruptos do que melhorar o sistema de
moralidade; e por nossas exações de gratidão e nossas
freqüentes propostas para impor sua observância,
apenas mostramos que confundimos sua
natureza; nós só damos sintomas de crescente
sensibilidade ao interesse, a partir do qual medimos
o[ 147 ] conveniência de amizade e generosidade em
si; e pelo qual introduziríamos o espírito do tráfego no
comércio de afeto. Em conseqüência desse processo,
muitas vezes somos obrigados a recusar um favor,
com o mesmo espírito de que nos livramos de um
compromisso servil ou rejeitamos um suborno. Para o
selvagem não refinado todo favor é bem-vindo, e todo
presente recebido sem reserva ou reflexão.
Oo amor à igualdade e o amor à justiça eram
originalmente os mesmos: e embora, pela constituição
de diferentes sociedades, privilégios desiguais sejam
concedidos a seus membros; e embora a própria
justiça exija uma consideração adequada a ser paga a
tais privilégios; todavia, quem esqueceu que os
homens eram originalmente iguais, degenera
facilmente em escravo; ou, na capacidade de um
mestre, não é confiável com os direitos de seus
semelhantes. Esse princípio feliz dá à mente seu senso
de independência, torna-a indiferente aos favores que
estão sob o poder de outros homens, a verifica no
cometimento de ferimentos e deixa o coração aberto
às afeições de generosidade e bondade. Dá ao
americano não educado esse sentimento de
sinceridade e de respeito ao bem-estar dos outros,
que, em algum grau,
[ 148 ]
ENTRE essas pessoas, as fundações da honra são
habilidades eminentes e grande fortaleza; não as
distinções de equipagem e fortuna: os talentos em
estima são tais que sua situação os leva a empregar, o
conhecimento exato de um país e o estratagema na
guerra. Nessas qualificações, um capitão entre os
Caribbees passou por um exame. Quando um novo
líder era para ser escolhido, um batedor foi enviado
para atravessar as florestas que levavam ao país
inimigo, e após seu retorno, o candidato desejava
encontrar a pista em que ele havia viajado. Um riacho,
ou uma fonte, foi nomeado para ele na fronteira, e ele
desejou encontrar o caminho mais próximo de uma
estação específica e plantar uma estaca no local *. Eles
podem, consequentemente, traçar uma fera selvagem,
ou o pé humano, sobre muitas léguas de uma floresta
sem caminhos, e encontrar um caminho através de um
continente arborizado e desabitado, por meio de
observações refinadas, que escapam ao viajante
acostumado a diferentes Auxilia. Eles dirigem em
canoas delgadas, em mares tempestuosos, com uma
destreza igual à do piloto mais experiente † . Eles
carregam um olhar penetrante para os pensamentos e
intenções daqueles com quem eles têm que lidar; e
quando pretendem enganar, cobrem-se de artes que
os mais sutis raramente conseguem enganar. Eles
discutem em seus conselhos públicos com uma
elucidação nervosa e figurativa; e conduzem-se na
gestão dos seus tratados [149] com um perfeito
discernimento de seus interesses nacionais.
PORTANTOsendo capazes de dominar os detalhes de
seus próprios assuntos e bem qualificados para se
absolverem em ocasiões específicas, eles não estudam
ciência e não seguem princípios gerais. Eles até
parecem incapazes de atender a quaisquer
conseqüências distantes, além daquelas que
experimentaram na caça ou na guerra. Eles confiam a
provisão de cada estação a si mesma; consumir os
frutos da terra no verão; e, no inverno, são levados em
busca de suas presas, através de bosques e desertos
cobertos de neve. Eles não formam em uma hora
aquelas máximas que podem impedir os erros do
próximo; e fracassam nessas apreensões que, nos
intervalos da paixão, produzem vergonha ingênua,
compaixão, remorso ou uma ordem de apetite. Eles
raramente são feitos para se arrepender de qualquer
violência; nem é uma pessoa, de fato, considerada
responsável em seu humor sóbrio,
SUAS superstições são rasteiras e mesquinhas: E isso
aconteceu apenas entre as nações rudes, não
conseguimos admirar suficientemente os efeitos da
polidez; mas é um assunto sobre o qual poucas nações
são chamadas a censurar seus vizinhos. Quando
consideramos as superstições de um povo,
encontramos pouca variedade nas de outro. Eles são
apenas uma repetição de fraquezas e absurdos
semelhantes, [150] derivados de uma fonte comum,
uma perplexa apreensão de agentes invisíveis, que
supostamente guiam todos os eventos precários aos
quais a previsão humana não pode se estender.
No que depende do curso conhecido ou regular da
natureza, a mente confia a si mesma; mas em
situações estranhas e incomuns, é o engano de sua
própria perplexidade e, em vez de confiar em sua
prudência ou coragem, recorre à adivinhação e a uma
variedade de observâncias que, por serem irracionais,
são sempre mais reverenciadas. A superstição sendo
fundada em dúvidas e ansiedade é fomentada pela
ignorância e pelo mistério. Suas máximas, entretanto,
nem sempre são confundidas com as da vida
comum; nem sua fraqueza ou insensatez sempre
impedem a vigilância, a penetração e a coragem, os
homens estão acostumados a empregar na
administração dos assuntos comuns. Um romano
consultando a futuridade pelo bicar de pássaros, ou
um rei de Esparta inspecionando as entranhas de uma
fera, Mithridates consultando suas mulheres sobre a
interpretação de seus sonhos,
A CONFIANÇA no efeito dos encantos não é peculiar a
nenhuma idade ou nação. Poucos, mesmo dos gregos e
romanos bem-sucedidos, conseguiram livrar-se dessa
fraqueza. No caso deles, não foi removido pelas mais
altas medidas de civilização. [151] Ele se rendeu
apenas à luz da verdadeira religião, ou ao estudo da
natureza, pelo qual somos levados a substituir uma
esposa Providência operando por causas físicas, no
lugar de fantasmas que aterrorizam ou divertem o
ignorante.
O principal ponto de honra entre as nações rudes da
América, como de fato em todos os casos em que a
humanidade não está muito corrompida, é a
fortaleza. No entanto, seu modo de manter esse ponto
de honra é muito diferente do das nações da
Europa. Seu método comum de fazer a guerra é por
emboscada; e eles se esforçam, superando um
inimigo, cometendo o maior massacre, ou fazendo o
maior número de prisioneiros, com o menor risco para
si mesmos. Eles consideram uma loucura expor suas
próprias pessoas ao agredirem um inimigo e não se
regozijarem em vitórias que são manchadas com o
sangue de seu próprio povo. Eles não se valorizam,
como na Europa, em desafiar seu inimigo em
igualdade de condições. Eles até se gabam de que se
aproximam como raposas, ou que voam como
pássaros, não menos do que devoram como leões. Na
Europa, cair na batalha é considerado uma
honra; entre os nativos da América, é considerado
vergonhoso* . Eles reservam sua força para as
provações que suportam quando atacados por
surpresa, ou quando caem em suas mãos inimigas; e
quando eles são obrigados a manter a sua própria
honra, e que de sua própria nação, no [152] meio de
tormentos que requerem esforços de paciência mais
do que de valor.
EM tais ocasiões, eles estão longe de permitindo que
ele se supor que eles desejam diminuir o conflito. É
considerado infame evitá-lo, mesmo por uma morte
voluntária; e a maior afronta que pode ser oferecida a
um prisioneiro, é recusar-lhe as honras de um
homem, na forma de sua execução: “Segure-se”, diz
um homem idoso, no meio de sua tortura, “os golpes
da sua faca; antes, deixe-me morrer pelo fogo, para
que esses cães, seus aliados, além dos mares,
aprendam a sofrer como os homens * . ”Com termos
de desafio, a vítima, naquelas provações solenes,
geralmente excita a animosidade de seus algozes,
como bem como o seu; e enquanto sofremos pela
natureza humana, sob o efeito de seus erros, devemos
admirar sua força.
AS pessoas com quem essa prática prevalecia,
geralmente desejavam consertar suas próprias perdas,
adotando prisioneiros de guerra em suas famílias; e
mesmo, no último momento, a mão que foi levantada
para atormentar, freqüentemente dava o sinal de
adoção, pelo qual o prisioneiro se tornava o filho ou o
irmão de seu inimigo, e passava a compartilhar todos
os privilégios de um cidadão. Em seu tratamento
daqueles que sofreram, eles não pareciam ser guiados
por princípios de ódio ou vingança: eles observavam o
ponto de honra ao aplicar [153]bem como em suportar
seus tormentos; e, por um estranho tipo de afeição e
ternura, foram direcionados para serem os mais cruéis
onde pretendiam o mais alto respeito: o covarde foi
morto imediatamente pelas mãos das mulheres: o
valente deveria ser chamado a todas as provações da
fortaleza. que os homens pudessem inventar ou
empregar: "Isso me deu alegria", diz um ancião ao
cativo, "que um jovem tão galante foi designado para
minha parte: propus ter colocado você no sofá do meu
sobrinho, que foi morto pelos seus compatriotas; ter
transferido toda a minha ternura para você; e ter
consolado minha idade em sua companhia: Mas,
mutilada e mutilada como você agora parece, a morte
é melhor que a vida: Prepare-se, portanto, para
morrer como um homem * . ”
É talvez com vista a estas exposições, ou melhor, em
admiração da fortaleza, o princípio de que procedem,
que os americanos são tão atentos, nos seus primeiros
anos, a endurecer os nervos † . As crianças são
ensinadas a competir umas com as outras levando os
tormentos mais agudos; os jovens são admitidos na
classe da masculinidade, após provas violentas de sua
paciência; e os líderes são postos à prova pela fome,
queima e sufocação ‡ .
[ 154 ]
ISTOpode-se apreender que, entre as nações rudes,
onde os meios de subsistência são adquiridos com
tanta dificuldade, a mente nunca poderia se elevar
acima da consideração deste assunto; e esse homem,
nessa condição, daria exemplos do espírito mais
mesquinho e mais mercenário. O contrário, no
entanto, é verdadeiro. Direcionados neste sentido
pelos desejos da natureza, os homens, em seu estado
mais simples, atendem aos objetos de apetite que não
são necessários além do apetite; e seus desejos de
fortuna não se estendem além da refeição que satisfaz
sua fome: eles não apreendem nenhuma
superioridade de posição na posse de riqueza, como
poderia inspirar qualquer princípio habitual de cobiça,
vaidade ou ambição: eles não podem se aplicar a
nenhuma tarefa que não envolve nenhuma paixão
imediata e não tem prazer em nenhuma ocupação que
não ofereça perigos para enfrentar;
NÃO era apenas entre os antigos romanos que as artes
comerciais, ou uma mente sórdida, eram
desprezadas. Um espírito semelhante prevalece em
toda sociedade grosseira e independente. “Eu sou um
guerreiro e não um comerciante”, disse um americano
ao governador do Canadá, que propôs dar-lhe bens em
troca de alguns prisioneiros que ele havia
tomado; “Seus cloaths e utensílios não me
tentam; mas meus prisioneiros estão agora em seu
poder, e você pode aproveitá-las: Se você fizer isso, eu
devo ir adiante e tomar mais prisioneiros, ou perecer
na [155] tentativa; e se essa chance me suceder,
morrerei como um homem; mas lembre-se que a
nossa nação vai cobrar-lhe a causa da minha
morte *Com estas apreensões, eles têm uma elevação
e uma imponência da carruagem, que o orgulho da
nobreza, onde é mais reverenciado por nações polidas,
raramente confere.
ELES estão atentos às suas pessoas, e empregam muito
tempo, bem como suportam grande dor, nos métodos
que tomam para adornar seus corpos, para dar as
manchas permanentes com as quais eles são coloridos,
ou preservar a tinta, que estão perpetuamente
consertando. , para aparecer com vantagem.
SUA aversão a todo tipo de emprego que consideram
ser mesquinho faz com que passem grande parte de
seu tempo em ociosidade ou sono; e um homem que,
em busca de um animal selvagem, ou para
surpreender seu inimigo, atravessará cem léguas sobre
a neve, não submeterá sua comida a qualquer espécie
de trabalho comum. “Estranho”, diz Tácito, “que a
mesma pessoa deve ser muito avessos ao repouso, e
muito viciado em preguiça † .”
JOGOS de azar não são invenção de eras
polidas; homens de curiosidade têm procurado por
eles [156]origem, em vão, entre os monumentos de
uma antiguidade obscura; e é provável que eles
pertençam a tempos muito remotos e muito rudes até
mesmo para as conjeturas dos antiquários
chegarem. O muito selvagem leva suas peles, seus
utensílios e suas contas para a mesa de perigo: Ele
encontra aqui as paixões e agitações que as aplicações
de uma indústria tediosa não poderiam excitar: E
enquanto o lance é dependente, ele rasga o cabelo, e
bate no peito, com uma raiva que o mais talentoso
jogador aprendeu a reprimir: muitas vezes ele deixa a
festa nua e despida de todas as suas posses; ou onde a
escravidão está em uso, aposta sua liberdade para ter
uma chance a mais de recuperar sua perda anterior * .
COM todas essas enfermidades, vícios ou qualidades
respeitáveis, pertencentes à espécie humana em seu
estado mais rudimentar; o amor da sociedade, a
amizade e o afeto público, a penetração, a eloquência e
a coragem parecem ter sido suas propriedades
originais, e não os efeitos subseqüentes do dispositivo
ou da invenção. Se a humanidade está qualificada para
melhorar suas maneiras, os materiais a serem
melhorados foram fornecidos pela natureza; e o efeito
dessa melhora não é inspirar os sentimentos de
ternura e generosidade, nem conferir os principais
constituintes de um caráter respeitável, mas sim evitar
os abusos casuais da paixão; e impedir que uma
mente, que sente as melhores disposições em sua
maior força, seja às vezes também o esporte do apetite
brutal e da violência ingovernável.
[ 157 ]
ESTAVAMLycurgus empregado novamente para
encontrar um plano de governo para as pessoas que
descrevemos, ele iria encontrá-los, em muitos detalhes
importantes, preparados pela natureza para receber
suas instituições. Sua igualdade em questões de
propriedade já está estabelecida, ele não teria
nenhuma facção para apreender dos interesses
opostos dos pobres e dos ricos; seu senado, sua
assembléia do povo, é constituído; sua disciplina é em
certa medida adotada, e o lugar de seus hilotas é
suprido pela tarefa atribuída a um dos sexos. Com
todas estas vantagens, ele ainda teria uma lição muito
importante para a sociedade civil ensinar, através da
qual alguns aprendem a comandar, e muitos são
ensinados a obedecer: Ele teria todas as suas
precauções para tomar contra a futura invasão de
artes mercenárias, a admiração do luxo e a paixão pelo
interesse: Ele ainda teria talvez uma tarefa mais difícil
do que qualquer um dos primeiros, em ensinar aos
seus cidadãos o domínio do apetite e uma indiferença
ao prazer, bem como um desprezo pela dor; em
ensiná-los a manter em campo a formalidade de
precauções uniformes, e tanto a evitar serem
surpreendidos, como eles se esforçam para
surpreender seu inimigo.
POR falta dessas vantagens, nações rudes em geral,
embora sejam pacientes de dificuldades e fadiga,
embora sejam viciadas na guerra, e sejam qualificadas
por seu estratagema e valor para lançar o terror nos
exércitos de um inimigo mais regular; [158]
no entanto, no curso de uma luta contínua, sempre
ceder às artes superiores e à disciplina das nações
mais civilizadas. Daí os romanos foram capazes de
ultrapassar as províncias da Gália, Alemanha e Grã-
Bretanha; e, portanto, os europeus têm uma crescente
ascendência sobre as nações da África e da América.
A crédito de uma superioridade que certas nações
possuem, elas pensam que têm uma reivindicação de
domínio; e até César parece ter esquecido quais eram
as paixões, bem como os direitos da humanidade,
quando ele reclamou, que os bretões, depois de lhe ter
enviado uma mensagem submissa à Gália, talvez para
impedir sua invasão, ainda fingiam lutar por sua
liberdades, e para se opor à sua descida em sua ilha * .
NÃO há, talvez, em toda a descrição da humanidade,
uma circunstância mais notável do que aquele
desprezo e aversão mútuos que as nações, sob um
estado diferente de artes comerciais, concedem umas
às outras. Viciados em suas próprias atividades e
considerando sua própria condição como padrão de
felicidade humana, todas as nações fingem a
preferência e, em sua prática, dão provas suficientes
de sinceridade. Mesmo o selvagem, ainda menos do
que o cidadão, pode ser obrigado a abandonar o modo
de vida em que é treinado: [159]Ele adora essa
liberdade de espírito que não está vinculada a
nenhuma tarefa, e que não possui superior: porém
tentado a se misturar com nações polidas, e para
melhorar sua fortuna, o primeiro momento de
liberdade o leva de volta à floresta; ele se inclina e
apinha nas ruas da populosa cidade; ele vagueia
insatisfeito pelo campo aberto e cultivado; ele procura
a fronteira e a floresta, onde, com uma constituição
preparada para suportar as dificuldades e as
dificuldades da situação, ele desfruta de uma deliciosa
liberdade de cuidado e de uma sociedade sedutora,
onde não são prescritas regras de comportamento,
mas os simples ditames do coração.
SECT. III .: de nações rudes sob as impressões de
propriedade e interesse. ↩
Era uma impropação proverbial em uso entre as
nações caçadoras nos confins da Sibéria, que seu
inimigo poderia ser obrigado a viver como um tártaro
e ter a tolice de se incomodar com a carga de
gado * . A natureza, ao que parece, em sua apreensão,
ao armazenar a floresta e o deserto com a caça, tornou
desnecessária a tarefa do pastor e deixou ao homem
apenas o trabalho de selecionar e agarrar sua presa.
A indolência da humanidade, ou melhor, sua aversão a
qualquer aplicação na qual não estejam envolvidos por
instinto e paixão imediatos, retarda o progresso da
indústria e da impropriação. Descobriu-se, no
entanto, que mesmo enquanto os meios de
subsistência são deixados em comum, e o estoque do
público é ainda indiviso, essa propriedade é
apreendida em diferentes assuntos; que a pele e o arco
pertencem ao indivíduo; e a cabana, com seus móveis,
é apropriada para a família.
QUANDO o pai começa a desejar uma melhor provisão
para seus filhos do que é encontrado sob o
promíscuo [161] gestão de muitas comparticipação,
quando ele aplicou seu trabalho e sua habilidade à
parte, ele visa uma posse exclusiva, e busca a
propriedade do solo, bem como o uso de seus frutos.
QUANDO o indivíduo não encontra mais entre seus
associados a mesma inclinação para cometer todo
assunto para uso público, ele é tomado de
preocupação por sua fortuna pessoal; e está alarmado
com os cuidados que cada pessoa entretém para si
mesmo. Ele é estimulado tanto pela emulação e ciúme
quanto pelo senso de necessidade. Ele sofre
considerações de interesse para descansar em sua
mente, e quando todo apetite presente é
suficientemente gratificado, ele pode agir com vistas
ao futuro, ou melhor, encontrar um objeto de vaidade
em ter acumulado o que se tornou objeto de
competição, e uma questão de estima universal. Com
base nesse motivo, onde a violência é contida, ele pode
aplicar sua mão a artes lucrativas, limitar-se a uma
tarefa tediosa e esperar com paciência pelo retorno
distante de seu trabalho.
ASSIM, A humanidade adquire a indústria por muitos e
em graus lentos. Eles são ensinados a considerar seu
interesse; eles são impedidos de rapinar; e eles são
garantidos em posse do que eles obtêm
razoavelmente; por esses métodos, os hábitos do
trabalhador, do mecânico e do comerciante são
gradualmente formados. Um tesouro, recolhido das
produções simples da natureza, ou um rebanho de
gado, estão, [162] em cada nação rude, a primeira
espécie de riqueza. As circunstâncias do solo e o clima
determinam se o habitante se aplicará principalmente
à agricultura ou pastagem; se ele fixará sua residência,
ou se moverá continuamente com todas as suas
posses.
EMo oeste da Europa; na América, do sul para o norte,
com algumas exceções; na zona tórrida e em todo
lugar nos climas mais quentes; a humanidade
geralmente se aplica a algumas espécies de agricultura
e está disposta a se estabelecer. Na região norte e
média da Ásia, dependiam inteiramente de seus
rebanhos e estavam sempre mudando de terreno em
busca de novas pastagens. As artes que dizem respeito
à colonização têm sido praticadas e cultivadas de
diversas maneiras pelos habitantes da
Europa. Aquelas que são consistentes com a migração
perpétua, desde os primeiros relatos da história,
permaneceram quase as mesmas com o cita ou o
tártaro. A tenda se apoiava numa carruagem móvel, o
cavalo aplicava-se a todo propósito de trabalho e de
guerra, da laticínios e da barraca de açougueiro, desde
os primeiros até os relatos mais recentes.
MAS de qualquer maneira que subsistam nações rudes,
há certos pontos nos quais, sob as primeiras
impressões de propriedade, eles quase
concordam. Homer quer viver com um povo nesta fase
da sua [163] progresso, ou viu-se envolvido para expor
seu caráter. Tácito os tornara objeto de um tratado
particular; e se este é um aspecto sob o qual a
humanidade merece ser vista, deve-se confessar que
temos vantagens singulares na coleta de suas
características. O retrato já foi desenhado pelas mãos
mais capazes e, de certa forma, nos escritos desses
célebres autores, seja o que for que tenha sido
dispersado nas relações dos historiadores, ou seja o
que for que tenhamos oportunidades de observar nos
modos reais dos homens, que ainda permanecem em
um estado similar.
AO passar da condição que descrevemos, para isso
temos atualmente em vista, a humanidade ainda
retém muitas marcas de seus primeiros
caracteres. Eles ainda são avessos ao trabalho,
viciados em guerras, admiradores da fortaleza e, na
linguagem de Tácito, mais pródigos de sangue do que
de suor * . Eles gostam de ornamentos fantásticos em
seus trajes, e se esforçam para preencher os intervalos
desatentos de uma vida viciada em violência, com
esportes perigosos e com jogos de azar. Toda ocupação
servil se compromete com mulheres ou escravos. Mas
podemos apreender que o indivíduo tendo agora
encontrado um interesse separado, os elos da
sociedade devem se tornar menos firmes e os
distúrbios domésticos mais frequentes. Os membros
de todas as comunidades, distinguindo-se
entre [164] por posses desiguais, a base de uma
subordinação permanente e palpável é colocada.
ESSES detalhes, portanto, ocorrem entre a
humanidade, passando do selvagem para o que pode
ser chamado de estado bárbaro. Membros da mesma
comunidade entram em brigas de competição ou
vingança. Eles se unem nos seguintes líderes, que são
distinguidos por suas fortunas e pelo brilho de seu
nascimento. Eles se juntam ao desejo de estragar com
o amor da glória; e de uma opinião, que aquilo que é
adquirido pela força justamente pertence ao vencedor,
eles se tornam caçadores de homens e levam cada
competição à decisão da espada.
CADA nação é um bando de ladrões, que atacam sem
restrição ou remorso seus vizinhos. O gado, diz
Aquiles, pode ser apreendido em todos os campos; e
as costas do mar Egeu foram saqueadas pelos heróis
de Homero, por nenhuma outra razão do que porque
aqueles heróis escolheram possuir o latão e o ferro, o
gado, os escravos e as mulheres que foram
encontradas entre as nações. Ao redor deles.
UM TÁRTARO montado em seu cavalo, é um animal de
presa, que só pergunta onde o gado pode ser
encontrado, e até onde ele deve ir para possuí-lo. O
monge, que havia caído sob o desprazer de
Manguchan, fez as pazes, com a promessa de que o
Papa, e os cristãos [165] príncipes, deve fazer uma
entrega de todos os seus rebanhos * .
UM espírito SEMELHANTE reinou, sem exceção, em
todas as nações bárbaras da Europa, Ásia e África. As
antiguidades da Grécia e da Itália e as fábulas de todo
poeta antigo contêm exemplos de sua força. Foi esse
espírito que levou nossos antepassados às províncias
do império romano; e que, mais tarde, talvez mais que
sua reverência pela cruz, levou-os ao Oriente, para
compartilhar com os tártaros os despojos do império
sarraceno.
DAS descrições contidas na última seção, podemos
inclinar-nos a acreditar que a humanidade, em seu
estado mais simples, está às vésperas de erigir
repúblicas. Seu amor pela igualdade, seu hábito de
reunir-se em conselhos públicos e seu zelo pela tribo a
que pertencem, são qualificações que os habilitam a
agir sob essa espécie de governo; e eles parecem ter
apenas alguns passos para fazer, a fim de alcançar o
seu estabelecimento. Eles têm apenas que definir os
números dos quais seus conselhos devem consistir e
estabelecer as formas de sua reunião: têm apenas que
conceder uma autoridade permanente para reprimir
os distúrbios e promulgar algumas regras em favor da
justiça que já reconheceram. e da inclinação observar
tão estritamente.
[ 166 ]
MAS esses passos estão longe de serem tão fáceis de
serem feitos, pois aparecem em uma visão leve ou
transitória. A resolução de chusing, de entre os seus
iguais, o magistrado a quem eles dão a partir daí o
direito de contrariar suas próprias ações, está longe
dos pensamentos dos homens simples; e nenhuma
persuasão, talvez, poderia fazê-los adotar essa medida,
ou dar-lhes qualquer noção de seu uso.
MESMO depois de as nações terem escolhido um líder
militar, não confiam a ele nenhuma espécie de
autoridade civil. O capitão, entre os caribenhos, não
pretendia decidir em disputas domésticas; os
termos jurisdição e governo eram desconhecidos em
sua língua * .
ANTES QUE essa importante mudança fosse admitida,
os homens deveriam estar acostumados com a
distinção de fileiras; e antes de perceberem que a
subordinação é necessária, eles devem ter chegado a
condições desiguais por acaso. Ao desejar
propriedade, eles querem apenas assegurar sua
subsistência; mas os bravos que lideram na guerra
têm a maior parte do seu lucro. Os eminentes gostam
de conceber honras hereditárias; e a multidão, que
admira os pais, está pronta para estender sua estima à
sua descendência.
POSSES descer, e o brilho da famlia cresce mais
brilhante com a idade. Hércules, que talvez [167]era
um eminente guerreiro, tornou-se um deus com
posteridade, e sua raça foi separada para a realeza e
poder soberano. Quando as distinções de fortuna e
nascimento são conjugadas, o chefe goza de uma
proeminência, tanto na festa quanto no campo. Seus
seguidores ocupam seus lugares em estações
subordinadas; e, em vez de se considerarem partes de
uma comunidade, eles se classificam como seguidores
de um chefe e assumem sua designação com o nome
de seu líder. Eles encontram um novo objeto de afeto
público, defendendo sua pessoa e apoiando sua
posição; eles emprestam de sua substância para
formar sua propriedade; eles são guiados por seus
sorrisos e suas carrancas; e tribunal, como a mais alta
distinção, uma parte na festa que suas próprias
contribuições forneceram.
COMO o antigo estado da humanidade parecia apontar
para a democracia, isso parece exibir os rudimentos
do governo monárquico. Mas ainda está muito longe
daquele estabelecimento que é conhecido em épocas
posteriores pelo nome de monarquia. A distinção
entre o líder e o seguidor, o príncipe e o sujeito ainda é
imperfeitamente marcada: suas ocupações e
ocupações não são diferentes; suas mentes não são
desigualmente cultivadas; eles se alimentam do
mesmo prato; eles dormem juntos no chão; os filhos
do rei, assim como os do sujeito, estão empenhados
em cuidar do rebanho; e o guardião dos porcos era um
conselheiro principal na corte de Ulisses.
[ 168 ]
O chefe, suficientemente distinto de sua tribo, para
despertar sua admiração e lisonjear sua vaidade por
uma suposta afinidade com sua nobre descendência, é
o objeto de sua veneração, não de sua inveja: ele é
considerado como o elo comum de conexão, não como
seu mestre comum; está em perigo, e tem uma parte
principal em seus problemas: Sua glória é colocada no
número de seus assistentes, em sua superior
magnanimidade e bravura; o de seus seguidores, em
estar pronto para derramar seu sangue em seu
serviço * .
A prática frequente da guerra tende a fortalecer os elos
da sociedade, e a própria prática da depredação
envolve os homens em provações de apego e coragem
mútuos. O que ameaçava arruinar e sobrecarregar
toda boa disposição no seio humano, o que parecia
banir a justiça das sociedades dos homens, tende a
unir as espécies em clãs e fraternidades; formidáveis,
de fato e hostis uns aos outros, mas, na sociedade
doméstica de cada um, fiéis, desinteressados e
generosos. Os perigos freqüentes e a experiência da
fidelidade e do valor despertam o amor dessas
virtudes, tornando-os objeto de admiração e de valor
para seus possuidores.
ATUADO por grandes paixões, o amor da glória e o
desejo da vitória; despertado pelas ameaças de um
inimigo, ou picado com vingança; em
suspense [169] entre as perspectivas de ruína ou
conquista, o bárbaro passa cada momento de
relaxamento em preguiça. Ele não pode descer às
buscas da indústria ou do trabalho mecânico: a besta
da presa é um preguiçoso; o caçador e o guerreiro
dormem, enquanto mulheres ou escravos são
obrigados a trabalhar por seu pão. Mas mostre-lhe
uma pedreira à distância, ele é ousado, impetuoso,
astuto e voraz: nenhum bar pode resistir à sua
violência, e nenhum cansaço pode acalmar sua
atividade.
MESMO sob essa descrição, a humanidade é generosa e
hospitaleira com estranhos, gentis, carinhosos e gentis
em sua sociedade doméstica * . Amizade e inimizade
são para eles termos da maior importância: eles não
misturam suas funções juntos; eles escolheram seu
inimigo e escolheram seu amigo. Mesmo em
depredação, o objeto principal é a glória; e estragar é
considerado como o distintivo da vitória. As nações e
as tribos são suas presas: os viajantes solitários, pelos
quais eles podem adquirir apenas a reputação de
generosidade, sofrem para passar ileso, ou são
tratados com esplêndida munificência.
EMBORA distingue-se em pequenos cantões sob seus
vários chefes e, na maior parte, separados por ciúmes
e animosidade; contudo, quando pressionados por
guerras e inimigos formidáveis, eles [170] às vezes se
unem em corpos maiores. Como os gregos em sua
expedição a Tróia, eles seguem um líder notável e
compõem um reino de muitas tribos separadas. Mas
essas coalizões são meramente ocasionais; e mesmo
durante sua continuação, mais se assemelham a uma
república que a monarquia. Os chefes inferiores
reservam sua importância e intrometem-se, com um
ar de igualdade, nos conselhos de seu líder, já que o
povo de seus vários clãs geralmente se intromete
neles *. Com base em que motivo poderíamos supor,
que os homens que vivem juntos na maior
familiaridade, e entre os quais as distinções de
classificação são tão obscuramente marcadas,
renunciariam a seus sentimentos e inclinações
pessoais ou pagariam uma submissão implícita a um
líder que não pudesse intimidar. nem corrupto?
A força MILITAR deve ser empregada para extorquir, ou
o aluguel do venal para comprar, aquele noivado que o
tártaro subjaz ao seu príncipe, quando ele promete:
“Que ele irá aonde ele for ordenado; que ele virá
quando ele for chamado; que ele vai matar quem é
apontado para ele; e, para o futuro, que ele irá
considerar a voz do Rei como uma espada † .”
ESTES são os termos em que até mesmo o coração
obstinado dos bárbaros foi reduzido,
no [171]consequência de um despotismo ele próprio
tinha estabelecido; e os homens, nesse estado baixo
das artes comerciais, na Europa, assim como na Ásia,
tinham gosto de escravidão política. Quando o
interesse prevalece em cada seio, o soberano e seu
partido não podem escapar da infecção: ele emprega a
força com a qual ele é confiado, para transformar seu
povo em uma propriedade e para comandar seus bens
para seu proveito ou prazer. Se as riquezas são, por
qualquer povo, o padrão do bem ou do mal, tomem
cuidado com os poderes que confiam ao seu
príncipe. “Com os Suiones”, diz Tácito, “as riquezas
são altamente estimadas; e este povo é
consequentemente desarmado e reduzido à
escravidão *.
ELE está nessa condição woful que a humanidade,
sendo servil, interessado, insidioso, enganador, e
sangrenta, marcas de urso, se não dos menos curável,
certamente do tipo mais lamentável da
corrupção † . Entre eles, a guerra é a mera prática da
rapina, para enriquecer o indivíduo; o comércio é
transformado em um sistema de armadilhas e
imposições; e governo, por sua vez, opressivo ou fraco.
FICOU feliz para a raça humana, quando guiada pelo
interesse, e não governada por leis, que sendo dividida
em nações de forma moderada, eles encontraram em
cada cantão alguma barreira natural para o seu
alargamento mais longo, e encontraram
ocupação suficiente [172]. em manter sua
independência, sem poder estender seu domínio.
NÃO há disparidade de hierarquia, entre homens em
idade grosseira, suficiente para dar às suas
comunidades a forma de monarquia legal; e em um
território de considerável extensão, quando unido sob
uma só cabeça, o espírito guerreiro e turbulento de
seus habitantes parece exigir o freio do despotismo e
da força militar. Onde qualquer grau de liberdade
permanece, os poderes do príncipe são, como na
maioria das rudes monarquias da Europa,
extremamente precários, e dependem principalmente
de seu caráter pessoal: onde, ao contrário, os poderes
do príncipe estão acima o domínio de seu povo, eles
estão igualmente acima das restrições da justiça. A
rapidez e o terror tornam-se os motivos
predominantes de conduta e formam o caráter das
únicas partes em que a humanidade está dividida, a do
opressor e a dos oprimidos.
ESTA calamidade ameaçou a Europa durante séculos,
sob a conquista e colonização de seus novos
habitantes * . Realmente ocorreu na Ásia, onde
conquistas semelhantes foram feitas; e mesmo sem os
opiáceos comuns da efeminação, ou uma fraqueza
servil, fundada no luxo, ela tem [173]surpreendeu o
tártaro em seu amor, na retaguarda de seus
rebanhos. Entre este povo, no coração de um grande
continente, surgiram guerreiros ousados e como exercício e esporte. Na ausência de brigas reais,
empreendedores: Eles subjugaram por surpresa, ou
habilidades superiores, as hordas contíguas; eles
ganharam, em seu progresso, acessos de números e de
força; e, como uma torrente que aumenta à medida
que desce, tornou-se forte demais para qualquer barra
que pudesse se opor a sua passagem. A tribo
conquistadora, durante uma sucessão de eras,
forneceu ao príncipe seus guardas; e enquanto eles
mesmos podiam compartilhar seus despojos, eram as
ferramentas voluntárias da opressão. Dessa maneira,
o despotismo e a corrupção chegaram a regiões tão
renomadas pela liberdade selvagem da natureza: um
poder que era o terror de toda província efeminada é
desarmado, e o berçário das nações se deteriora.* .
ONDE nações rudes escapam dessa calamidade, elas
requerem o exercício de guerras estrangeiras para
manter a paz doméstica; quando nenhum inimigo
aparece do exterior, eles têm lazer para brigas
privadas e empregam essa coragem em suas
dissensões em casa, que, em tempos de guerra, são
empregados na defesa de seu país.
“ ENTRE os gauleses”, diz César, “há subdivisões, não
só em todas as nações, e em todos os distritos e
aldeias, mas quase em todas as casas, cada um deve
voar para algum patrão para proteção [174].. Nesta
distribuição de partidos, não apenas as disputas de
clãs, mas as discussões das famílias, até mesmo as
diferenças e competições dos indivíduos, são decididas
pela força. O soberano, quando não assistido pela
superstição, esforça-se em vão para empregar sua
jurisdição, ou para obter uma submissão às decisões
da lei. Por um povo que está acostumado a dever seus
bens à violência, e que desprezam a própria fortuna
sem a reputação de coragem, nenhum juiz é admitido
senão a espada. Cipião ofereceu sua arbitragem para
encerrar a disputa de dois espanhóis em uma
disputada sucessão: “Isso”, disseram eles, “já
recusamos nossas relações: não submetemos nossa
diferença ao julgamento dos homens; e mesmo entre
os deuses, apelamos somente a Marte † .
É bem sabido que as nações da Europa levaram esse
modo de proceder a um grau de formalidade inédito
em outras partes do mundo: O juiz civil e criminal não
poderia, na maioria dos casos, nomear mais do que as
listas, e deixar as partes decidem sua causa pelo
combate: eles apreenderam que o vencedor tinha um
veredicto dos deuses a seu favor: e quando eles caíram
em qualquer instância dessa forma extraordinária de
processo, eles substituíram em seu lugar algum outro
apelo mais caprichoso ao acaso. ; em que eles também
pensaram que o julgamento dos deuses foi declarado.
[ 175 ]
AS nações ferozes da Europa até gostavam do combate
os companheiros desafiavam-se mutuamente para
uma tentativa de habilidade, na qual um deles
frequentemente perecia. Quando Scipio celebrou o
funeral de seu pai e seu tio, os espanhóis vieram em
pares para lutar e, por uma exibição pública de seus
duelos, aumentar a solenidade * .
NESSE estado selvagem e sem lei, onde os efeitos da
religião verdadeira teriam sido tão desejáveis e tão
salutares, a superstição freqüentemente contesta o
ascendente, mesmo com a admiração do valor; e uma
ordem de homens, como os druidas entre os gauleses
antigos e britânicos † , ou algum pretendente ao
adivinhação, como no Cabo da Boa Esperança,
encontra, no crédito que é pago a sua magia, um
caminho para a posse do poder : Sua varinha mágica
vem em competição com a espada em si; e, à maneira
dos druidas, dá os primeiros rudimentos do governo
civil para alguns, ou, como o suposto descendente do
Sol entre os Natchez, e o Lama entre os tártaros, para
outros, um gosto precoce do despotismo e da
escravidão absoluta. .
EM geral, estamos perdidos para conceber como a
humanidade pode subsistir sob costumes e modos
extremamente diferentes dos nossos; e estamos aptos
a exagerar a miséria dos tempos bárbaros, por uma
imaginação do que nós mesmos devemos [176] sofrer
em uma situação à qual não estamos
acostumados. Mas toda idade tem suas consolações,
assim como seus sofrimentos * . No intervalo de
atrocidades ocasionais, o intercurso amistoso dos
homens, mesmo em sua condição mais rude, é
afetuoso e feliz †. Em idades grosseiras, as pessoas e
propriedades dos indivíduos são seguras; porque cada
um tem um amigo, assim como um inimigo; e se
aquele está disposto a molestar, o outro está pronto
para proteger; e a própria admiração da bravura, que
em alguns casos tende a santificar a violência, inspira
igualmente certas máximas de generosidade e honra,
que tendem a impedir o cometimento de erros.
[ 177 ]
OS HOMENS suportam os defeitos de sua política, como
fazem com dificuldades e inconveniências em sua
maneira de viver. Os alarmes e as fadigas da guerra
tornam-se uma recriação necessária para aqueles que
estão acostumados a eles, e que têm o tom de suas
paixões elevadas acima de ocasiões menos animadoras
ou difíceis. Velhos homens, entre os cortesãos de Átila,
choraram quando ouviram falar de feitos heróicos,
que eles mesmos não podiam mais realizar * . E entre
as nações celtas, quando a idade tornava o guerreiro
impróprio para suas antigas labutas, era costume,
para abreviar os langores de uma vida indiferente e
inativa, processar a morte nas mãos de seus amigos † .
COM toda essa ferocidade de espírito, as nações rudes
do Ocidente foram subjugadas pela política e pela
guerra mais regular dos romanos. O ponto de honra
que os bárbaros da Europa adotaram como indivíduos
os expôs a uma desvantagem peculiar, tornando-os,
mesmo em suas guerras nacionais, avessos a atacar
seu inimigo de surpresa, ou tomando o benefício do
estratagema; e, embora separadamente ousados e
intrépidos, ainda assim, como outras nações rudes,
eram, quando reunidos em grandes corpos, viciados
em superstição e sujeitos a pânicos.
[ 178 ]
ELES eram, a partir de uma consciência de sua
coragem e força pessoal, otimistas na véspera da
batalha; eles estavam, além dos limites da moderação,
exultantes com o sucesso e abatidos na adversidade; e
estando disposto a considerar cada evento como um
julgamento dos deuses, eles nunca foram qualificados
por uma aplicação uniforme de prudência para
aproveitar ao máximo suas forças, para consertar seus
infortúnios ou para melhorar suas vantagens.
RESIGNADO ao governo de afeto e paixão, eles foram
generosos e fiéis onde haviam fixado um
apego; implacáveis, perversas e cruéis, onde haviam
concebido uma antipatia: viciados em devassidão e o
uso excessivo de licores intoxicantes, deliberavam
sobre os assuntos do Estado no calor de sua revolta; e
nos mesmos momentos perigosos, concebeu os
desígnios do empreendimento militar, ou terminou
suas dissensões domésticas pelo punhal ou pela
espada.
EM suas guerras eles preferiram a morte ao
cativeiro. Os exércitos vitoriosos dos romanos, ao
entrar em uma cidade por agressão, ou ao forçar um
acampamento, encontraram a mãe no ato de destruir
seus filhos, para que não fossem levados; e o punhal
do pai, vermelho com o sangue de sua família, pronto
para mergulhar finalmente em seu próprio peito * .
[ 179 ]
EM todas essas particularidades, percebemos o vigor
do espírito, que torna a própria desordem respeitável
e qualifica os homens, se afortunados em sua situação,
a estabelecer as bases da liberdade doméstica, bem
como a manter contra seus inimigos estrangeiros sua
independência nacional e liberdade. .
TERCEIRA PARTE: DA HISTÓRIA DA
POLÍTICA E DAS ARTES. ↩
SEÇÃO I .: Das Influências do Clima e da Situação. ↩
O que temos até agora observado sobre a condição e as
formas das nações, embora derivado principalmente
do que passou nos climas temperados, pode, em
alguma medida, ser aplicado ao estado grosseiro da
humanidade em todas as partes da terra: Para buscar
a história de nossa espécie em suas novas realizações,
poderemos em breve entrar em assuntos que limitarão
nossa observação a limites mais restritos. O gênio da
sabedoria política e das artes civis parece ter escolhido
seus lugares em setores particulares da Terra e ter
escolhido seus favoritos em determinadas raças de
homens.
[ 182 ]
HOMEM,em sua capacidade animal, é qualificado para
subsistir em todos os climas. Ele reina com o leão e o
tigre sob o calor equatorial do sol, ou ele se associa
com o urso e o cervo-da-chuva além do sistema
polar. Sua disposição versátil o convence a assumir os
hábitos de qualquer das duas condições, ou seu
talento para as artes permite-lhe suprir seus
defeitos. Os climas intermediários, no entanto,
parecem mais favorecer sua natureza; e de qualquer
maneira que consideremos o fato, não se pode
duvidar, que este animal sempre alcançou as
principais honras de sua espécie dentro da zona
temperada. As artes, que ele tem repetidamente
inventado nessa cena, a extensão de sua razão, a
fertilidade de sua fantasia e a força de seu gênio na
literatura, comércio, política e guerra, declaram
suficientemente uma vantagem distinta da situação,
AS raças mais notáveis de homens, é verdade, ter sido
rude antes que eles foram polidos. Em alguns casos,
eles voltaram à grosseria novamente: E não é da posse
real das artes, da ciência ou da política que devemos
nos pronunciar sobre seu gênio.
HÁ um vigor, um alcance de capacidade e uma
sensibilidade mental que podem caracterizar também
o selvagem como o cidadão, o escravo e o mestre; e os
mesmos poderes da mente podem ser voltados para
uma variedade de propósitos. A [183] grego moderno,
talvez, é travesso, servil, e astúcia, a partir do mesmo
temperamento animado que fez seu antepassado
ardente, engenhoso, e em negrito, no acampamento,
ou no conselho de sua nação. Um italiano moderno é
distinguido pela sensibilidade, rapidez e arte,
enquanto ele emprega em ninharias a capacidade de
um antigo romano; e exibe agora, na cena de
divertimento, e na busca de um frívolo aplauso, aquele
fogo, e aquelas paixões, com as quais Graco gritou no
fórum, e abalou as assembleias de um povo mais
severo.
AS artes comerciais e lucrativas foram, em alguns
climas, o principal objetivo da humanidade e foram
retidas em todo desastre; em outros, mesmo sob todas
as flutuações da sorte, eles ainda foram
negligenciados; enquanto nos climas temperados da
Europa e da Ásia, eles tiveram suas idades de
admiração e desprezo.
EM um estado da sociedade, as artes são desprezadas,
desse mesmo ardor da mente e princípio de atividade,
pelo qual, em outro, são praticadas com o maior
sucesso. Enquanto os homens são invadidos por suas
paixões, aquecidos e despertados pelas lutas e perigos
de seu país; enquanto a trombeta soa, ou o alarme do
engajamento social é tocado, e o coração bate alto, era
uma marca de dulness, ou de um espírito abjeto,
encontrar lazer para o estudo da facilidade, ou a busca
de melhorias, que mera conveniência ou facilidade
para o seu objeto.
[ 184 ]
AS freqüentes vicissitudes e reveses da fortuna, que as
nações experimentaram na mesma terra em que as
artes prosperaram, são provavelmente os efeitos de
um espírito ocupado, inventivo e versátil, pelo qual os
homens levaram todas as mudanças nacionais a
extremos. Eles elevaram o tecido do império despótico
à sua maior altura, onde melhor entenderam os
fundamentos da liberdade. Eles pereceram nas
chamas que eles mesmos haviam acendido; e eles
apenas, talvez, fossem capazes de exibir, por sua vez,
as maiores melhorias, ou as menores corrupções, às
quais a mente humana pode ser trazida.
EMNesta cena, a humanidade tem duas vezes, dentro
da bússola da história, ascendeu de um começo rude a
um alto grau de refinamento. Em todas as épocas,
sejam elas destinadas à sua disposição temporária de
construir ou destruir, deixaram os vestígios de um
espírito ativo e veemente. A calçada e as ruínas de
Roma estão enterradas em pó, sacudidas dos pés dos
bárbaros, que pisavam com desprezo nos
refinamentos do luxo, e desprezavam essas artes, cuja
utilização era reservada para a posteridade das
mesmas pessoas descobrirem. e admirar. As tendas do
árabe selvagem estão agora acampadas entre as ruínas
de cidades magníficas; e os campos de resíduos que
fazem fronteira com a Palestina e a Síria, talvez se
tornem novamente o viveiro de nações infantis. O
chefe de uma tribo árabe, como o fundador de Roma,
pode já ter fixado as raízes de uma planta que
é[ 185 ] para florescer em algum período futuro, ou
lançar as bases de um tecido, que irá atingir a sua
grandeza em alguma idade distante.
GRANDE parte da África sempre foi desconhecida; mas
o silêncio da fama, sobre o tema de suas revoluções, é
um argumento, onde nenhuma outra prova pode ser
encontrada, de fraqueza no gênio de seu povo. A zona
tórrida, em todos os lugares ao redor do globo,
embora conhecida pelo geógrafo, forneceu poucos
materiais para a história; e embora, em muitos
lugares, não seja contemplado com as artes da vida em
grau desprezível, não amadureceu os projetos mais
importantes da sabedoria política, nem inspirou as
virtudes ligadas à liberdade e que são necessárias na
condução dos assuntos civis.
FOI DE fato na zona tórrida que meras artes de
mecanismo e fabricação foram encontradas, entre os
habitantes do novo mundo, como tendo feito o maior
avanço: é na Índia, e nas regiões deste hemisfério, que
são visitadas pela O sol vertical, que as artes da
manufatura e a prática do comércio, são da maior
antiguidade, e sobreviveram, com a menor
diminuição, as ruínas do tempo e as revoluções do
império.
O sol, ao que parece, que amadurece o ananás eo
tamarindo, inspira um grau de doçura que pode até
mesmo amenizar os rigores do governo despótico: e
tal é o efeito de uma suave e pacífica [186]disposição
nos nativos do Leste, que nenhuma conquista,
nenhuma irrupção de bárbaros, termina, como
fizeram entre os nativos teimosos da Europa, por uma
destruição total do que o amor pela facilidade e pelo
prazer produziu.
TRANSFERIDO,sem grande luta, de um mestre para
outro, os nativos da índia estão preparados, a cada
mudança, para perseguir sua indústria, aquiescer no
gozo da vida e as esperanças do prazer animal: as
guerras de conquista não se prolongam exasperar as
partes envolvidas neles, ou a desolação da terra para
que os partidos alegam: mesmo o invasor bárbaro
deixa intocado o assentamento comercial que não
provocou sua raiva: embora mestre de cidades
opulentas, ele só incamps, em sua vizinhança e deixa
aos seus herdeiros a opção de entrar, aos poucos, nos
prazeres, nos vícios e nos pageantes que suas
aquisições permitem: seus sucessores, mais do que
ele, estão dispostos a fomentar a colmeia, na medida
em que provam mais de seus doces. ; e eles poupam o
habitante, juntamente com sua morada,
A descrição moderna da Índia é uma repetição do
antigo, e o estado atual da China é derivado de uma
antiguidade distante, à qual não há paralelo na
história da humanidade. A sucessão [187] dos
monarcas foi alterada; mas nenhuma revolução afetou
o estado. O africano e o samoide não são mais
uniformes em sua ignorância e barbaridade, do que os
chineses e os índios, se podemos creditar sua própria
história, foram na prática da manufatura, e na
observância de uma certa polícia, que foi calculada
apenas para regular seu tráfego e protegê-los em sua
aplicação para artes servis ou lucrativas.
SE passarmos dessas representações gerais do que a
humanidade fez, até a descrição mais minuciosa do
próprio animal, como ele ocupou diferentes climas e é
diversificado em seu temperamento, aparência e
caráter, encontraremos uma variedade de gênios
correspondentes. aos efeitos de sua conduta e ao
resultado de sua história.
O HOMEM, na perfeição de suas faculdades naturais, é
rápido e delicado em sua sensibilidade; extenso e
variado em suas imaginações e reflexões; atencioso,
penetrante e sutil, no que se refere aos seus
semelhantes; firme e ardente em seus
propósitos; dedicado à amizade ou à lapão: o nativo da Arábia, como o animal de cuja raça
inimizade; Ciumento de sua independência e sua
honra, que ele não renunciará por segurança ou lucro:
sob todas as suas corrupções ou melhorias, ele retém
sua sensibilidade natural, se não sua força; e seu
comércio é uma bênção ou uma maldição, de acordo
com a direção que sua mente recebeu.
[ 188 ]
MAS sob os extremos do calor ou do frio, o alcance
ativo da alma humana parece ser limitado; e os
homens são de importância inferior, seja como amigos
ou como inimigos. Em um extremo, são maçantes e
lentos, moderados em seus desejos, regulares e
pacíficos em sua maneira de viver; no outro, eles são
febris em suas paixões, fracos em seus julgamentos, e
viciados por temperamento em prazer animal. Em
ambos os corações é mercenário, e faz concessões
importantes para subornos infantis: em ambos o
espírito está preparado para a sevitude: No um é
subjugado pelo medo do futuro; no outro, não é
despertado nem mesmo pelo sentido do presente.
AS nações da Europa que se instalariam ou
conquistariam no sul ou no norte de seus próprios
climas mais felizes encontram pouca resistência:
estendem seu domínio com prazer e não encontram
limite, mas no oceano e na saciedade da
conquista. Com poucas dores e lutas que precedem a
redução das nações, poderosas províncias foram
sucessivamente anexadas ao território da Rússia; e seu
soberano, que conta dentro de seu domínio, tribos
inteiras, com quem talvez nenhum de seus emissários
conversou, despachou alguns geômetras para ampliar
seu império e, assim, executar um projeto, no qual os
romanos eram obrigados a empregar seus cônsules. e
suas legiões * . Esses conquistadores modernos
reclamam de [189]rebelião, onde eles se encontram
com repugnância; e são surpreendidos por serem
tratados como inimigos, onde eles vêm para impor seu
tributo.
