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CONTEUDO PROGRAMATICO
INDICE
Direitos e Garantias Individuais e Coletivos.
Dieitos de Seguranca ~ Garantias Penais.
Principio da Presungio de Inocéncia
‘Tribunal do fr,
‘Crimes Imprescritiveis, Inafiangaveis e Insuscetiveis de Graca e Anistia
Pessoalidade da Pena ~ Art. 5*, XLV.
Individualizaco da Pena: Penas Permitidas e Proibidas, Art. 5, XLVIe XLVI
‘ei doDiueto Autor 9.80, de 19 de Fevreo de 1998:Prozbe areproducto total ou pascal desse material ou dvulgagio com
fins comerciais oun, em qualquer mode comunicaf, inclusive na Internet sem atorizaci de AlfaCon ConcursesPiblicos
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Direitos e Garantias Individuais e Coletivos
Direitos de Seguranca - Garantias Penais
Principio da Presuncao de Inocéncia
ACF assegura a presungao de inocéncia no inciso LVII do Art. 5*:
LVIL- ninguém serd considerado culpado até 0 trinsito em julgado de sentenga penal condenatéria;
‘Trata-se de uma garantia individual de natureza processual penal de que as pessoas devem ser
consideradas inocentes até que o Estado prove o contrario, por meio de decisio judicial definitiva,
que nio comporte mais recurso, ou seja, uma decisio transitada em julgado, de modo que se existi-
rem diividas quanto & culpabilidade de uma pessoa, esta dever4 ser considerada inocente ~ in dubio
proxeo, inclusive se houver empate na votacao de decisio condenatsria, o réu deverd ser absolvido.
Esse direito/garantia também impede seja lancado o nome do réu no rol dos eulpados antes do
transito em julgado da decisio condenatéria.
Ponto importantissimo para a sua prova é a interpretagao do STF quanto ao inicio do cumpri-
mento da pena, ou seja, se seria possivel a execugdio proviséria da pena antes da decisao transitada
em julgado, autorizando, por exemplo, a prisao do réu.
De acordo com o STF, a execusio de decisao penal condenatéria proferida em segundo grau de
jurisdigao, embora sujeita a recurso, nao viola a presungao de inocéncia
CONSTITUCIONAL. HABEAS CORPUS. PRINCIPIO CONSTITUCIONAL DA PRESUNGAO DE
INOCENCIA (CE, ART. 5, LVI). SENTENGA PENAL CONDENATORIA CONFIRMADA POR
‘TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU DE JURISDIGAO, EXECUGAO PROVISORIA. POSSIBILIDADE. 1
A execucao proviséria de acérdao penal condenatério proferido em grau de apelagao, ainda que sujeito a
recurso especial ow extraordindrie, nao compromete o principio constitucional da presunao de inocéncia
afirmado pelo artigo 5, inciso LVI da Constituicdo Federal. 2. Habeas corpus denegado.
(HC 126292, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2016, PROCESSO
ELETRONICO DJe-100 DIVULG 16-05-2016 PUBLIC 17-05-2016)
Isso significa que o réu poder4 iniciar o cumprimento de sua pena ainda que pendente de recurso,
mesmo que a decisio nao tenha transitado em julgado.
Ressalta-se ainda que a presungao de inocéncia tem aplicacao também no processo civil e ad-
ministrativo, Por exemplo, em decorréncia desse principio, é vedada a exclusio de candidato de
concurso piblico pelo simples fato de responder a inquérito ou agio penal sem transito em julgado
da sentenca condenatéria.
Tribunal do Jari
(0 Tribunal do Jiri tem como fundamento o principio democritico, porque assegura ao cidadio
o direito de ser julgado por seus semelhantes, outros cidadaos, escolhidos aleatoriamente.
£ uma instituigao pertencente ao Poder Judicidrio que possui competéncia especifica para julgar
determinados tipos de crime
> AConstituigao Federal apresenta alguns principios que regem este tribunal:
XXXVI ~é reconhecida a instituigao do jiri, com a organizagio que the der-a lei, assegurados:
a) aplenitude de defesa;
) sigilo das votagoes;
)a soberania dos veredictos;
4) acompeténcia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vidas
eid Dito Actor 960, de 19 de Fevereiro 1998 Probe a eprodiio otal os paral dese material ou dvalgaqio com
fin comercinte oun em qualquer meio de comunseaso, inclusive Internet, sem alorzagia do AlisCon ConesrioePabicos
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> Segundo este texto, o Tribunal do Jiri éregido pelos seguintes principios.
