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CEREBRAL ESPÁSTICA
EFFECTS OF DYNAMIC TAPE ON EQUINE FOOT OF CHILDREN WITH SPASTIC
CEREBRAL PARALYSIS
Mayara Pereira de Carvalho¹, Marina Ortega Golin²
ABSTRACT
Introduction: The cerebral palsy (CP) is a pathology that affects the central nervous
system (CNS), spasticity is the common form, it is characterized by an increase in the
toning reflexes of stretching (muscle tone). The equine foot is common in these cases
(union of the movements: back foot varus, adduction and supination of the forefoot and
accentuation of the plantar cavus), altering the biomechanics oh the foot ankle and
impacting the functionality and Independence of these individuals. Purpose: The
purpose ofthis study was to verify the effects of the application of the elastic bandage
Dynamic tape(DT) on anterior tibial muscle of children with spastic CP, to quantify their
interference in the degree of hypertonia of the plantar flexors, and in the wideness of
motion (WOM) of passive dorsiflexion. Methods: Five children, with CP and equine
foot from the individual physiotherapeutic treatment program, participated in this study,
according Bobath concept. The elastic bandage DT was used in the anterior tibial
muscle in the maximum shortening position, twice a week after therapy, for a period of
two months. Results: The results showed that DT contributed to increase dorsiflexion
(38,4° in the right side and 18,8° in the left side) and to decrease the graduation of the
hypertonia of tríceps surae muscleof all participants. Conclusion: Therefore, the DT
may be na additional resource in physioterapy sessions,as it has sown efficacy to
reduce hypertonia and increase the motion arch.
Key words: Cerebral Palsy, Dynamic Tape, Functional Bandage, Spasticity, Equine
Foot.
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
cm: centímetro
m: músculo
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................7
2 MÉTODOS...............................................................................................................10
3 RESULTADOS........................................................................................................13
4 DISCUSSÃO...........................................................................................................15
5 CONCLUSÃO.........................................................................................................19
REFERÊNCIAS..........................................................................................................20
ANEXOS....................................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
2 MÉTODOS
O estudo, com desenho transversal e observacional, foi realizado no
ambulatório de fisioterapia do Hospital Estadual Mário Covas (HEMC), composto por
cinco crianças com diagnóstico de PC espástica e idades entre 1 e 16 anos. Para sua
caracterização foram coletados os seguintes dados: topografia (diparesia,
hemiparesia e tetraparesia), sexo, idade, idade de início de tratamento fisioterapêutico
e sua duração, órteses e dispositivos utilizados.
O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade de Medicina do ABC, tendo como número de parecer: 1.953.174. Os
participantes foram devidamente esclarecidos sobre a finalidade a que o estudo se
propôs e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), sendo
orientados sobre o anonimato, privacidade e possibilidade de desistência em qualquer
etapa da pesquisa.
Os critérios de inclusão foram: realizar tratamento fisioterapêutico no hospital
citado; ter diagnóstico médico de PC e clínico de espasticidade; ser capaz de realizar
dorsiflexão ativa ou ativo assistida; autorização do responsável através da assinatura
prévia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo A) e nos casos de
crianças com idades entre sete e dezesseis anos, assinatura do Termo de
Assentimento pelo participante (Anexo B).
Dentre os critérios de exclusão analisou-se a não colaboração da criança na
execução das técnicas de avaliação e tratamento; baixa adesão à técnica aplicada;
deformidade articular em tornozelo; retração tecidual dos mm. flexores plantares que
não permita a dorsiflexão passiva a neutro ou zero grau; retração tecidual dos
músculos flexores do joelho, que impossibilite a extensão passiva total do joelho com
o quadril em posição neutra; realização prévia de cirurgia ortopédica para
alongamento do m. tríceps sural e aplicação de toxina botulínica no m. tríceps sural
nos últimos seis meses.
Todos os participantes estavam inseridos no programa de tratamento
fisioterapêutico individual, segundo Conceito Bobath, com frequência semanal de
duas vezes e duração da sessão de 50 minutos. Foram classificados de acordo com
os níveis funcionais do GMFCS para graduar a função motora e independência.
A intervenção com a DT no m. tibial anterior foi utilizada como recurso adicional.
A primeira colocação da bandagem foi realizada ao término da sessão de terapia e a
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criança permaneceu com a mesma durante o intervalo entre sessões (três dias),
sendo substituída a cada sessão, com proposta de aplicação por dez semanas.
O protocolo de avaliação constituiu-se de quatro momentos, sendo o primeiro
antes e após aplicação da DT, o segundo após oito aplicações (antes e após a
aplicação), o terceiro após mais oito aplicações (antes e após a aplicação) e o último
após quarenta dias do término das aplicações (referente ao período em que os
pacientes e alunos estavam de férias devido calendário do estágio, ou seja, os
pacientes estavam sem atendimento fisioterapêutico e sem aplicação da bandagem
elástica). Nas avaliações foi mensurada a ADM de dorsiflexão passiva pela
goniometria e graduada a hipertonia do m. tríceps sural, utilizando a Escala de
Ashworth Modificada.