ELE aparece, no entanto, que nas margens do mar do
Leste, eles reuniram-se com nações † que
questionaram seu título a reinar, e que consideraram a
requisição de um imposto como a demanda de efeitos
para nada. Aqui, talvez, pode ser encontrado o gênio
da Europa antiga, e sob o nome de ferocidade, o
espírito de independência nacional ‡ ; aquele espírito
que disputava seu território no Ocidente com os
exércitos vitoriosos de Roma e frustrava as tentativas
dos monarcas persas de compreender as aldeias da
Grécia dentro dos limites de seu extenso domínio.
AS grandes e marcantes diversidades que ocorrem
entre os habitantes de climas distantes uns dos outros,
como as variedades de outros animais em diferentes
regiões, são facilmente observadas. O cavalo e o
veado-chuva são apenas emblemas do árabe e do
seu país é famoso, seja selvagem na floresta ou
tutelado pela arte, é vivo, ativo e servo no exercício em
que ele é dobrado. Essa raça de homens, em seu
estado bruto, voa para o deserto em busca de
liberdade e, em bandos errantes [190], alarma as
fronteiras do império e atinge um terror na província à
qual seus acampamentos em movimento
avançam *. Quando despertados pela perspectiva de
conquista, ou dispostos a agir em um plano, eles
espalham seu domínio, e seu sistema de imaginação,
sobre poderosas extensões da terra: quando possuídos
de propriedade e de assentamento, eles dão o exemplo
de uma invenção viva. e ingenuidade superior na
prática das artes e no estudo da ciência. O Laplander,
pelo contrário, como o associado de seu clima, é
resistente, incansável e paciente de fome; maçante em
vez de domar; utilizável em um determinado trato; e
incapaz de mudar. Nações inteiras continuam de
idade em idade na mesma condição e, com catarro
imutável, submetem-se às denominações
de Dane, de Sueco, ou de Muscovite,de acordo com a
terra que eles habitam; e sofrer o seu país a ser
cortado como um comum, pela linha em que essas
nações traçaram seus limites de império.
NÃO é só nos extremos que essas variedades de gênio
podem ser claramente distinguidas. Sua contínua
mudança acompanha as variações do clima com as
quais supomos estarem conectados: e embora certos
graus de capacidade, penetração e ardor não sejam o
destino de nações inteiras, nem as propriedades
vulgares de qualquer povo; mas a sua frequência
desigual, e medida desigual, em diferentes
países, [191]são suficientemente manifesta das
maneiras, o tom da conversa, o talento para os
negócios, diversão, e a composição literária, que
predominam em cada um.
É para as nações do sul da Europa, antigas e
modernas, que devemos a invenção e o
embelezamento dessa mitologia, e as antigas
tradições, que continuam a fornecer os materiais da
fantasia e o campo da alusão poética. Para eles,
devemos as histórias românticas da cavalaria, assim
como os modelos subseqüentes de um estilo mais
racional, pelo qual o coração e a imaginação são
estimulados, e o entendimento informado.
OS frutos da indústria abundaram mais no Norte, e o
estudo da ciência recebeu aqui suas melhorias mais
sólidas: os esforços de imaginação e sentimento foram
mais frequentes e mais bem-sucedidos no
sul. Enquanto as costas do Báltico ficaram famosas
pelos estudos de Copérnico, Tycho Brahe e Kepler, as
do Mediterrâneo foram celebradas por dar à luz
homens de gênio em toda a sua variedade, e por terem
abundado com poetas e historiadores, bem como com
homens de ciência.
DE um lado, a aprendizagem elevou-se do coração e da
fantasia; por outro lado, ainda está confinado ao
julgamento e à memória. Um detalhe fiel de
transações públicas, com pouco discernimento de sua
importância comparativa; o [192]tratados e as
reivindicações das nações, os nascimentos e
genealogias dos príncipes, são, na literatura das
nações do Norte, amplamente preservados; enquanto
as luzes do entendimento e os sentimentos do coração
sofrem, perecem. A história do caráter humano; o
livro de memórias interessante, fundado não menos
nos procedimentos descuidados de uma vida privada,
do que nas transações formais de uma estação
pública; o gracejo engenhoso, o ridículo penetrante, a
tensão tenra, patética ou elevada de elocução foram
confinados nos tempos modernos, bem como nos
tempos antigos, com algumas exceções, às mesmas
latitudes com a figueira e a videira.
ESSAS diversidades de gênios naturais, se reais, devem
ter grande parte de sua base na estrutura animal: E
tem sido freqüentemente observado que a videira
floresce, onde, para acelerar os fermentos do sangue
humano, suas ajudas são as menos necessárias.
. Enquanto licores espirituosos são, entre as nações do
sul, de um sentido de seus efeitos ruinosos,
proibidos; ou de um amor de decência, e a posse de
um temperamento suficientemente quente, não
grandemente desejado; eles carregam no Norte um
charme peculiar, enquanto despertam a mente e dão
um gostinho da fantasia e do ardor da paixão, que o
clima nega.
OS desejos de fusão, ou as paixões ardentes, que em
um lugar take clima entre os sexos, estão
em [193]mais mudou em uma sóbria consideração, ou
uma paciência de repulsa mútua. Esta mudança é
comentada em cruzar o Mediterrâneo, em seguir o
curso do Mississippi, em subir as montanhas do
Cáucaso, e em passagem dos Alpes e dos Pirinéus às
costas do Báltico.
OS dominadores do sexo feminino na fronteira da
Louisiana, pelo duplo motor da superstição e da
paixão. Eles são escravos entre os habitantes nativos
do Canadá, e são principalmente valorizados pelo
trabalho que sofrem e pelo serviço doméstico que
prestam * .
OS ardores ardentes e os ciúmes torturantes do
serralho e do haram, que reinaram por tanto tempo na
Ásia e na África e que, na parte sul da Europa, mal
deram lugar à diferença de religião e de
estabelecimentos civis, são encontrados no entanto,
com uma redução do calor no clima, para ser mais
facilmente mudado, em uma latitude, em uma paixão
temporária que enraíza a mente, sem enfraquecê-la, e
excita as conquistas românticas: por um avanço mais
ao norte, é transformado em espírito de bravura, que
emprega mais a sagacidade e a fantasia do que o
coração; que prefere intriga ao prazer; e substitui a
afetação e a vaidade, onde o sentimento e o desejo
falharam. Como se afasta do sol, a mesma paixão é
mais distante [194] composto por um hábito de
conexão doméstica, ou congelado em um estado de
insensibilidade, sob o qual os sexos em liberdade
dificilmente conseguem unir sua sociedade.
ESSAS variações de temperamento e caráter não
correspondem, de fato, ao número de graus medidos
desde o equador até o pólo; nem a temperatura do ar
depende da latitude. Sabe-se que as variedades de solo
e posição, a distância ou a vizinhança do mar afetam a
atmosfera e podem ter efeitos de sinal na composição
do quadro animal.
OS climas da América, embora tomados sob o mesmo
paralelo, são diferentes dos da Europa. Lá, pântanos
extensos, grandes lagos, florestas envelhecidas,
decompostas e degradadas, com as outras
circunstâncias que marcam um país não cultivado,
devem reabastecer o ar com vapores pesados e
nocivos, que dão uma dupla aspereza ao inverno; e
durante muitos meses, pela freqüência e continuidade
de neblina, neve e geada, leva os inconvenientes da
zona fria para o temperado. O Samoiede e o
Laplander, no entanto, têm sua contraparte, embora
em uma latitude mais baixa, nas costas da América:
Os canadenses e os iroqueses têm uma semelhança
com os antigos habitantes dos climas medianos da
Europa: o mexicano, como o asiático de A Índia, sendo
viciada em prazer, foi afundada na
efeminação;[ 195 ] e no bairro do selvagem e livre,
tinha sofrido a ser levantada em sua fraqueza uma
superstição dominador, e um tecido permanente de
governo despótico.
ÓTIMOparte da Tartária encontra-se sob os mesmos
paralelos com a Grécia, Itália e Espanha; mas os
climas são diferentes; e enquanto as praias, não só do
Mediterrâneo, mas até mesmo as do Atlântico, são
favorecidas por uma mudança moderada e vicissitude
das estações, as regiões orientais da Europa e o
continente do norte da Ásia sofrem com todos os seus
extremos. Em uma temporada, somos informados de
que as pragas de um verão ardente chegam quase ao
mar congelado; e que o habitante é obrigado a se
proteger de vermes nocivos nas mesmas nuvens de
fumaça, nas quais ele deve, em outra época do ano, se
abrigar dos rigores do frio. Quando o inverno retorna,
a transição é rápida e, com uma aspereza quase igual
em todas as latitudes, desperdiça a face da Terra, dos
limites setentrionais da Sibéria.
COM esta distribuição desigual do clima, pela qual o
lote, bem como o caráter nacional, do norte asiático
pode ser considerado inferior ao dos europeus, que se
encontram sob as mesmas paralelas, uma gradação
similar de temperamento e espírito, no entanto, tem
observado, seguindo o meridiano [196]em ambos os
tratos; e o Tártaro do Sul tem sobre os Tonguses e os
Samoiede a mesma preeminência, que certas nações
da Europa são conhecidas por possuir sobre seus
vizinhos do norte, situações mais vantajosas para
ambos.
O hemisfério sul dificilmente oferece um assunto de
observação semelhante. A zona temperada ainda não
foi descoberta, ou só é conhecida em dois
promontórios, o Cabo da Boa Esperança e o Cabo
Horn, que se estendem em latitudes moderadas
daquele lado da linha. Mas o selvagem da América do
Sul, não obstante a interposição das nações do Peru e
do México, parece assemelhar-se a sua contraparte no
norte; e o hotentote, em muitas coisas, o bárbaro da
Europa: ele é tenaz de liberdade, tem rudimentos de
política e um vigor nacional, que servem para
distinguir sua raça das outras tribos africanas, que
estão expostas aos raios mais verticais da liberdade. o
sol.
EMBORA tenhamos, nessas observações, apenas
descartado o que deve se apresentar na visão mais
superficial da história da humanidade, ou o que pode
ser presumido da mera obscuridade de algumas
nações, que habitam grandes extensões da Terra, bem
como do brilho dos outros, ainda somos incapazes de
explicar a maneira pela qual o clima pode afetar o
temperamento, ou fomentar o gênio de seu habitante.
[ 197 ]
QUE o temperamento do coração e as operações
intelectuais da mente são, em alguma medida,
dependentes do estado dos órgãos animais, é bem
conhecido da experiência. Os homens diferem de si
mesmos na doença e na saúde; sob uma mudança de
dieta, de ar e de exercício: mas nós estamos, mesmo
nesses casos familiares, perdidos como conectar a
causa com seu suposto efeito: e embora o clima,
incluindo uma variedade de tais causas, possa, por
alguma influência regular, afetam os caracteres dos
homens, nunca podemos esperar explicar a maneira
dessas influências até que tenhamos compreendido, o
que provavelmente jamais entenderemos, a estrutura
desses órgãos mais sutis com os quais as operações da
alma estão conectadas.
QUANDO apontamos, na situação de um povo,
circunstâncias que, determinando suas buscas,
regulam seus hábitos e seu modo de vida; e quando,
em vez de nos referirmos à suposta fonte física de suas
disposições, atribuímos seus incentivos a uma
determinada conduta; Nisto falamos dos efeitos e das
causas cuja conexão é mais conhecida. Podemos
entender, por exemplo, por que uma raça de homens
como os Samoiede, confinados durante grande parte
do ano, à escuridão, ou aposentados em cavernas,
devem diferir em suas maneiras e apreensões
daqueles que estão em liberdade em todas as
estações; ou que, em vez de buscar alívio das
extremidades do frio, são empregados em busca de
precauções [198]contra as opressões de um sol
ardente. Fogo e exercício são os remédios do
frio; repousar e sombrear os títulos do calor. O
holandês é laborioso e trabalhador na Europa; ele se
torna mais lânguido e preguiçoso na índia * .
GRANDES extremidades, seja de calor ou frio, são,
talvez, em uma visão moral, igualmente desfavorável
ao gênio ativo da humanidade, e por apresentar
dificuldades insuperáveis a serem superadas, ou fortes
induções à indolência e à indolência, impedem
igualmente as primeiras aplicações engenhosidade ou
limitar seu progresso. Alguns graus intermediários de
inconveniência na situação, ao mesmo tempo excitam
o espírito e, com as esperanças de sucesso, encorajam
seus esforços. “É nas situações menos favoráveis”, diz
Rousseau, “que as artes floresceram mais. Eu poderia
mostrá-los no Egito, enquanto eles se espalhavam com
o transbordamento do Nilo; e na Ática, enquanto
subiam até as nuvens, de um solo rochoso e de areias
estéreis; enquanto, nas margens férteis dos Eurotas,
eles não conseguiam firmar suas raízes ”.
ONDE A humanidade, desde a primeira vez, subsiste de
trabalho duro, e em meio a dificuldades, os defeitos de
sua situação são supridos pela indústria: e
enquanto terras áridas, [199] tentadoras e saudáveis
são incitadas †o pântano pestilento é drenado com
grande trabalho, e o mar é cercado por poderosas
barreiras, os materiais e os custos dos quais, o solo a
ser ganho pode custear ou reembolsar. Os portos são
abertos e cheios de navios, onde os navios de carga, se
não forem construídos com vista à situação, não têm
água para flutuar. Edifícios elegantes e magníficos são
erguidos em fundações de lodo; e todas as
conveniências da vida humana são abundantes, onde a
natureza não parece ter preparado uma recepção para
os homens. É em vão esperar que a residência das
artes e do comércio seja determinada pela posse de
vantagens naturais. Os homens fazem mais quando
têm certas dificuldades para superar do que quando
supuseram bênçãos:
ENTRE as vantagens que permitem às nações a
condução da política, assim como das artes, pode-se
esperar, a partir das observações já feitas, que
consideremos todas as circunstâncias que lhes
permitam dividir e manter-se em comunidades
distintas e independentes. . A sociedade e o concurso
de outros homens não são mais [200]necessário
formar o indivíduo, do que a rivalidade e competição
das nações são para revigorar os princípios da vida
política em um estado. Suas guerras e seus tratados,
suas invejas mútuas e os estabelecimentos que
planejam com vistas uns aos outros, constituem mais
da metade das ocupações da humanidade, e fornecem
materiais para seus maiores e mais aprimorados
esforços. Por esta razão, aglomerados de ilhas, um
continente dividido por muitas barreiras naturais,
grandes rios, cordilheiras montanhosas e braços do
mar, são mais adequados para se tornar o berçário de
nações independentes e respeitáveis. A distinção de
estados sendo claramente mantida, um princípio de
vida política é estabelecido em toda divisão, e a capital
de todo distrito, como o coração de um corpo animal,
AS nações mais respeitáveis sempre foram
encontradas, onde pelo menos uma parte da fronteira
foi lavada pelo mar. Essa barreira, talvez a mais forte
de todas em tempos de ignorância, não supera,
entretanto, os cuidados de uma defesa nacional; e no
estado avançado das artes, dá o maior escopo e
facilidade ao comércio.
Nações FLORESCENTES e independentes foram
dispersas nas margens do Pacífico e do Atlântico. Eles
cercaram o Mar Vermelho, [201]o Mediterrâneo e o
Báltico; enquanto, com exceção de algumas tribos, que
se aposentam entre as montanhas que fazem fronteira
com a Índia e a Pérsia, ou que encontraram algum
estabelecimento rude entre os riachos e as margens do
Cáspio e do Euxine, dificilmente há um povo no vasto
continente da Ásia que merece o nome de uma
nação. A planície ilimitada é atravessada em geral por
hordas, que estão em perpétuo movimento, ou que são
deslocadas e assediadas por suas hostilidades
mútuas. Embora eles nunca sejam realmente
misturados no curso da caça, ou na busca de pastos,
eles não podem suportar uma grande distinção de
nações, que é tirada do território, e que é
profundamente impressionada por um afeto ao
assento nativo. Eles se movem em tropas, sem o
arranjo ou o concerto das nações;
ONDE um feliz sistema de nações é formado, eles não
confiam na continuação de seus nomes separados, e
por causa de sua independência política, nas barreiras
erguidas pela natureza. Os ciúmes mútuos levam à
manutenção de um equilíbrio de poder; e este
princípio, mais do que o Reno e o Oceano, do que os
Alpes e os Pirinéus na Europa moderna; mais do que o
estreito das Termópilas, as montanhas
de [202] Trácia, ou as baías de Salamine e Corinto, na
Grécia antiga, tendem a prolongar a separação, a que
os habitantes destes climas felizes ter devido a sua
felicidade como nações, o brilho da sua fama e suas
realizações civis.
SE pretendemos seguir a história da sociedade civil,
nossa atenção deve ser dirigida principalmente a esses
exemplos, e devemos nos despedir aqui daquelas
regiões da Terra, sobre as quais nossa espécie, pelos
efeitos da situação ou do clima, parece ser contido em
suas atividades nacionais, ou inferior nos poderes da
mente.
SECT. II .: A História dos Estabelecimentos
Políticos. ↩
Nós até agora observamos a humanidade, ou unidos
em termos de igualdade, ou dispostos a admitir uma
subordinação fundada meramente no respeito e apego
voluntários que eles pagaram aos seus líderes; mas,
em ambos os casos, sem qualquer plano de governo ou
sistema de leis.
O selvagem, cuja fortuna está em sua cabana, sua pele
e suas armas, está satisfeito com essa provisão, e com
esse grau de segurança, ele mesmo pode obter. Ele
percebe, ao tratar com seu igual, nenhum assunto de
discussão que deva ser encaminhado à decisão de um
juiz; nem encontra em qualquer mão as insígnias da
magistratura ou as insígnias de um comando
perpétuo.
O bárbaro, embora induzido por sua admiração por
qualidades pessoais, pelo brilho de uma raça heróica
ou por uma superioridade da fortuna, por seguir as
bandeiras de um líder e por agir como parte
subordinada em sua tribo, não sabe que aquilo que ele
executa de escolha, deve ser um assunto de
obrigação. Ele age a partir de afetos não familiarizados
com as formas; e quando provocado, ou quando
envolvido em disputas, [204] ele recorre à espada,
como o último meio de decisão, em todas as questões
de direito.
OS assuntos HUMANOS , nesse meio tempo, continuam
seu progresso. O que foi em uma geração uma
propensão a rebanho com a espécie, torna-se nas
épocas que se seguem, um princípio de união
natural. O que originalmente era uma aliança para a
defesa comum, torna-se um plano combinado de força
política; o cuidado da subsistência torna-se uma
ansiedade para acumular riqueza e o alicerce das artes
comerciais.
A HUMANIDADE, seguindo o sentido atual de suas
mentes, ao tentar remover inconveniências, ou obter
vantagens aparentes e contíguas, chega a fins que nem
mesmo sua imaginação poderia antecipar; e passar,
como outros animais, no trato de sua natureza, sem
perceber seu fim. Aquele que primeiro disse: “Eu me
apropriarei deste campo; Deixarei isso para meus
herdeiros; ”não percebi que ele estava lançando as
bases das leis civis e dos estabelecimentos
políticos. Aquele que primeiro se posicionou sob o
comando de um líder, não percebeu que estava dando
o exemplo de uma subordinação permanente, sob o
pretexto de que o rapinante se apoderasse de suas
posses e o arrogante de reivindicar seu serviço.
OS HOMENS, em geral, estão suficientemente dispostos
a ocupar-se na formação de projetos e
esquemas: [205] Mas aquele que planejaria e
projetaria para os outros, encontrará um adversário
em cada pessoa que está disposta a esquematizar para
si mesmo. Como os ventos que vêm, não sabemos de
onde, e sopram aonde eles se referem, as formas da
sociedade derivam de uma origem obscura e
distante; eles surgem, muito antes da data da filosofia,
dos instintos, não das especulações dos homens. A
multidão da humanidade, dirigida em seus
estabelecimentos e medidas, pelas circunstâncias em
que são colocados; e raramente são desviados do seu
caminho, para seguir o plano de qualquer projetor.
CADA passo e todo movimento da multidão, mesmo
em eras iluminadas, são feitos com igual cegueira para
o futuro; e nações tropeçam em estabelecimentos, que
são de fato o resultado da ação humana, mas não a
execução de qualquer desígnio humano * . Se
Cromwell disse, Que um homem nunca monta mais
alto, do que quando ele não sabe para onde vai; pode-
se afirmar com mais razão as comunidades, admitir as
maiores revoluções onde nenhuma mudança é
pretendida e que os políticos mais refinados nem
sempre sabem para onde estão conduzindo o Estado
por seus projetos.
SE ouvirmos o testemunho da história moderna e das
partes mais autênticas dos antigos; se atendermos à
prática das nações em [206]Em qualquer parte do
mundo, e em todas as condições, sejam as do bárbaro
ou do polido, encontraremos muito poucas razões
para nos retratarmos dessa afirmação. Nenhuma
constituição é formada por concerto, nenhum governo
é copiado de um plano. Os membros de um pequeno
estado disputam a igualdade; os membros de um
maior, encontram-se classificados de uma certa
maneira que estabelece uma base para a
monarquia. Eles procedem de uma forma de governo
para outra, por transições fáceis e freqüentemente sob
nomes antigos adotam uma nova constituição. As
sementes de todas as formas estão alojadas na
natureza humana; eles brotam e amadurecem com a
estação. A prevalência de uma determinada espécie é
muitas vezes derivada de um ingrediente
imperceptível misturado no solo.
NÓS , portanto, para receber, com cautela, as histórias
traditionary dos legisladores antigos e fundadores de
estados. Seus nomes são celebrados há muito
tempo; seus supostos planos foram admirados; e quais
foram provavelmente as conseqüências de uma
situação inicial, são, em todos os casos, consideradas
como um efeito do design. Um autor e uma obra,
como causa e efeito, estão perpetuamente
acoplados. Esta é a forma mais simples sob a qual
podemos considerar o estabelecimento de nações: e
nós atribuímos a um desígnio prévio, o que veio a ser
conhecido apenas pela experiência, o que nenhuma
sabedoria humana poderia prever, e o que, sem o
humor e a disposição de sua idade, [207] nenhuma
autoridade poderia permitir que um indivíduo
executasse.
SE OS homens, durante as eras de extensa reflexão e
empregados na busca de melhorias, se casam com
suas instituições; e, trabalhando sob muitos
inconvenientes reconhecidos, não pode libertar-se dos
atropelos do costume; O que devemos supor que seu
humor tenha sido nos tempos de Romulus e
Licurgo? Eles não estavam certamente mais dispostos
a abraçar os esquemas dos inovadores, ou a se livrar
das impressões do hábito: não eram mais flexíveis e
dúcteis, quando seu conhecimento era menor; não
mais capazes de refinamento, quando suas mentes
eram mais circunscritas.
NÓS imaginar, talvez, que rudes nações deve ter um
sentido tão forte dos defeitos sob as quais trabalho, e
ser tão consciente de que reformas são necessárias em
suas maneiras, que eles devem estar prontos para
adotar, com alegria, qualquer plano de melhoria, e
receber todas as propostas plausíveis com
conformidade implícita. E assim estamos inclinados a
acreditar que a harpa de Orfeu poderia produzir, em
uma época, o que a eloquência de Platão não poderia
produzir em outra. Nós confundimos, entretanto, a
característica de eras simples: a humanidade então
parece sentir o menor número de defeitos, e então é
menos desejosa de entrar em reformas.
A realidade, nesse meio tempo, de certos
estabelecimentos em Roma e em Esparta, não pode
ser contestada: [208] mas é provável que o governo de
ambos os estados tenha surgido da situação e do gênio
do povo, não de os projetos de homens solteiros; que o
célebre guerreiro e estadista, que são considerados os
fundadores dessas nações, só agiram de forma
superior entre os números que estavam dispostos às
mesmas instituições; e que eles deixaram para a
posteridade um renome, apontando-os como os
inventores de muitas práticas que já estavam em uso,
e que ajudaram a formar seus próprios modos e gênio,
bem como os de seus compatriotas.
FOI observado anteriormente que, em muitos
aspectos, os costumes das nações simples coincidem
com o que é atribuído à invenção dos primeiros
estadistas; que o modelo de governo republicano, o
senado e a assembléia do povo; que mesmo a
igualdade de propriedade, ou a comunidade de bens,
não estava reservada à invenção ou invenção de
homens singulares.
SE considerarmos Romulus como o fundador do
estado romano, certamente aquele que matou seu
irmão; que ele pudesse reinar sozinho, não desejava
ficar sob restrições do poder controvertido do Senado,
nem referir os conselhos de sua soberania à decisão de
um corpo coletivo. O amor ao domínio é, por natureza,
avesso à restrição; e este chefe, como todo líder em
idade grosseira, provavelmente encontrou uma classe
de homens prontos para se intrometer em seus
conselhos, e sem os quais ele não poderia
prosseguir. [209]Reuniu-se com ocasiões em que, ao
som de uma trombeta, o corpo do povo reunia-se e
tomava resoluções que qualquer pessoa poderia em
vão contestar ou tentar contrariar; e Roma, que
começou no plano geral de toda sociedade sem arte,
encontrou melhorias duradouras na busca de
expedientes temporários e digeriu seu quadro político
ao ajustar as pretensões dos partidos que surgiam no
Estado.
HUMANIDADE,nos primórdios da sociedade, aprendem
a cobiçar as riquezas e a admirar a distinção: têm
avareza e ambição e, ocasionalmente, são levadas por
essas paixões a depredações e conquistas; mas em sua
conduta normal, são guiados ou restringidos por
motivos diferentes; pela preguiça ou
intemperança; por anexos pessoais ou animosidades
pessoais; que enganam da atenção ao interesse. Esses
motivos ou hábitos tornam a humanidade, às vezes,
negligente ou ultrajante: eles provam a fonte da paz
civil ou da desordem civil, mas desqualificam aqueles
que são por eles acionados, de manter qualquer
usurpação fixa; a escravidão e a rapina, no caso de
toda comunidade, são ameaçadas no exterior pela
primeira vez, e a guerra, ofensiva ou defensiva, é o
grande negócio de toda tribo. O inimigo ocupa seus
pensamentos; eles não têm lazer para dissensões
domésticas. É o desejo de toda comunidade separada,
no entanto, assegurar-se; e na medida em que ganha
esse objeto, fortalecendo sua barreira, enfraquecendo
seu inimigo,[ 210 ] ou por aliados aquisição, o
indivíduo em casa bethinks-lo do que ele pode ganhar
ou perder para si mesmo: O líder está disposto a
ampliar as vantagens que pertencem à sua estação; o
seguidor fica com ciúmes de direitos abertos à
invasão; e as partes que se uniram antes, do afeto e do
hábito, ou de um respeito à sua preservação comum,
discordam em apoiar suas diversas pretensões de
precedência ou lucro.
QUANDOas animosidades da facção despertam-se
assim em casa, e as pretensões da liberdade opõem-se
às do domínio, os membros de toda sociedade
encontram uma nova cena sobre a qual exercer sua
atividade. Eles discutiram, talvez, sobre pontos de
interesse; eles haviam se equilibrado entre diferentes
líderes; mas nunca se uniram como cidadãos, para
resistir às invasões da soberania ou para manter seus
direitos comuns como povo. Se o príncipe, nesta
disputa, encontrar números para apoiar, bem como se
opor às suas pretensões, a espada que foi afiada contra
inimigos estrangeiros, pode ser apontada para o seio
de companheiros, e todo intervalo de paz do exterior,
seja cheio de guerra doméstica. Os nomes sagrados da
Liberdade, da Justiça e da Ordem Civil são feitos para
ressoar nas assembleias públicas; e, durante a
ausência de outros alarmes, dar à sociedade,
[ 211 ]
SE O que está relacionado com os pequenos
principados que, nos tempos antigos, foram formados
na Grécia, na Itália e em toda a Europa, concorda com
o caráter que demos à humanidade sob as primeiras
impressões de propriedade, de interesse e de
distinções hereditárias ; as sedições e guerras internas
que se seguiram nesses mesmos estados, a expulsão de
seus reis, ou as questões que surgiram sobre as
prerrogativas do soberano, ou privilégio do sujeito,
são agradáveis à representação que damos agora do
primeiro passo em direção a estabelecimento político
e o desejo de uma constituição legal.
O QUE essa constituição pode ser em sua forma mais
antiga depende de uma variedade de circunstâncias na
condição das nações: depende da extensão do
principado em seu estado bruto; sobre o grau de
disparidade a que a humanidade havia se submetido
antes de começar a contestar os abusos de poder:
depende também do que chamamos de acidentes, do
caráter pessoal de um indivíduo ou dos eventos de
uma guerra.
TODA comunidade é originalmente uma pequena. Essa
propensão pela qual a humanidade, a princípio, se
une, não é o princípio do qual eles depois agem na
ampliação dos limites do império. Pequenas tribos,
onde não são reunidas por objetos comuns de
conquista ou segurança, são até avessos a uma
coalizão. Se, como a confederação real ou fabulosa
de [212] os gregos para a destruição de Tróia, muitas
nações se combinam em busca de um único objeto,
eles facilmente separar novamente, e agir de novo
sobre as máximas de estados rivais.
LÁé, talvez, uma certa extensão nacional, dentro da
qual as paixões dos homens são facilmente
comunicadas de um ou de poucos para o todo; e há
certos números de homens que podem ser reunidos e
agir em um corpo. Se, enquanto a sociedade não é
ampliada além dessa dimensão, e enquanto seus
membros são facilmente montados, surgem contendas
políticas, o Estado raramente falha em prosseguir com
as máximas republicanas e estabelecer a sua própria igualdade com firmeza ou restringir a
democracia. Na maioria dos principados rudes, o líder
derivou sua prerrogativa do brilho de sua raça e da
ligação voluntária de sua tribo: as pessoas que ele
comandava eram seus amigos, seus súditos e suas
tropas. Se supusermos, por qualquer mudança em
suas maneiras, que eles deixam de reverenciar sua
dignidade, que eles fingem igualdade entre si, ou são
tomados pelo ciúme de assumir demais, as fundações
de seu poder já foram retiradas. Quando o voluntário
se torna refratário; quando partidos consideráveis, ou
o corpo coletivo, se esforçam para agir por si
mesmos; o pequeno reino, como o de Atenas, torna-se,
é claro, uma república.
AS mudanças de condição e de maneiras que, no
progresso da humanidade, se elevam a [213]As nações
um líder e um príncipe criam, ao mesmo tempo, uma
nobreza e uma variedade de fileiras que, em grau
subordinado, reivindicam distinção. A superstição
também pode criar uma ordem de homens que, sob o
título de sacerdócio, envolvem-se na busca de um
interesse separado; que, por sua união e firmeza como
um corpo, e por sua incessante ambição, merecem ser
contadas na lista de pretendentes ao poder. Essas
diferentes ordens de homens são os elementos de cuja
mistura o corpo político é geralmente formado; cada
um atrai para o seu lado alguma parte da massa do
povo. As próprias pessoas são uma festa de vez em
quando; e o número de homens, embora classificados
e distintos, torna-se, por suas pretensões dissonantes
e visões separadas, interrupções e controles mútuos; e
tem,
AS pretensões de qualquer ordem particular, se não
fossem verificadas por algum poder colateral,
acabariam na tirania; os de um príncipe, no
despotismo; os de uma nobreza ou sacerdócio, nos
abusos da aristocracia; de uma população nas
confusões da anarquia. Esses términos, como nunca
são professos, raramente são objeto de partido: mas as
medidas que qualquer partido persegue, se houver a
tendência de prevalecer, conduzirão, gradualmente, a
todos os extremos.
[ 214 ]
EM seu caminho para o ascendente, eles se esforçam
para ganhar, e em meio a interrupções que interesses
opostos mutuamente dão, a liberdade pode ter uma
existência permanente ou transitória; e a constituição
pode ter uma forma e um caráter tão diversos quanto
a combinação casual de tais partes multiplicadas pode
efetuar.
PARA conceder às comunidades algum grau de
liberdade política, talvez seja suficiente que seus
membros, isoladamente ou como estão envolvidos
com suas diversas ordens, insistam em seus
direitos; que, sob as repúblicas, o cidadão deve manter
ambição de seu compatriota dentro de limites
moderados; que sob a monarquia, os homens de todos
os níveis devem manter as honras de suas estações
privadas ou públicas; e não sacrificar nem as
imposições de um tribunal, nem as reivindicações de
uma população, aquelas dignidades que são
destinadas, em certa medida, independentes da
fortuna, para dar estabilidade ao trono, e para obter
um respeito ao assunto.
EM MEIO às alegações de partido, os interesses do
público, até mesmo as máximas da justiça e franqueza,
são por vezes esquecidos; e, no entanto, aquelas
consequências fatais que tal medida de corrupção
parece pressagiar, não seguem inevitavelmente. O
interesse público é muitas vezes seguro, não porque os
indivíduos estão dispostos a considerá-lo como o fim
de sua [215]conduta, mas porque cada um, em seu
lugar, está determinado a preservar o seu próprio. A
liberdade é mantida pelas contínuas diferenças e
oposições de números, não pelo zelo concorrente em
favor do governo eqüitativo. Nos estados livres,
portanto, as leis mais sábias nunca são, talvez, ditadas
pelo interesse e espírito de qualquer ordem de
homens: são movidos, são opostos ou corrigidos por
mãos diferentes; e, finalmente, expressar o meio e a
composição que as partes concorrentes se obrigaram a
adotar.
QUANDO consideramos a história da humanidade
nessa visão, não podemos estar perdidos pelas causas
que, em pequenas comunidades, jogaram o equilíbrio
do lado da democracia; que, em estados mais
ampliados em relação ao território e ao número de
pessoas, dava o ascendente à monarquia; e que, em
uma variedade de condições e de diferentes idades,
permitiu à humanidade misturar e unir os caracteres
de diferentes formas; e, em vez de qualquer das
constituições simples que mencionamos * , exibir uma
mistura de todas.
AO emergir de um estado de grosseria e simplicidade,
espera-se que os homens ajam com esse espírito de
igualdade, ou subordinação moderada, à qual estavam
acostumados. Quando amontoados em cidades, ou
dentro da bússola de um pequeno território, eles agem
por paixões contagiosas, [216]e cada indivíduo sente
um grau de importância proporcional à sua figura na
multidão e à pequenez de seus números. Os
pretendentes ao poder e ao domínio aparecem em
uma luz muito familiar para impor-se à multidão, e
eles não têm nenhuma ajuda à sua disposição, pela
qual eles podem refrear os refratários humores de um
povo que resiste a suas pretensões. Teseu, rei da Ática,
nos dizem, reuniu os habitantes de seus doze cantões
em uma cidade. Nisto, ele adotou um método efetivo
para se unir em uma democracia, o que era antes dos
membros separados de sua monarquia, e apressar a
queda do poder real.
O monarca de um território extenso tem muitas
vantagens em manter sua posição. Sem qualquer
queixa aos seus súditos, ele pode apoiar a
magnificência de uma propriedade real e deslumbrar a
imaginação de seu povo, por essa mesma riqueza que
eles mesmos concederam. Ele pode empregar os
habitantes de um distrito contra os de outro; e
enquanto as paixões que levam ao motim e à rebelião,
podem em qualquer momento apoderar-se apenas de
uma parte de seus súditos, ele se sente forte na posse
de uma autoridade geral. Até mesmo a distância em
que ele reside de muitos daqueles que recebem seus
comandos aumenta o temor e respeito misteriosos que
são pagos ao seu governo.
COM essas tendências diferentes, o acidente e a
corrupção, no entanto, associados a uma variedade de
circunstâncias, [217] podem tirar determinados
estados de seu viés e produzir exceções para cada
regra geral. Isso realmente aconteceu em alguns dos
últimos principados da Grécia e da Itália moderna, na
Suécia, na Polônia e no Império Alemão. Mas os
estados unidos da Holanda e os cantões suíços são,
talvez, as comunidades mais extensas que, mantendo
a união de nações, resistiram, por um tempo
considerável, à tendência de governo monárquico; e a
Suécia é o único exemplo de uma república
estabelecida em um grande reino sobre as ruínas da
monarquia.
O soberano de um pequeno distrito, ou uma cidade
isolada quando não é apoiado, como na Europa
moderna, pelo contágio de maneiras monárquicas,
detém o cetro por um mandato precário e está
perpetuamente alarmado pelo espírito de motim em
seu povo, é guiado por inveja, e se sustenta pela
severidade, prevenção e força.
OS poderes populares e aristocráticos de uma grande
nação, como no caso da Alemanha e da Polônia,
podem encontrar com igual dificuldade a manutenção
de suas pretensões; e, para evitar o perigo do lado da
usurpação real, são obrigados a reter do supremo
magistrado até a confiança necessária de um poder
executivo.
OS estados da Europa, à maneira de seu primeiro
assentamento, lançaram as bases da
monarquia, [218]e estavam preparados para se unir
sob governos regulares e extensivos. Se os gregos, cujo
progresso em casa terminara no estabelecimento de
tantas repúblicas independentes, tivessem sob
Agamenon efetuado uma conquista e estabelecimento
na Ásia, é provável que tivessem fornecido um
exemplo do mesmo tipo. Mas os habitantes originais
de qualquer país, formando muitos cantões separados,
vieram, vagarosamente, a essa coalizão e união na
qual as tribos conquistadoras, realizando suas
conquistas, ou assegurando seus bens, são apressadas
de uma só vez. César encontrou algumas centenas de
nações independentes na Gália, que até mesmo o
perigo comum não se unia suficientemente. Os
invasores alemães, que se estabeleceram nas terras
dos romanos, fizeram, no mesmo distrito, um número
de estabelecimentos separados, mas muito mais
extensos do que os antigos gauleses,
AS sementes das grandes monarquias, e as raízes do
extenso domínio, estavam em toda parte plantadas
com as colônias que dividiam o império romano. Nós
não temos uma conta exata dos números, que, com
um aparente concerto, continuaram, durante algumas
eras, a invadir e a aproveitar este prêmio
tentador. Onde eles esperavam resistência, eles se
esforçaram para reunir uma força proporcional; e
quando propuseram se estabelecer, nações inteiras
foram removidas para compartilhar [219] no
despojo. Espalhados por uma província extensa, onde
não podiam estar seguros, sem manter sua união,
continuaram a reconhecer o líder sob o qual haviam
lutado; e, como um exército enviado por divisões em
estações separadas, estavam preparados para reunir
sempre que a ocasião exigisse suas operações ou
conselhos unidos.
CADA parte separada tinha seu cargo designado, e cada
subordinado comandava suas posses, das quais ele
deveria prover sua própria subsistência e a de seus
seguidores. O modelo de governo foi tirado do de uma
subordinação militar, e um feudo era o pagamento
temporário de um oficial proporcional ao seu
posto * . Havia uma classe de pessoas destinadas ao
serviço militar, outra para trabalhar e cultivar terras
para o benefício de seus senhores. O oficial melhorou
seu mandato por graus, primeiro mudando uma
concessão temporária para um mandato para sua
vida; e isto também, mediante a observância de certas
condições, em uma concessão incluindo seus
herdeiros.
O posto dos nobres tornou-se hereditário em todos os
quadrantes e formava uma ordem poderosa e
permanente de homens em todos os
estados. Enquanto mantinham o povo em servidão,
eles contestaram as reivindicações de seu
soberano; eles retiraram sua presença de vez em
quando, ou viraram os braços contra ele. [220]Eles
formaram uma barreira forte e intransponível contra
um despotismo geral no estado; mas eles mesmos
eram, por meio de seus servidores guerreiros, os
tiranos de todo pequeno distrito, e impediam o
estabelecimento da ordem, ou qualquer aplicação
regular da lei. Eles tiraram vantagem de reinos ou
minorias fracos, para empurrar suas invasões ao
soberano; ou tendo feito a monarquia eletiva, eles, por
sucessivos tratados e estipulações, em todas as
eleições, limitaram ou minaram o poder
monárquico. As prerrogativas do príncipe foram, em
alguns casos, como as do império alemão em
particular, reduzidas a um mero título; e a própria
união nacional preservou a observância apenas de
algumas formalidades insignificantes.
ONDE a disputa do soberano, e de seus vassalos, sob
prerrogativas hereditárias e amplas anexadas à coroa,
tinha uma questão diferente, os senhorios seudais
foram gradualmente despojados de seus poderes, os
nobres foram reduzidos ao estado de súditos e
obrigados a mantenha suas honras e exerça suas
jurisdições, em dependência do príncipe. Era seu
suposto interesse de reduzi-los a um estado de
sujeição igual ao povo e de estender sua própria
autoridade, resgatando o trabalhador e o dependente
das opressões de seus superiores imediatos.
EM deste projeto os príncipes da Europa de diversas
formas sucedido. Enquanto eles protegeram as
pessoas, [221] e, assim, incentivou a prática de artes
comerciais e lucrativas, que abriu o caminho para o
despotismo no estado; e com a mesma política pela
qual eles livraram o sujeito de muitas opressões,
aumentaram os poderes da coroa.
MAS onde o povo tinha, pela constituição, um
representante no governo, e um chefe, sob o qual eles
podiam se beneficiar da riqueza que adquiriam, e do
senso de sua importância pessoal, essa política se
voltava contra a coroa; formou um novo poder para
restringir a prerrogativa, estabelecer o governo da lei e
exibir um novo espetáculo na história da
humanidade; monarquia misturada com a república, e
o território extenso governou, durante algumas
idades, sem força militar.
TAIS foram os passos pelos quais as nações da Europa
chegaram aos seus atuais estabelecimentos: em alguns
casos, chegaram à posse de constituições legais; em
outros, ao exercício de um despotismo mitigado; ou
eles continuam a lutar com a tendência que eles, em
parte, têm para esses extremos diferentes.
O progresso do império, nas primeiras eras da Europa,
ameaçou ser rápido e enterrar o espírito independente
das nações em um túmulo como aquele que os
conquistadores otomanos encontraram para si
mesmos e para a raça miserável que haviam
vencido. [222]Os romanos tinham, em graus lentos,
ampliado seu império; eles tinham feito todas as
novas aquisições no resultado de uma guerra tediosa,
e tinham sido obrigados a plantar colônias e empregar
uma variedade de medidas para assegurar cada novo
porte. Mas o superior feudal sendo animado, a partir
do momento em que conquistou um estabelecimento,
com o desejo de ampliar seu território e de ampliar a
ascensão de seus vassalos, conseguiu, mediante mera
concessão de investidura, a anexação de novas
províncias e tornou-se o senhor dos Estados, antes
independente, sem fazer qualquer inovação material
na forma de sua política.
Principados SEPARADOS eram, como as partes de um
motor, prontos para serem unidos e, como os
materiais trabalhados de um prédio, prontos para
serem erguidos. Eles estavam no resultado de suas
lutas juntos, ou separados com facilidade. A
independência dos estados fracos foi preservada
apenas pelos ciúmes mútuos dos fortes, ou pela
atenção geral de todos para manter um equilíbrio de
poder.
O feliz sistema de política em que os estados europeus
procederam para preservar esse equilíbrio, o grau de
moderação que é, ao ajustar seus tratados, torna-se
habitual até mesmo para monarquias vitoriosas e
poderosas, honra a humanidade e pode dar
esperanças de uma felicidade duradoura. , para ser
derivado de uma predisposição, nunca,
talvez, [223] igualmente forte em qualquer período
anterior, ou entre qualquer número de nações, que os
primeiros conquistadores pessoas vão arruinar-se,
bem como os seus rivais.
É nesses estados, talvez, como em um tecido de uma
grande dimensão, que podemos perceber mais
distintamente as várias partes das quais um corpo
político consiste; e observar que a concordância ou
oposição de interesses, que servem para unir ou
separar ordens diferentes de homens, e levá-los,
mantendo suas várias reivindicações, a estabelecer
uma variedade de formas políticas. As menores
repúblicas, no entanto, consistem em partes
semelhantes a estas, e de membros que são movidos
por um espírito similar. Eles fornecem exemplos de
governo diversificados pelas combinações ocasionais
de partidos e pelas diferentes vantagens com as quais
essas partes se envolvem no conflito.
EM toda sociedade existe uma subordinação casual,
independente de seu estabelecimento formal, e
freqüentemente adversa à sua constituição. Enquanto
a administração e o povo falam a linguagem de uma
forma particular, e parecem não admitir nenhuma
pretensão ao poder, sem uma nomeação legal em uma
instância, ou sem a vantagem de honras hereditárias
em outra, essa subordinação casual, possivelmente
decorrente da distribuição de propriedade, ou de
alguma outra circunstância que confere graus de
influência desiguais, dá ao estado seu tom e fixa seu
caráter.
[ 224 ]
OA ordem plebeia em Roma, tendo sido considerada
por muito tempo como uma condição inferior e
excluída dos altos cargos de magistratura, tinha força
suficiente, como corpo, para remover essa distinção
injusta; mas o indivíduo, ainda agindo sob as
impressões de um grau subordinado, dava em cada
competição seu sufrágio a um patrício, cuja proteção
ele experimentara e cuja autoridade pessoal ele
sentira. Por esse meio, a ascendência das famílias
patrícias foi, por um certo período, tão regular quanto
poderia ser feita pelas máximas declaradas da
aristocracia; mas os altos ofícios do Estado foram
sendo gradualmente compartilhados pelos plebeus, os
efeitos das distinções anteriores foram evitados ou
enfraquecidos. As leis que foram feitas para ajustar as
pretensões de ordens diferentes foram facilmente
iludidas. A população tornou-se uma facção e sua
aliança era o caminho mais seguro para o
domínio. Clódio, por uma pretensa adoção em uma
família plebeia, foi qualificado para se tornar tribuno
do povo; e César, defendendo a causa dessa facção,
chegou à usurpação e à tirania.
EM tais cenas fugazes e transitórias, as formas de
governo são apenas modos de proceder, nos quais
idades sucessivas diferem umas das outras. A facção
está sempre pronta para aproveitar todas as vantagens
ocasionais; e a humanidade, quando em risco de
qualquer parte, raramente encontra uma proteção
melhor do que a de seu rival. Cato uniu-se a Pompeu
em oposição a César e não se protegeu de
nada [225]tanto quanto aquela reconciliação de
partidos, que na verdade era uma combinação de
diferentes líderes contra a liberdade da república. Este
ilustre personagem destacou-se em sua época como
um homem entre crianças, e foi criado acima de seus
oponentes, tanto pela justiça de seu entendimento,
quanto pela extensão de sua penetração, como ele era
pela coragem e desinteresse masculinos com os quais
se esforçou. para desconcertar os desígnios de uma
ambição vã e infantil, que estava operando para a
ruína da humanidade.
EMBORA AS constituições livres de governo raramente
ou nunca se elevem do esquema de qualquer projetor
individual, ainda assim são muitas vezes preservadas
pela vigilância, atividade e zelo dos homens
solteiros. Felizes são aqueles que compreendem e que
fazem esse objeto de cuidado; e feliz é para a
humanidade quando não é escolhido tarde demais. Foi
reservado para sinalizar as vidas de um Catão ou de
um Brutus, na véspera das revoluções fatais; para
promover em segredo a indignação de Thrasea e
Helvidius; e ocupar as reflexões de homens
especulativos em tempos de corrupção. Mas mesmo
em exemplos tão tardios e ineficazes, ficou feliz em
conhecer e valorizar um objeto tão importante para a
humanidade. A busca e o amor por ela, embora sem
sucesso, lançaram seu principal brilho sobre a
natureza humana.
SEÇÃO III .: Dos Objetos Nacionais em Geral, e dos
Estabelecimentos e Maneiras a eles Relacionados. ↩
Enquanto o modo de subordinação é casual, e as
formas de governo tomam sua ascensão,
principalmente da maneira pela qual os membros de
um estado foram originalmente classificados, e de
uma variedade de circunstâncias que conferem a
ordens particulares de homens um domínio em seu
país. há certos objetos que reivindicam a atenção de
cada governo, que conduzem as apreensões e os
raciocínios da humanidade em todas as sociedades, e
que não apenas fornecem emprego aos estadistas, mas
em certa medida dirigem a comunidade para essas
instituições, sob a autoridade. dos quais o magistrado
detém o seu poder. Tais são a defesa nacional, a
distribuição da justiça, a preservação e a prosperidade
interna do estado. Se esses objetos forem
negligenciados, devemos entender que a própria cena
em que os partidos disputam o poder, o privilégio ou a
igualdade,
A consideração devida a esses objetos será pleiteada
em toda assembléia pública e produzirá, em toda
disputa política, apelos àquele senso comum e opinião
da humanidade, que, lutando com as visões privadas
dos indivíduos, [227] e as reivindicações de partido,
pode ser considerado como o grande legislador das
nações.
AS medidas necessárias para a realização da maioria
dos objetos nacionais estão interligadas e devem ser
empreendidas em conjunto; eles são freqüentemente
os mesmos. A força preparada para a defesa contra
inimigos estrangeiros também pode ser empregada
para manter a paz em casa: as leis feitas para garantir
os direitos e liberdades do povo podem servir de
incentivo à população e ao comércio: E toda
comunidade, sem considerar como seus objetos
podem ser classificados ou distinguidos por homens
especulativos é, em todo caso, obrigado a assumir ou a
reter a forma que melhor se adapta a preservar suas
vantagens ou a evitar seus infortúnios.
NAÇÕES, no entanto, como homens privados, têm seus
fins favoritos e suas principais atividades, que
diversificam suas maneiras, bem como seus
estabelecimentos. Eles chegam aos mesmos fins de
diferentes maneiras; e, como os homens que fazem
fortuna por profissões diferentes, conservam os
hábitos de seu chamado principal em todas as
condições em que chegam. Os romanos ficaram ricos
em perseguir suas conquistas; e provavelmente, por
um certo período, aumentaram os números da
humanidade, enquanto sua disposição para a guerra
parecia ameaçar a terra com desolação. Algumas
nações modernas proceder ao domínio
e [228] alargamento sobre as máximas de comércio; e
enquanto eles só pretendem acumular riquezas em
casa, continuam ganhando um ascendente imperial no
exterior.
OS caráteres do warlike e do comercial são variados
combinados: Eles são formados em diferentes graus
pela influência das circunstâncias, que mais ou menos
freqüentemente dão origem à guerra, e excitam o
desejo de conquista; das circunstâncias, que deixam
um povo em silêncio para melhorar seus recursos
domésticos, ou para comprar, pelos frutos de sua
indústria, de estrangeiros, o que seu próprio solo e seu
clima negam.
OS membros de todas as comunidades estão mais ou
menos ocupados com questões de Estado, na medida
em que sua constituição os admite compartilhar no
governo e chama a atenção para objetos de natureza
pública. Um povo é cultivado ou não melhorado em
seus talentos, na proporção em que esses talentos são
empregados na prática das artes e nos assuntos da
sociedade: eles são melhorados ou corrompidos em
suas maneiras, na medida em que são encorajados e
direcionados a agir de acordo as máximas da liberdade
e da justiça, ou como elas são degradadas em um
estado de maldade e servidão. Mas quaisquer que
sejam as vantagens obtidas, ou quaisquer males que
sejam evitados, pelas nações, em qualquer um desses
importantes aspectos, são geralmente considerados
como meros incidentes ocasionais: Eles raramente
são [229] admitido entre os objetos de política, ou
entrou entre as razões de estado.
