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EDEMA GESTACIONAL:
- Ocorre em regiões mais baixas, como exemplo úbere, perineal;
- Até certo ponto é fisiológico do corpo, sendo normal;
- Mais acometidos são os bovinos e equinos;
- Vai ocorrer próximo ao parto.
- Etiologia:
dificuldade de retorno venoso;
confinamento;
hidropisias (alteração na dinâmica de liq da gestação – hidroalantóide,
onde tem um problema na absorção e distribuição);
gestações gemelares ou múltiplas (grande quantidade de fetos
sobrecarrega a fêmea);
distúrbios hepato-renais, cardíacos e hipoproteinemia.
- Sintomas:
Edema nas regiões: perineal, ventral do abdômen, membros pélvicos e
glândula mamaria.
- Diagnostico:
sintomas;
prova do casifo (sinal de godet positivo).
- Tratamento:
profilático: liberdade de pasto e alimentação balanceada;
curativo: duchas (estimula a absorção do edema), exercícios leves,
diuréticos não-hormonais (reparil).
PSEUDOGESTAÇÃO:
- condição clinica onde ocorre mudanças comportamentais de ordem
fisiológica e psicológica;
- acomete fêmeas não gestantes no metaestro (diestro):
cadelas e gatas;
cabras e éguas;
- Etiologia:
ainda não determinada – patológico ou fisiológico? É classificada por
ser uma condição fisiológica, podendo passar para patológica, porem
não se sabe ao certo porque o animal desenvolve.
- Sintomas:
apetite aumentado ou caprichoso;
inquietação;
comportamento maternal para objetos inanimados, faz ninho;
galactopoiese;
aumento do perímetro abdominal.
- Diagnostico Diferencial:
gestação ou piometra – o exame US é a melhor opção.
- Tratamento:
tem como objetivo modificar o comportamentoe inibir a lactação;
pincelar mamas com revulsivos (iodo);
colar elisabetano;
sedativos e antiemeticos;
OSH – melhor opção a ser feita, principalmente apos o tto, para evitar
novamente a ocorrência;
Permitir gestação – medida de prevenção paliativa;
Contralac (metergolina – antagonista de serotonina – inibidor indireto
da prolactina).
RUPTURAS UTERINAS:
- Etiologia:
Distocias (uso errado de citocina na hora do parto); hidropisias
(distensão exagerada do útero); torção uterina;
esforços exagerados (principalmente nas distocias); traumatismos;
gestação gemelar, múltipla ou sobrecarga;
sequelas de cirurgias (aderências);
fetotomias e manobras obstétricas inadequadas – ruptura iatrogênica.
- Sintomas:
sinais agudos de distúrbios digestivos (hiporexia, anorexia, atonia
ruminal, timpanismo, síndrome cólica);
desconforto abdominal.
- Complicações:
evisceração vaginal, peritonite, hemorragia, choque e morte.
- Diagnostico:
sintomas, anamnese e palpação retal e vaginal.
- Tratamento:
medico ou cirúrgico;
laparotomia e em seguida histerorrafia;
fluidoterapia, antibioticoterapia;
cesariana (feto na cavidade);
suporte – fluidoterapia e ATB.
GESTAÇÃO EXTRA-UTERINA OU ECTOPICA:
- feto se desenvolve primaria (falha na captação, e gesta na parte tubaria) ou
secundariamente (quando tem ruptura de útero e ele sai, pode continuar
vivo, porem virá a óbito) fora do útero.
- Diagnostico:
a fêmea perde repentinamente as características de gestação;
palpação retal;
exames radiográficos ou ultrassonográficos.
- Prognostico: desfavorável – mais para um final de gestação, para o olhar
reprodutivo e vai depender da fase em que se encontre.
- Tratamento:
descarte para grandes fêmeas;
OSH para cadela e gatas.
HISTEROCELE GRAVÍDICA:
- Presença parcial ou total do útero gravídico como conteúdo único ou não
em hérnias inguinais, umbilicais, perineais, diafragmáticas e ventrais.
- Na cadela: histerocele inguinal gravídica (ponto frágil) no inicio da
gestação.
OBS.: presença de útero em outra cavidade que não seja a abdominal. Mais
comum nas hérnias inguinais (peq animais); em bovinos é mais comum nas
hérnias ventrais. Isto resulta em distocia, pq os fetos estão grandes e não
conseguem passar pelo anel herniário.
- Etiologia:
Hereditariedade – sendo o mais comum na cadela devido hérnia
inguinal;
hidropisias, gigantismo fetal;
sobrecargas, gestações gemelares e múltiplas;
traumatismos.
- Sintomas:
aumento de volume acompanhado de edema localizado;
contrações improdutivas no parto;
- Diagnostico:
sintomas, palpação (hérnia redutível ou não), exames radiológicos e US.
Nao confundir as neoplasias que são duras com hérnia inguinal que é
flutuável, sendo observado durante a palpação.
- Prognostico: é bom – necessitando de uma interferência cirúrgica para
remover os fetos que estão enrolados no anel herniário, depois a cesariana.
- Tratamento:
cesariana;
OSH;
Indução do parto ou aborto em éguas;
Redução cirúrgica no inicio da gestação;
Descarte – principalmente animais de grande porte, pois na maioria das
vezes ocorre a reincidência.
TORÇÃO UTERINA:
- Definição:
rotação do órgão sobre seu eixo longitudinal (em graus variados).
- Ocorrência:
pródromos do parto; maior incidência em vacas e gatas.
- Etiologia:
sustentação e posição do útero;
assimetria dos cornos uterinos. Vaca gestação cornual;
movimentos bruscos ao se deitar e levantar (vaca);
diminuição da quantidade de líquidos fetais, estimulo mecânico,
movimentação do feto;
flacidez da musculatura abdominal (idosas);
contrações uterinas pré-parto, hipertonias;
hipermotilidade fetal;
animais com grande capacidade digestiva, maior deslocamento do
útero;
pastagens em terrenos inclinados, ocorrência de quedas e rolamentos.
- Sintomas:
45 a 90 graus leves:
sinais brandos de cólica, sem comprometimento da gestação;
possibilidade de regressão espontânea.
90 a 180 graus (media) e acima de 180graus (grave):
sinais evidentes de inquietação e cólica, timpanismo, alterações
sistêmicas;
repuxamento da rima vulvar.
- Evolução:
reversão espontânea com menor que 90graus;
complicação: desvitalização dos tecidos (desaparecimento dos
sintomas, morte e retenção de feto; ruptura uterina e óbito).
- Diagnostico:
palpação retal (os ligamentos estão distendidos) e vaginal (as estrias da
vagina estarão torcidas).
- Diagnostico diferencial:
RPT;
Intussuscepção;
Vólvulo; pielonefrite; deslocamento de abomaso.
- Prognostico:
depende do grau de torçao;
reservado (abaixo de 90graus) a mau (acima de 90graus).
- Tratamento:
laparotomia para correção de posição;
correção manual via vaginal – não é fácil;
rolamento.
ECTOPIAS UTERINAS:
- Etiologia:
desvios acentuados do útero;
versão (seria uma flexão ventral, fora do normal) e flexão.
- Sintomas e diagnostico:
trabalho de parto improdutivo, sem insinuação de fetos e anexos,
devido ao “dobramento” do útero.
- Tratamento:
cesariana ou fetotomia.