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CURSO DE PEDAGOGIA

AMANDA MONTEIRO DA SILVA


GABRIELA CARLA OLIVEIRA DUARTE
JOÃO ANTONIO SOARES
ROSIMEIRE MONTEIRO VELOSO OLIVEIRA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO


O trabalho Docente nas Classes Hospitalares
AMANDA MONTEIRO DA SILVA
GABRIELA CARLA OLIVEIRA DUARTE
JOÃO ANTONIO SOARES
ROSIMEIRE MONTEIRO VELOSO OLIVEIRA

Belo Horizonte
2019
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
O trabalho Docente nas Classes Hospitalares

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar


apresentado como requisito parcial para a obtenção de
média bimestral no curso de Pedagogia.

Orientador: Prof. Maria Nilse favato

1. INTRODUÇÃO
Belo Horizonte
2019
No que se diz respeito acerca do atendimento e escolarização no ambiente
hospitalar, é fundamental frisar que humanização é o conceito fundamental no
processo de ensino nessas situações, pois pode-se analisar que o professor em quem
tem capacidade e autonomia para definir o percurso e metodologia do aluno.
Dessa forma, se faz de suma importância que o professor que atua nessa
situação tenha uma visão para além da condição médica do aluno, pois, envolve
também, questões de condições mentais do paciente e um olhar atento a todos os
contextos que esse momento de sua vida vem a lhe acarretar. Para isso, é essencial
saber ouvir e ser ouvido, uma vez que escutar também é muito importante, para poder
assim, ter a melhor conduta com o aluno
Tendo por conhecimento as legislações vigentes, que atuam no intuito de
amparar e legitimar o direito ao acesso à educação, sabe-se que os hospitais precisam
manter ás crianças e adolescentes em tratamento neste equipamento um atendimento
educacional de qualidade e igualdade de condições de desenvolvimento intelectual e
pedagógico dos mesmos.
Nos dias atuais, se tornou fundamental o papel do profissional da educação,
pois ela tornou-se necessária em outros espaços além da escola, e, por isso, já não é
mais novidade encontrarmos um profissional da educação em um hospital, visto que,
as classes hospitalares foram implantadas no Brasil a partir do século XX.
De fato, o profissional que atua na área educacional hospitalar é de suma
importância, pois em situações desse tipo o processo de ensino-aprendizagem se dá
em um espaço totalmente diferente do habitual, que é o da escola. Mas, ainda assim,
é necessário que as práticas docentes estejam alinhadas e de acordo com o que preza
atuação do professor: a contribuição na formação de cidadãos/sujeitos autônomos,
éticos, críticos, participativos e atuantes socialmente.
No período em que esteja em estado de internação, é muito importante que,
haja para a criança a inserção do ambiente escolar, sendo também analisada como
aliada fundamental para a recuperação da saúde da mesma, uma vez que até mesmo
estudos e constatações indicam que tal prática tende a reduzir a ansiedade e o medo
advindos do processo da doença e da situação em que aquele estudante se encontra.
.
2. DESENVOLVIMENTO
Em se tratando de escolarização no ambiente hospitalar, no Brasil, a toma-se
por base o que estabelece o texto do estatuto da Criança e do Adolescente
Hospitalizado, onde na Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, ela nos fala do
“Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a
saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”.
A escolarização no ambiente hospitalar vem se expandindo no atendimento à
criança hospitalizada, e em muitos hospitais do Brasil tem se enfatizado a visão
humanística.
Dessa forma, o trabalho dos profissionais docentes nessas atuações se faz
essencial onde os olhos possam estar voltados para o ser global, e não somente para
o intelectual do paciente, e sim para o corpo e as necessidades físicas, emocionais,
afetivas, e sociais do indivíduo.
Nesse âmbito, em 2002 o Ministério da Educação elaborou um documento
norteador de estratégias e orientações essenciais para o atendimento nas classes
hospitalares, como forma de assegurar assim o acesso à educação básica. Em alguns
estados, foram elaboradas portarias e/ou decretos que visaram dispor sobre a
implantação de atendimento educacional na Classe Hospitalar para crianças e
adolescentes matriculados na Pré-Escola e no Ensino Fundamental, internados em
hospitais”, como no caso de Santa Catarina (Portaria nº. 30, SER, de 05/ 03/2001).
Mesmo diante de respaldo legal e normativo, a premissa de que que as
crianças tenham acompanhamento pedagógico quando em processo de internação
por tratamento de saúde, enfatizando a atuação dos professores nestes locais, ainda
é possível perceber que os hospitais, mesmo públicos ou privados, mostram-se ainda
pouco efetivos e dispostos a possibilitarem à criança hospitalizada ter amplo acesso