NÓSRisco ser tratado com ridículo, quando exigimos
estabelecimentos políticos, meramente para cultivar
os talentos dos homens e para inspirar os sentimentos
de uma mente liberal: devemos oferecer algum motivo
de interesse, ou algumas esperanças de vantagem
externa, para animar as atividades, ou dirigir as
medidas, dos homens comuns. Seriam corajosos,
engenhosos e eloqüentes, somente por necessidade ou
por lucro: eles ampliam os usos da riqueza, da
população e dos outros recursos da guerra; mas
muitas vezes esquecem que isso não tem conseqüência
sem a direção de capacidades capazes e sem o apoio de
um vigor nacional. Podemos esperar, portanto,
encontrar entre os Estados o viés de uma política
particular tomada em relação à segurança pública; do
desejo de assegurar liberdade pessoal ou propriedade
privada; raramente da consideração de efeitos morais,
[ 230 ]
SEÇÃO IV .: Da População e Riqueza. ↩
Quando imaginamos o que os romanos devem ter
sentido quando chegou a notícia de que a flor de sua
cidade havia perecido em Cannæ; quando pensamos
no que o orador tinha em mente quando disse: "Que a
juventude entre o povo era como a fonte entre as
estações"; quando ouvimos sobre a alegria com a qual
o caçador e o guerreiro são adotados, na América,
sustentar as honras da família e da nação; somos
levados a sentir os motivos mais poderosos para
considerar o aumento e a preservação de nossos
concidadãos. Interesse, afeição e visões de política
combinam-se para recomendar esse objeto; e é tratado
com total negligência apenas pelo tirano que erra a
sua própria vantagem, pelo estadista que brinca com a
acusação cometida aos seus cuidados, ou pelas
pessoas que se tornam corrompidas, e que consideram
seus colegas como rivais em interesse. ,
ENTRE AS sociedades rudes, e entre as pequenas
comunidades em geral, que estão engajadas em lutas e
dificuldades frequentes, a preservação e o aumento de
seus membros é um dos objetivos mais importantes. O
americano classifica sua derrota do número de
homens que ele perdeu, ou ele estima sua vitória dos
prisioneiros que ele fez; não de ele
ter [231] permaneceu o comandante de um campo, ou
a ser conduzido a partir de um terreno em que ele
encontrou seu inimigo. Um homem com quem ele
pode se associar em todas as suas atividades, a quem
ele pode abraçar como seu amigo; em quem ele
encontra um objeto para suas afeições, e uma ajuda
em suas lutas, é para ele a mais preciosa adesão da
fortuna.
MESMO quando a amizade de homens em particular
está fora de questão, a sociedade, ocupada em formar
um partido que se defenda ou aborreça seu inimigo,
não encontra objeto de maior momento do que o
aumento de seus números. Cativos que podem ser
adotados, ou filhos de qualquer sexo que possam ser
criados para o público, são considerados como o mais
rico despojo de um inimigo. A prática dos romanos em
admitir que os vencidos compartilham os privilégios
de sua cidade, o estupro dos sabinos e a subsequente
coalizão com esse povo, não eram exemplos singulares
ou incomuns na história da humanidade. A mesma
política foi seguida, e era natural e óbvia, onde quer
que a força de um estado consistisse nos braços de
poucos, e onde os homens fossem valorizados em si
mesmos, sem levar em conta a propriedade ou a
fortuna.
EM eras grosseiras, portanto, enquanto a humanidade
subsiste em pequenas divisões, deve parecer que, se a
terra for finamente povoada, esse defeito não surge da
negligência daqueles que deveriam repará-lo. É até
provável, que o mais eficaz [232] É claro que
poderiam ser tomadas para aumentar a espécie, seria,
para evitar que o coalizão de nações, e obrigar a
humanidade a agir em tais corpos pequenos como
faria a preservação de seus números objeto principal
de seus cuidados. Isso, por si só, é verdade, não seria
suficiente: devemos provavelmente acrescentar o
incentivo à criação de famílias, que a humanidade
desfruta sob uma política favorável, e os meios de
subsistência que eles devem à prática das artes.
A mãe não está disposta a aumentar sua prole, e está
doente para criá-los, onde ela mesma é obrigada a
passar por grandes dificuldades na busca de sua
comida. Na América do Norte nos dizem que ela se
junta às reservas de um temperamento frio ou
moderado, as abstinências a que ela se submete, a
partir da consideração dessa dificuldade. Em sua
apreensão, é uma questão de prudência, e de
consciência levar uma criança à condição de se
alimentar de carne de veado, e de seguir a pé, antes
que ela arrisque um novo fardo ao viajar pela floresta.
EM latitudes mais quentes, pelo temperamento
diferente, talvez, que o clima proporciona, e por uma
maior facilidade em obter subsistência, o número da
humanidade aumenta, enquanto o objeto em si é
negligenciado; e o comércio dos sexos, sem qualquer
preocupação com a população, é um assunto de mera
devassidão. Em alguns lugares, estamos [233] disse, é
ainda fez o objeto de uma política bárbara, para
derrotar ou de limitar as intenções da natureza. Na
ilha de Formosa, os machos são proibidos de casar
antes dos quarenta anos; e as mulheres, se estiverem
grávidas antes dos trinta e seis anos, fazem um aborto
por ordem do magistrado, que emprega uma violência
que põe em perigo a vida da mãe, juntamente com a
da criança * .
NA China, a permissão dada aos pais para matar ou
expor seus filhos provavelmente era um alívio do
fardo de uma numerosa descendência. Mas não
obstante o que ouvimos de uma prática tão
repugnante para o coração humano, não tem,
provavelmente, os efeitos de restringir a população, o
que parece ameaçar; mas, como muitas outras
instituições, tem influência no reverso do que parecia
pressagiar. Os pais se casam com esse meio de alívio
em sua visão, e os filhos são salvos.
POR MAIS importante que o objeto da população possa
ser detido pela humanidade, será difícil encontrar, na
história da política civil, quaisquer estabelecimentos
sábios ou eficazes calculados exclusivamente para
obtê-lo. A prática de nações rudes ou frágeis é
inadequada, ou não pode superar os obstáculos
encontrados em sua maneira de viver. O crescimento
da indústria, os esforços dos homens para melhorar
suas artes, para estender seu comércio, para garantir
os seus bens, e para estabelecer os seus direitos, são
de fato o mais eficaz [234] significa promover
população: mas eles surgem de um motivo diferente
; eles surgem de interesse e segurança pessoal. Eles
são destinados ao benefício daqueles que existem, não
para obter o aumento de seus números.
NO entanto, é importante saber que, quando um povo
tem sorte em seus estabelecimentos políticos e é bem-
sucedido nas atividades da indústria, é provável que
sua população cresça proporcionalmente. A maioria
dos outros dispositivos pensados para esse fim serve
apenas para frustrar as expectativas da humanidade
ou para desviar sua atenção.
AO plantar uma colônia, esforçando-se para reparar os
ocasionais resíduos de pestilência ou guerra, o artifício
imediato dos estadistas pode ser útil; mas se, no
raciocínio sobre o aumento da humanidade em geral,
negligenciamos sua liberdade e sua felicidade, nossos
auxílios à população tornam-se fracos e
ineficazes. Eles só nos levam a trabalhar na superfície,
ou a perseguir uma sombra, enquanto negligenciamos
a preocupação substancial; e em um estado decadente,
nos faz adulterar os paliativos, enquanto as raízes de
um mal são sofridas para permanecer. Otávio reavivou
ou reforçou as leis que diziam respeito à população em
Roma: Mas pode-se dizer dele, e de muitos soberanos
em situação semelhante, que eles administram o
veneno, enquanto planejam o remédio; e trazer uma
umidade e uma paralisia nos princípios da vida,
enquanto eles se esforçam, por[ 235 ] aplicações na
pele, para restaurar a floração de um corpo cariado e
doente.
É DE fato feliz para a humanidade, que esse
importante objeto nem sempre dependa da sabedoria
dos soberanos, ou da política dos homens
solteiros. Um povo que tenha a intenção de liberdade,
encontre para si uma condição na qual possa seguir as
propensões da natureza com um efeito mais notável
do que qualquer um que os conselhos de estado
possam conceber. Quando os soberanos, ou
projetores, são os supostos donos desse assunto, o
melhor que podem fazer é ser cautelosos em ferir um
interesse que não podem promover grandemente e de
fazer brechas que não consigam reparar.
“ QUANDO AS nações eram divididas em pequenos
territórios e pequenas comunidades, onde cada
homem tinha sua casa e seu campo para si, e cada
município tinha seu capital livre e independente; que
situação feliz para a humanidade ”, diz o Sr.
Hume; “Quão favorável à indústria e à agricultura, ao
casamento e à população!” No entanto, provavelmente
não havia planos do estadista para recompensar os
casados ou punir o solteiro; por convidar estrangeiros
a se estabelecerem ou por proibir a partida de
nativos. Todo cidadão que encontrasse uma possessão
segura e uma provisão para seus herdeiros não era
desencorajado pelos medos sombrios de opressão ou
desejo: e onde todas as outras funções da natureza
eram livres, aquilo que fornecia [236]o berçário não
podia ser contido. A natureza exigiu que os poderosos
fossem justos; mas ela não confiava de outra maneira
a preservação de seus trabalhos a seus planos
visionários. Que poucas pessoas o estadista pode
acrescentar aos fogos da juventude? Deixe que ele não
o sufoque, e o efeito é seguro. Onde nós oprimimos ou
degradamos a humanidade com uma mão, é inútil,
como Otávio, segurar o outro, as iscas do casamento,
ou o chicote à esterilidade. É inútil convidar novos
habitantes do exterior, enquanto aqueles que já
possuímos são feitos para manter seu mandato com
incerteza; e tremer, não apenas sob a perspectiva de
uma numerosa família, mas até mesmo sob a
subsistência precária e duvidosa de si mesmos. O
soberano arbitrário que fez desta a condição de seus
súditos, deve os restos de seu povo aos poderosos
instintos da natureza,
OS HOMENS vão se aglomerar onde a situação é
tentadora e, em algumas gerações, as pessoas de cada
país à medida de seus meios de subsistência. Eles até
aumentarão sob circunstâncias que pressagiem uma
decadência. As frequentes guerras dos romanos e de
muitas comunidades prósperas; até a pestilência e o
mercado de escravos encontram seu suprimento se,
sem destruir a fonte, o ralo se tornar regular; e se uma
questão é feita para a descendência, sem perturbar as
famílias das quais elas surgem. Onde uma disposição
mais feliz é feita para a humanidade, o estadista, que
por prêmios [237]para o casamento, por seduções aos
estrangeiros, ou por confinar os nativos em casa,
apreender que ele fez o número de seu povo crescer, é
muitas vezes como a mosca na fábula, que admirava
seu sucesso em girar a roda, e em movendo a
carruagem: ele só acompanhou o que já estava em
movimento; ele correu com seu remo para acelerar a
catarata; e acenou com seu leque, para dar velocidade
aos ventos.
PROJETOS de colonização poderosa e de população
súbita, embora bem-sucedidos no final, são sempre
caros para a humanidade. Acima de cem mil
camponeses, dizem-nos, foram levados anualmente,
como muitos bovinos, a Petersburgo, nas primeiras
tentativas de reabastecer aquele assentamento, e
pereceram anualmente por falta de subsistência * . O
índio apenas tentativas de se estabelecer no bairro da
banana † , e enquanto sua família aumenta, acrescenta
uma árvore para a caminhada.
SE a banana-da-terra, o cacau ou a palmeira fossem
suficientes para manter um habitante, a raça dos
homens nos climas mais quentes poderia se tornar tão
numerosa quanto as árvores da floresta. Mas em
muitas partes da terra, da natureza do clima e do solo,
a produção espontânea sendo quase nada, os meios de
subsistência são frutos apenas de trabalho e
habilidade. Se um povo, enquanto eles mantêm a sua
frugalidade, aumentar a sua indústria,
e [238] melhorar suas artes, seus números devem
crescer na mesma proporção. Por isso, os campos
cultivados da Europa são mais povoados do que as
florestas da América ou as planícies da Tartária.
MAS até o aumento da humanidade que assiste ao
acúmulo de riquezas, tem seus limites. O necessário
da vidaé um termo vago e relativo: é uma coisa na
opinião do selvagem; outra na do cidadão polido: tem
uma referência à fantasia e aos hábitos de
vida. Enquanto as artes melhoram e as riquezas
aumentam; enquanto as posses dos indivíduos, ou
suas perspectivas de ganho, chegam à sua opinião
sobre o que é necessário para estabelecer uma família,
eles entram em seus cuidados com entusiasmo. Mas
quando a posse, por redundante que seja, fica aquém
do padrão, e uma fortuna supostamente suficiente
para o casamento é atingida com dificuldade, a
população é controlada ou começa a declinar. O
cidadão, em sua própria apreensão, retorna ao estado
do selvagem; seus filhos, ele pensa, devem perecer por
falta; e ele sai de uma cena transbordando de
abundância, porque ele não tem a fortuna que sua
suposta posição ou seus desejos requerem. Nenhum
remédio final é aplicado a esse mal, simplesmente
acumulando riqueza; para materiais raros e caros,
quaisquer que sejam estes, continuam a ser
procurados; e se as sedas e a pérola se tornarem
comuns, os homens começarão a cobiçar novas
decorações, que só os ricos podem adquirir. Se eles
são indulgentes em seu humor, suas demandas
são[ 239 ] repetido: Porque é o aumento contínuo de
riquezas, não qualquer medida alcançada, que
mantém a imaginação do desejo à vontade.
OS HOMENS são tentados a trabalhar e a praticar artes
lucrativas, por motivos de interesse. Garantir ao
trabalhador o fruto do seu trabalho, dar-lhe as
perspectivas de independência ou liberdade, o público
encontrou um ministro fiel na aquisição de riqueza e
um mordomo fiel em acumular o que ganhou. O
estadista, nesse caso, como no caso da própria
população, não pode fazer mais do que evitar causar
danos. Está bem, se, no começo do comércio, ele
souber reprimir as fraudes a que está sujeito. O
comércio, se continuado, é o ramo em que os homens,
comprometidos com os efeitos de sua própria
experiência, são menos propensos a dar errado.
O comerciante, em idade grosseira, é míope,
fraudulento e mercenário; mas no progresso e estado
avançado de sua arte, seus pontos de vista são
ampliados, suas máximas são estabelecidas: ele se
torna pontual, liberal, fiel e empreendedor; e no
período de corrupção geral, ele sozinho tem todas as
virtudes, exceto a força para defender suas
aquisições. Ele não precisa de ajuda do Estado, mas de
sua proteção; e é muitas vezes em si o seu membro
mais inteligente e respeitável. Mesmo na China,
somos informados, onde roubo, fraude e corrupção,
são a prática reinante com todas as outras ordens de
homens, o grande comerciante está pronto para dar,
e [240]para adquirir confiança: Enquanto seus
compatriotas agem nos planos, e sob as restrições de
um policial ajustado a patifes, ele age sobre as razões
do comércio e as máximas da humanidade.
SE A população estiver conectada com a riqueza
nacional, a liberdade e a segurança pessoal são a
grande base de ambas: E se esta fundação for colocada
no estado, a natureza assegurou o aumento e a
indústria de seus membros; aquele que deseja o mais
ardente na moldura humana, o outro, por uma
consideração, a mais uniforme e constante de
qualquer um que possua a mente. O grande objetivo
da política, portanto, no que diz respeito a ambos, é
assegurar à família seus meios de subsistência e
povoamento; proteger o trabalhador no exercício de
sua ocupação; conciliar as restrições da polícia e as
afeições sociais da humanidade, com suas atividades
separadas e interessadas.
EM questões de profissão específica, indústria e
comércio, o praticante experiente é o mestre, e todo o
raciocinador geral é um novato. O objeto no comércio
é tornar o indivíduo rico; quanto mais ele ganha para
si mesmo, mais aumenta a riqueza de seu país. Se uma
proteção for necessária, ela deve ser concedida; se
crimes e fraudes forem cometidos, eles devem ser
reprimidos; e o governo pode fingir não mais. Quando
o político refinado daria uma mão ativa, ele só
multiplica interrupções e fundamentos
de [241]queixa; quando o comerciante esquece seu
próprio interesse de fazer planos para seu país, o
período de visão e a quimera estão próximos e a base
sólida do comércio é retirada. Ele pode ser informado
de que, enquanto ele persegue sua vantagem e não dá
nenhuma queixa, o interesse do comércio é seguro.
OA polícia geral da França, partindo do pressuposto de
que a exportação de milho deve drenar o país onde
cresceu, até pouco tempo colocou esse ramo do
comércio sob severa proibição. O latifundiário inglês e
o agricultor tinham crédito suficiente para obter um
prêmio pela exportação, para favorecer a venda de sua
commodity; e o evento mostrou que o interesse
privado é o melhor patrono do comércio e da
abundância do que os refinamentos do estado. Uma
nação estabelece o plano refinado de um
assentamento no continente da América do Norte e
confia pouco na conduta de comerciantes e homens de
pouca visão; outra deixa os homens para encontrar
sua própria posição em um estado de liberdade e
pensar por si mesmos. A indústria ativa e as visões
limitadas da uma, fizeram um acordo próspero; os
grandes projetos do outro ainda estavam na ideia.
MAS , de bom grado, abandonei um assunto em que
não sou muito familiar e ainda menos envolvido com o
objeto para o qual escrevo. Especulações sobre
comércio e riqueza foram entregues pelos escritores
mais capazes; e o público vai provavelmente
logo [242] ser equipado com uma teoria da œconomy
nacional, igual ao que já apareceu em qualquer
assunto da ciência o que quer * . Mas, na visão que
tomei dos assuntos humanos, nada parece mais
importante do que a cautela geral que os autores a
quem me refiro tão bem entendem, a não considerar
esses artigos como a soma da felicidade nacional, ou o
objeto principal de qualquer coisa. Estado. Na ciência,
consideramos nossos objetos separados; na prática,
foi um erro não tê-los todos em nossa visão ao mesmo
tempo.
UMA nação, em busca de ouro e de metais preciosos,
negligencia as fontes domésticas de riqueza e se torna
dependente de seus vizinhos para as necessidades da
vida: outra tão decidida a melhorar seus recursos
internos e aumentar seu comércio, que se tornam
dependentes em estrangeiros para a defesa do que eles
adquirem. É até doloroso conversar para descobrir
que o interesse dos mercadores dá o tom aos nossos
raciocínios, e encontrar um assunto perpetuamente
oferecido como o grande negócio dos conselhos
nacionais, ao qual qualquer interposição de governo é
raramente, com propriedade, aplicada ou nunca além
da proteção que ela proporciona.
NÓS reclamamos de uma falta de espírito público; mas
seja qual for o efeito desse erro na prática, [243]na
especulação, não é da nossa conta: raciocinamos
perpetuamente para o público; mas a falta de visões
nacionais era freqüentemente melhor do que a posse
daquelas que expressamos: teríamos nações, como
uma companhia de mercadores, que não pensassem
em nada senão em monopólios e no lucro do
comércio; e, como eles também, confiam sua proteção
a uma força que eles não possuem em si mesmos.
PORQUE homens, como outros animais, são mantidos
em multidões, onde as necessidades da vida são
acumuladas, e o estoque de riqueza é aumentado, nós
abandonamos nossos sentimentos pela felicidade, o
caráter moral e político de um povo; e, ansiosos pelo
rebanho que nos propagaríamos, não levássemos
nossas visões além da tenda e do pasto. Esquecemos
que os poucos muitas vezes são presas de muitos; que
para os pobres não há nada tão atraente quanto os
cofres dos ricos; e quando o preço da liberdade for
pago, a espada pesada do vencedor pode cair na escala
oposta.
QUALQUER QUE seja a verdadeira conduta das nações
neste assunto, é certo que muitos de nossos
argumentos nos apressariam, em prol da riqueza e da
população, em uma cena onde a humanidade, estando
exposta à corrupção, é incapaz de defender suas
posses. ; e onde eles estão, no final, sujeitos a opressão
e ruína. Cortamos as raízes, enquanto estendemos os
galhos e engrossamos a folhagem.
[ 244 ]
É possivelmente de uma opinião que as virtudes dos
homens são seguras, que alguns, que voltam sua
atenção para assuntos públicos, não pensam em nada
além dos números e da riqueza de um povo: é de um
pavor da corrupção que os outros não pensam em
nada. mas como preservar as virtudes nacionais. A
sociedade humana tem grandes obrigações para com
ambos. Eles se opõem um ao outro apenas por
engano; e mesmo quando unidos, não têm força
suficiente para combater a parte miserável, que se
refere a todos os objetos para o interesse pessoal, e
que não se preocupa com a segurança ou aumento de
qualquer ação exceto a sua.
SECT. V .: De Defesa Nacional e Conquista. ↩
É impossível determinar quanto da política de
qualquer estado tem uma referência à guerra ou à
segurança nacional. “Nosso legislador”, diz o cretense
em Platão, “achava que as nações estavam por
natureza em estado de hostilidade: tomou suas
medidas de acordo com isso; e observando que todas
as posses dos derrotados pertencem ao vencedor, ele
considerou ridículo propor qualquer benefício ao seu
país, antes que ele tivesse previsto que não deveria ser
conquistado ”.
CRETA, que deveria ter sido um modelo de política
militar, é comumente considerada como o original do
qual as célebres leis de Licurgo foram copiadas. A
humanidade, parece, em todos os casos, deve ter
algum objeto palpável para dirigir seus
procedimentos, e deve ter uma visão de algum ponto
de utilidade externa, mesmo na escolha de suas
virtudes. A disciplina de Esparta era militar; e um
senso de seu uso no campo, mais do que a força de leis
não escritas e tradicionais, ou o suposto engajamento
da fé pública obtido pelo legislador, pode ter induzido
esse povo a perseverar na observância de muitas
regras, que para outros as nações não parecem
necessárias, exceto na presença de um inimigo.
[ 246 ]
CADA instituição desse povo singular dava uma lição
de obediência, de fortaleza e de zelo pelo público: Mas
é notável que eles optassem por obter, apenas por suas
virtudes, o que outras nações desejam comprar com
seu tesouro; e é bem sabido que, no curso de sua
história, eles passaram a considerar sua disciplina
meramente por causa de seus efeitos morais. Eles
experimentaram a felicidade de uma mente corajosa,
desinteressada e dedicada às suas melhores afeições; e
eles estudaram para preservar esse caráter em si
mesmos, renunciando aos interesses da ambição e às
esperanças da glória militar, até mesmo sacrificando o
número do seu povo.
FOI o destino dos espartanos que escaparam do
campo, não daqueles que pereceram com Cleombrotus
em Leuctra, que encheram as casas de Lacedemon de
luto e séria reflexão * : Era o medo de ter seus
cidadãos corrompidos no exterior, por intercurso com
servilismo. e os homens de mercenários, que os fez
sair da estação de líderes na guerra persa, e deixar
Atenas, durante cinquenta anos, para prosseguir, sem
igual, que a carreira de ambição e lucro, por que ela
fez tais aquisições de poder e de riqueza † .
TIVEMOS ocasião de observar que, em todos os estados
grosseiros, o grande negócio é a guerra; e que
em [247] tempos bárbaros, a humanidade sendo
geralmente dividida em pequenas partes, estão
envolvidos em hostilidades quase perpétuas. Essa
circunstância dá ao líder militar um ascendente
contínuo em seu país e inclina todos os povos, durante
eras bélicas, ao governo monárquico.
A conduta de um exército pode, no mínimo, dividir
todos os súditos: e podemos ser justamente
surpreendidos ao descobrir que os romanos, depois de
muitas eras de experiência militar, e depois de
recentemente terem sentido os braços de Aníbal em
muitos encontros, associaram dois líderes em a cabeça
do mesmo exército, e deixou-os para ajustar suas
pretensões, tomando o comando, cada um dia em sua
volta. As mesmas pessoas, no entanto, em outras
ocasiões, acharam conveniente suspender o exercício
de toda magistratura subordinada e, no tempo de
grandes alarmes, confiar toda a autoridade do Estado
nas mãos de uma pessoa.
AS REPÚBLICAS geralmente acham necessário, na
condução da guerra, depositar grande confiança no
poder executivo de seu governo. Quando um cônsul
em Roma proclamou suas taxas e fez o juramento
militar, tornou-se, a partir daquele momento, senhor
do tesouro público e das vidas daqueles que estavam
sob seu comando * . O machado e as varas não eram
mais um mero distintivo de magistratura ou um
cortejo vazio [248] nas mãos do lictor: eles estavam,
por ordem do pai, manchados com o sangue de seus
próprios filhos; e caiu, sem apelação, nos amotinados
e desobedientes de todas as condições.
EM todo estado livre, há uma necessidade perpétua de
distinguir as máximas da lei marcial das do civil; e
aquele que não aprendeu a dar uma obediência
implícita, onde o Estado lhe deu um líder militar, e
renunciar à sua liberdade pessoal no campo, da
mesma magnanimidade com a qual ele o mantém nas
deliberações políticas de seu país, contudo, para
aprender a lição mais importante da sociedade civil, e
só serve para ocupar um lugar num estado rude ou
corrupto, onde os princípios do motim e do servilismo
estão unidos, um ou outro é frequentemente adotado
na sociedade. lugar errado.
DO ponto de vista do que é necessário na guerra,
nações inclinadas a governos populares ou
aristocráticos recorreram a estabelecimentos que
faziam fronteira com a monarquia. Mesmo onde o
cargo mais alto do Estado era administrado em
tempos comuns por uma pluralidade de pessoas, todo
o poder e autoridade que pertencia a ele, em
determinadas ocasiões, estava comprometido com
um; e em grandes alarmes, quando o tecido político
estava abalado ou ameaçado, um poder monárquico
foi aplicado, como um adereço, para proteger o estado
contra a ira da tempestade. Assim foram os
ditadores [249] , ocasionalmente, nomeados em
Roma, e os stadtholders nas Províncias Unidas; e
assim, em governos mistos, a prerrogativa real é
ocasionalmente ampliada, pela suspensão temporária
das leis *e as barreiras da liberdade parecem ser
removidas, a fim de adquirir um poder ditatorial nas
mãos do rei.
TEVEa humanidade, portanto, não tem visão a não ser
a guerra, é provável que continuem a preferir o
governo monárquico a qualquer outro; ou pelo menos
que toda nação, a fim de obter conselhos secretos e
unidos, confiaria ao poder executivo autoridade
ilimitada. Mas, felizmente para a sociedade civil, os
homens têm objetos de um tipo diferente: e a
experiência ensinou que, embora a conduta dos
exércitos exija um comando absoluto e indiviso; no
entanto, uma força nacional é melhor formada, onde o
número de homens é acostumado à igualdade; e onde
o cidadão mais mesquinho pode se considerar, em
certas ocasiões, destinado tanto a ordenar quanto a
obedecer. É aqui que o ditador encontra um espírito e
uma força preparada para secundar seu conselho; é
aqui também que o próprio ditador é formado e que
um número de líderes é apresentado à escolha
pública;[ 250 ] os maiores infortúnios, prolongam a
luta nacional. Com essa vantagem, os romanos,
encontrando uma série de líderes distintos surgindo
em sucessão, estavam em todos os momentos quase
igualmente preparados para enfrentar seus inimigos
da Ásia ou da África; enquanto a fortuna daqueles
inimigos, ao contrário, dependia da aparência casual
de homens singulares, de um Mitridates ou de um
Hannibal.
O soldado, nos é dito, tem o seu ponto de honra, e
uma forma de pensar, que ele usa com sua
espada. Este ponto de honra, em estados livres e não
corrompidos, é um zelo para o público; e guerra para
eles é uma operação de paixões, não a mera busca de
um chamado. Seu bem e seus efeitos nocivos são
sentidos em extremos: o amigo é levado a
experimentar as provas mais calorosas de apego, o
inimigo os efeitos mais graves da animosidade. Nesse
sistema, as célebres nações da antiguidade fizeram
guerra sob suas mais altas realizações de civilidade e
sob seus maiores graus de refinamento.
EM sociedades pequenas e rudes, o indivíduo se vê
atacado em toda guerra nacional; e ninguém pode
propor a devolução de sua defesa a outra. "O rei da
Espanha é um grande príncipe", disse um chefe
americano ao governador da Jamaica, que preparava
um corpo de tropas para se juntar a um
empreendimento contra os espanhóis: "você propõe
fazer guerra a um rei tão grande?" tão
pequeno [251]Foi dito a eles que as forças que ele viu
seriam unidas por tropas da Europa, e que o
governador não poderia mais comandar: “Quem são
esses então”, disse o americano, “que formam essa
multidão de espectadores? eles não são o seu povo? e
por que vocês não saem todos para uma guerra tão
grande? ”Ele foi respondido, Que os espectadores
eram mercadores e outros habitantes, que não
participaram do culto:“ Eles seriam mercadores ainda
”, continuou este estadista, se o rei da Espanha ia te
atacar aqui? De minha parte, não creio que seja
permitido aos mercadores viver em qualquer país:
quando vou à guerra, não deixo nenhum corpo em
casa a não ser as mulheres. ”Deve parecer que esse
simples guerreiro considerava os comerciantes como
uma espécie de neutralidade. pessoas que não
participaram das brigas de seu país; e que ele não
sabia quanta guerra poderia ser feita como um
assunto de tráfego; que poderosos exércitos podem ser
colocados em movimento por trás do balcão; quantas
vezes o sangue humano é, sem qualquer animosidade
nacional, comprado e vendido por letras de câmbio; e
quantas vezes o príncipe, os nobres e os estadistas, em
muitos países polidos, poderiam, em sua conta, ser
considerados mercadores.
NO progresso das artes e da política, os membros de
todos os estados são divididos em classes; e no início
da distribuição, não existe uma distinção mais sério do
que a do guerreiro [252] e o habitante pacífico; não é
mais necessário colocar os homens na relação entre
senhor e escravo. Mesmo quando os rigores de uma
escravidão estabelecida diminuem, como fizeram na
Europa moderna, em consequência de uma proteção e
de uma propriedade, permitida ao mecânico e
operário, essa distinção ainda serve para separar o
nobre da base e apontar aquela classe de homens que
estão destinados a reinar e dominar em seu país.
ISTOcertamente nunca foi previsto pela humanidade,
que, na busca do refinamento, eles revertessem essa
ordem; ou até mesmo que colocassem o governo e a
força militar das nações em mãos diferentes. Mas é
igualmente imprevisível que a ordem anterior possa
voltar a ocorrer? e que o cidadão pacífico, por mais
distinto que seja por privilégio e categoria, deve um
dia curvar-se à pessoa com quem ele confiou sua
espada? Se tais revoluções realmente se seguirem, este
novo mestre ressuscitará em sua própria ordem o
espírito do nobre e do livre? Ele irá renovar os
personagens do guerreiro e do estadista? Ele irá
restaurar ao seu país as virtudes civis e militares? Eu
tenho medo de responder. Montesquieu observa que o
governo de Roma, mesmo sob os imperadores,
tornou-se, nas mãos das tropas, eletivo e republicano:
[ 253 ]
NÓSEnumeramos algumas das cabeças sob as quais
um povo, ao emergir da barbárie, pode ser
classificado. Tais são a nobreza, o povo, os adeptos do
príncipe; e até mesmo o sacerdócio não foi esquecido:
quando chegamos em tempos de refinamento, o
exército deve ser unido à lista. Os departamentos do
governo civil e da guerra estão sendo cortados, e a
preeminência está sendo dada ao estadista, o
ambicioso naturalmente irá devolver o serviço militar
àqueles que estão contentes com um posto
subordinado. Aqueles que têm a maior participação na
divisão da fortuna e o maior interesse em defender seu
país, resignando-se à espada, devem pagar pelo que
deixaram de realizar; e exércitos, não apenas à
distância de casa, mas no próprio seio de seu país, são
subsistidos pelo pagamento.
QUANDO consideramos a violação que tal
estabelecimento faz no sistema de virtudes nacionais,
é desagradável observar que a maioria das nações que
dirigiram a carreira de artes civis adotou, em algum
grau, essa medida. Não apenas estados, que têm
guerras para manter, ou posses precárias para
defender à distância; não apenas um príncipe com
ciúmes de sua autoridade, ou com pressa para ganhar
a [254] vantagem de disciplina, estão dispostos a
empregar tropas soreign, ou para manter exércitos
permanentes; mas mesmo repúblicas, com pouca
coisa da primeira ocasião, e nenhum dos motivos que
prevalecem na monarquia, foram encontrados no
mesmo caminho.
SE os arranjos militares ocupam um lugar tão
considerável na política interna das nações, as
conseqüências reais da guerra são igualmente
importantes na história da humanidade. Glória e
despojo eram os primeiros assuntos das brigas; uma
concessão de superioridade, ou resgate, eram os
preços da paz. O amor à segurança e o desejo de
domínio levam igualmente a humanidade a desejar
acessos de força. Quer sejam vencedores ou vencidos,
eles tendem a uma coalizão; e nações poderosas que
consideram uma província, ou uma fortaleza
adquirida em sua fronteira, como tantas delas, estão
perpetuamente empenhadas em estender os limites.
AS máximas da conquista nem sempre devem ser
distinguidas das de autodefesa. Se um estado vizinho
for perigoso, se for freqüentemente incômodo, é uma
máxima fundada na consideração de segurança, bem
como de conquista, que deveria ser enfraquecida ou
desarmada: se, sendo reduzida uma vez, estiver
disposta a renovar o concurso, deve desde então ser
governado em forma. Roma nunca confessou
quaisquer outras máximas de conquista; e ela em
todos os lugares enviou seus exércitos insolentes, sob
o pretexto falacioso de aquisição [255] para si mesma
e seus aliados uma paz duradoura, que só ela iria
reservar o poder de perturbar.
Oa igualdade daquelas alianças que os estados gregos
formaram uns contra os outros, mantiveram, por
algum tempo, sua independência e separação; e esse
tempo foi o período brilhante e feliz de sua
história. Foi prolongado mais pela vigilância e pela
conduta que eles aplicaram separadamente, do que
pela moderação de seus conselhos, ou por quaisquer
peculiaridades da política interna que prendessem seu
progresso. Os vencedores estavam às vezes contentes,
apenas mudando para uma semelhança de suas
próprias formas, o governo dos estados que eles
subjugavam. O que o próximo passo poderia ter sido
no progresso das imposições é difícil de
determinar. Mas quando consideramos que um
partido lutou pela imposição de tributos, outro pelo
ascendente na guerra, não se pode duvidar que os
atenienses, de uma ambição nacional, e do desejo de
riqueza; e os espartanos, embora, originalmente,
apenas pretendessem se salvar, e seus aliados, ambos
estavam, por fim, igualmente dispostos a se tornarem
senhores da Grécia; e estavam se preparando para o
outro em casa que o jugo, que ambos, juntamente com
seus confederados, foram obrigados a receber do
exterior.
NAS conquistas de Filipe, o desejo de autopreservação
e segurança parecia ser combinado com a ambição
natural dos príncipes. Ele virou-se [256] os braços
sucessivamente para os bairros em que se encontrava
ferido, a partir do qual ele havia sido alarmados ou
provocadas: E quando ele tinha dominado os gregos,
ele propôs a levá-los contra o seu antigo inimigo da
Pérsia. Neste, ele colocou o plano que foi executado
em execução por seu filho.
OOs romanos, que se tornaram os senhores da Itália e
os conquistadores de Cartago, ficaram alarmados ao
lado da Macedônia e foram levados a cruzar um novo
mar em busca de um novo campo no qual exercitar
sua força militar. No prosseguimento de suas guerras,
desde a mais remota até a data mais recente de sua
história, sem pretender a própria conquista que
fizeram, talvez sem prever que vantagem colheriam da
sujeição de províncias distantes, ou de que maneira
deviam governar suas províncias. novas aquisições,
eles ainda passaram a aproveitar o que veio
sucessivamente ao seu alcance; e, estimulados por
uma política que os envolvia em guerras perpétuas,
que levaram à vitória perpétua e acessos de território,
estenderam a fronteira de um estado que, apenas
alguns séculos antes, havia sido confinado nas saias de
uma aldeia, para o Eufrates, o Danúbio,
É inútil afirmar que o gênio de qualquer nação é
adverso à conquista. Seus reais interesses, na maioria
das vezes, são assim; mas todo estado, que está
preparado para se defender e obter [257] vitórias, está
igualmente em risco de ser tentado a conquistar.
NA Europa, onde exércitos mercenários e si os mais fortes sentimentos de afeição e honra,
disciplinados estão em toda parte formados, e prontos
para atravessar a Terra, onde, como uma inundação
reprimida por bancos esguios, são apenas restringidos
por formas políticas, ou por um equilíbrio temporário
de poder; se as comportas se quebrarem, que
inundações poderemos não esperar? Reinos e
impérios efeminados se espalham do mar de Corea até
o oceano Atlântico. Todo estado, pela derrota de suas
tropas, pode ser transformado em uma província; todo
exército combatido no campo hoje pode ser
contratado amanhã; e toda vitória ganha, pode dar a
ascensão de uma nova força militar ao vencedor.
OS romanos, com artes inferiores de comunicação,
tanto por mar como por terra, mantiveram seu
domínio em uma parte considerável da Europa, Ásia e
África, sobre nações ferozes e intratáveis: o que não
pode as frotas e exércitos da Europa, com o acesso que
eles têm pelo comércio a todas as partes do mundo, e a
facilidade de seu transporte, efeito, se essa máxima
ruinosa prevalecer, Que a grandeza de uma nação deve
ser estimada a partir da extensão de seu território; ou,
Que o interesse de qualquer pessoa em particular
consiste em reduzir seus vizinhos à servidão?
[ 258 ]
SEÇÃO VI .: Da Liberdade Civil. ↩
SE A guerra, seja por depredação ou defesa, fosse o
principal objetivo das nações, todas as tribos teriam,
desde o seu início, a condição de uma horda tártara; e
em todos os seus sucessos se apressaria para a
grandeza de um império tártaro. O líder militar
substituiria o magistrado civil; e os preparativos para
voar com todas as suas posses, ou para prosseguir com
todas as suas forças, fariam em toda sociedade a soma
de seus arranjos públicos.
AQUELE que primeiro, às margens do Wolga, ou o
Jenisca, ensinara o cita a montar o cavalo, a mover seu
chalé sobre rodas, a assediar seu inimigo tanto por
seus ataques quanto por seus vôos, para manejar em
velocidade máxima a lança. e o arco, e quando batido
de sua terra, para deixar suas flechas no vento para
encontrar seu perseguidor; Aquele que ensinara seus
compatriotas a usar o mesmo animal para todos os
propósitos do laticínio, do caos e do campo de
batalha; seria estimado o fundador de sua nação; ou
como Ceres e Baco entre os gregos, seria investido
com as honras de um deus, como a recompensa de
suas invenções úteis. Em meio a tais instituições, os
nomes e as conquistas de Hércules e Jasão poderiam
ter sido transmitidos à posteridade; mas os de Licurgo
ou Sólon, o [259] heróis da sociedade política, não
poderiam ganhar reputação, seja fabulosa ou real, nos
registros da fama.
TODA tribo de bárbaros guerreiros pode entreter entre
enquanto eles levam ao resto da humanidade o
aspecto de bandidos e ladrões * . Podem ser
indiferentes ao interesse e superiores ao perigo; mas
nosso senso de humanidade, nossa consideração pelos
direitos das nações, nossa admiração pela sabedoria e
justiça civil, até mesmo nossa própria efeminação, nos
faz desviar com desprezo ou com horror de uma cena
que exibe tão poucas de nossas boas qualidades, e que
serve tanto para reprovar nossa fraqueza.
É na condução dos assuntos da sociedade civil que a
humanidade encontra o exercício de seus melhores
talentos, bem como o objeto de suas melhores
afeições. Está sendo enxertado nas vantagens da
sociedade civil, que a arte da guerra é levada à
perfeição; que os recursos dos exércitos e as molas
complicadas a serem tocadas em sua conduta são mais
bem entendidos. Os guerreiros mais célebres também
eram cidadãos: opuseram-se a um romano, ou um
grego, o chefe da Trácia, da Alemanha, ou Gália, era
um noviço. O nativo de Pella aprendeu os princípios
de sua arte de Epaminondas e Pelópidas.
[ 260 ]
SE AS nações, como foi observado na seção anterior,
devem ajustar sua política sobre a perspectiva de
guerra do exterior, elas são igualmente obrigadas a
prover a obtenção da paz em casa. Mas não há paz na
ausência de justiça. Pode subsistir com divisões,
disputas e opiniões contrárias; mas não com o
cometimento de erros. O injurioso e o lesado estão,
como implicam o próprio significado dos termos, num
estado de hostilidade.
ONDE OS homens desfrutam da paz, eles devem isso a
seus mútuos cumprimentos e afeições, ou às restrições
da lei. Esses são os estados mais felizes que buscam a
paz para seus membros pelo primeiro desses métodos:
Mas é bastante incomum adquiri-lo até o segundo. A
primeira seria evitar as ocasiões de guerra e de
competição: a segunda ajusta as pretensões dos
homens por estipulações e tratados. Esparta ensinou
seus cidadãos a não considerarem o interesse: Outras
nações livres asseguram o interesse de seus membros
e consideram isso como uma parte principal de seus
direitos.
A LEI é o tratado com o qual os membros da mesma
comunidade concordaram e sob o qual o magistrado e
o sujeito continuam a gozar de seus direitos e a
manter a paz da sociedade. O desejo do lucre é o
grande motivo das injúrias: a lei, portanto, tem uma
referência principal à propriedade. Seria determinar
os diferentes métodos pelos quais [261] propriedade
pode ser adquirida, como por prescrição, transporte, e
sucessão; e faz as provisões necessárias para tornar
segura a posse da propriedade.
ALÉM DA avareza, há outros motivos dos quais os
homens são injustos; como orgulho, maldade, inveja e
vingança. A lei erradicaria os próprios princípios, ou
pelo menos impediria seus efeitos.
DE qualquer que seja o motivo dos erros cometidos,
existem diferentes particularidades em que os feridos
podem sofrer. Ele pode sofrer em seus bens, em sua
pessoa ou na liberdade de sua conduta. A natureza o
tornou senhor de toda ação que não é prejudicial para
os outros. As leis de sua sociedade particular o
intitulam talvez a uma determinada estação, e lhe
concedem uma certa participação no governo de seu
país. Uma lesão, portanto, que a este respeito o coloca
sob qualquer restrição injusta, pode ser chamada de
violação de seus direitos políticos.
ONDE o cidadão deve ter direitos de propriedade e de
posição, e é protegido no exercício deles, ele é
considerado livre; e as próprias restrições pelas quais
ele é impedido de cometer crimes, são uma parte de
sua liberdade. Nenhuma pessoa é livre, onde qualquer
pessoa é prejudicada pela impunidade. Mesmo o
príncipe despótico [262] em seu trono, não é uma
exceção a essa regra geral. Ele mesmo é um escravo,
no momento em que finge que a força deve decidir
qualquer disputa. O desrespeito que ele joga nos
direitos de seu povo recua sobre si mesmo; e na
incerteza geral de todas as condições, não há
estabilidade mais precária que a sua.
DOS diferentes elementos aos quais os homens se
referem, falando de liberdade, seja para a segurança
da pessoa e dos bens, a dignidade da hierarquia, ou a
participação de importância política, bem como dos
diferentes métodos pelos quais seus direitos são
assegurados , eles são levados a diferir na
interpretação do termo; e toda nação livre é capaz de
supor que a liberdade só pode ser encontrada entre
eles; eles medem isto por seus próprios hábitos
peculiares e sistema de modos.
ALGUNS, tendo pensado que a distribuição desigual de
riqueza é uma injustiça, exigiu uma nova divisão de
propriedade como fundamento da justiça pública. Este
esquema é adequado ao governo democrático; e em tal
apenas foi admitido com algum grau de efeito.
NOVOS assentamentos, como o do povo de Israel, e
estabelecimentos singulares, como os de Esparta e
Creta, forneceram exemplos de sua execução real; mas
na maioria dos outros estados, até mesmo o espírito
democrático poderia não mais do que [263] prolongar
a luta pelas leis agrárias; buscar, ocasionalmente, o
expurgo de dívidas; e para manter as pessoas em
mente, sob todas as distinções da fortuna, que elas
ainda tinham uma reivindicação de igualdade.
O cidadão de Roma, em Atenas e em muitas
repúblicas, defendia a si mesmo e sua ordem. A lei
agrária foi movida e debatida durante séculos: serviu
para despertar a mente; nutriu o espírito de igualdade
e forneceu um campo no qual exercer sua força; mas
nunca foi estabelecido com nenhum dos seus outros
efeitos mais formais.
MUITOS dos estabelecimentos que servem para
defender os fracos da opressão, contribuem,
assegurando a posse da propriedade, favorecendo sua
divisão desigual e aumentando o ascendente daqueles
de quem os abusos de poder podem ser temidos. Esses
abusos foram sentidos muito cedo tanto em Atenas
como em Roma * .
ELE foi proposta para evitar a acumulação excessiva de
riqueza nas mãos particulares, limitando o aumento
das fortunas privadas, por intails proíbem, e por com-
holding o direito de primogenitura na sucessão dos
herdeiros. Foi proposto para evitar a ruína de
propriedades moderados, e para conter o uso e,
consequentemente, [264] o desejo dos grandes, por
leis suntuárias. Esses métodos diferentes são mais ou
menos consistentes com os interesses do comércio, e
podem ser adotados, em diferentes graus, por um
povo cujo objeto nacional é a riqueza: E eles têm seu
grau de efeito, por moderação inspiradora, ou um
senso de igualdade, e sufocando as paixões pelas quais
a humanidade é levada a erros mútuos.
ELE parece ser, de um modo particular, o objeto de leis
suntuárias, e da divisão igualitária da riqueza, para
evitar a gratificação da vaidade, para verificar a
ostentação da fortuna superior, e, por este meio, para
enfraquecer o desejo de riquezas e preservar, no seio
do cidadão, aquela moderação e equidade que deve
regular sua conduta.
ESTE fim nunca é atingido com perfeição em qualquer
estado em que a divisão desigual da propriedade é
admitida, e onde a fortuna é concedida para conferir
distinção e hierarquia. É realmente difícil, por
qualquer meio, calar esta fonte de corrupção. De todas
as nações cuja história é conhecida com certeza, o
próprio desenho e a maneira de executá-lo parecem
ter sido entendidos apenas em Esparta.
A propriedade era de fato reconhecida por lei; mas em
consequência de certos regulamentos e práticas, o
mais eficaz, ao que parece, que [265] a humanidade
até agora descoberto. As maneiras que prevalecem
entre as nações simples antes do estabelecimento da
propriedade foram, em certa medida, preservadas * ; a
paixão pelas riquezas foi, durante muitas eras,
suprimida; e o cidadão foi feito para se considerar
como propriedade de seu país, não como
proprietário de uma propriedade privada.
CONSIDEROU- se ignominious comprar ou vender o
patrimônio de um cidadão. Os escravos eram, em
todas as famílias, confiados aos cuidados de seus
efeitos, e os homens livres eram estranhos às artes
lucrativas; a justiça foi estabelecida com base no
desprezo pela sedução comum aos crimes; e os
preservativos da liberdade civil aplicada pelo estado
eram as disposições que eram feitas para prevalecer
no coração de seus membros.
O indivíduo ficou aliviado de toda solicitude que
poderia surgir na cabeça de sua fortuna; ele foi
educado e foi empregado para a vida a serviço do
público; ele foi alimentado em um lugar de recurso
comum, para o qual ele não pôde levar nenhuma
distinção mas isso dos talentos dele e as virtudes
dele; seus filhos eram as alas e os alunos do estado; ele
mesmo era pai e diretor da juventude de seu país, não
o pai ansioso de uma família separada.
[ 266 ]
ESSAS pessoas, dizem-nos, deram algum cuidado ao
adornar suas pessoas e eram conhecidas de longe pelo
vermelho ou pelo roxo que usavam; mas não podiam
fabricar seus equipamentos, seus prédios ou seus
móveis, um objeto de fantasia ou o que chamamos
de gosto. O carpinteiro e o construtor de casas
restringiam-se ao uso do machado e da serra: o
acabamento deles devia ter sido simples e,
provavelmente, em relação à sua forma, continuou por
séculos a fio. A engenhosidade do artista foi
empregada em cultivar sua própria natureza, não em
adornar as habitações de seus concidadãos.
POR este plano, eles tinham senadores, magistrados,
líderes de exércitos, e ministros de Estado; mas
nenhum homem de fortuna. Como os heróis de
Homero, distribuíam honras pela medida da taça e do
prato. Um cidadão que, em sua capacidade política,
era o árbitro da Grécia, considerava-se honrado ao
receber uma porção dupla de entretenimento simples
na ceia. Ele era ativo, penetrante, corajoso,
desinteressado e generoso; mas sua propriedade, sua
mesa e sua mobília poderiam, em nossa opinião, ter
estragado o brilho de todas as suas virtudes. As nações
vizinhas, no entanto, se candidataram a comandantes
desse berçário de estadistas e guerreiros, ao
aplicarmos os praticantes de todas as artes aos países
em que eles se destacam; para cozinheiros para a
França e para músicos para a Itália.
[ 267 ]
DEPOIS DEtodos, talvez não sejamos suficientemente
instruídos sobre a natureza das leis e instituições
o espartanas, para entender de que maneira todos os
fins desse estado singular foram obtidos; mas a
admiração paga a seu povo e a constante referência
dos historiadores contemporâneos à sua
superioridade declarada não nos permitirá questionar
os fatos. “Quando observei”, diz Xenofonte, que esta
nação, embora não a mais populosa, era o estado mais
poderoso da Grécia, fui tomado de assombro e com
um sincero desejo de saber com que artes alcançou
sua proeminência; mas quando cheguei ao
conhecimento de suas instituições, minha maravilha
cessou. - Como um homem supera outro, e como
aquele que se esforça para cultivar sua mente, deve
superar a pessoa que o negligencia; então os
espartanos deveriam se destacar em todas as nações,
OS sujeitos da propriedade, considerados com vistas à
subsistência, ou mesmo ao gozo, têm pouco efeito em
corromper a humanidade, ou em despertar o espírito
de competição e ciúme; mas considerados com vistas à
distinção e à honra, onde a fortuna constitui um posto,
excitam as paixões mais veementes e absorvem todos
os sentimentos da alma humana: reconciliam a
avareza e a maldade com a ambição e a vaidade; e
levar os homens através da prática de sórdidos e
mercenários [268] artes, à posse de um suposto
elevação e dignidade.
ONDE essa fonte de corrupção, ao contrário, é
efetivamente parada, o cidadão é obediente e o
magistrado reto; qualquer forma de governo pode ser
sabiamente administrada; lugares de confiança
provavelmente serão bem supridos; e seja qual for a
regra que o ofício e o poder recebam, é provável que
toda a capacidade e força que subsiste no estado
venha a ser empregada em seu serviço: pois, nessa
suposição, a experiência e as habilidades são os únicos
guias e os únicos títulos. para a confiança do público; e
se os cidadãos forem colocados em classes separadas,
eles se tornam cheques mútuos pela diferença de suas
opiniões, não pela oposição de seus projetos
interessados.
