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Uma abordagem para

recomendação de
objetos de aprendizagem em
ambientes educacionais

Luciana A. Martinez Zaina 1 Vol. II


Graça Bressan 2 No. 1
José Fernando Rodrigues Júnior 1
Maria Angélica Calixto A. Cardieri 3

Resumo
A adoção de sistemas de recomendação com a finalidade de melhorar
a personalização da interação do usuário tem crescido em aplicações
como comércio eletrônico, aprendizagem eletrônica, entre outros. O
foco principal é sugerir informações e serviços para os usuários ba-
seados em suas preferências. O objetivo deste trabalho é apresentar
uma abordagem para recomendação de conteúdo eletrônico baseado
no relacionamento entre objetos de aprendizagem e estilos de apren- 1
Universidade Federal de São Carlos
dizagem. Os objetos de aprendizagem são especificados através do Ciência da Computação, campus
padrão LOM e os estilos de aprendizagem são definidos a partir do Sorocaba
modelos de estilos de aprendizagem de Felder-Silverman. Através de Rodovia João Leme dos Santos, Km 110
categorias é criado o relacionamento entre o que é observado na in- - SP-264
teração do estudante e os objetos de aprendizagem que são sugeridos Sorocaba - São Paulo
ao aprendiz.
{lzaina,junio}@ufscar.br
Palavras-chave: aprendizagem eletrônica, objeto de aprendizagem,
estilo de aprendizagem, sistemas de recomendação.
2
Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia de
Abstract Computação e Sistemas Digitais, PCS,
EP
The adoption of recommender system in order to improve the per-
Av. Prof. Luciano Gualberto Trav. 3 ?
sonalization of user interaction has increasing in applications as e-
158, sala C2-46
commerce, e-learning, and so one. The main focus is to suggest
São Paulo - São Paulo
information and services to users based on their preferences. The
goal of this work is to present an approach to recommend electronic gbressan@larc.usp.br
content based on the relationship between learning objects and lear-
ning styles. The learning objects are specified by LOM standard and
3
the learning styles are defined from Felder-Silverman Learning Style Faculdade de Engenharia de Sorocaba
Model. Through the categories is created the relation between what Faculdade de Eng. de Sorocaba 23
is observed during the learning interaction and the learning objects Rdv Senador José E Moraes, 1425
that are suggested to the learner. Sorocaba, São Paulo
Keywords: e-learning, learning object, learning style, recommenda- angelicacc@facens.br
tion system.

Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP — Departamento de Computação/FCET/PUC-SP ISSN 2176-7998


1 Introdução 2.1 Modelagem do Perfil do Aluno

A personalização de ambientes de aprendizagem A necessidade de conhecer as características de


