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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL
DCEEng – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

O USO EFICIENTE DE ENERGIA COM O APOIO DE GRUPOS GERADORES

RAFAEL HORST

Ijuí - RS
2016
UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DCEEng – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS

O USO EFICIENTE DE ENERGIA COM O APOIO DE GRUPOS GERADORES

RAFAEL HORST

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Engenharia Elétrica do Departamento de Ciências Exatas e
Engenharias (DCEEng), da Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), como
requisito para obtenção do título Bacharel em Engenheiro
Eletricista.

Coordenador da Disciplina: Ms. Mauricio de Campos

Orientador: Ms. Eliseu Kotlinski

Ijuí - RS
2016
O USO EFICIENTE DE ENERGIA COM O APOIO DE GRUPOS GERADORES

RAFAEL HORST

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de


Engenharia Elétrica do Departamento de Ciências Exatas e
Engenharias (DCEEng), da Universidade Regional do
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), como
requisito para obtenção do título Bacharel em Engenheiro
Eletricista.

_______________________________________________
Orientador: Ms. Eliseu Kotlinski

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Ms. Mario Noronha Agert

Ijuí - RS
2016
AGRADECIMENTOS

Primeira mente agradecer a Deus por estar me oportunizando este momento.


Aos meus pais, irmãos e demais familiares pela confiança e apoio ao longo de minha vida
ajudando a alcançar meus objetivos.
A minha esposa, por me apoiar e incentivar nesta caminhada.
Ao meu orientador pelos ensinamentos, paciência, ideias e orientações para meu trabalho de
conclusão de curso e pelos conhecimentos a mim instruídos.
Aos meus colegas e amigos que participaram de forma direta ou indireta para mais esta conquista
em minha vida.
RESUMO

Os avanços tecnológicos mostraram-se de suma importância para nossa sociedade,


atualizada e moderna. Aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos só existem graças à energia
elétrica, a qual é definida como a capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho e a energia
mecânica pode ser transformada em energia elétrica através de turbinas e geradores.
Os grupos geradores são usados como fonte alternativa ou principal para atender a
necessidade de energia de modo confiável em organizações de todo porte, seja para qualquer
aplicação, como por exemplo em hospitais, indústrias, hotéis, dentre outros. Uma das funções que
se destaca na elaboração de projetos, em geral, é garantir um suprimento de energia confiável,
dessa forma, o grupo gerador é elemento chave em qualquer projeto.
Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo demonstrar a importância dos
geradores a combustão através da viabilidade do uso perante as tarifas de concessionárias, custos
de utilização e sua demanda de energia consumida.
A utilização de geradores na empresa Saur, diariamente, nos horários de ponta, reduz o
uso da energia da concessionária, consequentemente reduzindo os custos com a energia elétrica e
auxiliando a não sobrecarregar o sistema elétrico de distribuição nacional. A utilização de
máquinas geradoras, neste estudo de caso, é possível demonstrar uma análise comparativa das
duas fontes de energia, custos e a demanda de consumo de energia que a organização necessita,
buscando encontrar a viabilidade dos grupos geradores no caso avaliado.

Palavras-chaves: Uso eficiente da energia, Grupo gerador, Viabilidade econômica.


ABSTRACT

Technological advances proved to be of paramount importance to our society, updated


and modern. electronics and appliances exist only thanks to the electricity, which is defined as the
ability of an electric current do work and mechanical energy can be transformed into electricity
through turbines and generators.
The generators are used as an alternative or main source to meet the energy needs
reliably in all sized organizations, or for any application, such as in hospitals, factories, hotels,
among others. One of the features that stand out in the development of projects in general, is to
ensure a reliable power supply, therefore, the set is a key element in any project.
Thus, this study aims to demonstrate the importance of generating combustion through
the feasibility of using before utilities tariffs, usage costs and its consumed energy demand.
The use of generators in Saur company, daily, at peak times, reduces the use of utility
power, thereby reducing the cost of electricity and helping to not overload the electrical system of
national distribution. The use of rotating machines, in this case study, it is possible to show a
comparative analysis of the two sources of energy, cost and power consumption demand that the
organization needs, seeking to find the feasibility of generating sets in assessed case.

Keywords: Efficient use of energy, Group generator, Economic Viability.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Oferta e consumo de energia ........................................................................................ 20

Figura 2 – O uso da energia em 2014 ............................................................................................ 20

Figura 3 – Energia ativa x Energia reativa .................................................................................... 24

Figura 4 – Fator de potência .......................................................................................................... 24

Figura 5 - Painel Frontal ST2180 .................................................................................................. 32

Figura 6- Painel Frontal ST2190 ................................................................................................... 32

Figura 7 - Alternador ..................................................................................................................... 35

Figura 8 – Características e especificações ................................................................................... 39

Figura 9 – Regulador de tensão ..................................................................................................... 41

Figura 10 – Curva de frequência ................................................................................................... 42

Figura 11 – Placa de identificação do motor ................................................................................. 43

Figura 12 - Especificação do motor............................................................................................... 43

Figura 13 – Controlador do motor ................................................................................................. 44

Figura 14 - Plano de manutenção SCANIA .................................................................................. 46

Figura 15 - Plano de manutenção STEMAC ................................................................................. 47

Figura 16 – Tabela de consumo de combustível ........................................................................... 48

Figura 17 – Instalação do reservatório de combustível ................................................................. 51

Figura 18 – Amortecedor de vibração ........................................................................................... 52

Figura 19 – Localização da empresa ............................................................................................. 53


Figura 20 – Vista aérea da fábrica da SAUR Equipamentos S.A.................................................. 54

Figura 21 – Diagrama Unifilar ...................................................................................................... 58

Figura 22 - Gerador Stemac .......................................................................................................... 60

Figura 23 – Sala externa ................................................................................................................ 60

Figura 24 – Local dos geradores e subestação .............................................................................. 61

Figura 25 – Painel de transferência ............................................................................................... 63

Figura 26 – Condutores elétricos ................................................................................................... 64

Figura 27 – Tanque de combustível .............................................................................................. 66

Figura 28 – Dois geradores em paralelo ........................................................................................ 69

Figura 29– Medidor de energia ..................................................................................................... 70

Figura 30 – Gráfico de consumo ................................................................................................... 71

Figura 31 – Analisador de Energia Embrasul RE 6000................................................................. 72

Figura 32 – Curva de carga - permissionária ................................................................................. 73

Figura 33 – Curva de carga - gerador ............................................................................................ 74

Figura 34 – Fatura mensal ............................................................................................................. 75

Figura 35 – Medidor de combustível............................................................................................. 76


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comportamento do LED CRD ...................................................................................... 33

Tabela 2 - Comportamento do LED CGR ...................................................................................... 33

Tabela 3 - Comportamento do LED GMG ..................................................................................... 33

Tabela 4 - Indicação do Modelo de Op. pelos LEDs AUTO, MANUAL,SEMI e TESTE............ 34

Tabela 5 - Comportamento do LED ALARME ............................................................................. 34

Tabela 6 - Abreviatura da linha ...................................................................................................... 36

Tabela 7 - Abreviatura das características de excitação ................................................................. 36

Tabela 8 - Abreviatura tipo de refrigeração.................................................................................... 36

Tabela 9 - Abreviatura carcaça IEC ............................................................................................... 36

Tabela 10 - Abreviatura comprimento da carcaça .......................................................................... 37

Tabela 11 - Abreviatura tensão ....................................................................................................... 37

Tabela 12 - Abreviatura aplicação .................................................................................................. 38

Tabela 13 - Abreviatura código adicional ...................................................................................... 38

Tabela 14 - Máquinas no horário de ponta ..................................................................................... 57

Tabela 15 - Horas manutenção preventiva ..................................................................................... 65

Tabela 16 - Plano de manutenção do alternador............................................................................. 67

Tabela 17 - Gerador GE001............................................................................................................ 77

Tabela 18 - Gerador GE004............................................................................................................ 79

Tabela 19 - Combustível controle .................................................................................................. 81


Tabela 20 - Manutenção preventiva de 250h.................................................................................. 82

Tabela 21 - Manutenção preventiva de 750h.................................................................................. 83

Tabela 22 – Custos de deslocamento .............................................................................................. 83

Tabela 23 -Custo de manutenção interno ....................................................................................... 83

Tabela 24 - Cálculo consumo de combustível 1 ............................................................................. 85

Tabela 25 - Cálculo de energia gerada1 ......................................................................................... 85

Tabela 26 - Cálculo consumo de combustível 2 ............................................................................. 86

Tabela 27 - Cálculo de energia gerada 2 ........................................................................................ 86

Tabela 28 - Cálculo consumo de combustível 3 ............................................................................. 87

Tabela 29 – Cálculo de energia gerada 3 ........................................................................................ 87

Tabela 30 – Cálculo de consumo de combustível 4 ....................................................................... 88

Tabela 31 - Cálculo de energia gerada 4 ........................................................................................ 88


LISTA DE ABREVIATURAS

kW – Quilowatt
W – Watt
kVA – Quilovolt ampere
kVAr – Quilovolt ampere reativo
FP – Fator de potencia
kVArh – Quilovolt ampere reativo hora
kV – QuiloVolt
ANEEL – Agencia Nacional de energia elétrica
RPM – Rotação por minuto
AMF – Automatic Mains Failure
CRD – Chave de transferência de rede
CGR – Chave de transferência do grupo
LED – Diodo emissor de luz
LCD – Visor de cristal liquido
f.e.m – força eletro motriz
VPI – Vacuum Presure Impregnation
PMG – Permanent Magnets Generator
PID – Proporcional Intergral Derivativo
mm/s – milímetro por segundo
Hz – Hertz
FN – Frequência nominal
mm – milímetro
m – metros
CAC – Central de Atendimento ao Cliente
CCD – Central e Centro de Distribuição
CNC – Controle Numérico Computadorizado
TAG – Identificação de máquina
V – Volts
Km² - quilômetros quadrado
A – Ampere
QGBT – Quadro Geral de Baixa Tensão
IHM – Interface Homem Maquina
MVA – Mega Volt Ampere
h – hora
kWh – quilo watt hora
L - Litros
BEN – Balanço Energético Nacional
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
MME – Ministério de Minas e Energia
USCA – Painel de Transferência
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15

1.1 Objetivos ....................................................................................................................... 16


1.1.1 Objetivos Gerais ........................................................................................................ 16
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................ 16

1.2 Justificativa ................................................................................................................... 17

2 ENERGIA ELÉTRICA ......................................................................................................... 18

3 TARIFAÇÕES ...................................................................................................................... 23

3.1 Conceitos ....................................................................................................................... 23

3.2 Classificação Tarifária .................................................................................................. 26

4 INSTALAÇÃO E PONTOS TÉCNICOS DO GRUPO GERADOR ................................... 29

4.1 Grupo Gerador a Combustão ........................................................................................ 29

4.2 Sistema de Controle do Gerador ................................................................................... 31

4.3 Alternador ..................................................................................................................... 35

4.4 Regulador eletrônico de tensão ..................................................................................... 40

4.5 Motor do Grupo Gerador .............................................................................................. 42

4.6 Instalação do Gerador ................................................................................................... 48

5 ESTUDO DE CASO ............................................................................................................. 53

5.1 Empresa Saur ................................................................................................................ 53

5.2 Grupos Geradores.......................................................................................................... 59

5.3 Medição de Energia....................................................................................................... 70

5.4 Controles adotados ........................................................................................................ 76

5.5 Custos e despesas .......................................................................................................... 81


5.6 Cálculos ......................................................................................................................... 83

5.7 Retorno de Investimento ............................................................................................... 89

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 91

REFERÊNCIA ............................................................................................................................... 93

ANEXOS ........................................................................................................................................ 95

ANEXO I – Máquinas da empresa ................................................................................................. 96

ANEXO II – Diagrama Unifilar da Subestação SE001 .................................................................. 98


15

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas o setor energético brasileiro tem apresentado um aumento


significativo na questão do consumo de energia elétrica, devido à ampla variedade de tecnologias,
tanto industrial quanto residencial. Todos buscam melhorar seu padrão de vida, e para
sobrevivência diária torna-se indispensável o uso da energia, pois proporciona serviços
essenciais.
Neste contexto, o desenvolvimento tecnológico levou a utilização de máquinas mais
sofisticadas para atender a demanda de produção e qualidade do produto nas empresas avançando
o setor energético a uma necessidade cada vez maior de gerar e distribuir energia. Estes fatos
fizeram os setores responsáveis a tomar medidas e planejamento para equacionar esta situação.
Devido o consumo elevado de energia elétrica, há uma preocupação num possível
racionamento de energia conforme já aconteceu no Brasil em anos anteriores. Ainda que existam
diversas alternativas de fontes geradoras, faltam incentivos do governo brasileiro implementação
de fontes geradoras nas empresas, a fim de que as organizações e residências possam não apenas
consumir mas gerar energia também.
A partir da privatização no setor elétrico a legislação autorizou a aplicação de diferentes
tipos de faturas. As concessionárias de energias dispõem uma estrutura horo-sazonal, na qual são
diferenciadas as atribuições das tarifas de acordo com o consumo de energia e demanda de
potência de cada consumidor, e de acordo com os horários do dia e períodos do ano. Os
consumidores tiveram que se adaptar a esta estrutura para melhorar a viabilidade econômica nas
empresas, pois nesta nova estrutura há a inserção do horário de ponta. Sendo assim, diversas
empresas optaram por desligar equipamentos em determinados horários evitando pagar tarifas
mais elevadas, outras adotaram o uso de outra fonte de energia para este período.
Levando em consideração a estrutura tarifária é possível verificar a importância da
utilização dos grupos geradores de energia a combustão nos horários de ponta. Portanto, neste
trabalho será abordada a análise de tarifações, dados e características de gerador a combustão e
seus componentes, finalizando com o estudo de caso de uma empresa, no qual será avaliado a
viabilidade e comparativo da fonte alternativa gerador a diesel no horário de ponta.
16

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivos Gerais

Demonstrar a importância dos geradores a combustão através da viabilidade do uso


perante as tarifas de concessionárias, custos de utilização e sua demanda de energia consumida.

1.1.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste trabalho são os seguintes:

a) Explanar as tarifas das concessionárias;

b) Apresentar as características e componentes de grupo gerador à combustão;

c) Instalação do grupo gerador e seu plano de manutenção;

d) Demonstrar o estudo de viabilidade da utilização do gerador;

e) Retorno do investimento.