PODEMOS facilmente explicar as censuras concedidas
ao governo de Esparta por aqueles que o consideraram
meramente do lado de suas formas. Não foi calculado
para impedir a prática de crimes, equilibrando uns
contra os outros as disposições egoístas e parciais dos
homens; mas inspirar as virtudes da alma, obter
inocência pela ausência de inclinações criminosas e
obter sua paz interna da indiferença de seus membros
aos motivos comuns de luta e desordem. Não era
insignificante procurar por sua analogia com qualquer
outra constituição de estado, em que sua principal
característica [269]e característica distintiva não é
para ser encontrada. A soberania colegial, o senado e
os ephori tinham suas contrapartes em outras
repúblicas, e uma semelhança foi encontrada em
particular para o governo de Cartago * : Mas que
afinidade de conseqüência pode ser encontrada entre
um estado cujo único objeto era a virtude, e outro cujo
objeto principal era riqueza; entre um povo cujos Reis
associados, alojados na mesma cabana, não tinham
fortuna senão a comida diária; e uma república
comercial, em que uma propriedade adequada era
necessária como uma qualificação necessária para os
altos cargos do estado?
OUTRAS pequenas comunidades expulsaram Reis,
quando ficaram com ciúmes de seus desígnios, ou
depois de terem experimentado sua tirania; aqui a
sucessão hereditária de Reis foi preservada: outros
estados tinham medo das intrigas e cabalas de seus
membros na competição por dignidades; aqui a
solicitação era necessária como a única condição em
que um lugar no Senado era obtido. Um supremo
poder inquisitorial era, nas pessoas dos ephori, com
segurança comprometido com alguns homens, que
eram atraídos por sorte e sem distinção, de toda
ordem do povo: E se um contraste a isto, assim como a
muitos outros artigos da política espartana, seja
exigido, pode ser encontrado na história geral da
humanidade.
[ 270 ]
MASEsparta, sob todo o suposto erro de sua forma,
prosperou durante séculos, pela integridade de suas
maneiras e pelo caráter de seus cidadãos. Quando essa
integridade foi quebrada, esse povo não definhava na
fraqueza das nações afundadas na efeminação. Eles
caíram no córrego pelo qual outros estados foram
carregados na torrente de paixões violentas, e no
ultraje de tempos bárbaros. Eles administraram a
carreira de outras nações, depois que a antiga Esparta
terminou: eles construíram muros e começaram a
melhorar suas posses depois que deixaram de
melhorar seu povo; e nesse novo plano, em sua luta
pela vida política, eles sobreviveram ao sistema de
estados que pereceram sob o domínio macedônio:
viveram para atuar com outro que surgiu na liga
Achæan; e foi a última comunidade da Grécia que se
tornou uma aldeia no império de Roma.
SE se deve pensar que nos demoramos demais na
história desse povo singular, pode-se lembrar,
desculpando-nos, que só eles, na linguagem de
Xenofonte, fizeram da virtude um objeto de estado.
DEVEMOS estar contentes em obter nossa liberdade de
uma fonte diferente; esperar justiça dos limites que
estão definidos para os poderes do magistrado, e de
contar para a proteção das leis que são feitas para
proteger a propriedade ea pessoa [271] sobre o
assunto. Vivemos em sociedades onde os homens
devem ser ricos para serem grandes; onde o prazer em
si é freqüentemente buscado pela vaidade; onde o
desejo de uma suposta felicidade serve para inflamar a
pior das paixões, e é em si o fundamento da
miséria; onde a justiça pública, como os grilhões
aplicados ao corpo, pode, sem inspirar os sentimentos
de franqueza e eqüidade, impedir a prática real de
crimes.
HUMANIDADEvem sob esta descrição no momento em
que eles são tomados por suas paixões por riquezas e
poder. Mas a descrição deles em todos os casos é
mista: no melhor há uma liga do mal; no pior, uma
mistura de bom. Sem quaisquer estabelecimentos para
preservar seus modos, além das leis penais e das
restrições da polícia, eles derivam, de sentimentos
instintivos, um amor à integridade e à sinceridade, e
do próprio contágio da própria sociedade, uma estima
pelo que é honroso e louvável. digno. Eles derivam de
sua união e oposição conjunta a inimigos estrangeiros,
um zelo por sua própria comunidade e coragem para
manter seus direitos. Se a freqüente negligência da
virtude, como objeto político, tende a desacreditar a
compreensão dos homens, seu brilho e sua freqüência,
como um fruto espontâneo do coração, restaurará as
honras de nossa natureza.
EM cada estado casual e mista dos costumes nacionais,
a segurança de cada indivíduo, e
seu [272]conseqüência política, depende muito de si
mesmo, mas mais sobre o partido ao qual ele está
associado. Por essa razão, todos os que sentem
interesse comum estão aptos a se unir em festas; e, na
medida em que esse interesse requeira, apóiem-se
mutuamente.
ONDE os cidadãos de qualquer comunidade livre são
de ordens diferentes, cada ordem tem um conjunto
peculiar de pretensões e pretensões: relativamente aos
outros membros do estado, é uma
parte; relativamente às diferenças de interesse entre
seus próprios membros, pode admitir inúmeras
subdivisões. Mas em cada estado há dois interesses
muito facilmente apreendidos; a de um príncipe e seus
adeptos, o de uma nobreza, ou de qualquer facção
temporária, oposta ao povo.
ONDE o poder soberano é reservado pelo corpo
coletivo, parece desnecessário pensar em
estabelecimentos adicionais para assegurar os direitos
do cidadão. Mas é difícil, se não impossível, que o
corpo coletivo exerça esse poder de uma maneira que
suplanta a necessidade de qualquer outra cautela
política.
SE as assembléias populares assumem toda função do
governo; e se, da mesma maneira tumultuada em que
eles podem, com grande propriedade, expressar seus
sentimentos, o sentido de seus direitos e sua
animosidade aos inimigos estrangeiros ou nacionais,
eles fingem deliberar sobre pontos de [273]conduta
nacional, ou decidir questões de equidade e justiça; o
público está exposto a múltiplos inconvenientes; e os
governos populares seriam, de todos os outros, os
mais sujeitos a erros na administração e à fraqueza na
execução de medidas públicas.
PARAPara evitar essas desvantagens, as pessoas
sempre se contentam em delegar parte de seu
poder. Eles estabelecem um Senado para debater e
preparar, se não determinar, questões que são trazidas
ao corpo coletivo para uma resolução final. Eles
cometem o poder executivo a algum conselho desse
tipo, ou a um magistrado que preside em suas
reuniões. Sob o uso desse expediente necessário e
comum, mesmo enquanto as formas democráticas são
mais cuidadosamente guardadas, há uma parte das
poucas, outra das muitas. Um ataca, o outro
defende; e ambos estão prontos para assumir em seus
turnos. Mas, na realidade, um grande perigo para a
liberdade surge da parte das próprias pessoas que, em
tempos de corrupção, são facilmente transformados
em instrumentos de usurpação e tirania; ainda, no
aspecto ordinário do governo,
EMBORA, no dia em que o povo romano estavam
reunidos, os senadores misturados com a multidão, e
o cônsul havia mais do que o [274] servo da
multidão; todavia, quando esta terrível reunião foi
dissolvida, os senadores reuniram-se para prescrever
negócios para seu soberano, e o cônsul foi armado
com o machado e as varas, para alcançar todo romano,
em sua capacidade separada, a submissão que ele
devia ao Estado.
ASSIM, mesmo onde o corpo coletivo é soberano, eles
são reunidos apenas ocasionalmente: e embora, em
tais ocasiões, eles determinem cada questão relativa a
seus direitos e interesses como um povo, e possam
afirmar sua liberdade com força irresistível; no
entanto, eles não se consideram nem são, na
realidade, seguros, sem um poder mais constante e
mais uniforme operando a seu favor.
A multidão é forte em todo lugar; mas requer, para a
segurança de seus membros, quando separados e
quando montados, uma cabeça para dirigir e
empregar sua força. Para este propósito, os ephori,
dizem-nos, foram estabelecidos em Esparta, o
conselho de cem em Cartago e os tribunos em
Roma. Tão preparado, o partido popular tem, em
muitos casos, sido capaz de lidar com seus
adversários, e até atropelou os poderes, aristocráticos
ou monárquicos, com os quais, de outro modo, seria
incapaz de se sustentar. O Estado, em tais casos,
comumente sofreu com os atrasos, interrupções, e
confusões, que líderes populares, a partir
de [275] inveja privada, ou um ciúme prevalecente do
grande, raramente conseguiram criar no processo de
governo.
ONDE o povo, como em algumas comunidades
maiores, tem apenas uma parte na legislatura, eles
não podem sobrecarregar os poderes colaterais, que
tendo igualmente uma parte, estão em condições de se
defender: onde agem apenas por seus representantes,
sua força pode ser uniformemente empregado. E
podem fazer parte de uma constituição de governo
mais duradoura do que qualquer daquelas em que o
povo, possuindo ou pretendendo a toda a legislatura,
seja, quando reunido, os tiranos e, quando dispersos,
os escravos de um estado de indiferença. Em governos
propriamente misturados, o interesse popular,
encontrando um contrapeso no do príncipe ou dos
nobres, estabelece-se um equilíbrio entre eles, no qual
a liberdade pública e a ordem pública consistem.
DE algum arranjo casual de interesses diferentes,
todas as variedades de governo misto procedem; e
nesse grau de consideração que todo interesse
separado pode obter para si mesmo, depende da
eqüidade das leis que promulgam, e da necessidade
que eles são capazes de impor, de aderir estritamente
aos termos de lei em sua execução. Unidos estão em
conformidade desigualmente qualificado para
conduzir os negócios da legislação, e
desigualmente [276] sorte na integralidade, e
observância regular, de seu código civil.
NOS estabelecimentos democráticos, os cidadãos,
sentindo-se possuidores da soberania, não estão
igualmente ansiosos, com os súditos de outros
governos, a ter seus direitos explicados, ou garantidos,
pelo próprio estatuto. Eles confiam no vigor pessoal,
no apoio do partido e no sentido do público.
SE o corpo coletivo desempenha o cargo de juiz, bem
como de legislador, raramente pensam em elaborar
regras para sua própria direção e, ainda mais,
raramente são seguidas por qualquer regra
determinada, depois de feita. Eles dispensam, ao
mesmo tempo, o que promulgam em outro; e em sua
capacidade judicativa, talvez até mais do que em sua
capacidade legislativa, são guiados por paixões e
parcialidades que surgem das circunstâncias do caso
diante deles.
MAS sob os governos mais simples de um tipo
diferente, seja aristocracia ou monarquia, há uma
necessidade de lei, e há uma variedade de interesses a
serem ajustados na elaboração de cada estatuto. O
soberano deseja dar estabilidade e ordem à
administração, por meio de regras expressas e
promulgadas. O sujeito deseja conhecer as condições e
limites de seu dever. Ele aquiesce, ou ele se revolta, de
acordo como as condições em que [277] que ele é feito
para viver com o soberano, ou com seus companheiros
assuntos, são, ou não são, de acordo com o sentido de
seus direitos.
NEMo monarca, nem o conselho de nobres, onde
qualquer um é possuidor da soberania, pode
pretender governar, ou julgar a critério. Nenhum
magistrado, seja temporário ou hereditário, pode
negligenciar com segurança a reputação de justiça e
eqüidade, da qual deriva sua grande autoridade e o
respeito que é pago a sua pessoa. As nações, no
entanto, tiveram a sorte no teor e na execução de suas
leis, na proporção em que admitiram toda ordem do
povo, por representação ou de outra forma, a uma
parcela real da legislatura. Em estabelecimentos desse
tipo, a lei é literalmente um tratado, com o qual as
partes interessadas concordaram, e deram sua opinião
na resolução de seus termos. Os interesses a serem
afetados por uma lei, também são consultados em
fazê-lo. Toda classe propõe uma objeção, sugere uma
adição ou uma alteração própria. Eles procedem para
ajustar, por estatuto, todo assunto de controvérsia: E
enquanto continuam a gozar de sua liberdade,
continuam a multiplicar leis, a acumular volumes,
como se pudessem remover todos os possíveis pontos
de disputa, e estavam seguros de seus direitos. ,
simplesmente por tê-los colocado por escrito.
[ 278 ]
ROMA e Inglaterra, sob seus governos mistos, a que se
inclinava para a democracia e a outra para a
monarquia, provaram os grandes legisladores entre as
nações. O primeiro deixou a fundação, e grande parte
da superestrutura de seu código civil, para o
continente europeu: o outro, em sua ilha, levou a
autoridade e o governo da lei a um ponto de perfeição,
que nunca antes alcançaram. na história da
humanidade.
SOB tais estabelecimentos favoráveis, costumes
conhecidos, a prática e as decisões dos tribunais, bem
como os estatutos positivos, adquirem a autoridade
das leis; e todo procedimento é conduzido por alguma
regra fixa e determinada. As melhores e mais efetivas
precauções são tomadas para a aplicação imparcial de
regras a casos particulares; e é notável que, nos dois
exemplos que mencionamos, uma surpreendente
coincidência é encontrada nos métodos singulares de
sua jurisdição. O povo de ambos reservou de maneira
a si mesmo o ofício de julgamento, e levou a decisão
de direitos civis, ou de questões criminais, ao tribunal
de pares, que, a julgar pelos seus concidadãos,
prescreveu uma condição de vida para si mesmos.
ELE não está na meras leis, afinal, que estamos a olhar
para os títulos à justiça, mas nos poderes pelos quais
foram obtidos essas leis, [279] e sem cujo apoio
constante que deve cair ao desuso. Os estatutos
servem para registrar os direitos de um povo, e falam
da intenção das partes de defender o que a letra da lei
expressou: Mas sem o vigor de manter o que é
reconhecido como um direito, o mero registro, ou a
fraca intenção, é de pouco proveito.
UMA POPULAÇÃO incitada pela opressão, ou uma ordem
de homens possuidores de vantagem temporária,
obtiveram muitas cartas, concessões e estipulações,
em favor de suas reivindicações; mas onde nenhuma
preparação adequada foi feita para preservá-los, os
artigos escritos foram muitas vezes esquecidos,
juntamente com a ocasião em que foram enquadrados.
A história da Inglaterra, e de todos os países livres,
está repleta do exemplo dos estatutos promulgados
quando o povo ou seus representantes se reuniram,
mas nunca executaram quando a coroa ou o executivo
foi deixado para si. As leis mais equitativas no papel
são consistentes com o maior despotismo na
administração. Mesmo a forma de julgamento por
júris na Inglaterra tinha sua autoridade na lei,
enquanto os procedimentos dos tribunais eram
arbitrários e opressivos.
DEVEMOS admirar, como pedra fundamental da
liberdade civil, o estatuto que obriga a revelar os
segredos de cada prisão, a causa de todo compromisso
a ser declarado, e a pessoa do acusado [280] ser
produzida, de que ele pode reivindicar o seu
alargamento, ou o seu julgamento, dentro de um
período de tempo limitado. Nenhuma forma mais
sábia se opunha aos abusos de poder. Mas requer um
tecido não menos que toda a constituição política da
Grã-Bretanha, um espírito não menos que o zelo
refratário e turbulento desse povo afortunado, para
assegurar seus efeitos.
SE até mesmo a segurança da pessoa, e a posse da
propriedade, que pode ser tão bem definida nas
palavras de um estatuto, dependem, para sua
preservação, do vigor e do ciúme de um povo livre, e
do grau de consideração que toda ordem do estado se
mantém por si mesma; é ainda mais evidente que o
que chamamos de liberdade política, ou o direito do
indivíduo de agir em sua posição para si mesmo e para
o público, não pode ser repousado sobre qualquer
outro fundamento. A propriedade pode ser salva e a
pessoa liberada, pelas formas de um procedimento
civil; mas os direitos da mente não podem ser
sustentados por nenhuma outra força além da sua
própria.
SEÇÃO VII .: Da História das Artes. ↩
Nós já observamos que a arte é natural para o
homem; e que a habilidade que ele adquire depois de
muitas eras de prática é apenas a melhoria de um
talento que ele possuía no primeiro. Vitrúvio encontra
os rudimentos da arquitetura na forma de uma cabana
cita. O armeiro pode encontrar as primeiras
produções de seu chamado na tipóia e no arco; e o
carpinteiro dele na canoa do selvagem. Até mesmo o
historiador e o poeta podem encontrar os ensaios
originais de suas artes no conto, e a canção, que
celebra as guerras, os amores e as aventuras dos
homens em sua condição mais rude.
DESTINADO a cultivar sua própria natureza, ou para
consertar sua situação, o homem encontra um assunto
contínuo de atenção, engenhosidade e acidente é levado em conta. Se as nações realmente
trabalho. Mesmo quando ele não propõe nenhuma
melhoria pessoal, suas faculdades são fortalecidas por
aqueles mesmos exercícios nos quais ele parece
esquecer-se: sua razão e suas afeições estão, assim,
lucrativamente engajadas nos assuntos da
sociedade; sua invenção e sua habilidade são exercidas
na busca de suas acomodações e sua comida; Suas
atividades particulares lhe são prescritas pelas
circunstâncias da época e do país em que vive: em
uma situação, ele está ocupado com guerras e
deliberações políticas; [282]em outro, com o cuidado
de seu interesse, de sua facilidade pessoal ou
conveniência. Ele ajusta seus meios aos fins que tem
em vista; e, multiplicando os artifícios, procede,
gradualmente, à perfeição de suas artes. Em cada
passo de seu progresso, se sua habilidade for
aumentada, seu desejo deve igualmente ter tempo
para se estender: E seria tão em vão sugerir um
artifício do qual ele desprezava o uso, como seria
dizer-lhe de bênçãos que ele não podia comandar.
Supõe-se que as ERAS geralmente tenham sido
emprestadas daqueles que foram antes deles, e que as
nações receberam sua porção de aprendizado ou de
arte do exterior. Acredita-se que os romanos tenham
aprendido com os gregos e com os modernos da
Europa de ambos. De alguns exemplos desse tipo,
aprendemos a considerar toda ciência ou arte como
derivada e não admitimos nada original na prática ou
nas boas maneiras de qualquer pessoa. O grego era
uma cópia do egípcio, e até o egípcio era um imitador,
embora tenhamos perdido de vista o modelo em que
ele foi formado.
SABE- se que os homens melhoram pelo exemplo e
pelo intercurso; mas no caso das nações, cujos
membros se entusiasmam e se dirigem mutuamente,
por que buscar no exterior a origem das artes, da qual
toda sociedade, tendo os princípios em si, requer
apenas uma ocasião favorável para trazê-los à
luz? Quando tal ocasião se apresenta a pais destruíram,
qualquer [283] pessoas que geralmente aproveitá-la; e
enquanto isso continua, eles melhoram as invenções
às quais ele deu origem entre si, ou copiam
voluntariamente dos outros: Mas eles nunca
empregam sua própria invenção, nem olham para o
exterior, para instruções sobre assuntos que não se
encontram no caminho de seus interesses comuns.
atividades; eles nunca adotam um refinamento do
qual não descobriram o uso.
AS INVENÇÕES, freqüentemente observamos, são
acidentais; mas é provável que um acidente que
escapa ao artista em uma época possa ser aproveitado
por alguém que o suceda e que esteja mais bem
informado sobre seu uso. Onde as circunstâncias são
favoráveis, e onde o povo tem a intenção de objetos de
qualquer arte, toda invenção é preservada, sendo
trazida à prática geral; cada modelo é estudado e cada
tomam emprestado de seus vizinhos, provavelmente
tomam emprestado apenas o que estão quase em
condições de se terem inventado.
QUALQUER prática singular de um país, portanto,
raramente é transferida para outro, até que o caminho
seja preparado pela introdução de circunstâncias
semelhantes. Daí as nossas frequentes queixas da
dulness ou obstinação da humanidade, e da
comunicação dilatória das artes de um lugar para
outro. Enquanto os romanos adotaram as artes da
Grécia, os trácios e os ilírios
continuaram [284]contemplá-los com
indiferença. Essas artes foram, durante um período,
confinadas às colônias gregas e, durante outro, aos
romanos. Mesmo onde estavam espalhados por um
intercurso visível, eles ainda eram recebidos por
nações independentes com a lentidão da
invenção. Eles fizeram um progresso não mais rápido
em Roma do que haviam feito em Atenas; e eles
passaram para as extremidades do império romano,
apenas em companhia de novas colônias, e aderiram à
política italiana.
Oa raça moderna, que veio para o exterior para a posse
de províncias cultivadas, reteve as artes que haviam
praticado em casa: o novo mestre caçava o javali ou
pastoreava seus rebanhos, onde poderia ter colhido
uma colheita abundante: construiu uma casa na vista
de um palácio: ele enterrou, em uma ruína comum, os
edifícios, esculturas, pinturas e bibliotecas, do antigo
habitante: ele fez um acordo sobre um plano próprio,
e abriu novamente a fonte de invenções, sem perceber
de um distância até que ponto seu progresso poderia
levar sua posteridade. A cabana da raça atual, como a
da primeira, aumentava gradativamente suas
dimensões; edifícios públicos adquiriram uma
magnificência em um novo gosto. Até mesmo esse
gosto chegou, ao longo de séculos, a explodir, e os
povos da Europa recorreram aos modelos que seus
[ 285 ]
Orestos literários da antiguidade foram estudados e
imitados, somente depois do surgimento do gênio
original das nações modernas: os esforços grosseiros
da poesia na Itália e na Provença assemelhavam-se
aos dos gregos e dos antigos romanos. Até que ponto
os méritos de nossas obras poderiam, sem a ajuda de
seus modelos, ter subido por sucessivas melhorias, ou
se ganhamos mais por imitação do que perdemos ao
abandonar nosso sistema nativo de pensamento, e
nossa veia de fábula deve ser deixado para
conjecturar. Somos certamente gratos a eles pelos
materiais, bem como à forma de muitas de nossas
composições; e sem o seu exemplo, a tensão da nossa
literatura, juntamente com a dos nossos costumes e
política, teria sido diferente do que eles são
atualmente. Isso, no entanto, pode ser dito com
segurança,
SENTIMENTO e fantasia, o uso da mão ou da cabeça,
não são invenções de homens particulares; e o
florescimento das artes que dependem delas, são, no
caso de qualquer pessoa, uma prova de felicidade
política em casa, do que de qualquer instrução
recebida do exterior, ou de qualquer superioridade
natural em termos de indústria ou talentos.
[ 286 ]
QUANDO as atenções dos homens se voltam para
assuntos particulares, quando as aquisições de uma
era são deixadas inteiras para a próxima, quando cada
indivíduo é protegido em seu lugar e deixado para
perseguir a sugestão de seus desejos, as invenções se
acumulam; e é difícil encontrar o original de qualquer
arte. Os passos que levam à perfeição são muitos; e
estamos em uma perda em quem dar a maior parte do
nosso louvor; no primeiro, ou no último, quem pode
ter tido um papel no progresso.
[ 287 ]
SEÇÃO VIII .: Da História da Literatura. ↩
Se pudermos confiar nas observações gerais contidas
na última seção, as artes literárias, assim como as
artes mecânicas, sendo um produto natural da mente
humana, surgirão espontaneamente onde quer que os
homens estejam alegremente colocados; e em certas
nações não é mais necessário procurar no exterior a
origem da literatura, do que a sugestão de qualquer
dos prazeres ou exercícios em que a humanidade, sob
um estado de prosperidade e liberdade, esteja
suficientemente inclinada a se satisfazer.
ESTAMOS aptos a considerar as artes como estranhas e
adventícias à natureza do homem: Mas não há arte
que não tenha encontrado sua ocasião na vida
humana, e isso não foi, em alguma ou outra das
situações em que nossa espécie é encontrada ,
sugerido como um meio para a obtenção de algum fim
útil. As artes mecânicas e comerciais surgiram do
amor à propriedade e foram encorajadas pelas
perspectivas de segurança e de ganho: as artes
literárias e liberais surgiram do entendimento, da
fantasia e do coração. São meros exercícios da mente
em busca de seus prazeres e ocupações peculiares; e
são promovidos por circunstâncias que permitem que
a mente se divirta.
HOMENS são igualmente envolvido pelo passado,
presente e futuro, e estão preparados para todos
os [288] ocupação que dá espaço para os seus
poderes. As produções, portanto, sejam de narrativa,
ficção ou raciocínio, que tendem a empregar a
imaginação, ou mover o coração, continuam, durante
séculos, sujeitas a atenção e uma fonte de deleite. A
memória das transações humanas preservadas na
tradição ou na escrita é a satisfação natural de uma
paixão que consiste em curiosidade, admiração e amor
de diversão.
ANTES DE muitos livros serem escritos, e antes que a
ciência esteja muito avançada, as produções do mero
gênio são algumas vezes completas: O intérprete não
requer a ajuda do aprendizado onde sua descrição da
história se relaciona com objetos próximos e
contíguos; onde se relaciona com a conduta e o caráter
dos homens com quem ele próprio agiu, e em cujas
ocupações e fortunas ele mesmo teve um papel.
COM essa vantagem, o poeta é o primeiro a oferecer os
frutos de seu gênio e a liderar na carreira dessas artes,
pelas quais a mente está destinada a exibir suas
imaginações e a expressar suas paixões. Cada tribo de
bárbaros tem suas rimas apaixonadas ou históricas,
que contêm a superstição, o entusiasmo e a admiração
da glória, com as quais os seios dos homens, no estado
mais antigo da sociedade, são possuídos. Eles se
deleitam com a versificação, seja porque a cadência
dos números é natural à linguagem do
sentimento, [289] seja porque, não tendo a vantagem
de escrever, são obrigados a trazer o ouvido em auxílio
da memória, a fim de facilitar a repetição e assegurar a
preservação de suas obras.
QUANDOnós atendemos à linguagem que os selvagens
empregam em qualquer ocasião solene, parece que o
homem é um poeta por natureza. Seja a princípio
obrigado pelos simples defeitos de sua língua e pela
escassez de expressões adequadas, ou seduzido por
um prazer da fantasia em afirmar a analogia de seus
objetos, ele veste cada concepção em imagem e
metáfora. “Nós plantamos a árvore da paz”, diz um
orador americano; “Enterramos o machado sob as
suas raízes: iremos doravante repousar sob a sua
sombra; nós nos uniremos para iluminar a corrente
que une nossas nações ”. Tais são as coleções de
metáforas que essas nações empregam em seus
discursos públicos. Eles também já adotaram aquelas
figuras vivas, e essa ousada liberdade de linguagem,
que os eruditos acharam depois tão bem ajustada para
expressar as rápidas transições da imaginação,
SE somos obrigados a explicar, como os homens
podem ser poetas ou oradores, antes de serem
ajudados pelo aprendizado do acadêmico e do
crítico? podemos perguntar, por nossa vez, como os
corpos poderiam cair pelo peso deles, antes que as leis
da gravitação fossem registradas em livros? A mente,
assim como o corpo, tem [290] leis, que são
exemplificadas no curso da natureza, e que o crítico
recolhe somente após o exemplo ter mostrado o que
elas são.
OCASIONALMENTE, provavelmente, pela conexão física
que mencionamos, entre as emoções de uma
imaginação aquecida, e as impressões recebidas da
música e dos sons patéticos, todo conto entre nações
rudes é repetido em verso, e é feito para tomar a forma
de uma canção. . A história inicial de todas as nações é
uniforme neste particular. Padres, estadistas e
filósofos, nas primeiras eras da Grécia, entregaram
suas instruções em poesia e misturaram-se aos
traficantes de música e fábula heróica.
NÃO é de surpreender, contudo, que a poesia seja a
primeira espécie de composição em todas as nações,
pois é que um estilo, aparentemente tão difícil e tão
distante do uso comum, deveria ser quase tão
universalmente o primeiro a atingir sua maturidade. O
mais admirado de todos os poetas vivia além do
alcance da história, quase de tradição. A canção sem
arte do selvagem, a lenda heróica do bardo, às vezes
tem uma beleza magnífica, que nenhuma mudança de
linguagem pode melhorar, e nenhum refinamento da
reforma crítica * .
SOB o suposto desvantagem de um conhecimento
limitado, e uma apreensão rude, o poeta simples tem
impressões que mais do que compensam [291] os
defeitos de sua habilidade. Os melhores temas da
poesia, os personagens do violento e do valente, o
generoso e o intrépido, os grandes perigos, as provas
da fortaleza e da fidelidade, são exibidos dentro de sua
visão, ou são entregues em tradições que animam a
verdade, porque são igualmente acreditava. Ele não
está empenhado em recordar, como Virgil ou Tasso, os
sentimentos ou cenários de uma era remota à sua: ele
não precisa ser informado pelo crítico ., para lembrar
o que outro teria pensado, ou de que maneira outro
teria expressado sua concepção. As paixões simples,
amizade, ressentimento e amor, são os movimentos de
sua própria mente, e ele não tem a oportunidade de
copiar. Simples e veemente em suas concepções e
sentimentos, ele não conhece a diversidade de
pensamento, ou de estilo, para enganar ou exercer seu
julgamento. Ele entrega as emoções do coração, em
palavras sugeridas pelo coração: pois ele não conhece
outro. E, portanto, é que, embora admiremos o
julgamento e a invenção de Virgílio e de outros poetas
posteriores, esses termos parecem mal aplicados a
Homero. Embora inteligente, bem como sublime, em
suas concepções, não podemos antecipar as luzes de
seu entendimento, nem os movimentos de seu
coração: ele parece falar de inspiração, não de
invenção;
A linguagem dos primeiros tempos é, em um aspecto,
simples e confinada; em outro, é variada e [292]livre:
ele permite que as liberdades, que, ao poeta de pós-
vezes, são negados.
EM idades grosseiras, os homens não são separados
por distinções de classe ou profissão. Eles vivem de
uma maneira e falam um dialeto. O bardo não é para
chover sua expressão entre os acentos singulares de
diferentes condições. Ele não tem que guardar sua
linguagem dos erros peculiares do mecânico, do
camponês, do erudito ou do cortesão, a fim de
encontrar aquela propriedade elegante, e apenas a
elevação, que é livre do vulgar de uma classe, o
pedante de o segundo, ou o irreverente do terceiro. O
nome de cada objeto e de todo sentimento é fixo; e se
sua concepção tem a dignidade da natureza, sua
expressão terá uma pureza que não depende de sua
escolha.
COM este aparente confinamento na escolha de suas
palavras, ele tem a liberdade de romper os modos
comuns de construção; e na forma de uma linguagem
não estabelecida por regras, pode encontrar para si
uma cadência agradável ao tom de sua mente. A
liberdade que ele assume, enquanto seu significado é
notável, e sua linguagem é elevada, parece uma
melhoria, não uma transgressão à gramática. Ele
oferece um estilo para as idades que se seguem e se
torna um modelo a partir do qual seu juiz de
posteridade.
MAS seja qual for a disposição inicial da humanidade à
poesia, ou as vantagens que ela possui [293] em
cultivar essa espécie de literatura; se a maturidade
precoce das composições poéticas surge do fato de elas
serem as primeiras estudadas, ou de terem um charme
para envolver pessoas do gênio mais vivo, que são
mais bem qualificadas para melhorar a eloquência de
sua língua nativa; é um fato notável que, não apenas
em países onde cada veia de composição era original,
foi aberta na ordem da sucessão natural; mas mesmo
em Roma e na Europa moderna, onde os eruditos
começaram cedo a praticar modelos estrangeiros,
temos poetas de todas as nações, que são lidos com
prazer, enquanto os escritores da prosa das mesmas
eras são negligenciados.
COMO Sófocles e Eurípides precederam os
historiadores e moralistas da Grécia, não apenas
Nævius e Ennius, que escreveram a história romana
em verso, mas Lucilius, Plautus, Terence, e podemos
acrescentar Lucrécio, eram anteriores a Cícero, Sallust
ou César. Dante e Petrarca foram antes de qualquer
bom escritor de prosa na Itália; Corneille e Racine
trouxeram a fina idade das composições em prosa na
França; e tínhamos na Inglaterra, não apenas Chaucer
e Spenser, mas Shakespear e Milton, enquanto nossas
tentativas na história ou na ciência ainda estavam em
sua infância; e merecem nossa atenção, apenas pelo
bem que tratam.
HELLANICUS, que é contado entre os primeiros
prosadores na Grécia, e que imediatamente
precedido, [294] ou foi contemporâneo de Heródoto,
partiu com declarar a sua intenção de retirar da
história das representações selvagens, e extravagante
ficções, com a qual teve foi desonrado pelos
poetas *. A falta de registros ou autoridades, relativas
a quaisquer transações distantes, pode tê-lo impedido,
como fez seu sucessor imediato, de dar à verdade toda
a vantagem que poderia ter obtido dessa transição
para a prosa. Há, no entanto, idades no progresso da
sociedade, quando tal proposta deve ser
favoravelmente recebida. Quando os homens se
ocupam dos assuntos de política, ou artes comerciais,
desejam ser informados e instruídos, bem como
movidos. Eles estão interessados no que era real em
transações passadas. Eles constroem sobre esta base
as reflexões e raciocínios que aplicam aos assuntos
atuais, e desejam receber informações sobre o assunto
de diferentes atividades e de projetos nos quais eles
começam a se engajar. As maneiras dos homens, a
prática da vida cotidiana, e a forma da sociedade
fornece seus súditos ao escritor moral e
político. Meros engenhosidade, justiça de sentimento
e representação correta, embora transmitidos em
linguagem comum, são entendidos como constituindo
mérito literário, e aplicando à razão mais do que à
imaginação e paixões, encontram uma recepção que é
devida à instrução que eles trazem.
[ 295 ]
OS talentos dos homens vêm a ser empregados em
uma variedade de assuntos, e suas investigações
dirigidas a diferentes assuntos. O conhecimento é
importante em todos os departamentos da sociedade
civil, e requisito para a prática de toda arte. A ciência
da natureza, a moral, a política e a história encontram
seus vários admiradores; e mesmo a própria poesia,
que mantém sua antiga posição na região de
imaginação calorosa e paixão entusiástica, aparece em
uma crescente variedade de formas.
AS QUESTÕES prosseguiram até agora, sem a ajuda de
exemplos estrangeiros, ou a direção das escolas. A
carroça do Thespis foi transformada em teatro, não
para gratificar o erudito, mas para agradar a
população ateniense: E o prêmio do mérito poético foi
decidido por essa população igualmente antes e depois
da invenção das regras. Os gregos não conheciam
todas as línguas, exceto as suas; e, se se tornaram
eruditos, foi apenas estudando o que eles mesmos
haviam produzido: a mitologia infantil, que se diz ter
copiado da Ásia, foi igualmente de pouca valia na
promoção de seu amor pelas artes, ou seu sucesso na
prática da arte. eles.
QUANDO o historiador fica impressionado com os
eventos que ele testemunhou ou ouviu; quando ele
está animado para relacioná-los por suas reflexões ou
paixões; quando o estadista, que é obrigado a falar em
público, é obrigado a preparar-se para todas as
aparições notáveis [296]em harangues
estudados; quando a conversa se torna extensa e
refinada; e quando os sentimentos e reflexões sociais
dos homens estão comprometidos com a escrita, um
sistema de aprendizagem pode surgir do alvoroço de
uma vida ativa. A própria sociedade é a escola e suas
lições são dadas na prática de assuntos reais. Um
autor escreve de observações que ele fez sobre o
assunto, não da sugestão de livros; e toda produção
carrega a marca de seu caráter como homem, não de
sua mera proficiência como estudante ou
estudioso. Pode-se fazer uma pergunta, se o problema
de buscar modelos distantes, e de vasculhar a
instrução, através de alusões escuras e línguas
desconhecidas, pode não ter apagado seu fogo, e
torná-lo um escritor de uma classe muito inferior.
SE A sociedade pode, assim, ser considerada como
uma escola para cartas, é provável que suas lições
sejam variadas em cada estado separado e em todas as
épocas. Por um certo período, as severas aplicações do
povo romano à política e à guerra suprimiram as artes
literárias, e parecem ter sufocado o gênio até mesmo
do historiador e do poeta. As instituições de Esparta
declararam desprezar o que não estava ligado às
virtudes práticas de um espírito vigoroso e decidido:
os encantos da imaginação e o desfile da linguagem
eram, por esse povo, classificados com as artes do
cozinheiro e do perfumista: Suas canções em louvor
da fortaleza são mencionadas por alguns escritores; e
coleções [297]seus espirituosos ditos e respostas ainda
são preservados: eles indicam as virtudes e as
habilidades de um povo ativo, não sua proficiência em
ciência ou gosto literário. Possuidores do que era
essencial para a felicidade nas virtudes do coração,
eles tinham um discernimento de seu valor, sem
constrangimento pelos inumeráveis objetos em que a
humanidade em geral está tão perdida para ajustar
sua estima: fixados em sua própria apreensão, eles
virou uma ponta afiada sobre as loucuras da
humanidade. “Quando você começará a praticá-lo?”
Era a questão de um espartano para uma pessoa que,
em uma idade avançada da vida, ainda estava ocupada
com questões sobre a natureza da virtude.
ENQUANTO esse povo limitou seus estudos a uma
questão, como melhorar e preservar a coragem e as
afeições desinteressadas do coração humano? seus
rivais, os atenienses, davam margem ao refinamento
de todo objeto de reflexão ou paixão. Pelas
recompensas, de lucro ou de reputação, que eles
concederam em todos os esforços de engenho
empregados em ministrar ao prazer, à decoração ou à
conveniência da vida; pela variedade de condições em
que seus cidadãos foram colocados; por suas
desigualdades de fortuna e suas várias ocupações na
guerra, na política, no comércio e nas artes lucrativas,
despertavam o que era bom ou ruim nas disposições
naturais dos homens. Todo caminho para a eminência
foi aberto: eloqüência, fortaleza, habilidade militar,
inveja, detração, facção e traição [298 ] até mesmo a
própria musa, foi cortejada para dar importância a um
povo ocupado, agudo e turbulento.
DENeste exemplo, podemos seguramente concluir
que, embora os negócios sejam às vezes um rival para
o estudo, a aposentadoria e o lazer não são os
principais requisitos para a melhoria, talvez nem
mesmo para o exercício, dos talentos literários. Os
esforços mais impressionantes da imaginação e do
sentimento têm uma referência à humanidade: são
excitados pela presença e pelo intercurso dos homens:
têm mais vigor quando ativados na mente pela
operação de suas principais fontes, pelas emulações,
amizades e as oposições que subsistem entre um povo
avançado e aspirante. Em meio às grandes ocasiões
que colocam em movimento uma sociedade livre e
mesmo licenciosa, seus membros tornam-se capazes
de todo esforço; e as mesmas cenas que deram
emprego a Temístocles e Thrasybulus, inspiraram, por
contágio, a genialidade de Sófocles e Platão. O
petulante e o engenhoso encontram um alcance igual
aos seus talentos; e os monumentos literários tornam-
se repositórios de inveja e loucura, bem como de
sabedoria e virtude.
A GRÉCIA, dividida em muitos pequenos estados e
agitada, além de qualquer ponto no globo, por
contendas domésticas e guerras estrangeiras, deu o
exemplo em todas as espécies de literatura. O fogo foi
comunicado a Roma; não quando o estado
cessou [299]ser guerreira e ter interrompido suas
agitações políticas, mas quando misturava o amor ao
refinamento e ao prazer com suas atividades nacionais
e se permitia estudar no meio dos fermentos,
ocasionados pelas guerras e pretensões de facções
opostas. Foi revivido na Europa moderna entre os
estados turbulentos da Itália, e se espalhou para o
Norte, juntamente com o espírito que abalou o tecido
da política gótica: Ele cresceu enquanto os homens
eram divididos em partidos, sob denominações civis
ou religiosas, e quando estavam em desacordo sobre
os assuntos considerados os mais importantes e
sagrados.
PODEMOS estar satisfeitos, a partir do exemplo de
muitas eras, de que as dotações liberais concedidas às
sociedades eruditas e o lazer com que foram
fornecidas para estudo não são o meio mais provável
para excitar os esforços da genialidade: mesmo a
própria ciência, a suposta descendência. de lazer, à
sombra da aposentadoria monástica. Os homens
distantes dos objetos do conhecimento útil, intocados
pelos motivos que animam uma mente ativa e
vigorosa, poderiam produzir apenas o jargão de uma
linguagem técnica e acumular a impertinência de
formas acadêmicas.
PARA falar ou escrever justamente a partir de uma
observação da natureza, é necessário sentir os
sentimentos da natureza. Aquele que é penetrante e
ardente na condução da vida, provavelmente exercer
uma [300] força proporcional e engenhosidade no
exercício de seus talentos literários: e embora a escrita
pode tornar-se um comércio, e requerem toda a
aplicação e estudar quais são concedidos em qualquer
outro chamado; todavia, os principais requisitos deste
chamado são o espírito e a sensibilidade de uma
mente vigorosa.
EM um período, a escola pode tirar sua luz e direção
da vida ativa; em outro, é verdade, os restos de um
espírito ativo são grandemente apoiados por
monumentos literários e pela história de transações
que preservam os exemplos e a experiência de antigos
e de tempos melhores. Mas de qualquer maneira os
homens são formados por grandes esforços de
elocução ou conduta, parece o mais gritante de todas
as decepções, para procurar as realizações de um
caráter humano nas mera aquisições de especulação,
enquanto negligenciamos as qualidades de fortaleza e
afeto público. , que são tão necessários para tornar
nosso conhecimento um artigo de felicidade ou de uso.
QUARTA PARTE: Das CONSEQÜÊNCIAS que
Resultam do Avanço
das ARTES CIVIS e COMERCIAIS. ↩
SEÇÃO I .: Da Separação de Artes e Profissões. ↩
É evidente que, por mais instigado por um senso de
necessidade e por um desejo de conveniência, ou
favorecido por quaisquer vantagens de situação e
política, um povo não pode fazer grandes progressos
no cultivo das artes da vida, até que elas se separem, e
comprometido com diferentes pessoas, as várias
tarefas que requerem uma habilidade e atenção
peculiares. O selvagem, ou o bárbaro, que deve
construir, plantar e fabricar para si mesmo, prefere,
no intervalo de grandes alarmes e fadigas, os prazeres
da indolência para a melhora de sua fortuna: ele é,
talvez, pela diversidade de sua quer, desencorajado da
indústria; ou, por sua atenção dividida, impedido de
adquirir habilidade na administração de qualquer
assunto em particular.
[ 302 ]
O gozo da paz, porém, e a perspectiva de poder trocar
uma mercadoria por outra transformam, aos poucos, o
caçador e o guerreiro em comerciante e
comerciante. Os acidentes que distribuem
desigualmente os meios de subsistência, a inclinação e
as oportunidades favoráveis, atribuem as diferentes
ocupações dos homens; e um senso de utilidade os
leva, sem fim, a subdividir suas profissões.
O artista descobre que quanto mais ele pode limitar
sua atenção a uma parte específica de qualquer
trabalho, suas produções são mais perfeitas e crescem
sob suas mãos em maior quantidade. Todo
empreendedor em manufatura acha que, quanto mais
ele consegue subdividir as tarefas de seus operários, e
quanto mais mãos ele pode empregar em artigos
separados, mais suas despesas diminuem e seus lucros
aumentam. O consumidor também exige, em todo tipo
de mercadoria, um acabamento mais perfeito do que
as mãos empregadas em uma variedade de assuntos
podem produzir; e o progresso do comércio é apenas
uma subdivisão contínua das artes mecânicas.
CADA embarcação pode absorver toda a atenção de um
homem e tem um mistério que deve ser estudado ou
aprendido por um aprendizado regular. Nações de
negociantes passam a consistir de membros que, além
de seu próprio comércio, são ignorantes de todos os
assuntos humanos, e que podem contribuir [303]à
preservação e ampliação de sua riqueza comum, sem
fazer do seu interesse objeto de sua atenção ou
atenção. Cada indivíduo é distinguido por seu
chamado e tem um lugar para o qual ele é
encaixado. O selvagem, que não conhece distinção a
não ser o seu mérito, o seu sexo, ou da sua espécie, e a
quem a sua comunidade é o objeto soberano de
afeição, espanta-se ao descobrir que, numa cena desta
natureza, o seu ser o homem não o qualifica para
nenhuma estação: ele voa para a floresta com espanto,
desgosto e aversão.
PELA separação das artes e profissões, as fontes de
riqueza estão abertas; cada espécie de material é
trabalhada até a maior perfeição, e toda mercadoria é
produzida na maior abundância. O estado pode
estimar seus lucros e suas receitas pelo número de
pessoas. Pode obter, pelo seu tesouro, a consideração
e o poder nacionais, que o selvagem mantém à custa
do seu sangue.
A vantagem obtida nos ramos inferiores da
manufatura pela separação de suas partes parece ser
igualada àquelas que surgem de um dispositivo
semelhante nos departamentos superiores de política
e guerra. O soldado é aliviado de todo cuidado, exceto
de seu serviço; estadistas dividem os negócios do
governo civil em ações; e os servos do público, em
cada escritório, sem ser [304] mais hábil nos assuntos
de estado, pode ter sucesso, observando as formas que
já estão estabelecidas na experiência dos outros. Eles
são feitos, como as partes de um motor, para
concordar com um propósito, sem qualquer concerto
próprio: e igualmente cego com o comerciante para
qualquer combinação geral, eles se unem a ele,
fornecendo ao estado seus recursos, sua conduta. e
sua força.
OS artifícios do castor, da formiga e da abelha são
atribuídos à sabedoria da natureza. As nações polidas
são atribuídas a si mesmas e supostamente indicam
uma capacidade superior à das mentes rudes. Mas os
estabelecimentos de homens, como os de todos os
animais, são sugeridos pela natureza e são o resultado
do instinto, dirigidos pela variedade de situações em
que a humanidade é colocada. Esses estabelecimentos
surgiram de melhorias sucessivas que foram feitas,
sem qualquer sentido do seu efeito geral; e eles trazem
os assuntos humanos para um estado de complicação,
que o maior alcance de capacidade com o qual a
natureza humana jamais foi adornada, não poderia ter
sido projetado; nem mesmo quando o todo é levado à
execução, pode ser compreendido em toda a sua
extensão.
QUEM poderia antecipar, ou mesmo enumerar, as
ocupações e profissões separadas pelas quais os
membros de qualquer estado comercial são
distinguidos; a variedade de dispositivos que são
praticados em [305] celas separadas, e que o artista,
atento ao seu próprio negócio, inventou, para abreviar
ou para facilitar sua tarefa separada? Ao chegar a este
fim poderoso, toda geração, comparada a seus
antecessores, pode ter parecido
engenhosa; comparado a seus seguidores, pode ter
parecido aborrecido: E a engenhosidade humana,
quaisquer que sejam as alturas que possa ter obtido
em uma sucessão de eras, continua a se mover com o
mesmo ritmo e a se arrastar para fazer o último, assim
como o primeiro. passo de melhoria comercial ou civil.
ELE pode até mesmo ser posta em dúvida, se a medida
da capacidade nacional aumenta com o avanço das
artes. Muitas artes mecânicas, de fato, não exigem
capacidade; eles conseguem o melhor sob uma
supressão total do sentimento e da razão; e a
ignorância é a mãe da indústria e também da
superstição. Reflexão e fantasia estão sujeitas a
errar; mas o hábito de mover a mão ou o pé é
independente de qualquer um deles. As fábricas,
consequentemente, prosperam mais, onde a mente é
menos consultada, e onde a oficina pode, sem
qualquer grande esforço de imaginação, ser
considerada como um motor, cujas partes são os
homens.
A floresta foi derrubada pelo selvagem sem o uso do
machado, e os pesos foram levantados sem o auxílio
das forças mecânicas. O mérito do inventor, em todos
os ramos, provavelmente merece uma preferência à do
intérprete; [306] e ele que inventou uma ferramenta,
ou poderia trabalhar sem a sua assistência, mereceu o
louvor da ingenuidade em um grau muito maior do
que o mero artista, que, por sua assistência, produz
um trabalho superior.
MASse muitas partes na prática de cada arte, e nos
detalhes de cada departamento, não requerem
habilidades, ou tendem a contrair e limitar as visões
da mente, há outras que levam a reflexões gerais, e à
ampliação do pensamento. . Mesmo na manufatura, o
gênio do mestre, talvez, é cultivado, enquanto o do
operário inferior é desperdiçado. O estadista pode ter
uma ampla compreensão dos assuntos humanos,
enquanto as ferramentas que ele emprega são
ignorantes do sistema no qual elas próprias estão
combinadas. O oficial geral pode ser um grande
proficiente no conhecimento da guerra, enquanto a
habilidade do soldado é limitada a alguns movimentos
da mão e do pé. O primeiro pode ter ganho o que este
último perdeu; e estando ocupado na condução de
exércitos disciplinados, pode praticar em maior escala
todas as artes da preservação,
O praticante de toda arte e profissão pode permitir a
especulação geral ao homem da ciência; e pensar-se,
nesta era de separações, pode se tornar um ofício
peculiar. Em [307] a agitação de atividades civis e
ocupações, os homens aparecem em uma variedade de
luzes, e sugerir questão de inquérito e de fantasia, por
que conversa é animada e muito ampliada. As
produções da ingenuidade são trazidas ao mercado; e
os homens estão dispostos a pagar por qualquer coisa
que tenha a tendência de informar ou divertir. Por
este meio, os ociosos, bem como os ocupados,
contribuem para o progresso das artes e conferem às
nações polidas aquele ar de ingenuidade superior, sob
o qual parecem ter alcançado os fins perseguidos pelo
selvagem em sua floresta, conhecimento, ordem e
riqueza.
[ 308 ]
SEÇÃO II: Da Subordinação decorrente da Separação
de Artes e Profissões. ↩
Há uma base de subordinação na diferença de talentos
e disposições naturais; um segundo na divisão
desigual da propriedade; e um terceiro, não menos
sensato, nos hábitos adquiridos pela prática de
diferentes artes.
ALGUNS empregos são liberais, outros são
mecânicos. Eles exigem talentos diferentes e inspiram
diferentes sentimentos; e se isso é ou não a causa da
preferência que de fato damos, certamente é razoável
formar nossa opinião sobre o grau que é devido aos
homens de certas profissões e estações, da influência
de seu modo de vida no cultivo dos poderes de a
mente, ou em preservar os sentimentos do coração.
HÁ uma elevação natural ao homem, pela qual ele
seria pensado, em seu estado mais rude, por mais
instigado que fosse por necessidade, a se elevar acima
da consideração de mera subsistência, e as
considerações de interesse: Ele pareceria agir apenas a
partir do coração, em seus compromissos de amizade
ou oposição; ele se mostrava apenas em ocasiões de
perigo ou dificuldade, e deixava cuidados comuns para
os fracos ou os servis.
[ 309 ]
OAs mesmas apreensões, em todas as situações,
regulam suas noções de mesquinharia ou de
dignidade. Na sociedade polida, seu desejo de evitar o
caráter de sórdido faz com que ele esconda sua
consideração pelo que diz respeito apenas a sua
preservação ou à sua subsistência. Em sua opinião, o
mendigo, que depende da caridade; o trabalhador que
labuta para comer; o mecânico, cuja arte não requer
esforço de gênio, é degradado pelo objeto que
persegue e pelos meios que emprega para alcançá-
lo. Profissões que exigem mais conhecimento e
estudo; prosseguindo no exercício da fantasia e no
amor da perfeição; levando ao aplauso, bem como ao
lucro, coloca o artista em uma classe superior, e trazê-
lo para mais perto da estação em que os homens,
porque eles são obrigados a nenhuma tarefa, porque
eles são deixados para seguir a disposição da mente,
ESTA última era a estação, que, na distinção entre
homens livres e escravos, os cidadãos de todas as
repúblicas antigas se esforçavam para ganhar e
manter por si mesmos. Mulheres, ou escravos, nas
primeiras eras, haviam sido designadas para fins de
cuidado doméstico ou trabalho corporal; e no
progresso das artes lucrativas, estes últimos foram
criados para profissões mecânicas, e foram ainda
confiados com mercadorias para o benefício
de [310]seus mestres. Os homens livres seriam
entendidos como não tendo nenhum objeto além
daqueles da política e da guerra. Dessa maneira, as
honras de uma metade das espécies foram sacrificadas
às da outra; como pedras da mesma pedreira estão
enterradas na fundação, para sustentar os blocos que
foram cortados para as partes superiores da pilha. Em
meio aos nossos encômios concedidos aos gregos e aos
romanos, somos, por essa circunstância, lembrados de
que nenhuma instituição humana é perfeita.