eletrônica de acordo com as preferências do apren- um usuário surgiu com o desenvolvimento de apli-
diz tem sido um tema amplamente discutido. O cações adaptativas. Historicamente pode-se des-
objetivo desta personalização é prover o aluno com tacar que até 1996 eram utilizadas para a adapta-
serviços e informações que sejam relevantes ao ção de um dado ambiente informações relevantes
escopo do ensino-aprendizagem e que ao mesmo ao usuário tais como seus objetivos, conhecimen-
tempo atendam o perfil de aprendizagem do estu- tos atuais e adquiridos, sua experiência com o sis-
dante. tema e suas preferências. Porém, a partir de 1996,
observou-se a necessidade de se organizar informa-
A criação de um modelo do aluno auxilia na or-
ções sobre o usuário de acordo com as demandas
ganização das informações a respeito do mesmo.
do ambiente, criando uma sinergia entre as infor-
A modelagem do aluno sempre foi um componente Vol. II
mações obtidas a partir da interação do usuário e
importante dentro do processo de adaptação de
o ambiente em que este interagia [1]. No. 1
ambientes de aprendizagem eletrônica, pois é atra-
vés dela que o sistema se direciona sobre as ações O perfil do aluno é determinado através de ele-
a serem realizadas de acordo com a interação do mentos, traços que permitem ressaltar as carac-
aluno. terísticas básicas deste aluno, permitindo que ele
possa ser identificado a partir destas característi-
A adoção das técnicas de sistemas de recomen-
cas [2].
dação tem permitido que os ambientes de apren-
dizagem possam prover os alunos com conteúdos Um perfil é composto por um conjunto de pro-
que sejam voltados às necessidades do estudante. priedades que caracterizam o estudante como: sua
Através da observação das preferências do apren- identificação pessoal, suas preferências pessoais e
diz é possível relacionar o conteúdo apresentado sociais, seu perfil de aprendizagem, seu conheci-
ao aluno com seu estilo de aprendizagem. mento sobre determinados assuntos, etc. Algumas
informações relativas ao perfil do aluno, como sua
Este trabalho tem como objetivo apresentar
identificação pessoal, preferências pessoais e soci-
uma abordagem para recomendação de conteúdo
ais, são raramente modificadas. Em contrapar-
eletrônico baseando-se no relacionamento entre es-
tida, informações que envolverm aspectos cogniti-
tilos de aprendizagem e objetos de aprendizagem.
vos como seu estilo de aprendizagem e seu conheci-
O estilo de aprendizagem é organizado através de
mento sobre um dado assunto, são constatemente
categorias que identificam sob diferentes dimen-
alteradas [3, 4].
sões as preferências de aprendizagem de um es-
tudante. O foco principal é verificar o relaciona- Obter informações sobre o aluno que sejam rele-
mento entre as categorias e os objetos de aprendi- vantes ao processo de adaptação da aprendizagem
zagem através dos metadados que os descrevem, é fundamental dentro do cenário de ensino. Po-
recomendando, então, os objetos de aprendizagem rém, estas informações necessitam de uma organi-
que são mais adequados a um determinado aluno. zação, fazendo com que as mesmas se tornem mais
aderentes ao sistema, facilitando assim uma possí-
O restante do artigo está estruturado da se-
vel interpretação e análise das informações. Uma
guinte forma: a seção 2 discute conceitos sobre
das formas de organizar as informações referentes
perfil do aluno e estilos de aprendizagem; a apre-
ao aluno é criar modelos que auxilem o sistema
sentação da abordagem é apresentada na seção 3;
a agir e reagir de acordo com as necessidades do
a seção 4 realiza as considerações finais.
aprendiz. Tais modelos são denominados de mo-
delo do aluno e retratam as informações referentes
ao perfil do aluno [5].
2 Perfil do Aluno e Estilos de
Segundo Rosatelli e Tedesco [6], a área de mo-
Aprendizagem delagem do usuário, de forma genérica, procura
construir uma representação explícita do perfil de
Nos ambientes de aprendizagem eletrônica é fun- um usuário em particular, de forma que este possa
damental se obter informações sobre o perfil de um auxiliar um dado ambiente eletrônico durante o
aluno para que seja possível haver uma personali- processo de adaptação deste ambiente.
zação do comportamento do ambiente em relação Considera-se que o modelo do usuário é uma
às necessidades do aluno. As necessidades e pre- representação formal e explícita do perfil de um
ferências de um aluno são evidenciadas através as usuário. Modelar o usuário é o ato de criar um
ações e reações do aluno em um dado ambiente, o modelo, através do ambiente em que o usuário
que determina o estilo empregado por ele durante interage, que represente informações do usuário
a aprendizagem.
24
capturadas através de sua interação [2]. Dentro
do escopo de ambientes de aprendizagem eletrô-
nica o usuário considerado é o aluno já que este é
o centro do processo de aprendizagem.
O modelo do aluno tem como característica

