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A TEIA DE SEGREGAÇÕES:

AFRICA DOS SUL, LESOTO, BOTSUANA E SUAZILANDIA.

ORIGENS DA UNIÃO SUL AFRICANA


A Companhia Holandesa das Índias Orientais criou em 1652 um entreposto no cabo da
Boa Esperança - atual Cidade do Cabo. Colonos holandeses, protestantes calvinistas
desembarcam no cabo da Boa esperança, dando inicio a um processo de colonização.
Esses colonos serão denominados Bôeres e seus descendentes “Africânderes”.

A chegada dos Bôeres provoca conflitos com a tribo nativa dos Khoi- Khois também
conhecidos por Hotentotes. Os Bôeres também vão se miscigenar com os Khoi-Khois
dando origem aos mestiços, que, ao lado de negros e indianos seriam alvos de extremo
racismo, dominação, exploração e segregação.

O GRAND TREK
Em 1815, para garantir o caminho para as Índias, os inlgeses tomam o cabo Cabo da
boa Esperança. O sentimento antibritânico tornou-se forte principalmente entre os
africânderes do leste. (Em 1837, milhares de africânderes - estima-se que um quarto dos
que habitavam os distritos do leste- resolveram migrar para o nordeste, no fenômeno
que se tornou conhecido como Greand Trek ou “Caminho Sagrado”. Dois anos depois,
em 1828 os Africânderes, descendentes dos Bôeres entram em choque com as Tribos
Xhosa, Suazis e Zulus. Essa luta foi comandada por Andrieus Pretorius.

OS AFRICÂNDERES E A IGREJA
Os africânderes, fundamentalistas cristãos, de ideologia calvinista puritana e sectária,
cultivavam a crença de que era contra as leis de Deus igualar negros e brancos. Portanto
sua interpretação das escrituras legitimavam o racismo, a segregação, a dominação e
exploração dos negros, mestiços e indianos. A constituição do transvaal
institucionalizou essa crença aumentando ainda mais a violência contra os negros. Essa
constituição foi também a gênese, a semente do Apartheid.

APARTHEID
A Apartheid (em africâner significa “separação”) foi um regime de segregação
racial que ocorreu na África do Sul a partir de 1948, o qual privilegiava a elite branca
do país, que perdurou até as eleições presidenciais de 1994, ano em que ascendeu ao
poder Nelson Mandela, o maior ícone de liderança da África Negra, que pôs fim ao
regime segregacionista, lutando pela igualdade racial na África do Sul.

As estatísticas da África do Sul em 1978 escancaram a segregação

• População
NEGROS: 19 milhões
BRANCOS: 4,5 milhões
• Alocação de terras
NEGROS: 13%
BRANCOS: 87%
• Benefícios dos impostos governamentais
NEGROS: menos de 20%
BRANCOS: 75%
• Proporção de médicos para a população
NEGROS: 1 para 44 Mill
BRANCOS: 1 para 400
• Gasto anual na educação
NEGROS: US$ 45 por aluno
BRANCOS: US$ 696 por aluno
• Proporção de professores para a população
NEGROS: 1 para 60
BRANCOS: 1 para 22
• Mortalidade infantil
NEGROS: 40% (campo) / 20% (cidade)
BRANCOS: 2,7%
Fontes: BBC News

LESOTO, BOTSUANA E SUAZILANDIA.


Três povos africanos, Suazis, sothos e Tswanas colocaram que sob proteção dos
ingleses, receberam um pequeno território, tornando se sedentarizados.

Guerra do ouro e diamantes


No final do século XIX inlgeses e africânderes se enfrentariam novamente, dessa vez
pela disputa de ouro e diamantes. Nessa guerra, houve muita violência, particularmente
pelos britânicos que assassinaram 22.000 crianças.

No termino da guerra às colônias do Cabo, Natal, Transvaal e Orange se unem em um


mesmo estado. Considerando que o racismo era contra o não europeu, nesse estado,
os negros, mestiços e indianos foram todos marginalizados.