aos seus estudos; salvo raras exceções que têm se preocupado em atender as
necessidades biopsicossociais de seus pacientes.
Partindo dos princípios constitucionais sobre o direito à educação, a garantia
de atendimento pedagógico a estudante impossibilitado de frequentar a escola passa
a ganhar força com desdobramento em outras instâncias legais Pode-se reafirmar que
a classe hospitalar proporciona a continuidade do processo de desenvolvimento da
aprendizagem dos alunos matriculados em escolas públicas, contribuindo para seu
retorno e reintegração ao convívio escolar (Resolução CNE/CEB Nº 02/2001),
desenvolvendo o currículo flexível para crianças, jovens e adultos matriculados em
unidades escolares no sistema educacional, com o objetivo de assegurar ao aluno
posterior acesso e/ou regresso à escola regular (Resolução CNE/CEB Nº 02/2001 e
Indicação CEE nº 70/2007).
Baseando-nos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que contempla,
em seu art. 53, o direito à educação da criança e do adolescente (BRASIL, 1990), em
1995, a Sociedade Brasileira de Pediatria elabora um documento em defesa dos
direitos da criança e do adolescente, expressa pela Resolução n. 41/1995, do
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA), que institui
o direito da criança e do adolescente ao “acompanhamento do curriculum escolar
durante sua permanência hospitalar” (CONANDA, 2004, p. 59)
Dessa forma, em meio a tantas reafirmações de tais direitos e obrigações,
pode-se afirmar que as classes hospitalares são, de fato, inseridas e pensadas
enquanto questão de política educacional, bem como reafirmamento de política
pública, acesso e garantia de direitos, ainda que de forma muito secundária e como
um sub sistema da educação regular.
Na verdade, no contexto dessa questão em nosso país, é muito importante
analisar, repensar e questionar de forma integradora o papel e a necessidade do
Estado em relação às Políticas Públicas para educação no que tange o cuidado
integral com as crianças e adolescentes, considerando ainda que movimentos de
expansão da educação não formal que vem expandido no Brasil, surgem e fortificam-
se devido aos ditos pontos fracos, onde as funções da escola, atrvés do estado e sua
educação formal, deixam de agir de forma eficiente, representando a construção de
um outro viés no sistema escolar.
No caso brasileiro, a proposta de educação como direito social de Todos ainda
é um desafio à construção democrática da sociedade, em que pesem os esforços dos
movimentos sociais para democratizar a educação, desde que, com todos os seus
percalços, este País se tornou uma República.
Ao pensar a educação hospitalar é imprescindível pensar no papel do professor
e como muitos pesquisadores já afirmaram na formação desse professor. Quando a
educação hospitalar iniciou na década de 50, os pedagogos iam para o hospital e
realizavam ali um trabalho quase que intuitivo.
Sabe-se que em algumas instituições de saúde/hospitais o professional
designado para atender as demandas educacionais dos pacientes não são
devidamente preparados para atuar em tal situação, visto que sua atuação não requer
tão somente a formação acadêmica, mas sim, habilidades e competências de um
fazer profissional que permeia diferentes nuances cotidianas da vida do aluno em
situação de internação.
Nesse espaço é muito necessário que o professor tenha sensibilidade para
atuar com crianças, adolescentes e famílias fragilizadas por um processo que pode
adoecer não só o paciente, mas toda a família, emocionalmente. O profissional há de
ter também um conhecimento adequado sobre as patologias com quais vai “conviver”,
requerendo uma atuação multidisciplinar, dentre vários outros aspectos que envolvem
o fazer pedagógico nessas instituições.
Conforme esclareceu Ceccim (1999), a atuação do profissional da educação
em ambientes hospitalares não se limita tão somente a estar com aquela criança por
determinado tempo, mas sim, conviver e interagir para que ela possa expressar os
sentimentos trazidos pela internação. Isso é mais do que abrir espaços lúdicos com
ênfase no lazer pedagógico a fim de que a criança se esqueça por alguns momentos
que se encontra doente em um Hospital.
“O professor deve estar no hospital para operar com os processos
afetivos de construção da aprendizagem cognitiva e permitir aquisições
escolares às crianças. O contato com o professor e com uma “escola
no hospital” funciona, de modo importante, como uma oportunidade de
ligação com os padrões da vida cotidiana comum das crianças, como
ligação com a vida em casa e na escola. A educação no hospital
integraliza o atendimento pediátrico que tornam peculiar o
desenvolvimento da criança.” (CECCIM, 1999, p. 43).

