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Índice
5. Considerações Finais 23
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Exportar para o Brasil – Formalidades e Considerações Gerais (Junho 2008)
Com a abertura da economia brasileira no início da década de 90, as importações passaram a fazer
parte da rotina do comércio externo deste país.
Cabe-lhe definir controlos quantitativos e fixar preços mínimos para alguns produtos (ex.: brinque-
dos, equipamentos electrónicos e têxteis - fio - tecido - confecção), assistindo-lhe, também, a facul-
dade de fixar as alíquotas, isto é, as taxas percentuais do Imposto de Importação.
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- Direitos antidumping;
- "Ex-tarifário" (excepções à TEC - Tarifa Exterior Comum do MERCOSUL) para máquinas sem
cobertura cambial;
- Aluguer;
- Admissões temporárias para demonstração, testes e produção;
- Máquinas usadas;
- Proibições temporárias de importação de determinados produtos;
- Operação de "drawback".
Efectua a cobrança dos impostos no momento do pedido de desembaraço e aplica multas caso a
mercadoria ou o preço estipulado não estejam de acordo com os preços padrão registados no siste-
ma.
- Não estar em débito com a Fazenda Nacional e Fazendas Estaduais (são exigidas certidões
negativas, apenas quando há benefício fiscal – redução do Imposto de Importação);
- Ser idóneo (não ter realizado acção monopolista, prejudicial aos interesses nacionais, aos
bons costumes e à ordem pública; não apresentar informações ou documentos falsos aos
órgãos fiscais, cambiais e de comércio exterior);
- Não ter sido punido por infracções aduaneiras, de natureza cambial, de comércio exterior, ou
outras.
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Formalidades na Importação
Como regra geral, as importações brasileiras estão sujeitas ao Licenciamento Automático. Ou seja,
para a importação de grande parte das mercadorias, não há necessidade de uma comunicação pré-
via ao Governo, sendo a sua licença obtida de forma automática após a chegada dos bens.
Nas situações em que seja necessário obter Licença de Importação (LI) em função de preços míni-
mos, o SISCOMEX informará se estes se desviarem do padrão de preços registados no sistema
(não são divulgados). Segundo as autoridades da alfândega, os preços seguem em média os preços
internacionais.
Quando necessário, é importante respeitar a solicitação da LI, pois se o embarque ocorrer antes da
sua obtenção, o importador estará sujeito a uma multa de 30% sobre o valor aduaneiro, com o valor
mínimo de R$ 500,00, quando do registo da Declaração de Importação.
A relação dos produtos sujeitos à LI pode ser alterada periodicamente, de acordo com a evolução
das economias brasileira e internacional. Dessa forma, antes de ser processada uma operação de
importação, é necessária a consulta prévia ao SISCOMEX.
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Documentos Acessórios
Principais Portos/Aeroportos
Pode haver diferenças na eficiência dos serviços prestados pela alfândega consoante o ponto de
desembarque, bem como variações nos custos dos portos ou aeroportos.
Antecipado
Cobrança
b) Cobrança à vista – Ocorre a remessa da mercadoria pelo exportador e, logo após, a entrega
de documentos a um banco, o qual ficará encarregue de os enviar ao importador, mediante
pagamento.
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Carta de Crédito
Este meio de pagamento é mundialmente utilizado nas operações internacionais. O importador deve
dirigir-se a um banco para que este emita uma carta de crédito, cujo beneficiário será o exportador.
Como regra, esse documento deve ser emitido de acordo com as exigências do vendedor (banco de
1ª linha, cláusula de irrevogabilidade no crédito, modalidade de venda, tipo de transporte, o valor e a
moeda, etc.).
A carta de crédito também poderá ser convencionada como "à vista" ou "a prazo". Nesta modalida-
de, quem efectua o pagamento passa a ser o banco nomeado no documento e não o importador.
Apenas como referência, os custos para a obtenção da carta de crédito junto de um banco brasilei-
ro, oscilam em torno de 1% do valor da carta, com um mínimo de US$ 300,00. Dependendo da ope-
ração, o valor é negociável.
