Explora Libros electrónicos
Categorías
Explora Audiolibros
Categorías
Explora Revistas
Categorías
Explora Documentos
Categorías
C o m e ro s
y elefan tes
La sacralidad y la risa
en la m o d ern id a d clásica
- s ig lo s X V a X V I I -
J®
l^tíñ o y Dótnto. Editores
Universidad w w w .m in o y d a v ila .co m .a r
de Buenos Aires
© M iñ o y D á v ila ed ito res
w w w .m inoydavila.coin.ar
D is e ñ o d e p o r ta d a :
G e ra rd o M iño
Ilu s tr a c ió n d e p o r ta d a :
“E stu d io s d e e x p re sio n e s y c a ric a tu ra s ”
dibiijo de L eo n ard o D a V inci
A b ril d e 2001
Indice
15 P rólogo
19 I n t r o d u c c i ó n : N a v e g a c i o n e s t e ó r ic a s y
REDESCUBRIMIENTO DE UN ANTIGUO LUGAR O TOFOS
59 C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . La locura y el am or de
l o s c o r d e r o s ; l a a d m ir a c i ó n y e l é x t a s is d e l o s
elefa n tes
6 J osé E m il io B urucúa
119 C a p í t u l o II: L a r is a . I s a a c y S il e n o o l a c o m u n ió n d e
LOS CORDEROS Y LOS ELEFANTES
317 - Las lecturas del Satiricón de Petronio por parte del hu
m anism o renacentista
324 - Los fragm entos descubiertos por P oggio Bracciolini y
la edición p rin cep s in quarto por Frangois Puteolanus.
(M ilá n , 1 4 8 2 ).V e rsio n es de lo s sig lo s X V al X V II.
E stablecim iento del texto definitivo en 1709
327 - Estrategias de los editores-eruditos para salvar las co n
tra d iccion es del S a tiric ó n con la m oral cristiana.
M elchior G oldast de Heiminsfeldj (1621)
332 - M odos de leer el Satiricón (1575/-1709)
337 - Entrecruzamiento de las tres vertientes de la risa en las
culturas del Cinquecento
341 - A lgunas reflexiones en torno a la risa en sed e históri-
co-artística. Representaciones alegóricas en la Iconolo
gía de Cesare Ripa
343 - El ridículo y la risa en las esculturas del jardín del Bóboli
3 44 - V incen zo Galilei: renovación m usical y burla al estilo
contrapuntístico
345 - E xtensión europea del fenóm eno estudiado. Holanda:
R em iniscencias de la C oena C ypriani en los grabados
de Dirk Coornhert del Triunfo de la P a cien cia
348 - España: La L ozana an dalu za de Francisco D elicad o
351 - Francia: E p ig ra m a s y E p ísto la s de C lém en t M arot.
H eptam erón de las n o vela s de Margarita de Navarra.
L as N u evas R ecrea cio n es y A leg res P ro p o sicio n es de
B uen aventu ra D es Périers. L a s d a m a s ilu stre s de
Pierre de B ou rd eille, abad de Brantom e. L o s m im os,
en señan zas y p ro v e r b io s de Jean A ntoine de Bai'f. La
S átira m enipea
357 - Form ación de un n uevo género có m ico en la escen a
francesa del siglo X V I y el trasplante de form as cultu
rales italianas
359 - Las piezas dramáticas de Margarita de A ngulem a, rei
na de Navarra
361 - E l b ric o la g e jo c o so en la Francia del sig lo X V II. La
N ovela cóm ica de Paul Scarron
363 - C inco ejem plos que anticipan la continuación de esta
historia en tiem pos del racionalism o y la Ilustración.
Spinoza. Voltaire. La Enciclopedia. Mozart. La C rítica
d el Juicio de Immanuel Kant
368 - Proceso reductivo de las tres formas de la risa renacen
tista en la sociedad moderna.