Para alcançar estes objetivos mencionados, inicialmente será explanado sobre as estruturas
de tarifas da concessionária de energia. Após descrever sobre as características técnicas e
especificações do grupo gerador, será abordada a viabilidade da utilização do mesmo em horário
de ponta baseado no acompanhamento de consumo energético. Por fim, são apresentados os
resultados à empresa a qual foi aplicado o estudo.
17

1.2 Justificativa

Atualmente fatores como racionamento de energia e redução de custos fixos são pontos
fundamentais para a situação atual do mercado industrial no país. Estudos que apresentam às
organizações a real viabilidade da utilização de grupo de gerador de energia na indústria, a partir
do conhecimento tarifário das empresas de energia são de grande relevância pois oferecem a
possibilidade de reduzir custos à empresa. Sendo assim, esta fonte alternativa de energia
possibilita maior lucratividade com a redução de custos na energia, independente do ramo ou
atividade em que a organização atua.
18

2 ENERGIA ELÉTRICA

Quando a questão se refere à energia, ela interfere em todas as atividades sociais e


econômicas do país. Nas mais amplas e diversas áreas de produção/distribuição de consumo de
bens e serviços é necessário à utilização de energia como resultado de um crescente
desenvolvimento material.
Para nossa sobrevivência diária é indispensável o uso de energia, pois proporciona serviços
essenciais. Segundo a reportagem, os sustentadores do desenvolvimento de uma nação é quem
deveria avaliar a disponibilidade de energia, o seu acesso à população e principalmente o nível de
sustentabilidade da geração de energia. As fontes energéticas que são representadas por
combustíveis e pelo fornecimento de insumos energéticos são diversas e mal distribuídas pelo
nosso país.
O governo deveria promover mais parcerias para estimular o uso de fontes de energias
limpas e renováveis com racionalização de seu uso. Nestas parcerias deveriam estimular
pesquisas referentes ao desenvolvimento e a difusão de tecnologia saudável. Tal tecnologia e os
níveis de preços dos combustíveis fósseis tendem a aumentar à medida que esta fonte de energia
esteja esgotando rápido e haja uma carência cada vez maior por outra forma de energia de fluxo
continuo. [2]
A energia que provêm de combustíveis como carvão, turfa, energia nuclear, petróleo e gás
natural são de fontes de energia não renováveis. Também existem, outras fontes de energia
primária e que são renováveis como: vegetais, solar, eólica, hidráulica, esterco, fontes
geotermais, além da força humana e animal.
A energia solar e eólica são as mais conhecidas entre a população e as mais utilizadas. O
sistema de energia alternativo ainda está em desenvolvimento, mas oferece uma gama de fontes
de energia com potencial enorme e sustentável sempre a disposição. Hoje, devido à ineficiência
do funcionamento dos equipamentos usados para transformar a energia ocorre uma perda
significativa devido a esta problemática.
A partir de 2010 foram realizadas chamadas por parte da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) para estimular o setor privado a investir em projetos inovadores. As fontes
escolhidas são eólica, resíduos sólidos e solar. Para garantir a demanda de energia futura do país
as apostas são nas fontes alternativas à hidráulica.
19

A chamada pública realizada pela ANEEL elevou os valores aplicados na área. “A geração
recebia apenas 5% do valor total investido em pesquisa e desenvolvimento”, diz Máximo
Pompermayer, superintendente de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética da agência.
As hidroelétricas também possuem um incentivo para poder investir em inovação, segundo a
reportagem. [1] Desde 2010, eles são obrigados a reservar 0,2% da receita operacional líquida a
desenvolvimento e pesquisa, já os geradores e transmissores precisam destinar 0,4% da receita.
Quando um projeto é aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica as empresas
podem descontar os custos de execução dessa conta, segundo Eduardo Monteiro, diretor
executivo do Instituto Acende Brasil, “As grandes companhias recebem orientação estratégica
para trabalhar com esses projetos”. Além disso, a partir deste ano, o percentual mínimo das
distribuidoras aumentou para 0,3%. [2]
Atualmente, na administração pública do país, o Ministério de Minas e Energia (MME) é a
instituição responsável por criar os princípios básicos e traçar as diretrizes da política energética
brasileira. Como subsidio, o MME levanta por meio de seus órgãos e empresas, diversos estudos
e análises orientadas para o planejamento do setor energético. Também foi criada em 2004, a
Empresa de Pesquisa Energética – EPE vinculada ao MME para fomentar ainda mais o
desenvolvimento desta área.
Instituída nos termos da Lei nº 10.847 de 15 de setembro de março de 2004, e do Decreto nº
5.184 de 16 de agosto de 2004, a EPE é uma empresa pública que tem por finalidade prestar
serviços na área de estudos e pesquisas destinados a subsidiar o planejamento do setor energético
como: energia elétrica, gás natural e seus derivados, petróleo, fontes de energia renováveis,
eficiência energética, carvão mineral, dentre outros. Nesta Lei nº 10.847, em um dos seus artigos
estabelece a EPE a função de elaborar e publicar o BEN (Balanço Energético Nacional).
O BEN é realizado anualmente e divulga a pesquisa e contabilidade relativas à oferta e
consumo de energia no país, contemplando as atividades de extração de recursos energéticos
primários, sua conversão em formas secundárias, exportação e importação, a distribuição e o uso
final. [3]
Abaixo conforme figura 1, é demonstrada a repartição interna de energia, sendo
aproximadamente 40% de energia renovável e pouco mais de 60% não renovável. Destacando o
petróleo e a biomassa de cana em relação aos outros tipos de consumo.
20

Figura 1 – Oferta e consumo de energia

Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2015)

Na figura 2 é possível observar que a produção industrial, transporte de carga e a mobilidade


das pessoas correspondem por 65% do consumo de energia. Já a agropecuária utiliza apenas
4,2% e é um dos setores com grande importância para o desenvolvimento do país.

Figura 2 – O uso da energia em 2014

Fonte: Empresa de Pesquisa Energética (2014)


21

Por ser vasta a utilização de energia nos mais variados setores do país, o desperdício dos
brasileiros chega a 15%. Devido ao consumo muito elevado e a pouca oferta de energia há uma
elevação significativa no preço. Economizar energia é utilizá-la de forma a obter o máximo
beneficio com um menor consumo, evitando o uso inadequado sem diminuir a qualidade,
conforto e segurança.
Muitas indústrias e organizações buscam soluções de eficiência energética, para minimizar os
desperdícios, adotando ações como: substituições de motores de indução antigos,
redimensionamento de motores, instalações de inversores de frequência com controle de carga do
motor, substituição de lâmpadas, entre outras.
A empresa Saur demonstra uma preocupação com o sistema elétrico nacional, e investe em
alternativas. Adquiriu um sistema de geração de energia fotovoltaica com potência máxima de 30
kW, o projeto total é para 300 kW que será executado em 10 etapas. A primeira já foi executada
em novembro de 2015.
Aumentar a produtividade industrial sem aumentar o consumo de energia é um desafio para
as empresas. Ainda mais quando se refere às tarifações das concessionárias de energia, que tem
alto custo no horário de ponta. Sendo assim, algumas procuram alternativas viáveis para cada
situação e desenvolvendo até mesmo mudanças na cultura organizacional.
O Ministro de Minas e Energia, sugeriu as indústrias e ao comércio que diminuam os gastos
de energia no horário em que o consumo é maior. Nesse contexto, empresários e indústrias
tentam evitar o alto custo da fatura de energia mensal, e adotam alternativas para o
funcionamento da empresa no horário de ponta. Na cidade de Mococa (SP), o turno dos
funcionários de uma metalúrgica foi alterado, eles trabalhavam das 13h às 22h e agora atuam da
22h às 6h, tudo para evitar o aumento dos gastos com eletricidade. O diretor da empresa Raid
Evangelista citou: “Alocamos os funcionários para outro horário de trabalho no qual a energia é
mais barata”. [4]
Outra empresa que adotou alternativa no horário de ponta no RS foi a LATIVALE na cidade
de Estrela (RS), a empresa empregou dois grupos geradores de 500 kVA, pois o objetivo era
reduzir em até 30% os custos com energia elétrica. A empresa Fogões Atlas no PR, localizada na
cidade de Pato Branco, buscando diminuir os gastos com energia elétrica durante o horário de
ponta e garantir uma fonte alternativa de energia em casos de quedas no sistema, adquiriu 6
Grupos Geradores Cummins à diesel.
22

Após instalação, e com os Grupos Geradores em pleno funcionamento, a Parnaplast


localizada em Araucária-PR, conseguiu junto à concessionária local uma grande redução na tarifa
de energia no horário de ponta, o que significou uma economia de 70% por kWh para o uso nesse
horário. Com isso, o retorno do investimento feito nos Grupos Geradores Power Generation ficou
reduzido para apenas 1 ano. A instalação conta com 2 grupos geradores de 450kVA. [5]
23

3 TARIFAÇÕES

3.1 Conceitos

Energia Elétrica é a quantidade de potência elétrica (quilowatts - kW) consumida em


determinado intervalo de tempo. Para equipamentos elétricos o valor obtido de consumo é devido
à potência do equipamento pelo tempo de utilização do mesmo. Já para uma instalação elétrica,
residencial, comercial ou industrial, o consumo é a soma da demanda pelo período de utilização.
Em um determinado período de tempo são adquiridas do sistema elétrico potências instaladas
na unidade consumidora, a chamada demanda, a qual é a média das potências de consumo em
determinado período de tempo especificado. Já a demanda contratada, é a potência ativa que a
unidade consumidora contratou da fornecedora de energia, qual deve ser paga durante o período
estipulado entre ambas, utilizando ou não durante o período, e a empresa fornecedora de energia
tem obrigação de entregar a demanda contratada. A grandeza é expressa em quilowatts (kW).
A fatura de energia elétrica é a nota fiscal que apresenta a relação do que foi consumido de
energia durante o período da fatura, especificando consumos, leituras, prestação de serviços
públicos e o valor a ser pago pelo consumidor.
Horário de ponta é especificado pelo fornecedor de energia, sendo o período de 3 (três) horas
consecutivas exceto sábados, domingos e feriados nacionais. Tem como finalidade não
sobrecarregar os sistemas elétricos durante os períodos de consumo mais elevados. Em
determinadas modalidades tarifárias, durante estes períodos o preço do quilowatt são mais
elevados, para evitar usar nestes períodos ou buscar recursos próprios de fonte geração, evitando
sobrecargas no sistema elétrico. Geralmente são horários das 18h ás 21h, ou 17h30min ás
20h30min. E horário fora de ponta são os demais horários, nos quais não corresponde ao horário
de ponta durante o dia. [6]
O período com poucas chuvas, período seco, são os meses de maio a novembro, em
determinadas modalidades tarifarias nestes períodos apresentam valores mais elevados. No
período úmido são os meses de dezembro a abril, que apresentam mais chuvas o valor tarifário
nestes períodos é menor.
Potência é a quantidade de energia elétrica adquirida em determinado tempo. É expressa em
watts (W), quilowatts (kW) ou megawatt(MW).
24

De acordo com a ANEEL, as instalações elétricas de consumidores devem apresentar um


fator de potência não inferior a 0,92 (capacitivo ou indutivo). Se apresentar um fator de potência
inferior, é cobrada a utilização de energia e de demanda de potência reativa na fatura da energia.
O fator de potência é uma relação entre a energia ativa e a energia aparente.
Motores, transformadores e outros equipamentos têm como força a energia elétrica, que é
utilizada de duas formas distintas, a energia ativa e energia reativa conforme figura 3 abaixo. [7]

Figura 3 – Energia ativa x Energia reativa

Fonte: Copel (2013)

A energia reativa que tem a forma de grandeza kVAr, não realiza trabalho algum, mas é
necessária na geração de campo eletromagnético responsável pelo funcionamento de motores e
transformadores. Na figura 4 é possível verificar o triângulo do fator de potência.

Figura 4 – Fator de potência

Fonte: Cagnon (2007)


25

1.1

1.2

S=
1.3
FP= Fator de potência
P= Potência Aparente (kVA)
S= Potência Ativa (kW)
Q= Potência Reativa (kVAr) [8]

Então quanto maior for o consumo de energia reativa, para o mesmo consumo de energia
ativa, menor será o fator potência, podendo apresentar FP inferior a 0.92 consequentemente
pagando multa.
Algumas causas que podem ocasionar valor inferior de FP:
- Transformadores trabalhando com subcarregados, ou com carga de trabalho baixa;
- Motores elétricos funcionando com regime de carga baixo;
- Muitos motores elétricos de baixa potência;
- Muitas lâmpadas fluorescentes ligadas;
- Capacitores interligados no sistema elétrico, ligados durante o período de baixo consumo da
unidade consumidora.
Instalações elétricas com fator de potência baixo, apresentam mau aproveitamento de energia
elétrica, pois podem ocasionar aquecimentos em cabos elétricos, queda de tensão, redução do
aproveitamento do transformador, entre outros.
Para a correção e melhor aproveitamento do fator de potência em instalações elétricas,
devem ser avaliados os motores elétricos instalados, se estão dimensionados de forma correta.
Outra alternativa, é instalar banco de capacitores na rede elétrica, para o controle do FP.
Instalação elétrica com o fator de controle dentro da faixa estipulada pela ANEEL traz benefícios
não somente a empresa fornecedora de energia, mas para o próprio consumidor, pois situações
comprometedoras de aquecimentos em cabos elétricos são evitadas, vida útil de seus
equipamentos pode aumentar, diminuições de oscilações na tensão da rede, entre outros. [7]
26

A tarifa é o preço da unidade de energia elétrica ou da demanda de potência ativa (R$/kW).


A tarifa binômia é aplicada aos consumidores do grupo A, por constituir de mais de uma tarifa de
consumo, sendo consumo de energia elétrica ativa (kWh) e à demanda faturável (kW). Por outro
lado, a tarifa monômia é a modalidade aplicada para os consumidores do grupo B, e é constituída
por aplicar apenas uma tarifa de consumo, a energia elétrica ativa (kWh). [6]

3.2 Classificação Tarifária

Conforme a ANEEL, diz-se que modalidade tarifária é o conjunto de tarifas aplicáveis de


consumo de energia elétrica e demanda de potência ativas. Unidades consumidoras de energia
são classificadas em dois grupos. Para as unidades do grupo A são os consumidores cuja tensão é
igual ou superior a 2,3 quilo-volt (kV), ou ainda atendidas por sistemas subterrâneos de
distribuição em tensão secundária, caracterizada pela tarifa binômia e subdividido em subgrupos:

a) Subgrupo A1 – tensão de fornecimento igual ou superior a 230kV;


b) Subgrupo A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
c) Subgrupo A3 – tensão de fornecimento de 69 kV;
d) Subgrupo A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
e) Subgrupo A4 – tensão de fornecimento 2,3 kV a 25 kV;
f) Subgrupo AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir do sistema subterrâneo de
distribuição.

Já para o grupo B são os consumidores com a tensão de fornecimento menor que 2,3 kV,
caracterizada pela tarifa monômia e subdividida em subgrupos:

a) Subgrupo B1 – residencial;
b) Subgrupo B2 – rural;
c) Subgrupo B3 – demais classes;
d) Subgrupo – Iluminação pública.
27

As unidades consumidoras do grupo B são classificadas na modalidade de tarifa monômia,


isto quer dizer, que apenas são cobrados a estas unidades o que consomem de energia, sem
qualquer contrato. [9]

Tarifa horária branca


De acordo com ANEEL é aplicada a consumidores do grupo B, exceto para o sub-grupo B4 e
para sub-classes de baixa renda do sub-grupo B1, pois são caracterizadas por tarifas
diferenciadas, conforme as horas de utilização de energia durante o dia.[10]

Para o grupo A, a classificação tarifária se enquadra em binômia, esta tarifa significa que a
unidade consumidora é cobrada pela energia consumida e pelo contrato de demanda contratada.
Nesta classificação tarifária o consumidor ainda optar por enquadrar-se em três alternativas,
podendo ser elas:
- Tarifação Convencional;
- Tarifação Horo-sazonal Verde;
- Tarifação Horo-sazonal azul (compulsória para que consumidores que são atendidos com tensão
igual ou superior a 69kV).