Prazos de Pagamento
- Prazo até 360 dias: Não há necessidade de se constituir um ROF (Registro de Operações
Financeiras) junto ao BACEN e via SISCOMEX;
Obs.: Incidirá multa quando houver atraso no pagamento superior a 180 dias, a contar do mês sub-
sequente ao mês do vencimento da dívida.
Desembaraço da Mercadoria
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d) Canal cinza: O sistema interpreta que o preço da mercadoria está abaixo do parâmetro da
Receita Federal e calcula a diferença do valor do imposto que deveria ter sido pago. O impor-
tador pode simplesmente pagar essa diferença "concordando" com a decisão da alfândega,
ou constituir garantia desse valor, retirar a mercadoria e apresentar "a posteriori" a documen-
tação comprovativa, justificando o nível de preço praticado. Normalmente são requeridas lis-
tas de preços do exportador, junto a entidades reconhecidas no país de origem, como asso-
ciações do sector - no caso do fiscal ter dúvidas pode solicitar a presença de um engenheiro
especializado naquele item, que emitirá laudo concordando (ou não) com o importador.
O prazo médio de liberação das mercadorias, não se registando nenhum problema especial, é de
7/8 dias úteis após a chegada em transporte marítimo e de 5 dias úteis no caso do transporte aéreo.
Impostos e Taxas
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* D / ICMS (no caso do ICMS ser 18% - que é a taxa normal - Em vez de multiplicar por 18%, divide
por 0.82; No caso do ICMS ser 12% divide-se por 0.88) = Total dos impostos básicos a pagar (sem
contar com as restantes taxas aduaneiras e serviços de capatazia).
Obs.: O ICMS varia de acordo com o Estado e os produtos em causa. Em São Paulo, a taxa normal é de 18%,
existindo outras taxas (por ex.: 12%) para alguns produtos previstos em lei específica.
Via Aérea
- Armazenagem: 1% sobre o CIF nos 5 dias úteis iniciais + 0,5% sobre o CIF nos próximos 5
dias úteis + 1,5% sobre os próximos 10 dias úteis em diante;
- Capatazia: USD 0,015 x taxa do dólar do dia x peso bruto (cobrada somente no 1º período);
- ATA aéreo: 50% do valor da armazenagem + capatazias;
- Frete interno: A determinar, conforme carga, valor e distância;
- Despachante aduaneiro: 1% valor CIF (valor mínimo e máximo a negociar);
- Imposto Sindical: De R$ 243,00 a R$ 485,00.
Via Marítima
- Armazenagem: 0,65% sobre CIF para cada 15 dias corridos (passível de negociação);
- Capatazia: R$ 30,00 por tonelada/fracção ou R$ 205,00 para container de 20’ e R$ 255,00
para container de 40’;
- Marinha Mercante (AFRMM): 25% sobre o valor do frete marítimo;
- Frete interno: A determinar, conforme a carga, valor e distância;
- Despachante aduaneiro: 1% valor CIF (valor mínimo e máximo a negociar);
- Imposto Sindical: De R$ 286,00 a R$ 572,00.
O seguro de transporte internacional, de acordo com as leis brasileiras, deve ser contratado no Bra-
sil (embora a prática nem sempre seja esta).
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a) Cálculo do II
R$ 358,393.46 x 15% = R$ 53,759.02
b) Cálculo do IPI
R$ 358,393.46 + R$ 53,759.02 = R$ 412,152.48 x 10% = R$ 41,215.25
c) Cálculo do PIS/COFINS
I – Na importação de bens:
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Onde,
VA = Valor Aduaneiro
* Valores obtidos através da tabela disponibilizada pela Secretaria da Receita Federal, no seu Site
www.receita.fazenda.gov.br com base na Instrução Normativa SRF nº 572, de 22 de Novembro de
2005.
d) Cálculo do ICMS
Será a soma do (CIF + II + IPI + Despesas Aduaneiras + PIS + COFINS ) / 0.82 ( x 18% com esta
multiplicação obtém-se o valor do ICMS).
Para além dos impostos apresentados acima incidem ainda sobre o valor de R$ 609.856,18, outras
despesas obrigatórias, tais como as despesas aduaneiras e de capatazia, e outras não obrigatórias,
tal como o frete interno entre o Porto de Santos e a cidade de São Paulo.
