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1 ASPECTOS GERAIS

- Nutriente mais exigido pelas plantas

- Nutriente mais usado em adubações no mundo e


NITROGÊNIO NO SOLO
O segundo mais usado no Brasil em adubações

- Nutriente com dinâmica complexa (análise?)

2 ORIGEM DO N
RESERVATÓRIO DE N NA TERRA

Litosfera: 1,6 x 1011 Tg


Biosfera: 2,8 x 105 Tg
Hidrosfera: 2,3 x 107 Tg
Atmosfera: 3,9 x 109 Tg
- Grande reservatório de N: N2 (78% da atm)
- N2 não é aproveitado diretamente pelas plantas

Fixação atmosférica
- Necessário fixação Fixação industrial
Fixação biológica
Figura. Ciclo do nitrogênio simplificado
Fixação: conversão de N2 para N mineral

Quadro. Fixação anual de nitrogênio por diversos sistemas


2.1 Fixação atmosférica
Fonte de fixação Milhões de toneladas
de N por ano - Devido a descargas elétricas

Industrial (fertilizantes) 49
- Contribui pouco com o N do solo
Atmosférica (eletroquímica) 10
Fixação biológica total 175
- Mais importante em regiões industriais
Oceanos 36 - Fixa de 1 a 50 kg/ha/ano
Total sistemas terrestres 139
Leguminosas (140 kg/ha/ano) 35
Cultura de arroz (30 kg/ha/ano) 4
Pastagens (15 kg/ha/ano) 45
Outras culturas (5 kg/ha/ano) 5
Ecossistemas florestais (10 kg/ha/ano) 40
Outros sistemas (2 kg/ha/ano) 10
Quadro Classificação simplificada das bactérias fixadoras de nitrogênio mais estudadas 2.2 Fixação biológica de N
Forma de vida Bactéria Localização Hospedeiro
Livre Azotobacter Solo Não tem
Beijerinckia Solo Não tem
Derxia Solo Não tem
Nostoc * Solo e água Livres ou simbiose
Anabaena * Solo e água Livres ou simbiose
Rhodospirillum Águas poluídas Não tem
Associação Enterobacteriaceae Trato intestinal Termitas e animais
Azotobacter paspali Superfície das raízes Paspalum notatum BNL Associativas Vida livre
Azospirillum Superfície e interior das rízes Milho, sorgo, trigo Brachiaria
Acetobacter Raízes e colmos Cana de açúcar, capim elefante
Simbiose Anabaena azollae Cavidade foliar Azolla.
Anabaena sp. Liquens Fungos + algas
Nostoc Nódulos radiculares Pecíolo da folha Cycadaceae, Baweniaceae e Zamiaceae. Gunnera,
Eleaganus
Frankia Nódulos radiculares Casuarina, Alnus
16 ATP-Mg
Richelia intracelularis Intracelular Diatomaceas N2 + 8é + 8 H+ 2 NH3 + H2+ 16 Pi + 16 ADP
Rhizobium Nódulos radiculares Leguminosas Nitrogenase
Bradyrhizobium Nódulos radiculares e caulinares. Leguminosas e Parasponia
Azorhizobium Nódulos caulinares e radiculares Sesbania (leguminosa)
Synorhizobium Nódulos radiculares Leguminosas

FBN
Quadro. Estimativas de fixação de nitrogênio em diversas espécies leguminosas
Espécie leguminosa N2 fixado
kg de N/ha/ano ou ciclo
Produtoras de grãos
Soja (Glycine max) 60 - 178
Feijão (Phaseolus vulgaris) 2,7 - 110
Caupi (Vigna unguiculata) 73 - 354
Amendoim (Arachis hypogaea) 72 - 124
Guandu (Cajanus cajan) 168 - 280
Calopogonio (Calopogonium 370 - 450
mucunoides)
Feijão mungo (Vigna mungo) 63 - 342
Grão de bico (Cicer arietinum) 50 - 103
Ervilha (Pisum sativum) 52 - 77
Forrageiras
Leucena (Leucaena leucocephala) 500 - 600
Centrosema (Centrosema pubescens) 126 - 398
Estilosantes (Stylosanthes spp.) 34 - 220
Pueraria (Pueraria phaseoloides) 30 - 99
Espécie arbórea
Acacia (Acacia mearnsii) 200
Floresta tropical
Em regeneração 71 - 78
Após estabilização (40 anos) 35 - 45