A desigualdade podia ser observada na distribuição do trabalho, da riqueza, do poder e


também no aspecto geográfico e cultural. Espaços especificos nas periferias foram
destinados aos excluídos enquanto a minoria branca morava nas grandes cidades.
Medidas restritivas aos negros se avolumavam sempre com aparato coercitivo da força
policial.

Resistências
Negros de famílias ricas, formados em escolas cristãs iniciam um processo de luta contra
a segregação, com um projeto de uma cidade unida. Entretanto levou tempo para que
conseguissem algum resultado positivo.

Em 1913 foi aprovada uma lei que dava legitimidade de posse de 95% das terras à
minoria branca. Aos negros restou os 5%, normalmente de terras improdutivas, que não
interessava aos brancos.

Mobilização
Em 1922, com o risco de demissões dos povos negros pela falta de mão de obra para
os brancos, e deflagrada a “greve dos 22 mil”, a criação de sindicatos e a formação do
partido Comunista.

Os brancos sentido-se ameaçados lançaram a “revolta vermelha” cujo lema era:


“Trabalhadores do mundo inteiro unam-se para uma áfrica do sul branca”. Seguiu se a
isso a promulgação da lei marcial, batalhas, barricadas e enforcamentos para garantirem
a lei e a ordem.

CNA
EM 1925, criou-se oficialmente o Congresso Nacional Africano, que adotou um hino “que
Deus abençoe a África” e uma bandeira preta (povo) verde (campos) e ouro (riquezas
minerais). Por outro lado, de 1923 a 1927 muitas leis restritivas foram implantadas pelos
brancos da classe governante.

NACIONAL CRISTIANISMO
A partir de 1930, os africânderes, passaram a concluir seus estudos na Alemanha, onde
consolidaram as ideologias racistas e supremacistas já tão em voga na Alemanha e,
sendo assim ao retornar ao continente Áfricano deram inicio a implantação de um um
sistema que pudesse proteger a integridade da raça e da cultura africânder.

Foi implantado então o Nacional-cristianismo que no futuro daria vida ao partido


nacionalista criado em 1938, cujo objetivo principal era proteger o futuro da sociedade
africânder. O partido Nacionalista foi idealizado pelo Dr. Verwoerd, o “pai da Apartheid”.

Algumas leis segregacionais


• Lei de 1949 proibia as relações sexuais e o casamento entre brancos e não
brancos
• A lei de 1950 que classificava a população entre brancos e não brancos
• Lei que proibia o partido comunista
• Lei que demarcou áreas residências para brancos e não brancos, os negros foram
enviados para reservas, normalmente em lugares inúteis para os brancos.
• Em 1952 criou-se uma lei que obrigava os negros a portarem passaporte com
informações detalhadas sobre seus dados pessoais.
• Em 1952, outra lei restringia o acesso dos negros aos locais frequentados por
brancos.
• Foi destinada aos negros uma política educacional muito inferior à dos brancos,
sob a justificativa de que segundo a Bíblia, os negros eram “lenhadores e
carregadores de água”.

SOPHIATOW
Um bairro negro e pobre, porem ali os negros tinham liberdade para comprar e
construir casas perto da moradia dos brancos. Quando isso incomodou os brancos,
o governo enviou tratores e em poucas horas destruiu o bairro inteiro e 60 mil pessoas
foram expulsas para bem longe, onde construíram um novo Bairro: Soweto. Quanto
ao antigo Sophiatow, os brancos construíram um bairro ao qual deram o nome de
Triumphe. Nessa época o apartheid funciona com uma eficácia espantadora. O
governo separou de um lado três milhões de branco e de outro, 13 milhões de não
brancos. O estado era um gestor de atrocidades.

NELSON MANDELA
Em 1957, alguns militantes negros foram presos, entre eles estava o ainda Jovem
adbogado, Nelson Mandela, que entraria para historia mundial da resistência.
Mandela era descendente da familiar real Xhosa e líder dos Jovens do Congresso
Nacional Africano

REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
Na década de 1960, impulsionados pelo massacre de sharpeville, onde 250
manifestantes foram feridos e 70 mortos, houve protestos em Nova York, Londres e
na própria ONU, onde o discurso era de revolta e indignação com o que ocorria na
África por conta da política racista do Apartheid.