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e) Outras Despesas
O presente exemplo tenta ser o mais completo possível, contemplando todas os impostos,
taxas e outras despesas habituais num processo de exportação.
A legislação brasileira prevê um conjunto de exigências para que seja permitida a actividade em
determinados sectores e/ou a comercialização de certos produtos. Seguem-se alguns exemplos
relativos a produtos como:
Vinho:
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É preciso, igualmente, efectuar um Pedido de Registo de Bebida Importada (registo da marca), que
deverá ser acompanhado dos seguintes elementos:
1. Ficha preenchida;
2. Certificado de origem e livre venda do produto (CVR);
3. Memória descritiva;
4. Boletim de análise (actualizado e original) por laboratório credenciado no país de origem;
5. Exemplar de rótulo (original);
6. Modelo de contra-rótulo;
Atenção: Toda a documentação deverá ser enviada em original (excepto o contra-rótulo, que pode
ser declarado em modelo).
Azeite:
A exportação do azeite deverá atender às exigências impostas pela legislação brasileira relativa à
rotulagem dos alimentos, que impõe que esta (através da aplicação de rótulo ou já impressa na
embalagem) apresente:
Queijo:
Cada produto, em separado, deverá também obter o seu registo de rótulo junto do mesmo Ministé-
rio.
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Esta habilitação deverá ser solicitada por via da Direcção-Geral de Veterinária (DGV), do Ministério
da Agricultura português, directamente à Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agri-
cultura do Brasil (não existe requerimento padrão, basta um ofício).
A legislação brasileira prevê diversos tipos de regimes especiais relativos às operações de importa-
ção e às operações vinculadas de importação e exportação.
1 - Drawback
a) Restituição de Tributos
b) Isenção de Tributos
Nesta modalidade, o beneficiário requer a reposição de stock, sem o pagamento dos impostos, de
mercadorias anteriormente importadas que foram utilizadas na transformação do produto final reex-
portado.
c) Suspensão de Tributos
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Este regime permite, na importação, o depósito de mercadorias em local determinado, com suspen-
são do pagamento de tributos e sob controlo fiscal.
A mercadoria é enviada em consignação, sem cobertura cambial. Os tributos são pagos à medida
que é efectuado o pedido de desalfandegamento das mercadorias, no prazo máximo de 12 meses,
prorrogáveis por mais 12 meses.
Obs: Este sistema poderá ser bastante vantajoso, pois os impostos são pagos apenas quando a
mercadoria é objecto de desalfandegamento.
3 - Entreposto Industrial
Este regime permite a uma empresa industrial importar, com suspensão de tributos, mercadorias
que, depois de submetidas a operações de transformação, deverão destinar-se à exportação. Essa
operação deve ser efectuada no interior da estação aduaneira e consistirá em processos de simples
acabamento, montagem e reembalagem.
4 - Admissão Temporária
Este regime poderá ser aplicado, com suspensão dos impostos em diversas situações, tais como:
a) Feiras e exposições;
b) Promoção comercial, inclusive amostras sem destino comercial e mostruários de representan
tes comerciais;
c) Reposição temporária de bens importados, com garantia;
d) Máquinas para teste.
Máquinas Usadas
É possível a importação destes equipamentos, devendo para tal ser instruído o processo junto ao
DECEX (RJ), através da solicitação do LI e da apresentação das seguintes informações: Catálogo
da máquina; características técnicas; data de fabricação (só até 20 anos para máquinas e 10 para
equipamentos); nº de série e laudo técnico.
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Obs: O facto de se tratar de produto usado, não exclui a possibilidade de ser enquadrado em ex-
tarifário, beneficiando da redução dos impostos prevista na legislação.
O Brasil adopta a TEC, para aplicação dos tributos aduaneiros no comércio com países terceiros.
Assim, na importação de produtos portugueses ou comunitários, os direitos e taxas são em geral os
mesmos para todos os outros países, excepto os provenientes do Mercosul.
Ex-Tarifário
Como todos os países integrantes do Mercosul, o Brasil aplica excepções à sua Pauta Aduaneira. O
regime de ex-tarifário é um mecanismo para redução do custo na aquisição de bens de capital, de
informática e telecomunicações, através da diminuição temporária de Impostos de Importação (II)
sobre estes quando não há produção nacional.