> Plenitude de defesa - é a ampla defesa também assegurada aos acusados em geral. Esse prin-
cipio permite que no jtiri sejam utilizadas todas as provas permitidas em dircito. Aqui, 0
momento probatério é bastante explorado, haja vista a necessidade de convencer os jurados, que
sio pessoas comuns da sociedade, que as vezes nao conhecem nada de direitos
> Sigilo das votagdes - o voto é sigiloso para manter a imparcialidade do julgamento. Durante 0
julgamento, nao é permitido que um jurado converse com o outro sobre o julgamento sob pena
de nulidade
> Soberania dos veredictos - 0 que for decidido pelos jurados seré considerado soberano, Nem 0
Juiz presidente poder modificar o julgamento, Essa soberania nao impede que a decisdo do jiri
seja objeto de recurso.
> Competéncia para julgar os crimes dolosos contra a vida ~ muito cuidado quanto a isso em
prova, O jiri nao julga qualquer tipo de crime, mas apenas os dolosos contra a vida, Crimes
dolosos, séo aqueles praticados com intengo, com vontade. So diferentes dos crimes culposos,
os quais sio praticados sem intengio. E devem ser apenas crimes contra a vida, néo podendo ser
crimes contra o patriménio, ordem econdmica etc. Por exemplo, o latrocinio nao é considerado
crime contra a vida, portanto, nao sera de competéncia do ‘Tribunal do Jiri’.
Ressalta-se que a competéncia do Tribunal do Jiri nao é absoluta, isso porque algumas pessoas
possuem prerrogativa de foro em virtude de suas fungies, devidamente previstas na CF, de modo
que caso cometam crimes contra a vida, nao serao julgados pelo jiri, ¢ sim pelos Tribunais pre
viamente estabelecidos. Ex.: parlamentares federais que sio julgados pelo STF (Art. 102, I, b, CF)
Cumpre observar que apenas se sobrepde a competéncia do jtiri aqueles foros por prerrogativa de
fangao previstos na CF, de modo que s¢ estiver estabelecido apenas na Constituigo Estadual, dever4
prevalecer a competéncia do juiri
Besse o teor da simula vinculante 45:
A competéncia constitucional do Tribunal do Jiri prevalece sobre o foro por prerrogativa de fungao esta-
belecido exclusivamente pela Constituigao Estadwal.
Ademais, de acordo com a jurisprudéncia do STE, a competéncia do Jiri pode ser ampliada por
norma infraconstitucional. Vejamos:
A competéncia do Tribunal do Jiri, fixada no art, 5%, XXXVI, d, da CF, quanto ao julgamento de crimes
dolosos contra a vida é passivel de ampliacdo pelo legislador ordindrio. A regra estabelecida no art. 78, I,
do CPP de observancia obrigatéria, faz com que a competéncia constitucional do Tribunal do Jiri exerga
uma vis atractiva sobre delitos que apresentem relagao de continéncia ou conexdo com os crimes dolosos
contra a vida. (..) A manifestagio dos jurados sobre os delitos de sequestro e roubo também imputados ao
réundo maculam o julgamento com o vicio da nulidade, [HC 101.542, rel. min. Ricardo Lewandowski, j
4-5-2010, 1° T, DJF de 28-5-2010] = RHC 98.731, rel. min. Carmen Liicia, j, 2-12-2010, 1* T, DJE de 1°-2-
2011 (grifo nosso)
Crimes Imprescritiveis, Inafiangaveis e Insuscetiveis de Graga e Anistia
ACF dispoe nos incisos XLII, XLII, XLIV do Art. 5¢a respeito de diversos crimes eo tratamento
constitucional que devem ter. Essas normas estabelecem um comando para o legislador, que na hora
de claborar as normas penais deve observar o disposto na CF.
Inicialmente, destacamos a VEDACAO AO RACISMO, considerado como crime inafiangavel ¢
imprescritivel, sujeito & pena de RECLUSAO.
XLII - a prética do vacismo constitui crime inafiangével e imprescritivel, sujeito a pena de reclusao,
nos termos da lei; (grifo nosso)
T___ Simla 03 do STF:A competéncia pare oprocesso ejulgamento de latrocinio do ju singular eno do tribunal do irk
eid Diseio Astoraln 960, de 19 de Fevereiro de 1998:Profbea reprogusio ota a paral desse material ou ivalgagiocom
fins comercats osnoem qualquer mn de comunscaso, nclusve ns Internet, sem alorzagio do AlisCon ConesrioePabicos
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