Tarifa Convencional
Esta modalidade tarifária é classificada em duas tarifas:
 Tarifa Convencional monômia
Consumidores do grupo B podem ser aplicada esta, pois é caracterizada por tarifas de
consumo de energia, independentemente a hora de utilização durante o dia.
 Tarifa Convencional binômia
Esta estrutura tarifária pode ser aplicada a consumidores do grupo A, sub-grupos A3a, A4 ou
AS, somente quando a demanda contratada for menor que 300 kW. Estes consumidores devem
ter um contrato com a fornecedora de energia, a qual registra apenas a demanda contratada
inferior a 300 kW, tendo consumo independentemente da hora do dia, se é de ponta ou fora de
ponta, em período seco ou úmido. [9]
28

Tarifa Horo-sazonal Verde


De acordo com a Aneel esta modalidade tarifaria é aplicada para unidades consumidoras do
grupo A, quais caracteriza por tarifas diferenciadas de consumo de energia, de acordo com a
utilização do dia, e assim como uma única tarifa de demanda de potência. São aplicadas
obrigatoriamente em consumidores cujo sistema de energia esta interligado com tensão de
fornecimento inferior a 69 kV e a demanda contratada seja igual ou superior a 300 kW, tendo o
consumidor como opção em optar pela modalidade azul ou verde. Para a tarifa verde considera-se
a seguinte estrutura tarifária: [11]

a)Para a demanda de potência ( kW ) um único preço;


b)Para o consumo de energia ( kWh ):
- uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU);
- uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU);
- uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS);

Tarifa Horo-sazonal Azul


Esta modalidade tarifária tem como característica a aplicação às unidades consumidoras do
grupo A, de tarifas diferenciadas de consumo de energia e de demanda, conforme as horas de
utilização do dia e os períodos do ano. Para consumidores cuja interligação do sistema elétrico
esta sob fornecimento de tensão igual ou superior a 69kV, é obrigatório a classificação na
modalidade tarifária azul. A modalidade azul aplicada considera a seguinte estrutura: [11]

a) Para a demanda de potência (kW):


- uma tarifa para horário de ponta (P);
-uma tarifa para horário fora de ponta (F).

b) Para o consumo de energia (kWh):


- uma tarifa para horário de ponta em período úmido (PU);
- uma tarifa para horário fora de ponta em período úmido (FU);
- uma tarifa para horário de ponta em período seco (PS);
- uma tarifa para horário fora de ponta em período seco (FS).
29

4 INSTALAÇÃO E PONTOS TÉCNICOS DO GRUPO GERADOR

4.1 Grupo Gerador a Combustão

Grupo gerador é uma máquina que converte energia mecânica em energia elétrica, e podem
ser utilizados para diversos fins, dependendo de cada situação. São chamados de grupo gerador
por depender de um conjunto de equipamentos para o funcionamento, sendo eles, motor,
alternador (gerador), regulador de tensão, painel de comando, formando então o grupo.
O motor gira a uma rotação por minuto (RPM) programada pelo seu controle de comando,
qual o eixo está conectado através de acoplamento ao alternador, que rotaciona o eixo do
alternador transformando em energia o campo girante, esta energia deve ser controlada e ajustada
pelo componente regulador de tensão, qual monitora integralmente esta. A energia gerada é
conectada através de cabos até o painel do grupo.
Devido o regime de trabalho dos grupos geradores de energia deve ser verificada a
classificação em que se vá utilizar o grupo, pois a especificação é o que apresentara melhor
desempenho e vida útil da máquina de acordo com aplicabilidade de uso. A importância da
classificação esta em saber se utilizara a máquina para apenas em situações de emergências,
rotinas diárias, como horário de ponta, geração 24 horas entre outras aplicações. Grupos
geradores devem ter uma carga mínima para operação para atender a demanda, para que não haja
desperdício de combustível e não eleve a temperatura do motor causando danos.
A classificação em energia Stand by é para aplicações de emergência, na qual se utiliza para
situações e momentos de interrupções de energia. É uma fonte de energia reserva utilizada com
segurança e confiabilidade, que pode ser acionada em tempo programado nos primeiros
10segundos detectados após a falta.
Para esta aplicação é o tempo de uso qual esteja classificado com um fator médio de
consumo de 80% de utilização com a fonte usual e no máximo de 200 horas por ano, ou por um
período máximo de 25 horas com consumo de demanda correspondente a 100% da energia Stand
by. Se houver grande possibilidade de exceder o tempo de operação, deve-se aplicar a
classificação “Prime”. [12]
30

Para esta aplicação o fabricante Stemac apresenta da seguinte maneira “os grupos geradores
são programados para operar durante a falta de energia da rede comercial, admitindo cargas
variáveis por um período de até 300 horas por ano, desde que respeitados os intervalos de
manutenção dos equipamentos”. [13]
São utilizados na maioria das vezes em locais onde se rege uma obrigatoriedade para atender
requisitos de normas de edifícios ou locais que possa a comprometer alguma situação na falta de
energia, como por exemplo, algum risco de saúde, de vida, perda de informações em centrais de
processamentos de dados, elevadores, ou que cause inconveniências e desconfortos, entre outros.
[8] O tipo de classificação Stand by não é permite alguma operação que sustenta a interligação
em paralelo com alguma outra fonte usual de energia. [14]
A classificação de Energia Prime é para aplicações, na qual o fornecimento de energia usual
da distribuidora é substituído pelo grupo gerador.
Visando que esta aplicação à utilização quanto ao número de horas de operação permitido
por ano é ilimitado para cargas de consumo variável, e limitado para consumo de cargas
constante. Esta classificação deve ser utilizada em instalações em que o tempo de uso ultrapasse
às 200 horas por ano de consumo com carga variável, ou 25 horas por ano a 100% da
classificação.
Para esta situação de aplicação fica disponível a quantidade de horas em operação anual em
cargas variáveis. Já para fontes que utilizam a operação de interligação paralela, esta sujeita à
limitação de tempo de funcionamento. Então os geradores que operam juntos com a fonte de
energia usual, ficam limitados por até 750 horas por ano, sendo que não exceda valores da
classificação. O percentual de 10% de capacidade de sobrecarga disponibiliza no caso um
período de 1 hora dentro de um período de 12 horas de operação, mas não é permitido exceder 25
horas por ano. Se houver a necessidade de aplicação para exceder às 750 horas de operação por
ano deve-se buscar outra classificação no caso a de Energia de carga Básica. [12]
O fabricante Stemac apresenta esta classificação da seguinte forma “A utilização de grupos
geradores no horário de ponta, intervalo entre 17h e 22h, comprovadamente, gera uma economia
de até 35% nos custos de energia. Nesta modalidade de operação são admitidas cargas variáveis
por um período de até 1000horas ano, desde que respeitados os intervalos de manutenção do
equipamento. [13]
31

Aplica-se a classificação de energia carga básica ou energia contínua para fontes geradoras
que o fornecimento contínuo para a uma carga é de até 100% da classificação básica, não
havendo limite de hora por ano. Também não apresenta nenhum percentual de capacidade de
sobrecarga sustentada disponível para esta classificação. Para esta aplicação se utiliza a
interligação em paralelo com a fonte usual de energia, colocando sob carga constante durante
grandes períodos de tempo. [14]

4.2 Sistema de Controle do Gerador

O controle dos geradores é executado por um equipamento chamado controlador, qual


monitora e define a execução de tarefas de controle e proteção dos equipamentos que comportam
o grupo gerador. É o controlador que define e sincroniza, por exemplo, o paralelismo do painel de
transferência da carga, colocando a rede de energia de uma concessionária em paralelo com a
geração de energia de um gerador síncrono.
Cada fabricante de gerador define o controlador a se usar no projeto de um grupo de
geração. O fabricante Stemac utiliza controladores ST 2140, ST 2160, ST 2180, ST 2190, para os
integrantes da Série OEM-S, os quais constituem uma solução dedicada e completa para o
controle e proteção dos grupos projetados, atendendo em aplicações do tipo singelos e paralelos,
que utilizam uma tecnologia avançada em processamento e instrumentação, oportunizando
grande margem de integração de funções, simplificadas e com menos componentes externos para
auxilio de informações, como por exemplo, para o sistema de medição que dispensa medidores
externos dedicados para a coleta de informação, pois o controlador comporta este sistema.
Já para o modelo de grupo gerador Bloger este utiliza outro modelo, o controlador AMF
(Automatic Mains Failure), que proporciona também o controle para sistema de paralelismo e
sincronismo entre grupos geradores e é responsável pelo monitoramento e execução das tarefas
necessárias. [15]
32

Na figura 5 a seguir, é mostrado o painel frontal do controlador ST2180.

Figura 5 - Painel Frontal ST2180

Fonte: Manual Stemac (2013)

Nesta outra figura 6, é mostrado o painel frontal do controlador ST2190 que fica junto ao
painel de transferência.

Figura 6- Painel Frontal ST2190

Fonte: Manual Stemac (2013)


33

Identificação e Descrição dos LEDs são apresentadas abaixo nas tabelas 1,2,3,4 e 5:

LED “CRD” (1) – Chave de Transferência de Rede.

Tabela 1. Comportamento do LED CRD


LED CRD Estado Descrição
Ligado Fechada A chave de transferência de rede está fechada
Desligado Aberta A chave de transferência de rede está aberta
Fonte: (Elaborado pelo autor, 2016)

LED “CGR” (2) – Chave de Transferência de Grupo.


Tabela 2. Comportamento do LED CGR
LED CGR Estado Descrição
Ligado Fechada A chave de transferência de grupo está fechada
Desligado Aberta A chave de transferência de grupo está aberta

Fonte: (Elaborado pelo autor, 2016)

LED “GMG” (3) – Estado do Grupo Motor-Gerador.

Tabela 3. Comportamento do LED GMG


LED GMG Estado Descrição
Desligado Parado O GMG está parado
Piscando Partindo O GMG está partindo e a supervisão está inativa
Ligado Funcionando O GMG está em funcionamento e a supervisão está
ativa
Fonte: (Elaborado pelo autor, 2016).

LED “MANUAL” (4) – Modo de Operação Manual


LED “AUTO” (5) – Modo de Operação Automático
LED “SEMI” (17) – Modo de Operação Semi-Automático
LED “TESTE” (19) – Modo de Operação Teste

Os LEDs “MANUAL”, “AUTO”, “SEMI” e “TESTE”, indicação do modo de operação do


controlador.
34

Tabela 4. Indicação do Modo de Operação pelos LEDs AUTO, MANUAL, SEMI e TESTE
LED AUTO LED MANUAL LED TESTE LED SEMI Modo
Ligado Desligado Desligado Desligado Automático
Desligado Ligado Desligado Desligado Manual
Desligado Desligado Ligado Desligado Teste
Desligado Piscando Desligado Desligado Remoto
Piscando Desligado Desligado Desligado Partida remota carga
Desligado Desligado Desligado Ligado Semi-automático
Fonte: (Elaborado pelo autor, 2016).

LED “ALARME” (16) – Indicação de Alarme.

Tabela 5. Comportamento do LED ALARME


LED ALARME Descrição
Desligado Não há alarmes ativos
Piscando Há alarmes ativos, e estes não foram reconhecidos
Ligado Há alarmes ativos, e estes já foram reconhecidos
Fonte: (Elaborado pelo autor, 2016).

BARRA DE LEDs (21) – Indica a medição de frequência elétrica do Grupo Moto-Gerador.

Identificação das Teclas


As teclas no painel frontal podem ser divididas em dois grupos: Teclas de Operação e Teclas de
Navegação.

Teclas de Operação
São usadas para comandar ações manualmente e para alternar entre os modos de operação.
• TECLA “ABRIR / FECHAR” – CRD (6)
• TECLA “ABRIR / FECHAR” – CGR (7)
• TECLA “PARTIR / PARAR” – GMG (8)
• TECLA “AUTO” - Modo de Operação Automático (9)
• TECLA “MANUAL” - Modo de Operação Manual (10)
• TECLA “SEMI” – Modo de Operação Semi-Automático (18)
• TECLA “TESTE” – Modo de Operação Teste (20)

Teclas de Navegação
São usadas para navegar nos menus visualizáveis no visor.
• TECLA “UP” (11)
• TECLA “DOWN” (12)
• TECLA “MENU” (13)
• TECLA “ESC” (14)
35

O Visor de Cristal Líquido (LCD)(15) possui 20 colunas e 2 linhas de formato alfanumérico.


No visor são mostradas as telas de medição e configuração. É a principal forma de o controlador
passar informações sobre o seu funcionamento para o operador. [16]

4.3 Alternador

Os alternadores síncronos para grupos geradores foram desenvolvidos para utilização em


geração de energia elétrica nas mais variadas aplicações. Podendo ser utilizados em aplicações
mais simples, como em interligações no acionamento de força de tratores nas propriedades rurais,
ou até mesmo mais complexas em situações de acionamentos em paralelo, com sistemas de
transferência em rampa, aplicações remotas em navios. Para os alternadores síncronos WEG,
figura 7, apresenta desempenho que superam as expectativas citadas nas configurações acima.

Figura 7 - Alternador

Fonte: WEG (2010)

O gerador foi inventado em 1831 por Michael Faraday na Inglaterra, e nos Estados Unidos
por Joseph Henry, mais ou menos na mesma época. O gerador desenvolvido consistia
basicamente de um ímã que se movimentava dentro de uma espira, provocando o surgimento de
uma força eletromotriz (fem) registrado num galvanômetro.
Máquinas geradoras síncronas são projetadas para transformar energia mecânica em energia
elétrica. Ou seja, toda energia consumida nas indústrias, residências, cidades, entre outras, são
proveniente de geradores. [17]
36

Nomenclatura
Nas tabelas a seguir é apresentada a especificação de cada nomenclatura de modelo de
gerador. A tabela 6 apresenta abreviatura da linha representada pela letra G.
Tabela 6. Abreviatura da linha
G T A 16 1 A I SR
Linha
G Gerador Síncrono – Linha G Plus
Fonte: WEG (2010)

A segunda letra da nomenclatura identifica a característica de excitação do gerador,


demonstrado na tabela7.
Tabela 7. Abreviatura das características de excitação
G T A 16 1 A I SR
Caracteristicas de excitação
T Gerador brushless com bobina auxiliar
P Gerador brushless com excitatriz auxiliar
S Gerador brushless sem bobina auxiliar e sem excitatriz auxiliar
M Gerador brushless com rotor principal de ímãs permanentes
Fonte: WEG (2010)

O tipo de refrigeração também é classificado na nomenclatura de identificação do gerador,


que é representado pela terceira letra, a tabela 8 explica os tipos.
Tabela 8. Abreviatura tipo de refrigeração
G T A 16 1 A I SR
Tipo de refrigeração
A Aberto auto ventilado
F Fechado com trocador de calor ar-ar
W Fechado com trocador de calor ar-água
K Totalmente fechado e com aletas na carcaça
Fonte: WEG (2010)

Em forma numeral é representado o modelo de carcaça do mesmo, tabela 9.


Tabela 9. Abreviatura carcaça IEC
G T A 16 1 A I SR
Carcaça IEC
16 Carcaça 160 a 560
Fonte: WEG (2010)
37

O comprimento da carcaça do gerador é classificado na nomenclatura, na tabela 10


verifica-se a classificação.

Tabela 10. Abreviatura comprimento da carcaça


G T A 16 1 A I SR
Comprimento da carcaça
1 Carcaça curta
2 Carcaça média
3 Carcaça longa
Fonte: WEG (2010)

A tabela 11 apresenta a nomenclatura da tensão de geração do gerador, frequências e


números de cabos de ligação.

Tabela 11. Abreviatura tensão


G T A 16 1 A I SR
Tensão
A Trifásico – 12 cabos 480/240V – 440/220V – 380/190V – 208V (60Hz)
400/200V – 380V/220/190V (50Hz)
B Trifásico – 6 cabos 220V/60Hz – 190V/59Hz
C Trifásico – 6 cabos 380V/60Hz
D Trifásico – 6 cabos 440V/60Hz – 380V/50Hz
E Trifásico – 6 cabos 480V/60Hz– 400V/50Hz
F Trifásico – 6 cabos 600V/60Hz – 575V/60Hz
G Trifásico – 6 cabos 208V/60Hz
H Trifásico – 6 cabos 414V/50Hz
I Trifásico – 6 cabos 2300V/60Hz
J Trifásico – 6 cabos 4160V/60Hz
K Trifásico – 6 cabos 6600V/60Hz
L Trifásico – 6 cabos 13800V/60Hz
M Trifásico – 6 cabos 3300V/50Hz
N Trifásico – 6 cabos 6000V/50Hz
O Trifásico – 6 cabos 11000V/50Hz
Z Tensão especial
Fonte: WEG (2010)
38

O tipo de aplicação do gerador deve ser classificado, na tabela 12 representa a abreviatura de


cada aplicação.

Tabela 12. Abreviatura aplicação


G T A 16 1 A I SR
Aplicação
I Industrial
M Marinizado
T Telecomunicações
N Especial
Fonte: WEG (2010)

A última nomenclatura da especificação do gerador representa o código adicional, o qual é


relativo à potência, conforme tabela 13.