Assim, estão em causa uma série de máquinas e equipamentos (cerca de 2.000 itens), que podem
beneficiar de redução do II de 14% para 2% quando o equipamento não tiver bem similar fabricado
no Brasil. Também foi definido que o imposto poderá ser reduzido a zero, caso se comprove não
haver produção no âmbito do Mercosul.
O produto, para além de não ter similar nacional, deve ter as exactas características previstas na
descrição da mercadoria para que este benefício seja concedido.
Quando da solicitação do benefício, deverá ser enviado um catálogo com a especificação detalhada
da máquina ou do equipamento.
Acordos Internacionais
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Obstáculos à Exportação
Actualmente existe uma série de dificuldades para a exportação de produtos portugueses para o
Brasil:
g) Distância.
- Antes de mais é preciso conhecer o mercado através de visitas, troca de impressões, pesqui
sas, análises e estudos para, só então, definir se o mercado é interessante para a empresa e
qual a melhor forma de actuação: exportação directa, nomeação de representante, abertura
de empresa própria ou mesmo produção no Brasil.
- Como primeiro passo, talvez seja suficiente exportar para o Brasil sem estrutura de apoio
local. No entanto, após esta fase inicial, é interessante criar uma pequena estrutura no merca-
do com um depósito e show-room, além da equipa de vendas, para o atendimento sobretudo
às empresas que ainda não importam. Actualmente, a maioria das empresas brasileiras não
está interessada em manter grandes stocks, mas quer a mercadoria entregue a curto prazo e
nas quantidades desejadas.
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- A participação em feiras ou missões pode ser uma boa forma de abordar o mercado. Mas
nestas ocasiões, é sempre interessante reservar alguns dias fora do período do evento, para
visitar os operadores do mercado e efectuar contactos comerciais.
- O mercado brasileiro é muito grande, embora com uma concentração em termos de poder
aquisitivo na região sudeste, pelo que é preciso determinar o foco geográfico de actuação. A
força da economia dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro é de facto grande, mas aí
também é enorme a concorrência e a competição entre fornecedores de todo o mundo. Esta
situação obriga, por vezes, à introdução de alterações nos preços e práticas comerciais,
podendo gerar prejuízos em vez de lucros.
- Recomenda-se, ainda, estudar outros Estados importantes como: Minas Gerais, Rio Grande
do Sul, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco. Quem já estiver a operar na
Capital de um Estado, deve analisar também o mercado do “interior” desse Estado. Por exem-
plo, o “Interior do Estado de São Paulo” é um mercado a ser considerado, pois é a 3ª maior
economia do país.
- A escolha do parceiro deve ser efectuada com muito cuidado, procurando utilizar como
principal critério o “profissional” e não o “pessoal ou o sentimental”. Deve ser verificada a
experiência anterior e obtidas informações cadastrais ou pessoais. As condições desta
representação deverão ser estabelecidas de forma clara, se possível, por escrito.
- No início da década de 90, com a abertura da economia e o grande aumento das importa-
ções, houve um acréscimo significativo de produtos de qualidade duvidosa. Hoje, o
consumidor brasileiro já está bem mais exigente, logo, a aposta neste vector é fundamental.
- O mercado, pela sua grande dinâmica, exige um acompanhamento próximo, para se avaliar a
distribuição adequada dos produtos, a sua divulgação, os concorrentes, o tipo de produtos
enviados, o plano de divulgação, etc.
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- A falta de marca/imagem dos produtos portugueses (entre as excepções estão: vinhos, azeite,
moldes e frutas secas), pode ser superada com o sistema “privated label”, visto que a implan-
tação de uma nova marca pode ser muito demorada e dispendiosa.
- Antes de uma mercadoria ser despachada para o Brasil, deverão ser confirmadas as regras
que estão em vigor para a importação deste produto; uma situação bem diferente da que vigo-
ra para as trocas intracomunitárias na União Europeia.
- Numa negociação com clientes brasileiros, os cálculos deverão ser sempre efectuados em
dólares, quando não em reais.
