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ENGENHARIA MECÂNICA
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
FORJAMENTO EM
MATRIZ ABERTA
Introdução pág. 02
Histórico pág. 03
Classificação do processo pág.04
Forjamento em matriz aberta pág. 05
Detalhes do Processo pág. 07
Trabalho a frio pág. 08
Trabalho a morno pág. 09
Trabalho a quente pág. 10
Processos de recuperação e recristalização pág. 12
Fibramento mecânico pág. 13
Operações unitárias pág. 14
Ferramental pág. 15
Matriz pág. 15
Maquinário pág. 16
Material pág. 21
Tratamentos posteriores pág. 21
Comparações com outros processos pág. 22
Custo pág. 24
Bibliografia pág. 25
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INTRODUÇÃO
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HISTÓRICO
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Durante a Revolução Industrial no final do século 18, os processos foram
desenvolvidos para processar o ferro e aço em grandes quantidades para atender a
procura de produtos metálicos. Surgiu a necessidade de equipamentos para forjar com
maior capacidade. Esta necessidade foi respondida com a invenção do martelo a
vapor de alta velocidade, em que o martelo é levantado pelo poder do vapor, e as
prensas hidráulicas, em que a força é fornecida pela pressão hidráulica. A partir de
tais equipamentos surgiram produtos que variam desde armas de fogo até peças para
locomotiva. Da mesma forma, o motor a vapor impulsionou a evolução do material, e
no século 19, uma variedade de produtos de aço forjado, laminado, conformado foi
produzido em grandes quantidades.
Nos últimos 100 anos, assistimos ao desenvolvimento de novos tipos de metais
e equipamentos, novos materiais, com propriedades e aplicações especiais. Os novos
tipos de equipamentos têm incluído prensas mecânicas e de parafuso. Os materiais
que são beneficiados de tais desenvolvimentos em equipamentos vão desde o aço de
baixo teor de carbono, do aço usado em automóveis e aparelhos de ligas de alumínio,
de titânio e ligas de níquel. Nos últimos 20 anos, a formulação de sofisticadas
análises matemáticas de processos fabris levou a alta qualidade dos produtos e uma
maior eficiência na indústria metalúrgica.
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO
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No forjamento em matriz aberta, por sua vez, o tarugo é conformado entre duas
matrizes de formato simples, o trabalho é praticamente artesanal. O operário molda a
peça na prensa ou martelete.
Forja Pesada:
Trata-se de prensas de enormes proporções, que exigem elevado número de
operadores, além de uma mão de obra especializada, motivos pelos quais são
apropriadas apenas para produção de peças de grandes dimensões para uso bastante
específico. A força das prensas utilizadas em forja pesada varia entre 3000 e 15000
toneladas. Uma prensa de 6000 toneladas pode estirar lingotes com cerca de 2,5 m de
diâmetro e 120 toneladas. Comumente usada no forjamento em matriz aberta.
Forja Média:
As ferramentas da forja média são as prensas de forjamento de 1000 a 1500
toneladas. Difere das forjas pesadas por suas dimensões reduzidas e maior rapidez de
trabalho. Podem dar de 30 a 150 golpes por minuto conforme sua capacidade.
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-A peça é muito grande para ser produzidos em sistemas de matriz fechada;
-As propriedades mecânicas exigidas do metal só podem ser desenvolvidas
pelo forjamento em matriz aberta, não podendo ser obtidos por outros processos de
conformação;
-A quantidade necessária é pequena demais para justificar o custo de uma
matriz;
-A data de entrega é muito curta para permitir a fabricação de matrizes para o
forjamento em matriz fechada.
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Na figura
TQ (trabalho a quente): aquele que é executado em temperaturas acima de 0,5Tf;
TM (trabalho a morno): executado na faixa compreendida entre 0,3 e 0,5 Tf
TF (trabalho a frio): aquele que é executado entre 0 e 0,3 Tf.
TRABALHO A FRIO
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A figura mostra que o limite de escoamento, eixo Y, cresce mais rapidamente e
se aproxima do limite de resistência, Sr, enquanto que a ductilidade (expressa aqui
como ef) cai de modo bastante brusco após uma limitada quantidade de trabalho a
frio. A microestrutura também muda, com os grãos se alongando na direção de maior
deformação, podendo o material como um todo desenvolver propriedades direcionais
(anisotropia).