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principal organizar as informações que identificam mações uma delas são as preferências do aprendiz.
o perfil de um aluno de forma que estas possam ser É possível, por exemplo, se obter informações so-
interpretadas por um ambiente eletrônico. Pode- bre como o aluno prefere aprender observando seu
se afirmar que o modelo do aluno é a modelagem comportamento em relação às suas escolhas du-
sistêmica do perfil do aluno. rante o processo de aprendizagem. Um aluno que
A modelagem do aluno sempre foi um compo- frequentemente opta por utilizar um dado tipo de
nente importante dentro do processo de adaptação mídia, como vídeo, durante suas interações com
de ambientes de aprendizagem eletrônica, pois é o ambiente de aprendizagem, pode estar demons-
através dela que o sistema se direciona sobre as trando uma preferência em aprender com métodos
ações a serem realizadas de acordo com a inte- de ensino que sejam visuais.
ração do aluno. A organização das informações
sobre o aprendiz em um modelo permite que os 2.2 Estilos de Aprendizagem
sistemas tornem-se mais extensíveis e modulares. Vol. II
Rosatelli e Tedesco [6] afirmam que algumas in- Um estilo de aprendizagem está relacionado às No. 1
formações são fundamentais para a criação do mo- estratégias que um aluno tende a aplicar com
delo do usuário, como: freqüência a uma dada situação de ensino. Cada
indivíduo pode se encaixar em diferentes estilos
• Ter dados sobre as habilidades do usuário re-
que fazem com que ele adote atitudes e compor-
levantes ao contexto em que o mesmo se en-
tamento que se repetem em diferentes momentos e
contra inserido, observando o quanto o usuá-
situações. Para atender um dado estilo de apren-
rio conhece sobre o assunto.
dizagem é necessário que o docente utilize estra-
• Obter os padrões de comportamento do tégias de ensino que possam suprir as diferentes
usuário com o sistema para que seja possível perspectivas de aprendizagem.
obter mecanismos que auxiliem na motiva-
Estilos de aprendizagem são características cog-
ção do usuário dentro do ambiente.
nitivas, afetivas e psicológicas que determinam
• Considerar o momento e o local da intera- como um aluno interage e reage em um ambiente
ção para que isto auxilie o mapeamento das de aprendizado. Pode-se sintetizar que estilos de
interações. aprendizado se referem às características indivi-
Pode-se afirmar que o modelo do aluno é for- duais que um aluno tem de organizar, perceber,
mado por subconjuntos de informações que per- processar, lembrar e pensar para resolver um pro-
mitem traçar o perfil do aluno. Dentre estas infor- blema [2, 7].

Formas de
Características Limitações
Monitoração
Links selecionados numa dada página, páginas Podem não definir características do
que foram acessadas e preferências por mídias. usuário de forma precisa.
Ações de seleção Interações explícitas do aluno através de
entrevistas.

Verificar o tempo de permanência num dado Imprecisão na análise das


Observação num ponto do sistema. características de tempo. Não é
dado período da possível garantir que em todo o
interação tempo o usuário permaneceu
observando um dado ponto.

Aplicação de diferentes formas de testes de Testes objetivos podem não ser


Testes de conhecimento. precisos, já que limitam o escopo da
conhecimento Adequação dos tipos de testes com as resposta.
necessidades de monitoramento.

Mecanismos que possibilitem ao usuário São gerados poucos cenários


Sequenciamento de escolher a sequência de ações que deseja dificultando a obtenção de Tabela 1: Formas de
ações realizar para uma dada tarefa. informações. monitorar a
interação do usuário

Através da observação de um estilo de aprendi- possível obter o perfil de aprendizagem do aluno.


zagem se deseja identificar quais são as caracterís- O perfil de aprendizagem pode ser definido como
um conjunto de propriedades que identificam ca-
25
ticas marcantes em um dado aprendiz de maneira
que estas influenciem no processo de aprendiza- racterísticas marcantes do aluno durante o pro-
gem deste aluno. Observando a forma como o cesso de aprendizagem.
aluno exprime e exteritoriza sua interação com o Realizando uma comparação sucinta pode-se
ambiente de ensino (seu estilo de aprendizagem) é afirmar que enquanto o estilo de aprendizagem