FONTE: Siqueira & Franco, 1988 Figura Nódulos em raízes de soja

2.3 Fixação Industrial


- Objetiva passar o N2 para formas combinadas

a) Oxidação direta
O 2

N 2 

→ 2 NO + O 2  → 2 NO 2 + H2O

3 NO 2 + H 2 O  → 2 HNO 3 + NO

b) Síntese da amônia
- Consumo de energia: 16.800 kcal por kg de NH3

3 H2 + N2 →2 NH3

- A NH3 é matéria prima de vários fert. nitrogenados


3 FORMAS DE N NO SOLO
aminoácidos
Orgânico (cerca de 98%) proteínas
aminoaçúcares
DNA
RNA

NO2- (efêmero no solo)


Mineral (2%) NH4+
NO3-

3.1 Fatores que afetam o teor de N no solo

- Teor de matéria orgânica

- Precipitação pluviométrica: produção vegetal, fixação atm.

- T °C < 0 não há atividade microbiológica


- Temperatura
- T °C 40 a 60: alta taxa de mineralização

-Teor de argila:
> argila > CTC > produção vegetal > M.O > N

- Sistema de cultivo
- Cobertura vegetal

MINERALIZAÇÃO (AMINAÇÃO + AMONIFICAÇÃO)


4 Transformações do N no solo
- Mineralização AMINAÇÃO:
Hidrólise enzimática
Proteína-----------------------------→R- NH2 + CO2 + ATP+...
- Imobilização
Fungos, actnomicetos
- Nitrificação AMONIFICAÇÃO:
- Desnitrificação Hidrólise enzimática
R-NH2 + H2O----------------------------------------→ NH3 + R-OH2 + ATP
Bactérias, fungos, actnomicetos
NH3 + H2O -------------------→ NH4+ + OH-
4.1 Mineralização
- Converte N orgânico em N mineral (N-NH4+) FATORES QUE AFETAM A MINERALIZAÇÃO
• Umidade
- Necessário atuação de microrg. (quimioorganotróficos)
• Reação do solo
• Temperatura
• Qualidade do substrato (relação C/N)
Quadro Quantidade de N mineral em amostras de solos incubadas por diferentes períodos, em função
Destinos do NH4+ formado da adição de palha e uréia (1)

Tratamento Incubação (meses)


PERDIDO POR VOLATILIZAÇÃO (NH3) EM pH ALTO 0 1 2
--------------------- mg/vaso --------------------

Testemunha 12 a 27 b 36 b

ABSORVIDO PELAS PLANTAS Palha (C/N = 38:1) 12 a 5 c 26 c


NITRIFICAÇÃO
NH4+ Palha + uréia 12 a 55 a 95 a

(1) Médias, na mesma coluna, seguidas por letras iguais não são significativamente diferentes
ao nível de 5 %, pelo teste de Fisher.
FIXADO POR MINERAIS 2:1
FONTE: Sampaio & Salcedo (1993)
LIXIVIADO
Mineralização da uréia
IMOBILIZADO POR
MICRORGANISMOS CO(NH2)2 + 2 H2O  → (NH4)2CO3 → 2 NH4+ + CO32-
urease

4.2 Imobilização 4.3 Nitrificação: ocorre em duas etapas

- Converte N mineral em N orgânico (microrg.)


Nitrosomonas

C/N = 20:1=> I = M NH4 + 3O2 → 2NO2- + 2 H2O + 4H+


+
- Depende da C/N
C/N > 30:1 => I > M Nitritação
C/N < 20:1=> I < M
Nitrobacter

NO2 + O2 → 2NO3-
-

Nitratação

Destinos do NO3-

Quadro. Quantidades médias de NO3- e NH4+ encontradas na solução lixiviadas em colunas de


PERDIDO POR DESNITRIFICAÇÃO
três solos 1/

Argila NH4+ NO3-


IMOBILIZADO POR
Solo
MICRORGANISMOS
NO3- % ---------------- mg ---------------

1 14 160 950
ABSORVIDO PELAS PLANTAS
2 59 105 610
3 35 220 715

LIXIVIADO
1/ Adaptado de Dias (1992)

> TEOR DE ARGILA: < PERDAS DE N


4.4 Desnitrificação
Quadro Destino do N aplicado (60 kg/ha) em cobertura, na forma de ureia (15N), em um Latossolo
Forma oxidada Forma reduzida Eh potencial (V) sob cerrado cultivado com a cultura do milho1/
O2 H2 O 0.38 a 0.32
Destino do nitrogênio quantidade proporção do aplicado
NO3- N2 0.28 a 0.22
kg/ha %
Mn+4 Mn+2 0.22 a 0.18