Enquanto isso, na áfrica, animados, com as conquistas dos movimentos de


independência no norte e com a chegada dos negros ao poder nas ex-colônias
francesas, belgas e britânicas, a luta dos excluídos se intensificou. Por conta disso,
nesse período CNA e o Pan Africano são proscritos.

MANDELA PRESO
Em 1962, Nelson Mandela foi preso e passou 27 anos na prisão. Outros militantes,
inclusive brancos foram presos ou mortos. A década de 60 foi totalmente propicia ao
apartheid. Os africânderes, enriquecidos dominavam o cenário econômico, social e
político.

OLIVER TAMBO
Tambo era um militante que estava há 10 anos no exílio e fez uma denuncia na ONU,
mas as nações não se interessaram e optaram por não interferir.

EXCLUSÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA ONU


Em 1970 a África do Sul é excluída da Assembleia geral da ONU por conta das praticas
racistas e segregacionais do apartheid. Nessa época o governo de minoria branca,
cercado por povos negros e pelos comunistas cubanos estava em grande desvantagem
social, política, e territorial.

OS ZULUS
Em 1977 a violência chegou aos povos zulus e a resistência deu inicio a outra forma de
ação; eliminar o complexo de inferioridade e abandonar a resistência pacifica. Todavia,
no futuro, a reserva Zulu, dirigida por Butelezi, optaria por submeter-se ao governo
branco e, na esperança de obter a liderança dos povos negros criou o Inkata que se opôs
ao Congresso Pan África, Ao Partido Comunista e ao Congresso Nacional Africano.

PRESSÃO INTERNACIONAL
Nessa época a África do Sul enfrentava uma grande pressão internacional inclusive um
decreto que proibia a venda de armas para África do Sul. A liderança sul africana Decidiu
que era necessário, substituir o primeiro ministro John vorster. Botha, ex-ministro da
defesa ocupou os eu lugar aumentando o contingente militar e a verba para armamentos,
mas também promoveu reformas.

REVOLTA ESTUDANTIL
Em 1980, cerca de 100 mil alunos negros protestam contra a segregação racial e as
políticas educacionais direcionadas aos negros, mestiços e indianos. Nesse ponto os
manifestantes recebem incentivos da Igreja e nesse cenário se destaca o Bispo
Desmond Tutu que lutava contra a opressão e injustiça, afiançando que seriam vencidas.

ALGUMAS ABERTURAS
Em 1983, 4 milhões de mestiços e indianos foram autorizados a votar. O Parlamento era
constituído por três câmaras separadas, de brancos, de mestiços e de indianos. Os
negros (28 milhões) só podiam participar de governos locais e continuavam excluídos da
vida nacional.

FRENTE DEMOCRÁTICA UNIFICADA


Em 20 de agosto de 1983 foi criada a FDU, movimento de oposição à nova reforma. A
FDU, denuncía os engodos das reformas governamentais que não tinham nem
propósito, nem intenção de romper com o autoritarismo do governamental.

INDICIOS DA LIBERDADE PARA MANDELA E FIM DO APARTHEID.


Com o a marginalização da África do Sul por conta dos embargos internacionais, bancos
e capitais passaram a deixar os pais obrigando o governo a iniciar um processo de
aproximação com o CNA. Alguns fatos relevantes e decisivos no período.

• Abrandamento do controle político-social


• Ascensão dos sindicatos e proliferação das greves em vários setores
• Atritos entre xhosas (CNA) e Zulus (Inkata)
• Manifestações culturais com o forma de se opor ao Regime opressor
• Lideres africânderes progressistas iniciam contatos com o CNA
• Em 1990 em um referendo de sim ou não ao Apartheid, a África do Sul pôs fim a
um dos regimes mais cruéis e segregacionistas da historia.

Conclusão
Em 1994, depois de exaustiva negociação, Mandela é Eleito presidente da Africa do sul
com o apoio de 62,65 % dos votos, com legalidade para promover mudanças.

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