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apresenta o modo pelo qual o aluno interage refle- tamente o caminho percorrido pelo aluno durante
tido através de seu comportamento e preferências, a aprendizagem. É fundamental, portanto, extrair
o perfil de aprendizagem determina as caracterís- informações referentes ao aprendiz construindo as-
ticas que são marcantes em seu estilo. A adoção de sim o perfil deste aluno.
um dado estilo em um processo de aprendizagem Um dos pontos frequentemente observados du-
possibilita que o aluno possa imprimir um ritmo rante a aprendizagem eletrônica é o estilo de
mais eficiente de aprendizado. Através do estilo aprendizagem adotado pelo aluno. Através do es-
de aprendizagem é possível identificar o perfil de tilo de aprendizagem é possível classificar o aluno
aprendizagem do aluno. a partir de perfis de aprendizagem e escolher as
estratégias de ensino que sejam mais adequadas
2.3 Estilos de Aprendizagem e a ao perfil de aprendizagem deste aluno [8].
Aprendizagem Eletrônica Uma das formas de obtenção das informações
relativas ao perfil de aprendizagem do aluno nor- Vol. II
Buscar informações que retratem o perfil de um malmente é realizada através da monitoração das No. 1
aluno torna-se muito importante em ambientes de interações deste com o ambiente. O monitora-
aprendizagem eletrônica. A identificação das pre- mento pode ocorrer de diversas formas como atra-
ferências de um aprendiz pode auxiliar no pro- vés da verificação de ações de seleção em páginas,
cesso de motivação do estudante. Questões refe- da observação das ações durante um dado período
rentes à organização da apresentação dos conteú- de tempo, através da realização de testes de co-
dos, suas informações pessoais, seu histórico de nhecimento e da observação da sequência de ações
conhecimento, suas habilidades de interação, suas realizadas [9]. A Tab. 1 apresenta algumas formas
preferências durante a interação influenciam dire- de observação do comportamento do usuário.

Categorias de Estilos de Métodos de


Características
Preferências Aprendizagem Ensino

Está relacionado a como o aluno recebe o Sensorial Concreto


Percepção
conteúdo, tipos de exercícios, por exemplo. Intuitivo Abstrato

Formato- Está relacionado à forma como o conteúdo é Visual Visual


Apresentação apresentado, tipos de mídias, por exemplo. Auditivo Verbal

Representa o quanto o aluno gosta de participar das Ativo Ativo


Participação do
atividades, se possui liderança, se prefere refletir
Aluno Reflexivo Passivo
mais tempo sobre um dado assunto.

Ordem da Representa o tipo de visão que o aluno prefere ter Sequencial Sequencial Tabela 2: Proposta de
Apresentação do conteúdo: fragmentada ou global. Global Global Categorias de
Preferências

A decisão sobre o que o modelo do aluno deve Instrumento de Inteligência Dominante de Herr-
conter como informação está diretamente relacio- mann (HBDI) e o Modelo de Estilos de Aprendi-
nada às necessidades que o ambiente tem para o zagem de Felder-Silverman. Este trabalho adota
processo de adaptação. A delimitação do escopo o modelo proposto por Felder-Silverman devido a
de observação das interações do aluno determina este apresentar uma relação que sugere a partir
quais dados são relevantes a um dado cenário da de um estilo de aprendizagem identificado qual
aprendizagem. Nas aplicações educacionais para seria a estratégia de ensino equivalente mais ade-
Web torna-se importante ter domínio principal- quada [10, 11]. A Tab. 2 apresenta as categorias
mente das informações que se referem às habili- propostas por Felder-Silverman e suas respectivas
dades desenvolvidas pelo aluno e ao contexto da características.
interação. Estas informações permitem um mape-
amento sobre o conhecimento prévio do aluno e so-
bre suas preferências de aprendizagem, refletindo 3 Recomendação de Objetos
diretamente na identificação do estilo de aprendi-
zagem mais evidente em um dado aprendiz.
de Aprendizagem
Existem diversos modelos que descrevem modos Os sistemas de recomendação tem sido adotado 26
de classificar um aluno em um determinado estilo em diversas áreas, como em comércio eletrônico,
de aprendizagem [10], como por exemplo Indica- sistemas de museus, aprendizagem eletrônica, cujo
dor de Myers-Briggs (Myers-Briggs Type Indica- objetivo é prover o usuário com informações e ser-
tor - MBTI), Estilo de Aprendizagem de Kolb, viços que estejam em consonância com os interes-
Estilo de Aprendizagem de Honey e Mumford,

