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INSTITUTO BÍBLICO AME A PALAVRA

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GEOGRAFIA BÍBLICA
INTRODUÇÃO
Geografia Bíblica é a parte da Geografia Geral que estuda as diferentes áreas da superfície da terra
que encontramos narradas na Bíblia. Este estudo é muito importante porque nos permite conhecer e
entender melhor o cenário de certos fatos bíblicos.

O MUNDO ANTIGO
O relato bíblico nos dois Testamentos abrange a área tal como observamos no mapa do mundo antigo
(Ver Mapa 1). O ponto mais ocidental é a Espanha até o seu ponto extremo oriental a Pérsia. Ao
Norte encontra-se o Mar Negro e ao Sul as regiões desérticas da Arábia. Dentro desses limites a
história humana começou tendo como ponto de partida a Armênia.

Mesopotâmia (Possível Localidade do Éden)


Deus criou o homem designando-o para que cultivar aquela maravilhosa área a qual é chamada de
Jardim do Éden (Gn 2:8-15). A base que os historiadores tem para a localização deste belo lugar são
os rios Tigre e Eufrates, que ainda existem até hoje (Ver Mapa 1). Os dois outros rios, Gion e Pison,
possivelmente desapareceram com o
passar dos milênios. Os rios Tigre e Eufrates tem as suas cabeceiras na região da Armênia, aonde se
acredita ter sido o berço da civilização humana. Segundo turistas que já visitaram esta região (Hoje
ocupada pelo Iraque e parte da Turquia), este é um
dos lugares mais lindo do mundo com um clima e vegetação paradisíacos, com árvores
frutíferas e flores praticamente de toda qualidade. Antônio Neves de Mesquita, escritor, disse certa
vez por ocasião de sua viagem de visita àquela área do globo: “Se houve um paraíso na terra deve ter
sido aqui!”Outros fatos importantes que aconteceram nesta região foram o dilúvio e a migração da
descendência de Noé. No mundo antigo a parte Norte desta região é conhecida como Assíria e a
parte Sul como Caldéia ou Babilônia. Os primitivos povos desta área foram os Sumérios, Acádios,
Amorreus e algumas tribos semitas que se fundiram, dando origem deste entrelace de povos, a figura
do grande patriarca Abraão, de cuja descendência surgiu o povo hebreu.

Assíria
Esta região recebeu o seu nome de Assur, neto de Noé (Gn 10:11). Com o passar dos séculos os
primitivos habitantes desta região mesclando-se com os acádios, que eram semitas vindo da Síria,
formaram o povo que é conhecido pelo nome de assírio, sem dúvida um dos povos mais cruéis da
face da terra pela crueldade com que tratavam seus prisioneiros. A capital e cidade mais célebre da
Assíria foi Nínive (Gn 10:11, 12), cuja importância se relaciona em muito com a vida do povo Judeu,
ora como opressores da nação israelita (II Rs 19:6-36) e outras vezes como povo carente de
entendimento precisando de salvação (Is 37:37, Jn 1: 2, Jn 3:4-11).

Babilônia ou Caldéia
Conhecida também pelos nomes antigos de Summer, Acade, terra de Sinear (Gn 10:10), uma região
baixa e alagadiça devido o lodo proveniente das cheias dos rios Tigre e Eufrates. Seus habitantes
primitivos foram os sumérios que se fundiram com os acádios dando origem ao povo conhecido
como babilônico. Esta região foi cobiçada
por muitos povos próximos e distantes devido à grande fertilidade da região. Várias cidades
importantes e prósperas foram edificadas nessa região: Ur, Nipur, Eridú, etc. Foi nesta região que o
povo judeu ficou exilado por 70 anos.

Pérsia
Pequena região que ficava a sudeste da Babilônia e ao nordeste do Golfo Pérsico. Hoje a região é
ocupada pelo Irã moderno. O Império Persa teve no decorrer do tempo várias capitais. A capital mais
antiga da Pérsia foi Pasárgada, porém, a mais importante parece ter sido Susã (Et 1:1-3, Ne 1:1). Na
Bíblia, as histórias que encontramos nos livros de Esdras, Neemias e Ester se passam durante uma
época importante do Império Persa (Ed 1:1, 2). O governo persa teve uma administração tolerante
para com os povos vencidos, o que facilitou o retorno dos judeus exilados na Babilônia para a sua
terra na Palestina (Ne 2:1-8).