Tabela 13. Abreviatura código adicional


G T A 16 1 A I SR
Código Adicional
Código relativo a potência do gerador
Fonte: WEG (2010)

Para o funcionamento de um gerador de energia é necessário uma série de unidades


funcionais. Na figura 8 é apresentada a vista detalhada do gerador com as peças específicas, e
identificadas na legenda ao lado direito da figura.
39

Figura 8 – Características e especificações

Fonte: WEG (2010)

As carcaças das máquinas do gerador WEG são fabricadas de duas formas, para a linha G
são em chapas de aço calandradas, em formato tubular, e para a linha S são fabricadas em chapas
de aços soldadas. Para os dois modelos que recebem solda, são encaminhadas para um tratamento
de normalização para alívio de tensões. O pacote de chapas do estator junto com o enrolamento é
colocado sobre as nervuras da carcaça para a linha S, e para a linha G são prensados. Para
geradores fabricados em baixa tensão são utilizados fios circulares, já para geradores em média
tensão é utilizado fios retangulares. São fixadas as bobinas ás ranhuras por cunhas de
fechamento, usando material isolante. Por gotejamento são impregnadas as máquinas de baixa
tensão da linha G e para a linha S por imersão, já para as de alta tensão são impregnadas pelo
sistema VPI (Vacuum Pressure Impregnation).
Conforme o fabricante WEG, o rotor acomoda o enrolamento de campo, cujos polos são
formados por pacotes de chapas. Uma gaiola de amortecimento também é montada no rotor para
a compensação nos serviços e variações de carga. [17]
40

Excitatriz principal é o gerador trifásico de polos salientes. Para os geradores da linha G o


seu estator é fixado na tampa traseira do gerador e dentro dele, já para os modelos da linha S o
estator é fixado na tampa traseira ou na base, porém ele é posicionado fora da máquina.
Polos salientes acomodam as bobinas de campo, quais são ligadas em série e sua
extremidade é conectada ao regulador de tensão para modelos da linha G, ou através de bornes na
caixa de ligação da excitatriz, para modelos da linha S.
Sobre o eixo da máquina é montado o rotor da excitatriz. O rotor é laminado e possui
ranhuras as quais recebem um enrolamento trifásico ligado em estrela. De cada ponto da ligação
estrela saem dois fios que vão para os retificadores girantes. Um dos fios é ligado ao retificador
sobre o suporte positivo, e o outro fio sobre o suporte negativo.
A excitatriz auxiliar pode ser chamada também de PMG (Permanent Magnets Generator) que
é um gerador trifásico com rotor constituído por imãs. Para a linha G a excitatriz auxiliar somente
é fornecida opcionalmente (sob pedido). Na linha S somente é utilizada ou não dependendo do
cliente e especificação, na maioria fixada na tampa ou na base, de acordo com o projeto.
Para o padrão na linha G o enrolamento auxiliar é um conjunto auxiliar de bobinas,
monofásico, que fica impregnada em algumas ranhuras do estator principal. Tem como função
fornecer a potência para o regulador de tensão alimentar o campo da excitatriz. [17]

4.4 Regulador eletrônico de tensão

Faz parte do grupo gerador síncrono o regulador de tensão do alternador de geração, qual
tem a função de regular a tensão de saída gerada. Em alguns modelos de geradores Stemac são
utilizados os reguladores eletrônicos analógicos da série GRT7, pois estes apresentam alta
confiabilidade, além de ser compacto e ter um baixo custo. A figura 9 apresenta um modelo de
regulador de tensão.
O modelo GRT7 fabricado pela WEG não compõem de componentes mecânicos, utiliza
semicondutores e circuitos integrados, e o sistema é totalmente encapsulado em resina epóxi, apto
para suportar vibrações de até 50 mm/s, o que atende tranquilamente as vibrações do grupo
gerador. Os ajustes de tensão podem ser realizados tanto internamente através de trimpot ou
externamente por potenciômetro, sendo possível uma faixa de ajuste de tensão para o gerador em
+/- 15% da tensão nominal.
41

Para este modelo de regulador é ajustado o ganho proporcional e o ganho integral através de
trimpots interligados no sistema de controle PID (Proporcional Integral Derivativo) permitindo
ajuste e operação com demais tipos de geradores. O regulador também conta com a proteção
contra subfrequência, e possui ajuste para esta proteção, sendo que a frequência nominal
configurada é de 50 ou 60 Hz.

Figura 9 – Regulador de tensão

Fonte: WEG (2010)

Na operação o regulador de tensão faz o comparativo do valor real da tensão gerada com o
valor teórico ajustado no controle, encontrando o erro, o sistema é processado pela malha de
realimentação, determinando o ângulo de disparo para ajuste, podendo variar de 0 a 180°,
fazendo então o controle da tensão de saída do gerador. [18]
Na operação potência conexão do circuito a tensão proveniente do gerador ou com o auxilio
de bobina, é conectada ao regulador. Após a mesma ser retificada é aplicada ao campo da
excitatriz do gerador de forma controlada.
Escorvamento é quando a energia gerada atingir os primeiros 10% da nominal, o regulador
controla a tensão permitindo que suba em rampa até atingir a tensão nominal em
aproximadamente 3s. Após isto o sistema de controle PID monitora a tensão de saída do gerador
fazendo o controle dentro da faixa ajustada.
Na operação U/F o que determina é a frequência configurada, tendo um trimpot para ajuste
ao modo necessário. Então para a frequência de 60Hz utiliza-se um jumper (contato fechado) em
42

determinado borne do controlador, e para frequência de 50 Hz não utiliza-se o jumper (contato


aberto).
O elemento trimpot permite o ajuste do ponto de atuação do modo U/F, que permite variar
desde a frequência nominal (Fn) até 1/3 da Fn. O fabricante entrega ajustado este modo em 10%
abaixo da Fn. No caso, de operação em 60Hz, esta ajustado para 54Hz e para 50Hz, esta ajustado
em 45Hz. Mas pode ser ajustado conforme a cada situação, a figura 10 apresenta as curvas de
frequência. [18]

Figura 10 – Curva de frequência

Fonte: WEG (2010)

4.5 Motor do Grupo Gerador

Motores Scania foram desenvolvidos também para atender a linha industrial, não apenas na
área ferroviária de transportes como caminhões, ônibus, entre outros. Sendo assim, o fabricante
buscou desenvolver projetos na área industrial, e atualmente se faz presente em diversos modelos
e máquinas, sendo uma delas os grupos geradores de energia.
Os motores industriais para geradores podem ser dos seguintes modelos: Scania DC 12, DI
12, DC 13. São estes modelos de motores com injeção direta, 6 cilindros em linha, refrigerado a
água, quatro tempos. Geralmente são equipados com turbocompressor e intercambiador de calor.
Para cada modelo de gerador os ajustes de potência e do regime de rotação são ajustados de
acordo.
43

Para todo e qualquer modelo de motor os fabricantes sempre devem estar progredindo para a
redução do nível de emissões de impurezas no meio ambiente, a fim de evitar danos ambientais.
Pois, os motores compõem diversos componentes que podem gerar riscos, tais como: o óleo
motor, combustível, líquido de arrefecimento, filtros, baterias entre outros.
A especificação do motor com o número de série, esta fixada no lado direito do motor em
uma plaqueta, na figura 11 podemos visualizar a plaqueta. Já na figura 12 podemos verificar a
classificação do modelo de motor de acordo com o respectivo modelo.

Figura 11 – Placa de identificação do motor

Fonte: SCANIA (2001)

Figura 12 - Especificação do motor

Fonte: SCANIA (2001)


44

Para o motor ter um perfeito funcionamento de torque, rotação, controle de combustível,


ele precisa de um sistema de controle, o qual monitore e comande determinados componentes do
motor. Sendo o fabricante Scania conta com alguns modelos de controle, que pode deve ser
compatível para cada modelo de motor, no caso de motores DI 12 e DC 12 o modelo utilizado é o
controlador DEC 2 (Controle Digital do Motor, geração 2) e para motores DC 13 é utilizado o
controlador EMS (Sistema de Controle do Motor), basicamente os dois tem a mesma função, mas
cada um para seu modelo de motor. A figura 13 apresenta o controlador DEC 2 da Scania.

Figura 13 – Controlador do motor

Fonte: SCANIA (2001)

Os controladores DEC 2 e EMS contam com alguns componentes para auxiliar nas
informações de controle, sendo eles:
- sensor de rotação do motor;
- sensor de temperatura do ar de admissão;
- sensor de pressão de ar de admissão;
- sensor de temperatura do líquido de arrefecimento;
- sensor de pressão do óleo;
- sensor de atuação da borboleta;
45

Com as informações destes componentes citados acima os controladores conseguem


processar e calcular a quantidade correta de combustível que é necessário para o perfeito
funcionamento em cada situação de operação do motor. Componente principal e responsável pelo
ajuste de combustível do motor é a bomba injetora, logo o ajuste e controle da mesma se faz de
responsabilidade do controlador.
O sistema de controle do motor também é um dos componentes de supervisão do motor,
pois anomalias que possam comprometer o funcionamento do motor, podem ser detectadas
gerando alarmes no painel de controle do grupo ou até mesmo desligando o motor. Um exemplo
pode ser o excesso de temperatura do motor, que se passar da margem de segurança o controlador
DEC 2 ou EMS detecta e envia a informação ao controle do grupo gerador, que se continuar a
subir, o controlador desliga o motor, cortando o sistema de combustível da máquina. [19] Como
qualquer motor necessita de manutenção preventiva, estes tem necessidade de acompanhamento
em determinados períodos, para evitar problemas ou solucionar o mais precocemente.
Para grupos geradores de emergência e similares, os quais não são utilizados
regularmente, o fabricante recomenda que sejam colocados em funcionamento para efeitos de
testes e verificação, ligando o motor até que o mesmo atinja a temperatura normal de
funcionamento, após desligue e verifique os seguintes itens:

- Nível de óleo;
- Nível do líquido de arrefecimento;
- Do indicador de restrição;
- Nível de combustível;
- Nível do eletrólito nas baterias;
- Estado da carga nas baterias;
- Visual quanto a vazamentos e reparando-os se necessários;

Segue na figura 14 o plano de manutenção preventiva qual o fabricante Scania recomenda


para os motores DC 12, DI 12 e DC 13. [19]
46

Figura 14 - Plano de manutenção SCANIA

Fonte: SCANIA (2001)

Já o fabricante de grupos geradores Stemac recomenda o seguinte plano de manutenção


preventiva para o motor do grupo conforme figura 15.
47

Figura 15 - Plano de manutenção STEMAC

Fonte: STEMAC (2013)

É possível verificar que alguns itens como troca de óleo, filtro de óleo, limpeza do filtro
centrífugo o fabricante do motor recomenda em um período maior para a troca, mas deixa claro
que se houver necessidade deve ser realizada o mais rápido possível, e por procedimento o
fabricante do grupo de geradores recomenda os mesmos itens, a ser realizada a manutenção em
um tempo menor, no caso de 250 horas conforme figura 15.
Procedimento e cuidados de como deve ser executada a troca, verificação e limpeza dos
itens acima, estão no manual do equipamento, podendo ser avaliado pelo manual do fabricante do
48

motor ou pelo manual do fabricante do gerador. Especificação do óleo a ser utilizado, modelo de
filtros, proporção da mistura do líquido de arrefecimento também são apresentados nos manuais.
[18]
O consumo de combustível para motores de geradores industriais é de extrema
importância, pois é necessário saber qual o consumo para determinado trabalho que a máquina
produz, verificando assim a real viabilidade de funcionamento.
Motores Scania do modelo DC 13072A 02-12 consomem 13 litros de óleo diesel por hora,
para seu funcionamento a vazio podendo gerar 10% da sua capacidade com este consumo. O
motor forçando mais, ou seja, produzindo mais geração de energia começa alterar o seu consumo
de combustível proporcionalmente a geração produzida. Na figura 16 abaixo, é possível verificar
a tabela do fabricante Stemac, informando o consumo a 100% da carga nominal de trabalho do
motor. [21]
Figura 16 – Tabela de consumo de combustível

Fonte: STEMAC (2013)

4.6 Instalação do Gerador

A instalação de grupo gerador industrial deve ser seguida um padrão mínimo de condições
do local a ser instalada, sendo assim como todo fabricante deve orientar e esclarecer os pontos a
serem seguidos ao cliente consumidor, para a instalação dos equipamentos. Para cada modelo de
máquina, ou porte de máquina preconizam-se cuidados a serem avaliados para a execução de
instalação. A instalação de geradores é de responsabilidade do cliente, dessa forma, devem ser
seguidas rigorosamente as orientações do fabricante, pois ao finalizar a instalação é solicitada ao
49

fabricante a entrega técnica do equipamento, colocando a máquina a funcionar, mas se o técnico


avaliar que alguma condição não atende os requisitos solicitados e que possa vir a comprometer o
funcionamento, o mesmo pode não liberar a entrega técnica do equipamento, até a correção
necessária. A entrega técnica está interligada aos termos de garantia do equipamento. [18]
É de responsabilidade do cliente que adquiriu o grupo gerador, em fazer uma analise do
solo, no local em que será instalada a máquina, podendo ser realizado por uma empresa de
engenharia civil. Deve avaliar se o solo é compacto ou necessite de alguma manutenção. As
fundações podem ser feitas por estacas, vigas normais, “radier”, o projeto fica de
responsabilidade do cliente.
O piso deve ser seguido o layout apresentado pelo fabricante no manual, em concreto
sendo definidas as amarrações, do tipo concreto armado ou não, por uma empresa de engenharia
civil. O piso deve suportar esforços estáticos, esforços dinâmicos causados pelo grupo gerador. A
área estruturada do piso deverá ser maior que a base estrutural do gerador em todas as
extremidades, no minimo150 mm. Situação de tubulações, canaletas, devem ser avaliada antes da
execução do piso. Em instalações de grupos geradores sobre lajes, fica sobre responsabilidade da
empresa civil a avaliação de sustentação e se esta atende o projeto de instalação. O piso no qual a
máquina será instalada deve estar nivelado, para que não comprometa a instalação ou o
equipamento.
Para a contenção de líquidos contaminantes ao meio ambiente, é obrigatório a utilização
de bacias de contenções de acordo com o tamanho de reservatório do gerador, então deve ser
executada por empresa de engenharia civil o dimensionamento e execução de bacias, nas quais
possa ser realizada a separação de água e óleo. Nas salas com sistemas de atenuações é
obrigatório uso de lajes de cobertura, que devem estar dimensionadas para receber o esforço para
sustentar o escapamento e silencioso do motor gerador.
No projeto civil deve ser previsto a abertura para instalação de atenuadores do sistema de
aspiração e exaustão, conforme previsto no manual da máquina, respeitando uma folga para
instalação de 50 mm maiores que as dimensões previstas. Depois de colocados os atenuadores
deve ser realizado o acabamento de alvenaria, preenchendo os vãos abertos. [18]
Os cabos elétricos devem ser acondicionados sobre leitos, ou eletrocalhas, ou canaletas no
piso com tampas, ou ainda em eletrodutos de PVC ou metálicos. A interligação de força deve ser
respeitada a norma NBR 5410 (Norma Brasileira) de 2004, não sendo permitida a utilização de
50

terminais tipo sapata, o cabo neutro de cada gerador deve ser interligado até a barra de neutro do
painel de transferência, o dimensionamento de cabos deve seguir o projeto especificado.
Interligações de cabos de comando devem seguir o projeto, e serem acondicionados em
eletrodutos metálicos flexíveis. Nos chicotes de cabos deve conter cabo reserva, e os cabos de
comunicação manter o projeto de específico (CAN, fibra óptica, RS 232, RS485, Ethernet).
Para a malha de aterramento, deve ser atendida uma impedância máxima de 10 ohms para
instalação do equipamento. As interligações de aterramentos devem ser todas em cobre nu,
eletrocalhas, cabos blindados, leitos e eletrodutos metálicos devem ter suas blindagens aterradas
nas ambas às extremidades garantindo o aterramento.
Nos sistemas de baixa tensão deve ser instalada uma barra de cobre junto ao grupo
gerador sendo conectado ao aterramento disponibilizado. As carcaças dos ventiladores, carcaças
de painéis elétricos, tanques metálicos devem ser aterrados na barra de terra. As barras de terra do
painel da USCA, com a barra de terra da sala do gerador devem ser interligadas. O neutro de cada
grupo gerador deve estar conectado a barra de neutro do QTA ou da USCA.
A interligação de força em média tensão deve ser conforme a NBR 14039, e o cabo de
neutro de cada grupo gerador deve ser conectado a barra terra, através de cabos de força para o
neutro.
Nas redes elétricas industriais é comum a utilização de bancos de capacitores nos circuitos
de cargas para correção do fator de potência, visto que concessionárias de energia aplicam multas
tarifarias para fatores de potência inferiores a 0,92. Tendo este uso de capacitores, deve se ter
cuidado ao colocar o grupo gerador para assumir a carga da rede, para que em primeiro instante
não venha atender somente os capacitores, pois pode ocasionar sobre-excitação no gerador
interferindo a regulagem de tensão do grupo.
O fabricante solicita que seja adequado um sistema de para-raios de baixa tensão e
supressores de surto (varistores) na entrada de rede da chave de transferência, caso a região no
qual é instalado o equipamento gerador é muito propicia de distúrbios atmosféricos, pois pode
ocasionar danos a componentes eletrônicos. [18]
Em sala para geradores, na qual o espaço é muito pequeno ou o pé direito muito baixo, há
muita dissipação de calor e pouca ventilação, indica-se o uso de isolamento térmico sobre o
escapamento, revestindo com manta de lã de rocha com arame, e acabamento em alumínio liso.
51