- No caso do produto a vender dispor de “marca comercial ou patente”, a empresa deverá pro-
videnciar o seu rápido registo no INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(www.inpi.gov.br).
- Uma boa opção é estar presente no mercado directamente com uma estrutura própria, que
permita o controlo de toda a operação no Brasil. Alternativamente, quando a presença se
verificar através de representante, deverá haver um acompanhamento próximo e permanente
da operação.
O sector exportador português enfrenta como desafios essenciais o aumento do valor das exporta-
ções tradicionais e a integração de novos produtos, especialmente bens de capital, que são produ-
tos de elevado nível de industrialização e tecnologia e consequente valor acrescentado.
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Aliás, num mercado como o brasileiro em que o nível geral dos equipamentos e tecnologias ainda
está aquém dos portugueses, a exportação de máquinas e equipamentos para determinados secto-
res, como por exemplo: metalomecânico, eléctrico, telecomunicações, moldes, desde que assente
numa estratégia adequada, poderá revelar-se como um importante caminho a trilhar. Nesse sentido,
apresentam-se abaixo algumas estratégias para incrementar as exportações para o mercado brasi-
leiro.
• Consórcios de empresas exportadoras – Uma das melhores estratégias para exportar para
o Brasil é através da constituição de consórcios para exportação, por pequenos conjuntos de
empresas portuguesas (de 3 a 6 empresas) do mesmo sector, porém de segmentos de
produtos distintos, mas complementares entre si, que permitam constituir assim uma
gama de produtos complementares. Esta estratégia deverá prever a constituição de uma
empresa distribuidora, permitindo que se crie uma sinergia de esforços e custos, quer na fase
de constituição da sociedade local, quer na fase de importação, quer na de comercialização,
quer na de armazenagem e distribuição, quer ainda na promoção da linha de produtos. Esta
estratégia vai de encontro às exigências do mercado brasileiro, onde os importadores/
distribuidores ou mesmo outros compradores preferem comprar a um fornecedor que possua
uma gama completa de produtos, em detrimento da aquisição de vários produtos a diferentes
fornecedores, uma vez que tal actuação lhes permite uma redução de custos, meios e tempo.
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- Antes de concluir uma negociação, procure certificar-se da idoneidade da empresa e dos seus
representantes (sócios, administradores, directores). Há empresas especializadas na presta-
ção deste tipo de serviço.
- Sempre que possível, procure formalizar de maneira bem clara as condições em que o negó-
cio deverá ser realizado, recorrendo a uma assessoria jurídica sempre que necessário.
Apesar da distância, uma negociação não deve ser concluída sem que todos os aspectos
importantes tenham sido adequadamente esclarecidos, mesmo que sejam necessárias várias
deslocações ao mercado.
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- O ritmo e a dinâmica com que os negócios se desenvolvem no Brasil tendem a ser diferentes
em relação a Portugal. Por isso, é importante a adequada preparação prévia para um contac-
to de negócios. Outros aspectos a serem considerados, são: a definição precisa dos objecti-
vos do encontro, grande objectividade e atitude flexível durante as negociações. Neste com
texto, importa mencionar que é possível que surjam situações difíceis de ultrapassar, podendo
ser considerada a hipótese de recorrer a meios “não oficiais”. É preciso tomar extremo cuida-
do com estas soluções aparentemente “fáceis”, analisando-se detalhadamente os seus riscos
e consequências, de modo a não comprometer os resultados ou a continuidade do negócio.
- Se alguma informação ficou de ser enviada posteriormente ao contacto, não deixe de enviá-
-la, com a maior brevidade possível.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalmente, lembramos algumas informações genéricas que poderão ser úteis em alguma fase da
abordagem ao mercado brasileiro:
1. O Centro de Negócios da aicep Portugal Global em S. Paulo possui, em arquivo, uma série de
estudos de mercado sectoriais, em suporte electrónico e em papel, que estão à disposição
dos interessados para serem consultados.
2. O Centro de Negócios da aicep Portugal Global em S. Paulo conta com duas assessorias con-
tratadas para as áreas jurídica e aduaneira que podem prestar apoio às empresas portugue-
sas (desde que as solicitações se limitem à consultoria).
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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 aicep@portugalglobal.pt www.portugalglobal.pt
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