O papel do professor no ambiente hospitalar atualmente é essencial, cabe


então compreender teoricamente e legalmente que o conhecimento pode contribuir
para o bem-estar físico psíquico e emocional da criança enferma, mas não
necessariamente o conhecimento curricular ensinado no espaço escolar, exatamente
do modo que a escola o faz.
No momento de internação para tratamento de saúde, onde criança ou
adolescente está em uma condição e fragilidade, se faz necessária uma escuta mais
sensível dos profissionais que a cercam em seu dia a dia, o que envolve o professor
nesse processo também. Assim, a continuidade das atividades escolares anda
atrelada à manutenção da saúde psíquica do escolar enfermo. Nesse sentido, as
classes hospitalares são, na concepção da Secretaria de Educação Especial do
Ministério da Educação, possibilitar o acompanhamento pedagógico-educacional e
garantir a continuidade do processo de 14 desenvolvimento escolar de crianças e
jovens do ensino regular, assegurando a manutenção do vínculo com a escola de
origem, por meio de currículo flexibilizado ou adaptado (BRASIL, 2002).
A escolarização de crianças e jovens em situação de internação para
tratamento de saúde, vem sendo discutida por muitos pesquisadores da área (MATOS
e MUGIAT, 2008; CARVALHO, 2006), sendo vista como uma possibilidade de atuação
na inclusão de alunos com necessidades educativas especiais. Dessa forma, o
conceito de Educação Especial tem sido bem ampliado, para além de considerar ás
pessoas com deficiências ditas típicas.
Diante do exposto acima, ser professor da educação hospitalar é criar novas
possibilidades de ensino, é aceitar o desafio de pesquisar, de criar novas
possibilidades e de ir em busca do conhecimento cientifico, mas principalmente
humano. O professor da educação hospitalar é um promotor de humanização, agente
da mudança no processo educativo. Além disso, o docente da educação hospitalar é
responsável pela aproximação entre Educação e Saúde.
3. CONCLUSÃO

Através do estudo feito, é possível salientar que qualquer atividade educacional


pedagógica desenvolvida dentro dos espaços hospitalares deve contar com uma
equipe pedagógica e um professor (a) habilitado para tal função. Ser professor (a) de
classes hospitalares é um desafio, pois é necessário um trabalho pedagógico
diferenciado diante de todas as imprevisibilidades de um quadro clínico de uma
criança ou adolescente hospitalizado.
Dessa forma, se faz de suma importância compreender que é fundamental a
pratica do profissional da educação no ambiente hospitalar. Porém, é preciso ter em
vista que tal atuação não se limita somente no apoio educacional as crianças
hospitalizadas, pois seu trabalho vai além visto que seu público se encontra
fisicamente debilitado emocionalmente abalado e com medos e ansiedade podendo
gerar alguns transtornos pós alta, requerendo um trabalho educacional transformador
e humanizador em que o pedagogo dê atenção especial ao aluno.
De fato, é possível atentar que o currículo das profissões docentes carecem de
mais atenção nesse sentido, formação de professores, consolidação de práticas para
essa modalidade, se comparado a outros estados da federação.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Classe hospitalar e atendimento pedagógico


domiciliar: estratégias e orientações. Secretaria de Educação Especial. Brasília:
MEC/SEESP, 2002.

CECCIM, R.B.; CARVALHO, P.R.A. Criança hospitalizada: atenção integral como


escuta à vida. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1997. CECCIM, R.B. Classe
hospitalar: encontros da educação e da saúde no ambiente hospitalar. Revista
Pedagógica Pátio, n. 10, p. 41-44, ago./out. 1999.

MACHADO, Jucilene; CAMPOS, Jurema. Relação Professor – Aluno: Um


diferencial na Classe Hospitalar. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE.
2013. Curitiba. Disponível em:
http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2013/10499_7066.pdf Acesso em:14/04/2019 .

OLIVEIRA, Tyara C. de. Um Breve Histórico sobre as Classes Hospitalares no


Brasil e no Mundo. XI Congresso Nacional de Educação. EDUCERE. 2013. Curitiba.
Disponível em: http://educere.bruc.com.br/ANAIS2013/pdf/9052_5537.pdf Acesso em
01/05/2019.

SANDRONI, Giuseppina Antonia. Classe Hospitalar: Um recurso a mais para a


inclusão educacional de crianças e jovens. Cadernos da Pedagogia - Ano 2, Vol.2,
No.3 jan./jul. 2008. Disponível em:
http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/view/50/43 Acesso
em01/05/2019.

VASCONCELOS, Sandra Maia Farias. Histórias de formação de professores para


a Classe Hospitalar. Revista Educação Especial. Vol. 28. N. 51. 2015. Disponível:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/9118 Acesso em:
01/05/2019.

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