TRABALHO A MORNO
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tarugos para a conformação, por sua vez, podem requerer decapagem para remoção
de carepa e utilização de lubrificantes durante o processo.
Em relação ao trabalho a frio o processo a morno apresenta redução dos
esforços de deformação, o que permite a conformação mais fácil de peças com
formas complexas, principalmente em materiais com alta resistência. A conformação
a morno melhora ainda a ductilidade do material e elimina a necessidade de
recozimentos intermediários que consomem muita energia e tempo.
TRABALHO A QUENTE
VANTAGENS:
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-menor energia requerida para deformar o metal, já que a tensão de escoamento
decresce com o aumento da temperatura;
DESVANTAGENS:
Alterações na resistência, ductilidade e microestrutura durante (a) trabalho a frio, (b) recuperação e
(c) recristalização.
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FIBRAMENTO MECÂNICO
OPERAÇÕES UNITÁRIAS
São operações relativamente simples de conformação por forjamento,
empregando matrizes abertas ou ferramentas especiais, podendo ter as finalidades de:
- produzir peças acabadas de feitio simples
- redistribuir a massa de uma peça bruta para facilitar a obtenção de uma peça de
geometria complexa por posterior forjamento em matriz fechada.
Elas podem ser:
-Recalque ou recalcamento:
Compressão direta do material entre um par de ferramentas de face plana ou
côncava, visando primariamente reduzir a altura da peça e aumentar a sua secção
transversal.
-Estiramento:
Visa aumentar o comprimento de uma peça à custa da sua espessura.
-Encalcamento:
Variedade de estiramento em que se reduz a secção de uma porção intermediária da
peça, por meio de uma ferramenta ou impressão adequada.
-Rolamento:
Operação de distribuição de massa ao longo do comprimento da peça, mantendo-se a
secção transversal redonda enquanto a peça é girada em torno do seu próprio eixo.
-Caldeamento:
Visa produzir a soldagem de duas superfícies metálicas limpas, postas em contato,
aquecidas e submetidas a compressão. Como por exemplo, a confecção de elos de
corrente.
-Alargamento
Aumenta a largura de uma peça reduzindo sua espessura.
-Furação
Abertura de um furo em uma peça, geralmente por meio de um punção de formato
apropriado.
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-Extrusão:
O material é forçado a passar através de um orifício de secção transversal menor que
a da peça.
-Laminação de forja:
Reduz e modifica a secção transversal de uma barra passando-a entre dois rolos que
giram em sentidos opostos, tendo cada rolo um ou mais sulcos de perfil adequado,
que se combina com o sulco correspondente do outro rolo.
-Cunhagem:
Geralmente realizada a frio, empregando matriz fechada ou aberta, visa produzir uma
impressão bem definida na superfície de uma peça, sendo usada para fabricar
moedas, medalhas talheres e outras peças pequenas, bem como para gravar detalhes
de diversos tipos em peças maiores.
-Fendilhamento:
Consiste em separar o material, geralmente aquecido, por meio de um mandril de
furação provido de gume; depois que a ferramenta foi introduzida até a metade da
peça, esta é virada para ser fendilhada do lado oposto.
-Expansão:
Visa alargar uma fenda ou furo, fazendo passar através do mesmo uma ferramenta de
maiores dimensões ; geralmente se segue ao fendilhamento. Como etapas de
forjamento podem ser ainda executadas operações de corte, dobramento, curvamento,
torção, entalhamento, etc.
FERRAMENTAL
Matriz
Matrizes planas
As superfícies planas das matrizes devem ser paralelas para evitar afilando da
peça. A matriz plana pode variar de 305 a 510 mm de largura, embora a maioria seja
de 405 a 455 mm de largura. As arestas da matriz plana são arredondadas para evitar
beliscar ou rasgar a peça e a formação de quinas durante o forjamento. Matrizes
planas são utilizadas para formar barras, peças forjadas planas e redondas.
Matrizes impressas
Matrizes impressas são basicamente matrizes planas com um corte em forma
semicírculo em seu centro. O raio do semicírculo corresponde ao eixo de diâmetro
menor que pode ser produzida. Matrizes impressas oferecem as seguintes vantagens
em relação matriz plana na criação de barras redondas:
Matrizes em “V”
Matrizes em “V” podem ser usadas para produzir peças redondas, podendo ser
usadas para forjar cilindros ocos. Um mandril é utilizado com matrizes em “V” para
formar o interior do cilindro. O melhor ângulo para o entalhe é normalmente entre
90º e 120º.