Síria ou Arã
País ao norte da Galiléia, mais fértil que a Palestina, atravessado pelas montanhas do Líbano, regado
pelos rios Orontes, Farfar, Abana e Eufrates. Os sírios (ou arameus) são descendentes de Arã, filho
de Sem e neto de Noé (Gn 10:22). Nos dias patriarcais esta região era constituídas de pequenos
reinos independentes. Entre as cidades mais famosas da Síria estavam Damasco (a mais antiga
“cidade viva” da terra), Antioquia, Laodicéia, Selêucia e Palmira (At 9:2, 11:19, 13:4, Ap 3:4). Os
sírios ficaram servos de Davi (II Sm 8:6). No período do livro de Juizes, Israel teve uma época em
que serviu aos deuses da Síria (Jz 10:6). A Síria foi o primeiro lugar no estrangeiro a receber a
mensagem cristã pelo crentes perseguidos na cidade de Antioquia, onde (foram pela primeira vez
chamados “cristãos” At 11:26).

Fenícia
Cidade famosa em navegação, comércio, ciências, artes e literatura. O intercâmbio comercial com
outros povos foi o fator principal de sua expansão. Os libaneses que hoje ocupam a região são seus
descendentes. A Fenícia era uma faixa de terra entre o Mar Mediterrâneo, tendo as cordilheiras da
Síria ao leste e a Palestina ao sul. As suas cidades principais foram Tiro e Sidom.

Egito
Depois da Palestina, o local que mais se destaca na Bíblia em importância é o Egito. O aspecto
histórico-religioso do Egito está ligado diretamente à formação do povo hebreu. A sua posição
geográfica situa-se a ao norte da África, tendo ao leste a Palestina e ao sul a Etiópia. O Egito é uma
vasta região desértica tendo as suas cidades situadas ao longo da linha do Nilo, o rio mais importante
da região. Seu nome antigo era Misraim, derivado de Cão, filho de Noé, que se dirigiu para lá após o
dilúvio. Os egípcios eram famosos por suas artes, ciências, arquitetura, bem avançados para a sua
época. A famosa fertilidade do Egito se deve até hoje ao lodo espalhado em vastas áreas, proveniente
dos períodos das cheias do Nilo. As cidades mais importantes são Mênfis, Tebas, Alexandria e Cairo,
A área que os israelitas viveram nesta região foi na província de Gózem, sudeste do Delta do Nilo
(ver mapa do Mundo Antigo).

Mar Vermelho
Localiza-se entre a Arábia e a África formando ao norte os golfos de Suez e de Acaba, nas
proximidades da península do Sinai (Ver Mapa do Mundo Antigo). Este mar se tornou famoso pelos
acontecimentos bíblico que o envolve (Ex 10:19, Ex 14:21, 22).
Sinai
Península montanhosa da Arábia. A sua volta se estendia o Deserto do Sinai (Ex 19:1), onde os
israelitas vagaram durante 40 anos (Ex 16:35) e receberam pessoalmente de Deus as suas Leis e
Mandamentos (Ex 20:1-17).

Palestina ou Canaã
Literalmente o nome significa “Habitantes das terras baixas”, derivando-se do termo Filistia, terra
habitada pelos filisteus. A Palestina é o lugar de maior proeminência bíblica, sendo chamada por
vários nomes: Terra de Canaã (nome antigo derivado de Canaã, neto de Noé), Terra dos Amorreus
(descendentes dos cananeus), Terra dos Hebreus (nome cuja origem vem de Éber, em cuja terra do
mesmo nome veio Abraão, também chamado Abraão, o hebreu Gn 10:14), Terra de Israel
(designação que significa terra que pertence aos descendentes de Jacó), Terra de Judá ou Judéia (no
começo este nome se referia apenas a uma pequena área destinada a tribo de Judá, depois, com a
divisão do reino de Israel, o reino de Judá passou a compreender todo o território ocupado pela
maioria das tribos de Israel, onde seu habitantes passaram a ser chamados de judeus), Terra Santa ou
Terra Prometida (nome que designa a terra que Deus deu por promessa a descendência de Abraão Gn
12:1-4). A Palestina situa-se entre a Fenícia ao norte, o Mar morto ao sul, o Mediterrâneo ao ocidente
e o deserto da Síria ao oriente. Apesar de ser um dos menores países do mundo, não houve ainda país
que tenha influenciado tanto o mundo como este. A superfície da Palestina sofreu várias mudanças
em termos de extensão devido as conquistas no decorrer dos tempos. Nos dias do rei Davi foram
anexados vários territórios à Palestina como conseqüência de suas vitórias nas guerras, porém, teve
sua extensão reduzida quando foi invadida pelos reinos ao seu redor. Em média, podemos ter sua
dimensão como: Direção entre norte para o sul, seu comprimento é de 250 quilômetros, e largura
aproximada de 120 quilômetros.