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ses e preferências do usuário. ambiente de ensino-aprendizagem. Um objeto de
As recomendações são realizadas baseando-se aprendizagem pode ser definido como uma enti-
em características que são relevantes ao escopo dade que pode ser utilizada dentro do processo
do sistema. Um sistema de recomendação com de ensino-aprendizagem, podendo ser um vídeo,
fins educacionais acompanha as ações do aluno uma figura, um simulador, etc. Dentro do escopo
quando este interage com determinados conteú- de aprendizagem eletrônica o que se deseja é criar
dos para que seja possível posteriormente, sugerir conteúdos em formato digital que possam ser reu-
materiais e serviços adequados as suas preferên- tilizáveis em diferentes objetivos de aprendizagem,
cias [12, 13]. ou mesmo que possam ser empregados na constru-
ção de outros objetos de aprendizagem [17–19].
Algoritmos de filtragem da informação baseada
no perfil do usuário são aplicados pelos sistemas Uma das formas de organizar os objetos de
de recomendação com o objetivo de direcionar as aprendizagem para que eles possam ser reutiliza-
recomendações que serão apresentadas ao usuá- dos e empregados sistemicamente é através do uso Vol. II
rio [14]. Os algoritmos de filtragem da informação de metadados. O padrão LOM (Learning Object
No. 1
utilizam a modelagem do usuário, pois esta repre- Metadata) do instituto IEEE é um padrão que
senta as preferências de um determinado usuário descreve os objetos de aprendizagem com o obje-
refletindo o perfil deste. Além disto, é fundamen- tivo de facilitar sua busca e recuperação em repo-
tal que o algoritmo seja aderente ao escopo do sitórios que empregam o padrão [18]. O padrão
tipo de sistema em que ele está sendo empregado organiza a descrição dos objetos em categorias,
de maneira a atender os objetivos principais da onde cada uma delas possui um conjunto de cam-
interação [15]. Existem duas técnicas que são em- pos que permitem detalhar o objeto em diferentes
pregadas na área de filtragem de informação: a óticas.
colaborativa e a baseada em conteúdos. Na abor-
dagem colaborativa a informação é filtrada com 3.2 Sistema de Recomendação de
base no que é relevante a outros usuários que pos-
Objetos de Aprendizagem
suem hábitos similares ao usuário em questão. Já
na baseada em conteúdos a filtragem é realizada (e-LORS)
através da correlação entre o conteúdo e as prefe-
O e-LORS (e-Learning Object Recommendation
rências do usuário [15, 16].
System) é um modelo proposto neste artigo que
se baseia nos conceitos empregados nos sistemas
3.1 Objetos de Aprendizagem de recomendação, utilizando algoritmo de filtra-
gem da informação baseado na técnica de conteú-
Oferecer materiais didáticos, usualmente denomi- dos, para realizar a sugestão de objetos de apren-
nados de objetos de aprendizagem (LO — Lear- dizagem, organizados através do padrão LOM, de
ning Objects), que sejam aderentes ao perfil de acordo com o perfil de um determinado estudante.
aprendizagem do aluno, é um dos objetivos de um

Componente Atributos Caracterização

- Identificação no sistema
Informações Os dados pessoais se caracterizam por conter
- Nome
Pessoais as informações pessoais do aluno que
- Grau de escolaridade
raramente são alteradas.
- Curso de formação

Percepção
O perfil de aprendizagem é definido através de
Formato-
Perfil de Categorias de categorias de preferências, que permitem
Apresentação
aprendizagem Preferências visualizar o perfil de aprendizagem do
Participação do estudante em diferentes dimensões.
Aluno

Esta informação deve ser obtida através da


intervenção direta do aluno permitindo que
sejam disponibilizados recursos mais
Tecnologia Restrição tecnológica adequados a ele. São exemplos de restrições
tipo de equipamento, conexão de rede,
sistema operacional utilizado, etc. Este é um
elemento opcional no modelo do aluno. Tabela 3: Modelo do
aluno
27

O modelo do aluno adotado neste trabalho pro- de Felder e Silverman [20]. O objetivo é agrupar
põe que as preferências do estudante sejam divi- as preferências que estão relacionadas a diferentes
didas em categorias que são baseadas na proposta tipos de observações que podem ser realizadas du-