Para execução da goniometria, o participante permaneceu confortável em
decúbito dorsal (DD), com quadril neutro e joelho estendido, em repouso, descalço e
sem meias. Após o posicionamento realizou-se a dorsiflexão passiva máxima para
estirar o m. tríceps sural. O goniômetro foi utilizado aberto (180°), sendo que o fulcro
do goniômetro foi posicionado em alinhamento com o maléolo lateral, o braço fixo
alinhado com a diáfise da fíbula e o braço móvel acompanhou a movimentação do
tornozelo em alinhamento com o quinto metatarso. A angulação de partida foi a flexão
plantar de repouso e o ângulo de dorsiflexão máximo obtido teve como ponto de
referência o grau máximo de dorsiflexão passiva atingido. (MARQUES, 2003)
A Escala de Ashworth Modificada tem a finalidade de avaliar o grau de
hipertonia muscular resultante da espasticidade, graduando a resposta de 0 a 4 (0, 1,
+1, 2, 3 e 4). Sendo que 0 significa que não há alteração de tônus e 4 corresponde à
limitação de movimentação passiva devido à severa hipertonia. (SPOSITO; RIBERTO,
2010)
O posicionamento para graduar a hipertonia do participante foi o mesmo
aplicado à goniometria. A avaliadora com uma das mãos estabilizou o terço distal da
perna (diáfise distal da tíbia) e realizou, primeiramente, a movimentação passiva lenta
de dorsiflexão e flexão plantar do tornozelo, identificando, assim, a ADM máxima de
cada participante. Em seguida, realizou a movimentação passiva rápida, partindo da
flexão plantar máxima até atingir a dorsiflexão máxima.
Para aplicação da DT, foi realizada a mensuração do comprimento da
bandagem utilizada, sendo essa variável de acordo com a perna da criança, desde as
falanges proximais dos artelhos até a tuberosidade da tíbia. Depois, foi mensurado o
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comprimento das falanges proximais dos artelhos até o talus. A DT foi cortada em
duas porções, uma seguindo o m. tibial anterior (direção do hálux ao tálus) e outra o
m. fibular terceiro (direção do quinto artelho ao tálus). As pontas de cada extremidade
também foram recortadas para que ficassem arredondas e não descolassem. Após a
preparação da DT, o participante foi posicionado de forma confortável em DD, com
quadril neutro e joelho estendido, em repouso, descalço e sem meias; em seguida,
realizou-se a dorsiflexão passiva máxima, deixando o m. tibial anterior em sua posição
de encurtamento e o m. tríceps sural em alongamento. Depois de posicionado
adequadamente, foi fixada primeiro a margem de ancoragem de três cm, da direção
dos artelhos para tíbia e realizada a tração da bandagem com respectiva fixação,
terminando com a ancoragem (três cm) na região da tuberosidade da tíbia (Figura 1).
No total, foram utilizados seis rolos da bandagem DT tattoo preto cinco cm x cinco cm.
Figura 1. Posicionamento final da aplicação da DT
Para análise dos dados foi realizada a descrição das variáveis, sendo as
variáveis qualitativas apresentadas por frequência absoluta e frequência relativa e as
quantitativas apresentadas por média, desvio padrão, valores mínimo e máximo,
devido aos dados apresentarem distribuição normal (Teste de Shapiro-Wilk, p>0,05).
O cálculo foi estabelecido por meio da diferença média no método da goniometria pela
subtração da 4ª avaliação pela 1ª avaliação antes da terapia. O programa estatístico
utilizado foi o Stata versão 11.0.
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3 RESULTADOS
Na tabela 1, observa-se a caracterização dos participantes do estudo referente
ao diagnóstico clínico, idade, idade de início do tratamento e duração do tratamento e
uso de órteses. Dessa forma, foi analisado que a maioria dos pacientes eram meninos
e fazia uso da órtese goteira suropodálica antiequino fixa, estando esse valor
relacionado ao diagnóstico de cada um, pois os pacientes hemiparéticos não as
utilizavam.
Quanto ao nível funcional do GMFCS, o participante 1, 2 e 4 foram classificados
como nível II (atingirão marcha independente com restrições em terrenos irregulares),
o 3 como V (cadeirante, necessitando se adaptações e ser conduzido pelo cuidador)
e 5 como I (marcha independente, sem restrições).
4 DISCUSSÃO
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
JAN, M. M.S. Cerebral palsy: comprehensive review and update. Ann Saudi Med, V
26, n 2, p. 123-132, mar/abr 2006.