PLANÍCIES DA PALESTINA
As principais planícies da Palestina são:
Planície de Saron
Esta planície é conhecida pelos famosos lírios e outras variedades de flores.
Planície de Sefelá
Planície muito fértil, produzindo principalmente trigo, uva e oliva.
Planície de Jezreel ou Esdraelon
Também conhecida como vale do Armagedon (Ap 16:16). Embora seja classificada como vale, é
preferível classificá-la como planície pela sua extensão, sendo
a maior da Palestina e a mais formosa. Foi palco de grandes batalhas desde os tempos de Gideão, no
período de Juízes (chamado nesta época de Megido Jz 5:19).

VALES DA PALESTINA
A Palestina é uma área rica em vales, muitos dos quais se destacam na Bíblia. Muitos fatos
importantes aconteceram nas cidades edificadas nos vales palestínicos. Muitos dos personagens da
Bíblia viveram e morreram nestes lugares. Os principais vales
são:
Vale de Hebron ou Manre
Este vale fica a cerca de 30 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Neste lugar habitaram Abraão,
Isaque e Jacó (Gn 13:18, 35:27, 37:14). Onde Sara e Abraão foram
sepultados - local da sepultura da família (Gn 23:2, 25:8-10). Davi foi aclamado rei neste lugar (II
Sm 2:1-4).
Vale de Sidim
Um vale situado a noroeste do Mar Morto, para onde Ló foi levado cativo após uma sangrenta
batalha envolvendo vários reis (Gn 14:1-12).

Vale de Siquém
Situado bem na região central de Canaã, tendo aproximadamente 12 quilômetros de extensão. Local
em que Abraão edificou seu primeiro altar ao Senhor e onde foi confirmada a benção para a sua
descendência (Gn 12:6,7). Onde Josué reuniu as tribos de Israel para despedir-se delas (Js 24:1).
Neste vale se encontra o famoso Poço de Jacó.

Vale de Escol
Vale famoso por sua fertilidade, especialmente os grandes vinhedos cultivados ali. Foi neste vale que
os espias levaram a Moisés um cacho de uva tão pesado que foram necessários dois homens para
transportá-lo (Nm 13:23).

MONTES DA PALESTINA
Os montes da Palestina são sempre citados na Bíblia. As experiências religiosas do povo israelita
estão, em muito, relacionadas aos montes, numa característica de reverência, temor e adoração. Deus
falava aos grandes líderes do povo nos montes - a
Moisés no Monte Sinai, a Elias no Monte Horeb, (I Rs 19:8-15) etc. Os principais montes da
Palestina são:

Monte Hatin
Localiza-se a uma pequena distância a oeste do Mar da Galiléia, com cerca de 180 metros de
altitudes. Um lugar pitoresco com uma bela vista para o Mar da Galiléia. É um lugar propício para
uma concentração pública ao “ar livre.” É possível que tenha sido neste lugar que Jesus tenha
pregado o seu famoso “Sermão do Monte”, razão pela
qual este monte é chamado de “Monte das Bem-Aventuranças.”