Para a passagem da tubulação na parede, laje em alvenaria, também se recomenda a utilização de


isolamento térmico entre a tubulação e a parte de alvenaria.
O escapamento conta com o sistema de silencioso e catalisador, sendo para auxiliar nas
questões de ruídos e evitar contaminantes ao meio ambiente. Junto à saída do escapamento foi
projetado um segmento elástico para evitar a propagação de vibrações geradas pelo
funcionamento da máquina. Este segmento é de inox de forma semelhante a uma mola.
Os reservatórios de abastecimento de óleo diesel para os grupos geradores podem ser
instalados de acordo com a necessidade. Podendo ser de tanque do tipo subterrâneo ou aéreo,
estes podem ser abastecido por gravidade ou por bomba automática de abastecimento. Para a
instalação destes reservatórios deve ser seguido conforme o manual do fabricante da máquina,
atendendo as normas NBR 13781, NBR 13785, NBR 17505-1, NBR 17505-2. Abaixo na figura
17 pode-se verificar uma alternativa de instalação. [18]

Figura 17 – Instalação do reservatório de combustível

Fonte: STEMAC (2010)

Máquinas geradoras de energia causam vibrações quando em funcionamento, por isto é


sugerido à utilização de calços niveladores, ou amortecedores de vibração, quais estes minimizam
as vibrações evitando quebras de componentes da máquina, devido à transmissão de vibrações.
Na figura 18 pode-se visualizar um modelo de isolador de vibração.
52

Figura 18 – Amortecedor de vibração

Fonte: BASTOS (2007)


53

5 ESTUDO DE CASO

Este capítulo tem a finalidade de especificar o estudo de viabilização e otimização do uso de


geradores a diesel situados em uma empresa industrial, no município de Panambi.
O objetivo principal para este estudo é analisar e avaliar a real viabilidade do uso de gerador
de energia no horário de ponta em uma empresa, atuando neste horário com sua demanda de
carga necessária.
A perspectiva inicial é apresentar os resultados claros e objetivos a fim de verificar a
viabilidade do uso de gerador de energia no horário de ponta, sendo avaliados os gastos
necessários para utilização da máquina, traçando um comparativo com as tarifações da
concessionária de energia caso não for utilizar grupo gerador.

5.1 Empresa Saur

A empresa avaliada no estudo é a Saur Equipamentos S.A, que esta situada na Avenida
Presidente Kennedy 4025, na cidade de Panambi-RS conforme figura 19. A empresa atua no
ramo industrial metal mecânica produzindo equipamentos para logísticas Agrícolas, Industriais,
Florestais e Automotiva.
Figura 19 – Localização da empresa

Fonte: Google maps (2016)


54

Atualmente, a empresa Saur possui um parque fabril com mais de 25.000m² construídos
em Panambi. Esta também possui uma Central de Atendimento ao Cliente (CAC) em Cuiabá/MT,
e uma Central e Centro de Distribuição (CCD) em Valinhos/SP as quais são compostas pelos
departamentos comerciais e equipes técnica para prestar os serviços de montagem e manutenção
de equipamentos comercializados na região. Na figura 20 é possível verificar a vista aérea da
empresa.
Figura 20 – Vista aérea da fábrica da SAUR Equipamentos S.A.

Fonte: Saur (2015)

A trajetória da SAUR Equipamentos S.A. localizada em Panambi - RS iniciou em 1926,


quando o imigrante alemão Richard Saur instalou em Panambi/RS, uma oficina para reparos de
balanças, fogões a lenha, arados e outros utensílios domésticos.
Nas décadas seguintes a pequena empresa deu início à fabricação de janelas de aço,
dobradiças para sofás-camas e carrocerias para transporte de carnes. Em 1956, em sua plena
expansão, a SAUR passa a ser administrada por Ernesto Saur, o qual dá continuidade às
atividades do pai e, paralelamente, dedica-se ao desenvolvimento de novos projetos,
vislumbrando a atuação em outras áreas.[22]
55

Em meados de 1970 uma fábrica maior é construída, possibilitando a expansão para os


segmentos Agrícola e Industrial, passando a fabricar plataformas de descarga para granéis,
estruturas metálicas e equipamentos para empilhadeiras.
Na década de 1980, as dobradiças e as esquadrias de aço, deixam de ser fabricadas, dando
lugar ao incremento das Divisões Agrícola e Industrial, bem como a inserção no setor
Automotivo. Um investimento que rendeu frutos e levou a SAUR, em 1997, a ampliar sua
indústria e a construir mais uma nova área, a Fábrica II, totalizando cerca de 13.370 m² de área,
equipada com modernos equipamentos de produção.
A atuação no segmento Florestal se deu no início de 2000, originando a marca
PENZSAUR. A partir de 2009, visando oferecer mais qualidade e tecnologia em seus produtos
firmou parceria com empresas europeias, ampliando a tecnologia e a gama de equipamentos para
movimentação de cargas.
Na área fabril da empresa em Panambi tem 470 funcionários trabalhando em dois turnos,
e mais 150 funcionários trabalhando em filiais, assistências e vendas. A fabricação dos produtos
da empresa passa por uma série de transformações, sendo assim necessárias diversas máquinas
para a produção do produto. A empresa utiliza como principal matéria prima o aço sendo
necessários os seguintes processos: corte, conformação de metais, usinagem, solda, ferramentaria,
acabamento (jato de granalha), pintura, estoque, montagem e processos administrativos. Nestes
processos citados alguns contam com máquinas de grande porte. [22] Relação de máquinas que
contemplam a fábrica, com suas respectivas potência e setor onde é utilizado encontra-se no
ANEXO I.
A Saur tem seu horário de expediente das 07h15min ás 17h15min para atendimento a
cliente e fornecedores. Para a produção na fábrica em Panambi a mesma conta com dois turnos
de trabalho, sendo o primeiro das 07h15min ás 17h15min e o outro das 17h35min ás 02h40min.
Considerando estes horários o fuso horário UTC- 3 (inverno) e UTC-2 (verão) no horário de
Brasília.
Devido ao horário de funcionamento para produção na fábrica a mesma conta com grupos
geradores para o funcionamento de suas máquinas no horário de ponta, pois o custo da energia
neste horário é mais elevado e a empresa trabalhando com geradores, no período de ponta,
também colabora com o sistema elétrico nacional não consumindo energia nestes períodos de
56

consumo elevado. Além disso, a empresa também conta com as máquinas geradoras de energia
para situações de falta de energia.
O horário de ponta estabelecido pela sua fornecedora de energia Coprel, rege o horário
das 18h ás 21h no período de inverno e das 19h ás 22h para o horário de verão, isto para dias
úteis, ou seja, de segunda á sexta-feira, desconsiderando feriados nacionais. Como estabelecido
desta forma pela concessionária a empresa trabalha nas seguintes programações para seus grupos
geradores :
Horário de Inverno de segunda á sexta-feira, exceto feriados nacionais:
-Das 17h50min ás 21h10min;
Horário de verão de segunda á sexta-feira, exceto feriados nacionais:
-Das 18h50min ás 22h10min;
Estes 10 minutos de antecipação e de acréscimo, tem o objetivo de evitar conflitos de pequenos
atrasos entre medidor de energia e o programador dos geradores, pois com o passar dos meses
pode-se ter variações entre ambos.
Apenas algumas máquinas e setores que funcionam no período de ponta, são estipulados
conforme a demanda de produção da fábrica, isto causa de certa forma uma preocupação, pois
gera uma instabilidade na carga de consumo de energia apresentada aos grupos geradores. Segue
abaixo na Tabela 14 lista de máquinas e equipamentos com suas respectivas potência, quais
estão interligadas a subestação da fábrica 1.
57

Tabela 14. Máquinas no horário de ponta


Potência
Setor Qnt. Descrição
total (Kw)
Usinagem 2 Centro de Usinagem Mazak 92
Usinagem 1 Centro de Usinagem Wotan 75
Usinagem 6 Torno CNC’s 147,1
Usinagem 3 Fresa CNC’s 81,63
Usinagem 5 Ponte Rolante/Talha 13,5
Compressores 4 Compressores 221,26
Compressores 1 Secador de Ar 39
Corte 2 Serra Convencional 5,03
Corte 1 Serra CNC 10,34
Corte 2 Ponte Rolante 10,28
Robô de Solda 1 Robô de Solda 70
Solda MT2/SPS 15 Aparelho de Solda 360
Solda MT2/SPS 6 Ponte Rolante 50,38
Pintura 1 1 Jato de Granalha 20,6
Pintura 1 1 Cabine de Pintura 22,08
Solda MT2 1 Forno de Alivio 215
Iluminação Interna 148 Lâmpadas 110W/400W 27,92
Iluminação Externa 18 Lâmpadas de 250W/400W 7,2
Portaria 22 Lâmpadas 110/Ar cond. 4,8
Nobreak’s 3 Nobreak’s 25
Fonte: Autor (2016)
Estas máquinas e setores citados acima fazem parte dos setores de usinagem, pintura,
solda, corte, acabamento e apoio a fábrica. Estes tem como objetivo o trabalho durante o turno da
noite a fim de desafogar a produção durante o dia e somar uma maior produção, evitando as
situações de trabalho fora de expediente e horas extras.
A empresa recebe o sistema elétrico da concessionária de energia fornecedora através de
cabos aéreos, em rede trifásica na voltagem de 13,8kV a 60Hz. O fornecimento de energia está
dividido em 4 matrículas. Para a primeira matrícula, o recebimento do sistema de energia a
indústria contém uma subestação principal (SE 001), no qual fica locado o medidor de energia, as
chaves e equipamentos de proteções em média tensão, transformador de 750kVA, quadro de
58

distribuição, quadro de transferência, banco de capacitores. A partir desta subestação tem-se a


derivação para uma segunda subestação (SE 002) qual é energizada em 13,8kV também. São
dividas em duas, pois a fábrica e suas cargas estão dividas em pavilhões separados.
Já a segunda matrícula recebe a mesma através de uma terceira subestação em cubículos
blindados, esta abastece a demanda de energia para a fábrica 3. A terceira matrícula junto a
concessionária contempla a energização do poço artesiano da empresa, que recebe a voltagem em
baixa tensão 380V. E por fim a quarta matrícula, que atende o fornecimento de energia para a
estação de tratamento da empresa também em 380V a 60Hz.
Abaixo pode ser visto na figura 21 o diagrama unifilar referente a usca de transferência
dos geradores da entrada de energia. Para a primeira matrícula citada acima (diagrama unifilar
encontra-se no ANEXO II), a qual fornece energia para duas subestações, nesse sentido, o
objetivo é apresentar o diagrama demonstrando a situação de ligação para a subestação SE001
que garante o abastecimento de energia para a fábrica 01 da indústria.

Figura 21 – Diagrama Unifilar

Fonte: Autor (2016)


59

O diagrama acima apresenta a USCA (painel de transferência), qual recebe a energia da


BT do transformador principal da subestação 01 SE001 e a energia dos dois grupos geradores.
Verifica então que após receber das duas fontes de energia, as mesmas são interligadas por um
disjuntor motorizado, e as saídas destes disjuntores são interligados e transmitidos para o QGBT
(Quadro geral de baixa tensão).
O fornecimento de energia para a empresa Saur e Panambi é realizado pela permissionária
de energia elétrica Coprel.

5.2 Grupos Geradores

Atualmente na planta da fábrica junto a SE001, faz presente dois grupos geradores,
interligados em paralelo no painel de transferência da subestação. Estes dois tem a
responsabilidade em colocar a fabrica 1 em funcionamento numa falta de energia e atender
diariamente o funcionamento no horário de ponta estabelecido.
Os grupos geradores foram adquiridos separados, sendo a máquina GE001 (tag de
referência da empresa Saur) no ano de 2010, o qual por 3 anos atendeu a demanda de carga. Em
2013 foi adquirido o grupo GE004 a fim de interligar as duas em paralelo, em função da empresa
aumentar a sua demanda carga de energia com aquisições de máquinas novas na planta.
Os modelos dos grupos geradores são:

 Grupo Gerador 500KVA—Stemac – GE001


Motor/Modelo: Scania DC 1253A Número de Série: 8715651
Gerador/Modelo: Weg GTA 311 CIVI Número de Série: 1006388375
Data de Fabricação: JAN/2010 Corente Nominal: 760A

 Grupo Gerador 500 KVA –Stemac - GE004


Motor /Modelo: Scania DC 13072A Número de Série: 3723150
Gerador /Modelo: Weg GTA 311 AI33 Número de Série: 1018559582
Data de Fabricação: MAR/2013 Corrente Nominal: 760A
60

O modelo de gerador Stemac é apresentado na figura 22, o qual apresenta a versão do ano
de 2013.
Figura 22 - Gerador Stemac

Fonte: Stemac (2013)

Na sala para estas máquinas geradoras de energia foram adotadas o modelo em alvenaria
com atenuadores, conforme figura 23, e porta-corta chama, com isolamento acústico devido aos
ruídos das máquinas quando ligadas.
O tamanho interno da sala é de 6m de comprimento por 5,8m de largura e 3,5m de altura.
O piso e as paredes foram construídos de forma para atender o padrão, apresentam tubulação no
piso para os suspiros dos motores dos geradores e as paredes tem largura de 0,27m. O projeto
desta sala é para apenas duas máquinas geradoras deste porte.