J osé E m il io B urucúa
C a p ít u l o III: P o s t l u d i o f e m in i s t a . O v e ja s y e l e f a n t a s
DESMIENTEN EL PECADO DE E v a
479 A p é n d ic e s
543 B r e v e s c o n s id e r a c io n e s a c e r c a d e l o s A d d e n d a d e
otros autores
ral en com ún en la que ninguno de los actores (hom bres del pue
blo y de las élites) se subordina a los otros. D igam os, en princi
pio, que una fuerte circulación cultural previa sería condición
sine qu a non de cualquier convergencia. En segundo lugar, tres
tipos principales de ésta se me han aparecido hasta ahora:
3) Son los que más se asem ejan a la figura del dem iurgo, los
inspirados; a quienes Bretón llam ó logoth etes por su capaci
dad para encontrar un lenguaje propio y que nosotros p o
dríamos identificar con Tiresias, el adivino, el profeta ciego
que fue alternativam ente varón, mujer y otra vez varón, re
I n t r o d u c c ió n : N a v e g a c io n e s t e ó r i c a s .. 39
Notas
p o s ito r (pp. 2 1 2 -2 1 3 ). F u e el c o ra l p a ra ó rg a n o . A n te tu T ro n o m e p r e
s e n to , un e p ílo g o q u e p a re c e n e c e s a rio c o lo c a r, a m a n e ra de c ie rre , al
c a b o d e E l A r te , in c o m p le to , y d e la F uga a 3 so g g e tti, ta m b ié n in c o n
c lu sa . L a in v e stig ac ió n b a c h ia n a actu al h a re v e la d o q u e el c o ra l d e m a
rra s, e d ita d o c o m o c ie rre de E l A rte, t:s en v erd ad un a v ersión m o d ific a
d a d e o tro co ral m uy a n te rio r del O rgelbiichlein (B W V 641). E ste d e sc u
b rim ien to m o straría en to n ces q u e la h isto ria tra n sm itid a p o r A n a M ag d a
le n a no s ería sin o u n a c o n stru c c ió n le g e n d aria, re a liz a d a p o r la m u je r y
el h ijo de B ac h , K a rl-P h ilip p -Im m a n u e l, p o c o d e sp u é s de la m u e rte del
c o m p o sito r. C o m o q u iera q u e sea, los d estin atario s inm ediatos de aquella
c o le c c ió n de fu g as no h a b ría n v io le n ta d o los m ó v ile s m u sic ale s p e rm a
n e n te s d e Ju an S e b a stiá n (v é a se W o lfg a n g S a n d b e rg e r, B a c h 20 0 0 . 24
In v e n c io n e s s o b re J o h a n n S e b a stia n B a c h , H a m b u rg o , T e ld e c C la ssic s
In te rn a tio n a l, 2 0 0 0 , p p . 1 0 -1 2 ), d e tal s u e rte q u e n o re s u lta a rb itra rio
d e c ir q u e la o b ra a rtístic a y la re p re sen ta c ió n m ás d e te rm in a d as o m e jo r
d e fin id a s p o r su sola d im en sió n re fle ja han sid o su b o rd in a d as sin rodeos
a u n a b s o lu to fu e ra d e e lla s y d e la m is m a h u m a n id a d , su c re a d o r a -
c o n te m p lad o ra. A lg o de esto h u b o de v islu m b ra r el filó so fo a n arco so cia-
lis ta G u s ta v L a n d a u e r c u a n d o e s c rib ió : “L a m ú s ic a d e B a c h , q u e es
c o m o u n a d ia d e m a y b ó v e d a s o b r e e l p u e b lo d e lo s h o m b re s , p e n d e
e m p e r o lib r e m e n te en lo s a ir e s , p o r q u e la c a sa d e b a jo d e e lla se ha
d e s p lo m a d o en r u in a s " (G . L a n d a u e r, L a R e v o lu c ió n , B u e n o s A ire s ,
P ro y e c c ió n , 1961, p. 67).
34 Sin e m b a rg o , A n a M ag d a le n a n ieg a en fo rm a e x p líc ita la relación de esa
fu g a co n E l A r te : "u n a fu g a la rg a y h erm o sa , p e ro q u e n o te n ía n in g u
n a re la c ió n co n e l A rte de la Fuga, y en c u ya te rm in a c ió n tra b a ja b a los
ú ltim o s d ía s d e su v id a ” (p. 2 0 6 ). '
35 Si se re c u e rd a q u e lo s a le m a n e s y lo s in g le ses u san c o rrie n te m e n te las
le tra s p a ra d e sig n a r las n o tas a p a rtir del la= A , se c o m p re n d e fácilm en te
qu e el c o n tra su je to , te rc e r tem a de la fu g a in c o m p le ta , e s u n a frase fo r
m a d a p o r las n o tas c o rre s p o n d ie n te s a las letras del n o m b re de B ach: si
b e m o l-la -d o -si n atu ral.