Maquinário
Prensas de fuso:
São constituídas de um par porca/parafuso, com a rotação do fuso, a massa
superior se desloca, podendo estar fixada no próprio fuso ou então fixada à porca que
neste caso deve ser móvel, dando origem a dois sub-tipos de prensas; as de fuso
móvel; e as de porca móvel Ligado ao fuso há um disco de grande dimensão que
funciona como disco de inércia, acumulando energia que é dissipada na descida. O
acionamento das prensas de fuso podem ser de três tipos.
Discos de fricção;
Acoplamento direto de motor elétrico;
Acionado por engrenagens.
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prensa de fuso
Prensa mecânica:
Depois do martelo de forja, a prensa mecânica é o equipamento mais
comumente utilizado. Pode ser constituído de um par biela/manivela, para
transformar um movimento de rotação, em um movimento linear recíproco da massa
superior da prensa. Para melhorar a rigidez deste tipo de prensa algumas variações do
modelo biela/manivela foram propostos assim nasceram as prensas excêntricas com
cunha e as prensas excêntricas com tesoura conforme mostra a figura Prensas
excêntricas com cunha e com tesoura que tem a finalidade de serem mais rígidas que
uma prensa excêntrica convencional. O curso do martelo neste tipo de prensa é menor
que nos martelos de forjamento e nas prensas hidráulicas. O máximo de carga é
obtido quando a massa superior está a aproximadamente 3mm acima da posição
neutra central. São encontradas prensas mecânicas de 300 a 12.000 toneladas. A
pancada de uma prensa é mais uma aplicação de carga crescente do que realmente um
impacto. Por isto as matrizes sofrem menos e podem ser menos maciças. Porem o
custo inicial de uma prensa mecânica é maior que de um martelo.
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prensa excêntrica
Prensa hidráulica:
As prensas hidráulicas são máquinas limitadas na carga, na qual a prensa
hidráulica move um pistão num cilindro. A principal característica é que a carga total
de pressão é transmitida em qualquer ponto do curso do pistão. Essa característica faz
com que as prensas hidráulicas sejam particularmente adequadas para operações de
forja do tipo de extrusão. A velocidade do pistão pode ser controlada e mesmo
variada durante o seu curso. A prensa hidráulica é uma máquina de velocidade baixa,
o que resulta em tempos longos de contato com a peça que pode levar a problemas
com a perda de calor da peça a ser trabalhada e com a deterioração da matriz. Por
outro lado. A prensagem lenta de uma prensa hidráulica resulta em forjamento de
pequenas tolerâncias dimensionais. As prensas hidráulicas são disponíveis numa
faixa de 500 a 18.000 toneladas, já tendo sido construídas, também, prensas
hidráulicas de 50.000 toneladas. O custo inicial de uma prensa hidráulica é maior do
que o de uma prensa mecânica da mesma capacidade. São disponíveis na literatura
técnica fatores para conversão entre a capacidade das prensas e dos martelos de forja.
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prensa hidráulica
Martelo de forja:
• a força de forjamento deve estar localizada no meio da matriz para evitar grandes
atritos entre as massas e as guias;
martelo de forja
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MATERIAL
TRATAMENTOS POSTERIORES
Acabamento
Tratamento térmico
Forjados são mais fortes. Os fundidos não podem obter os efeitos fortalecidos de
trabalhos a quente e frio. Forjado supera o fundido em propriedades de resistência
previsíveis - produzindo resistência superior que é assegurada, peça a peça.
Forjados tem grão orientado ao perfil para maior resistência. Barras usinadas e
chapas podem ser mais suscetíveis à fadiga e acentua corrosão porque o usinado corta
o formato do grão do material. Na maioria dos casos, o forjado gera uma estrutura de
grão orientada à forma de peça, resultando em maior resistência e ductilidade, bem
como resistência ao impacto e a fadiga.
Forjados são mais fortes. Propriedades mecânicas padronizadas Baixas (ex. Tensão
de resistência) são típicas de peças de Metalurgia do pó. O fibramento de uma peça
forjada assegura resistência nos pontos críticos de tensão.
Custo
Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Forjamento
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http://www.sindiforja.org.br/comparando.htm
http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico
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