Monte Carmelo
Palavra que em hebraico significa “Jardim”. Na verdade, o Carmelo é uma cordilheira de uma
fertilidade incomum, exaltado poeticamente (Ct 7:5, Is 35:2),com cerca de 30 quilômetros de
extensão e entre 5 e 13 de largura. Situa-se na parte sudeste da Palestina, apresentando em seus
flancos inúmeras cavernas, algumas com condições de habitação. Este monte foi palco de grandes
eventos bíblicos tais como: O lugar em que o profeta Elias desafiou os profetas de Baal e fez descer
fogo do céu sobre o holocausto (I Rs 18:17-40); Este também foi o local em que Elias orou ao
Senhor e o fogo consumiu cinqüenta soldados juntamente com seu capitão (II Rs 1:9-16); Ali parece
ter sido o local de refúgio espiritual também para Eliseu, pois, foi ali que o
encontraram quando precisaram dele para realizar um milagre com respeito a morte de um menino
(II Rs 4:25).

Monte Sião
Monte com cerca de 80 metros de altura, considerado sagrado a partir do momento em que Arca da
Aliança do Senhor fora para ali levada por Davi (I Rs 8:1). Neste local havia fortalezas construídas
devido a sua posição geográfica privilegiada (II Sm 5:7). Situado bem próximo a Jerusalém, este
monte servia como uma torre de defesa para a cidade santa. O Monte Sião foi cantado muitas vezes
nos salmos pela sua grande beleza e formosura e chamado de Monte Santo (Sl 2:6, 20:2, 48:2, 50:2,
125:1). Até hoje este monte resplandece em beleza e continua sendo motivo de poesia para as
canções judaicas e cristãs.

Monte Gerizim e Monte Ebal.


O monte Gerizim fica ao sul do vale de Siquém, lugar árido com apenas 230 metros
acima do vale. Situado de um lado da cidade, este monte era onde se proferiam as
bênçãos pelos levitas, em contraste com o monte Ebal, que ficava no outro lado da cidade, onde se
proferiam as maldições enunciadas também pelos sacerdotes. Em
suma, o monte Gerizim era o monte das profecias das benções, enquanto que Ebal era o monte das
palavras de maldição (Dt 11:29). No monte Gerizim os samaritanos
construíram um templo rival ao de Jerusalém. Os samaritanos consideravam Gerizim seu monte
sagrado. Nos dias de Jesus, os samaritanos ainda costumavam adorar neste
monte, e, devido a este fato, foi que a mulher samaritana perguntou a Jesus: “Nossos pais adoravam
neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” (Jo 4:20).

Monte das Oliveiras


Situado na parte leste de Jerusalém, faz parte de uma pequena cordilheira com 3 quilômetros de
extensão. Lugar muito citado na Bíblia: Davi subiu chorando este monte, fugindo de filho Absalão
(II Sm 15:30); Ezequiel numa visão viu a glória do Senhor subir do meio da cidade e se pôr neste
monte (Ez 11:23); Na descida de Jesus do Monte das Oliveiras, a multidão começou a louvar a Deus
(Lc 19:37); Depois da ceia, Jesus saiu com seus discípulos para este monte ( Mt 26:30). No sopé
deste monte ficava o jardim Getsêmane, lugar onde Jesus sofreu a sua angústia (Mt 26:47-56).
Monte Moriá
Lugar para onde Abraão levou seu filho Isaque para ser sacrificado (Gn 22:2). Neste monte foi
construído o Templo de Salomão (II Cr 3:1). Com o passar dos tempos, devido a mudanças naturais
topográficas, o monte Moriá passou a fazer parte do monte Sião.

MARES DA PALESTINA
A Palestina tem três importantes mares em sua área:
Mar Mediterrâneo
Conhecido antigamente como Mar Grande (Ez 47:10, Ez 47:15, Dn 7:2). Este mar banha toda costa
ocidental da Palestina (Ver Mapa2 A Palestina). Através dele foram
levados os belos e famosos cedros do Líbano para Israel por ocasião da construção do Templo. Neste
mar também foi lançado o profeta Jonas quando fugia de sua missão de ir pregar em Nínive.

