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CASO 3
(FONTES LABORAIS COLETIVAS E SIMILARES * DIREITO COLETIVO DO TRABALHO: maxime,
negociação, celebração, vigência e sobrevigência, e sucessão de CCT)
(CONFLITOS DE LEIS NO TEMPO E NO ESPAÇO)
(§§ 31) (§§ 56 a 75) (§§ 32-35)
1. Em 01-05-2018, a empresa X (com 2000 trabalhadores) decide celebrar duas CCT, uma com
o sindicato AA e outra com o sindicato BB, únicas associações onde se encontram filiados os
seus trabalhadores.
1.1. Os sindicatos pensam em conferir à comissão de trabalhadores da empresa X, poderes
para celebrar a referida CCT (mas depois desiste).
5. AA e X chegam rapidamente a acordo e elaboram um texto final que, contudo, contém algumas
normas materiais violadoras do Código, e entrega-o para depósito no Ministério do Trabalho
em 02/02/2019.
5.1. Vinte dias depois, X é notificada do despacho de recusa do depósito por violação legal.
5.2. Os trabalhadores não sabem se lhes é aplicável a antiga ou a nova CCT e receiam que a
antiga possa caducar nos termos da lei.
6. O sindicato BB, durante a negociação demorada e complicada com a empresa X, declara uma
greve nesta empresa, invocando razões referentes a questões não abrangidas na proposta de
CCT.
6.1. Por esse motivo e indignada, a empresa X dá por terminada a negociação, alegando
violação do dever de paz social.
6.2. O sindicato BB argumenta que existe um dever de contratar à luz do Código do trabalho.
6.3. A empresa X invoca a caducidade imediata da CCT ou, em alternativa, a suspensão dos
efeitos da CCT vigente considerando as enormes dificuldades financeiras que enfrenta.
FDL – 2018-2019 – DIREITO DO TRABALHO I – 4º ANO – NOITE- SUBTURMAS 2, 3 e 4 – Docente: Isabel Vieira Borges – 11/2018
7. Numa realidade diferente, uma distinta associação sindical signatária de um acordo coletivo de
trabalho, propõe às empresas outorgantes a revisão daquele acordo, incluindo uma diminuição
em 10% dos valores da tabela salarial (sem qualquer contrapartida substancial nas outras
matérias) e uma cláusula expressamente referindo o carácter globalmente mais favorável da
nova convenção.
9. O artigo 245º/3 do CT2009, sobre férias, introduziu uma alteração face ao CT2003.
Considerando a matéria de direito transitório, pode um empregador invocar esse novo regime
a um contrato de trabalho celebrado em 2007, no que se refere ao direito de férias vencido em
Janeiro de 2011 (que se reporta ao trabalho prestado em 2010), ou esse regime do CT2009
apenas se aplica a contratos de trabalho celebrados depois da sua entrada em vigor?
Quid Iuris