Figura 23 – Sala externa

Atenuador

Fonte: Saur (2016) es


61

A sala dos geradores fica ao lado da subestação geral da fábrica, figura 24, o que leva a
um aperfeiçoamento e viabiliza os cabos condutores de energia até o painel de transferência da
subestação.
Figura 24 – Local dos geradores e subestação

SE 001 Sala dos


Subestação Geradores
Fábrica 1

Fonte: Saur (2016)

Para a fonte geradora de energia conectar-se ao barramento de consumo de energia é


necessária à interligação a tabela de distribuição geral da fábrica, como esta conexão é realizada
aleatoriamente toda vez que acontece uma falta de energia, ou executa a programação do horário
de ponta, ou ainda podendo ser acionada manualmente em uma eventual manobra de manutenção
é necessário um painel de transferência, qual pode conectar em um momento ao gerador a
combustão, ou ao transformador de energia qual recebe da concessionária a energia.
O painel possui dois disjuntores motorizados de 1250 ampéres (A) cada, sendo instalados
verticalmente um sobre o outro, em uma das extremidades recebe os cabos elétricos da fonte de
geração própria, já na outra extremidade recebe os cabos do disjuntor geral da saída do
transformador, ou seja, a energia da concessionária, e os dois disjuntores interligados pelas
extremidades opostas por um barramento de cobre, tendo por fim a saída dos cabos elétricos para
o quadro de distribuição geral da fabrica 1 (QGBT). Estes disjuntores motorizados têm como
funcionamento atuar juntos em determinados momentos colocando as duas fontes de energia em
paralelo. No caso, quando acontece a falta de energia, tem-se a falta por 15 segundos, tempo
62

programado para os geradores reconhecerem a falta energética e então, a máquina geradora


reconhece e coloca seu motor em funcionamento automaticamente, acionando o disjuntor
motorizado responsável pelo gerador.
Já no retorno da energia pela concessionária não apresenta a falta, pois o disjuntor
motorizado responsável pela concessionária reconhece o retorno de energia e automaticamente
faz o fechamento dos contatos, colocando os dois disjuntores motorizados por um determinado
tempo, após isto o grupo gerador começar a retirar aos poucos a potência de carga elétrica sobre
ele, passando toda a carga a concessionária, e tão logo o disjuntor dos geradores é acionado
automaticamente fazendo a abertura dos contatos deixando apenas o outro disjuntor, sem
apresentar alguma falha de falta de energia à fábrica.
Quando os grupos geradores são acionados pela programação do horário de ponta,
executam da mesma forma como descrito no retorno de energia, ou seja, trabalham em paralelo
com os dois disjuntores motorizados no momento em que entram no horário e depois na saída do
horário de ponta, assim sem apresentar qualquer falta de energia.
O controle do painel de transferência é executado pelo controlador ST 2190 Stemac,
sendo este é o principal, que monitora e comanda mais dois controladores do modelo ST 2180
Stemac. Além disso, cada grupo gerador contém um controlador em seu painel de comando, os
controladores são responsáveis por monitorar todas as informações necessárias e podem ser
manuseados pelas suas respectivas IHM (Interface Homem Máquina) para acessos de dados,
alteração de programa, ajuste de data, hora, visualização de dados do motor do grupo, leituras de
tensão, corrente, potência, entre outros. A figura 25 apresenta o painel de transferência
internamente e externamente.
63

Figura 25 – Painel de transferência

Fonte: Saur (2016)

O barramento de energia da saída do painel de transferência é interligado ao barramento


do quadro geral de baixa tensão (QGBT) da subestação fábrica 01 por cabos condutores. Junto
aos barramentos, os quais recebem os condutores dos geradores estão interligados por meio de
cabos condutores outro painel de transferência menor, que tem por finalidade garantir a energia
para as bombas do sistema de hidrante, independe da falta de energia ou eventual desligamento
geral, das chaves de proteção.
Os condutores interligam os grupos geradores até o painel de transferência são de secção
150mm² cabo flexível 0,6/1kV cobre HEPR-PVC/ST2 sendo 3 condutores por cada fase e o
64

neutro 1 condutor secção 150mm² cabo flexível 0,6/1kV cobre HEPR-PVC/ST2, para cada
gerador, chegando até o painel de transferência um total de 6 condutores por fase e dois
condutores de neutro. A figura 26 mostra os condutores na eletrocalha de saída do gerador.
Os condutores que vem do transformador são de secção de 150mm² cabo flexível 0,6/1kV
cobre HEPR-PVC sendo 6 cabos por fase, e para o neutro são 6 condutores de secção 120mm²
também flexível 0,6/1kV cobre HEPR-PVC. Os cabos elétricos é que interligam o barramento do
QGBT ao painel de transferência, são de secção de 150mm² flexível 0,6/1kVcobre HEPR-
PVC/ST2, 6 condutores por fase, e o neutro 6 condutores de 120mm².

Figura 26 – Condutores elétricos

Fonte: Saur (2016)

O motor do grupo gerador é Scania 6 cilindros em linha, turbinado, que utiliza óleo diesel
para seu funcionamento. Este modelo de motor é muito semelhante a motores utilizados em
caminhões, carretas de transporte rodoviário, pois a máquina exige bastante torque e uma rotação
de giro considerável, garantindo qualidade e precisão de funcionamento.
Para estes modelos de motores acoplados em geradores de energia apresentam seu
controlador (central) totalmente ajustado afim de funcionar como um gerador de energia, pois
rotação, torque, combustível, ar, regulagem da bomba injetora, devem estar todos sincronizados e
ajustados precisamente com o controlador de energia do painel elétrico, a fim de a garantir
agilidade e precisão na resposta no momento da distribuição de energia.
65

Como todo e qualquer motor necessita de manutenção preventiva ou corretiva, estes tem
necessidade de acompanhamento em determinados períodos, para evitar problemas ou a
resolução dos mesmos. A manutenção preventiva adotada pela empresa, com base no manual do
fabricante é apresentada na Tabela 15 abaixo:

Tabela 15. Horas manutenção preventiva


Item Descrição Cada 250 Cada 750
horas horas
1 Troca do óleo motor X
2 Troca do filtro de óleo X
3 Limpeza do filtro separador do óleo X
4 Troca do filtro de combustível X
5 Troca do filtro de ar X
6 Reaperto de parafusos, turbina, tampa de válvulas, X
suportes.
7 Ajuste da correia X
8 Verificação de vazamentos, óleo, água,combustível X
9 Inspecionar cabos elétricos da bateria X
10 Colocar o motor em funcionamento e inspecionar X
11 Ajuste de válvula da admissão X
12 Ajuste de válvula de escapamento X
13 Fazer analise do funcionamento do motor via X
software
Fonte: Saur (2016)

O acompanhamento diário é realizado através de um técnico que realiza a verificação de


determinados itens e os registra numa planilha de controle, ou seja, o check list da máquina, se
alguma anomalia é encontrada, imediatamente buscam-se os recursos para correção da mesma.
Os motores dos grupos geradores devem sempre estar aquecidos, pois a qualquer
momento pode ocorrer uma falta de energia e o mesmo deve fazer a partida automaticamente,
assumindo a carga de energia da empresa. Se o motor não estiver aquecido e for ligado pode
66

haver um dano as peças do motor, causando um estrago, sendo possível que o mesmo não atenda
o fornecimento de energia.
Cada grupo gerador compõe de um reservatório de combustível abaixo da sua estrutura
metálica, com a finalidade de abastecer o próprio grupo gerador no qual está locado o
reservatório. O reservatório é constituído de plástico com capacidade para 250 litros de
combustível, proporcionando o funcionamento do grupo gerador 500KVA por aproximadamente
por 2horas e 45 minutos em sua capacidade máxima, pois o consumo em carga plena da máquina
é de aproximadamente 90 litros hora.
Para o abastecimento dos dois tanques há um reservatório maior com capacidade de 5000
litros de óleo diesel, que é interligado aos reservatórios através de tubulação galvanizada, com
velocidade de abastecimento gravitacional, pois o reservatório maior esta instalado em nível
superior aos reservatórios de cada grupo. O acionamento da abertura da válvula solenoide para
abastecimento do tanque é controlado através do sistema de monitoramento de cada máquina. A
figura 27 apresenta um dos tanques do grupo gerador.

Figura 27 – Tanque de combustível

Fonte: Saur (2016)

O sensor de nível de combustível tem a finalidade de monitorar a quantidade de


combustível que tem em seu reservatório passando esta informação ao controlador ST 2180 do
grupo gerador. A informação é passada em porcentagem (%), e o controlador tem definido
parametrizado o nível inferior, nível máximo, nível extra inferior e nível extra máximo a partir do
67

qual deve ser acionada a válvula solenoide para entrada de combustível e o momento de término
do abastecimento.
Segue abaixo classificação dos níveis:
 Nível Extra Inferior – indica nível muito baixo de combustível esta acabando, emite sinal
sonoro e visual;
 Nível Inferior – Informa o controlador para abastecimento, liberando o acionamento da
válvula solenoide;
 Nível Máximo – Informa o controlador para finalizar abastecimento, desligando o
acionamento da válvula solenoide;
 Nível Extra Alto – Informa nível muito elevado de combustível, emite sinal sonoro e
visual, pois pode derramar fora;

Alternadores Síncronos de Energia


As duas máquinas geradoras de energia são acopladas de um motor a combustão que
contemplam um grupo de geração. Abaixo é apresentado o modelo utilizado de alternador
síncrono para cada grupo gerador.
-Para o grupo gerador GE001 o alternador utilizado pela Stemac para a geração é o GTA 311 CI
VI da Weg, que tem capacidade de 500kVA.
-Para o GE004 o alternador utilizado é o GTA 311AI 33 da Weg com capacidade de 500kVA.
O plano de manutenção preventiva adotado pela empresa esta anexado ao plano de
manutenção do motor, abaixo na Tabela 16 é apresentado os itens aplicados ao plano.

Tabela 16. Plano de manutenção do altenador


Item Descrição Cada 250 horas
1 Remoção da tampa traseira do alternador X
2 Remoção da tampa dos cabos elétricos X
3 Limpeza do alternador X
4 Verificação do regulador de tensão X
5 Reaperto geral de conectores e terminais X
Fonte: Autor (2016)
68

Cada grupo gerador contém um painel de controle com controlador do fabricante Stemac
modelo ST 2180, que realiza o monitoramento e leituras dos dados coletados da central do motor
e os dados do grupo gerador. São informações adquiridas sobre a atual situação de
funcionamento, como por exemplo, tensão de saída do grupo, corrente de saída, frequência,
rotação do motor, voltagem da bateria, nível de combustível, temperatura do motor, entre outros.
O painel de controle comunica com estas informações ao painel de transferência que
possui o controlador geral, no qual recebe os dados dos dois controladores um de cada grupo,
verificando as informações em pequenos intervalos, podendo acionar ou desligar a qualquer
instante as máquinas, pois o controle de funcionamento geral cabe ao controlador do painel de
transferência. Nestes três controladores há IHM (Interface Homem Máquina), nas quais é
possível verificar o status de funcionamento, ou informação do tipo último alarme apresentado,
nível de combustível, quantos quilowatt gerou de energia, quantas horas de funcionamento a
máquina está e assim por diante.
O grupo gerador tem capacidade máxima de atender uma potência de carga de 500 kVA,
isto com uma demanda de carga uniforme, pois numa indústria sabe-se que a sazonalidade da
demanda é muito variável, dessa forma pode-se ter muitas partidas de motores elétricos. Esta
situação de demanda variável acaba gerando um percentual de segurança para evitar usar a
máquina geradora em plena carga. Assim, em cada planta de empresa deve-se conhecer e avaliar
este percentual de carga, pois não tendo um percentual de segurança pode-se colocar em risco o
grupo gerador e demais máquinas provocando uma falta de energia, ou outros danos durante uma
simples partida de um motor elétrico.
Na indústria em foco, dois grupos geradores, figura 28, foram interligados paralelamente
para atender a demanda necessária de trabalho em possível falta de energia, assim como utilizar
as fontes geradoras no horário da ponta, totalizando uma capacidade máxima de 1000kVA
(1mVA). Realiza-se o acompanhamento e funcionamento das máquinas com um percentual de
segurança de 15%, ou seja, o limite de carga para as duas máquinas é de 850kVA , monitora-se a
demanda de carga a partir deste limite. Para somente uma máquina também se mantém o mesmo
percentual de segurança de 15%, que equivale para um gerador de 500kVA, 425kVA, sendo este
o limite de demanda de carga.
69

Figura 28 – Dois geradores em paralelo

Fonte: Saur (2016)

Durante o horário de ponta estipulado pela concessionária de energia, das 18h ás 21h, a
empresa trabalha com algumas máquinas, que por vez somam uma demanda de carga variável.
Esta variação de carga é devido ao grande número de máquinas estarem em operação com
operadores diferentes, o que gera uma instabilidade de carga, pois a qualquer período pode ser
desligada ou até mesmo exigir da máquina em operação a plena capacidade. Até mesmo os
compressores, os quais são equipamentos que não exigem um operador podem variar sua
demanda de consumo de energia, pois conforme a necessidade de ar comprimido em
determinados pontos da planta pode vir a exigir a carga plena da máquina.
No período de ponta os equipamentos que tem maior estabilidade de consumo de energia
são as luminárias internas e externas, pois estas são acionadas no período de menor intensidade
luminosa e só serão desligadas no fim de turno do trabalho ou no amanhecer do dia, no caso das
externas.
Para este período de ponta, a média de consumo energia é de 430 kWh, podendo alterar
em determinados dias quando é programado o forno de alívio de tensões (máquina com
resistências indutivas), pois esta tem um elevado consumo de energia.
70

5.3 Medição de Energia

Atualmente as concessionárias estão padronizando medidores de energia com recurso de


leitura via internet para facilitar a coleta de dados do medidor e melhorar a segurança das
informações tanto para a empresa fornecedora de energia quanto para o cliente consumidor. O
modelo de medidor que está instalado na empresa é o Landis +Gyr E750. Com este novo modelo
de medidor algumas concessionárias estão disponibilizando um site para que o cliente acesse com
login e senha, registrada pelo fornecedor, para verificação e acompanhamento do seu consumo de
energia em tempo real, com apenas uma variação de 15 minutos, sendo este o tempo necessário
para o medidor e o sistema registrarem os dados online.
Com este sistema já disponibilizado para empresa Saur é possível acompanhar os registros
de consumo de energia, verificando, simulando e gerando relatórios obtendo dados em tempo
real. A partir destes é possível verificar, por exemplo, qual foi o consumo no horário de ponta na
data presente ou anterior. Através dos gráficos gerados pelo sistema, torna-se fácil a verificação
das informações disponíveis.
Este modelo de medidor de energia foi substituído a pouco tempo atrás, dezembro de
2015, devido a empresa adquirir um sistema de geração renovável fotovoltaica. Anteriormente, o
medidor já comunicava a distância, mas com a instalação do sistema fotovoltaico foi necessária a
instalação deste novo medidor, figura 29, para informar a Coprel a energia gerada pela Saur.

Figura 29– Medidor de energia

Fonte: Saur (2016)


71

Conforme verificações e monitoramentos no link disponível pelo medidor da empresa foi


possível observar os períodos de consumo de energia da empresa no horário de ponta. Para
melhor representar esta variação de consumo foi removida uma amostra do dia 12 de abril de
2016, ilustrada na figura 30, para visualizar no gráfico o período em que os geradores entraram
em funcionamento no intervalo previsto.

Figura 30 – Gráfico de consumo

Fonte: Coprel (2016)

Pode-se observar a curva em azul demonstra o consumo da empresa, na qual as 18 horas a


curva desce em rampa e se mantém linearmente bem próximo a 0 até o horário das 21 horas,
retomando novamente em forma de rampa o consumo de energia pela concessionária contratada.
A fim de acompanhar a demanda de carga de energia consumida no horário de ponta e a
curva de consumo, foi instalado para o acompanhamento um analisador de energia. O
equipamento modelo RE 6000 da marca Embrasul com software de análise ANL6000 na versão
2.06 que pode ser observado na figura 31, foi contratado da empresa Stern Tech de Panambi para
instalar o analisador por dois dias monitorando os geradores e mais dois dias monitorando o
consumo pela concessionária de energia.
Este equipamento é muito utilizado para analise e levantamento de curvas de cargas,
diagnósticos energéticos, qualidade de energia, diagnósticos de distorção de harmônicas, correção
72

do fator de potência, levantamento de demandas, entre outros. A empresa contratada encontrou


algumas dificuldades para instalação do equipamento, pois os cabos de energia interligados a
transferência são de 6 condutores de secção 150 mm² e por fase , para executar o fechamento da
cinta do amperímetro do analisador .

Figura 31 – Analisador de Energia Embrasul RE 6000

Fonte: Embrasul (2011)

Com o analisador de energia instalado para verificação do consumo de energia durante o


período de ponta, foi desativada a programação do gerador para os dias 30/05/16 e 31/05/16,
sendo então consumida a energia da concessionária durante o período da ponta. Na figura 32
abaixo apresenta o gráfico de consumo do dia 31/05/16 das 17h51min ás 20h49min, onde é
possível verificar os picos de consumo, qual apresentou o maior pico próximo as 18h30min
chegando á 137,8kW. Esta análise demonstra a instabilidade de consumo da empresa durante o
período da ponta.
73

Figura 32 – Curva de carga - permissionária

Fonte: Autor (2016)

Nos dias 16 e 17 de maio foi instalado o analisador RE 6000 na entrada de energia da usca
pelos geradores, a fim de verificar o consumo de energia durante o período de ponta utilizando as
fontes alternativas. Na figura 33 abaixo apresenta o gráfico de consumo referente ao dia
17/05/16, onde foi possível identificar o ponto mais elevado qual chegou a 105,3 kW, próximo
das 20:30h. As análises realizadas durante a utilização dos geradores nestes dois dias apresentou
uma carga razoavelmente baixa para os dois geradores, pois ficou abaixo de 10% a média de
consumo por hora da capacidade das máquinas.
74

Figura 33 – Curva de carga - gerador

Fonte: Autor (2016)

A figura 34 apresenta a fatura de energia da Saur referente à leitura do mês de fevereiro de


2016 (período de leitura 01/02/16 a 01/03/16). Nesta esta circulada em vermelho a demanda
contratada pela empresa, o fator de potência, o tipo de ligação, a demanda consumida, e o
consumo no período de ponta, onde é possível verificar que apresentou um consumo de 359 kWh.
75

Figura 34 – Fatura mensal

Fonte: Saur (2016)

Na fatura apresentada demonstrada o valor qual é cobrado por quilowatts no horário de


ponta representa mais de 4,8 vezes maior do que o valor quilowatts no horário fora de ponta.
76

5.4 Controles adotados

Para realizar este estudo de viabilidade do uso de gerador, foi utilizado o medidor de
combustível LS 4576-3 da marca Flowpet-Oval, figura 35, que tem como objetivo coletar dados e
registros de quanto de combustível é consumido em determinados períodos, sendo que os
reservatórios de óleo diesel de cada grupo podem ser abastecidos individualmente a qualquer
momento.