Mar Morto
Também chamado de Mar Salgado, Mar Oriental, Mar de Ló, Mar do Arabá e Mar da
Planície (Dt 3:17, Jl 2:20, II Rs 14:25). Situa-se na Foz do rio Jordão, com 76 quilômetros de
extensão e 17 de largura, e uma profundidade média de 400 metros em seu local mais profundo. São
as águas mais densas do mundo, tendo 25% de salinidade (Fato que se dá devido suas águas não
terem saída)com uma evaporação jamais encontrada em outro lugar. O fenômeno da evaporação
ocorre devido o calor intenso do deserto em suas proximidades.. Ë praticamente quase impossível
afogar-se em suas águas em virtude da enorme quantidade de sal. Tudo parece indicar que próximo a
este mar, na parte sul, situavam-se as cidades de Sodoma e Gomorra. O nome Mar Morto foi lhe
dado pelos geógrafos e historiadores antigos do II século da nossa era devido ao aspecto desolador da
região por causa da imensa quantidade de sal que impede o florescimento de qualquer tipo de vida ao
seu redor.

Mar da Galiléia
O Mar da Galiléia também chamado Lago de Genesaré (Lc 5:1), Mar de Tiberíades.(Jo 6:1). Este
lago é sujeito a repentinas tormentas causadas pela diferença
entre a temperatura do lago e o clima das montanhas. Mede 24 quilômetros de Comprimento por 14
de largura, com uma profundidade máxima de 50 metros. Suas
água são cristalinas e cheia de vida, com abundância de peixes. As cidades próximas ao Mar da
Galiléia tiveram muita importância no ministério terreno de Jesus.

Lago de Meron
Localiza-se ao norte do Mar da Galiléia. Também conhecido como Águas de Meron (Js 11:5-7), com
10 quilômetros de Comprimento por 6 de largura. Nas suas margens, região alagadiça, vicejam com
abundância o papiro. Hoje o lago não mais existe devido a necessidade de aterramento feito pela
engenharia de Israel, somente havendo no local um lago bem menor chamado atualmente de Hulé,
que não é nada mais do que aquilo que sobrou do Lago de Meron .

RIOS DA PALESTINA
Os rios da Palestinas são distribuídos em duas bacias: Bacia do Mediterrâneo (Belus, Quison, Caná,
Gaás, Sorec e Besor) e Bacia do Jordão (Jordão, Querite, Cedron, Iarmuque, Jaboque e Arnon).
Alguns destes rios se destacam em importância na história bíblia.

OS RIOS DA BACIA DO MEDITERRÂNEO


Belus
Tem seu curso a sudoeste de Asser. Seu leito permanece seco durante dois terços do ano, somente
manifestando suas águas na época das chuvas.

Quison
Este é o segundo rio da palestina, tendo sua nascente nos montes da Galiléia. Suas águas são
perigosas e violentas no período de inverno, ao passo que diminuem quase totalmente durante o
verão. Foi nas margens deste rio que Elias mandou matar os profetas de Baal (I Rs 18:40).

Caná
Outro rio que tem sua atividade somente na época das chuvas. Foi dado como herança a tribo de
Efraim, servindo de limites com as terras de Manassés (Js 16:8, 17:9).

Gaás
Atravessa a região de Saron e deságua no Mediterrâneo perto de Jope. As referências bíblicas são
encontradas em (II Sm 23:30, I Cr 11:32).

Sorec
Tem sua nascente nas montanhas de Judá, despejando suas águas no Mediterrâneo. Seu flancos são
famosos pelos grandes vinhedos de uvas Sírias que, por sua vez, atraíam muitas rapozinhas da Síria
que eram verdadeiras predadoras dessas grandes plantações de uvas. Salomão em seu livro Cântico
dos Cânticos escreveu de forma poética este fato (Ct 2:15).

