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FDL – 2018-2019 – DIREITO DO TRABALHO I – 4º ANO – NOITE- SUBTURMAS 2, 3 e 4 – Docente: Isabel Vieira Borges – 11/2018

CASO 3
(FONTES LABORAIS COLETIVAS E SIMILARES * DIREITO COLETIVO DO TRABALHO: maxime,
negociação, celebração, vigência e sobrevigência, e sucessão de CCT)
(CONFLITOS DE LEIS NO TEMPO E NO ESPAÇO)
(§§ 31) (§§ 56 a 75) (§§ 32-35)

1. Em 01-05-2018, a empresa X (com 2000 trabalhadores) decide celebrar duas CCT, uma com
o sindicato AA e outra com o sindicato BB, únicas associações onde se encontram filiados os
seus trabalhadores.
1.1. Os sindicatos pensam em conferir à comissão de trabalhadores da empresa X, poderes
para celebrar a referida CCT (mas depois desiste).

2. Em relação ao sindicato AA, trata-se da primeira CCT celebrada entre as partes.


2.1. Em 01-06-2018, X envia uma proposta escrita de CCT ao sindicato AA, fundamentada e
completa, identificando as entidades proponentes, com fundamentação e cópia ao
Ministério do Trabalho, prevendo a constituição de uma comissão paritária, o valor a pagar
pelos trabalhadores em caso de escolha da convenção, a retroatividade da aplicação das
tabelas sindicais ao início do ano de 2018, e sem prazo de vigência.

3. No tocante ao sindicato BB, trata-se da substituição de uma anterior CC.


3.1. Esta CTT tinha sido entregue para depósito em 01-12-2018, foi publicada em 01-02-2018, e
incluía um prazo de vigência de 5 anos sem referência a renovação.
3.2. Em 01-06-2018, X comunica ao sindicato BB a denúncia da anterior CCT em vigor, juntando
uma proposta global de nova CCT (nos mesmos termos da proposta enviada ao sindicato
AA), incluindo também a identificação da CCT a substituir.

4. Os sindicatos respondem em 15 dias respeitando os restantes requisitos legais, mas o


sindicato BB não aceita as tabelas salariais e nem propõe outros valores, só o fazendo daí a dois
meses, iniciando-se a negociação de ambas as CCT nos termos da lei.

5. AA e X chegam rapidamente a acordo e elaboram um texto final que, contudo, contém algumas
normas materiais violadoras do Código, e entrega-o para depósito no Ministério do Trabalho
em 02/02/2019.
5.1. Vinte dias depois, X é notificada do despacho de recusa do depósito por violação legal.
5.2. Os trabalhadores não sabem se lhes é aplicável a antiga ou a nova CCT e receiam que a
antiga possa caducar nos termos da lei.

6. O sindicato BB, durante a negociação demorada e complicada com a empresa X, declara uma
greve nesta empresa, invocando razões referentes a questões não abrangidas na proposta de
CCT.
6.1. Por esse motivo e indignada, a empresa X dá por terminada a negociação, alegando
violação do dever de paz social.
6.2. O sindicato BB argumenta que existe um dever de contratar à luz do Código do trabalho.
6.3. A empresa X invoca a caducidade imediata da CCT ou, em alternativa, a suspensão dos
efeitos da CCT vigente considerando as enormes dificuldades financeiras que enfrenta.
FDL – 2018-2019 – DIREITO DO TRABALHO I – 4º ANO – NOITE- SUBTURMAS 2, 3 e 4 – Docente: Isabel Vieira Borges – 11/2018

7. Numa realidade diferente, uma distinta associação sindical signatária de um acordo coletivo de
trabalho, propõe às empresas outorgantes a revisão daquele acordo, incluindo uma diminuição
em 10% dos valores da tabela salarial (sem qualquer contrapartida substancial nas outras
matérias) e uma cláusula expressamente referindo o carácter globalmente mais favorável da
nova convenção.

7.1. Depois da publicação da convenção revista, os trabalhadores reclamam o direito a


manterem os valores anteriores, considerando que a nova convenção é globalmente
menos favorável e que a mera sucessão de convenções não pode diminuir o nível de
tutela global dos trabalhadores. Mas as empresas sustentam a diminuição daqueles
direitos retributivos, porque os mesmos não foram ressalvados na nova convenção.

8. Joana (portuguesa ou inglesa) é contratada por um empregador com estabelecimento em


França, para prestar a actividade de secretariado em Portugal, num outro estabelecimento
daquele empregador sito em Portugal (ou de empresa do mesmo grupo empresarial).
Joana invoca a legislação portuguesa sobre segurança e saúde no trabalho, que lhe é mais
favorável em concreto, mas o empregador alega aplicável a legislação francesa.
No contrato de trabalho outorgado pelas partes consta uma cláusula nos termos da qual é
aplicável ao contrato a legislação francesa sobre segurança e saúde no trabalho.

8.1. E se a empresa tivesse estabelecimento em Portugal e Joana (portuguesa ou inglesa)


tivesse sido contratada por este empregador e desenvolvesse a sua actividade em
Inglaterra, também em estabelecimento do mesmo empregador (ou de empresa do
mesmo grupo empresarial?

9. O artigo 245º/3 do CT2009, sobre férias, introduziu uma alteração face ao CT2003.
Considerando a matéria de direito transitório, pode um empregador invocar esse novo regime
a um contrato de trabalho celebrado em 2007, no que se refere ao direito de férias vencido em
Janeiro de 2011 (que se reporta ao trabalho prestado em 2010), ou esse regime do CT2009
apenas se aplica a contratos de trabalho celebrados depois da sua entrada em vigor?

Quid Iuris

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