Figura 35 – Medidor de combustível

Fonte: Saur (2016)

O medidor foi instalado dentro da sala de geradores antes da entrada de combustível dos
dois reservatórios, entre os tubos galvanizados de ½’’. Sua leitura de informação apresenta a
seguinte maneira: soma-se todo e qualquer litro de líquido que passar por esta tubulação, de
forma que deva-se obter algum controle de antes e depois, além disso pode ser realizado um reset
e então começar do zero novamente.
Outra leitura é total do medidor, no caso todo liquido que passou por este medidor está
registrado, não podendo ser utilizado a função reset para zerar dados. É necessária a leitura
anterior com a atual e então faz uma subtração com a leitura atual menos a leitura anterior
encontrando a quantidade real do período desejado, estipulado.
Com o estudo aplicado foi necessário adotar-se uma planilha para controle diário, para
obter os dados de kW gerados durante o período da ponta. Então durante aproximadamente 2
meses foi acompanhado todos os dias realizando os registros.
77

Segue abaixo na tabela 17 dados preenchidos do gerador GE001.

Tabela 17. GERADOR GE001


Data da geração Data da Leitura Leitura Total Kwh
de Energia Leitura atual (Kwh) anterior (Kwh) gerado
08/3/16 9/3/16 611109 610689 420
9/3/16 10/3/16 611549 611109 440
10/3/16 11/3/16 611880 611549 331
11/3/16 14/3/16 612379 611880 499
14/3/16 15/3/16 612750 612379 371
15/3/16 16/3/16 613124 612750 374
16/3/16 17/3/16 613682 613124 558
17/3/16 18/3/16 614012 613682 330
18/3/16 21/3/16 614455 614012 443
21/3/16 22/3/16 614818 614455 363
22/3/16 23/3/16 615188 614818 370
23/3/16 24/3/16 615550 615188 362
24/3/16 28/3/16 616103 615550 553
28/3/16 29/3/16 616725 616103 622
29/3/16 30/3/16 617167 616725 442
30/3/16 31/3/16 617564 617167 397
31/3/16 1/4/16 618016 617564 452
1/4/16 4/4/16 618428 618016 412
4/4/16 5/4/16 619028 618428 600
5/4/16 6/4/16 619369 619028 341
6/4/16 7/4/16 619369 619369 000
7/4/16 8/4/16 619761 619369 392
8/4/16 11/4/16 620333 619761 572
11/4/16 12/4/16 620706 620333 373
12/4/16 13/4/16 621099 620706 393
13/4/16 14/4/16 621628 621099 529
14/4/16 15/4/16 622192 621628 564
15/4/16 18/4/16 622659 622192 467
18/4/16 19/4/16 623273 622659 614
19/4/16 20/4/16 623742 623273 469
20/4/16 25/4/16 624215 623742 473
25/4/16 26/4/16 624666 624215 451
26/4/16 27/4/16 625348 624666 682
27/4/16 28/4/16 625721 625348 373
28/4/16 29/4/16 626098 625721 377
29/4/16 02/5/16 626387 626098 289
02/5/16 03/5/16 626677 626387 290
03/5/16 04/5/16 627125 626677 449
04/5/16 05/5/16 627742 627125 617
05/5/16 06/5/16 628369 627742 627

Fonte: Autor (2016)


78

GE001 - Grupo gerador 1;


GE004 - Grupo gerador 4;
Data da geração - Representa o dia qual foi gerado energia no horário de ponta;
Data da Leitura - Representa o dia em que foi coletado as leituras do medidor do controlador dos
geradores;
Leitura atual - Representa o valor qual apresenta no medidor do controlador de cada grupo no dia
da leitura;
Leitura anterior - Representa os valores obtidos da leitura anterior;
Total kWh gerado - Resultado da subtração da leitura atual menos a leitura anterior, obtendo o
resultado de energia gerado na data da geração;

A tabela 18 a seguir, apresenta os dados coletados do gerador GE004.


79

Tabela 18. GERADOR GE004


Data da geração Data da Leitura Leitura anterior Total Kwh
de Energia Leitura atual (Kwh) (Kwh) gerado
08/3/16 9/3/16 236014 235596 418
9/3/16 10/3/16 236451 236014 437
10/3/16 11/3/16 236780 236451 329
11/3/16 14/3/16 237286 236780 506
14/3/16 15/3/16 237656 237286 370
15/3/16 16/3/16 238027 237656 371
16/3/16 17/3/16 238582 238027 555
17/3/16 18/3/16 238910 238582 328
18/3/16 21/3/16 239350 238910 440
21/3/16 22/3/16 239710 239350 360
22/3/16 23/3/16 240079 239710 369
23/3/16 24/3/16 240438 240079 359
24/3/16 28/3/16 240998 240438 550
28/3/16 29/3/16 241606 240998 618
29/3/16 30/3/16 242046 241606 440
30/3/16 31/3/16 242440 242046 394
31/3/16 1/4/16 242889 242440 449
1/4/16 4/4/16 243308 242889 419
4/4/16 5/4/16 243905 243308 597
5/4/16 6/4/16 244243 243905 338
6/4/16 7/4/16 244243 244243 000
7/4/16 8/4/16 244633 244243 390
8/4/16 11/4/16 245202 244633 569
11/4/16 12/4/16 245573 245202 371
12/4/16 13/4/16 245964 245573 391
13/4/16 14/4/16 246490 245964 526
14/4/16 15/4/16 247050 246490 560
15/4/16 18/4/16 247515 247050 465
18/4/16 19/4/16 248125 247515 610
19/4/16 20/4/16 248592 248125 467
20/4/16 25/4/16 249061 248592 469
25/4/16 26/4/16 249510 249061 449
26/4/16 27/4/16 250188 249510 678
27/4/16 28/4/16 250558 250188 370
28/4/16 29/4/16 250934 250558 376
29/04/16 02/5/16 251221 250934 287
02/5/16 03/5/16 251510 251221 289
03/5/16 04/5/16 251955 251510 445
04/5/16 05/5/16 252569 251955 614
05/5/16 06/5/16 253193 252569 624

Fonte: Autor (2016)


80

Junto com os dados coletados foi possível verificar a variação de KW gerados, pois cada
dia há uma alteração devido às máquinas trabalharem conforme a produção do período. As
informações da planilha são úteis para a real avaliação de geração de energia e as despesas
necessárias para o funcionamento dos grupos geradores.
A Tabela 19 apresentada abaixo demonstra um controle de combustível adotado, para
obter os dados referentes a avaliação de consumo das máquinas geradoras. Pode-se observar que
as informações demonstradas apresentam uma aleatoriedade quanto as datas de leitura, isto
porque os grupos geradores não são abastecidos todos os dias, seu abastecimento é individual e
automático.

Data - Representa o dia que foi coletado as informações;


GE001 - Grupo gerador 001;
GE004 - Grupo gerador 004;
Relógio anterior - Representa a leitura anterior da leitura atual, informação do relógio instalado
para controle de combustível;
Relógio atual - Representa a leitura atual na data;
Relógio total - Resultado da subtração do relógio atual menos o relógio anterior;
Contador anterior – Representa a leitura anterior do contador, informação do relógio instalado
para controle de combustível, utilizado para prova real do resultado do relógio total;
Contador atual – Representa a leitura atual do contador;
Contador total – Resultado da subtração do contador atual menos o contador anterior;
81

Tabela 19 - Combustível controle

Data GE001 GE004 Relógio Relógio Relógio Contador Contador Contador


anterior atual Total anterior atual Total
22/3/16 91% 75% 0 0 0 - - -
23/3/16 78% 63% 0 178 178 L - - -
24/3/16 78% 52% 178 386 208 L 286857 287065 208
29/3/16 47% 75% 386 1022 636 L 287065 287701 636
30/3/16 39% 64% 1022 1231 209 L 287701 287910 209
01/4/16 39% 74% 1231 1799 568 L 287910 288478 568
06/4/16 76% 73% 1799 2677 878 L 288478 289356 878
11/4/16 53% 63% 2677 3170 493 L 289356 289849 493
12/4/16 63% 73% 3170 3435 265 L 289849 290114 265
13/4/16 63% 73% 3435 3661 226 L 290114 290340 226
15/4/16 38% 64% 3661 4205 544 L 290340 290884 544
18/4/16 75% 72% 4205 4614 409 L 290884 291293 409
19/4/16 61% 72% 4614 4894 280 L 291293 291573 280
20/4/16 51% 59% 4894 5150 256 L 291573 291829 256
25/4/16 47% 63% 5150 5402 252L 291829 292081 252
29/4/16 93% 64% 5402 6579 1177L 292081 293258 1177
02/5/16 93% 64% 6579 6752 173L 293258 293431 1173
04/5/16 92% 64% 6752 7241 489L 293431 293920 489
06/5/16 48% 63% 7241 7817 576L 293920 294496 576
Fonte: Autor (2016)

5.5 Custos e despesas

O combustível utilizado para as máquinas geradoras de energia é o óleo diesel S500


aditivado recomendado pelo fabricante das máquinas. A empresa realiza a compra de um
fornecedor de combustível da cidade de Cruz Alta-RS, que realiza a entrega através do
82

abastecimento direto dos reservatórios instalados na planta, sendo os pedidos de compra em torno
de 5000 ou 6000 litros de diesel.
Atualmente é pago por litro de óleo diesel aditivado R$2,59, isto a partir do mês de
outubro de 2015, pois antes o preço era de R$2,49 por litro. Como são dois reservatórios de 5000
litros cada, geralmente quando o fornecedor vem realizar a entrega o combustível é divido entre
os dois reservatórios. Um reservatório abastece os dois grupos geradores citados no estudo e o
outro reservatório atende 3 máquinas geradoras de energia e mais o consumo de máquinas de
transporte interno da empresa, tais como, empilhadeiras, camionetes e tratores.
A preventiva dos motores dos geradores é executada por empresa terceirizada, autorizada
pelo fabricante do motor a combustão, a qual fornece as peças necessárias e a mão de obra do
serviço prestado. De acordo com a periodicidade, a empresa contratada executa os serviços nos
motores dos geradores. Abaixo nas Tabelas 20 e 21 são apresentados os itens necessários para
cada determinado período de funcionamento do equipamento e suas respectivas quantidades e
valores. Os valores estão atualizados a partir da data do mês de março 2016, no qual foi solicitado
um orçamento para atualização.
Nas Tabelas 20, 21, 22 e 23 é possível avaliar os custos com as manutenções preventivas
para as máquinas, os quais serão utilizados para os próximos cálculos do estudo. A manutenção
dos painéis e do grupo gerador de energia são realizados pelo pessoal de manutenção interna da
empresa, estas são realizadas uma vez por ano, necessitam de limpeza do painel, reapertos dos
conectores, verificação da bateria, reaperto de fixação de componentes, pois qualquer falha
apresentada em algum componente o display do painel indica uma falha a ser reparada.

Tabela 20. Manutenção preventiva de 250h


Código Descrição Quantidade Valor
2277576 Kit de filtros 1un R$ 381,95
1931040 Filtro ar do motor 1un R$ 369,09
(45)2325659 Balde Oleo mineral 2un R$ 553,82
(12)8634 Pano limpeza 6kg R$ 6,30
Mão de obra - 250h (prev.) R$ 400,00
R$ 1.711,16
Fonte: Autor (2016)
83

Tabela 21. Manutenção preventiva de 750h


Código Descrição Quantidade Valor
2277576 Kit de filtros 1un R$ 381,95
1931040 Filtro ar do motor 1un R$ 369,09
(45)2325659 Balde Oleo mineral 2un R$ 553,82
(12)8634 Pano limpeza 10kg R$ 10,50
Mão de obra - 750h (prev.) R$ 400,00
Mão de obra – ajuste válvula R$ 350,00
R$ 2.065,36
Fonte: Autor (2016)

Tabela 22. Custos de deslocamento


Código Descrição Quantidade Valor
Deslocamento 90 km R$ 320,40
Viagem 1un R$ 480,00
R$ 800,40

Fonte: Autor (2016)

Tabela 23. Custo de manutenção interno


Quantidade Descrição Quantidade de Valor Hora Valor total
horas necessárias (Empresa)
1 Técnico Eletricista 3 horas R$35,00 R$105,00
Fonte: Autor (2016)

5.6 Cálculos

Cálculo do custo KW cobrado


O valor do quilowatt no momento tem o custo de R$ 0,2947927 no período fora de ponta
e no período de ponta é de R$1,4278273. A diferença do custo da ponta é de aproximadamente
4,84 vezes a mais do que o período normal fora de ponta. Por isto empresas e comércios
procuram outra fonte de energia alternativa para o uso nestes períodos mais caros. Está
apresentado na figura 34 do subcapitulo 5.3 os custos do quilowatt.
84

Cálculo de horas trabalhadas mensais


O tempo de funcionamento das máquinas geradoras de energia são de acordo com a
programação estipulada pelo controlador ST 2190 Stemac, e alguma eventualidade de falta de
energia. Cada grupo tem um controlador com um somatório das horas de funcionamento da
máquina, mesmo que não tenha gerado energia para a empresa, o que equivale é o tempo de
funcionamento do motor.
Para os cálculos do estudo foi utilizado como base que as máquinas funcionam 5 dias
úteis da semana, sendo 3horas e 20 minutos por dia, e 21 dias úteis para cada mês.
Então, aproximadamente a cada 110 dias, ou 3 meses e 20 dias, deve ser realizada a
manutenção preventiva de 250 horas de cada máquina.
A manutenção preventiva de 750 horas é prevista para aproximadamente a cada 320 dias,
ou 11 meses.

Cálculos de viabilidade Manutenção X hora trabalhada gerador


Estes cálculos apresentado a seguir tem a finalidade em obter o real custo de manutenção
por hora que o gerador necessita para se manter.
Para a verificação de viabilidade é analisado os cálculos com os custos gastos com
manutenção versos as horas trabalhadas com a máquina, pois este custo deve ser anexado junto
ao consumo de combustível da máquina, ou seja, valores gastos com manutenção divididos por
horas trabalhada da máquina.

Custo de manutenção = R$ 10,65 por hora para cada máquina

Cálculos de consumo óleo diesel x hora trabalhada


Neste são apresentado os cálculos de consumo de óleo diesel, a partir das medições dos
respectivos consumidores, versos o valor pago por litro de combustível.
85

 Amostra 1:
Conforme dados retirados das tabelas 17,18 e 19 resultou em um consumo de 2.974 L de óleo
diesel para geração de 10029 kW/h. A tabela 24 apresenta os dados utilizados para o cálculo da
amostra 1.

Tabela 24. Cálculo consumo de combustível 1


GE001 GE004 Relógio Contador
Dia 30/03 39% 64% 1231 287910
Dia 15/04 38% 64% 4205 290884
Fonte: Autor (2016)

Cálculo Relógio: 4205 – 1231 = 2.974L


Cálculo Contador: 290884 – 287910 = 2.974L

A tabela 25 apresenta os kW gerados para a amostra 1.

Tabela 25. Cálculo de energia gerada 1


GE001 GE004
Dia 30/03 617167 242046
Dia 15/04 622192 247050
Total 5025kw 5004kw
Fonte: Autor (2016)
GE001= 5025 kWh
GE004= 5004 kWh
5025+5004=10029kWh

Para os 10.029 kWh se for utilizar o gerador é R$ 8.419,76, e pela permissionária


R$14.241,18. Para a amostra 1 verifica-se uma economia para a empresa de R$ 5.821,42, ou seja
a utilização do gerador beneficia em 40,87% comparando com o custo se fosse utilizado da rede
da Coprel.
86

 Amostra 2:
Conforme dados retirados das tabelas 17,18 e 19 resultou em um consumo de 226L de óleo
diesel para geração de 784kWh. A tabela 26 apresenta os dados utilizados para o cálculo da
amostra 2.