Besor
De todos os rios que desembocam no Mediterrâneo, o Besor não é tão grande em extensão como o
Quison, no entanto, é o maior em volume de água. Nasce ao sul das montanhas de Judá. Seu nome
moderno é Wadi Sheriah. É mencionado na Bíblia em I Sm 30:9.
Jordão
É o maior e o mais importante dos rios da Palestina, podendo-se dizer até mesmo com toda razão que
é o mais importante do mundo. É o principal rio mencionado na Bíblia. Nasce ao norte do Lago de
Meron se dividindo em três trechos (Ver Mapa da Palestina): O primeiro trecho, onde está sua
nascente situa-se a 11 quilômetros ao norte do Lago de Meron. O segundo trecho, de
aproximadamente 20 quilômetros de
extensão situa-se como uma linha reta entre o Lago Meron e o Mar da Galiléia. O terceiro trecho se
estende entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto numa distância de 117 quilômetros, tendo sua largura
variando entre 25 e 35 metros. Apesar de sua extensão, não é um rio navegável comercialmente. Sua
fama não ocorre por suas inundações, nem pelo seu tamanho, nem pelas cidades importantes às suas
margens. A fama mundial deste rio se dá devido ao fato dele estar relacionado com muitos
acontecimentos bíblicos de suma importância: Ló escolheu as campinas ao longo doJordão (Gn
13:10). As águas do Jordão se dividiram quando Josué com o povo de Israel precisaram atravessá-lo
(Js 3:15-17). Elias e Eliseu dividiram também miraculosamente suas águas (II Rs 2:8, II Rs 2:14).
Naamã foi curado de lepra ao mergulhar sete vezes no Jordão (II Rs 5:14). Jesus foi batizado no
Jordão (Mt 3:13).

AFLUENTES DO JORDÃO
Alguns dos rios afluentes do Jordão não são rios perenes (Rios que mantém seu curso de águas o ano
inteiro), porém são tão importantes como os outros. O rio Querite tem seu curso de águas durante o
período de chuvas. Na Bíblia, em alguma gruta às margens deste ribeiro o profeta Elias foi
sustentado por corvos (I Rs 17:1-7). Outro
afluente que também não é um rio perene, mas que, nas época das chuvas torna-se uma torrente
impetuosa é o rio Cedron. O rio Cedron separa a cidade santa do Monte
das Oliveiras. Sua importância bíblica está nos seguintes eventos: A fuga de Davi sob a revolta de
Absalão (II Sm 15:23) e a travessia de Jesus rumo ao Getsêmane na noite de sua grande agonia (Jo
18:1). Enquanto que Querite e Cedron não são rios perenes, o rio Iamurque tem suas águas
constantes o ano todo, sendo o principal afluente do Jordão. Este rio não é mencionado na Bíblia,
porém é grande em importância. O rio Jaboque, outro afluente de águas constantes, tem sua
importância bíblica devido ao fato de ter sido sobre ele, em cima de uma ponte que Jacó lutou com o
anjo do Senhor (Gn 32:22- 28). Este rio estabelecia um dos limites da terra dos amorreus (Jz 11:22).
O rio Arnon é outro ribeiro de grande importância bíblica. Limitava as terras entre Moabe e os
amorreus (Nm 21:13), mais tarde serviu de limites entre As terras de Rubens e Moabe ( Js13:15,16)

DESERTOS DA PALESTINA
Os desertos da Palestina nem sempre representam terras completamente arenosas e estéreis. Na
maioria das vezes são áreas despovoadas com poucas possibilidades de cultivo, porém cobertas de
bons pastos. Alguns dos desertos palestínicos tiveram grande importância devido a sua relação com
os fatos bíblicos. Na região ocidental da palestina temos os seguintes desertos: Deserto de Jericó (Js
16:1, 20:8), Deserto de En-Gedi (I Sm 24:1), Deserto de Zife (I Sm 23:14), Deserto de Tecoa (II Cr
20:20), Deserto de Jeruel (II Cr 20:16), Deserto da Judéia (Mt 3:1) e Deserto de Maon. Na região
oriental da Palestina temos o Deserto de Betsaida, região que, apesar de ser
desértica, apresenta uma grande fertilidade.

CIDADES DA PALESTINA
Não devemos entender por cidades na Bíblia, metrópoles nas dimensões das grandes cidades de hoje.
Devemos entender por cidades, povoados ou conjuntos de habitações humanas. Estas cidades eram
construídas geralmente em lugares estratégicos em cima dos elevados ou montes, cercadas de muros
à sua volta com pesadas portas e torres de vigia para facilitar a sua defesa em caso de invasões ou
guerras (Sl 127:1, II Cr 26:15). As principais cidades da Palestina são:

Jericó
Certamente, segundo pesquisadores, Jericó é possivelmente a mais antiga cidade de Canaã. Jericó
tinha como defesa suas poderosas muralhas que vieram abaixo nos dias de Josué sob o poder de
Deus (Js 6:20). Esta cidade foi importante no ministério de Jesus, pois ali Jesus pregou as multidões
e realizou milagres importantes tal como a cura do cego Bartimeu (Lc 18: 35-43).

