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ALUCINAÇÕES

Alucinação é a percepção real de um objecto inexistente, ou seja, são


percepções sem um estímulo externo.
Sendo a percepção da alucinação de origem interna, emancipada de
todas variáveis que podem acompanhar os estímulos ambientais (iluminação,
acuidade sensorial, etc.), um objecto alucinado muitas vezes é percebido mais
As alucinações podem manifestar-se também através de qualquer um
dos cinco sentidos, sendo as mais frequentes as auditivas e visuais. 1

1 – VISUAIS: As alucinações visuais são mais características de transtornos


mentais orgânicos, especialmente em estados de delírium e podem ser
amedrontadoras. Podem também ocorrer no luto normal (visão da pessoa
falecida), em depressões psicóticas (ver-se dentro de um caixão).
Hipnagógicas: ocorrem imediatamente antes de dormir e sua ocorrência,
quando ocasional, é normal, porém, experiências repetidas representam
invasões do sono REM na consciência; Hipnopômpicas: precedem o acordar,
geralmente nos estados semicomatosos.

2 – AUDITIVAS: (as mais comuns) são classificadas tanto como elementares


(ruídos) ou complexas (vozes ou palavras). São comummente relatadas por
pacientes psicóticos (transtorno afectivo bipolar (TAB), esquizofrenia), mas
também ocorrem nas Síndromes Cerebrais Orgânicas (SCO). Alguns
pacientes, nos estágios iniciais de surtos psicóticos ouvem seus próprios
pensamentos falando em voz alta ("echo de la pensée"). Mais adiante as vozes
perdem o contacto com a pessoa, parecendo vir de fora, fazendo comentários
sobre o comportamento do paciente ou discutindo sobre ele na terceira pessoa.
As alucinações auditivas podem ser congruentes com o humor como por
exemplo: "mate-se", para um paciente depressivo, ou incongruentes com o
humor (Schneiderianas).

3 – TÁCTEIS: são geralmente referidas como picadas de insectos na pele


(formigueiros) e ocorrem na intoxicação por cocaína, por anfetaminas,

1 – Transcrito de: www.scribd.com/doc/7373523/Avaliacao-do-Estado-Mental


em psicoses e delirium tremens devido à abstinência do álcool. Pacientes
esquizofrénicos podem apresentar sensações estranhas: orgasmos produzidos
por objectos ou seres invisíveis. Devem ser distinguidas do aumento da
sensibilidade (hiperestesia) e da sua diminuição (hipoestesia). Podem ocorrer
em doenças de nervos periféricos e na histeria. Vestibulares: alucinações
relacionadas com o equilíbrio e localização do indivíduo no espaço. Ex:
sensação de estar voando, comummente vistas em situações orgânicas, como
o delirium tremens e psicoses pelo uso de alucinógenos.

4 – OLFACTIVAS: Em crises parciais complexas, de origem no lobo temporal,


alucinações olfactivas de tinta ou borracha podem representar auras. De
presença: sensação de presença de outra pessoa ou ser vivo que permanece
invisível. Nas alucinações extra campinas o indivíduo vê objectos fora do
campo sensorial (atrás de sua cabeça), enquanto que na autoscopia, o
paciente visualiza ele próprio projectado no espaço. Somáticas: experiências
sensoriais irreais envolvendo o corpo do paciente ou seus órgãos internos
(sentir o fígado apodrecido).

5 – TIPOS ESPECÍFICOS DE ALUCINAÇÕES: Cinestesias: escutar cores,


cheirar músicas; Pseudoalucinações: são reconhecidas, percebidas como
irreais; Despersonalização: esquisita impressão de que o corpo está mudando,
perda da identidade corporal, com sensação de estranheza em relação a ele;
Desrealização: sensação de que o ambiente está mudando ou mudou, parece
irreal, como se fosse um filme, é comum em esquizofrénicos.

6 – INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

1. Estabelecer com o doente, uma relação empática;


2. Promover diálogo e escuta activa;
3. Ambiente calmo e seguro (evitar presenças incómodas);
4. Promover relações interpessoais saudáveis;
5. Ter uma atitude calma e compreensiva, suave, mas firme;
6. Nunca reforçar alucinações;
7. Manter a nossa presença e conversar com o doente;
8. Observar e registar de forma discreta as alucinações;
9. Não fazer juízos de valor relativamente às atitudes do
doente;
10. Ajudar o doente a controlar as suas alucinações,
focalizando a realidade e administrando a medicação prescrita;
11. Realçar a importância da toma da medicação;
12. Quando a experiência alucinatória não estiver presente,
explicar ao doente que a alucinação é um sintoma da sua doença;
13. Identificar e responder às necessidades emocionais
subjacentes às alucinações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=178&sec=54
 www.scribd.com/doc/7373523/Avaliacao-do-Estado-Mental

Eva Sousa, n.º 1686, 16ºCL


30 de Novembro de 2009
Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental de Abraveses

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