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F-329 [02]

Resistência interna e interferência dos instrumentos


nas medidas
Conceitos
Perturbação dos circuitos elétricos pela inserção de instrumentos.
Efeito da resistência interna dos instrumentos nas características dos circuitos.
Escolha de circuitos adequados para a medição de resistências elétricas.
Resistência interna dos instrumentos de medida.
Medição da resistência interna dos instrumentos.
Aplicação da Lei de Ohm.

Introdução
Na prática, para medir a resistência elétrica de um componente, monta-se um
circuito para alimentá-lo, aplicando uma tensão, passando nele uma corrente, e medindo
estas duas grandezas simultaneamente para então dividir o valor da tensão pelo da corrente.
É importante lembrar-se que todos os instrumentos, inclusive os que medem tensões
elétricas (voltímetros) e correntes elétricas (amperímetros), sempre afetam as características
dos circuitos onde são inseridos (pois apresentam resistências internas finitas). Isso deve ser
levado em conta desde o momento em que um circuito com medidores é planejado.
Veja como as resistências internas dos instrumentos aparecem e afetam as duas
montagens propostas nas figura A e B. Ambos os circuitos “pretendem” medir V e I no
resistor Rx para calcular a sua resistência. Note que, em ambos os casos, os ponteiros
indicarão o valor efetivo da corrente (ou da tensão) observados entre os bornes do
instrumento mas estes não são necessariamente os valores existentes entre os terminais da
resistência RX . Na figura A por exemplo, quando a chave está fechada, o voltímetro mede
realmente a tensão nos terminais de RX , enquanto o amperímetro mede a soma das
correntes que passam por RX e pelo voltímetro. Em B o amperímetro mede a corrente que
atravessa RX mas o voltímetro mede a soma das diferenças de potencial geradas em RX e na
resistência interna do amperímetro. Desta forma, vê-se que a resistência RX não será obtida
calculando o quociente do valor indicado no voltímetro pelo valor medido no amperímetro,
nem no caso da figura A, nem para B.
Como já foi dito, os instrumentos de medida (voltímetros, amperímetros, etc.),
apresentam resistência interna finita. O ideal seria uma resistência infinita para o voltímetro e
uma resistência nula para o amperímetro. Nem um nem o outro é perfeito, ambos “desviam”
energia para cumprir o papel de medidor. Assim, ambos afetarão as condições de qualquer
circuito pelo simples fato de serem inseridos nele. Desta forma, para medir corrente ou
tensão com precisão, passa a ser importante levar em conta a resistência interna dos
instrumentos.
Este experimento de laboratório tem também como objetivo a medição das
resistências internas dos instrumentos. As figuras C e D indicam as duas montagens a serem
utilizadas para os (mili, micro) amperímetro e voltímetro respectivamente (Verifique!);
coloque você mesmo as resistências internas dos instrumentos nos esquemas. Lembre ainda
que cada instrumento é calibrado de maneira a medir corretamente a grandeza para a qual
ele foi construído e que se manifesta nos seus bornes (desde que dentro dos seus limites).

Procedimento
Parte I – Interferência dos instrumentos nas medidas
1. Verifique que, para os dois circuitos, o quociente VV/IA não é igual a Rx (Rx = resistência
desconhecida a ser medida) mas é:
VV RX
=
RX VV
no caso da Figura (A) I A 1+ e para a Figura (B) = RX + RA
RV IA
Nestas equações Vv representa o valor medido da tensão no voltímetro e Rv sua
resistência interna, IA a corrente medida pelo amperímetro e RA a sua resistência interna.