36 R o g e r C h artie r, El m u n d o co m o rep re se n ta c ió n . E stu d io s s o b re h isto ria
c u ltu r a l, B a rc e lo n a , G e d isa , 1992.
37 P a ra un e je m p lo m a g istra l de la m e to d o lo g ía c o n c re ta q u e se d e sp re n d e
d e e s ta c o n c e p c ió n g lo b a l d e la h is to r io g r a f ía c u ltu r a l, v é a s e R o g e r
C h a r tie r, “ G e o rg e D a n d in o u le s o c ia l en re p ré s e n ta tio n ” , en A n u a le s.
H is to ire , S c ie n c e s S o c ia le s, m a rz o -a b ril 1994, n° 2 , pp. 2 7 7 -3 0 9 .
38 A n g e lo T o rre , “ P e rc o rsi d e lla p ra tic a . 1 9 6 6 -1 9 9 5 ” en Q u a d e rn i s to ric i
9 0 , a . X X X , n .3 , pp. 7 9 9 -8 2 8 , d ic ie m b re de 1995.
39 R o g e r C h a r tie r, “ P ra tiq u e d e la re p ré s e n ta tio n e t re p ré s e n ta tio n de la
p ra tiq u e ” , p re p rin t.
40 B u e n o s A ire s, S u d a m e ria a n a , 1969.
41 U tiliz o a q u í la p a la b ra e ro s co n el sig n ific a d o fre u d ia n o de fu e rz a p la s
m a d o ra d e la v id a en el m ás a lto sen tid o , p u e s te m o to d a v ía q u e si e m
p le a se la p a la b ra “ am o r” lisa y lla n a m en te mi d iscu rso p u d ie ra p arecerse
m ás al d e las re v ista s del c o ra z ó n q u e al d e un p a p e r. P o r e so d e b o a d
v e rtir q u e, fo rzan d o el áre a de sig n ific a d o del térm in o g rie g o , in cluyo en
e lla el c a m p o d e la a g a p é p a u lin a , au n q u e re c o n o zc o las d ife re n c ia s ra
52 J osé E m il io B urucúa
E n c u a n to a la h is to rie ta de A rt S p ie g e lm a n en d o s p a r te s - “M i p a d r e
s a n g ra h is to r ia " y " Y a q u í c o m e n z a ro n m is p r o b le m a s " - , e lla n a rra la
h is to ria d e un s o b re v iv ie n te de A u sc h w itz , el p a d re v e rd a d e ro d e A rt,
V la d ek , y d e su e sp o sa A n ja, su icid a en 1968, pero lo hace su stitu y en d o
a los h o m b re s p o r d istin to s a n im a les seg ú n sus n a cio n alid a d e s o etn ia s:
lo s ju d ío s so n rato n es, los p o la c o s, c erd o s, los a le m an e s, g a to s, los n o r
te a m e ric a n o s , p e rro s, los fra n c e se s, ra n a s, los su ec o s, c ie rv o s, los g ita
n o s, m o sca s. El re la to se e x tie n d e d e sd e la P o lo n ia d e los ‘3 0 h a sta los
E sta d o s U n id o s de los ‘80 y e stá c o n stru id o co m o la serie de los re c u e r
d o s d e A rt so b re la g u e rra y la S lio a h , co n unas p o c as o c a s io n e s en las
c u a le s los p e rso n aje s se c o n v ie rte n en h o m b res: el e p iso d io del su icid io
de A n ja y la e sc e n a del é x ito d e M a u s , au n q u e en é sta ú ltim a los h o m
b re s se han p u e sto las m áscaras de sus c o rre sp o n d ien tes a n im a les. ¿ A c a
s o e s a c e p ta b le u n a re p re s e n ta c ió n se m e ja n te de la S h o a h , al m o d o de
u n a fá b u la an tig u a o de un c u en to de L u c ia n o d e S am o sata? ¿ M a u s c u m
p liría e n to n c es el fin de e so s g é n ero s clá sic o s, en los cu ales los a nim ales