EMmuitos dos estados gregos, os benefícios que
surgem para libertar-se dessa cruel distinção, não
foram conferidos igualmente a todos os cidadãos. A
riqueza sendo desigualmente dividida, os ricos
sozinhos estavam isentos do trabalho; os pobres foram
reduzidos a trabalhar para sua própria subsistência; o
interesse era uma paixão reinante em ambos, e a posse
de escravos, como a de qualquer outra propriedade
lucrativa, tornou-se um objeto de avareza, não uma
isenção de atenções sórdidas. Todos os efeitos da
instituição foram obtidos, ou continuaram a ser
desfrutados por um tempo considerável, somente na
Esparta. Nós sentimos sua injustiça; Sofremos pelo
escravo, sob as severidades e tratamentos desiguais
aos quais ele foi exposto: mas quando pensamos
apenas na ordem superior dos homens nesse
estado; quando atendemos a essa elevação e
magnanimidade de espírito, para o qual o perigo não
tinha terror, interesse nenhum meio de
corromper; quando os consideramos
como[ 311 ] amigos, ou como cidadãos, somos capazes
de esquecer, como eles próprios, que os escravos têm
um título a ser tratado como os homens.
PROCURAMOS a elevação do sentimento e a liberalidade
da mente, entre aquelas ordens de cidadãos que, por
sua condição e fortuna, são aliviados de cuidados e
atenções sórdidas. Esta foi a descrição de um homem
livre em Esparta; e se a sorte de um escravo entre os
anciões era realmente mais miserável do que a do
trabalhador indigente e do mecânico entre os
modernos, pode-se duvidar se as ordens superiores,
que estão de posse de consideração e honras, não
falham proporcionalmente a dignidade que convém à
sua condição. Se as pretensões de igual justiça e
liberdade terminarem em tornar cada classe
igualmente servil e mercenária, nós formaremos uma
nação de escravos e não teremos cidadãos livres.
EM todos os estados comerciais, apesar de qualquer
pretensão à igualdade de direitos, a exaltação de
alguns deve deprimir muitos. Nesse arranjo,
pensamos que a extrema mesquinhez de algumas
classes deve surgir principalmente do defeito do
conhecimento e da educação liberal; e nos referimos a
essas classes, como uma imagem do que nossa espécie
deve ter sido em seu estado bruto e inculto. Mas nos
esquecemos de quantas circunstâncias, especialmente
em cidades populosas, tendem a corromper as ordens
mais baixas dos homens. A ignorância é a menor das
suas falhas. [312]Uma admiração da riqueza não
possuída, tornando-se um princípio de inveja ou de
servilismo; o hábito de agir perpetuamente com o
objetivo de lucrar e sob o sentido de sujeição; os
crimes a que são atraídos, para alimentar sua
devassidão, ou para satisfazer sua avareza, são
exemplos, não de ignorância, mas de corrupção e
abatimento. Se o selvagem não recebeu nossas
instruções, ele também não está familiarizado com
nossos vícios. Ele não conhece superior e não pode ser
servil; ele não conhece distinções de fortuna e não
pode ser invejoso; ele age com seus talentos na mais
alta posição que a sociedade humana pode oferecer, a
do conselheiro e o soldado de seu país. Para formar
seus sentimentos, ele sabe tudo o que o coração requer
para ser conhecido; ele pode distinguir o amigo que
ele ama e o interesse público que desperta seu zelo.
AS principais objeções ao governo democrático ou
popular são tiradas das desigualdades que surgem
entre os homens no resultado das artes comerciais. E
deve-se confessar que as assembléias populares,
quando compostas de homens cujas disposições são
sórdidas e cujas aplicações comuns não são liberais,
mas podem ser confiadas à escolha de seus senhores e
líderes, são certamente, em suas próprias pessoas,
incapazes de comando. Como pode aquele que
confinou seus pontos de vista a sua própria
subsistência ou preservação ser encarregado da
conduta das nações? Tais homens,
quando [313]admitiu deliberar sobre assuntos de
estado, trazer para seus conselhos confusão e tumulto,
ou servilismo e corrupção; e raramente sofre para se
afastar de facções ruinosas, ou o efeito de resoluções
mal formadas ou mal conduzidas.
OOs atenienses mantiveram seu governo popular sob
todos esses defeitos. O mecânico foi obrigado, sob
pena, a aparecer no mercado público e a ouvir debates
sobre os assuntos da guerra e da paz. Ele foi tentado
por recompensas pecuniárias, para participar do
julgamento de causas civis e criminais. Mas, apesar de
um exercício tendendo tanto a cultivar seus talentos,
os indigentes vinham sempre com a mente atenta ao
lucro, ou com os hábitos de um chamado
iliberal. Afundados sob o senso de sua disparidade e
fraqueza pessoais, estavam prontos a resignar-se
inteiramente à influência de algum líder popular, que
lisonjeava suas paixões e trabalhava em seus
medos; ou, movidos pela inveja, estavam prontos a
banir do estado quem fosse respeitável e eminente na
ordem superior dos cidadãos;
AS pessoas, neste caso, são, de fato, freqüentemente
governadas por um ou poucos que sabem como
conduzi-las. Péricles possuía uma espécie de
príncipe [314] autoridade em Atenas; Crasso, Pompeu
e César, conjuntamente ou sucessivamente, possuíram
por um período considerável a direção soberana de
Roma.
SEJA em grandes ou pequenos estados, a democracia é
preservada com dificuldade, sob as disparidades de
condição e o cultivo desigual da mente, que atende à
variedade de atividades e aplicações que separam a
humanidade no estado avançado das artes
comerciais. Nisso, porém, nós apenas apelamos contra
a forma de democracia, depois que o princípio é
removido; e ver o absurdo das pretensões de igual
influência e consideração, depois que os personagens
dos homens deixaram de ser semelhantes.
SEÇÃO III .: Das Maneiras das Nações Polidas e
Comerciais. ↩
A humanidade, quando em seu estado bruto, tem uma
grande uniformidade de boas maneiras; mas quando
civilizados, eles estão envolvidos em uma variedade de
atividades; eles pisam em um campo maior e se
separam em uma distância maior. Se eles forem
guiados, no entanto, por disposições semelhantes e
por sugestões semelhantes da natureza,
provavelmente no final, assim como no início de seu
progresso, continuarão a concordar em muitos
detalhes; e enquanto as comunidades admitem, em
seus membros, essa diversidade de postos e profissões
que já descrevemos como conseqüência ou
fundamento do comércio, eles se assemelharão em
muitos efeitos dessa distribuição, e de outras
circunstâncias em que eles quase concorrem. .
SOB todas as formas de governo, os estadistas se
esforçam para remover os perigos pelos quais são
ameaçados no exterior e os distúrbios que os
molestam em casa. Por essa conduta, se bem-
sucedidos, eles em poucas eras ganham ascendência
para seu país; estabelecer uma fronteira à distância de
sua capital; eles encontram, nos desejos mútuos de
tranquilidade, que vêm a possuir a humanidade, e
naqueles estabelecimentos públicos que tendem a
manter a paz da sociedade, uma pausa de guerras
estrangeiras e um alívio de desordens
domésticas. Eles [316] aprendem a decidir todas as
disputas sem tumulto, e a assegurar, pela autoridade
da lei, todo cidadão em posse de seus direitos
pessoais.
Nessa condição, à qual as nações prósperas aspiram, e
que em alguma medida alcançam, a humanidade
tendo estabelecido a base da segurança, proceda a
erigir uma superestrutura adequada a seus pontos de
vista. A consequência é várias em estados
diferentes; mesmo em diferentes ordens de homens da
mesma comunidade; e o efeito para cada indivíduo
corresponde à sua posição. Permite ao estadista e ao
soldado estabelecer as formas de seus diferentes
procedimentos; permite que o praticante de todas as
profissões busque sua vantagem
separada; proporciona ao homem de prazer um tempo
para o refinamento e o lazer especulativo para
conversas ou estudos literários.
EM esta cena, assuntos que têm pouca referência às
ocupações activas da humanidade, são feitas temas de
investigação, eo exercício de sentimento e a própria
razão se torna uma profissão. As canções do bardo, as
arengas do estadista e do guerreiro, a tradição e a
história dos tempos antigos, são consideradas como os
modelos, ou a produção mais antiga, de tantas artes,
que se torna objeto de diferentes profissões para
copiar. ou melhorar. Os trabalhos de fantasia, como os
assuntos da história natural, são distinguidos em
classes e espécies; as regras de todo tipo particular
são [317]distintamente coletado; e a biblioteca é
armazenada, como o armazém, com a manufatura
acabada de diferentes artistas, que, com as ajudas do
gramático e do crítico, aspiram, cada um a seu modo
particular, para instruir a cabeça ou para mover o
coração.
CADA nação é um grupo heterogêneo de diferentes
personagens e contém, sob qualquer forma política,
alguns exemplos dessa variedade, que os humores,
temperamentos e apreensões de homens, tão
diferentemente empregados, provavelmente
fornecerão. Toda profissão tem seu ponto de honra e
seu sistema de boas maneiras; o comerciante sua
pontualidade e lealdade; o estadista sua capacidade e
endereço; o homem da sociedade sua boa criação e
sagacidade. Cada estação tem uma carruagem, um
vestido, um cerimonial, pelo qual é distinguido, e pelo
qual suprime o caráter nacional sob o da hierarquia,
ou do indivíduo.
ESTA descrição pode ser aplicada igualmente a Atenas
e Roma, a Londres e a Paris. O grosseiro ou simples
observador observaria a variedade que ele via nas
residências e nas ocupações de diferentes homens, não
no aspecto de diferentes nações. Ele encontraria, nas
ruas da mesma cidade, uma diversidade tão grande
quanto no território de um povo separado. Ele não
conseguia atravessar a nuvem que se reunia diante
dele, nem ver como o comerciante, mecânico ou
estudioso de um país diferia dos de outro. [318]Mas o
nativo de toda província pode distinguir o
estrangeiro; e quando ele próprio viaja, fica
impressionado com o aspecto de um país estranho, no
momento em que ele passa os limites de sua
propriedade. O ar da pessoa, o tom da voz, o idioma
da linguagem e a tensão da conversa, seja patética ou
lânguida, gay ou grave, não são mais os mesmos.
MUITAS dessas diferenças podem surgir entre nações
polidas, dos efeitos do clima ou de fontes da moda,
que são ainda mais ocultas ou não observadas; mas as
principais distinções em que podemos descansar
derivam da parte em que um povo é obrigado a agir
em sua capacidade nacional; dos objetos colocados em
sua visão pelo estado; ou da constituição do governo,
que, prescrevendo os termos da sociedade aos seus
súditos, teve grande influência na formação de suas
apreensões e hábitos.
O povo romano, destinado a adquirir riqueza pela
conquista e pelo despojo das províncias; os
cartagineses, atentos ao retorno das mercadorias e ao
produto dos assentamentos comerciais, devem ter
enchido as ruas de suas várias capitais com homens de
diferente disposição e aspecto. O romano segurou sua
espada quando desejou ser grande, e o estado
encontrou seus exércitos preparados nas habitações
de seu povo. O cartaginês se retirou para seu contador
em um [319] projeto semelhante; e, quando o estado
ficou alarmado, ou resolveu uma guerra, emprestou de
seus lucros para comprar um exército no exterior.
Omembro de uma república, e o assunto de uma
monarquia, deve diferir; porque eles têm diferentes
partes atribuídas a eles pelas formas de seu país:
aquele destinado a viver com seus iguais, ou a lutar
por seus talentos pessoais e caráter, pela
preeminência; o outro, nascido de uma determinada
estação, onde qualquer pretensão à igualdade cria
uma confusão, e onde nada além de precedência é
estudado. Cada um, quando as instituições de seu país
estão maduras, pode encontrar nas leis uma proteção
aos seus direitos pessoais; mas esses direitos são
entendidos de forma diferente e, com um conjunto
diferente de opiniões, dão origem a um temperamento
diferente. O republicano deve atuar no estado, para
sustentar suas pretensões; ele deve participar de uma
festa, para estar seguro; ele deve liderar um para ser
grande. O tema da monarquia refere-se ao seu
nascimento pela honra que ele reivindica; ele espera
em um tribunal, para mostrar sua importância; e
estende as insígnias de dependência e favor, para
obter dele estima com o público.
SE as instituições nacionais, calculadas para a
preservação da liberdade, em vez de instar o cidadão a
agir por si mesmo e a manter seus direitos, devem dar
uma segurança, exigindo, por sua vez, nenhuma
atenção ou esforço pessoal; este parecendo [320]a
perfeição do governo pode enfraquecer os elos da
sociedade e, nas máximas da independência, separar e
distanciar as diferentes fileiras que deveria
reconciliar. Nem os partidos formados nas repúblicas,
nem as assembléias judiciais que se reúnem em
governos monárquicos, poderiam ocorrer, onde o
senso de dependência mútua deveria cessar de
convocar seus membros. Os recursos para o comércio
podem ser frequentados, e o mero divertimento pode
ser perseguido na multidão, enquanto a residência
privada se torna um refúgio para reserva, avesso aos
problemas que surgem de consideração e atenção, o
que pode ser parte do credo político para acreditar
sem conseqüência, e um ponto de honra para manter
o desprezo.
NÃO é provável que ESTE humor cresça em repúblicas
ou monarquias: pertence mais propriamente a uma
mistura de ambos; onde a administração da justiça
pode ser mais bem assegurada; onde o sujeito é
tentado a procurar por igualdade, mas onde ele
encontra apenas independência em seu lugar; e onde
ele aprende, de um espírito de igualdade, a odiar as
próprias distinções às quais, devido à sua real
importância, ele paga uma deferência notável.
EM qualquer uma das formas separadas de república
ou monarquia, ou agindo de acordo com os princípios
de ambos, os homens são obrigados a cortejar seus
concidadãos e a empregar partes e endereços para
melhorar sua sorte, [321]ou mesmo estar seguro. Eles
encontram em ambos uma escola para discernimento
e penetração; mas no um, ensina-se a negligenciar os
méritos de um caráter privado, por causa de
habilidades que têm peso com o público; e, no outro,
negligenciar grandes e respeitáveis talentos, em prol
de qualidades envolventes ou agradáveis na cena do
entretenimento e da sociedade privada. Eles são
obrigados, em ambos, a se adaptar com cuidado à
moda e às maneiras de seu país. Eles não encontram
lugar para capricho ou humores singulares. O
republicano deve ser popular e o cortesão educado. O
primeiro deve pensar-se bem colocado em todas as
empresas; o outro deve fazer uso de seus recursos e
desejar ser distinguido apenas onde a própria
sociedade é estimada. Com seus inferiores, ele toma
um ar de proteção; e sofre, por sua vez, o mesmo ar a
ser levado consigo mesmo. Não exigia, talvez, em um
espartano, que temia nada além de um fracasso em
seu dever, que não amava nada além de seu amigo e
do estado, uma guarda tão constante em si mesmo
para sustentar seu caráter, como freqüentemente faz
no assunto de uma monarquia, para ajustar sua
despesa e sua fortuna aos desejos de sua vaidade, e
para aparecer em um nível tão alto quanto seu
nascimento, ou ambição, pode alcançar.
NÃO há nenhum particular, nesse meio tempo, em que
somos mais injustos do que em aplicar ao indivíduo o
suposto caráter de seu país; ou mais freqüentemente
enganados, do que em [322] tomando nossa noção de
um povo a partir do exemplo de um, ou alguns de seus
membros. Pertenceu à constituição de Atenas,
produziu um Cleon e um Péricles; mas todos os
atenienses não eram, portanto, como Cleon ou
Péricles. Temístocles e Aristides viviam na mesma
idade; o que aconselhava o que era rentável, o outro
dizia ao seu país o que era justo.
[ 323 ]
SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou. ↩
A lei da natureza, no que diz respeito às nações, é a
mesma que é para os indivíduos: dá ao corpo coletivo
o direito de se preservar; empregar sem perturbações
os meios de vida; reter os frutos do trabalho; exigir a
observância de estipulações e contratos. No caso de
violência, condena o agressor e estabelece, por parte
dos feridos, o direito de defesa e a reivindicação de
retribuição. Suas aplicações, no entanto, admitem
disputas e dão origem a variedade na apreensão, bem
como na prática da humanidade.
AS NAÇÕES concordaram universalmente em distinguir
o certo do errado; na exigência da reparação de lesões
por consentimento ou por força. Eles sempre
repuseram, em certo grau, a fé dos tratados; mas
agiram como se a força fosse o árbitro supremo em
todas as suas disputas, e o poder de se defender, o
mais seguro compromisso de sua segurança. Guiados
por essas apreensões comuns, eles diferem um do
outro, não meramente em pontos de forma, mas em
pontos da maior importância, respeitando o uso da
guerra, os efeitos do cativeiro e os direitos de
conquista e vitória.
QUANDO uma série de comunidades independentes
têm sido frequentemente envolvidos em guerras, e
têm [324] teve suas alianças declarados e oposições,
adotam costumes que fazem a base de regras ou de
leis, devem ser observadas, ou alledged, em toda a sua
transações mútuas. Mesmo na própria guerra, eles
seguiriam um sistema e implorariam pela observância
de formas em suas próprias operações para destruição
mútua.
Oos estados antigos da Grécia e da Itália derivaram
seus modos de guerra da natureza de seu governo
republicano; os da Europa moderna, da influência da
monarquia, que, por sua prevalência nesta parte do
mundo, tem um grande efeito sobre as nações, mesmo
quando não é a forma estabelecida. Nas máximas
deste governo, apreendemos uma distinção entre o
estado e seus membros, como o que ocorre entre o rei
e o povo, que torna a guerra uma operação de política,
não de animosidade popular. Enquanto atacamos o
interesse público, poupamos o privado; e temos um
respeito e consideração pelos indivíduos, que muitas
vezes interrompe as questões do sangue no ardor da
vitória, e oferece ao prisioneiro de guerra uma
hospitaleira recepção na própria cidade que ele veio
destruir. Essas práticas são tão bem estabelecidas,
PARA isso, a prática geral dos gregos e romanos era
oposta. Eles se esforçaram para [325] ferida do estado,
destruindo seus membros, por desoladora seu
território, e por arruinar as posses de seus
súditos. Concederam um quarto apenas para
escravizar ou para levar o prisioneiro a uma execução
mais solene; e um inimigo, quando desarmado, era, na
maior parte, vendido no mercado ou morto, para
nunca mais voltar a fortalecer o seu partido. Quando
esta era a questão da guerra, não era de admirar que
as batalhas fossem travadas com desespero e que
todas as fortalezas fossem defendidas até a última
extremidade. O jogo da vida humana foi uma grande
aposta e foi jogado com um zelo proporcional.
O termo bárbaro, nesse estado de maneiras, não
poderia ser empregado pelos gregos ou pelos romanos
no sentido em que o usamos: caracterizar um povo
independentemente das artes comerciais; profusa de
suas próprias vidas e das dos outros; veemente em seu
apego a uma sociedade e implacável em sua antipatia
por outra. Isso, em uma parte grande e brilhante de
sua história, era o seu próprio caráter, assim como o
de outras nações, que, nesse mesmo sentido,
distinguimos pelas denominações bárbarasou rudes.
OBSERVOU -se que essas nações célebres estão
endividadas, por uma grande parte de sua estimativa,
não com relação à história, mas à maneira pela qual
ela foi entregue, e à capacidade de seus historiadores e
outros escritores. . Sua história foi contada por
homens que sabiam como [326]chamar nossa atenção
para os procedimentos do entendimento e do coração,
mais do que sobre efeitos externos, e quem poderia
exibir personagens para serem admirados e amados,
em meio a ações que deveríamos odiar ou condenar
universalmente. Como Homero, o modelo da
literatura grega, eles podiam nos fazer esquecer os
horrores de um tratamento vingativo, cruel e
implacável de um inimigo, em favor da conduta árdua,
da coragem e das afeições veementes, com as quais o
herói mantinha a causa. de seu amigo e de seu país.
NOSSAS maneiras são tão diferentes, e o sistema sobre
o qual regulamos nossas apreensões, em muitas coisas
tão opostas, que não menos poderia nos fazer suportar
a prática de nações antigas. Essa prática foi registrada
pelo mero jornalista, que retém apenas o detalhe dos
acontecimentos, sem lançar qualquer luz sobre o
caráter dos atores, que, como o historiador tártaro,
nos diz apenas que sangue foi derramado no campo e
quantos habitantes? foram massacrados na
cidade; Jamais deveríamos ter distinguido os gregos
de seus vizinhos bárbaros, nem pensado que o caráter
da civilidade pertencia até aos romanos, até muito
tarde em sua história e no declínio de seu império.
ELE seria, sem dúvida, ser agradável para ver as
observações de tal viajante como nós às vezes enviam
para o exterior para inspecionar os costumes da
humanidade, à esquerda, sem ajuda pela história, para
recolher o caráter dos gregos do estado do seu país, ou
a partir de [327]sua prática na guerra. “Esse país”, ele
pode dizer, “comparado ao nosso, tem um ar de
esterilidade e desolação. Eu vi as tropas de estrada dos
trabalhadores, que estavam empregados nos
campos; mas não onde as habitações do senhor e do
senhorio. Era inseguro, me disseram, residir no país; e
as pessoas de todos os distritos se aglomeravam nas
cidades para encontrar um local de defesa. É, de fato,
impossível, que eles possam ser mais civilizados, até
que tenham estabelecido um governo regular e
tenham cortes de justiça para ouvir suas
queixas. Atualmente, toda cidade, ou melhor, posso
dizer, toda aldeia, age por si mesma e os maiores
distúrbios prevalecem. Eu não fui de fato
molestado; pois você deve saber que eles se chamam
de nações e fazem todo o seu mal sob o pretexto de
guerra.
“ NÃO PRETENDO tomar nenhuma das liberdades dos
viajantes, nem disputar com o célebre autor da viagem
a Lilliput; mas não posso deixar de me esforçar para
comunicar o que senti ao ouvi-los falar de seu
território, seus exércitos, suas receitas, tratados e
alianças. Imaginem apenas que os guardiões da igreja
e os policiais de Highgate ou Hampstead se tornaram
estadistas e generais, e você terá uma concepção
tolerável desse país singular. Eu passei por um estado,
onde a melhor casa da capital não albergava o pior de
seus trabalhadores, e onde seus mendigos não se
ocupavam em jantar com o rei; e ainda assim
eles [328]São considerados uma grande nação e não
menos do que dois reis. Eu vi um deles; mas tão
potentado! mal lhe cobria as costas; e para a mesa de
sua majestade, ele foi obrigado a ir ao refeitório com
seus súditos. Eles não têm um único centavo de
dinheiro; e eu fui obrigado a obter comida na despesa
pública, não havendo nada para ser tido no
mercado. Você imaginará que deve ter havido um
serviço de pratos e uma grande assistência para
esperar o ilustre desconhecido; mas a minha comida
era uma bagunça de lúcio, trazida por um escravo nu,
que me deixou para lidar com isso como eu achava
apropriado: e mesmo isso eu estava em constante
perigo de ter me roubado pelas crianças, que são tão
vigilantes quanto para aproveitar oportunidades, e tão
destro em roubar sua comida, quanto qualquer galgo
faminto que você já viu. A miséria de todo o povo, em
suma, assim como a minha, enquanto eu ficava lá,
estava além da descrição. Você pensaria que toda a
sua atenção era atormentar-se tanto quanto eles
podem: eles estão até descontentes com um dos seus
reis por serem bem-gostados. Ele tinha feito um
presente, enquanto eu estava lá, de uma vaca para um
favorito, e de um colete para outro* ; e foi dito
publicamente que esse método de ganhar amigos
estava roubando o público. Meu senhorio me disse
muito sério, que um homem deve vir sob nenhuma
obrigação que pode enfraquecer [329] o amor que ele
tem para com o seu país; nem formar qualquer apego
pessoal além do mero hábito de viver com seu amigo,
e de fazer-lhe uma gentileza quando puder.
“ EU PERGUNTEI A ele uma vez: por que eles não
fizeram, por eles mesmos, permitir que seus reis
assumissem um pouco mais de estado? Porque, diz
ele, pretendemos a felicidade de viver com os
homens. Quando eu encontrei falhas em suas casas, e
disse, em particular, que fiquei surpreso que eles não
construíram igrejas melhores. O que você seria então,
diz ele, se você encontrasse religião em muros de
pedra? Isso será suficiente para uma amostra da nossa
conversa; e sentencioso como era, você pode acreditar
que não fiquei muito tempo para lucrar com isso.
“ AS pessoas deste lugar não são tão estúpidas. Há um
grande quadrado de mercado e alguns edifícios
toleráveis; e, dizem-me, eles têm alguns latidos e
isqueiros empregados no comércio, que eles também,
de vez em quando, reúnem em uma frota, como o de
Lord Mayor. Mas o que mais me agrada é que é
provável que eu tenha uma passagem e me despeço
desse país miserável. Tive algumas dores para
observar suas cerimônias de religião e para pegar
curiosidades. Eu copiei algumas inscrições, como você
verá quando vier examinar meu diário, e então julgar,
se eu encontrei o suficiente para compensar o cansaço
e o mau entretenimento [330].a que me
submeti. Quanto às pessoas, você acreditará, a partir
do espécime que eu lhe dei, que elas não poderiam ser
uma empresa muito atraente: apesar de pobres e
sujas, elas ainda fingem estar orgulhosas; e um sujeito
que não vale a pena, está acima de trabalhar para seu
sustento. Eles saem descalços e sem qualquer
cobertura para a cabeça, enfiados nos lençóis sob os
quais você imaginaria que tivessem dormido. Eles
jogam fora, e aparecem como muitos canibais nus,
quando eles vão para esportes violentos e
exercícios; em que eles valorizam grandezas de
destreza e força. Braços musculosos e braços
musculosos, a faculdade de dormir fora todas as
noites, de jejuar por muito tempo e de aguentar
qualquer tipo de comida, são feitos excelentes. Eles
não têm um governo estabelecido que eu possa
aprender; às vezes a multidão, e às vezes o melhor
tipo, faça o que quiserem: eles se encontram em
grandes multidões ao ar livre e raramente concordam
com qualquer coisa. Se um colega tem presunção
suficiente e uma voz alta, ele pode fazer uma grande
figura. Havia um curtidor aqui, há algum tempo, que,
por um tempo, carregava tudo diante dele. Ele
censurou tão alto o que os outros haviam feito e falou
tão alto do que poderia ser feito, que finalmente foi
enviado para cumprir suas palavras e para enfurecer o
inimigo em vez do couro.* . Você [331] vai imaginar,
talvez, que ele foi pressionado por um recruta; não; ele
foi enviado para comandar o exército. Eles raramente
são muito espertos, exceto em sua prontidão para
atormentar seus vizinhos. Eles saem em corpos e
roubam, pilham e matam onde quer que eles vêm ”.
Até agora podemos supor que nosso viajante tenha
escrito; e lembrando-se da reputação que essas nações
adquiriram à distância, ele poderia ter acrescentado,
talvez: “Que ele não pudesse entender como
estudiosos, bons cavalheiros e até mulheres deveriam
se unir para admirar um povo, que tão pouco se
parecia si mesmos."
PARAformar um julgamento do caráter do qual eles
agiram no campo, e nas competições deles / delas com
nações vizinhas, nós temos que os observar em
casa. Eles eram corajosos e destemidos em suas
dissensões civis; prontos para avançar para as
extremidades, e para levar seus debates para a decisão
da força. Os indivíduos distinguiam-se pelo seu
espírito pessoal e vigor, não pela valorização das suas
propriedades ou pelo grau do seu nascimento. Eles
tinham uma elevação pessoal fundada no senso de
igualdade, não de precedência. O general de uma
campanha foi, durante o seguinte, um soldado privado
e serviu nas fileiras. Eles eram solícitos em adquirir
força corporal; porque, no uso de suas armas, as
batalhas eram uma prova da força do soldado, assim
como da conduta do líder. Os restos de sua estatuária
mostram uma graça viril, um ar de simplicidade e
facilidade,[ 332 ]sendo frequentes na natureza, eram
familiares ao artista. A mente, talvez, tomou
emprestada confiança e força, do vigor e endereço do
corpo; sua eloqüência e estilo tinham uma semelhança
com a carruagem da pessoa. O entendimento foi
principalmente cultivado na prática de assuntos. As
personagens mais respeitáveis foram obrigadas a se
misturar com a multidão e derivaram seu grau de
ascendência apenas de sua conduta, eloquência e vigor
pessoal. Não tinham formas de expressão, para
marcar um respeito cerimonioso e
reservado. Invectiva procedeu a trilhos, e os termos
mais grosseiros foram freqüentemente empregados
pelos oradores mais admirados e realizados. A briga
não tinha regras a não ser os ditames imediatos da
paixão, que terminavam em palavras de reprovação,
em violência e golpes. Eles felizmente foram sempre
desarmados; e usar uma espada em tempos de paz foi
entre eles a marca de um bárbaro. Quando eles
pegaram em armas nas divisões da facção, o partido
prevalecente se apoiou, expulsando seus oponentes,
com proscrições e derramamento de sangue. O
usurpador esforçou-se por manter sua posição pelas
execuções mais violentas e imediatas. Ele se opunha,
por sua vez, a conspirações e assassinatos, nos quais
os cidadãos mais respeitáveis estavam prontos para
usar o punhal.
TAL era o caráter de seu espírito, em seus fermentos
ocasionais em casa; e estourou comumente com uma
violência e força adequadas, contra seus rivais e
inimigos estrangeiros. O amável [333] apelo da
humanidade foi pouco considerado por eles nas
operações de guerra. Cidades foram arrasadas ou
escravizadas; o cativo é vendido, mutilado ou
condenado a morrer.
QUANDOVisto deste lado, as nações antigas têm um
pedido desesperado de estima pelos habitantes da
Europa moderna, que prosessam em levar as
civilidades da paz à prática da guerra; e que valorizam
o louvor da indiferença indiscriminada a uma taxa
mais alta do que a do talento militar ou do amor de
seu país. E, no entanto, eles, em outros aspectos,
mereceram e obtiveram nosso louvor. Seu ardente
apego ao seu país; seu desprezo do sofrimento e da
morte em sua causa; suas apreensões viris de
independência pessoal, que tornavam cada indivíduo,
mesmo sob estabelecimentos cambaleantes e leis
imperfeitas, o guardião da liberdade para seus
concidadãos; sua atividade mental; em suma, sua
penetração, a capacidade de sua conduta e a força de
seu espírito, conquistaram o primeiro posto entre as
nações.
SE suas animosidades eram grandes, suas afeições
eram proporcionais: elas, talvez, amavam, onde só
sentimos pena; e eram severos e inexoráveis, onde não
somos misericordiosos, mas apenas
irresolutos. Afinal, o mérito de um homem é
determinado pela sua franqueza e generosidade para
com seus associados, por seu zelo para objetos
nacionais, e por seu vigor [334] em manter os direitos
políticos; não apenas pela moderação, que procede
frequentemente da indiferença ao interesse nacional e
público, e que serve para relaxar os nervos dos quais
depende a força de um caráter privado, assim como
público.
QUANDO sob as monarquias macedônica e romana,
uma nação passou a ser considerada como a
propriedade de um príncipe, e os habitantes de uma
província para ser considerada uma propriedade
lucrativa, a posse de território, não a destruição de seu
povo, tornou-se o objeto de conquista. O cidadão
pacífico tinha pouca preocupação nas discussões dos
soberanos; a violência do soldado foi contida pela
disciplina. Ele lutou porque aprendeu a carregar
armas e a obedecer: às vezes derrama sangue
desnecessário no ardor da vitória; mas, exceto no caso
de guerras civis, não tinha paixões para excitar sua
animosidade além do campo e do dia da batalha. Os
líderes julgavam os objetos de um empreendimento e
prendiam a espada quando eram obtidos.
NAS nações modernas da Europa, onde a extensão do
território admite uma distinção entre o estado e seus
súditos, estamos acostumados a pensar no indivíduo
com compaixão, raramente do público com
zelo. Melhoramos as leis da guerra e as leniências que
foram concebidas para suavizar seus
rigores; misturamos [335] polidez com o uso da
espada; aprendemos a guerrear sob as estipulações de
tratados e cartéis e confiar na fé de um inimigo cuja
ruína meditamos. A glória é obtida com mais sucesso
salvando e protegendo, do que destruindo os
vencidos: e o mais amável de todos os objetos é, na
aparência, alcançado; o emprego da força, apenas para
a obtenção de justiça e para a preservação dos direitos
nacionais.
ESTA é, talvez, a principal característica, na qual, entre
as nações modernas, conferimos os epítetos
de civilizado ou polido. Mas vimos que ela não
acompanhou o progresso das artes entre os gregos,
nem acompanhou o avanço da política, da literatura e
da filosofia. Não esperava os retornos de aprendizado
e polidez entre os modernos; ela foi encontrada em
um período inicial de nossa história e distinguiu,
talvez mais do que atualmente, as maneiras das eras
que, de outra forma, seriam rudes e
indisciplinadas. Um rei da França, prisioneiro nas
mãos de seus inimigos, foi tratado, cerca de
quatrocentos anos atrás, com tanta distinção e
cortesia quanto uma cabeça coroada, em
circunstâncias semelhantes, poderia possivelmente
esperar nessa era de polidez *. O príncipe de Conde,
derrotado e feito na batalha de Dreux, dormiu durante
a noite na mesma cama com seu inimigo, o duque de
Guise †.
[ 336 ]
E SEa moral das tradições populares, e o gosto de
lendas fabulosas, que são as produções ou
entretenimento de eras particulares, são igualmente
indicações seguras de suas noções e personagens,
podemos supor, que a fundação do que hoje é
considerado a lei da a guerra, e das nações, foi
colocada nos costumes da Europa, juntamente com os
sentimentos que são expressos nas histórias de
cavalheirismo e galanteria. Nosso sistema de guerra
difere não mais do que o dos gregos, do que os
personagens favoritos de nossos primeiros romances
diferiam daqueles da Ilíada e de todos os poemas
antigos. O herói da fábula grega, dotado de força
superior, coragem e endereço, aproveita todas as
vantagens de um inimigo para matar com segurança
para si mesmo; e, atuado por um desejo de estragar,
ou por um princípio de vingança, nunca fica no seu
progresso por interrupções de remorso ou
compaixão. Homero, que, de todos os poetas, sabia
melhor exibir as emoções de um afeto veemente,
raramente tenta excitar a comiseração. Hector fica
sem paciência e seu corpo é insultado por todos os
gregos.
NOSSA fábula moderna, ou romance, pelo contrário,
geralmente acopla um objeto de compaixão, fraco,
oprimido e indefeso, com um objeto de admiração,
corajoso, generoso e vitorioso; ou envia o herói para o
exterior em busca de mero perigo e de ocasiões para
provar seu valor. Carregado com as máximas de uma
cortesia refinada, para ser observado até mesmo para
um inimigo; e de um escrupuloso [337]honra, que não
o deixa tomar quaisquer vantagens de artifício ou
surpresa; indiferente a estragar, ele afirma apenas por
renome, e emprega seu valor para resgatar os aflitos e
proteger os inocentes. Se vitorioso, ele é feito para se
elevar acima da natureza tanto em sua generosidade e
gentileza, quanto em suas proezas e bravura militares.
ELE pode ser difícil, ao afirmar esse contraste entre o
sistema de fábula antiga e moderna, para atribuir,
entre as nações, igualmente rude, igualmente viciado
em guerra, e igualmente gosta de glória militar, a
origem de apreensões no ponto de honra, de modo
diferente e tão oposto. O herói da poesia grega
prossegue nas máximas da animosidade e da paixão
hostil. Suas máximas na guerra são como as que
prevalecem nas florestas da América. Eles exigem que
ele seja corajoso, mas eles permitem que ele pratique
contra seu inimigo todo tipo de engano. O herói do
romance moderno professa o desprezo do
estratagema, bem como do perigo, e une na mesma
pessoa caracteres e disposições aparentemente
opostos; ferocidade com gentileza e amor ao sangue
com sentimentos de ternura e piedade.
O sistema de cavalaria, quando completamente
formado, procedia de um maravilhoso respeito e
veneração ao belo sexo, às formas de combate
estabelecidas e a uma suposta junção do caráter
heróico e santificado. As formalidades
do duelo [338] e uma espécie de desafio judicial eram
conhecidas entre as antigas nações celtas da
Europa *. Os alemães, mesmo em suas florestas
nativas, pagavam uma espécie de devoção ao sexo
feminino. A religião cristã impunha mansidão e
compaixão a eras bárbaras. Esses diferentes princípios
combinados, podem ter servido como base de um
sistema, no qual a coragem era dirigida pela religião e
pelo amor, e os guerreiros e gentis estavam
unidos. Quando os personagens do herói e do santo
foram misturados, o espírito brando do cristianismo,
embora muitas vezes se transformou em veneno pelo
fanatismo de partidos opostos, embora nem sempre
pudesse subjugar a ferocidade do guerreiro, nem
suprimir a admiração de coragem e força. , pode ter
confirmado as apreensões de homens no que devia ser
considerado meritório e esplêndido na condução de
suas discussões.
NA história antiga e tradicional dos gregos e romanos,
os estupros eram designados como as ocasiões mais
frequentes de guerra; e os sexos eram, sem dúvida, em
todos os momentos, igualmente importantes um para
o outro. O entusiasmo do amor é mais poderoso na
vizinhança da Ásia e da África; e a beleza, como
possessão, era provavelmente mais valorizada pelos
conterrâneos de Homero, do que pelos de Amadis de
Gaul, ou pelos autores da galanteria moderna. “Que
maravilha”, diz o velho Príamo, quando Helen
apareceu, “essas nações [339]deve lutar pela posse de
tanta beleza? ”Essa beleza, na verdade, era possuída
por diferentes amantes; um assunto sobre o qual o
herói moderno tinha muitos refinamentos e parecia
pairar nas nuvens. Ele adorava a uma distância
respeitosa e empregava seu valor para cativar a
admiração, não para obter a posse de sua
amante. Estabeleceu-se uma castidade fria e
invencível, como ídolo a ser adorado, nas labutas, nos
sofrimentos e nos combates do herói e do amante.
OS estabelecimentos feudais, pela alta posição a que
eles elevavam certas famílias, sem dúvida,
favoreceram grandemente esse sistema
romântico. Não apenas o brilho de uma nobre descida,
mas o imponente castelo cercado de ameias e torres,
serviu para inflamar a imaginação e criar uma
veneração pela filha e irmã de galantes chefes, cujo
ponto de honra era ser inacessível e casto, e que não
podia perceber nenhum mérito senão o dos altivos e
corajosos, nem ser abordado em qualquer outro
sotaque que não o da gentileza e do respeito.
O QUE originalmente era singular nessas apreensões
foi, pelo escritor de romance, voltado para a
extravagância; e sob o título de cavalaria foi oferecido
como um modelo de conduta, mesmo em assuntos
comuns: as fortunas das nações eram dirigidas por
bravura; e a vida humana, em suas
maiores [340] ocasiões, tornou-se uma cena de
afetação e loucura. Os guerreiros saíram para perceber
as lendas que haviam estudado; príncipes e líderes de
exércitos dedicaram suas mais sérias façanhas a uma
amante real ou a uma amante imaginada.
MASseja qual for a origem das noções, muitas vezes
tão perdidas e tão ridículas, não podemos duvidar de
seus efeitos duradouros em nossas maneiras. O ponto
de honra, a prevalência do galanterismo em nossas
conversas e em nossos teatros, muitas das opiniões
que o vulgar aplica mesmo à condução da guerra; sua
noção de que o líder de um exército, sendo oferecido
em igualdade de condições, é desonrado ao recusá-lo,
são, sem dúvida, restos desse sistema antiquado: o
cavalheirismo, unindo-se ao gênio de nossa política,
sugeriu provavelmente essas peculiaridades na lei. das
nações, pelas quais os estados modernos se
distinguem dos antigos. E se nossa regra em medir
graus de polidez e civilização deva ser tirada daí, ou do
avanço das artes comerciais, seremos encontrados
para ter superado grandemente qualquer uma das
celebradas nações da antiguidade.
QUINTA PARTE: DO DECLÍNIO DAS
NAÇÕES. ↩
SEÇÃO I: Da suposta Eminência Nacional e das
Vicissitudes dos Assuntos Humanos. ↩
Nenhuma nação é tão infeliz a ponto de se considerar
inferior ao resto da humanidade: poucos estão
dispostos a tolerar a igualdade. A maior parte tendo
escolhido, como uma vez, os juízes e os modelos do
que é excelente em sua espécie, são os primeiros em
sua própria opinião, e dão a outros consideração ou
eminência, até agora apenas quando se aproximam de
sua própria condição. Uma nação é vaidosa do caráter
pessoal ou do aprendizado de alguns de seus
membros; outra de sua política, sua riqueza, seus
comerciantes, seus jardins e seus edifícios; e aqueles
que não têm nada para se gabar são vaidosos, porque
são ignorantes. Os russos, antes do reinado de Pedro,
o Grande, pensou-se [342] possuidor de toda a honra
nacional, e segurou o Nemei, ounações mudas (o
nome que deram a seus vizinhos ocidentais da
Europa), em um grau proporcional de desprezo * . O
mapa do mundo, na China, era uma placa quadrada, a
maior parte da qual estava ocupada pelas províncias
deste grande império, deixando em suas saias alguns
cantos obscuros, nos quais o miserável restante da
humanidade deveria ser dirigido. . “Se você não tiver o
uso de nossas cartas, nem o conhecimento de nossos
livros”, disse o chinês aprendeu ao missionário
europeu “o que a literatura, ou o que a ciência pode
ter † ?”
O termo polido, se é que podemos julgar pela sua
etimologia, originalmente se referia ao estado das
nações em relação às suas leis e governo; e os homens
civilizados eram homens praticados no dever dos
cidadãos. Em suas aplicações posteriores, não se
refere menos à proficiência das nações nas artes
liberais e mecânicas, na literatura e no comércio, e os
homens civilizados são eruditos, homens de moda e
comerciantes. Mas qualquer que seja sua aplicação,
parece que, se houvesse um nome ainda mais
respeitável, todas as nações, mesmo as mais bárbaras
ou as mais corruptas, assumiriam isso; e conceder seu
reverso onde eles conceberam uma antipatia, ou
apreenderam uma diferença. Os nomes
de estrangeiros ou estrangeirosraramente são
pronunciados sem algum grau de
pretensão [343 ]censura. O de bárbaro, em uso com
um povo arrogante, e o de gentio, com outro, servia
apenas para distinguir o estranho, cuja língua e
pedigree diferiam dos deles.
ATÉonde pretendemos fundar nossas opiniões sobre a
razão e justificar nossa preferência de uma nação para
outra, freqüentemente concedemos nossa estima em
circunstâncias que não se relacionam com o caráter
nacional e que têm pouca tendência para promover o
bem-estar da humanidade. Conquista, ou grande
extensão de território, no entanto povoada, e grande
riqueza, por mais distribuída ou empregada, são
títulos que nos permitem a nossa e a vaidade de outras
nações, como fazemos com homens privados em suas
fortunas e fortunas. honras. Às vezes até
contendemos, cuja capital é a mais crescida; cujo rei
tem os poderes mais absolutos; e em cuja corte o pão
do sujeito é consumido no tumulto mais
insensato. Estas são de fato as noções de mentes
vulgares; mas é impossível determinar até que ponto
as noções de mentes vulgares podem levar a
humanidade.
NÃO foram certamente muito poucos exemplos de
estados, que têm, por artes ou política, melhorou as
disposições originais da natureza humana, ou se
esforçaram, por precauções prudentes e eficazes, para
evitar a sua corrupção. Afeto e força de [344]A mente,
que é a banda e a força das comunidades, foi a
inspiração de Deus e os atributos originais da natureza
do homem. A política mais sábia das nações, exceto
em alguns casos, tendeu, podemos suspeitar, ao invés
de manter a paz da sociedade, e reprimir os efeitos
externos das más paixões, do que fortalecer a
disposição do próprio coração para a justiça e
bondade. . Ela tem tentado, ao introduzir uma
variedade de artes, exercitar a engenhosidade dos
homens e envolvê-los em uma variedade de
atividades, investigações e estudos, para informar,
mas freqüentemente para corromper a mente. Ele
tendeu a fornecer matéria de distinção e vaidade; e
por incutir o indivíduo com novos temas de cuidado
pessoal, para substituir a ansiedade que ele nutre por
uma fortuna separada,
QUER essa suspeita seja justa ou não, chegamos a
apontar as circunstâncias que tendem a verificar ou a
refutar: e se é importante compreender a verdadeira
felicidade das nações, é certamente do mesmo modo
saber quais são essas fraquezas, e esses vícios, pelos
quais os homens não apenas estragam essa felicidade,
mas em uma época perdem todas as vantagens
externas que adquiriram em uma antiga.
[ 345 ]
A riqueza, o engrandecimento e o poder das nações
são comumente efeitos da virtude; a perda dessas
vantagens é frequentemente uma consequência do
vício. Suponhamos que os homens tivessem sucesso
na descoberta e aplicação de toda arte pela qual os
estados são preservados e governados; ter alcançado,
por esforços de sabedoria e magnanimidade, os
estabelecimentos e vantagens admiradas de um povo
civilizado e florescente; a parte subseqüente de sua
história contendo, de acordo com a compreensão
vulgar, uma exibição completa daqueles frutos na
maturidade, dos quais eles tinham até então somente
a flor, e a primeira formação, deveria, ainda mais que
a anterior, merecer nossa atenção, e excitar nossa
admiração.
O evento, no entanto, não correspondeu a essa
expectativa. As virtudes dos homens brilharam mais
durante suas lutas, não depois da realização de seus
fins. Esses fins, embora alcançados pela virtude, são
freqüentemente as causas da corrupção e do vício. A
humanidade, ao aspirar à felicidade nacional,
substituiu as artes que aumentam suas riquezas, em
vez daquelas que melhoram sua natureza. Eles
entretiveram a admiração de si mesmos, sob os títulos
de civilizados e polidos, onde deveriam ter sido
afetados com vergonha; e mesmo quando, por algum
tempo, agiram com base nas máximas tendendo a
elevar, revigorar e preservar o caráter nacional, elas
foram, mais cedo ou mais tarde, desviadas de seu
objeto, [346] e caiu vítima do infortúnio, ou das
negligências que a própria prosperidade havia
encorajado.
GUERRA,o qual fornece à humanidade uma ocupação
principal de seu espírito inquieto, serve, pela
variedade de seus eventos, para diversificar suas
fortunas. Ao mesmo tempo em que se abre para uma
tribo ou sociedade, o caminho para eminência e leva
ao domínio traz outro à sujeição e fecha a cena de seus
esforços nacionais. A célebre rivalidade de Cartago e
Roma era, em ambas as partes, o exercício natural de
um espírito ambicioso, impaciente de oposição ou
mesmo de igualdade. A conduta e a sorte dos líderes
mantiveram o equilíbrio por algum tempo em
suspenso; mas para qualquer que fosse o lado que
tivesse inclinado, uma grande nação cairia; uma sede
do império e da política deveria ser removida de seu
lugar; e foi então determinado se o siríaco ou o latim
deveriam conter a erudição que, nas eras futuras,
ocuparia os estudos dos eruditos.
OS ESTADOS foram assim conquistados do exterior,
antes de darem sinais de decadência interna, mesmo
em meio à prosperidade e no período de seu maior
ardor por objetos nacionais. Atenas, no auge da sua
ambição e da sua glória, recebeu uma ferida fatal,
esforçando-se por estender o seu poder marítimo para
além dos mares gregos. E nações de toda descrição,
formidáveis por sua ferocidade grosseira, respeitadas
por sua disciplina e [347]a experiência militar, ao
avançar, bem como ao declinar, em sua força, caiu
uma presa por turnos à ambição e ao espírito
arrogante dos romanos. Tais exemplos podem excitar
e alarmar o ciúme e a cautela dos estados; a presença
de perigos semelhantes pode exercer os talentos de
políticos e estadistas; mas meros reveses da fortuna
são os materiais comuns da história e devem, desde
então, ter deixado de criar nossa surpresa.
FEZdescobrimos que as nações que avançam de
pequenos começos e chegaram à posse de artes que
conduzem ao domínio tornaram-se seguras de suas
vantagens, na proporção em que estavam habilitadas a
obtê-las; que eles seguiram em um curso de felicidade
ininterrupta, até que foram quebrados por
calamidades externas; e que eles mantiveram sua
força, até que um poder mais afortunado ou vigoroso
surgiu para deprimi-los; o assunto em especulação
não pôde ser atendido com muitas dificuldades, nem
deu origem a muitas reflexões. Mas quando
observamos, entre muitas nações, uma espécie de
retorno espontâneo à obscuridade e à
fraqueza; quando, apesar das perpétuas admoestações
do perigo que correm, eles se submetem, em um
período, a poderes que não poderiam ter entrado em
competição com eles em um período anterior,
[ 348 ]
Ofato em si é conhecido em uma variedade de
exemplos diferentes. O império da Ásia foi, mais de
uma vez, transferido do poder maior para o
inferior. Os estados da Grécia, outrora tão guerreiros,
sentiram um relaxamento de seu vigor, e renderam o
ascendente que haviam disputado com os monarcas
do oriente, às forças de um obscuro principado,
tornaram-se formidáveis em poucos anos e elevaram-
se à eminência sob a conduta de um homem
solteiro. O império romano, que permaneceu sozinho
por eras, que havia submetido todos os rivais a
subjugação, e não via nenhum poder de quem uma
competição pudesse ser temida, afundado afinal
diante de um inimigo ingênuo e
desprezível. Abandonada para invadir, pilhar e
finalmente conquistar, em sua fronteira, ela decaiu em
todas as suas extremidades e encolheu por todos os
lados. Seu território foi desmembrado e províncias
inteiras cederam como galhos caídos com a idade, não
violentamente rasgados pela força superior. O espírito
com que Marius tinha confundido e repelido os
ataques de bárbaros em uma idade avançada, a força
civil e militar com a qual o cônsul e suas legiões
estenderam esse império, não eram mais. A grandeza
romana condenada a afundar à medida que
aumentava, em graus lentos, foi prejudicada em cada
encontro. Foi reduzido a suas dimensões originais,
dentro da bússola de uma única cidade; e dependendo
de sua preservação na fortuna de um cerco, extinguiu-
se em um golpe; e a marca, que encheu o mundo com
suas chamas, afundou como uma vela na tomada. a
força civil e militar com a qual o cônsul e suas legiões
estenderam este império, não eram mais. A grandeza
romana condenada a afundar à medida que
aumentava, em graus lentos, foi prejudicada em cada
encontro. Foi reduzido a suas dimensões originais,
dentro da bússola de uma única cidade; e dependendo
de sua preservação na fortuna de um cerco, extinguiu-
se em um golpe; e a marca, que encheu o mundo com
suas chamas, afundou como uma vela na tomada. a
força civil e militar com a qual o cônsul e suas legiões
estenderam este império, não eram mais. A grandeza
romana condenada a afundar à medida que
aumentava, em graus lentos, foi prejudicada em cada
encontro. Foi reduzido a suas dimensões originais,
dentro da bússola de uma única cidade; e dependendo
de sua preservação na fortuna de um cerco, extinguiu-
se em um golpe; e a marca, que encheu o mundo com
suas chamas, afundou como uma vela na tomada.