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rante o acompanhamento das interações do aluno. sistemas de aprendizagem eletrônica. A recomen-
O modelo do aluno utilizado no modelo de sis- dação de objetos é realizada confrontando as in-
tema de recomendação proposto por este trabalho formações de tema a ser apresentado ao aluno,
apresenta informações pessoais do aluno, suas pre- o perfil de aprendizagem do aluno (baseado em
ferências (organizadas através de categorias), seu categorias de preferências) e as possíveis restri-
perfil de aprendizagem que está diretamente rela- ções tecnológicas que caracterizam o ambiente em
cionado às preferências do aprendiz e caracterís- que o aluno interage. Estas informações são obti-
ticas tecnológicas relacionado ao acesso do aluno das através do modelo do aluno e do gerenciador
(Tab. 3). de cursos. A Fig. 1 apresenta a arquitetura do
e-LORS e a integração deste com o sistema de
A arquitetura do e-LORS foi especificada de
aprendizagem eletrônica.
forma que ela possa ser utilizada por diferentes

Vol. II
No. 1

Figura 1: Arquitetura do e-LORS e


integração com um sistema de
aprendizagem eletrônica

Para adoção do e-LORS o sistema de aprendi- rências de acordo com cada categoria através
zagem eletrônica deve cumprir alguns requisitos: de um questionário por exemplo. As cate-
• Padrão LOM: um requisito importante gorias seriam atualizadas a partir das res-
para adoção do e-LORS é que o ambiente postas dadas pelo aluno. Outra forma se-
de aprendizagem eletrônica armazene e ge- ria adotar um sistema classificador de perfis
rencie os objetos de aprendizagem utilizando como proposto em [7]. Através da monitora-
o padrão LOM, pois a recomendação rea- ção das interações do estudante é feita uma
lizará um relacionamento entre os objetos comparação destas com modelos de perfis
descritos pelo padrão LOM e as categorias previamente elaborados. Os comportamen-
de perfis. Embora o padrão apresente um tos observados são relacionados com as cate-
grande número de campos de especificação o gorias de preferências. Após um período de
e-LORS irá utilizar apenas alguns deles du- observação o classificador de perfis compara
rante a recomendação de objetos de apren- o comportamento observado com os modelos
dizagem. A Tab. 4 apresenta as categorias de perfis, determinando para cada categoria
LOM utilizadas e seus respectivos campos. de preferência a classificação do aluno. A
Fig. 1 apresenta a possibilidade de inserção
• Categorias de Preferências: outro requi- do classificador como forma de identificar as
sito é a adoção de um modelo do aluno que preferências do aprendiz.
descreva o perfil de aprendizagem através de
categorias de preferências. Se o sistema de • Tecnologia: outro ponto é a utilização do
aprendizagem já adotar algum tipo de mo- item que descreve a tecnologia no modelo do
delo do aluno é preciso que este modelo seja aluno, porém este é opcional. Caso este ele-
mento já não seja utilizado no modelo atual
estendido agregando a ele o elemento de per- 28
fil baseado em categorias. O ambiente de ele poderá ser agregado ao modelo. O e-
aprendizagem eletrônica pode adotar estra- LORS irá desconsiderar esta verificação caso
tégias diferentes para identificação das ca- não haja especificações deste elemento no
tegorias de preferências. O aluno pode ser modelo do aluno.
questionado explicitamente sobre suas prefe-

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3.3 Filtragem por conceitos um determinado aluno possui o valor concreto e
a categoria Formato-Apresentação possui valor vi-
Assim que o e-LORS recebe a requisição para a sual significa que os objetos sugeridos a este aluno
execução do processo de recomendação ele inicia deve possuir a característica ativa no contexto de
a filtragem por conceitos, buscando as referências interatividade e visual em recursos de aprendiza-
dos LO em um repositório LOM (LOMR — LOM gem. Pode ser sugerida uma simulação visual a
Repository). A filtragem por conceitos é baseada ele, por exemplo.
no tema, que pode ser composto por uma palavra
ou mais, que é passado como parâmetro. Atra-
vés da Categoria Geral o método searchLO, busca 3.4 Filtragem por perfil de
quais objetos de aprendizagem possuem a ocor- aprendizagem
rência do tema nos campos Título, Descrição e
Palavras-chaves. Como resultado será obtido um Após a finalização da filtragem por conceitos o
conjunto de referências de LO (LOSet) que satis- e-LORS inicia a filtragem por perfil de aprendi- Vol. II
fazem o tema. zagem que será realizada somente no conjunto de No. 1
referências obtidas como resultado na etapa ante-
Quando a categoria de preferência Percepção de
rior (LOSet).