p a rla n te s serv ían de m e tá fo ra s p a ra h a b la r de los m ay o res v ic io s y lo c u
ras d e los h o m b re s con d is ta n c ia m ie n to . sin c e n su ra y sin ira, a lig e ra d o
el d isc u rso p o r los v u elo s de la risa? A lg o de e llo (e m p a re n ta d o con las
e x a sp e ra c io n e s de E rasm o , de B o sc h y de B ru e g el) hay en e sa h isto rie ta
c u y o fin p a re ce se r re a lz ar el c a rá c te r en ú ltim a in sta n cia in d e c ib le, in e
n a rra b le d e la S h o a h , de e sa h isto ria ú n ic a q u e e sta m o s im p e rio sa m en te
o b lig a d o s a reco rd ar, no o b stan te, p o r m edio de textos, im ágenes y repre
se n ta c io n e s s itu a d a s “ en el b o rd e d el a c a n tila d o ” , p a ra q u e n u n c a m ás
v u e lv a a re p e tirse n a d a ni d e lejo s p a re cid o . P ero d e jo el tra ta m ie n to de
e s ta s c u e s tio n e s a m i a lu m n o F e d e ric o F in c h e ls te in , q u ie n m e g u ió al
m u n d o d e M a u s y, de tan jo v e n q u e e s, h a h e c h o q u e su s a b id u ría se a
v is ta c o m o un a u té n tic o e s c á n d a lo . E n to rn o a los lím ite s d e la re p re
s e n ta c ió n , p u e d e v e rs e el re c ie n te y c o n m o v e d o r a rtíc u lo d e N ic h o la s
S ta rg a rd t, “C h ild re n ’s art o f the H o lo cau st” , in P ast a n d P resent, n° 161,
pp. 1 9 1 -2 3 5 , n o v ie m b re de 1998.
50 L a he lla m a d o “ m e tá fo ra c u lin a ria de la c re ac ió n e sp iritu a l” en S a b io s y
m a r m ito n e s ..., pp. 3 8-39.
51 'H a m b re sa cia d a , s a c ie d a d h a m b r ie n ta ’. G io rd a n o B run o, L o s H e ro ic o s
F u r o r e s , II, 3er. d iá lo g o , M a d rid , T e c n o s, 1987, p. 196 (In tro d u c c ió n ,
tra d u c c ió n y n o ta s d e M aría R o sa rio G o n z á le z Prada).
52 M ich e l d e M o n taig n e, E ssais, I, X X V . P arís, F e rn a n d R o ch e , 1931, vol.
1, p. 192.
53 M ikhai'l B ak h tin e, L 'o e u v re d e F rangois R a b e la is e t la cu ltu re p o p u la ir e
a u M o y e n A g e e t so u s la R e n a is sa n c e , P arís, G a llim a rd , 1970.
54 J a c q u e s H e e r s , C a r n a v a le s y f ie s ta s d e lo c o s, B a r c e lo n a , P e n ín s u la ,
1988; F ran c o C ard in i, D ía s S a g ra d o s. T ra d ició n p o p u la r en la s cu ltu ra s
E u ro m e d ite rr á n e a s , B a rc e lo n a , A rg o s V e rg a ra , 1984.
55 P e te r B u rk e , A C u ltu ra P o p u la r n a Id a d e M o d erna . E uropa, 1500-1800,
S an P a b lo (B ra sil), C o m p a n h ia d as L e tras, 1989.
56 C h ris to p h e r H ill, L o s o r íg e n e s in te le c tu a le s d e la R e v o lu c ió n in g le sa ,
B a rc e lo n a , C rític a , 1982; E l m u n d o tra sto rn a d o . E l id e a rio p o p u la r e x
tr e m is ta en la R e v o lu c ió n in g le s a d e l s ig lo X V II, M a d rid , S ig lo X X I,
1983.
54 J osé E m il io B urucúa
57 M ic h e l V o v elle, op. c it., pp. 161-174; L 'ir re s istib le a sce n sió n d e Jo sep h
S e c , b o u r g e o is d ’A ix, A ix -e n -P ro v e n c e , E d isu d , 1975.