[ 349 ]
TAIS aparições deram origem a uma apreensão geral,
de que o progresso das sociedades para o que
chamamos de as alturas da grandeza nacional não é
mais natural do que o seu retorno à fraqueza e à
obscuridade é necessário e inevitável. As imagens da
juventude e da velhice são aplicadas às nações; e as
comunidades, como os homens solteiros, devem ter
um período de vida e um pedaço de fio, que é fiado
pelos destinos em uma parte uniforme e forte, em
outra enfraquecida e destruída pelo uso; para ser
cortado, quando a æra destinada vier e para abrir
caminho para a renovação do emblema no caso
daqueles que surgem em sucessão. Cartago, sendo
muito mais velha que Roma, sentira sua decadência,
diz Políbio, tanto mais cedo: e o sobrevivente também,
ele previu, carregava em seu seio as sementes da
mortalidade.
A imagem de fato é apropriada, e a história da
humanidade torna o aplicativo familiar. Mas deve ser
óbvio que o caso das nações e dos indivíduos é muito
diferente. O quadro humano tem um curso geral: tem
em cada indivíduo um contexto frágil e duração
limitada; é usado pelo exercício e exaurido por uma
repetição de suas funções: mas numa sociedade cujos
membros constituintes são renovados em todas as
gerações, onde a raça parece gozar de uma juventude
perpétua e acumula vantagens, não podemos, por
qualquer paridade de razão. , espere encontrar
imbecilidades ligadas à mera idade e duração dos dias.
[ 350 ]
O assunto não é novo e as reflexões vão se acumular
em todos os leitores. As noções, nesse meio tempo,
que nós entretemos, mesmo em especulações, sobre
um assunto tão importante, não podem ser
inteiramente infrutíferas para a humanidade; e por
mais que os trabalhos especulativos não influenciem a
conduta dos homens, um dos erros mais perdoáveis
que um escritor pode cometer é acreditar que está
prestes a fazer muito bem. Mas, deixando o cuidado
dos efeitos para os outros, passamos a considerar os
motivos de inconstância entre a humanidade, as
fontes de decadência interna e as corrupções ruinosas
às quais as nações são responsáveis, na suposta
condição de civilidade consumada.
[ 351 ]
SEÇÃO II .: Dos Esforços Temporários e
Relaxamentos do Espírito Nacional. ↩
Do que já observamos nas características gerais da
natureza humana, parece que o homem não é feito
para o repouso. Nele, toda qualidade amável e
respeitável é um poder ativo, e todo assunto de elogio
é um esforço. Se seus erros e seus crimes são os
movimentos de um ser ativo, suas virtudes e sua
felicidade consistem igualmente no emprego de sua
mente; e todo o brilho que ele lança ao seu redor, para
cativar ou atrair a atenção de seus semelhantes, como
as chamas de um meteoro, brilha apenas enquanto seu
movimento continua: os momentos de descanso e
obscuridade são os mesmos. Sabemos que as tarefas
que lhe são atribuídas freqüentemente podem
exceder, além de seus poderes; que ele pode estar
agitado demais, bem como muito pouco; mas não
pode determinar um meio preciso entre as situações
em que ele seria assediado, e aqueles em que ele iria
cair em languidez. Sabemos que ele pode ser
empregado em uma grande variedade de assuntos,
que ocupam diferentes paixões; e que, em
consequência do hábito, ele se reconcilia com cenas
muito diferentes. Tudo o que podemos determinar em
geral é que, sejam quais forem os assuntos com os
quais ele está envolvido, o quadro[ 352 ] de sua
natureza exige que ele seja ocupado, e sua felicidade
exige que ele seja justo.
ESTAMOS agora a inquirir por que as nações deixam de
ser eminentes; e por que as sociedades que chamaram
a atenção da humanidade por grandes exemplos de
magnanimidade, conduta e sucesso nacional,
deveriam afundar-se no auge de suas honras e render,
em uma época, a palma que haviam conquistado em
uma época anterior. Muitas razões provavelmente
ocorrerão. Pode-se extrair da inconstância e da
inconstância da humanidade, que se cansam de suas
buscas e esforços, mesmo que as ocasiões que deram
origem a essas buscas, em alguma medida, continuem:
Outra, da mudança de situações, e a remoção de
objetos que serviram para excitar seu espírito.
A segurança pública e os interesses relativos dos
estados; estabelecimentos políticos, as pretensões de
partido, comércio e artes, são assuntos que atraem a
atenção das nações. As vantagens obtidas em alguns
desses detalhes determinam o grau de prosperidade
nacional. O ardor e o vigor com que são perseguidos a
qualquer momento é a medida de um espírito
nacional. Quando esses objetos deixam de animar,
pode-se dizer que as nações definham; quando são,
durante um tempo considerável negligenciado, os
estados devem declinar e seu povo degenerar.
[ 353 ]
NAS nações mais avançadas, empreendedoras,
inventivas e industriosas, esse espírito é flutuante; e
aqueles que continuam mais tempo para obter
vantagens, ou para preservá-los, têm períodos de
remissão, bem como de ardor. O desejo de segurança
pública é, em todos os momentos, um poderoso
motivo de conduta; mas opera mais quando
combinado com paixões ocasionais, quando
provocações inflamam, quando sucessos encorajam,
ou mortificações exasperam.
UM TODOas pessoas, como os indivíduos de quem são
compostas, agem sob a influência de humores
temporários, esperanças otimistas ou animosidades
veementes. Eles estão dispostos, ao mesmo tempo, a
entrar em lutas nacionais com veemência; em outro,
abandoná-los da mera lassidão e nojo. Em seus
debates civis e contendas em casa, eles são
ocasionalmente ardentes ou negligentes. Paixões
epidêmicas surgem ou desaparecem em bases triviais
e importantes. As partes estão prontas, ao mesmo
tempo, a tomar seus nomes e a pretensão de suas
oposições, de mero capricho ou acidente; em outro
momento, eles sofrem as ocasiões mais sérias para
passar em silêncio. Se uma veia do gênio literário for
aberta casualmente, ou um novo assunto de disputa
for iniciado, descobertas reais ou fingidas se
multiplicam de repente, e toda conversa é inquisitiva e
animada.[ 354 ] bairros do globo estão subitamente
envolvidos em ruínas ou em aventuras bem-sucedidas.
PODERÍAMOS recordar o espírito que foi exercido, ou
entrar nos pontos de vista que foram entretidos, pelos
nossos ancestrais, quando explodiram, como um
dilúvio, de seus assentos antigos, e despejados no
império romano, devemos, provavelmente, após seus
primeiros sucessos pelo menos, encontrar um
fermento nas mentes dos homens, para o qual
nenhuma tentativa foi muito árdua, sem dificuldades
intransponíveis.
AS idades subseqüentes de empreendimento na
Europa foram aquelas em que o alarme do entusiasmo
foi tocado, e os seguidores da cruz invadiram o
Oriente, saquearam um país e recuperaram um
sepulcro; aqueles em que as pessoas em diferentes
estados disputavam a liberdade e atacavam o tecido da
usurpação civil ou religiosa; Aquele em que tendo
encontrado meios de cruzar o Atlântico e dobrar o
Cabo da Boa Esperança, os habitantes de uma metade
do mundo eram soltos do outro, e partidos de todos os
quadrantes, nadando em sangue, e à custa de cada o
crime, e de todo perigo, atravessava a terra em busca
de ouro.
MESMO os fracos e os negligentes são incitados a
empreender, pelo contágio de tais eras notáveis; e
estados, que não têm em sua forma os princípios de
um esforço contínuo, favoráveis ou adversas ao bem-
estar da humanidade, pode [355] tem paroxismos de
ardor e uma aparência temporária de vigor
nacional. No caso de tais nações, de fato, os retornos
da moderação são apenas uma recaída à obscuridade,
e a presunção de uma era é transformada em
desânimo naquilo que é bem-sucedido.
MAS, no caso de estados que são afortunados em sua
política interna, até mesmo a própria loucura pode, no
resultado de violentas convulsões, afundar-se em
sabedoria; e um povo volta ao seu estado de espírito
comum, curado de suas loucuras e mais sábio pela
experiência: ou, com talentos aprimorados, na
condução das próprias cenas que o frenesi abriu, eles
podem então parecer melhor qualificados para
perseguir com sucesso o objetivo das nações. Como as
antigas repúblicas, imediatamente após uma
alarmante sedição, ou como o reino da Grã-Bretanha,
no final de suas guerras civis, eles mantêm o espírito
de atividade, que foi recentemente despertado, e são
igualmente vigorosos em toda busca, seja de política. ,
aprendizagem ou artes. De ter aparecido à beira da
ruína, eles passam para a maior prosperidade.
OS HOMENS SE envolvem em atividades com graus de
ardor não proporcionais à importância de seu
objeto. Quando eles são declarados em oposição, ou se
juntam na confederação, eles só querem fingimentos
para agir. Esquecem, no calor de suas animosidades, o
tema de sua controvérsia; ou buscam, em seus
argumentos formais a respeito, apenas um disfarce
para suas paixões. Quando o coração está
inflamado, [356] nenhuma consideração pode
reprimir seu ardor; quando seu fervor diminui,
nenhum raciocínio pode excitar e nenhuma
eloqüência desperta suas emoções anteriores.
A continuidade da emulação entre os estados deve
depender do grau de igualdade pelo qual suas forças
estão equilibradas; ou sobre os incentivos pelos quais
qualquer das partes, ou todas, são encorajadas a
continuar suas lutas. Intervalos longos de guerra,
sofrem, igualmente em todos os períodos da sociedade
civil, o espírito militar a definhar. A redução de Atenas
por Lysander deu um golpe fatal nas instituições de
Licurgo; e a posse tranquila da Itália, felizmente,
talvez, para a humanidade, quase pôs fim ao progresso
militar dos romanos. Depois de alguns anos de
repouso, Aníbal encontrou a Itália despreparada para
o seu início, e os romanos em uma disposição que
provavelmente derrubaria, nas margens do Pó, a
ambição marcial, que, despertada pela sensação de um
novo perigo, os levou ao Eufrates e o Reno.
OS ESTADOS, até mesmo distinguidos por bravura
militar, às vezes depõem as armas da canseira e estão
cansados de contendas infrutíferas: mas, se
mantiverem a posição de comunidades
independentes, terão ocasiões freqüentes para
relembrar e exercer seu vigor. Mesmo sob governos
populares, os homens às vezes abandonam a
consideração de seus direitos políticos e, às vezes,
parecem negligentes [357]ou supino; mas se
reservaram o poder de se defender, o intervalo de seu
exercício não pode ser de longa duração. Os direitos
políticos, quando negligenciados, são sempre
invadidos; e os alarmes deste trimestre devem
frequentemente renovar a atenção das partes. O amor
ao aprendizado e às artes pode mudar suas atividades
ou cair por um período; mas enquanto os homens são
possuidores de liberdade, e enquanto os exercícios de
ingenuidade não são superados, o público pode
proceder, em diferentes momentos, com fervor
desigual; mas seu progresso raramente é totalmente
interrompido, ou as vantagens obtidas em uma idade
raramente são inteiramente perdidas para o seguinte.
SE encontrarmos as causas da corrupção final,
devemos examinar as revoluções de Estado que
removem ou retêm os objetos de todo estudo
engenhoso ou busca liberal; que privam o cidadão de
ocasiões de agir como membro de um público; que
esmagam seu espírito; que rebaixam seus sentimentos
e desqualificam sua mente para assuntos.
SEÇÃO III .: Do Incidente dos Relaxamentos no
Espírito Nacional para as Nações Polidas. ↩
MELHORAR as nações, no curso de seu avanço, tem
que lutar com inimigos estrangeiros, a quem eles
carregam uma extrema animosidade, e com quem, em
muitos conflitos, eles lutam por sua existência como
povo. Em certos períodos, também, eles sentem em
suas políticas domésticas inconveniências e queixas
que geram uma impaciência ávida; e eles apreendem
reformas e novos estabelecimentos, dos quais têm
esperanças otimistas de felicidade nacional. Nos
primeiros tempos, toda arte é imperfeita e suscetível
de muitas melhorias. Os primeiros princípios de toda
ciência ainda são segredos a serem descobertos e
publicados sucessivamente com aplausos e triunfo.
PODEMOS nos convencer de que, em épocas de
progresso, a raça humana, como batedores que foram
para o exterior na descoberta de terras férteis, tendo o
mundo aberto diante deles, é apresentada a cada
passo com a aparência de novidade. Eles entram em
todos os novos terrenos com expectativa e alegria:
engajam-se em todas as empresas com o ardor dos
homens, que acreditam que vão chegar à felicidade
nacional e à glória permanente; e esquecer as
decepções passadas em meio às esperanças [359]de
sucesso futuro. Da mera ignorância, mentes rudes
estão intoxicadas com toda paixão; e, parciais às suas
próprias condições, e às suas próprias ocupações,
pensam que cada cena é inferior àquela em que são
colocadas. Acentuados igualmente pelo sucesso e pelo
infortúnio, são sanguíneos, ardentes e precipitantes; e
partiremos para as eras mais conhecedoras que os
sucederão, monumentos de habilidade imperfeita e de
execução grosseira de toda arte; mas eles deixam
igualmente as marcas de um espírito vigoroso e
ardente, que seus sucessores nem sempre estão
qualificados para sustentar ou imitar.
ESTEpode ser admitido, talvez, como uma descrição
justa de sociedades prósperas, pelo menos durante
certos períodos de seu progresso. O espírito com o
qual eles avançam pode ser desigual em diferentes
épocas, e pode ter seus paroxismos e intermissões,
decorrentes da inconstância das paixões humanas, e
da aparência casual ou remoção de ocasiões que os
excitam. Mas será que esse espírito, que por algum
tempo continua com o projeto de artes civis e
comerciais, encontra uma pausa natural no término
de suas próprias atividades? Que os negócios da
sociedade civil sejam realizados e que a ocasião de
mais esforços seja removida? As decepções
continuadas reduzem as esperanças otimistas e a
familiaridade com os objetos abrevia o limite da
novidade? A própria experiência esfria o ardor da
mente? A sociedade pode ser novamente comparada
ao indivíduo? E pode[ 360 ]Suspeita-se que, embora o
vigor de uma nação, como o de um corpo natural, não
seja desperdiçado por uma decadência física, que
ainda possa adoecer por falta de exercício e morrer no
encerramento de seus próprios esforços? Que as
sociedades, na conclusão de todos os seus projetos,
como os homens em anos, que desconsideram os
divertimentos e sejam insensíveis às paixões da
juventude, se tornem frias e indiferentes a objetos que
costumavam animar em uma era mais rude? E que
uma comunidade polida seja comparada a um homem
que, tendo executado seu plano, construiu sua casa e
fez seu assentamento; Quem, enfim, esgotou os
encantos de todos os assuntos e desperdiçou todo o
seu ardor, mergulhou no langor e na indiferença
desatenta? Se assim for, encontramos pelo menos
outro símile para o nosso propósito. Mas é provável
que aqui também a semelhança seja imperfeita; e a
inferência que se seguiria,
OS materiais da arte humana nunca estão
inteiramente esgotados e as aplicações da indústria
nunca acabam. O ardor nacional não é, em qualquer
momento particular, proporcionado à ocasião em que
há atividade; nem a curiosidade dos eruditos até o
limite do assunto que resta a ser estudado.
OS ignorantes e os sem arte, a quem os objetos da
ciência são novos e cujo modo de vida é [361]Os mais
simples, em vez de serem mais ativos e mais curiosos,
são comumente mais inativos e menos curiosos do que
aqueles que são mais bem informados sobre as
conveniências da vida. Quando comparamos as
particularidades que ocupam a humanidade no
começo e na era avançada das artes comerciais, essas
particularidades serão encontradas grandemente
multiplicadas e ampliadas na última. As perguntas
que colocamos, no entanto, merecem ser
respondidas; e se, no resultado do comércio, não
encontrarmos os objetos da perseguição humana
removidos, ou muito diminuídos, poderemos
encontrá-los pelo menos mudados; e, ao estimar o
espírito nacional, podemos encontrar uma negligência
em uma parte, mas mal compensada pela crescente
atenção que é dada a outra.
É verdade, em geral, que em todas as nossas
atividades há um término de problemas e um ponto de
repouso ao qual aspiramos. Removeríamos esse
inconveniente ou obteríamos a vantagem de nossos
trabalhos cessarem. Quando eu conquistar a Itália e a
Sicília, diz Pirro, eu apreciarei meu repouso. Essa
terminação é proposta em nosso país, bem como em
nossos esforços pessoais; e, apesar da experiência
freqüente em contrário, é considerado, à distância,
como o auge da felicidade. Mas a natureza
sabiamente, na maioria dos casos, desconcertou nosso
projeto; e colocado em nenhum lugar ao nosso alcance
esta bênção visionária de absoluta facilidade. A
realização de um fim é apenas o [362]início de uma
nova perseguição; e a descoberta de uma arte é apenas
um prolongamento do fio pelo qual somos conduzidos
para novas investigações, e enquanto esperamos
escapar do labirinto, somos levados aos seus caminhos
mais intricados.
ENTRE as ocupações que podem ser enumeradas,
como tendendo a exercitar a invenção, e cultivar os
talentos dos homens, estão as buscas de acomodação e
riqueza, incluindo todos os diferentes artifícios que
servem para aumentar as manufaturas e aperfeiçoar
as artes mecânicas. Mas deve-se reconhecer que, como
os materiais do comércio podem continuar a ser
acumulados sem qualquer limite determinado, as
artes aplicadas para aperfeiçoá-los podem admitir
refinamentos perpétuos. Nenhuma medida de fortuna,
ou grau de habilidade, é encontrada para diminuir as
supostas necessidades da vida humana; o refinamento
e a abundância fomentam novos desejos, enquanto
fornecem os meios, ou praticam os métodos, para
satisfazê-los.
NO resultado das artes comerciais, as desigualdades
de fortuna são grandemente aumentadas, e a maioria
de todos os povos é obrigada pela necessidade, ou pelo
menos fortemente incitada pela ambição e avareza, a
empregar todo talento que possuam. Depois de uma
história de cerca de mil anos empregada na
manufatura e no comércio, os habitantes da China
ainda são os mais laboriosos e trabalhadores de
qualquer povo da terra.
[ 363 ]
ALGUNSparte dessa observação pode ser estendida às
artes elegantes e literárias. Eles também têm seus
materiais que não podem ser esgotados, e procedem
de desejos que não podem ser saciados. Mas o respeito
pago ao mérito literário é flutuante e matéria de moda
passageira. Quando as produções aprendidas se
acumulam, a aquisição de conhecimento ocupa o
tempo que poderia ser concedido à invenção. O
objetivo da mera aprendizagem é alcançado com
talentos moderados ou inferiores, e a crescente lista de
pretendentes diminui o brilho dos poucos que são
eminentes. Quando queremos apenas aprender o que
os outros ensinaram, é provável que até mesmo nosso
conhecimento seja menor do que o de nossos
mestres. Grandes nomes continuam a ser repetidos
com admiração, depois de termos parado de examinar
os fundamentos de nosso louvor; e novos
pretendentes são rejeitados, não porque estejam
aquém de seus predecessores, mas porque não os
superam; ou porque na realidade nós, sem exame,
tomamos como certo o mérito do primeiro, e não
podemos julgar nenhum dos dois.
DEPOIS QUE AS bibliotecas são fornecidas e cada
caminho de engenhosidade é ocupado, somos, em
proporção à nossa admiração pelo que já foi feito,
preparados contra tentativas posteriores. Nós nos
tornamos estudantes e admiradores, em vez de
rivais; e substituir o conhecimento dos livros, em vez
do espírito inquisitivo ou animado em que foram
escritos.
[ 364 ]
O comercial e as artes lucrativas podem continuar a
prosperar, mas ganham ascendente à custa de outras
atividades. O desejo de lucro sufoca o amor da
perfeição. O interesse esfria a imaginação e endurece o
coração; e, recomendando empregos na proporção em
que são lucrativos, e certos em seus ganhos,
impulsiona a engenhosidade e a própria ambição ao
balcão e à oficina.
MAS, além dessas considerações, a separação de
profissões, embora pareça prometer melhoria de
habilidade, é na verdade a causa por que as produções
de cada arte se tornam mais perfeitas à medida que o
comércio avança; todavia, na sua terminação e efeitos
finais, serve, em alguma medida, para romper os laços
da sociedade, para substituir meras formas e regras de
arte no lugar de ingenuidade, e para retirar indivíduos
da cena comum de ocupação, sobre a qual os
sentimentos do coração e da mente são mais felizes
empregadas.
SOB a distinção de chamados, pela qual os membros
da sociedade polida são separados uns dos outros,
todo indivíduo supostamente possui sua espécie de
talento, ou sua habilidade peculiar, na qual os outros
são confessadamente ignorantes; e a sociedade é
composta de partes, das quais nenhuma é animada
com o espírito que deve prevalecer na conduta das
nações. “Nós vemos nas mesmas pessoas”, [365]disse
Péricles, “uma atenção igual ao privado e aos assuntos
públicos; e nos homens que se voltaram para
profissões separadas, um conhecimento competente
do que se relaciona com a comunidade; pois somente
nós consideramos aqueles que estão desatentos ao
estado, como perfeitamente insignificantes. ”Esse
encômio sobre os atenienses, provavelmente foi
oferecido sob uma compreensão, de que o contrário
provavelmente seria cobrado por seus inimigos, ou
poderia acontecer em breve. Aconteceu, portanto, que
os negócios do Estado, bem como da guerra, foram
pior administrados em Atenas, quando estes, bem
como outras aplicações, tornaram-se objeto de
profissões distintas; e a história desse povo
abundantemente demonstrou que os homens
deixavam de ser cidadãos, até mesmo de serem bons
poetas e oradores, na medida em que se distinguiam
pela profissão desses e outros ofícios separados.
ANIMAIS menos honrados do que nós, têm sagacidade
suficiente para obter sua comida e encontrar os meios
de seus prazeres solitários; mas é reservado ao homem
consultar, persuadir, opor-se, acender-se na sociedade
de seus semelhantes e perder o senso de seu interesse
pessoal ou segurança, no ardor de suas amizades e de
suas oposições.
QUANDO estamos envolvidos em qualquer das divisões
em que a humanidade são separados sob as
denominações de um país, uma tribo, ou uma ordem
de [366] homens alguma forma afetadas por
interesses comuns, e guiados por paixões
comunicantes, a mente reconhece sua naturais
estação; os sentimentos do coração e os talentos do
entendimento encontram seu exercício
natural. Sabedoria, vigilância, fidelidade e fortaleza
são os caracteres necessários em tal cena e as
qualidades que ela tende a melhorar.
EMeras simples ou bárbaras, quando as nações são
fracas e atormentadas por inimigos, o amor de um
país, de um partido ou de uma facção é o mesmo. O
público é um grupo de amigos e seus inimigos são o
resto da humanidade. Morte, ou escravidão, são os
males comuns que eles estão preocupados em
afastar; vitória e domínio, os objetos a que
aspiram. Sob o senso do que eles podem sofrer de
invasões estrangeiras, é um objetivo, em toda
sociedade próspera, aumentar sua força e estender
seus limites. Na proporção em que esse objeto é
obtido, a segurança aumenta. Aqueles que possuem os
distritos do interior, distantes da fronteira, não estão
acostumados a alarmes vindos do exterior. Aqueles
que são colocados nas extremidades, longe das sedes
do governo, não estão acostumados a ouvir falar de
interesses políticos; e o público se torna um objeto
talvez demasiado extenso para as concepções de
ambos. Eles desfrutam da proteção de suas leis ou de
seus exércitos; e eles se orgulham de seu esplendor e
seu poder; mas os sentimentos brilhantes de afeto
público, que, em pequenos estados, se misturam com
a[ 367 ] a ternura do pai e do amante, do amigo e do
companheiro, simplesmente por ter seu objeto
aumentado, perde grande parte de sua força.
AS maneiras de nações rudes precisam ser
reformadas. Suas brigas estrangeiras e dissensões
domésticas são operações de paixões extremas e
sanguinárias. Um estado de maior tranquilidade tem
muitos efeitos felizes. Mas se as nações perseguem o
plano de ampliação e pacificação, até que seus
membros não consigam mais apreender os laços
comuns da sociedade, nem se empenhem pela afeição
na causa de seu país, eles devem errar do lado oposto,
e deixando muito pouco para agitar os espíritos dos
homens, trazer em idades de languidez, se não de
decadência.
OS membros de uma comunidade podem, assim, como
os habitantes de uma província conquistada, perder o
sentido de toda conexão, mas a de parentesco ou
vizinhança; e não têm assuntos comuns para
transacionar, mas aqueles de comércio: Conexões, na
verdade, ou transações, nas quais a probidade e a
amizade ainda podem ocorrer; mas em que o espírito
nacional, cujos fluxos e refluxos estamos considerando
agora, não pode ser exercido.
O que observamos, no entanto, na tendência de o
alargamento afrouxar os elos da união política, não
pode ser aplicado a nações que, sendo originalmente
estreitas, nunca estenderam grandemente
seus [368] limites; nem para aqueles que, em um
estado grosseiro, já tinham a extensão de um grande
reino.
EM territórios de extensão considerável, sujeitos a um
governo, e possuidores de liberdade, a união nacional,
em idade grosseira, é extremamente imperfeita. Cada
distrito forma uma festa separada; e os descendentes
de diferentes famílias são opostos um ao outro, sob a
denominação de tribos ou de clãs:raramente são
levados a agir com um concerto fixo; suas lutas e
animosidades dão com mais frequência a aparência de
tantas nações em guerra do que de um povo unido por
conexões de política. Eles adquirem um espírito, no
entanto, em suas divisões privadas, e no meio de uma
desordem, de outra forma dolorosa, da qual a força,
em muitas ocasiões, redunda no poder do estado.
QUALQUER QUE seja a extensão nacional, a ordem civil
e o governo regular, são vantagens da maior
importância; mas não se segue, que todo arranjo feito
para obter estes fins, e que pode, ao fazer, exercitar e
cultivar as melhores qualidades dos homens, é,
portanto, de natureza a produzir efeitos permanentes,
e assegurar a preservação daquele nacional. espírito
do qual surgiu.
TEMOS razão para temer os refinamentos políticos dos
homens comuns, quando consideramos que o
repouso, ou a inação em si, é em grande
medida [369]seu objeto; e que eles freqüentemente
modelariam seus governos, não apenas para evitar
injustiças e erros, mas para evitar agitação e
agitação; e pelas barreiras que eles levantam contra as
más ações dos homens, impediria que eles agissem de
forma alguma. Toda disputa de um povo livre, na
opinião de tais políticos, equivale à desordem e à
violação da paz nacional. Que coração queima? Que
demora para os assuntos? O que quer de sigilo e
despacho? Que defeito de polícia? Os homens de gênio
superior às vezes parecem imaginar que os vulgares
não têm título para agir ou pensar. Um grande
príncipe tem o prazer de ridicularizar a precaução pela
qual os juízes de um país livre estão confinados à
interpretação estrita da lei * .
NÓS facilmente aprender a contrair nossas opiniões
sobre o que os homens podem, em consistência com a
ordem pública, ser permitida de forma segura para
fazer. As agitações de uma república e a licença de
seus membros atacam os súditos da monarquia com
aversão e nojo. A liberdade com que o europeu é
deixado para atravessar as ruas e os campos, pareceria
a um chinês um prelúdio seguro à confusão e à
anarquia. “Os homens podem contemplar seu superior
e não tremer? Eles podem conversar sem um
cerimonial preciso e escrito? Que esperanças de paz,
se as ruas não estão barricadas em uma hora? Que
desordem selvagem, se os homens são permitidos em
qualquer coisa para fazer o que querem?
[ 370 ]
E SEas precauções que os homens tomam uns contra
os outros, são necessárias para reprimir seus crimes, e
não surgem de uma ambição corrupta, ou de cruel
inveja em seus governantes, o processo em si deve ser
aplaudido, como o melhor remédio de que os vícios de
os homens vão admitir. A víbora deve ser mantida à
distância e o tyger acorrentado. Mas se uma política
rigorosa, aplicada para escravizar, não se restringir
dos crimes, tem uma tendência real de corromper as
boas maneiras e extinguir o espírito das nações; se
suas severidades forem aplicadas para acabar com as
agitações de um povo livre, não para remediar suas
corrupções; se as formas são frequentemente
aplaudidas como falutárias, porque elas tendem
apenas a silenciar a voz da humanidade, ou serem
condenadas como perniciosas, porque permitem que
essa voz seja ouvida; podemos esperar que muitas das
melhorias da sociedade civil,
SE para qualquer pessoa o objeto declarado da
política, em todos os seus refinamentos internos,
assegurar apenas a pessoa e a propriedade do sujeito,
sem qualquer consideração ao seu caráter político, a
constituição pode ser de fato livre, mas seus membros
também podem se tornar indignos. da liberdade que
possuem e impróprios para preservá-la. Os efeitos de
uma tal constituição pode ser para mergulhar todas as
ordens de homens em suas buscas separadas de
prazer, [371] que podem sobre esta suposição
desfrutar com pouca perturbação; ou de ganho, que
eles podem preservar sem qualquer atenção para a
comunidade.
E SESe este for o fim das lutas políticas, o desígnio,
quando executado, em assegurar ao indivíduo seu
patrimônio, e os meios de subsistência, pode pôr fim
ao exercício daquelas mesmas virtudes que foram
requeridas na condução de sua execução. Um homem
que, ao lado de seus compatriotas, contende com a
usurpação em defesa de sua propriedade ou de sua
pessoa, pode, naquela mesma luta, ter encontrado um
esforço de grande generosidade e de vigoroso
espírito; mas aquele que, sob os estabelecimentos
políticos, deveria ser plenamente confirmado, isso lhe
confere, porque está a salvo, ao mero gozo da fortuna,
transformou de fato numa fonte de corrupção as
vantagens que as virtudes do outro
proporcionavam. Os indivíduos, em determinadas
épocas, obtêm sua proteção principalmente da força
do partido ao qual aderem; mas em tempos de
corrupção eles se lisonjeiam, para que possam
continuar a deduzir do público a segurança que, em
épocas anteriores, deviam à sua própria vigilância e
espírito, à apego caloroso de seus amigos e ao
exercício de todo talento que pudesse torná-los
respeitados, temidos ou amado. Em um período,
portanto, meras circunstâncias servem para excitar o
espírito e preservar as maneiras dos homens; em
outro, grande sabedoria e zelo por[ 372 ] o bem da
humanidade por parte de seus líderes, são necessários
para os mesmos fins.
ROMA,pode-se pensar, não morreu de letargia, nem
pereceu pela remissão de seus ardores políticos em
casa. Sua cinomose parecia de uma natureza mais
violenta e aguda. No entanto, se as virtudes de Catão e
de Brutus encontravam um exercício na hora da morte
da república, a neutralidade e a cautelosa
aposentadoria de Ático, encontravam sua segurança
na mesma estação tempestuosa; e o grande corpo do
povo permaneceu imperturbado abaixo da corrente de
uma tempestade, pela qual as fileiras superiores de
homens foram destruídas. Na mente das pessoas, o
senso de público foi desfigurado; e até mesmo a
animosidade da facção diminuíra; eles só podiam
compartilhar a comoção, quem eram os soldados de
uma legião ou os partidários de um líder. Mas este
estado não caiu na obscuridade por falta de homens
eminentes. Se na época, de que falamos, olhamos
apenas alguns nomes distintos na história da
humanidade, não há período em que a lista fosse mais
numerosa. Mas esses nomes se distinguiram na
disputa por domínio, não no exercício de direitos
iguais: o povo estava corrompido; Um império tão
grande precisava de um mestre.
OS governos REPUBLICANOS , em geral, estão em risco
de ruína do ascendente de facções particulares, e do
espírito amotinado de uma população, [373] que,
sendo corrompida, não está mais apta a participar da
administração do Estado. Mas sob outros
estabelecimentos, onde a liberdade pode ser mais bem
sucedida se os homens forem corrompidos, o vigor
nacional declina do abuso dessa mesma segurança que
é obtida pela suposta perfeição da ordem pública.
UMA DISTRIBUIÇÃOde poder e escritório; uma execução
da lei, pela qual as invasões mútuas e os abusos são
levados a um fim; pelo qual a pessoa e a propriedade
são, sem amigos, sem cabala, sem obrigação,
perfeitamente asseguradas aos indivíduos, honram o
gênio de uma nação; e não poderiam ter sido
plenamente estabelecidos, sem esses esforços de
compreensão e integridade, aquelas provações de um
espírito resoluto e vigoroso, que adornam os anais de
um povo, e deixam para as eras futuras um assunto de
justa admiração e aplauso. Mas se supusermos que o
fim é alcançado, e que os homens não mais agem, no
gozo da liberdade, dos sentimentos liberais, ou com
vistas à preservação dos modos públicos; se os
indivíduos se acharem seguros sem qualquer atenção
ou esforço próprio; essa vantagem vangloriada pode
ser encontrada apenas para dar-lhes a oportunidade
de desfrutar, no lazer, das conveniências e
necessidades da vida; ou, na língua de Catão, ensiná-
los a valorizar suas casas, suas mansões, suas estátuas
e seus quadros, a uma taxa maior do que a da
República.[ 374 ] Eles podem ser encontrados a se
cansar em segredo de uma constituição livre, da qual
eles nunca deixam de se vangloriar em suas conversas,
e que eles sempre negligenciam em sua conduta.
OS perigos para a liberdade não são objeto de nossa
consideração atual; mas nunca podem ser maiores por
qualquer causa do que pela suposta remissão de um
povo, a cujo vigor pessoal toda constituição, como
devia ao seu estabelecimento, deve continuar a dever-
se à sua preservação. Essa bênção também não é
menos segura do que na posse de homens que acham
que eles a apreciam com segurança, e que, portanto,
consideram o público apenas quando apresentam à
avareza uma série de empregos lucrativos; para o qual,
eles podem sacrificar aqueles mesmos direitos que se
tornam objetos de administração ou de consideração.
DA tendência dessas reflexões, então, deve parecer que
um espírito nacional é freqüentemente transitório,
não por causa de qualquer doença incurável na
natureza da humanidade, mas por causa de suas
negligências e corrupções voluntárias. Esse espírito
subsistiu apenas, talvez, na execução de alguns
projetos, firmados para a aquisição de território ou
riqueza; vem, como uma arma inútil, para ser posta de
lado depois que seu fim é alcançado.
Estabelecimentos ORDINÁRIOS terminam em um
relaxamento de vigor, e ineficaz para a
preservação [375]dos estados; porque eles levam a
humanidade a confiar em suas artes, em vez de suas
virtudes; e confundir com uma melhoria da natureza
humana, uma mera adesão de alojamento, ou de
riquezas * . Instituições que fortalecem a mente,
inspiram coragem e promovem a felicidade nacional,
nunca podem tender à ruína nacional.
NÃO é possível, em meio a nossa admiração pelas
artes, encontrar algum lugar para isso? Deixem os
estadistas, que são confiados ao governo das nações,
responderem por si mesmos. É da conta deles, quer
subam em posições de eminência, meramente para
mostrar uma paixão de interesse, que preferem se
entregar à obscuridade; e se eles têm capacidade de
entender a felicidade de um povo, cuja conduta eles
estão tão dispostos a empreender.
SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou. ↩
Os homens freqüentemente, enquanto estão
engajados no que é considerado o mais egoísta de
todas as atividades, a melhoria da fortuna, então, a
maioria negligencia a si mesma; e enquanto eles
raciocinam por seu país, esqueça as considerações que
mais merecem sua atenção. Números, riquezas e
outros recursos da guerra são muito importantes: mas
as nações consistem em homens; e uma nação que
consiste de homens degenerados e covardes é
fraca; uma nação que consiste de homens vigorosos,
espirituosos e resolutos é forte. Os recursos da guerra,
onde outras vantagens são iguais, podem decidir uma
disputa; mas os recursos da guerra, em mãos que não
podem empregá-los, são inúteis.
A VIRTUDE é um componente necessário da força
nacional: a capacidade e uma compreensão vigorosa
não são menos necessárias para sustentar a sorte dos
estados. Ambos são melhorados pela disciplina e pelos
exercícios em que os homens estão
envolvidos. Desprezamos, ou temos pena, a sorte da
humanidade, enquanto eles viviam sob
estabelecimentos incertos, e eram obrigados a
sustentar na mesma pessoa, o caráter do senador, do
estadista e do soldado. As nações comerciais
descobrem que qualquer um desses personagens é
suficiente em uma pessoa; e que os fins de cada um,
quando separados, são mais facilmente alcançados. A
primeira, no entanto, foram as
circunstâncias [377] sob as quais as nações avançaram
e prosperaram; o segundo foram aqueles em que o
espírito relaxou e a nação se deteriorou.
PODEMOS , com razão, felicitar nossa espécie por ter
escapado de um estado de desordem e violência
bárbaras, para um estado de paz doméstica e política
regular; quando eles embainharam a adaga e
desarmaram as animosidades da contenda
civil; quando as armas com as quais eles lidam são os
raciocínios dos sábios e a língua dos eloqüentes. Mas
não podemos, dizer o tempo, ajudar a lamentar, que
eles devem proceder, em busca da perfeição, para
colocar cada ramo da administração atrás do balcão, e
vir a empregar, em vez do estadista e guerreiro, o
mero funcionário e contador.
AO transportar este sistema à sua altura, os homens
são educados, que poderia copiar para Caesar suas
instruções militares, ou mesmo executar uma parte de
seus planos; mas ninguém que pudesse atuar em todas
as diferentes cenas para as quais o próprio líder deve
ser qualificado, no estado e no campo, em tempos de
ordem ou de tumulto, em tempos de divisão ou de
unanimidade; ninguém que pudesse animar o
conselho ao deliberar sobre assuntos domésticos, ou
quando alarmado por ataques do exterior.
A política da China é o modelo mais perfeito de um
arranjo no qual os refinamentos comuns do governo
são direcionados; e o habitante [378]desse império
possuem, no mais alto grau, aquelas artes nas quais
mentes vulgares fazem depender a felicidade e a
grandeza das nações. O estado adquiriu, em uma
medida inigualável na história da humanidade, o
número de homens e os outros recursos da
guerra. Eles fizeram o que estamos muito aptos a
admirar; eles trouxeram os assuntos nacionais ao
nível da capacidade média; eles os quebraram em
partes e os jogaram em departamentos separados; eles
vestiram todos os procedimentos com esplêndidas
cerimônias e formas majestosas; e onde a reverência
das formas não pode reprimir a desordem, uma
polícia rigorosa e severa, armada com todas as
espécies de punição corporal, é aplicada ao
propósito. O chicote e o porrete são oferecidos a todas
as ordens de homens; eles são ao mesmo tempo
empregados, e são temidos por todos os
magistrados. Um mandarim é chicoteado
TODO departamento de estado é feito objeto de uma
profissão separada, e todo candidato a cargos deve ter
passado por uma educação regular; e, como nas
graduações da universidade, deve ter obtido por sua
proficiência, ou sua posição, o grau a que aspira. Os
tribunais de Estado, de guerra e de renda, assim como
de literatura, são conduzidos por graduados em seus
diferentes estudos: Mas enquanto a aprendizagem é o
grande caminho para o favorecimento, termina em
poder ler e escrever; e o grande objeto [379]do
governo consiste em criar e consumir os frutos da
terra. Com todos esses recursos, e essa preparação
aprendida, feita para transformar esses recursos em
uso, o estado é, na verdade, fraco; repetidamente deu
o exemplo que procuramos explicar; e entre os
doutores da guerra ou da política, entre os milhões
que estão separados para a profissão militar, não pode
encontrar nenhum de seus membros que esteja em
condições de defender os perigos de seu país, ou de
formar uma defesa contra as incursões repetidas. de
um inimigo com fama de ser ingênuo e mesquinho.
É difícil dizer quanto tempo a decadência dos estados
pode ser suspensa, pelo cultivo das artes, das quais
dependem sua verdadeira felicidade e
força; cultivando nos altos escalões os talentos para o
conselho e o campo, que não podem, sem grande
desvantagem, ser separados; e no corpo de um povo,
esse zelo por seu país, e aquele caráter militar, que
lhes permite tomar parte na defesa de seus direitos.
CHEGAM OS TEMPOS , quando todo proprietário deve
defender suas próprias posses, e todo povo livre
mantém sua própria independência. Podemos
imaginar que, contra tal extremidade, um exército de
tropas contratadas seja uma precaução suficiente; mas
suas próprias tropas são o próprio inimigo contra o
qual um povo às vezes é obrigado a lutar. Podemos
nos lisonjear, que extremidades desse tipo, em
qualquer caso particular, são remotas; mas não
podemos, [380] raciocinar sobre as fortunas gerais da
humanidade, evitar colocar o caso e referir-nos aos
exemplos em que isso aconteceu. Aconteceu em todos
os casos em que os polidos caíram vítimas do rude e
onde o habitante do pacífico foi reduzido à submissão
pela força militar.
SE a defesa e o governo de um povo dependerem de
poucos, que fazem da conduta do Estado ou da guerra
sua profissão; se estes são estrangeiros ou
nativos; quer sejam chamados de repente, como a
legião romana da Bretanha; se eles se voltam contra
seus empregadores, como o exército de Cartago, ou se
ficam sobrecarregados e dispersos por um golpe de
sorte, a multidão de um povo covarde e indisciplinado
deve, em tal emergência, receber um inimigo
estrangeiro ou doméstico, como eles Seria uma praga
ou um terremoto, com espanto e terror sem
esperança, e por seus números, apenas inchar os
triunfos e enriquecer o espólio de um conquistador.
ESTADISTAS e líderes de exércitos, acostumados à mera
observância de formas, são desconcertados pela
suspensão das regras consuetudinárias; e em ligeiras
razões, o desespero de seu país. Eles estavam
qualificados apenas para ir as rondas de uma pista
particular; e quando forçados a partir de suas
estações, são na realidade incapazes de agir com os
homens. Só participavam de formalidades, das quais
não entendiam a tendência; e em conjunto com
os [381] modos de procedimento, mesmo a muito
afirmar-se, na sua apreensão, tenha deixado de
existir. Os números, posses e recursos de um grande
povo servem apenas, em sua opinião, para constituir
uma cena de confusão e terror sem esperança.
EM eras brutas, sob as denominações de uma
comunidade, um povo ou uma nação, entendia-se um
número de homens; e o estado, enquanto seus
membros permaneciam, foi considerado inteiro. Os
citas, enquanto fugiam diante de Dario, zombaram de
sua tentativa infantil; Atenas sobreviveu às
devastações de Xerxes; e Roma, em seu estado bruto,
os dos gauleses. Com estados polidos e mercantis, o
caso é por vezes invertido. A nação é um território,
cultivado e melhorado por seus donos; destruir a
possessão, mesmo enquanto o mestre permanecer, o
estado é desfeito.
ESSA fraqueza e afeminação, das quais as nações
polidas são por vezes acusadas, têm o seu lugar
provavelmente apenas na mente. A força dos animais,
e a do homem em particular, depende de sua
alimentação e do tipo de trabalho ao qual ele é
usado. Alimentos saudáveis e trabalho árduo, a porção
de muitos em cada nação polida e comercial,
asseguram ao público um número de homens dotados
de força corporal, e habituados a dificuldades e labuta.
MESMO A vida delicada e a boa acomodação não são
encontradas para enervar o corpo. Os exércitos da
Europa foram obrigados a fazer a [382] experiência; e
os filhos de famílias abastadas, criados em efeminação
ou amamentados com ternura, foram confrontados
com o selvagem. Ao imitar suas artes, eles
aprenderam, como ele, a atravessar a floresta; e, em
todas as estações, subsistir no deserto. Eles, talvez,
recuperaram uma lição, que custou às nações
civilizadas muitas eras desaprender, Que a fortuna de
um homem é completa enquanto ele permanece
possuído por si mesmo.
ISTOPode-se pensar, no entanto, que poucas das
célebres nações da antiguidade, cujo destino deu
origem a tanta reflexão sobre as vicissitudes dos
assuntos humanos, haviam feito qualquer grande
progresso naquelas artes enervadoras que
mencionamos; ou fez aqueles arranjos dos quais o
perigo em questão poderia surgir. Os gregos, em
particular, na época em que receberam o jugo
macedônio, certamente não tinham levado as artes
comerciais a um patamar tão grande quanto as nações
mais florescentes e prósperas da Europa. Eles ainda
mantinham a forma de repúblicas independentes; as
pessoas geralmente eram admitidas em uma parte do
governo; e, não podendo contratar exércitos, eles
eram obrigados, por necessidade, a tomar parte na
defesa de seu país. Por suas freqüentes guerras e
comoções domésticas, eles estavam acostumados ao
perigo,[ 383 ] mundo conhecido. O jovem Ciro
prometeu a si mesmo o império da Ásia por meio de
sua ajuda; e depois de sua queda, um corpo de dez mil,
embora privado de seus líderes, frustrou, em sua
retirada, toda a força militar do império persa. O
vencedor da Ásia não se considerava preparado para
essa conquista, até formar um exército das repúblicas
da Grécia.
É verdade, no entanto, que na era de Filipe, o espírito
militar e político dessas nações parece ter sido
consideravelmente prejudicado, e ter sofrido, talvez,
com a variedade de interesses e buscas, bem como de
prazeres, com o qual seus membros vieram a ser
ocupados; eles até fizeram uma espécie de separação
entre o caráter civil e militar. Fócio, nos é dito por
Plutarco, tendo observado que os homens principais
de seu tempo seguiram cursos diferentes, que alguns
se aplicaram a assuntos civis, outros a assuntos
militares, determinados em vez de seguir os exemplos
de Temístocles, Aristides e Péricles, os líderes de uma
idade anterior, que estavam igualmente preparados
para qualquer um.
NÓS encontramos nos discursos de Demóstenes, uma
referência perpétua para este estado de maneiras. Nós
o encontramos exortando os atenienses não apenas a
declarar guerra, mas a se armarem para a execução de
seus próprios planos militares. Descobrimos que havia
uma ordem de militares que passavam facilmente do
serviço de um estado para o de outro; [384]e quem,
quando foram negligenciados de casa, se voltaram
para as empresas por conta própria. Não houve,
talvez, melhores guerreiros em qualquer idade
anterior; mas esses guerreiros não estavam ligados a
nenhum estado; e os habitantes estabelecidos de todas
as cidades julgavam-se desqualificados para o serviço
militar. A disciplina dos exércitos talvez tenha sido
melhorada; mas o vigor das nações tinha ido para a
decadência. Quando Filipe, ou Alexandre, derrotou os
exércitos gregos, que eram compostos principalmente
por soldados da fortuna, eles encontraram uma
conquista fácil com os outros habitantes; e quando
este último, posteriormente apoiado por esses
soldados, invadiu o império persa, parece ter deixado
pouco espírito marcial para trás; e removendo os
militares, para ter tomado precauções suficientes, em
sua ausência, para assegurar seu domínio sobre este
povo amotinado e reformulado.
A subdivisão das artes e profissões, em certos
exemplos, tende a melhorar a prática deles e
promover seus fins. Ao separar as artes do artesão e
do curtidor, somos mais bem abastecidos com sapatos
e com tecidos. Mas separar as artes que formam o
cidadão e o estadista, as artes da política e da guerra, é
uma tentativa de desmembrar o caráter humano e
destruir aquelas mesmas artes que pretendemos
melhorar. Por essa separação, privamos de fato um
povo livre daquilo que é necessário para sua
segurança; ou nós preparar uma defesa contra
invasões do exterior, o que dá uma perspectiva de
usurpação, e [385] ameaça o estabelecimento de um
governo militar em casa.
NÓSPode ficar surpreso ao descobrir o início de certas
instruções militares em Roma, referindo-se a uma
época não anterior à da guerra de Cimbric. Foi então,
segundo Valerius Maximus, que soldados romanos
foram obrigados a aprender com os gladiadores o uso
de uma espada: E os Antagonistas de Pirro e de Aníbal
estavam, por conta desse escritor, ainda precisando de
instrução no primeiros rudimentos de seu ofício. Eles
já haviam, pela ordem e escolha de seus
acampamentos, impressionado o invasor grego com
reverência e respeito; eles já tinham, não por suas
vitórias, mas por seu vigor e firmeza nacionais, sob
repetidas derrotas, induziam-no a pedir a paz. Mas o
arrogante romano talvez conhecesse a vantagem da
ordem e da união, sem ter sido quebrado nas artes
inferiores do soldado mercenário; e teve a coragem de
enfrentar os inimigos de seu país, sem ter praticado o
uso de sua arma sob o medo de ser chicoteado. Ele não
poderia ser persuadido de que chegaria a hora,
quando nações refinadas e inteligentes fariam com
que a arte da guerra consistisse em algumas poucas
formas técnicas; que os cidadãos e soldados possam
vir a ser distinguidos tanto quanto mulheres e
homens; que o cidadão se tornaria possuidor de uma
propriedade que ele não seria capaz de defender; que
o soldado seria designado para manter por outro o que
ele seria ensinado a desejar, e o que ele que os
cidadãos e soldados possam vir a ser distinguidos
tanto quanto mulheres e homens; que o cidadão se
tornaria possuidor de uma propriedade que ele não
seria capaz de defender; que o soldado seria designado
para manter por outro o que ele seria ensinado a
desejar, e o que ele que os cidadãos e soldados possam
vir a ser distinguidos tanto quanto mulheres e
homens; que o cidadão se tornaria possuidor de uma
propriedade que ele não seria capaz de defender; que
o soldado seria designado para manter por outro o que
ele seria ensinado a desejar, e o que ele[ 386 ] só seria
capaz de aproveitar e guardar para si mesmo; que, em
resumo, um grupo de homens deveria ter interesse na
preservação de estabelecimentos civis, sem o poder de
defendê-los; que o outro deveria ter esse poder, sem a
inclinação ou o interesse.
ESTE povo, no entanto, gradualmente, colocou a sua
força militar no mesmo patamar ao qual esta
descrição alude. Marius fez uma mudança importante
na maneira de ordenar soldados em Roma: Ele encheu
suas legiões com o malvado e o indigente, que
dependia do pagamento militar pela subsistência; ele
criou uma força que dependia apenas da disciplina e
da habilidade do gladiador; ele ensinou suas tropas a
empregar suas espadas contra a constituição de seu
país e deu o exemplo de uma prática que foi logo
adotada e aperfeiçoada por seus sucessores.
OS romanos só queriam dizer que seus exércitos
usurparam a liberdade de outras nações, enquanto
preservavam as suas próprias. Esqueceram que, ao se
juntarem soldados da fortuna, e ao sofrerem qualquer
líder para serem mestres de um exército disciplinado,
eles realmente renunciaram a seus direitos políticos e
sofreram um mestre que se levantou para o
Estado. Esse povo, em suma, cuja paixão dominante
era a depredação e a conquista, pereceu pelo recuo de
uma locomotiva que eles próprios erigiram contra a
humanidade.
OS requintes refinados, então, da idade polida, não
são desprovidos de perigo. Eles abrir uma [387]porta,
talvez, a um desastre, tão amplo e acessível como
qualquer daqueles que fecharam. Se eles constroem
muralhas e muralhas, eles enervam as mentes
daqueles que são colocados para defendê-los; se
formam exércitos disciplinados, reduzem o espírito
militar de nações inteiras; e colocando a espada onde
eles têm dado um desgosto aos estabelecimentos civis,
eles preparam para a humanidade o governo da força.