2. Esboce com cuidado as três curvas definidas abaixo, num único gráfico que apresente
em ordenadas o quociente VV/IA (calculado) e em abcissa RX (nominal do resistor), na
faixa de 10o a 104 Ω, usando escalas logarítmicas (Log-Log),
a) curva para o caso de instrumentos ideais RV = ∞ e RA = 0 Ω,
b) curva para o caso de instrumentos reais (RV= 10000 Ω e RA = 4 Ω por exemplo)
quando montado seguindo o circuito A,
c) idem a b), quando montado seguindo o circuito B.
Traga de casa, feito no planejamento, as curvas desse item.
3. Qual é o significado desse gráfico? Verifique que o caso em que RA << RX << RV
implica em condições ideais para realizar a medida de RX (por quê?).
4. Monte o circuito A utilizando Rp = 10 Ω, Rx = 100 Ω, e o miliamperímetro. Ajuste a
fonte para fornecer V=10V (meça com o voltímetro). Meça a corrente IA marcada pelo
miliamperímetro, e obtenha Rx = VV/IA. Obtenha o desvio correspondente ? Rx.
5. Com os mesmos valores de componentes, monte agora o circuito B (também com o
miliamperímetro), e meça novamente o valor de Rx (com o respectivo desvio ? Rx)
através das leituras do voltímetro e miliamperímetro.
6. Repita o ítem 3 para Rx = 100 kΩ, utilizando agora o microamperímetro.
7. Repita o ítem 4 para Rx = 100 kΩ, utilizando o microamperímetro.
8. Meça os valores dos resistores Rx utilizados com o ohmímetro (anote os respectivos
desvios deste instrumento, calculados como explicado na Seção 5.3.5 da introdução da
Apostila de F329).
9. Organize todos os dados obtidos até aqui numa tabela.
10. Encontre a precisão [?R/R].100% em cada caso e anote na tabela.
11. Encontre os desvios percentuais entre as medidas e seus respectivos valores como
obtidos pelo ohmímetro e anote na tabela.
12. Comente os resultados em termos da influência dos instrumentos nas medidas.

Parte II – Medida das resistências internas


13. Monte o circuito da Figura (C), com Rp = 30 Ω, e utilizando o miliamperímetro.

14. Para cada escala do miliamperímetro, meça a resistência interna deste instrumento com
seu respectivo desvio, utilizando RA = VV/IA (por quê?).
15. Compare percentualmente os valores obtidos com aqueles fornecidos pelo fabricante
ou indicados na Apostila (Seção 5.3).
16. Verifique que se ao variar a escala do miliamperímetro o ponteiro deste for mantido na
mesma posição, a leitura do voltímetro permanecerá (aproximadamente) constante. Por
que isso ocorre?
17. Monte o circuito da Figura (D), com Rp = 30 Ω, e utilizando o microamperímetro.
18. Para cada escala do voltímetro, meça a resistência interna deste instrumento com seu
respectivo desvio, utilizando RV = VV/IA (por quê?).
19. Compare percentualmente os valores obtidos com aqueles fornecidos pelo fabricante
ou indicados na Apostila (Seção 5.3).
20. Verifique que se ao variar a escala do voltímetro o ponteiro deste for mantido na mesma
posição, a leitura do microamperímetro permanecerá (aproximadamente) constante. Por
que isso ocorre?
Atenção: Muito cuidado para não ultrapassar o fundo de escala do instrumento pois isto
poderá provocar danos irreversíveis no mesmo e nos equipamentos que estiverem ligados.
Inicie as medidas sempre com 0 V (zero Volts) na fonte de tensão.

Bibliografia
Halliday D; Resnick R; Merrill J. Fundamentos de Física vol.3, Eletromagnetismo,
3a Edição, LTC, RJ, 1995. cap. 28 (28-4 e 28-5), cap. 29 (29-7).
Feynman R.P.; Leighton R.B.; Sands M. The Feynman Lectures on Physics; vol.1, 25-7
e 43-7. Addison-Wesley, 1964.
Halliday D.; Resnick R.; Merrill J.; Fundamentos de Física, vol. 3 Eletromagnetismo,
1995, LTC Editora, RJ. Cap. 29, seção 29-7 e os problemas da seção 29-7, em
particular 60P , 61P , 62P.

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