58 E. P . T h o m p so n , C o stu m b res... o p .cit., pp. 2 1 2 -3 9 4 , 4 5 3 -5 9 4 ; La fo r m a
ció n d e la c la se o b r e r a en In g la terra , B a rc e lo n a , C rític a . 1989, vol. 1,
pp . 4 4 7 -4 9 7 , vol. 2, pp. 3 1 3 -3 5 3 .
59 E ric H o b sb aw m , E l m u n d o d e l tra b a jo . E stu d io s h is tó ric o s so b re la f o r
m a c ió n d e la c la se o b r e r a , B arce lo n a , C rític a , 1987, pp. 144-184.
60 R o g e r C h artie r, E l m u n d o c o m o r ep re se n ta c ió n ... op. c it., pp. 181-243;
S o c ie d a d y e s c r itu r a en la E d a d M o d e r n a . L a c u ltu r a c o m o a p r o p ia
c ió n , M é x ic o , In s titu to M o ra , 1995, pp. 121-245.
61 A n a M a ría L o ra n d i, D e q u im e ra s , r e b e lio n e s y u to p ía s . L a g e s ta d e l
in c a P e d ro B o h o r q u e s, L im a, P o n tific ia U n iv e rsid a d C a tó lic a d el P erú,
19 9 7 .
62 E n r iq u e T a n d e te r, C o a c c ió n y M e rc a d o . L a m in e r ía d e la p la ta en el
P o to sí colonial, 1629-1826. C usco, C entro de Estudios A ndinos “B artolom é
d e L as C asa s” , 1992, esp ecialm en te las pp. 116-149.
63 S c a r le tt O ’P h e la n G o d o y , L a G ra n R e b e lió n en lo s A n d e s .D e T ú p a c
A m a r u a T ú p a c C a ta ri, C u sc o , C en tro d e E stu d io s A n d in o s “ B arto lo m é
d e L a s C a s a s ” , 1995.
64 J u a n C a r lo s E s te n s s o ro F u c h s , “L a p le b e ilu s tr a d a : E l p u e b lo en la s
fr o n te r a s d e la r a z ó n " , en C h a rle s W a lk e r (c o m p .), E n tre la r e tó r ic a y
la in s u rg e n c ia : las id e a s y lo s m o v im ie n to s s o c ia le s en los A n d e s, sig lo
X V lll, C u sc o , C e n tro d e E s tu d io s A n d in o s “ B a rto lo m é de L a s C a s a s ” ,
19 9 6 , p p . 3 3 -6 6 .
65 S erg io S e ru ln ik o v , ‘“ S u v erd ad y su ju s tic ia ’. T o m ás C atari y la in su rre c
c ió n a y m a ra d e C h ay a n ta , 1 7 7 7 -1 7 8 0 ” , en C h. W alk er, o p .cit., pp. 2 0 5
243.
66 S e rg e G ru z in sk i, La c o lo n iz a c ió n d e lo im a g in a rio . S o c ie d a d e s in d íg e
n a s y o c c id e n ta liza c ió n en e l M é x ic o e sp a ñ o l. S ig lo s X V I-X V III, M é x i
co, F C E , 1991; L a g u e rra de la s im ágenes, d e C ristó b a l C olón a “B la d e
R u n n e r " (1 4 9 2 - 2 0 1 9 ), M é x ic o , F C E , 1994; C a rm e n B e rn a n d y S e rg e
G ru z in s k i, D e la id o la tría . U na a r q u e o lo g ía d e la s c ie n c ia s re lig io sa s,
M é x ic o , F C E , 1992.
67 S e rg e G ru z in sk i, L a p e n s é e m é tisse , P a rís, F a y a rd , 1999.
68 Ib id e m , pp. 3 0 1 -3 0 2 y 316.
69 P a rís, F la m m a rio n , 1974.
70 Ib id e m , pp. 9 -1 0 .
71 R o b e r t M u c h e m b le d , C u ltu r e p o p u la ir e e t c u ltu r e d e s é lite s d a n s la
F ru n c e m o d e rn e (X V e .-X V IIIe . siécles). E ssa i, P arís, F la m m a rio n , 1978.