É uma alegria para a nação da Europa, que a
disparidade entre o soldado e o cidadão pacífico nunca
possa ser tão grande como se tornou entre os gregos e
os romanos. No uso de armas modernas, o novato é
feito para aprender e praticar com facilidade tudo
aquilo que o veterano conhece; e se ensinar a ele era
uma questão de dificuldade real, felizes são aqueles
que não são dissuadidos por tais dificuldades, e que
podem descobrir as artes que tendem a fortificar e
preservar, a não enervar e arruinar seu país.
[ 388 ]
SEÇÃO V .: De Resíduos Nacionais. ↩
A força das nações consiste na riqueza, nos números e
no caráter de seu povo. A história de seu progresso a
partir de um estado de rudeza é, em sua maior parte,
um detalhe das lutas que eles mantiveram, e das artes
que praticaram, para fortalecer ou assegurar-se. Suas
conquistas, sua população e seu comércio, seus
arranjos civis e militares, sua habilidade na
construção de armas e nos métodos de ataque e
defesa; a própria distribuição de tarefas, seja em
negócios privados ou em assuntos públicos, ou
tendem a doar, ou prometer empregar com vantagem,
os constituintes de uma força nacional e os recursos
da guerra.
SE supusermos que, juntamente com essas vantagens,
o caráter militar de um povo permanece, ou é
aperfeiçoado, deve seguir-se que o que se ganha na
civilização é um aumento real de força; e que a ruína
das nações nunca poderia se elevar de si
mesmas. Onde os Estados pararam pouco em seu
progresso, ou realmente se deterioraram, podemos
suspeitar que, embora dispostos a avançar,
encontraram um limite, além do qual não puderam
prosseguir; ou de uma remissão do espírito nacional, e
uma fraqueza de caráter, foram incapazes de tirar o
máximo de [389]seus recursos e vantagens
naturais. Partindo dessa suposição de estarem
estacionários, eles podem começar a recair e, por um
movimento retrógrado em uma sucessão de eras,
chegar a um estado de maior fraqueza do que aquilo
que abandonaram no início de seu progresso; e com a
aparição de melhores artes e conduta superior,
expõem-se a tornarem-se presas dos bárbaros, os
quais, na realização ou no auge de sua glória,
facilmente confundiram ou desprezaram.
QUALQUER que seja a riqueza natural de um povo, ou
quaisquer que sejam os limites além dos quais eles
não possam melhorar seu estoque, é provável que
nenhuma nação jamais tenha atingido esses limites,
ou tenha sido capaz de adiar seus infortúnios, e os
efeitos de conduta imprópria, até que seu fundo de
materiais e a fertilidade de seu solo se esgotaram, ou
os números de seu povo foram muito reduzidos. Os
mesmos erros na política e a fraqueza de maneiras,
que impedem o uso adequado dos recursos, também
verificam seu aumento ou melhoria.
A riqueza do estado consiste na fortuna de seus
membros. A receita real do estado é a parcela de cada
fortuna privada, que o público costumava exigir para
fins nacionais. Esta receita não pode ser sempre
proporcional ao que pode ser supostamente
redundante na propriedade privada, mas ao que é, em
alguns [390]medida, pensado pelo proprietário; e
para o que ele pode poupar, sem intrometer-se em sua
maneira de viver e sem suspender seus projetos de
investimento ou de comércio. Deve parecer, portanto,
que qualquer aumento desmedido da despesa privada
é um prelúdio para a fraqueza nacional: o governo,
mesmo quando cada um de seus súditos consome um
estado principesco, pode ser limitado em termos de
receita, e a parodoxa pode ser explicada pelo exemplo.
o público é pobre, enquanto seus membros são ricos.
SOMOS frequentemente levados a erros ao confundir
dinheiro com riquezas; pensamos que um povo não
pode ser empobrecido por um desperdício de dinheiro
que é gasto entre eles. O fato é que os homens são
empobrecidos apenas de duas maneiras; seja por ter
seus ganhos suspensos, ou por ter sua substância
consumida; e o dinheiro gasto em casa, sendo
circulado, e não consumido, não pode, mais do que a
troca de um registro, ou de um contador, entre um
certo número de mãos, tendem a diminuir a riqueza
da companhia entre as quais é entregue. Mas
enquanto o dinheiro circula em casa, as necessidades
da vida, que são os verdadeiros constituintes da
riqueza, podem ser consumidas indiferentemente; a
indústria que pode ser empregada para aumentar o
estoque de um povo pode ser suspensa ou ser
abusada.
GRANDES exércitos, mantidos em casa ou no exterior,
sem qualquer objeto nacional, são tantas [391]bocas
desnecessariamente abertas para desperdiçar as
reservas do público, e tantas mãos detidas das artes
pelas quais seus lucros são feitos. Empresas mal
sucedidas são tantos empreendimentos descartados e
perdas sustentadas, proporcionais ao capital
empregado no serviço. Os helvécios, para invadir a
província romana da Gália, queimaram suas
habitações, abandonaram seus instrumentos de
lavoura e consumiram em um ano a economia de
muitos. O empreendimento fracassou de sucesso e a
nação foi desfeita.
ESTADOSEm alguns casos, empenharam-se em
penhorar seu crédito, em vez de empregar seu capital,
para disfarçar os riscos que corriam. Eles
descobriram, nos empréstimos que eles levantaram,
um recurso casual, que incentivou seus
empreendimentos. Eles pareciam, por sua maneira de
erguer fundos transferíveis, deixar a capital para fins
comerciais, nas mãos do sujeito, enquanto na verdade
é gasto pelo governo. Eles têm, por estes meios,
procedido à execução de grandes projetos nacionais,
sem suspender a indústria privada, e deixaram as eras
futuras para responder, em parte, por dívidas
contraídas com vista a futuro emolumento. Até agora,
o expediente é plausível e parece ser justo. O fardo
crescente também é gradualmente estabelecido; e se
uma nação afundar em alguma idade futura, todo
ministro espera que ela ainda possa se manter à
tona.[ 392 ] razão, é, com todas as suas vantagens,
extremamente perigoso, nas mãos de uma
administração precipitada e ambiciosa, considerando
apenas a ocasião atual, e imaginando um estado
inesgotável, enquanto um capital pode ser
emprestado, e o interesse ser pago.
NÓSConta-se de uma nação que, durante um certo
período, rivalizou com as glórias do mundo antigo,
tirou o domínio de um mestre armado contra eles com
os poderes de um grande reino, quebrou o jugo com o
qual haviam sido oprimidos e quase no decorrer de
um século elevado, pela sua indústria e vigor nacional,
um poder novo e formidável, que atingiu os antigos
potentados da Europa com admiração e suspeita, e
transformou as insígnias de pobreza com que se
propuseram, nas bandeiras da guerra. e domínio. Esse
fim foi alcançado pelos grandes esforços de um
espírito despertado pela opressão, por uma busca
bem-sucedida da riqueza nacional e por uma
antecipação rápida das receitas futuras. Mas este
estado ilustre é suposto não apenas na linguagem de
uma seção anterior, como tendo ocupado os negócios;
O GRANDE gasto nacional, entretanto, não implica a
necessidade de qualquer sofrimento
nacional. Enquanto a receita é aplicada com sucesso,
para obter algum fim valioso, os lucros de toda
aventura, [393] sendo mais do que suficiente para
pagar seus custos, o público deve ganhar, e seus
recursos devem continuar a se multiplicar. Mas uma
despesa, seja sustentada em casa ou no exterior, seja
uma perda do presente ou uma antecipação de receita
futura, se não trouxer retorno adequado, deve ser
considerada entre as causas da ruína nacional.
PARTE SEXTA: DA
CORRUPÇÃO e DA escravidão POLÍTICA . ↩
SEÇÃO I .: Da Corrupção em Geral. ↩
Se a fortuna das nações, e sua tendência ao
engrandecimento, ou à ruína, fossem estimadas
meramente equilibrando, nos princípios da última
seção, artigos de lucro e perda, cada argumento na
política basear-se-ia numa comparação de gastos
nacionais com ganho nacional; em uma comparação
dos números que consomem, com aqueles que
produzem ou acumulam as necessidades da vida. As
colunas dos industriosos e ociosas incluiriam todas as
ordens de homens; e o próprio estado, sendo
permitido que tantos magistrados, políticos e
guerreiros, como eram apenas suficientes para sua
defesa e seu governo, colocassem, ao lado de sua
perda, todo nome que seja supranumerário na lista
civil ou militar; todas aquelas ordens de homens que,
pela posse da fortuna, subsistem sobre os ganhos dos
outros, e pela gentileza de sua escolha,
requerem[ 396 ] uma grande despesa de tempo e
trabalho, para suprir seu consumo; todos aqueles que
estão ociosos no trem de pessoas de posição; todos
aqueles que estão engajados nas profissões da lei, da
física ou da divindade, junto com todos os instruídos
que, por seus estudos, não promovem ou melhoram a
prática de algum comércio lucrativo. O valor de cada
pessoa, em suma, deve ser calculado a partir de seu
trabalho; e a do próprio trabalho, de sua tendência a
adquirir e acumular os meios de subsistência. As artes
empregadas em meras superfluidas deveriam ser
proibidas, exceto quando seus produtos pudessem ser
trocados com nações estrangeiras, por mercadorias
que poderiam ser empregadas para manter homens
úteis para o público.
ESTAS parecem ser as regras pelas quais um avarento
examinaria o estado de seus próprios assuntos, ou os
de seu país; mas esquemas de corrupção perfeita são
pelo menos tão impraticáveis quanto esquemas de
virtude perfeita. Os homens não são universalmente
fracassados; eles não ficarão satisfeitos com o prazer
de acumular; devem sofrer para desfrutar de sua
riqueza, a fim de que possam se dar ao trabalho de
enriquecer. A propriedade, no curso comum dos
assuntos humanos, é desigualmente dividida: Somos,
portanto, obrigados a sofrer os ricos para desperdiçar,
para que os pobres possam subsistir; somos obrigados
a tolerar certas ordens de homens, que estão acima da
necessidade de trabalho, a fim de que, em sua
condição, possa haver um objeto de ambição e um
grau ao qual os ocupados aspirem. Nós não somos
apenas [397]obrigados a admitir números que, em
condições estritas, podem ser considerados
supérfluos, na lista civil, militar e política; mas porque
somos homens e preferimos a ocupação, a melhoria e
a felicidade de nossa natureza, a sua mera existência,
devemos até desejar que o maior número possível de
membros de todas as comunidades possa ser admitido
em uma parte de sua defesa e seu governo.
OS HOMENS, de fato, enquanto perseguem na
sociedade diferentes objetos, ou pontos de vista
separados, obtêm uma ampla distribuição de poder, e
por uma espécie de chance, chegam a uma postura de
compromissos civis, mais favoráveis à natureza
humana do que a sabedoria humana poderia
calmamente conceber.
SE a força de uma nação, nesse meio tempo, consiste
nos homens em quem ela pode confiar, e que são feliz
ou sabiamente combinados para sua preservação,
segue-se que as maneiras são tão importantes quanto
números ou riqueza; e que a corrupção deve ser
considerada a principal causa da decadência e ruína
nacional.
QUEM percebe quais são as qualidades do homem em
sua excelência, pode facilmente, por esse padrão,
distinguir seus defeitos ou corrupções. Se uma mente
inteligente, corajosa e afetuosa, constitui a perfeição
de sua natureza, falhas notáveis em qualquer dessas
particularidades, devem proporcionalmente afundar
ou rebaixar seu caráter.
[ 398 ]
TEMOS observado que é a felicidade do indivíduo fazer
uma escolha correta de sua conduta; que essa escolha
o levará a perder na sociedade o senso de interesse
pessoal; e, na consideração do que é devido ao todo,
sufocar aquelas ansiedades que se relacionam a ele
como uma parte.
A disposição natural do homem para a humanidade e
o calor de seu temperamento podem elevar seu caráter
a esse afortunado passo. Sua elevação, em grande
medida, depende da forma de sua sociedade; mas ele
pode, sem incorrer na acusação de corrupção,
acomodar-se a grandes variações nas constituições do
governo. A mesma integridade e espírito vigoroso que,
em estados democráticos, o torna tenaz de sua
igualdade, podem, sob a aristocracia ou a monarquia,
levá-lo a manter as subordinações estabelecidas. Ele
pode entreter, para as diferentes fileiras de homens
com quem ele está ligado no Estado, máximas de
respeito e de sinceridade: ele pode, na escolha de suas
ações, seguir um princípio de justiça, e de honra, que
as considerações de segurança , preferência ou lucro,
não podem ser apagados.
DE nossas queixas de depravação nacional, deveria,
não obstante, aparecer, que corpos inteiros de homens
às vezes são infectados com uma fraqueza epidêmica
da cabeça, ou corrupção de coração, pela qual eles se
tornam impróprios para as estações que ocupam, e
ameaçam os estados eles compõem, [399] porém
florescente, com uma perspectiva de decadência e
ruína.
UMA MUDANÇAde modos nacionais para o pior, pode
surgir de uma interrupção das cenas nas quais os
talentos de homens foram felizmente cultivados, e
trazidos em exercício; ou de uma mudança nas
opiniões prevalecentes relativas aos constituintes da
honra ou da felicidade. Quando meras riquezas, ou
favor da corte, devem constituir um posto; a mente é
enganada a partir da consideração das qualidades nas
quais ela deveria confiar. A magnanimidade, a
coragem e o amor da humanidade são sacrificados à
avareza e à vaidade ou suprimidos por um sentimento
de dependência. O indivíduo considera sua
comunidade até agora apenas como ela pode se tornar
subserviente ao seu progresso pessoal ou lucro: ele se
declara em competição com seus semelhantes; e,
instigados pelas paixões da emulação, do medo e do
ciúme, da inveja e da malícia,
SOBRE esse fundamento corrupto, os homens se
tornam ou vorazes, enganosos e violentos, prontos
para transgredir os direitos dos outros; ou servil,
mercenário e base, preparados para abrir mão dos
seus próprios. Talentos, capacidade e força de espírito,
possuídos por uma pessoa da primeira descrição,
servem para mergulhá-lo mais fundo na miséria e
aguçar a agonia de paixões cruéis; que o levam a
atacar [400]criaturas companheiras os tormentos que
atacam a si mesmo. Para uma pessoa do segundo, a
imaginação e a razão em si, servem apenas para
apontar falsos objetos de medo ou desejo, e para
multiplicar os objetos de decepção e de alegria
momentânea. Em ambos os casos, e se supomos que
os homens corruptos são exortados pela cobiça, ou
traídos pelo medo, e sem especificar os crimes que de
qualquer disposição eles estão dispostos a cometer,
podemos afirmar com segurança, com Sócrates, “Que
todo mestre deve orar ele pode não se encontrar com
tal escravo; e toda pessoa assim, sendo imprópria para
a liberdade, deve implorar que ele possa se encontrar
com um mestre misericordioso ”.
HOMEM, sob essa medida de corrupção, embora ele
possa ser comprado por um escravo por aqueles que
sabem como transformar suas faculdades e seu
trabalho em lucro; e embora, quando mantido sob
restrições adequadas, sua vizinhança possa ser
conveniente ou útil; no entanto, é certamente incapaz
de agir na base de uma combinação liberal ou
concerto com seus semelhantes: Sua mente não é
viciada em amizade ou confiança; ele não está
disposto a agir pela preservação dos outros, nem
merece que qualquer outro possa arriscar sua própria
segurança pela dele.
O caráter real da humanidade, o tempo médio, no
pior, bem como a melhor condição, é
indubitavelmente misturado: E as nações da melhor
descrição são grandemente obrigadas por sua
preservação, não apenas à boa disposição de seus
membros, [401] mas também àquelas instituições
políticas, pelas quais os violentos são impedidos de
cometer crimes, e os covardes, ou os egoístas, são
levados a contribuir com sua parte para a defesa ou
prosperidade pública. Por meio dessas instituições e
das sábias precauções do governo, as nações podem
subsistir e até prosperar sob graus muito diferentes de
corrupção ou de integridade pública.
ASSIMdesde que a maioria de um povo supostamente
atue nas máximas da probidade, o exemplo do bem e
até mesmo a cautela do mal dão uma aparência geral
de integridade e de inocência. Onde os homens são
uns para os outros objetos de afeição e confiança,
onde geralmente estão dispostos a não ofender, o
governo pode ser negligente; e toda pessoa pode ser
tratada como inocente, até que seja considerada
culpada. Como o sujeito, neste caso, não ouve falar
dos crimes, então ele não precisa ser informado das
punições infligidas a pessoas de caráter diferente. Mas
onde as maneiras de um povo são consideravelmente
alteradas para pior, todo sujeito deve ficar de guarda,
e o próprio governo deve agir com base nas máximas
adequadas de medo e desconfiança. O indivíduo não
mais se ajustava às suas pretensões de consideração
pessoal, independência,[ 402 ] Ele deve ser
encaminhado ao chicote, ou a forca, para argumentos
em defesa de uma advertência, que o estado agora
exige que ele assuma, supondo que ele seja insensível
aos motivos que recomendam a prática da virtude.
Oregras de despotismo são feitas para o governo de
homens corruptos. Eles foram de fato seguidos em
algumas ocasiões notáveis, mesmo sob a comunidade
romana; e o machado sangrento, para aterrorizar o
cidadão de seus crimes, e para repelir as irrupções
ocasionais e temporárias do vício, foi repetidamente
comprometido com a vontade arbitrária do
ditador. Eles foram finalmente estabelecidos sobre as
ruínas da própria república, quando o povo se tornou
corrupto demais para a liberdade, ou quando o
magistrado se tornou corrupto demais para renunciar
ao seu poder ditatorial. Esta espécie de governo vem
naturalmente no término de uma corrupção contínua
e crescente; mas, sem dúvida, em alguns casos, chegou
cedo demais, e sacrificou restos de virtude, que
mereceram um destino melhor, para a inveja dos
tiranos, que estavam com pressa para aumentar seu
poder. Este método de governo não pode, em tais
casos, deixar de introduzir essa medida de corrupção,
contra cujos efeitos externos se deseja como
remédio. Quando o medo é sugerido como o único
motivo para o dever, todo coração se torna voraz ou
básico. E este remédio, se aplicado a um corpo
saudável, com certeza criará a cinomose, que em
outros casos está destinada a cura.
[ 403 ]
ESSA é a maneira de governo em que os avarentos e os
arrogantes, para saciarem seus desejos infelizes,
apressariam seus semelhantes; é uma maneira de
governo à qual os medrosos e os servis se submetem a
seu critério; e quando esses personagens do voraz e do
tímido dividem a humanidade, até mesmo as virtudes
de Antonino ou de Trajano não podem fazer mais do
que aplicar, com franqueza e vigor, o açoite e a
espada; e esforçar-se, com a esperança de
recompensa, ou o medo da punição, de encontrar uma
cura rápida e temporária para os crimes, ou as
imbecilidades dos homens.
OUTROS estados podem estar mais ou menos
corrompidos: isso tem corrupção como base. Aqui a
justiça pode às vezes dirigir o braço do soberano
despótico; mas o nome da justiça é mais comumente
empregado para significar o interesse ou o capricho de
um poder reinante. A sociedade humana, suscetível de
tal variedade de formas, encontra aqui o mais simples
de todos. Os labores e posses de muitos estão
destinados a refrear as paixões de um ou de alguns; e
os únicos partidos que permanecem entre a
humanidade são o opressor que exige, e os oprimidos
que não se atrevem a recusar.
AS NAÇÕES, enquanto foram nomeadas para um
destino mais brando, como no caso dos gregos,
repetidamente conquistados, foram reduzidas a essa
condição pela força militar. Eles também o
alcançaram na maturidade de suas próprias
depravações; quando, como os [404] romanos,
retornaram da conquista e carregados com os espólios
do mundo, eles se entregaram à facção e a crimes
muito ousados e muito frequentes para a correção do
governo comum; e quando a espada da justiça, caindo
com sangue, e perpetuamente obrigada a suprimir
desordens acumuladas por todos os lados, não podia
mais esperar os atrasos e precauções de uma
administração restringida por leis * .
É , no entanto, bem conhecido da história da
humanidade, que a corrupção disso, ou de qualquer
outro grau, não é peculiar às nações em seu declínio,
ou no resultado de prosperidade significativa e
grandes avanços nas artes do comércio. As bandas da
sociedade, na verdade, em estabelecimentos pequenos
e infantis, são geralmente fortes; e seus súditos, seja
por uma ardente devoção a sua própria tribo, ou uma
veemente animosidade contra inimigos, e por uma
vigorosa coragem fundada em ambos, são bem
qualificados para estimular ou sustentar a fortuna de
uma comunidade em crescimento. Mas o selvagem e o
bárbaro deram, no entanto, no caso de nações inteiras,
alguns exemplos de um caráter fraco e medroso.. Eles,
em mais casos, caíram nessa espécie de corrupção que
já descrevemos no tratamento de nações
bárbaras; eles fizeram rapine seu comércio, não
apenas como uma espécie de guerra, ou com vista a
enriquecer [405] sua comunidade, mas de possuir, na
propriedade, que eles aprenderam a preferir até
mesmo para os laços de afeto ou de sangue.
EMo estado mais baixo das artes comerciais, as
paixões pela riqueza e pelo domínio, exibiram cenas
de opressão ou servilismo, que a corrupção mais
acabada dos arrogantes, covardes e mercenários,
fundada no desejo de obter, ou o medo. de perder,
uma fortuna, não poderia exceder. Nesses casos, os
vícios dos homens, desenfreados pelas formas e não
aproveitados pela polícia, sofrem grandes distúrbios e
produzem seus efeitos inteiros. Por conseguinte, as
partes unem-se ou separam-se das máximas de uma
gangue de ladrões: sacrificam para interessar as
afeições mais tenras da natureza humana. O pai
fornece o mercado para escravos, até mesmo pela
venda de seus próprios filhos; a cabana deixa de ser
um santuário para os fracos e os indefesos
estranhos; e os ritos de hospitalidade, muitas vezes
tão sagrados entre as nações em seu estado
primitivo,* .
NAÇÕES que, em períodos posteriores de sua história,
tornaram-se eminentes para a sabedoria e a justiça
civil, tiveram, talvez, em uma época anterior,
paroxismos da desordem sem lei, aos quais essa
descrição poderia em parte ser aplicada. A própria
política pela qual eles chegaram ao seu grau de
felicidade nacional, [406] foi concebida como um
remédio para abusos ultrajantes. O estabelecimento
da ordem foi datado da comissão de estupros e
assassinatos; indignação e vingança privada foram os
princípios sobre os quais as nações procederam à
expulsão dos tiranos, à emancipação da humanidade e
à plena explicação de seus direitos políticos.
DEFEITOS de governo e de lei podem ser, em alguns
casos, considerados como um sintoma de inocência e
de virtude. Mas onde o poder já está estabelecido,
onde os fortes não estão dispostos a sofrer restrições,
ou os fracos não conseguem encontrar uma proteção,
os defeitos da lei são marcas da corrupção mais
perfeita.
ENTRE AS nações rudes, o governo é frequentemente
deficiente; tanto porque os homens ainda não estão
familiarizados com todos os males para os quais as
nações polidas se esforçaram para encontrar uma
reparação; e porque, mesmo onde os males da
natureza mais flagrante há muito afligem a paz da
sociedade, eles ainda não conseguiram aplicar a
cura. No progresso da civilização, surgem novas
enfermidades, e novos remédios são aplicados: mas o
remédio nem sempre é aplicado no momento em que
aparece a indisposição; e as leis, embora sugeridas
pela prática de crimes, não são o sintoma de uma
corrupção recente, mas o desejo de encontrar um
remédio que possa curar, talvez, algum mal inveterado
que aflige há muito tempo o Estado.
[ 407 ]
LÁSão corrupções, entretanto, sob as quais os homens
ainda possuem o vigor e a resolução para se
corrigirem. Tais são a violência e a indignação que
acompanham a colisão de espíritos ferozes e ousados,
ocupados nas lutas que às vezes precedem o alvorecer
de melhorias civis e comerciais. Em tais casos, os
homens freqüentemente descobriram um remédio
para os males, dos quais sua própria impetuosidade
equivocada e sua superior força mental eram as
principais causas. Mas se a uma disposição depravada,
supomos estar unidos a uma fraqueza de espírito; se a
uma admiração e desejo de riquezas, se juntar uma
aversão ao perigo ou negócios; se essas ordens de
homens cujo valor é exigido pelo público, deixem de
ser corajosas; se os membros da sociedade em geral
não têm aquelas qualidades pessoais que são
necessárias para preencher as posições de igualdade,
ou de honra, para o qual eles são convidados pelas
formas do estado; eles devem afundar a uma
profundidade a partir da qual sua imbecilidade, ainda
mais do que suas inclinações depravadas, pode
impedir sua ascensão.
[ 408 ]
SEÇÃO II .: De Luxo. ↩
Estamos longe de concordar com a aplicação do
termo luxo, ou com esse grau de significado que é
consistente com a prosperidade nacional ou com a
retidão moral de nossa natureza. Às vezes é
empregado para significar um modo de vida que
achamos necessário para a civilização e até para a
felicidade. É, em nosso panegírico de eras polidas, o
pai das artes, o apoio do comércio e o ministro da
grandeza nacional e da opulência. É, em nossa censura
de maneiras degeneradas, a fonte de corrupção e o
presságio de declínio e ruína nacional. É admirado e é
culpado; é tratado como ornamental e útil, e é
proscrito como um vício.
COM toda essa diversidade em nossos julgamentos,
geralmente somos uniformes ao empregar o termo
para significar o complicado aparato que a
humanidade concebe para a facilidade e conveniência
da vida. Seus edifícios, mobília, equipagem, cloathing,
trem de domestics, refinamento da mesa, e, em geral,
toda aquela assembléia que é pretendida agradar a
fantasia que que evita desejos reais e que é bastante
ornamental que útil.
[ 409 ]
QUANDO estamos dispostos, portanto, sob a
denominação de luxo,para classificar o gozo dessas
coisas entre os vícios, ou nos referimos tacitamente
aos hábitos da sensualidade, da devassidão, da
prodigalidade, da vaidade e da arrogância, com as
quais a posse de alta fortuna às vezes é
acompanhada; ou apreendemos uma certa medida do
que é necessário para a vida humana, além do qual
todos os prazeres devem ser excessivos e
viciosos. Quando, ao contrário, o luxo é feito um artigo
de brilho e felicidade nacionais, pensamos apenas nele
como uma consequência inocente da distribuição
desigual da riqueza e como um método pelo qual
diferentes categorias se tornam mutuamente
dependentes e mutuamente úteis. Os pobres são feitos
para praticar artes e os ricos para recompensá-los. O
próprio público é ganho pelo que parece desperdiçar
seu estoque, e recebe um aumento perpétuo da
riqueza, da influência desses apetites crescentes,
É certo que devemos, juntamente com as artes
comerciais, sofrer seus frutos, e até mesmo em certa
medida admirados; ou, como os espartanos, proíbem
a arte em si, enquanto temos medo de suas
consequências, ou enquanto pensamos que as
conveniências que ela traz excedem o que a natureza
exige. Mas podemos propor parar o avanço das artes
em qualquer estágio de seu progresso, e ainda incorrer
na censura do luxo [410]daqueles que não avançaram
até agora. O construtor de casas e o carpinteiro de
Esparta limitavam-se ao uso do machado e da
serra; mas uma cabana espartana poderia ter passado
por um palácio na Trácia: e se a disputa fosse ativar o
conhecimento do que é fisicamente necessário para a
preservação da vida humana, como o padrão do que é
moralmente legal, as faculdades da física, como bem
como da moralidade, provavelmente se dividiria sobre
o assunto e deixaria todo indivíduo, como no presente,
encontrar alguma regra para si mesmo. O casuista, em
sua maior parte, considera a prática de sua própria
idade e condição como um padrão para a
humanidade. Se em uma idade ou condição ele
condenar o uso de um treinador, em outro ele não
teria censurado menos o uso de sapatos; e a própria
pessoa que exclama contra o primeiro, provavelmente
não teria poupado o segundo, se já não fosse familiar
em idades anteriores à sua. Um censor nascido em
uma cabana e acostumado a dormir com palha não
propõe que os homens retornem aos bosques e que as
cavernas se abriguem; ele admite a razoabilidade e a
utilidade do que já é familiar; e apreende um excesso e
corrupção, apenas no mais novo refinamento da
geração em ascensão.
O clero da Europa pregou sucessivamente contra
todas as novas tendências e todas as inovações no
vestuário. Os modos da juventude são objeto de
censura aos idosos; e os modos da última [411] idade,
por sua vez, são motivo de ridicularização para os
irracionais e para os jovens. Não há sempre uma
melhor explicação a ser dada, do que os idosos estão
dispostos a ser severos e os jovens a serem felizes.
O argumento contra muitas das conveniências da vida,
tiradas da mera consideração de não serem
necessárias, era igualmente apropriado na boca do
selvagem, que dissuadiu das primeiras aplicações da
indústria, como é a do moralista, que insiste na
vaidade do último. “Nossos ancestrais”, ele diria,
“encontraram sua morada sob essa rocha; eles
reuniram sua comida na floresta; eles dissiparam sua
sede da fonte; e eles foram cloathed nos despojos da
besta que eles tinham matado. Por que devemos nos
entregar a uma falsa iguaria ou exigir da terra frutos
que ela não está acostumada a produzir? O arco de
nosso pai já é forte demais para nossos braços; e a fera
começa a mandar na floresta.
ASSIM, o moralista pode ter encontrado, nos
procedimentos de todas as épocas, aqueles tópicos de
culpa, dos quais ele está tão disposto a arcar com os
seus próprios modos; e nosso constrangimento sobre
o assunto é, talvez, apenas uma parte dessa
perplexidade geral pela qual passamos, ao tentar
definir os caracteres morais por circunstâncias
externas, que podem ou não ser acompanhadas de
falhas na [412]mente e coração. Um homem encontra
um vício no uso de roupa de cama; outro não, a menos
que o tecido esteja bem: e se, no meio-tempo, for
verdade, que uma pessoa pode estar vestida em
manufatura grosseira ou fina; que ele possa dormir
nos campos ou alojar-se em um palácio; pisar no
tapete ou plantar o pé no chão; enquanto a mente ou
retém ou perdeu sua penetração e seu vigor, e o
coração sua afeição à humanidade, é inútil, sob
qualquer circunstância, buscar as distinções de
virtude e vício, ou tributar o cidadão polido com
fraqueza por qualquer parte de sua equipagem, ou por
ele usar uma pele, na qual, talvez, algum selvagem
estivesse vestido diante dele. A vaidade não é
distinguida por nenhuma espécie peculiar de
vestimenta. Ele é traído pelo índio nas variedades
fantásticas de suas plumas, suas conchas, suas peles
cor de festa, e no tempo que ele doa no vidro e no
banheiro. Seus projetos nos bosques e na cidade são
os mesmos: no um, busca, com o aspecto bedaubed, e
com dentes artificialmente corados, por essa
admiração, que corteja no outro com uma equipagem
dourada, e librés de estado .
Nações POLIDAS , em seu progresso, muitas vezes
chegam a superar o grosseiro com moderação e
severidade de boas maneiras. “Os gregos”, diz
Tucídides, não “há muito tempo, como os bárbaros,
usavam lantejoulas douradas no cabelo e iam armados
em tempos de paz”. A simplicidade de vestir-se nesse
povo tornou-se [413]uma marca de polidez; e os
meros materiais com os quais o corpo é nutrido ou
claustro são provavelmente de pouca importância
para qualquer povo. Devemos procurar os caracteres
dos homens nas qualidades da mente, não nas
espécies de seus alimentos, ou no modo de suas
roupas. Quais são agora os ornamentos do túmulo e
severo; O que é propriedade de ser uma conveniência
real, eram uma vez os defeitos da juventude, ou foram
criados para agradar os afeminados. A nova moda, na
verdade, é muitas vezes a marca do coxcomb; mas
freqüentemente mudamos nossas modas sem
multiplicar os coxcombs, ou aumentando as medidas
de nossa vaidade e insensatez.
AS apreensões dos graves, portanto, em todas as
épocas, são igualmente infundadas e
irracionais? Nunca devemos temer algum erro no
artigo de um refinamento concedido aos meios de
subsistência ou às conveniências da vida? O fato é que
os homens estão perpetuamente expostos à comissão
do erro neste artigo, não apenas quando estão
acostumados a altas medidas de acomodação, ou a
qualquer espécie particular de alimento, mas onde
quer que esses objetos, em geral, possam vir a ser.
preferiu seu caráter, a seu país ou à humanidade; eles
realmente cometem tal erro, onde quer que admirem
distinções paulistas ou vantagens frívolas; onde quer
que eles encolham de pequenos inconvenientes, e são
incapazes de cumprir seu dever com vigor. [414]O uso
da moralidade nesse assunto não é limitar os homens
a qualquer espécie particular de alojamento, dieta ou
hábitos; mas impedir que eles considerem essas
conveniências como os principais objetos da vida
humana. E se nos perguntarem onde a busca de
acomodações insignificantes deve parar, para que um
homem possa dedicar-se inteiramente aos maiores
compromissos da vida? nós podemos responder, que
deve parar onde está. Essa era a regra seguida em
Esparta: o objetivo da regra era preservar o coração
inteiro para o público e ocupar os homens no cultivo
de sua própria natureza, não em acumular riqueza e
em conveniências externas. Não se esperava que o
machado ou a serra fossem atendidos com maior
vantagem política do que o avião e o cinzel. Quando
Cato andou pelas ruas de Roma sem seu manto e sem
sapatos, ele o fez, muito provavelmente, em desprezo
pelo que seus compatriotas eram tão propensos a
admirar; não na esperança de encontrar uma virtude
em uma espécie de vestuário ou um vício em outra.
O LUXO, portanto, considerado como uma predileção
em favor dos objetos da vaidade, e os materiais caros
do prazer, é ruinoso para o caráter
humano; Considerado como o mero uso de
acomodações e conveniências que a idade procedeu,
depende bastante do progresso que as artes mecânicas
fizeram, e do grau em que as fortunas dos homens são
desigualmente parceladas, do que das disposições de
homens particulares para vício ou a virtude.
[ 415 ]
DIFERENTEas medidas de luxo são, no entanto,
adaptadas a diferentes constituições de governo. O
avanço da arte supõe uma distribuição desigual da
fortuna; e os meios de distinção que eles trazem,
servem para tornar a separação de classes mais
sensata. O luxo é, a esse respeito, além de todos os
seus efeitos morais, adverso à forma de governo
democrático; e, em qualquer estado da sociedade,
pode ser admitido com segurança nesse grau somente
no qual os membros de uma comunidade são
considerados de posição desigual, e constituem ordem
pública pelas relações de superior e vassalo. Altos
níveis parecem salutar, e até mesmo necessário, em
governos monárquicos e mistos; onde, além do
incentivo às artes e ao comércio, serve para dar brilho
àquelas dignidades hereditárias ou constitucionais
que têm lugar de importância no sistema político.
SEÇÃO III .: Do Incidente de Corrupção às Nações
Polidas. ↩
LUXO e corrupção são freqüentemente acoplados, e
até mesmo passam por termos sinônimos. Mas, a fim
de evitar qualquer disputa sobre as palavras, pelo
primeiro podemos entender que a acumulação de
riqueza, e que o refinamento sobre as formas de
apreciá-lo, que são os objetos da indústria, ou os
frutos das artes mecânicas e comerciais: E por a
segunda, uma fraqueza real, ou depravação do caráter
humano, que pode acompanhar qualquer estado
dessas artes, e ser encontrada sob quaisquer
circunstâncias ou condições externas que sejam. Resta
investigar, quais são as corrupções que incidem sobre
as nações polidas, chegaram a certas medidas de luxo
e possuem certas vantagens, nas quais geralmente
supostamente elas se sobressaem?
NÃO precisamos recorrer a um paralelo entre os
costumes de nações inteiras, nos extremos da
civilização e da grosseria, a fim de sermos satisfeitos,
de que os vícios dos homens não são proporcionais a
suas fortunas; ou que os hábitos de avareza ou de
sensualidade não se baseiam em nenhuma medida de
riqueza ou determinado tipo de prazer. Onde as
situações de homens particulares são variadas tanto
por suas estações pessoais, [417]como podem ser pelo
estado de refinamentos nacionais, as mesmas paixões
por interesse ou prazer prevalecem em todas as
condições. Eles surgem do temperamento, ou uma
admiração adquirida da propriedade; não de qualquer
maneira particular de vida em que as partes estão
envolvidas, nem de qualquer espécie particular de
propriedade que possa ter ocupado seus cuidados e
seus desejos.
TEMPERANÇAe a moderação é, pelo menos, tão
frequente entre aqueles a quem chamamos superiores,
como eles estão entre as classes inferiores de
homens; e, no entanto, podemos atribuir o caráter de
sobriedade a um mero cansaço da dieta, e outras
acomodações com as quais qualquer idade particular,
ou posição de homens, parece estar contente, é bem
sabido que materiais caros não são necessários para
constituir uma devassidão, nem esbanjamento menos
freqüente sob o teto de palha, do que sob o teto
alto. Os homens crescem igualmente familiarizados
com diferentes condições, recebem igual prazer e são
igualmente atraídos pela sensualidade no palácio e na
caverna. Sua aquisição em qualquer um dos hábitos de
intemperança ou preguiça depende da remissão de
outras atividades e da aversão da mente a outros
compromissos. Se as afeições do coração estiverem
despertas e as paixões de amor, admiração ou
raiva,[ 418 ] ou, quando fatigado, abraça-lo tanto no
leito de seda, ou no sofá de palha.
Contudo, não DEVEMOS concluir que o luxo, com todas
as suas circunstâncias concomitantes, que servem
para favorecer seu aumento, ou que, nos arranjos da
sociedade civil, o seguem como conseqüências, não
pode ter efeito para a desvantagem. das boas maneiras
nacionais. Se essa folga dos perigos e problemas
públicos que proporcionam um lazer para a prática
das artes comerciais, seja continuada ou aumentada,
seja um desuso dos esforços nacionais; se o indivíduo,
não chamado a se unir a seu país, for deixado para
buscar sua vantagem pessoal; podemos encontrá-lo
afeminado, mercenário e sensual; não porque prazeres
e lucros se tornam mais atraentes, mas porque ele tem
menos ligações para atender a outros objetos; e
porque ele tem mais incentivo para estudar suas
vantagens pessoais e perseguir seus interesses
separados.
SE as disparidades de classificação e fortuna,
necessárias à busca ou ao prazer do luxo, introduzem
fundamentos falsos de precedência e estimativa; se,
nas meras considerações de ser rico ou pobre, uma
ordem de homens é, em sua própria apreensão,
elevada, outra degradada; se alguém for orgulhoso do
ponto de vista criminoso, outro meio desanimado; e
cada posto em seu lugar, como o tirano, que pensa que
as nações são feitas para si mesmo, seja
disposto [419]assumir os direitos da humanidade:
embora, na comparação, a ordem superior possa ser
menos corrompida; ou da educação, e um senso de
dignidade pessoal, têm a maioria das boas qualidades
restantes; ainda aquele tornando-se mercenário e
servil; o outro imperioso e arrogante; ambos,
independentemente da justiça e do mérito; toda a
massa é corrompida e os costumes de uma sociedade
mudaram para pior, na medida em que seus membros
deixam de agir com base em princípios de igualdade,
independência ou liberdade.
SOB esse ponto de vista, e considerando os méritos dos
homens em abstrato, uma mera mudança dos hábitos
de uma república para os de uma monarquia; do amor
à igualdade, ao sentido de uma subordinação fundada
no nascimento, títulos e fortuna, é uma espécie de
corrupção para a humanidade. Mas esse grau de
corrupção ainda é consistente com a segurança e a
prosperidade de algumas nações; admite uma
vigorosa coragem, pela qual os direitos dos indivíduos
e dos reinos podem ser preservados por muito tempo.
SOB a forma de monarquia, enquanto ainda em vigor,
a fortuna superior é, de fato, uma marca pela qual as
diferentes ordens de homens são distinguidas; mas
existem alguns outros ingredientes, sem os quais a
riqueza não é admitida como um fundamento de
precedência, e em favor do qual ela é frequentemente
desprezada e descartada. Tais são nascimento e
títulos, reputação de coragem, modos corteses, [420]e
uma certa elevação da mente. Se supusermos que
essas distinções são esquecidas, e a nobreza em si só
deve ser conhecida pela suntuosa comitiva que só o
dinheiro pode obter; e por uma despesa generosa, que
as fortunas mais recentes podem geralmente
sustentar; deve-se então permitir que o luxo corrompa
o monárquico tanto quanto o estado republicano, e
introduzir uma dissolução fatal das maneiras, sob a
qual homens de todas as condições, embora ansiosos
para adquirir, ou exibir sua riqueza, não têm restos de
reais ambição. Eles não têm nem a elevação dos
nobres, nem a fidelidade dos súditos; transformaram-
se em vaidade efeminada, aquele senso de honra que
dava regras à coragem pessoal; e em uma baixeza
servil que lealdade, que ligou cada um em seu lugar ao
seu superior imediato, e o todo ao trono.
AS NAÇÕES estão mais expostas à corrupção deste
bairro, quando as artes mecânicas, sendo muito
avançadas, fornecem inúmeros artigos para serem
aplicados em ornamentos à pessoa, em móveis,
entretenimento ou equipamentos; quando tais artigos,
como os ricos só podem adquirir, são admirados; e
quando a consideração, a precedência e o grau, são
feitos depender da fortuna.
NUM estado mais grosseiro das artes, embora a
riqueza seja desigualmente dividida, o opulento pode
acumular apenas os meios simples de subsistência:
eles só podem [421]encher o celeiro e mobiliar a
barraca; colher de campos mais extensos e dirigir os
rebanhos deles / delas em cima de um pasto
maior. Para desfrutar de sua magnificência, eles
devem viver em uma multidão; e para garantir seus
bens, eles devem estar cercados de amigos que
defendam suas brigas. Suas honras, assim como sua
segurança, consistem nos números que as atendem; e
suas distinções pessoais são tiradas de sua
liberalidade e suposta elevação da mente. Desta
maneira, a posse de riquezas serve apenas para fazer o
dono assumir um caráter de magnanimidade para se
tornar guardião dos números, ou objeto público de
respeito e afeto. Mas quando os volumosos
constituintes da riqueza e da magnificência rústica
podem ser trocados por refinamentos; e quando o
produto do solo pode ser transformado em
equipamento e mera decoração; quando a combinação
de muitos não é mais necessária para a segurança
pessoal; o senhor pode tornar-se o único consumidor
de sua propriedade: ele pode referir o uso de cada
sujeito a si próprio; ele pode empregar os materiais de
generosidade para alimentar uma vaidade pessoal, ou
para satisfazer uma fantasia doentia e afeminada, que
aprendeu a enumerar as armadilhas da fraqueza ou
insensatez entre as necessidades da vida.
O satrape persa, nos é dito, quando viu o rei de
Esparta no local de sua conferência esticada na grama
com seus soldados, corou com a prestação que ele fez
para o alojamento [422] de sua própria pessoa; ele
ordenou que as peles e os tapetes fossem retirados; ele
sentiu sua própria inferioridade; e lembrou-se de que
ele deveria tratar com um homem, e não competir
com um desfile de roupas e magnificência
dispendiosas.
QUANDO, EM meio a circunstâncias que não fazem
prova das virtudes ou talentos dos homens, estamos
acostumados ao ar de superioridade que as pessoas de
fortuna derivam de seus seguidores, estamos aptos a
perder todo sentido de distinção decorrente do mérito,
ou mesmo de habilidades. Nós avaliamos nossos
concidadãos pela figuraeles são capazes de fazer por
seus edifícios, seus vestidos, suas equipagens e o trem
de seus seguidores. Todas essas circunstâncias fazem
parte de nossa estimativa do que é excelente; e se o
próprio mestre é conhecido por ser um espetáculo no
meio de sua fortuna, nós, no entanto, pagamos nossa
corte a seu cargo, e olhamos com uma mente invejosa,
servil ou abatida, para o que é, em si mesmo, escasso
divertir as crianças; no entanto, quando é usado como
um distintivo de distinção, inflama a ambição
daqueles a quem chamamos os grandes e atinge a
multidão com reverência e respeito.
NÓS julgar de nações inteiras por produções de
algumas artes mecânicas, e acho que estamos falando
de homens, enquanto estamos gabando-se de suas
propriedades, suas roupas e seus palácios. O sentido
em que nós aplicamos os termos, grande, e nobre,
alto escalão, e alta vida, mostrai que temos, em tais
ocasiões, [423] transferiu a ideia de perfeição do
personagem para a equipagem; e que a própria
excelência é, em nossa opinião, um mero espetáculo,
adornado com grande intensidade pelos trabalhos de
muitos operários.
PARAaqueles que ignoram as transições sutis da
imaginação, pode parecer, já que a riqueza não pode
fazer mais do que fornecer os meios de subsistência, e
comprar prazeres animais, a cobiça e a própria
venalidade, devem acompanhar os nossos medos de
carência, ou com nossos apetite por prazeres
sensuais; e onde o apetite é saciado e o medo da
necessidade é removido, a mente deve estar à vontade
no assunto da fortuna. Mas eles não são os meros
prazeres que as riquezas adquirem, nem a escolha de
mercadorias que cobrem o conselho dos ricos, que
inflamam as paixões do cobiçoso e do mercenário. A
natureza é facilmente satisfeita em todos os seus
prazeres. É uma opinião de eminência, conectada com
fortuna; é um sentimento de aviltamento que ataca a
pobreza, o que nos deixa cegos para todas as
vantagens, mas para os ricos; e insensível a toda
desgraça, mas à dos pobres. É essa apreensão infeliz,
que ocasionalmente nos prepara para a deserção de
todo dever, para uma submissão a toda indignidade e
para a execução de todo crime que possa ser realizado
com segurança.
AURENGZEBE não era mais conhecido pela sobriedade
em sua estação privada, e na condução [424] de uma
suposta dissimulação, pelo qual ele aspirava ao poder
soberano, que ele continuou a ser, mesmo no trono de
Industão. Simples, abstinente e severo em sua dieta e
outros prazeres, ele ainda levava a vida de um eremita
e ocupava seu tempo com uma aplicação
aparentemente dolorosa para os assuntos de um
grande império *. Ele deixou uma estação na qual, se o
prazer tivesse sido seu objetivo, ele poderia ter
entregue sua sensualidade sem reservas; ele fez seu
caminho para uma cena de inquietação e cuidado; ele
apontava para o ápice da grandeza humana, na posse
da fortuna imperial, não para as gratificações do
apetite animal ou para o prazer da
tranquilidade. Superior ao prazer sensual, assim como
aos sentimentos da natureza, ele destronou seu pai e
assassinou seus irmãos, para que ele pudesse rolar em
uma carruagem incrustada com diamante e
pérola; que seus elefantes, seus camelos e seus
cavalos, em marcha, pudessem formar uma linha que
se estendia a muitas léguas; pode apresentar um
arreio brilhante para o sol; e, carregados de tesouros,
conduzem à visão de uma multidão abjeta e
admiradora daquela terrível majestade, em cuja
presença eles deveriam bater a testa no chão,
COMO estes são os objetos que despertam o desejo de
domínio, e estimulam os ambiciosos a apontar o
domínio de seus semelhantes; para que eles
inspiram [425] a corrida normal dos homens com uma
sensação de fraqueza e maldade, que prepara-los a
sofrer humilhações, e tornar-se a propriedade das
pessoas, que eles consideram como de uma
classificação e uma natureza muito superior ao seu
próprio .
OPortanto, as cadeias da escravidão perpétua parecem
estar rebitadas no Oriente, não menos pelo esplendor
que é feito para acompanhar a posse do poder, do que
pelos medos da espada e pelos terrores de uma
execução militar. No Ocidente, assim como no
Oriente, estamos dispostos a nos curvar à esplêndida
equipagem e a uma distância terrível da pompa de
uma propriedade principesca. Nós também podemos
ficar aterrorizados pelas carrancas, ou vencidos pelos
sorrisos, daqueles cujo favor é a riqueza e a honra, e
cujo desprazer é a pobreza e a negligência. Nós
também podemos ignorar as honras da alma humana,
de uma admiração dos pageantries que acompanham
a fortuna. A procissão de elefantes aproveitada com
ouro pode deslumbrar em escravos, as pessoas que
derivam corrupção e fraqueza do efeito de suas
próprias artes e invenções,
ELE parece, portanto, que embora o mero uso de
materiais que constituem luxo, pode ser distinguida
da vice-real; ainda nações sob [426] um alto estado
das artes comerciais, estão expostos à corrupção, por
sua riqueza admitir, não suportado pela elevação
pessoal e virtude, como o grande fundamento da
distinção, e por ter a sua atenção voltou-se do lado de
interesse, como o caminho para a consideração e
honra.
COM esse efeito, o luxo pode servir para corromper
estados democráticos, introduzindo uma espécie de
subordinação monárquica, sem aquele senso de
nascimento elevado e honras hereditárias que tornam
os limites da classificação fixos e determinados, e que
ensinam os homens a agir com vigor e
propriedade. Pode ser a ocasião da corrupção política,
mesmo nos governos monárquicos, atraindo o
respeito pela mera riqueza; lançando uma sombra
sobre o brilho de qualidades pessoais ou distinções
familiares; e infectando todas as ordens de homens,
com igualdade de servidão, servilismo e covardia.
[ 427 ]
SEÇÃO IV .: O mesmo assunto continuou. ↩
O crescente respeito com que os homens aparecem, no
progresso das artes comerciais, para estudar seu lucro,
ou a delicadeza com que refinam seus
prazeres; mesmo a própria indústria, ou o hábito de se
candidatar a um emprego tedioso, no qual não se
ganham honras, talvez possam ser considerados
indicações de uma atenção crescente ao interesse ou à
efeminação, contraídos no gozo da facilidade e
conveniência. Toda arte sucessiva, pela qual o
indivíduo é ensinado a melhorar sua fortuna, é, na
realidade, um acréscimo a seus compromissos
privados e uma nova ocupação de sua mente do
público.
A CORRUPÇÃO, no entanto, não surge do abuso das
artes comerciais apenas; requer a ajuda da situação
política; e não é produzido pelos objetos que ocupam
um espírito sórdido e mercenário, sem a ajuda de
circunstâncias que permitem aos homens entrar em
segurança qualquer disposição média que tenham
adquirido.
A PROVIDÊNCIA equipou a humanidade para os
compromissos mais elevados que às vezes são
obrigados a cumprir; e é no meio de tais
compromissos que eles são mais propensos a adquirir
ou preservar suas virtudes. Os hábitos de uma mente
vigorosa são formados em contender com
dificuldades, não em desfrutar [428]o repouso de uma
estação pacífica; penetração e sabedoria são os frutos
da experiência, não as lições de aposentadoria e
lazer; O ardor e a generosidade são as qualidades de
uma mente despertada e animada na condução de
cenas que envolvem o coração, não os dons de reflexão
ou conhecimento. O mero intervalo de esforços
nacionais e políticos é, por vezes, confundido com o
bem público; e não há erro mais provável para
fomentar os vícios, ou para lisonjear a fraqueza, de
homens fracos e interessados.
SE as artes comuns da política, ou melhor, se uma
indiferença crescente a objetos de natureza pública,
deve prevalecer, e, sob qualquer constituição livre,
acabar com essas disputas de partido, e silenciar esse
ruído de dissensão que geralmente acompanha o
exercício da liberdade, podemos nos aventurar a
prognosticar a corrupção nas maneiras nacionais, bem
como a remissão ao espírito nacional. O período é
chegado, quando nenhum engajamento,
permanecendo por parte do público, interesse privado
e prazer animal, tornam-se os objetos soberanos do
cuidado. Quando os homens, sendo aliviados da
pressão de grandes ocasiões, concedem sua atenção às
ninharias; e tendo carregado o que eles gostam de
chamar de sensibilidade e delicadeza, sobre a questão
da facilidade ou molestação, na medida em que a
verdadeira fraqueza ou insensatez pode ir, recorra à
afetação, a fim de aumentar as exigências pretendidas
e acumular as ansiedades, de uma mente doentia e
enfraquecida.