Categoria LOM Campo do LOM Caracterização

Identificador

Tipo

Título Realiza descrição geral sobre o objeto de


Geral
Língua aprendizagem

Descrição

Palavras-chaves

Formato (tipo de formato de vídeo, som)

Tamanho digital
Técnico Localização física Descrição de características técnicas

Requisitos (para uso do objeto: versão de


software, por exemplo)

Tipo de Interatividade (ativo, expositivo)


Descrição das funções educacionais e
Tipo de Recurso da Aprendizagem
Educacional características pedagógicas do objeto
(exercício, simulação, questionário)

Grau de dificuldade

Tipo de relacionamento entre os objetos Descreve o relacionamento entre objetos de


Tabela 4: Categorias
Relacionamento descritoras do LOM utilizadas
Identificação do relacionamento aprendizagem
pelo e-LORS

As categorias de preferências do aluno descri- gir a utilização de um LO como, por exemplo: o


tas através de seu perfil de aprendizagem (Tab. 3) formato de um vídeo, versões de softwares neces-
são comparadas com campos Interatividade e Re- sários para que o LO possa ser utilizado.
curso da Aprendizagem da categoria Educacional A filtragem é realizada pelo método searchLO-
do padrão LOM (Tab. 2), considerando o LOSet Tech e utiliza o subconjunto obtido após a filtra-
e não mais o LOMR. A Tab. 5 apresenta o re- gem por perfil de aprendizagem (LOSubset) como
lacionamento entre as categorias de preferências entrada. O método antes de iniciar a filtragem
e os campos do LOM adotado pela filtragem de verifica se existem restrições definidas no modelo
perfil de aprendizagem. Ao final desta filtragem é do aluno, caso não exista o novo subconjunto será
obtida o LOSubset. igual ao encontrado na etapa anterior. O resul-
tado será um novo subconjunto (LOSubsetF ) que
3.5 Filtragem por tecnologia atenderá as questões tecnológicas existentes no
modelo do aluno.
A última etapa do e-LORS consiste na filtragem
dos LO pela característica da tecnologia que o 3.6 LO Recomendados 29
aluno está adotando. Este item é opcional, con-
forme descrito anteriormente, pois pode não ser Ao finalizar os processos de filtragem de LO o e-
considerado no modelo do aluno. Seu objetivo é LORS gera um conjunto de LO recomendados que
verificar questões tecnológicas que podem restrin- é resultado da chamada do método recomenda-

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tionLO realizada pelo gerenciador de cursos. O Dentro do escopo de um ambiente de aprendiza-
conjunto conterá o valor do campo Identificador gem eletrônica faz-se necessário adotar mecanis-
(categoria Geral do LOM) de cada objeto que será mos que deem suporte a recomendação de conteú-
recomendado para que o gerenciador de cursos dos que possam atender as necessidades de inte-
possa construir a visualização dos objetos recupe- ração de um estudante.
rando os mesmos do repositório LOM existente. Este trabalho propôs uma abordagem para re-
O gerenciador de cursos tem a flexibilidade de comendação de objetos de aprendizagem conside-
disponibilizar os LO da forma que for mais ade- rando o estilo de aprendizagem do aluno. O estilo
quada ao ambiente e ao processo de ensino. de aprendizagem é descrito através de categorias
de preferências definidas no modelo do aluno refle-
tindo o perfil de aprendizagem do aluno. O princi-
4 Conclusão pal objetivo é apresentar o perfil de aprendizagem
sob diferentes dimensões como forma de relacionar Vol. II
O oferecimento de materiais de acordo com o perfil as preferências sob diferentes aspectos. Para isto
No. 1
de aprendizagem do estudante auxilia o processo foi adotado o modelo de estilos de aprendizagem
de ensino-aprendizagem, pois estimula o aluno proposto por Felder e Silverman na especificação
através da adoção de conteúdos que estejam em das categorias que seriam consideradas no perfil
consonância com as preferências de interação dele. de aprendizagem do aluno.