72 A rth u r Im h o f, D ie v e r lo r e n e W elten : A llta g s b e w a ltig u n g d u r c h u n sere
V o r fa h r e n - u n d w e s h a lb w ir u n s h e u te so s c h w e r d a m it tun, M u n ic h ,
1985.
73 G io v a n n i L e v i, L a h e r e n c ia in m a te ria l. L a h is to r ia d e un e x o r c is ta
p ia m o n té s d e l s ig lo X V II, M a d rid , N e re a, 1990.
74 E m m a n u e l L e R o y L a d u rie , L a b r u ja d e J a s m in , B a r c e lo n a , A rg o s
V e rg a ra , 1984.
I n t r o d u c c ió n : N a v e g a c io n e s t e ó r i c a s ... 55
102 P la tó n , F ed ó n , 6 0 c - 61 b.
‘‘E ste sacram ento, ya que está constituido p o r signos sen si
bles, no es tan necesario com o p a ra que sin él no exista sa l
vación, con ta l de que exista la fe ; p o r cierto, p a ra la sa lva
ció n b a sta c r e e r y, d e ta l m odo, c o m e r el a lim en to de la
v id a ”15.
C asi sin darnos cuenta, los textos de Erasmo nos han llevado
desde la crasitud de las funciones d igestivas hasta las form as
altas del amor sagrado, donde la excelsitud sim ple de lo humano
se confunde sin solu cion es de continuidad en lo divino. Esta
operación resuelve las contradicciones entre la m iseria y la gran
deza de los hom bres, presentes de manera desgarradora en toda
la obra erasm iana, pronunciándose finalm ente por la vida, de
manera que resulta posible suponer una apuesta frecuente de
nuestro filó so fo en favor de la existen cia alegre en el mundo. Y
así la inanidad de la vida que im pregna los com entarios de los
proverbios “El hombre, una burbuja” (H om o, bulla) y “Lo mejor
es no nacer” ( O ptim um non nasci), contenidos en el libro de los
A d a g ia , se ve com pensada por varios dichos en los C oloqu ios,
i.e.: el de G lición, un anciano que charla con tres am igos durante
un viaje en carro hacia Am beres y parece el más juvenil de todos
C a p ít u l o I: L a a n t r o p o l o g ía . L a l o c u r a y e l a m o r .. 71
"(...) San P ablo supo cuáles pueden ser los cánticos, los co
ros, las danzas, los banquetes de las alm as piadosas, también
en esta v id a ”7,6.
Erasmo extrae los principios básicos de una filo so fía para la vida,
la p h ilo so p h ia C hristi, igualm ente com unicable a los eruditos y
a los idiotae. Tal com o hem os apuntado en nuestra introducción,
el tem a de la polivalencia evan gélica fue tratado por Erasmo en
la P a rá c le sis o exh ortación a l estu d io de la s letra s divin as, pu
blicada en 1516 por primera v ez y lu ego reeditada en varias o ca
sion es durante todo el sig lo X V I. A greguem os que, en 1522, el
R oterodam ense vo lv ió sobre el asunto en la carta dedicatoria de
su P a rá fra sis a l E van gelio de San M ateo. Vale la pena que co n
siderem os brevem ente ambos textos.
