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História Contemporânea grupoexatas.wordpress.com
Exercı́cios Objetivos
1. (2009) A primeira metade do século XX foi mar- Brasil deu lugar a insatisfação e revolta, que
cada por conflitos e processos que a inscreve- ele registrou em livro. Sobre o percurso entre
ram como um dos mais violentos perı́odos da o porto de Santos e o planalto paulista, escre-
história humana. veu Davatz: “As estradas do Brasil, salvo em
Entre os principais fatores que estiveram na ori- alguns trechos, são péssimas. Em quase toda
gem dos conflitos ocorridos durante a primeira parte, falta qualquer espécie de calçamento ou
metade do século XX estão mesmo de saibro. Constam apenas de terra sim-
ples, sem nenhum benefı́cio. É fácil prever que
(a) a crise do colonialismo, a ascensão do na- nessas estradas não se encontram estalagens e
cionalismo e do totalitarismo. hospedarias como as da Europa. Nas cidades
(b) o enfraquecimento do império britânico, a maiores, o viajante pode naturalmente encon-
Grande Depressão e a corrida nuclear. trar aposento sofrı́vel; nunca, porém, qualquer
(c) o declı́nio britânico, o fracasso da Liga das coisa de comparável à comodidade que propor-
Nações e a Revolução Cubana. ciona na Europa qualquer estalagem rural. Tais
cidades são, porém, muito poucas na distância
(d) a corrida armamentista, o terceiro- que vai de Santos a Ibicaba e que se percorre
mundismo e o expansionismo soviético. em cinquenta horas no mı́nimo”.
(e) a Revolução Bolchevique, o imperialismo e Em 1867 foi inaugurada a ferrovia ligando San-
a unificação da Alemanha. tos a Jundiaı́, o que abreviou o tempo de via-
gem entre o litoral e o planalto para menos de
2. (2009) Os regimes totalitários da primeira me- um dia. Nos anos seguintes, foram construı́dos
tade do século XX apoiaram-se fortemente na outros ramais ferroviários que articularam o in-
mobilização da juventude em torno da defesa terior cafeeiro ao porto de exportação, Santos.
de ideias grandiosas para o futuro da nação.
Nesses projetos, os jovens deveriam entender
que só havia uma pessoa digna de ser amada DAVATZ, T. Memórias de um colono no
e obedecida, que era o lı́der. Tais movimentos Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1941
sociais juvenis contribuı́ram para a implantação (adaptado).
e a sustentação do nazismo, na Alemanha, e do
fascismo, na Itália, Espanha e Portugal. O impacto das ferrovias na promoção de proje-
A atuação desses movimentos juvenis tos de colonização com base em imigrantes eu-
caracterizava-se ropeus foi importante, porque
(a) pelo sectarismo e pela forma violenta e ra-
(a) o percurso dos imigrantes até o interior, an-
dical com que enfrentavam os opositores
tes das ferrovias, era feito a pé ou em mu-
ao regime.
ares; no entanto, o tempo de viagem era
(b) pelas propostas de conscientização da po- aceitável, uma vez que o café era plantado
pulação acerca dos seus direitos como ci- nas proximidades da capital, São Paulo.
dadãos.
(b) a expansão da malha ferroviária pelo in-
(c) pela promoção de um modo de vida terior de São Paulo permitiu que mão-de-
saudável, que mostrava os jovens como obra estrangeira fosse contratada para tra-
exemplos a seguir. balhar em cafezais de regiões cada vez mais
(d) pelo diálogo, ao organizar debates que opu- distantes do porto de Santos.
nham jovens idealistas e velhas lideranças
(c) o escoamento da produção de café se viu
conservadoras.
beneficiado pelos aportes de capital, prin-
(e) pelos métodos polı́ticos populistas e pela cipalmente de colonos italianos, que dese-
organização de comı́cios multitudinários. javam melhorar sua situação econômica.
3. (2009) O suı́ço Thomas Davatz chegou a São (d) os fazendeiros puderam prescindir da mão-
Paulo em 1855 para trabalhar como colono na de-obra europeia e contrataram trabalha-
fazenda de café Ibicaba, em Campinas. A pers- dores brasileiros provenientes de outras
pectiva de prosperidade que o atraiu para o regiões para trabalhar em suas plantações.
7. (2012) 8. (2012)
(d) utilização de empregados qualificados. (e) a crise de 1929 decorreu da polı́tica inter-
(e) incentivo à criatividade dos funcionários. vencionista norte-americana sobre o sis-
tema de comércio mundial e a atual crise
10. (2012) resultou do excesso de regulação do go-
verno desse paı́s sobre o sistema mo-
TEXTO I netário.
11. (2012)
A Europa entrou em estado de exceção, personi-
ficado por obscuras forças econômicas sem rosto
ou localização fı́sica conhecida que não prestam
contas a ninguém e se espalham pelo globo por
meio de milhões de transações diárias no cibe-
respaço.
TEXTO II
Na imagem, da década de 1930, há uma crı́tica Na imagem, estão representados dois modelos
à conquista de um direito pelas mulheres, rela- de produção. A possibilidade de uma crise de
cionado com a superprodução é distinta entre eles em função
do seguinte fator:
(a) redivisão do trabalho doméstico.