Tabela 26. Cálculo consumo de combustível 2


GE001 GE004 Relógio Contador
Dia 12/04 63% 73% 3435 290114
Dia 13/04 63% 73% 3661 290340
Fonte: Autor (2016)

Cálculo Relógio = 226 L


Cálculo Contador = 226L

A tabela 27 apresenta os kW gerados para a amostra 2.

Tabela 27. Cálculo de energia gerada 2


GE001 GE004
Dia 12/04 620706 245573
Dia 13/04 621099 245964
Total 393kw 391kw
Fonte: Autor (2016)

393+391=784kWh

Para os 784kwh se for utilizar o gerador é R$ 656,34, e pela permissionária R$1.113,28.


Nesta amostra 2 verificou-se uma economia para a empresa de R$ 456,94, ou seja a utilização do
gerador beneficia em 41,04% comparando com o custo se fosse utilizado da rede da Coprel.
87

 Amostra 3 :
Conforme dados retirados das tabelas 17,18 e 19 resultou em um consumo de 173L de óleo
diesel para geração de 576kWh. A tabela 28 apresenta os dados utilizados para o cálculo da
amostra 3.

Tabela 28. Cálculo consumo de combustível 3


GE001 GE004 Relógio Contador
Dia 29/04 93% 64% 6579 293258
Dia 02/05 93% 64% 6752 293431
Fonte: Autor (2016)

Cálculo Relógio = 173 L


Cálculo Contador = 173L

A tabela 29 apresenta os kW gerados para a amostra 3.

Tabela 29. Cálculo de energia gerada 3


GE001 GE004
Dia 29/04 626098 250934
Dia 02/05 626387 251221
Total 289kw 287kw
Fonte: Autor (2016)

289+287=576Kwh

Para os 576kWh se utilizar o gerador é R$ 519,07, e pela permissionária R$ 817,92. Com esta
amostra 3 verifica-se uma economia para a empresa de R$ 298,85, utilizando o gerador, o
equivalente a 36,53% de beneficio em comparação com o custo pela concessionária.
88

 Amostra 4:
Conforme dados retirados das tabelas 17,18 e 19 resultou em um consumo de 2.415 L de óleo
diesel para geração de 8286kWh. A tabela 30 apresenta os dados utilizados para o cálculo da
amostra 4.

Tabela 30. Cálculo consumo de combustível 4


GE001 GE004 Relógio Contador
Dia 25/04 47% 63% 5402 292081
Dia 06/05 48% 63% 7817 294496
Fonte: Autor (2016)

Cálculo Relógio= 2415L


Cálculo Contador= 2415L

A tabela 31 apresenta os kW gerados para a amostra 4

Tabela 31. Cálculo de energia gerada 4


GE001 GE004
Dia 25/04 624215 249061
Dia 02/05 628369 253193
Total 4154kw 4132kw
Fonte: Autor (2016)

4154+4132=8.286kWh

Portanto para os 8.286kWh se utilizar o gerador é R$ 6.893,85 e pela permissionária


R$11.766,12. Verifica-se uma economia para a empresa de R$ 4.872,27, utilizando o gerador, o
equivalente a 41,40% de beneficio em comparação com o custo pela permissionária.
89

Exemplo 1:
Dados adotados para exemplificar situação de inviabilidade do uso dos grupos geradores
no horário de ponta. Sabendo que o consumo de óleo diesel para um grupo gerador funcionando
sem demanda de carga, consome 13 litros horas. Então com os 2 geradores em funcionamento no
horário de ponta estimado de 3 horas e 20 minutos, irá consumir 104 litros de óleo diesel, se o
consumo de energia total for menor que 235 kW, a utilização das fontes geradoras fica inviável,
pois os custos de óleo diesel mais o custo hora de manutenção do gerador seria um total de R$
340,36. Já o custo utilizando a energia da concessionária no horário de ponta para o consumo de
235 kW, ficaria um total de R$ 333,70.

Das amostras calculadas acima pode-se verificar que os resultados de viabilidade para as
situações apresentadas se torna viável o uso de geradores no horário de ponta, pois os resultados
variaram de 36,53% a 41,40% mais viável em relação a tarifa cobrada pela concessionária. Mas
o exemplo 1 apresenta um alerta para o monitoramente da utilização da fonte alternativa, pois o
consumo de energia apresentado é muito instável, e se apresentar a mesma situação do exemplo
não fica viável a utilização dos geradores.

5.7 Retorno de Investimento

Investimentos de máquinas e equipamentos devem ser avaliados, em quanto tempo se


retornara o investimento aplicado. Com base ao Sebrae é aplicado o PRI (prazo de retorno de
investimento), utiliza a seguinte equação: PRI = Investimento / Lucro líquido, então segue os
dados de investimentos e lucro.

Gerador Stemac 500 kVa --- R$ 157.000,00 x 2 = R$ 314.000,00


Painel de transferência p/ 1200A ---- R$ 32.000,00
Sala de Geradores Construção Civil ---- R$ 56.000,00
Instalação elétrica da sala e geradores ---R$ 22.000,00
Total = R$ 424.000,00
90

Com base na amostra 2 que o consumo de kW de um dia foi de 784 kW, considera-se 21
um dias úteis no mês, gerando um total de 16.464kW/mês, se o uso do gerador é 41,04% mais
viável conforme a amostra, é possível verificar em quanto tempo pode ser paga os grupos
geradores.

16.464 kW x R$1,42 = R$ 23.378,88/mês menos 41,04% = R$ 9.594,69


R$ 424.000,00 / R$ 9.594,69 = aproximadamente 44,2 meses.

3 anos 8 meses
para pagar o investimento.
91

6 CONCLUSÃO

Após a realização deste estudo percebe-se que o uso de geradores a combustão na


empresa é viável. Conforme apresentado o capítulo 5, é possível verificar e avaliar as despesas
para manter a máquina e custos com a energia da permissionária. O estudo demonstrou um
resultado de aproximadamente de 36% a 41% mais viável para a utilização de gerador a
combustão diesel no horário de ponta, comparando com o custo cobrado pela permissionária de
energia. Alguns fabricantes de geradores apresentam em seus catálogos de venda que o uso do
mesmo é de aproximadamente 35 % de viabilidade, então os resultados ficam próximos do que é
apresentado.
Entretanto, deve-se ter atenção para as classificações e tarifações vigentes no período em
que vai ser utilizado o gerador, pois pode haver alterações diante dos fornecedores de energia.
Avaliar e conhecer o consumo de energia mínimo que a planta apresenta no horário de ponta,
quais são os reais custos hora do gerador e conhecer o valor da tarifa cobrada pela concessionária
no período de ponta, avaliando a viabilidade.
Com relação aos custos de manutenção e combustível das máquinas devem ser avaliados
em determinados intervalos de tempo, pois sofrem ajustes de inflações nos preços, o que pode
acabar comprometendo o percentual de viabilidade de utilização dos grupos geradores.
É interessante conhecer e entender todo o conjunto e sistema que compõem o grupo
gerador e a utilização do mesmo de forma correta, não comprometendo a máquina ou o sistema
elétrico de uma empresa. Tanto as grandes como as pequenas empresas buscam otimização e
viabilidade quando a questão é gastos com energia elétrica, então deve-se utilizar de forma
correta.
Componentes que fazem parte do grupo gerador, citados no capítulo 4, tem sua
importância para a precisão do funcionamento do mesmo. Que para manter o bom estado de
conservação e garantia de confiabilidade da máquina é necessária manutenção periódica.
Com base neste trabalho acadêmico, de acompanhamento teórico e prático, melhorias
podem ser executadas no qual os grupos geradores fazem seu próprio controle de demanda de
carga, avaliando se é necessário utilizar uma máquina apenas em determinados períodos, ou é
92

necessária às duas máquinas funcionando. É um trabalho que pode ser realizado e avaliado, pois
requer um investimento e como já mencionado todo investimento necessita de um tempo para
receber o retorno do que foi aplicado.
Para controle de demanda também é possível projetar um sistema de controle a distância
para grupos geradores, no qual uma ou mais pessoas recebem as informações dos grupos
geradores em funcionamento, através de um smartphone podendo realizar o controle,
comandando as máquinas conforme a demanda de carga das máquinas.
93

REFERÊNCIAS

[1] FOLHA DE S. PAULO, (2016) “Brasil busca tecnologia para fontes de energia
alternativas” http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1640371-pais-busca-tecnologia-
para-fontes-de-energia-alternativas.shtml, Acesso em 25.Mai.2016
[2] FONTE DO SABER, (2012) “Fontes de Energia Alternativas – Solar, Eólica, Hidráulica e
Vegetal” http://www.fontedosaber.com/geografia/fontes-de-energia-alternativas.html, Acesso em
25.Mai.2016.
[3] BRASIL, Ministério de Minas e Energia, (2004) “Balanço Nacional Energético - 2015”,
https://ben.epe.gov.br/default.aspx?anoColeta=2015, Acesso em 05.Jun.2016
[4] G1, (2015) “Empresas da região alteram a rotina para evitar gastos com energia
elétrica”, http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/04/empresas-da-regiao-alteram-
rotina-para-evitar-gastos-com-energia-eletrica.html, Acesso em 05.Jun.2016 .
[5] GENERATION, Power Cummins, (2011) “Cases”,
http://www.cumminspower.com.br/cases.asp, Acesso em 05.Jun.2016.
[6] PROCEL, (2011) “Manual de Tarifação de energia elétrica”,
http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Manual%20de%20Tarif%20En%20El%20-
%20Procel_EPP%20-%20Agosto-2011.pdf, Acesso em 20.Mai.2016.
[7] COPEL, (2013) “Fator de potência: como transformá-lo em um fator de economia”,
http://www.copel.com/hpcopel/root/sitearquivos2.nsf/arquivos/fator_de_potencia/$FILE/fator_po
tencia.pdf, Acesso em 20.Mai.2016.
[8] CAGNON, José Angelo, (2007) “Fator de Potência”,
http://www4.feb.unesp.br/dee/docentes/cagnon/ENERGIA/FATOR%20DE%20POTENCIA.pdf,
Acesso em 18.Mai.2016.
[9] BRASIL, Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, (2010) “Resolução Normativa nº
414”, http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2010414.pdf, Acesso em 16.Mai.2016.
[10] BRASIL, Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, (2012) “Resolução Normativa
nº 479”, http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2012479.pdf, Acesso em 16.Mai.2016.
[11] CARVALHO, Thiago Perilli, (2012) “Um estudo de caso sobre tarifação de energia
elétrica visando sua utilização racional no centro de tecnologia da UFRJ”,
http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10005191.pdf, Acesso em 25.Mai.2016.
94

[12] BASTOS, Leopoldo Pacheco, (2007) “Controle de ruído em instalações de grupos


geradores: um estudo de caso”,http://www.gva.ufpa.br/tcc/TCC_Leopoldo.pdf, Acesso em
16.Mai.2016.
[13] STEMAC, (2014) “Segmentos e Aplicações”,
http://www.stemac.com.br/pt/aplicacoes/Pages/Industrias.aspx, Acesso em 15.Mai.2016.
[14] GENERATION POWER, (2011) “Engenharia de Aplicações”,
http://www.cumminspower.com.br/pdf/engenharia/T030Portugu%C3%AAs.pdf, Acesso em
16.Mai.2016.
[15] BlogER, (2012) “O cérebro dos geradores: conheça os controladores inteligentes”,
http://www.bloger.ind.br/post/54/o_cerebro_dos_geradores_conheca_os_controladores_inteligent
es.php#.VzZ_KYQrJdg, Acesso em 15.Mai.2016.
[16] STEMAC, (2013) “Manual de operação controlador”, Porto Alegre, RS.
[17] WEG, (2008) “DT-5 Características e especificações de geradores”,
http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/WEG-curso-dt-5-caracteristicas-e-especificacoes-de-
geradores-artigo-tecnico-portugues-br.pdf, Acesso em 10.Mai.2016.
[18] WEG, (2008) “Manual de Instruções-Regulador automática de tensão”, Jaraguá do Sul,
SC.
[19] SCANIA, (2001) “Manual do operador DC12”, São Paulo, SP.
[20] STEMAC, (2010) “Descritivo de instalação, operação e manutenção”, Porto Alegre, RS.
[21] STEMAC, (2013) “Grupo Gerador Diesel”,
http://www.stemac.com.br/pt/produtos/Documents/Lamina%20Comercial%20-
%20Diesel%2060Hz-pt%20-%20SCANIA.pdf, Acesso em 10.Mai.2016.
[22] SAUR, (2016) “Política Institucional”, http://www.saur.com.br/pt/institucional/histórico,
Acesso em 15.Abr.2016.
95

ANEXOS

ANEXO I - Máquinas da empresa


ANEXO II - Diagrama Unifilar da Subestação SE001
96

ANEXO I - Máquinas da empresa


Nome da Potência Potência em
Setor Qnt.
Máquina Total (kW) Uso (kW)
Usinagem 2 Centro de usinagem Mazak 92 60,53
Usinagem 1 Centro de usinagem Wotan 75 49,53
Usinagem 1 Integrex Mazak 35 23,46
Usinagem 3 Fresas CNCs Mazak 81,63 54,07
Usinagem 6 Torno CNCs Mazak/Romi 147,1 96,77
Usinagem 5 Tornos convencionais 55,84 16,51
Usinagem 2 Fresa Convencional 51,4 33,82
Usinagem 2 Furadeira Convencional 8,19 5,38
Usinagem 1 Ponte Rolante/Talha 29,75 24,36
Usinagem 1 Fresa de Rolamento 7,35 4,83
Compressores F1 4 Compressor de ar 221,26 101,1
Compressores F1 1 Secador de ar 39 17,82
Compressor F2 1 Compressor de ar 155,3 124,24
Corte 3 Serra convencional 7,55 4,34
Corte 1 Serra CNC 10,34 4,73
Corte 2 Ponte Rolante 10,28 4,47
Robô de Solda 4 Robô de Solda 190 124,82
Robô de Solda 4 Ponte Rolante/Talha 9,54 6,27
Solda/MT2/SPS/MT4 6 Aparelho de Solda 1824 1383,96
Solda/MT2/SPS/MT4 4 Ponte Rolante/Talha 117,56 70,44
Solda MT2 1 Forno de Alivio 215 167,56
Ferramentaria 2 Forno de Alivio 23,8 12,87
Ferramentaria 3 Ap. Solda 72 38,94
Ferramentaria 1 Fresadora Convencional 3,67 1,67
Ferramentaria 1 Furadeira de coluna 1,47 0,67
Ferramentaria 1 Torno Convencional 14.7 6.73
Ferramentaria 1 Ponte Rolante 3,67 1,67
97

Oxicorte/Plasma 2 Plasma 120 96


Oxicorte/Plasma 2 Oxicorte 4,2 3,36
Oxicorte/Plasma 1 Lixadeira Costa 52 36,4
Oxicorte/Plasma 1 Desempenadeira 55,12 38,58
Oxicorte/Plasma 1 Calandra 7,35 5,14
Oxicorte/Plasma 5 Ponte Rolante 55,12 25,19
Guilhotina/Dobra 2 Guilhotina 70,5 37,34
Guilhotina/Dobra 3 Dobradeira 64 29,24
Guilhotina/Dobra 3 Ponte Rolante 22,05 14,49
Pintura 3 1 Jato Granalha 225 185
Pintura 3 1 Esteira transportadora 44,1 20,15
Pintura 3 4 Cabine Pintura 29,44 22,76
Pintura 3 1 Cabine de Banho 47 37,63
Pintura 2 1 Jato de Granalha 44 36,45
Pintura 2 12 Cabine de Pintura 66,2 48,67
Pintura 1 1 Jato de Granalha 20,6 17,43
Pintura 1 1 Cabine de Pintura 22,08 14,58
Unidade hidráulica 1 Unid. de Teste 36,75 16,79
Unidade hidráulica 1 Ponte Rolante 3,67 1,67
Fonte: Autor (2016)
98

ANEXO II - Diagrama Unifilar da Subestação SE001

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