La “filo so fía de C risto ”, “a to d o s igualm ente se com unica" y
no se encuentra mejor expuesta, según Erasmo, que en los evan
gelio s y en las epístolas, cuyo discurso, “a s í com o no fa lta a los
que son en ferm os y pequ eñ os, a s í tam bién es a lo s p erfe c to s y
g ra n d es a dm irable" 43. D e esta suerte, despunta con claridad el
m otivo gregoriano de los corderos y elefantes que vadean el “río”
de la Escritura:
Por supuesto, sem ejante actitud respecto del saber y del d is
curso reproduce la del m ism o Jesús, "acom odán dose a to d o s y
sin reh u sar la com p a ñ ía d e n in g u n o ”45, y d esp liega la receta
paulina, contenida en aquella primera E písto la a los C o rin tio s:
hablar com o judío a los judíos y mostrar señales, hablar com o
gentil a los gentiles y exhibir sapiencia. M ás aún, en la P a rá fra
sis a San M ateo, Erasmo propone traducir el N u ev o Testam ento
a las lenguas corrientes en la Europa del sig lo X V I y hacer a cce
sible su lectura a la mayor parte del pueblo cristiano, a la hum a
nidad no creyente inclusive: los labradores, los oficiales, los can
teros, las rameras, los alcahuetes y... hasta los turcos, reproducen
le y e n d o la m u ltitu d rev u elta de c ie g o s , c o jo s , m e n d ig o s,
publícanos, centuriones, artesanos, mujeres y niños que escu
charon al propio Jesucristo. La P a rá fra sis vu elve a las palabras
ya citadas de la P aráclesis:
túa que com bina com idas, leccion es, ejercicios de literatura, gim
nasia y d efecacion es (libro I, capítulos 23 y 2 4 )53; se concentra
en las sentencias “pantagruélicas” o “d iogén icas” que, com o un
vino, nuestro autor ofrece a los lectores de su tonel inagotable
que se com para a la copa de Tántalo, a la rama dorada de la diosa
subterránea, que es cornucopia de alegría y de burla pues, al co n
trario del tonel de las D anaides, no encierra desesperación en el
fon do sino buena esperanza com o la “botella” de Pandora (libro
III, p rólogo)54; se exaspera en la isla de los Papim aníacos quie
nes se nutren del libro de las D ecreta les m ucho más en términos
físic o s que espirituales, pues los dichos de sus páginas van a
formar la sangre y los humores de los ventrículos cerebrales, de
las m édulas óseas y de las arterias de sus lectores (libro IV, capí
tulo 5 1 )55.
P ocas páginas más adelante en el libro de Gargantúa, nos
topam os con una segunda cita del B anquete. El gigante ad oles
cente llevaba con sigo una im agen del andrógino prim itivo acer
ca del cual había hablado A ristófanes en aquel sim p osio sobre el
amor. La figura estaba grabada en una placa de oro cuyo borde
contenía la siguiente inscripción en griego: a g a p e o u z e t e i t a
e a u t e s , “la c a rid a d no se p reg u n ta qué le p e rte n e c e ”, esto es ...
“(...) en el cual cada uno preste y cada uno deba, todos sean
deu dores, todos a creedores. ¡Oh, qué arm onía h abrá entre
los m ovim ientos regulares de los cielos! Me p a rece entender
el asunto tan bien com o antes lo hizo Platón. ¡Q ué sim patía
entre los elem entos! ¡Oh, cóm o se deleitará la N aturaleza en
sus o bras y producciones, C eres cargada de mieses, B aco de
vinos, F lora de flo re s, Pom ona de fru ta s, Juno, con su aire
sereno, serena, salubre, divertida!
M e p ie r d o en sem ejante contem plación. E ntre los hom bres
paz, amor, cariño, fidelidad, reposo, banquetes, festines, a le
gría, gozo, oro, plata, moneda menuda, cadenas, anillos, m er
cancías, trotarán de mano en mano.
N ada de procesos, ni de guerras, ni de polém icas; nadie será
usurero, ni adulón, ni ventajero, ni egoísta. ¡Gran D ios! será
la e d a d de oro, el reino de Saturno, la idea de las regiones
olím picas, donde todas las dem ás virtudes cesan y sólo la C a
ridad reina, se ensoñorea, domina, triunfa. Todos serán bue
nos, bellos, ju stos. ¡Oh, mundo fe liz! ( ...) ”a .