Campo do LOM Valor do campo Característica do Perfil Categoria de Preferência

Ativo Concreto
Interatividade Percepção
Expositivo Abstrato

Figura
Vídeo
Visual
Filme
entre outros Formato-Apresentação
Texto
Recurso da Som Auditivo
Aprendizagem entre outros
Exercício prático
Experimento Ativo
entre outros Participação
Tabela 5: Relacionamento entre
Questionário campos do LOM e categorias de
Reflexivo
Leitura
preferências

Outro ponto importante é a relação entre as ca- um protótipo em um curso de Engenharia da


tegorias de preferências definidas no modelo do Computação na disciplina de Estrutura de Da-
aluno com as categorias descritoras dos objetos de dos como forma de validação. A experiência teve
aprendizagem do padrão LOM. O relacionamento como principal objetivo apoiar as atividades rea-
entre o modelo do aluno e os metadados dos ob- lizadas através do ensino presencial, procurando
jetos de aprendizagem permitiu haver uma maior estimular os alunos a estudarem através de dife-
aderência entre o perfil de aprendizagem identifi- rentes objetos de aprendizagem. Observou-se que
cado no aluno e os objetos de aprendizagem dis- o e-LORS permitiu empregar uma automatização
poníveis. As categorias do LOM possibilitaram importante através do relacionamento do perfil e
criar um relacionamento com os métodos de en- do tipo de objeto de aprendizagem utilizado. As
sino equivalentes a cada categoria de preferências fases de recomendação foi executada cumprindo
definida no modelo do aluno. os objetivos do e-LORS.
Normalmente, os ambientes de aprendizagem
eletrônica requerem que o docente planejem e vin-
culem os conteúdos de acordo com os perfis de Referências
aprendizagem. A abordagem apresentada permite
que este esforço seja minimizado através da busca [1] P. Brusilovsky and E. Millán, “User models
automática de objetos de aprendizagem já cadas- for adaptive hypermedia and adaptive educa-
trados que possam ser utilizados na recomendação tional systems,” The adaptive web, pp. 3–53,
de acordo com o perfil do aluno. Além disto, a cri- 2007. 30
ação de um componente viabiliza a integração da [2] A. Kobsa, “Generic user modeling systems,”
proposta em diferentes ambientes de aprendiza- The Adaptive Web, pp. 136–154, 2007.
gem eletrônica. [3] P. Dolog and M. Sch
A abordagem proposta foi aplicada através de "afer, “A framework for browsing, manipu-

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lating and maintaining interoperable learner Survey and experiments,” User Modeling and
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Revista de Computação e Tecnologia da PUC-SP — Departamento de Computação/FCET/PUC-SP ISSN 2176-7998


Vol. II
No. 1
Mini-currículo do autor: José F. Rodrigues Jr é professor adjunto
do curso de Bacharelado em Ciência da Computação da Univer-
sidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba, desde 2009. Ba-
charel em Ciência da Computação pela USP, São Carlos, 2001.
Mestre em Ciências da Computação e Matemática Computacional
pela USP, São Carlos, 2003. Doutor em Ciência da Computação e
Matemática Computacional pela USP, São Carlos, 2007. Área de
atuação: recuperação de dados baseados em conteúdos e análise
visual de dados.

Mini-currículo do autor: Maria A. C. A. Cardieri é professora asis-


tente do Departamento de Tecnologia da Informação da Faculdade
de Tecnologia de Sorocaba. Bacharel em Ciência da Computação
pela UNICAMP, 1980. Mestre em Engenharia Elétrica e Compu-
tação pela UNICAMP, 2004. Área de atuação: banco de dados,
engenharia de software e e-learning.

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