Fe+3 Fe+2 0.11 a 0.08 N-recuperado 34 56


SO2-2 S-2 -0.14 a -0.17 N-retido no solo (0-90 cm) 14 23
N-perdido por lixiviação 2 4
CO2 CH4 -0.2 a -0.28
N-perdido outros processos 9 14
N-mineralizado estimado 54 ---

2NO3- → 2NO2- → 2NO → N2O → N2 1/ Adaptado de Coelho (1987)

Perdidos por volatilização

DEFINIÇÃO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA


Tabela 2 Destino do nitrogênio aplicado a uma determinada lavoura.
- Princípio da adubação nitrogenada
Destino % do N aplicado
Absorvido pelas plantas (parte aérea) 40-60
Incorporado ao solo como N-orgânico 20-50
N (kg/ha) = (RNC – SNS) f
Adsorvido pelos colóides 3-20 RNS = Requerimento de N pela cultura (produção de matéria seca)

Perdido por volatilização 2-30 SNS = Suprimento de N pelo solo

Pedido por lixiviação 2-10 f = fator de eficiência de uso de N (cultura bem manejada: f = 1,33 = 1/0,75)

Teor de nitrato no solo (USA)


Tabela 4 Quantidades de nitrogênio para adubação do milho nos estados do RS e SC.
- MÉTODOS EMPREGADOS Teor de M.O (RS SC)

Produtividade esperada (SP) Teor de M.O (%) Expectativas de rendimento


< 3t/ha 3-6t/ha > 6t/ha
Tabela 3 Sugestão de doses de nitrogênio para o milho em função do teor de nitrato no solo
-------------------------------kg/ha------------------------------------
N-NO3- Classe Produtividade esperada (kg/ha) ≤ 2,5 80 130 160
3.770 5.020 6.280 7.530 8.790 10.040 11.300 12.560 13.810 15.070
2,6-3,5 70 110 140
Kg/ha ----------------------------------------------kg/ha-----------------------------------------------------------
3,6-4,5 60 90 120
28 Muito 90 123 146 168 190 224 226 280 314 -
baixo 4,6-5,5 50 80 100
56 Baixo 67 90 112 134 168 190 224 246 280 314
> 5,5 ≤ 40 ≤65 ≤80
112 Médio 0 34 56 78 112 134 168 190 224 258
224 Alto 0 0 0 0 0 22 56 78 112 146
336 Excessivo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34
Tabela 5 Quantidades totais de nitrogênio para adubação do milho no estado de SP.
Fertilizantes orgânicos contendo nitrogênio
Produtividade Classe de resposta a nitrogênio Fertilizante % de N
(t/ha) esperada 1 2 3
Esterco de curral 0,5
-------------------------------kg/ha-----------------------------------
Esterco de galinha 2,0
2-4 50 30 20 Torta de algodão 7,0
4-6 80 60 40 Torta de mamona 6,0
6-8 120 90 60 Farinha de carne 10,0
8-10 150 120 80 Torta de amendoim 8,0
10-12 170 140 100 Farinha de sangue 8,0
Torta de cana-de-açúcar 1,4
1.Alta resposta esperada: com muitos anos de plantio contínuo de gramíneas.
Palha de cereais 0,4-0,8
2. Média resposta esperada: solos muito ácidos que serão corrigidos: com plantio anterior com Feijão gandu 1,8
leguminosas.
Palha de leguminosas 1,2- 2,0
3. Baixa resposta esperada: solos em pousio por 2 anos ou mais, ou após pastagem; cultivo intenso
com leguminosas

Relação C/N de alguns materiais orgânicos

Material Relação C/N Fertilizantes nitrogenados minerais mais comuns


Feno de alfafa 13


Trevo doce (florescimento) 15
Trevo doce (velho) 26
Ureia (45% de N)
Lupinus (tremoceiro) 20  Sulfato de amônio (20% de N)
Palha de trigo 84
 Nitrato de amônio (34% de N)

Serragem (muito variável) 300
Aveia (perfilhamento) 17 Amônia anidra (83% de N)
Aveia (espigamento) 27  DAP (16% de N)

Aveia (maturidade) 41
Feijão gandu 29 Nitrato de cálcio (12% de N)
Aveia (palha) 74  Nitrato de potássio (14% de N)

Milho: palhas 112
Nitrato de sódio (15% de N)
Feijão: palhas 32
Mucuna preta 22
Fonte: Adaptado de Bissani et al. (2004).

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