O presente estudo é um projeto de pesquisa acadêmica, organizado
para acolher a condição a desistência dos alunos do curso de Licenciatura em Física, oferecido pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Campus de Vitoria da Conquista - Bahia, o estudo tem por objeto de investigação o porquê cinquenta por cento dos alunos de física da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia desistem ou abandonam o curso nos primeiros semestres. A intenção fundamental deste projeto é arquitetar um perfil por meio de questionários com discentes do curso e evadidos para saber sobre as dificuldades do curso e motivos que levam a evasão, sobre a baixa busca ao curso, e a temas relevantes como o preparativo antes de chegarem à universidade, e com certeza buscar respostas que nos leve a compreensão desse problema, uma vez que estamos ligados ao curso, Assim sendo, a pesquisa é feita de um modo sobrecarregado, um exercício habitual. A Física é uma disciplina que faz parte de todos os cursos em grau universitário e não é novidade o relato de dificuldades no processo de aprendizagem de física, e também a queixa que essas dificuldades aumentam os índices de evasão, qual seria a forma apropriada para o ensino de física na universidade? O curso de física é um curso de baixa procura, e estabelece ampla dedicação e empenho dos estudantes. É deprimente escutar: é natural esse alto índice de evasão no curso, pois nos mostra que as pessoas compreendem esse problema, mas não buscam meios de resolvê-lo, observar professores do curso se sentirem tranquilos quando alunos principiam a desistir, acreditamos que professores que trabalham com alunos de classe trabalhadora, popular, carente, enfim independente da denominação, tem que fazer parte da realidade desses estudantes. Dentre as dificuldades enfrentadas pelos alunos do curso, estão, dificuldades em conciliar trabalho com estudo; frustração das expectativas com o curso; exigência de dedicação exclusiva ao curso, incompatível com necessidades profissionais, familiares e pessoais e decepção com a universidade. Um estudo de 1997 realizado pela Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras, numa parceria entre o MEC e o Fórum de Pró-Reitores de Graduação (Forgrad), mostrou o elevado percentual de evasão nas licenciaturas; em especial, em Física era de 65%, só ultrapassada pelo da licenciatura em Química, de 75%. Apesar do tempo, nada mudou de lá para cá. No ano de 2005, ano Mundial da Física, em um evento organizado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e pelo Ministério da Educação (MEC) esse tema foi novamente discutido (UNB, 2005). Para ilustrar, na UnB, entre 1998 e 2003, a evasão dos alunos do curso de Física foi de 72,3% e na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre 1993 e 2000, “dos 500 alunos que se matricularam, apenas 100 estudantes concluíram o curso” (UNB, 2005). Na Unicamp, esse problema também está sendo avaliado: os cursos com maior percentual de evasão são os de Física (14,32%), Matemática (10,63%), Ciências Humanas (9,33%), Letras e Lingüística (8,02%) e Química (7,43%) (UNICAMP, 2004). O censo escolar de 2005 (INEP, 2005), por outro lado, revela um baixíssimo percentual de professores com formação inicial na disciplina em que atuam; em Física, é de 9%! Iremos buscar um resumo de aproximadamente cinco anos do curso de Licenciatura em Física da UESB, onde agendam os números de alunos matriculados, desistentes, jubilados, as transferências, os alunos ativos e os formados no período, uma rápida analise desses documentos será realizada para, em seguida proporcionar um numero médio de alunos evadidos, por semestre. No Curso de Física da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a percentagem de evasão e os motivos apontados pelos alunos não é muito dessemelhante daqueles recém-citados. Por esse motivo, desde 2006, tem sido desenvolvido um projeto no sentido de afrontar essa circunstância e tornar mínima. Para isso, os docentes das disciplinas iniciais do curso de Física têm desenvolvido trabalhos em conjunto com outros docentes da mesma faculdade (TARRAGÓ; COSTA, 2007; CAMPOS; COSTA; LAGRECA, 2007;2008). Por fim iremos à busca de um resultado que nos proporcione uma melhoria de ensino, e algo que nos ajude a solucionar esse problema, visando explicações e defeitos que devem ser corrigidos com extrema urgência.