[ 429 ]
EM esta condição, a humanidade em geral embelezar
sua própria imbecilidade sob o nome de polidez. Eles
estão persuadidos de que o célebre ardor, a
generosidade e a fortaleza das primeiras eras
limitavam-se ao frenesi, ou eram meros efeitos da
necessidade, aos homens que não tinham meios de
desfrutar de sua facilidade ou de seu prazer. Eles se
congratulam por ter escapado da tempestade que
exigiu o exercício de tais virtudes árduas; e com essa
vaidade que acompanha a raça humana em sua pior
condição, eles se gabam de uma cena de afetação, de
langor ou de loucura, como o padrão da felicidade
humana, e como o exercício mais adequado de uma
natureza racional.
NÃO é um dos sintomas menos ameaçadores de uma
idade propensa à degeneração, que as mentes dos
homens ficam perplexas no discernimento de mérito,
tanto quanto o espírito se enfraquece na conduta, e o
coração se desvia na escolha de seus objetos. O
cuidado da mera fortuna supostamente constitui
sabedoria; a aposentadoria dos negócios públicos e a
verdadeira indiferença à humanidade recebem os
aplausos da moderação e da virtude.
GRANDE fortaleza e elevação da mente nem sempre
foram empregados na consecução de fins
valiosos; mas eles são sempre respeitáveis e sempre
são necessários quando agiríamos para o bem da
humanidade, em qualquer das mais árduas estações
da vida. Enquanto, portanto, culpamos sua má
aplicação, devemos tomar cuidado [430] de depreciar
seu valor. Homens de uma moralidade severa e
sentenciosa nem sempre observaram suficientemente
este cuidado; nem eles foram devidamente
conscientes das corrupções que eles lisonjearam, pela
sátira que empregaram contra o que é aspirante e
proeminente no caráter da alma humana.
PODE- se esperar que, em uma época de degradação
sem esperança, os talentos de Demóstenes e Tully,
mesmo a má-governança mal-governada de um
macedônio, ou o empreendimento ousado de um líder
cartaginense, poderiam ter escapado da amargura de
um satirista * , que tinha tantos objetos de correção
em sua visão, e que possuía as artes da declamação em
tão alto grau.
 Eu, demens, e sævos curre per Alpes,
 Ut pueris placeas, et declamatio fias,
faz parte da censura iliberal que é lançada por este
poeta sobre a pessoa e a ação de um líder que, por sua
coragem e conduta, no próprio serviço ao qual a sátira
se referia, havia salvado seu país da ruína com a qual
foi finalmente oprimido.
 Heróis são muito parecidos, o ponto está de
acordo
 Do louco da Macedônia ao sueco,
é um distich, em que outro poeta de belos talentos
tentou depreciar um nome, para o qual,
provavelmente, poucos de seus leitores são
encontrados para agitar.
[ 433 ]
E SEos homens devem dar errado, há uma escolha de
seus erros, bem como de suas virtudes. Ambição, o
amor à eminência pessoal e o desejo de fama, embora
às vezes levem à prática de crimes, mas sempre
envolvem os homens em atividades que exigem o
apoio de algumas das maiores qualidades da alma
humana; e se a eminência é o objeto principal da
busca, há pelo menos uma probabilidade de que essas
qualidades possam ser estudadas, sobre as quais uma
elevação real da mente é levantada. Mas quando os
alarmes públicos cessaram, e o desprezo à glória é
recomendado como um artigo de sabedoria, os hábitos
sórdidos e as disposições mercenárias às quais, sob
uma geral indiferença aos objetos nacionais, os
membros de um estado polido ou comercial estão
expostos, devem provar ao mesmo tempo a supressão
mais eficaz de todo sentimento liberal,
É nobre possuir felicidade e independência, seja na
aposentadoria ou na vida pública. A característica dos
felizes é absolver-se bem em todas as condições; no
tribunal ou na aldeia; no Senado, ou no retiro
privado. Mas, se eles afetam qualquer estação em
particular, é certamente que as ações deles podem ser
mais úteis. Nossa consideração de mera
aposentadoria, portanto, como um sintoma de
moderação e de virtude, é ou um
remanescente [432]desse sistema, sob o qual monges
e anciões, em épocas anteriores, foram
canonizados; ou procede do hábito de pensar, que
parece igualmente repleto de corrupção moral, de
considerarmos a vida pública como uma cena para a
gratificação da mera vaidade, avareza e homens, se renunciam ao Estado, se deixam de
ambição; Nunca como a melhor oportunidade para
um compromisso justo e feliz da mente e do coração.
A EMULAÇÃO e o desejo de poder são apenas motivos
lamentáveis para a conduta pública; mas se foram, de
qualquer forma, os principais incentivos dos quais os
homens tomaram parte no serviço de seu país,
qualquer diminuição de sua prevalência ou força é
uma verdadeira corrupção das maneiras nacionais; e a
pretensa moderação assumida pelas ordens superiores
de homens, tem um efeito fatal no estado. O amor
desinteressado do público é um princípio, sem o qual
algumas constituições de governo não podem
subsistir: mas quando consideramos quão raramente
isso tem sido uma paixão reinante, temos poucas
razões para imputar a prosperidade ou a preservação
das nações, em todos os casos, sua influência.
É suficiente, talvez, sob uma forma de governo, que os
homens gostem de sua independência; que devem
estar prontos para se opor à usurpação e repelir as
indignidades pessoais: sob outro, é suficiente que
sejam tenazes em sua posição e honras; e, em vez de
zelo pelo público, conserve um ciúme vigilante dos
direitos que [433]pertencem a si mesmos. Quando o
número de homens retém certo grau de elevação e
fortaleza; eles estão qualificados para dar um cheque
mútuo aos seus vários erros, e são capazes de agir na
variedade de situações que as diferentes constituições
do governo prepararam para seus membros: Mas, sob
as desvantagens de um espírito fraco, por mais
direcionado que seja, e no entanto informado,
nenhuma constituição nacional é segura; nem
qualquer grau de ampliação, ao qual um estado
chegou, garante seu bem-estar político.
EM estados onde propriedade, distinção e prazer são
jogados fora como iscas à imaginação e incentivos à
paixão, o público parece confiar na preservação de sua
vida política, no grau de emulação e inveja com que as
partes se opõem mutuamente e restringir um ao
outro. Os desejos de preferência e lucro no seio do
cidadão, são os motivos de que ele está animado para
entrar em assuntos públicos, e são as considerações
que direcionam sua conduta política. A supressão,
portanto, da ambição, da animosidade partidária e da
inveja pública é, provavelmente, em todos os casos,
não uma reforma, mas um sintoma de fraqueza e um
prelúdio para atividades mais sórdidas e diversões
ruinosas.
NA véspera de tal revolução nas maneiras, os altos
escalões, em todo governo misto ou monárquico,
precisam cuidar de si mesmos. Homens de negócio e
de indústria, nas estações inferiores da vida, retêm
suas ocupações, [434]e são assegurados por uma
espécie de necessidade, na posse dos hábitos de que
dependem para o seu silêncio e para os prazeres
moderados da vida. Mas as ordens superiores dos
possuir essa coragem e elevação da mente, e exercitar
aqueles talentos que são empregados em sua defesa e
em seu governo, são, na realidade, pelas aparentes
vantagens. de sua posição, tornam-se o refugo daquela
sociedade da qual eles já foram o ornamento; e, sendo
os mais respeitáveis e mais felizes de seus membros,
tornaram-se os mais miseráveis e corruptos. Em sua
abordagem a essa condição, e na ausência de todas as
ocupações masculinas, sentem uma insatisfação e um
lamento que não conseguem explicar: Eles se deparam
com aparentes prazeres; ou, pela variedade e capricho
de suas diferentes atividades e diversões, exibem um
estado de agitação que, como a inquietação da doença,
não é uma prova de prazer ou prazer, mas de
sofrimento e dor. O cuidado de seus edifícios, sua
equipagem ou sua mesa é escolhido por um; diversão
literária, ou algum estudo frívolo, por outro. Os
esportes do país e os desvios da cidade; a mesa de
jogo*cachorros, cavalos e vinho são
empregados [435]para preencher o vazio de uma vida
desatenta e inútil. Eles falam de perseguições
humanas, como se toda a dificuldade fosse encontrar
algo para fazer: fixam-se em alguma ocupação frívola,
como se não houvesse nada que merecesse ser feito:
eles consideram o que tende ao bem de seus
semelhantes, como uma desvantagem para si mesmos:
eles voam de todas as cenas em que são necessários
esforços vigorosos, ou nos quais eles podem ser
atraídos para realizar qualquer serviço ao seu
país. Nós aplicamos mal nossa compaixão em
compadecer os pobres; foi muito mais justamente
aplicada aos ricos, que se tornam as primeiras vítimas
daquela insignificância miserável, na qual os membros
de todos os estados corruptos, pela tendência de suas
fraquezas e seus vícios, estão apressados em
mergulhar.
É nessa condição que os sensuais inventam todos os
refinamentos do prazer e concebem esses incentivos
para um apetite saciado, que tendem a fomentar as
corrupções de uma era dissoluta. Os efeitos do apetite
brutal, e da mera debauch, são mais flagrantes e mais
violentos, talvez, em épocas grosseiras, do que nos
períodos posteriores de comércio e luxo: Mas aquele
perpétuo hábito de procurar por prazer animal onde
não é Para ser encontrado, nas gratificações de um
apetite que é enjoado, e entre as ruínas de uma
constituição animal, não é mais fatal para as virtudes
da alma, do que é mesmo para o gozo
de [436]preguiça ou prazer; não é uma apropriação
mais certa dos assuntos públicos, ou um prelúdio mais
seguro da decadência nacional, do que uma decepção
para nossas esperanças de felicidade privada.
EM essas reflexões, tem sido o objeto a não determinar
uma medida precisa para que a corrupção aumentou
em qualquer um dos países que tenham atingido a
eminência, ou que tenham ido para a decadência; mas
para descrever essa remissão de espírito, essa fraqueza
de alma, aquele estado de debilidade nacional, que
provavelmente terminará em escravidão política; um
mal que continua a ser considerado como o último
objeto de cautela, e além do qual não há assunto de
dissensão nas fortunas perecíveis das nações.
SECT. V .: De Corrupção, como tende à Escravidão
Política. ↩
LIBERDADE, em certo sentido, parece ser a porção
das nações polidas sozinha. O selvagem é
pessoalmente livre, porque vive irrestrito e age com os
membros de sua tribo em termos de igualdade. O
bárbaro é freqüentemente independente de uma
continuação das mesmas circunstâncias, ou porque ele
tem coragem e uma espada. Mas uma boa política por
si só pode fornecer a administração regular da justiça,
ou constituir uma força no estado, que está sempre
pronta para defender os direitos de seus membros.
VERIFICOU -se que, exceto em alguns casos singulares,
as artes comerciais e políticas avançaram juntas. Essas
artes estiveram na Europa moderna tão entrelaçadas
que não podemos determinar quais eram as anteriores
na ordem do tempo, ou tiramos mais proveito das
influências mútuas com as quais elas agem e reagimos
umas às outras. Foi observado que, em algumas
nações, o espírito do comércio, com a intenção de
assegurar seus lucros, abriu caminho para a sabedoria
política. Um povo, possuidor de riquezas e invejoso de
suas propriedades, formou o projeto de emancipação,
e prosseguiu, a favor de uma importância
recentemente conquistada, ainda mais para ampliar
suas pretensões, e para disputar as prerrogativas que
seu soberano havia sido. em uso
para [438]empregar. Mas é em vão que esperamos,
em uma era, da posse da riqueza, o fruto que se diz ter
produzido em uma época anterior. Grandes acessos da
fortuna, quando recentes, quando acompanhados de
frugalidade e uma sensação de independência, podem
tornar o proprietário confiante em sua força e pronto a
rejeitar a opressão. A bolsa que é aberta, não para a
despesa pessoal, ou para a condescendência com a
vaidade, mas para apoiar os interesses de uma facção,
para satisfazer as paixões mais elevadas do partido,
tornar o cidadão rico formidável para aqueles que
fingem ter domínio; mas isso não significa que, em
tempos de corrupção, medidas iguais ou maiores de
riqueza devam operar com o mesmo efeito.
PELO contrário, quando a riqueza é acumulada apenas
nas mãos do avarento e corre para desperdiçar as do
pródigo; quando os herdeiros da família se encontram
limitados e pobres no meio da abundância; quando as
ânsias do luxo silenciam até a voz do partido e da
facção; quando as esperanças de merecer as
recompensas do cumprimento, ou o medo de perder o
que é mantido a critério, mantêm os homens em um
estado de suspeita e ansiedade; quando a fortuna, em
suma, em vez de ser considerada como o instrumento
de um espírito vigoroso, se torna o ídolo de uma
mente cobiçosa ou profusa, voraz ou timorosa, o
alicerce sobre o qual a liberdade foi construída pode
servir para sustentar uma tirania; e o que, em uma
época, elevou as pretensões e fomentou a confiança do
sujeito, pode, em outro, [439]incline-o ao servilismo e
forneça o preço a ser pago por suas
prostituições. Mesmo aqueles que, em uma idade
vigorosa, deram o exemplo da riqueza, nas mãos do
povo, tornando-se uma ocasião de liberdade, podem,
em tempos de degenerescência, verificar igualmente a
máxima de Tácito, Que a admiração das riquezas leva
ao despotismo governo * .
HOMENSOs que experimentaram a liberdade e que
sentiram os seus direitos pessoais, não são facilmente
ensinados a suportar as invasões de ambos, e não
podem, sem alguma preparação, submeter-se à
opressão. Eles podem receber essa preparação infeliz
sob diferentes formas de governo, de diferentes mãos,
e chegar ao mesmo fim de maneiras diferentes. Eles
seguem uma direção nas repúblicas, outra nas
monarquias e nos governos mistos. Mas onde quer
que o estado tenha, por meios que não preservem a
virtude do sujeito, vigie eficazmente sua segurança; a
negligência e a negligência do público provavelmente
se seguirão; e nações polidas de todo tipo, parecem
encontrar um perigo, neste trimestre,
proporcionalmente ao grau em que elas têm, durante
qualquer continuação, desfrutado da posse
ininterrupta de paz e prosperidade.
OS resultados da LIBERDADE , dizemos, do governo de
leis; e estamos aptos a considerar estatutos,
não [440] meramente como as resoluções e máximas
de um povo determinado a ser livre, não como os
escritos pelos quais seus direitos são mantidos no
registro; mas como um poder erigido para protegê-los
e como uma barreira que o capricho dos homens não
pode transgredir.
QUANDO um basha, na Ásia, finge decidir toda
controvérsia pelas regras da equidade natural, nós
permitimos que ele possua poderes
discricionários. Quando um juiz na Europa é deixado
para decidir, de acordo com a sua própria
interpretação das leis escritas, ele é em algum sentido
mais contido que o primeiro? As palavras
multiplicadas de um estatuto influenciam a
consciência e o coração, mais poderoso que o da razão
e da natureza? A parte, em qualquer processo judicial,
goza de um menor grau de segurança, quando seus
direitos são discutidos, sobre o fundamento de uma
regra que está aberta aos entendimentos da
humanidade, do que quando eles são referidos a um
sistema intrincado? tornar-se o objeto de uma
profissão separada para estudar e explicar?
SE formas de procedimentos, estatutos escritos ou
outros constituintes da lei, deixem de ser aplicados
pelo próprio espírito do qual surgiram; eles servem
apenas para cobrir, não para conter as iniquidades do
poder: eles são possivelmente respeitados até mesmo
pelo magistrado corrupto, quando eles favorecem o
seu propósito; mas eles são desprezados ou evitados,
quando estão em seu caminho: E a influência das leis,
onde elas têm algum efeito real na preservação da
liberdade, [441]não é qualquer poder mágico que
desce de prateleiras carregadas de livros, mas é, na
realidade, a influência de homens decididos a ser
livres; de homens que, tendo ajustado por escrito os
termos em que devem viver com o Estado, e com seus
companheiros, são determinados, por sua vigilância e
espírito, a fazer com que esses termos sejam
cumpridos.
NÓSsão ensinados, sob todos os aspectos do governo, a
apreender usurpações, o abuso ou a extensão do poder
executivo. Nas monarquias puras, esse poder é
comumente hereditário e feito descer em uma linha
determinada. Nas monarquias eletivas, ela é mantida
por toda a vida. Nas repúblicas, é exercido durante um
tempo limitado. Onde os homens, ou famílias, são
chamados por eleição à posse de dignidades
temporárias, é mais objeto de ambição perpetuar do
que estender seus poderes. Nas monarquias
hereditárias, a soberania já é perpétua; e o objetivo de
todo príncipe ambicioso é ampliar sua
prerrogativa. Repúblicas e, em tempos de comoção,
comunidades de todas as formas, estão expostas ao
perigo, não daqueles que são formalmente elevados a
lugares de confiança, mas de todas as pessoas, que são
incitadas pela ambição,
NÃO é uma vantagem para um príncipe, ou outro
magistrado, desfrutar de mais poder do que é
consistente com o bem da humanidade; nem é de
nenhum benefício para um homem ser injusto: Mas
estas máximas são fracas [442]segurança contra as
paixões e loucuras dos homens. Aqueles que são
confiados com poder em qualquer grau, estão
dispostos, de um mero desagrado de constrangimento,
para remover a oposição. Não apenas o monarca que
usa uma coroa hereditária, mas o magistrado que
ocupa seu cargo por um tempo limitado, gosta de sua
dignidade. O próprio ministro, que depende do seu
lugar na vontade momentânea do seu príncipe, e cujos
interesses pessoais são, em todos os aspectos, sujeitos,
ainda tem a fraqueza de se interessar pelo crescimento
da prerrogativa e de considerar ganhar para si as
invasões que ele fez sobre os direitos de um povo, com
quem ele e sua família logo serão contados.
MESMO com as melhores intenções para com a
humanidade, estamos inclinados a pensar que seu
bem-estar depende não da seletividade de suas
próprias inclinações ou do emprego feliz de seus
próprios talentos, mas de sua pronta conformidade
com o que planejamos para o bem
deles. Consequentemente, a maior virtude da qual
qualquer soberano até agora mostrou um exemplo,
não é um desejo de nutrir em seu povo o espírito de
liberdade e independência; mas o que é em si mesmo
suficientemente raro, e altamente meritório, um
respeito constante à distribuição da justiça em
questões de propriedade, uma disposição para
proteger e obrigar, para reparar as queixas, e para
promover o interesse de seus súditos. Foi a partir de
uma referência a esses objetos que Tito calculou o
valor de seu tempo e [443]julgado pela sua
aplicação. Mas a espada, que nesta mão beneficente
foi desenhada para proteger o sujeito, e para obter
uma distribuição rápida e eficaz da justiça, foi
igualmente suficiente, nas mãos de um tirano, para
derramar o sangue dos inocentes, e para cancelar o
direitos dos homens. Os procedimentos temporários
da humanidade, embora suspendessem o exercício da
opressão, não romperam as cadeias nacionais: o
príncipe estava ainda mais habilitado a obter aquela
espécie de bem que estudou; porque não havia mais
liberdade e porque não havia força para disputar seus
decretos ou interromper sua execução.
FOI em vão que Antonino se familiarizou com os
caracteres de Thracea, Helvidius, Cato, Dion e
Brutus? Foi em vão que ele aprendeu a entender a
forma de uma comunidade livre, criada com base na
igualdade e na justiça; ou de uma monarquia, sob a
qual as liberdades do sujeito eram o objeto mais
sagrado de administração * ? Ele confundiu os meios
de obter para a humanidade o que ele aponta como
uma bênção? Ou o poder absoluto com que ele foi
fornecido, em um poderoso império, apenas o
impediu de executar o que sua mente tinha percebido
como um bem nacional? Nesse caso, era inútil elogiar
o monarca ou seu povo. O primeiro não pode conceder
liberdade sem levantar um espírito, que pode, de vez
em quando, opor-se a seus próprios desígnios; nem o
último receber este[ 444 ] bênção, enquanto eles
possuem que está no direito de um mestre dar ou retê-
lo. A reivindicação da justiça é firme e
peremptória. Recebemos favores com um senso de
obrigação e bondade; mas nós forçaríamos nossos
direitos, e o espírito de liberdade neste esforço não
pode tomar o tom de súplica ou gratidão, sem se
trair. “Você intrigou Otávio”, diz Brutus a Cícero, “que
ele pouparia aqueles que estão acima de tudo entre os
cidadãos de Roma. E se ele não vai? Devemos
perecer? Sim; em vez de dever nossa segurança a ele.
A LIBERDADE é um direito que todo indivíduo deve
estar pronto para reivindicar para si mesmo, e que
aquele que finge outorgar como favor, tem por esse
mesmo ato, na realidade, negado. Mesmo os
estabelecimentos políticos, embora pareçam ser
independentes da vontade e da arbitragem dos
homens, não podem ser confiáveis para a preservação
da liberdade; eles podem nutrir, mas não devem
suplantar aquele espírito firme e resoluto, com o qual
a mente liberal está sempre preparada para resistir às
indignidades, e para referir sua segurança a si mesma.
SE uma nação, portanto, fosse moldada por um
soberano, como o barro é colocado nas mãos do oleiro,
esse projeto de conceder liberdade a um povo que é
realmente servil, talvez seja o mais difícil de todos os
outros, e requer que a maioria seja executada em
silêncio e com a mais profunda reserva. Os homens
são qualificados para receber essa
bênção, [445] somente na proporção em que são feitos
para prender seus próprios direitos; e são feitos para
respeitar as justas pretensões da humanidade, na
medida em que estão dispostos a sustentar, em suas
próprias pessoas, o fardo do governo e da defesa
nacional; e estão dispostos a preferir os engajamentos
de uma mente liberal ao desfrute da preguiça ou às
ilusórias esperanças de uma segurança adquirida pela
submissão e pelo medo.
EU FALOcom respeito e, se me permitem a expressão,
mesmo com indulgência, àqueles que são confiados
com altas prerrogativas no sistema político das
nações. Na verdade, raramente é culpa deles que os
estados sejam escravizados. O que deve ser esperado
deles, mas que, sendo acionados por desejos
humanos, eles devem ser avessos ao desapontamento,
ou até mesmo ao atraso; e no ardor com que
perseguem seu objetivo, que deveriam romper as
barreiras que impediriam sua carreira? Se milhões
recuam diante de homens solteiros, e senados são
passivos, como se fossem compostos de membros que
não tinham opinião ou senso próprio; de que lado tem
as defesas da liberdade cedidas, ou a quem devemos
imputar a sua queda? Para o sujeito, quem abandonou
sua estação; ou para o soberano, que só permaneceu
em seu próprio país; e quem,
[ 446 ]
ISTOÉ bem sabido que as constituições enquadradas
para a preservação da liberdade devem consistir em
muitas partes; e que senados, assembleias populares,
cortes de justiça, magistrados de diferentes ordens,
devem combinar-se para equilibrar-se mutuamente,
enquanto exercitam, sustentam ou controlam o poder
executivo. Se alguma parte for eliminada, o sabrick
deve cambalear ou cair; se algum membro é
negligente, os outros devem invadir. Nas assembléias
constituídas por homens de diferentes talentos,
hábitos e apreensões, era algo mais do que humano
que poderia fazê-los concordar em todos os pontos de
importância; tendo opiniões e pontos de vista
diferentes, era necessário abster-se de se abster das
controvérsias: nosso próprio elogio à unanimidade,
portanto, deve ser considerado um perigo para a
liberdade. Desejamos que, com o risco de tomar em
seu lugar a remissão dos homens cultivados
indiferentes ao público; a venalidade daqueles que
venderam os direitos de seu país; ou o servilismo dos
outros, que dão obediência implícita a um líder por
quem suas mentes são subjugadas. O amor do público
e o respeito às suas leis são os pontos em que a
humanidade está obrigada a concordar; mas se, em
matéria de controvérsia, o sentido de qualquer
indivíduo ou partido é invariavelmente buscado, a
causa da liberdade já está traída.
AQUELE cuja função é governar um povo supino ou
abjeto, não pode, por um momento, deixar de ampliar
seus poderes. Toda execução de lei, [447]Todo
movimento do Estado, toda operação civil e militar, na
qual seu poder é exercido, deve servir para confirmar
sua autoridade e apresentá-lo à visão do público como
único objeto de consideração, medo e
respeito. Aqueles mesmos estabelecimentos que foram
concebidos, em uma época, para limitar ou dirigir o
exercício de um poder executivo, servirão, em outro,
para remover obstruções e suavizar seu caminho; eles
apontarão os canais em que ele pode funcionar, sem
ofender, ou sem alarmes excitantes, e os próprios
conselhos que foram instituídos para verificar suas
invasões, irão, em um tempo de corrupção, fornecer
uma ajuda para suas usurpações.
A paixão pela independência e o amor ao domínio
freqüentemente surgem de uma fonte comum: há, em
ambos, uma aversão ao contrã; e aquele que, em uma
situação, não pode bruik um superior, pode, em outro,
não gostar de ser unido com um igual.
O QUE o príncipe, sob uma monarquia pura ou
limitada, é, pela constituição de seu país, o líder de
uma facção se tornaria de bom grado nos governos
republicanos. Se ele atinge essa condição invejável,
sua própria inclinação, ou a tendência dos assuntos
humanos, parece abrir diante dele a carreira de uma
ambição real: mas as circunstâncias em que ele está
destinado a agir, são muito diferentes das de um rei.
. Ele encontra [448]com homens que não estão
habituados à disparidade; ele é obrigado, por sua
própria segurança, a manter a adaga continuamente
desembainhada. Quando ele espera estar seguro, ele
possivelmente quer ser justo; mas é apressado, desde
o primeiro momento de sua usurpação, a todo
exercício de poder despótico. O herdeiro de uma coroa
não tem tal discussão para manter com seus súditos:
sua situação é lisonjeira; e o coração deve ser
invulgarmente mau, que não brilha com afeição por
um povo que é ao mesmo tempo seus admiradores,
seu apoio e os ornamentos de seu reinado. Nele,
talvez, não haja um design explícito de invasão dos
direitos de seus súditos; mas os formulários
destinados a preservar sua liberdade não estão, por
essa razão, sempre seguros em suas mãos.
A ESCRAVIDÃO foi imposta à humanidade na
devassidão de uma ambição depravada, e crueldades
tirânicas foram cometidas nas sombrias horas de
ciúme e terror: ainda assim, esses demônios não são
necessários à criação ou ao apoio de um poder
arbitrário. Embora nenhuma política tenha sido mais
bem-sucedida do que a da república romana em
manter uma fortuna nacional; ainda assim os sujeitos,
assim como seus príncipes, freqüentemente imaginam
que a liberdade é uma obstrução nos procedimentos
do governo: eles imaginam que o poder despótico é
mais adequado para obter despacho e sigilo na
execução dos conselhos públicos; para manter o que
eles gostam de [449] chamar de ordem política*, e
para dar uma rápida reparação de reclamações. Eles
às vezes até reconhecem que, se uma sucessão de bons
príncipes pudesse ser encontrada, o governo despótico
seria melhor calculado para a felicidade da
humanidade. Enquanto eles raciocinam assim, eles
não podem culpar um soberano, que, na confiança de
que ele deve empregar seu poder para bons
propósitos, esforça-se para estender seus limites; e,
em sua própria apreensão, esforça-se apenas para
livrar-se das restrições que estão no caminho da razão
e que impedem o efeito de suas intenções amigáveis.
ASSIM preparado para a usurpação, deixe-o, à frente
de um Estado livre, empregar a força com a qual ele
está armado, para esmagar as sementes da aparente
desordem em todos os cantos de seus domínios; deixe-
o efetivamente refrear o espírito de dissensão e
divergência entre seu povo; deixe-o remover as
interrupções [450]ao governo, decorrente dos
humores refratários e dos interesses privados de seus
súditos; que ele colete a força do Estado contra seus
inimigos, aproveitando tudo o que possa fornecer em
termos de tributação e serviço pessoal: é
extremamente provável que, mesmo sob a direção de
desejos para o bem da humanidade, ele possa quebrar
através de todas as barreiras da liberdade, e
estabelecer um despotismo, enquanto ele lisonjeia a si
mesmo que ele só segue os ditames do senso e
propriedade.
QUANDO supomos que o governo concedeu um grau de
tranqüilidade que às vezes esperamos colher dele,
como o melhor de seus frutos, e assuntos públicos a
prosseguir, nos vários departamentos de legislação e
execução, com a menor interrupção possível ao
comércio e artes lucrativas; tal estado, como o da
China, jogando assuntos em escritórios separados,
onde a conduta consiste em detalhes, e na observância
de formas, superando todos os esforços de uma mente
grande ou liberal, é mais parecido com despotismo do
que somos. apto a imaginar.
SE A opressão, a injustiça e a crueldade são os únicos
males que atendem ao governo despótico, podem ser
considerados à parte. Nesse meio tempo, é suficiente
observar que a liberdade nunca está em maior perigo
do que quando medimos a felicidade nacional pelas
bênçãos que um príncipe pode [451]doação, ou pela
mera tranquilidade que pode assistir à administração
equitativa. O soberano pode ofuscar suas qualidades
heróicas; ele pode proteger seus súditos no gozo de
toda vantagem ou prazer animal: mas os benefícios
advindos da liberdade são de um tipo diferente; eles
não são os frutos de uma virtude e de uma bondade,
que operam no peito de um homem, mas a
comunicação da própria virtude para muitos; e tal
distribuição de funções na sociedade civil, como dá
aos números os exercícios e ocupações que dizem
respeito à sua natureza.
AS melhores constituições do governo são atendidas
com inconveniência; e o exercício da liberdade pode,
em muitas ocasiões, gerar queixas. Quando temos a
intenção de reformar os abusos, os abusos da
liberdade podem nos levar a nos intrometermos no
assunto do qual eles supostamente surgem. O próprio
despotismo tem certas vantagens, ou pelo menos, em
tempos de civilidade e moderação, pode prosseguir
com tão pouca ofensa, a ponto de não dar alarme
público. Essas circunstâncias podem levar a
humanidade, no próprio espírito da reforma, ou por
mera desatenção, a aplicar ou admitir inovações
perigosas no estado de sua política.
A ESCRAVIDÃO, no entanto, nem sempre é introduzida
por engano; às vezes é imposta no espírito de violência
e rapina. Príncipes tornam-se corruptos assim como
seu povo; e tudo o que pode ter [452]Como origem do
governo despótico, suas pretensões, quando
plenamente declaradas, dão origem entre o soberano e
seus súditos a uma disputa que só a força pode
decidir. Essas pretensões têm um aspecto perigoso
para a pessoa, a propriedade ou a vida de cada
sujeito; eles despertam toda paixão no seio
humano; eles perturbam o supino; eles privam o venal
de sua contratação; eles declaram guerra tanto aos
corruptos quanto aos virtuosos; são admoestados
apenas pelo covarde; mas até mesmo para ele deve ser
apoiado por uma força que pode trabalhar em seus
medos. Essa força que o conquistador traz do
exterior; e o usurpador doméstico se esforça para
encontrar em sua facção em casa.
QUANDO um povo está acostumado às armas, é difícil
para uma parte subjugar o todo; ou antes do
estabelecimento de exércitos disciplinados, é difícil
para qualquer usurpador governar os muitos pela
ajuda de alguns. Essas dificuldades, no entanto, a
política de nações civilizadas e comerciais, por vezes,
removido; e ao formar uma distinção entre profissões
civis e militares, comprometendo a guarda e o gozo da
liberdade a diferentes mãos, preparou o caminho para
a perigosa aliança de facção com o poder militar, em
oposição a meras formas políticas, e os direitos da
humanidade. .
UM POVO que é desarmado em conformidade com este
refinamento fatal, descansou sua segurança nas
alegações de razão e de justiça no trihunal [453] de
ambição e de força. Em tal extremidade, as leis são
citadas e os senadores são reunidos em vão. Aqueles
que compõem uma legislatura, ou que ocupam os
departamentos civis do estado, podem deliberar sobre
as mensagens que recebem do campo ou do
tribunal; mas se o portador, como o centurião que
trouxe a petição de Octavius ao senado romano,
mostra o punho da espada * , eles acham que as
petições são tornam-se comandos, e que eles próprios
se tornaram os concursos, não os repositórios de
poder soberano .
AS reflexões desta seção podem ser aplicadas de forma
desigual a nações de extensão desigual. Pequenas
comunidades, por mais corruptas que sejam, não
estão preparadas para o governo despótico: seus
membros, apinhados e contíguos aos assentos do
poder, nunca esquecem sua relação com o
público; eles se intrometem, com hábitos de
familiaridade e liberdade, nas pretensões daqueles
que governariam; e onde o amor pela igualdade e o
senso de justiça falharam, eles agem em motivos de
facção, emulação e inveja. O exilado Tarquin tinha
seus adeptos em Roma; mas se por seus meios ele
recuperou sua posição, é provável que, no exercício de
sua realeza, ele tenha entrado em uma nova cena de
disputa com o próprio partido que o restaurou ao
poder.
[ 454 ]
NA medida em que o território é estendido, suas
partes perdem sua importância relativa para o
todo. Seus habitantes deixam de perceber sua conexão
com o Estado e raramente estão unidos na execução
de qualquer projeto nacional, ou mesmo factício. A
distância dos assentos da administração e a
indiferença às pessoas que disputam o favorecimento
ensinam a maioria a se considerar como sujeitos de
uma soberania, não como membros de um corpo
político. É até notável que a ampliação do território,
tornando o indivíduo menos importante para o
público e menos capaz de se intrometer em seu
conselho, na verdade tende a reduzir os assuntos
nacionais em uma escala mais estreita, bem como a
diminuir os números que são consultados na
legislação, ou em outras questões de governo.
OS distúrbios aos quais um grande império é exposto
requerem rápida prevenção, vigilância e execução
rápida. Províncias distantes devem ser mantidas em
sujeição pela força militar; e os poderes ditatoriais,
que, em estados livres, às vezes são levantados para
reprimir insurreições, ou para se opor a outros males
ocasionais, aparecem, sob certo grau de domínio, em
todos os momentos igualmente necessários para
suspender a dissolução de um corpo cujas partes eram
montados, e devem ser cimentados, por medidas
forçadas, decisivas e secretas. Entre as circunstâncias,
portanto, que, no caso de prosperidade nacional e no
resultado das artes comerciais, levam ao
estabelecimento do despotismo, [455]não há, talvez,
que chegue a essa conclusão com um objetivo tão
certeiro quanto a ampliação perpétua do
território. Em todos os estados, a liberdade de seus
membros depende do equilíbrio e ajuste de suas
partes interiores; e a existência de tal liberdade entre a
humanidade depende do equilíbrio das nações. No
progresso da conquista, diz-se que aqueles que são
submissos perderam suas liberdades; mas da história
da humanidade, para conquistar, ou para ser
conquistado, apareceu, na verdade, o mesmo.
SEÇÃO VI: Do Progresso e Rescisão do Despotismo. ↩
A humanidade, quando degenera, e cuida da sua
ruína, assim como quando melhora e obtém vantagens
reais, freqüentemente passa por passos lentos e quase
insensíveis. Se, durante as idades de atividade e vigor,
eles enchem a medida da grandeza nacional a uma
altura que nenhuma sabedoria humana poderia
prever; eles realmente incorrem, em tempos de
relaxamento e fraqueza, em muitos males que seus
medos não sugeriam, e que, talvez, tivessem pensado
muito longe pela maré de sucesso e prosperidade.
NÓS já observamos que, onde os homens são
negligentes ou corrompido, a virtude de seus líderes,
ou a boa intenção de seus magistrados, não vai sempre
fixá-los na posse de liberdade política. A submissão
implícita a qualquer líder, ou o exercício
descontrolado de qualquer pseudônimo, mesmo
quando se pretende operar para o bem da
humanidade, pode freqüentemente terminar na
subversão dos estabelecimentos legais. Essa revolução
fatal, por qualquer meio que seja cumprida, termina
no governo militar; e isso, embora o mais simples de
todos os governos, é completado por graus. No
primeiro período de seu exercício sobre os homens
que atuaram como membros de uma comunidade
livre, ela só pode ter estabelecido os
alicerces, [457]não completou o tecido, de uma
política despótica. O usurpador que possuiu, com um
exército, o centro de um grande império, vê ao seu
redor, talvez, os restos destruídos de uma antiga
constituição; ele pode ouvir os murmúrios de uma
submissão relutante e involuntária; ele pode até ver o
perigo no aspecto de muitos, de cujas mãos ele pode
ter arrancado a espada, mas cujas mentes ele não
subjugou nem reconciliou com seu poder.
Oo senso de direitos pessoais, ou a pretensão de
privilegiar e honrar, que permanecem entre certas
ordens de homens, são tantos obstáculos no caminho
de uma recente usurpação. Se eles não sofrerem
decaimento com a idade e se desgastarem no
progresso de uma crescente corrupção, devem ser
quebrados com violência, e a entrada para cada novo
acesso de poder deve ser manchada com sangue. O
efeito, mesmo neste caso, é freqüentemente tardio. O
espírito romano, nós sabemos, não foi extinto sob uma
sucessão de mestres, e sob uma aplicação repetida de
derramamento de sangue e veneno. A nobre e
respeitável família ainda aspirava às suas honras
originais: a história da república, os escritos dos
tempos antigos, os monumentos de homens ilustres e
as lições da filosofia carregadas de concepções
heróicas continuaram a nutrir a alma na
aposentadoria,[ 458 ] assuntos da história
humana. Embora incapazes de se opor à tendência
geral ao servilismo, eles se tornaram, por causa de
suas supostas inclinações, objetos de desconfiança e
aversão; e foram obrigados a pagar com o sangue
deles, o preço de um sentimento que eles fomentavam
em silêncio e que brilhavam apenas no coração.
ENQUANTO O despotismo prossegue em seu progresso,
por qual princípio o soberano é conduzido na escolha
de medidas que tendem a estabelecer seu
governo? Por uma apreensão equivocada de seu
próprio bem, às vezes até mesmo de seu povo, e pelo
desejo que ele sente em toda ocasião particular, de
remover as obstruções que impedem a execução de
sua vontade. Quando ele fixa uma resolução, quem
raciocina ou se queixa contra isso é um
inimigo; quando sua mente está exultante, quem quer
que seja eminente e está disposto a agir por si mesmo
é um rival. Ele não deixaria dignidade no estado, mas
o que depende de si mesmo; nenhum poder ativo, mas
o que carrega a expressão do seu prazer
momentâneo *. Guiado por uma percepção tão
infalível quanto a do instinto, ele nunca deixa de
selecionar os objetos apropriados de sua antipatia ou
de seu favor. O aspecto da independência o
repele; aquele de servilismo atrai. A tendência de sua
administração é para acalmar todo espírito inquieto, e
assumir todas as funções do [459] governo para si
mesmo * . Quando o poder é adequado até o fim, ele
opera tanto nas mãos daqueles que não percebem o
término, quanto nas mãos de outros por quem é
melhor compreendido: os mandatos de ambos,
quando justos, não devem ser percebidos. ser
contestado; quando errados ou errados, eles são
apoiados pela força.
VOCÊdeve morrer, foi a resposta de Otávio para cada
terno de um povo que implorou sua misericórdia. Foi
a sentença que alguns de seus sucessores
pronunciaram contra todos os cidadãos que foram
eminentes por seu nascimento ou por suas
virtudes. Mas os males do despotismo estão
confinados aos métodos cruéis e sanguinários, pelos
quais um recente domínio sobre um povo refratário e
turbulento é estabelecido ou mantido? E a morte é a
maior calamidade que pode afligir a humanidade sob
um estabelecimento pelo qual eles são despojados de
todos os seus direitos? Eles são, de fato,
freqüentemente sofridos para viver; mas a
desconfiança e o ciúme, o senso de mesquinhez
pessoal e as ansiedades que surgem do cuidado de um
interesse miserável, são feitos para possuir a
alma; todo cidadão é reduzido a um escravo; e todo
encanto pelo qual a comunidade envolveu seus
membros deixou de existir.[ 460 ] o único dever que
resta, e isso é exigido pela força. Se, sob tal
estabelecimento, for necessário testemunhar cenas de
aviltamento e horror, com o risco de pegar a infecção,
a morte se torna um alívio; e a libação que Thrasea foi
feita a derramar suas artérias, deve ser considerado
como um sacrifício adequada de gratidão para com
Jove o Libertador* .
A OPRESSÃO e a crueldade nem sempre são necessárias
ao governo despótico; e mesmo quando presente, são
apenas uma parte de seus males. Soa na corrupção e
na supressão de todas as virtudes civis e
políticas; requer que seus sujeitos ajam por motivos de
medo; iria assediar as paixões de alguns homens à
custa da humanidade; e erigiria a paz da própria
sociedade nas ruínas daquela liberdade e confiança da
qual somente o gozo, a força e a elevação da mente
humana são encontradas.
DURANTE a existência de qualquer constituição livre, e
embora todo indivíduo possuísse sua posição e
privilégio, ou tivesse sua apreensão de direitos
pessoais, os membros de todas as comunidades
eram, [461]uns aos outros, objetos de consideração e
de respeito; cada ponto a ser levado na sociedade civil
exigia o exercício de talentos, de sabedoria, persuasão
e vigor, bem como de poder. Mas é o mais alto
refinamento de um governo despótico, governar por
comandos simples e excluir toda arte, exceto a
compulsão. Sob a influência dessa política, portanto,
as ocasiões que empregaram e cultivaram o
entendimento dos homens, que despertaram seus
sentimentos e estimularam sua imaginação, foram
gradualmente removidas; e o progresso pelo qual a
humanidade alcançou as honras de sua natureza, ao se
empenhar em agir em sociedade em bases liberais,
não era mais uniforme, ou menos interrompido, do
que aquele pelo qual se degeneram nessa condição
infeliz.
QUANDO ouvimos falar do silêncio que reina no
serralho, somos levados a acreditar que a própria fala
se torna desnecessária; e que os sinais do mudo são
suficientes para levar os mandatos mais importantes
do governo. Nenhuma arte, de fato, é requerida a
manter um ascendente onde somente o terror é oposto
à força, onde os poderes do soberano são delegados
por inteiro a todo oficial subordinado: Nem qualquer
estação confere uma liberalidade mental em uma cena
de silêncio e desânimo, onde cada mama é possuído
com ciúme e cautela, e onde nenhum objeto, mas o
prazer animal, continua a equilibrar os
sofrimentos [462] do próprio, ou aqueles de seus
súditos soberano.
EM outros estados, os talentos dos homens às vezes
são melhorados pelos exercícios que pertencem a uma
estação eminente: mas aqui o próprio mestre é
provavelmente o animal mais rude e menos cultivado
do rebanho; ele é inferior ao escravo que ele levanta de
um escritório servil para os primeiros lugares de
confiança ou de dignidade em sua corte. A
simplicidade primitiva que formava laços de
familiaridade e afeição entre o soberano e o guardião
de seus rebanhos * aparece, na ausência de todas as
afeições, para ser restaurada ou falsificada em meio à
ignorância e à brutalidade que caracterizam
igualmente todas as ordens de homens. , ou melhor,
qual o nível das fileiras e destruir a distinção de
pessoas em um tribunal despótico.
CAPRICE e paixão são as regras do governo com o
príncipe. Todo delegado de poder é deixado para agir
na mesma direção; atacar quando ele é ao mesmo tempo que mantém que a corrupção em
provocado; para favorecer quando ele estiver
satisfeito. No que diz respeito a receita, jurisdição ou
polícia, todo governador de uma província age como
um líder no país de um inimigo; vem armado com os
terrores do fogo e da espada; e, em vez de um imposto,
cobra uma contribuição pela força: ele arruina ou
poupa, pois ambos podem servir ao seu
propósito. Quando os clamores dos oprimidos, ou a
reputação de um tesouro, se acumulam à custa de uma
província, [463]Chegaram aos ouvidos do soberano, o
extorsor é feito para comprar a impunidade,
concedendo uma parte, ou perdendo todo o seu
espólio; mas nenhuma reparação é feita aos
feridos; ou melhor, os crimes do ministro são
empregados pela primeira vez para saquear o povo e
depois punidos para encher os cofres do soberano.
EM esta extinção total de todas as artes que se
relaciona com apenas o governo e política nacional, é
notável, que até mesmo o comércio do soldado é em si
muito negligenciada. A desconfiança e o ciúme, por
parte do príncipe, vêm em ajuda de sua ignorância e
incapacidade; e essas causas operando juntas servem
para destruir o próprio alicerce sobre o qual seu poder
é estabelecido. Qualquer derrota indisciplinada de
homens armados passa por um exército, enquanto
pessoas fracas, dispersas e desarmadas são
sacrificadas à desordem militar, ou expostas à
depredação na fronteira de um inimigo, a quem o
desejo de estragar, ou as esperanças de conquista,
podem ter atraído para o seu bairro.
OS romanos estenderam seu império até que não
deixaram nenhuma nação polida para ser subjugada, e
encontraram uma fronteira que estava em todo lugar
cercada por tribos ferozes e bárbaras; até perfuravam
desertos não cultivados, a fim de afastar a maior
distância o molestamento de tais vizinhos
problemáticos e a fim de possuírem as avenidas pelas
quais temiam seus ataques. [464] Mas esta política
pôs fim à corrupção interna do estado. Alguns anos de
tranquilidade foram suficientes para fazer até o
governo esquecer o perigo; e, na província cultivada,
preparou para o inimigo um prêmio tentador e uma
vitória fácil.
QUANDO, pela conquista e anexação de toda província
rica e cultivada, a medida do império é plena, duas
partes são suficientes para compreender a
humanidade; a do pacífico e do rico, que habita no
interior do império; e a dos pobres, os vorazes e
ferozes, que são habituados à depredação e à guerra. A
última leva à primeira quase a mesma relação que o
lobo e o leão carregam na dobra; e eles estão
naturalmente engajados em um estado de hostilidade.
FORAM império despótico, o tempo médio, para
continuar para sempre sem ser molestado do exterior,
que foi fundada, ela parece ter em si nenhum princípio
de uma nova vida, e não apresenta nenhuma
esperança de restauração para a liberdade e vigor
político . Aquilo que o mestre despótico viu não pode
apressar a menos que morra; deve definhar e expirar
pelo efeito de seu próprio abuso, antes que o espírito
humano possa brotar de novo, ou produzir aqueles
frutos que constituem a honra e a felicidade da
natureza humana. Em tempos de maior aviltamento,
de fato, comoções são sentidas; mas muito diferente
das agitações [465]de um povo livre: são as agonias da
natureza, sob os sofrimentos a que os homens estão
expostos; ou meros tumultos, confinados a poucos que
estão em armas em torno do príncipe e que, por
conspirações, assassinatos e assassinatos, servem
apenas para afundar o habitante pacífico ainda mais
fundo nos horrores do medo ou do
desespero. Espalhadas nas províncias, desarmadas,
pouco familiarizadas com os sentimentos de união e
confederação, restringidas pelo hábito a uma condição
miserável, e arrastando uma vida precária sobre as
posses que as extorsões de governo deixaram; as
pessoas não podem, sob essas circunstâncias, assumir
o espírito de uma comunidade, nem formar qualquer
combinação liberal para sua própria defesa. Os feridos
podem reclamar; e enquanto ele não puder obter a
misericórdia do governo, ele pode implorar a
comiseração de seu semelhante.
AS artes comerciais, que parecem não requerer
nenhum fundamento nas mentes dos homens, mas o
respeito ao interesse; nenhum encorajamento, mas as
esperanças de ganho e a posse segura da propriedade,
devem perecer sob o precário mandato da escravidão,
e sob a apreensão do perigo decorrente da reputação
da riqueza. Nacional [466]a pobreza, no entanto, e a
supressão do comércio, são os meios pelos quais o
despotismo chega para realizar sua própria
destruição. Onde não há mais nenhum lucro para
corromper, ou medo de deter, o encanto do domínio é
quebrado, e o escravo nu, acordado de um sonho, fica
surpreso ao descobrir que ele está livre. Quando a
cerca é destruída, as florestas estão abertas e o
rebanho se solta. O pasto do campo cultivado não é
mais preferido ao do deserto. O sofredor voa
voluntariamente onde as extorsões do governo não
podem alcançá-lo: onde até os tímidos e os servos
podem se lembrar, são homens; onde o tirano pode
ameaçar, mas onde ele é conhecido não é mais do que
um companheiro; onde ele não pode levar nada além
da vida, e até mesmo isso por sua própria conta e
risco.
DE ACORDO com essa descrição, as vexações da tirania
superaram, em muitas partes do Oriente, o desejo de
assentamento. Os habitantes de uma aldeia
abandonam suas habitações e infestam os meios
públicos; os dos vales voam para as montanhas e,
equipados para o vôo, ou possuidores de um forte
domínio, subsistem pela depredação e pela guerra que
fazem em seus antigos senhores.
AS instituições dos homens, se não calculadas para a
preservação da virtude, têm, de fato, um fim e um
começo: mas, desde que sejam eficazes para esse fim,
têm sempre um princípio igual de vida. , que nada
além de uma força externa pode suprimir; nenhuma
nação sofreu deterioração interna, mas do vício de
seus membros. Às vezes estamos
dispostos [468]reconhecer este vício em nossos
compatriotas; mas quem já esteve disposto a
reconhecer isso em si mesmo? Pode-se suspeitar, no
entanto, que fazemos mais do que reconhecê-lo,
quando deixamos de nos opor aos seus efeitos, e
quando defendemos uma fatalidade que, pelo menos,
no peito de cada indivíduo, depende de si
mesmo. Homens de verdadeira fortaleza, integridade
e habilidade estão bem colocados em todas as
cenas; eles colhem, em todas as condições, os
principais prazeres de sua natureza; eles são os
instrumentos felizes da Providência empregados para
o bem da humanidade; ou, se precisamos mudar essa
linguagem, eles mostram que, enquanto estão
destinados a viver, os estados que eles compõem
também estão fadados ao destino de sobreviver e
prosperar.
O FIM.

ESTES distúrbios conspirar com as imposições do

governo para tornar os assentamentos restantes ainda
menos seguro: Mas enquanto devastação e ruína
aparecem por todos os lados, a humanidade são
forçados novo [467] sobre essas confederações,
adquirir mais uma vez que a confiança pessoal e vigor,
que o apego social esse uso de armas, que, em tempos
antigos, tornaram uma pequena tribo a semente de
uma grande nação; e que pode novamente permitir
que o escravo emancipado inicie a carreira de artes
civis e comerciais. Quando a natureza humana aparece
no estado máximo de corrupção, ela realmente
começou a se reformar.

EM Desta forma, as cenas da vida humana têm sido

frequentemente alterado. Segurança e presunção
perdem as vantagens da prosperidade; resolução e
conduta recuperam os males da adversidade; e a
humanidade, enquanto não tem nada em quem
confiar, mas sua virtude, está preparada para obter
todas as vantagens; e, embora confiem mais em sua
boa sorte, estão mais expostos a sentir seu
reverso. Estamos aptos a desenhar essas observações
em regra; e quando não estamos mais dispostos a agir
pelo nosso país, alegamos, com a desculpa de nossa
própria fraqueza ou tolice, uma suposta fatalidade nos
assuntos humanos.