Belém
O nome significa Casa de Pão. Cidade edificada na região montanhosa de Judá. Já existia no tempo
de Jacó com o primitivo nome de Belém Efrata (Gn 35:19). Nesta cidade entre muitos outros
acontecimentos importantes citamos o nascimento do rei Davi (Seu pai era chamado Jessé, o
belemita I Sm 16:1) e também o nascimento de Cristo (Mt 2:1).

Samaria
Esta cidade foi um dos lugares mais importantes na vida de Israel. Seu nome significa Torre de
Vigia. Era uma província entre a Judéia e a Galiléia. Foi fundada por Onri, rei de Israel (921 a.C.).
Esta cidade era conhecida por sua idolatria e rebeldia. O povo que vivia lá era descendente de
casamento entre judeus e gentios. Neste lugar Jesus teve um encontro com uma mulher samaritana e
foi muito bem recebido pelos demais samaritanos (Jo 4:1-42).

Nazaré
Significa Verdejante. Esta cidade não é mencionada no Velho Testamento, porém, é muito conhecida
no Novo Testamento. Foi a cidade onde Jesus viveu a sua infância (Mt 2:23). Nesta cidade Jesus não
realizou muitos milagres devido o povo não ter crido em sua mensagem (Mc 6:1-6). Por ocasião da
crucificação de Jesus Cristo, Pilatos colocou na cruz uma inscrição com os seguintes dizeres: “Jesus
de Nazaré, o rei dos Judeus” (Jo 19:19).

Cafarnaum
Significa Consolação. Não se sabe exatamente sua localidade, apenas se tem o conhecimento de que
se situava na costa noroeste do Mar da Galiléia. Foi o lugar onde Jesus foi morar no início de seu
ministério (Mt 4:13).

Jope (Jafa)
Significa Beleza. Segundo alguns documentos egípcios esta cidade já era conhecida nos tempos do
Faraó Tutmes III (1490-1435 a.C.). Esta situada a 60 quilômetros a noroeste de Jerusalém, na costa
do Mar Mediterrâneo. O principal porto de Israel estava construído em Jope, por onde eram levados
os cedros cortados do Líbano (II Cr 2:16). Foi também neste porto que o profeta Jonas embarcou
tentando fugir da vontade de Deus (Jn 1:3). Nos dias do Novo Testamento Jope aparece no
ministério do apóstolo Pedro (At 9:36-43; 10:9-23).

Jerusalém.
O nome significa Habitação da Paz. A cidade mais importante da Palestina, capital de Israel e Judá.
Também chamava-se Cidade Santa (Mt 4:5), Cidade de Deus (Sl 46:4), Cidade do Grande Rei (Sl
48:2). Jerusalém está situada sobre as montanhas de Judá. É considerada praticamente uma cidade-
templo tanto para judeus como árabes, a mais famosa cidade religiosa de todos os tempos, o centro
espiritual do mundo: É a cidade escolhida de Deus. Como características de todas as antigas cidades
palestínicas, Jerusalém tinha como defesa a construção de poderosas muralhas com pelo menos dez
portas conhecidas biblicamente: Porta do Vale (Ne 2:13), Porta das Ovelhas (Ne 3:1), Porta do Peixe
(Ne 3:3), Porta Velha (Ne 3:6), Porta do Monturo (Ne 3:13), Porta da Fonte (Ne 3:15), Porta das
Águas (Ne 3:26), Portas dos Cavalos (Ne 3:28), Porta Oriental (Ne 3:29), Porta da Guarda (Ne 3:31).
Estas portas eram as únicas entradas e saídas da cidade. Muito do aspecto comercial era feito na área
destas portas. Hoje Jerusalém está divida em duas partes: A cidade velha cheia de monumentos da
antigüidade conservando o que restou do seu patrimônio histórico-cultural, e a cidade nova ou
moderna, lugar com grandes arranha-céus e muitas outras construções da arquitetura moderna.

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