(a) Origem da matéria-prima.
(b) liberdade de orientação sexual.
(b) Qualificação da mão de obra.
(c) garantia da equiparação salarial. (c) Velocidade de processamento.
(d) aprovação do direito ao divórcio. (d) Necessidade de armazenamento.
(e) obtenção da participação eleitoral. (e) Amplitude do mercado consumidor.
15. (2013) Um trabalhador em tempo flexı́vel con- 17. (2013) Tendo encarado a besta do passado olho
trola o local do trabalho, mas não adquire maior no olho, tendo pedido e recebido perdão e
controle sobre o processo em si. A essa altura, tendo feito correções, viremos agora a página
vários estudos sugerem que a supervisão do tra- - não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo
balho é muitas vezes maior para os ausentes do aprisionar-nos para sempre. Avancemos em
escritório do que para os presentes. O trabalho direção a um futuro glorioso de uma nova so-
é fisicamente descentralizado e o poder sobre o ciedade sul-africana, em que as pessoas valham
trabalhador, mais direto. não em razão de irrelevâncias biológicas ou de
outros estranhos atributos, mas porque são pes-
soas de valor infinito criadas à imagem de Deus.
SENNETT, R. A corrosão do caráter:
consequências pessoais do novo capitalismo.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão
Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
da Verdade na África do Sul. Disponı́vel em:
http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez.
Comparada à organização do trabalho carac- 2012 (adaptado).
terı́stica do taylorismo e do fordismo, a con-
cepção de tempo analisada no texto pressupõe No texto, relaciona-se a consolidação da demo-
que cracia na África do Sul à superação de um le-
gado
(a) as tecnologias de informação sejam usadas
para democratizar as relações laborais. (a) populista, que favorecia a cooptação de dis-
sidentes polı́ticos.
(b) as estruturas burocráticas sejam transferi-
das da empresa para o espaço doméstico. (b) totalitarista, que bloqueava o diálogo com
os movimentos sociais.
(c) os procedimentos de terceirização sejam
(c) segregacionista, que impedia a universa-
aprimorados pela qualificação profissional.
lização da cidadania.
(d) as organizações sindicais sejam fortalecidas (d) estagnacionista, que disseminava a paupe-
com a valorização da especialização funci- rização social.
onal.
(e) fundamentalista, que engendrava conflitos
(e) os mecanismos de controle sejam desloca- religiosos.
dos dos processos para os resultados do
trabalho. 18. (2014) Três décadas - de 1884 a 1914 - sepa-
ram o século XIX - que terminou com a corrida
16. (2013) dos paı́ses europeus para a África e com o sur-
gimento dos movimentos de unificação nacional
na Europa - do século XX, que começou com a
Primeira Guerra Mundial. É o perı́odo do Im-
perialismo, da quietude estagnante na Europa
e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na
África.
O processo histórico citado contribuiu para a (b) caráter espontâneo das festas populares.
eclosão da Primeira Grande Guerra na medida (c) lembrança da antiguidade da cultura local.
em que
(d) triunfo da nação sobre os paı́ses africanos.
(a) difundiu as teorias socialistas. (e) declı́nio do regime de monarquia absolu-
(b) acirrou as disputas territoriais. tista.
(c) superou as crises econômicas. 20. (2014) Em 1961, o presidente De Gaulle apelou
(d) multiplicou os conflitos religiosos. com êxito aos recrutas franceses contra o golpe
militar dos seus comandados, porque os solda-
(e) conteve os sentimentos xenófobos.
dos podiam ouvi-lo em rádios portáteis. Na
19. (2014) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luı́s década de 1970, os discursos do aiatolá Kho-
XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugu- meini, lı́der exilado da futura Revolução Irani-
rada em 1763, tinha em seu centro uma estátua ana, eram gravados em fita magnética e pronta-
do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a inter- mente levados para o Irã, copiados e difundidos.
secção de dois eixos monumentais. Bem nesse
cruzamento está o Obelisco de Luxor, deco- HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve
rado com hieróglifos que contam os reinados dos século XX (1914-1991). São Paulo: Cia. das
faraós Ramsés II e Ramsés III. Em 1829, foi ofe- Letras, 1995.
recido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e,
em 1836, instalado na praça diante de mais de Os exemplos mencionados no texto evidenciam
200 mil espectadores e da famı́lia real. um uso dos meios de comunicação identificado
na
NOBLAT, R. Disponı́vel em: (a) manipulação da vontade popular.
www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. 2012.
(b) promoção da mobilização polı́tica.
A constituição do espaço público da Praça da (c) insubordinação das tropas militares.
Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a) (d) implantação de governos autoritários.
(a) lugar da memória na história nacional. (e) valorização dos socialmente desfavorecidos.
Gabarito
1. A 5. E 9. C 13. B 17. C
2. A 6. B 10. B 14. E 18. B
3. B 7. B 11. C 15. E 19. A
4. E 8. D 12. E 16. D 20. B