Tal vez debiéram os de pensar que estas tesis alteran sig n ifi
cativam ente nuestro to p o s central y que los eruditos o elefantes
son una parte de la segunda clase de los hom bres, poseedores de
cien cia mas no de sabiduría, según la distinción que Charron
establece citando el scien tia inflat de la primera E písto la a los
C orin tios'06. N uestro humanista prefiere comparar al erudito con
“una corn eja vestid a y a d o rn a d a con p lu m a s ro b a da s a o tra s
a v e s” '01. M ientras que la ciencia es soberbia, presuntuosa, arro
gante, obstinada, indiscreta, pendenciera, charlatana, servil y
m elan cólica, la sabiduría es m odesta, contenida, tranquila, apa
cible, productiva, buena gobernante, necesaria, útil para todo y
alegre. Ahora bien, ¿en qué consiste ese saber verdadero que
Charron pregona? y ¿qué cien cia tiene él in m ente cuando la hace
objeto de su desprecio? Pocas páginas más adelante del pasaje
en tono paulino que acabam os de glosar, el tratado ensalza, en
lugar de anatematizar, las ciencias naturales y morales (políticas,
económ icas e históricas, estas últim as) que nos enseñan “a v ivir
y a bien vivir, la n atu raleza y la virtud, lo que so m os y los que
d eb em o s se r” m . Ellas parecen constituir la sabiduría anhelada,
las herramientas para una com prensión de las cosas que disipe
nuestros tem ores y nuestra tristeza109. Es probable entonces que
la cien cia condenada no sea otra sino la m etafísica o incluso la
teología racional, disciplinas vanas porque tratan sobre cu estio
nes que “están en el a ir e ”, inaccesibles al entendim iento y a la
crítica, conocim ientos vacíos porque no se aprenden de la prácti
ca de la vida en sociedad o del ejercicio de la caridad, ni tienen
efecto alguno sobre las relaciones entre los hom bres110. En rigor
de verdad, la sa g esse de Charron es una com binación de p ra x is
del a g a p é paulino y de em pirism o crítico aplicado al estudio de
la naturaleza y de la moral, un tertium genus a mitad de cam ino
entre el ideal cristiano de la santificación del mundo y la ciencia
moderna.
seres creados y el estudio del alma hum ana111. ¿Hay otras razo
nes, aparte de las esgrim idas por Sabunde, extraídas de nuestra
experiencia sensible y moral, que nos permitan obtener alguna
certeza sobre la doctrina cristiana “p o r argum ento y p o r d isc u r
so ”1 M ontaigne responde con la cita reiterada de I C orin tios 8, 2
- “que e l hom bre que presu m e de su saber, aún no sa b e qu é cosa
sea s a b e r ” "2- para desestim ar cualquier vía racional m etafísica
de a cceso a las realidades del mundo sobrenatural. Ese pasaje de
San Pablo se hallaba inscripto en una de las vigas en la bibliote
ca del autor de los E nsayos, de m odo que se trata sin duda de un
principio fundamental en la concepción g n oseológica del perso
naje. Las cuestiones relativas a la gracia sólo pueden abordarse,
para M ontaigne, aceptando la pequeñez de la sapiencia humana.
Y de ese m odo cuando se trata, por ejem plo, de la justicia d iv i
n a113 o de la naturaleza de la felicidad ultraterrena114, el texto de
la carta a los corintios es siempre el punto de apoyo desde el cual
se estab lece la distancia infinita que separa la com prensión de
los hom bres de las decision es que D ios ha adoptado para pro
veer a su salvación 115.
Por otra parte, M ontaigne, el pensador tantas veces crítico de
los prejuicios del vulgo, presenta un inesperado elo g io de nues
tros corderos en el ensayo D e los can íbales. Precisam ente este
m ism o capítulo de su obra se inicia con una exhortación a “p r e
ca verse de q u ed a r ata d o a las o pin ion es vu lgares”, a “ju zg a rla s
p o r el cam ino d e la razón, y no p o r la vo z común ” 116. Sin embar
go, nuestro filó so fo discute enseguida algunas exageraciones re
feridas a la barbarie de los hombres que habitan el N u evo M un
do, refutándolas con la ayuda del testim onio de un sirviente suyo
quien había vivido más de diez años en las costas del Brasil. La
con clu sión a la cual arribará M ontaigne es muy conocida: los
caníbales am ericanos no son más bárbaros que m uchos grandes
europeos tenidos por hombres civilizados; más bien al contrario,
debido a su d esconocim iento de la propiedad, a su desprecio de
la cod icia, a su culto de la valentía, al carácter igualitario de sus
com unidades, aquella humanidad del otro lado del océano se
muestra más honesta y cabal que la de las sociedades refinadas e
hipócritas de la vieja Europa. El relato sobre el cual M ontaigne
basa sus ju icio s es el de un compatriota, pero éste es “hom bre
sim ple y g ro se ro ”, “con dición p ro p ia p a ra h a cer verd a d ero un
testim o n io ”:
“(...) pues las gentes finas notan más cosas y con m ayor curio
sidad, p ero las glosan; y, p ara hacer valer su interpretación y
96 J osé E m il io B urucúa