LUPMED I, E-book: “6 diferenças entre kinesio tape e dynamic tape”. Disponivel em:
https://drive.google.com/file/d/0B0pQKW7Z5cv9Rkx3eGx3MkNWUVk/view, acesso
em 12 de outubro de 2017.
LUPMED II, E-book: “7 conceitos da Dynamic Tape para você ser mais resolutivo e
dar alívio imediato para seu paciente”. Disponível em:
https://www.lupmed.com.br/wp/ebook-dynamic-tape-7/, acesso em 02 de maio de
2017.
MAAS, JC; et al. A randomized controlled trial studying efficacy and tolerance of a
knee-ankle-foot orthosis used to prevent equinus in children with spastic cerebral
palsy. Clinical rehabilitation, v 28, n 10, p 1025-1038, out 2014.
MARQUES, A. P.; Manual de Goniometria. 2ª ed. São Paulo: Manole, p 26, 2003.
TORRES, B.C., CABELLO, M.A.; ANTÚNEZ, L.E.; Efecto inmediato del vendaje
Dynamic Tape® sobre la torsión tibial externa con dolor en un futbolista. Revista
Andaluza de Medicina del Deporte, 9(1), 50-53, 2016.
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ANEXOS
6. Informações: Este termo será elaborado em duas vias, uma ficará com o
responsável pela criança e outra com a pesquisadora. Qualquer dúvida entrar em
contato com a Marina Ortega Golin, responsável pela pesquisa, que pode ser
encontrada na Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Av. Príncipe de Gales,
821, 2 º andar do prédio administrativo, em Santo André, SP, às terças e sextas-
feiras das 13:30 às 17:00 h, ou pelo telefone: (11) 99968-4182. Este estudo clínico
foi analisado por um comitê de ética em pesquisa (CEP). O CEP é um órgão que
tem por objetivo proteger o bem-estar das pessoas pesquisadas. É responsável
pela avaliação e acompanhamento dos aspectos éticos de todas as pesquisas
envolvendo seres humanos, visando assegurar a dignidade, os direitos, a
segurança e o bem-estar do sujeito da pesquisa. Se você tiver dúvidas e/ou
perguntas sobre seus direitos como participante deste estudo, ou se estiver
insatisfeito com a maneira como o estudo está sendo realizado, você pode entrar
em contato com o CEP da Faculdade de Medicina do ABC no endereço: Av. Lauro
Gomes – 2000, 1º andar - Prédio: CEPES, Santo André/SP ou pelo telefone: (11)
4993-5453. O horário de atendimento é de segunda à sexta-feira, das 07h00 às
17h00.
9. Consentimento Pós-Informação:
Eu,________________________________________________, após leitura e
compreensão deste termo de consentimento, entendo que a participação de
____________________________________é voluntária. Autorizo a realização da
pesquisa e a utilização das informações contidas em seu prontuário no meio cientifico.
Parte I: Introdução: Meu nome é Marina Ortega Golin, o meu trabalho é pesquisar
os efeitos da aplicação de uma faixa elástica adesiva na posição do tornozelo. A faixa
adesiva puxará o pé para cima, podendo diminuir a tensão do músculo que o leva para
a posição de ponta de pé. Quero, com essa pesquisa, contribuir para sua melhora.
Você pode escolher se quer participar ou não. Discuti esta pesquisa com seus pais ou
responsáveis e eles sabem que também estamos pedindo seu acordo. Para você
participar da pesquisa, seus pais ou responsáveis também terão que concordar. Mas
se você não desejar fazer parte na pesquisa, não é obrigado, até mesmo se seus pais
concordarem.
Você pode discutir qualquer coisa deste formulário com seus pais, amigos ou
qualquer um com quem você se sinta à vontade para conversar. Você pode decidir se
quer participar ou não depois de ter conversado sobre a pesquisa e não é preciso
decidir agora. Pode ter algumas palavras que você não entenda ou coisas que você
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quer que eu explique mais detalhadamente porque você ficou mais interessado ou
preocupado. Por favor, peça e a qualquer momento, eu explicarei.
Procedimentos: Caso aceite participar dessa pesquisa, você continuará a ser tratado
normalmente. A primeira colocação da faixa será realizada ao final de uma terapia e
você ficará com ela, que será trocada a cada sessão. A duração total será de doze
semanas. Também serão anotados dados sobre a doença de sua ficha.
Confidencialidade: Não falarei para outras pessoas que você está nesta pesquisa e
também não compartilharei informação sobre você com alguém que não trabalhe na
pesquisa. As informações sobre você serão coletadas na pesquisa e ninguém terá
acesso a elas, exceto seu médico. Só os pesquisadores saberão qual é o seu número,
que será mantido em sigilo.
Assinatura da criança/adolescente:______________________________________
Assinatura dos pais/responsáveis:_______________________________________
Ass. Pesquisador:____________________________________________________
Dia/mês/ano:________________________________________________________
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Graus