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MINISTÉRIO DA EDUCAÇ!

O
SECRETARIA DE EDUCA"!O PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCA"!O, CI#NCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CAMPUS SIM$ES FILHO

ANAIS

I ENCONECTA: ENCONTRO DE CONEX"ES, PESQUISA


E EXTENS#O DO IFBA SIM"ES FILHO

O ENCONECTA curte Empreendedorismo

IFBA
SIM!ES FILHO, BAHIA
2018

22 de outubro de 2018
Sim!es Filho - Bahia - Brasil
MINISTÉRIO DA EDUCAÇ!O
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FICHA CATALOGR$FICA ISBN

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INSTITUCIONAL - IFBA

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Reitor Rui Carlos de Souza Mota

Renato da Anunciaç"o Filho Chefe de Gabinete

Chefe de Gabinete Jovenice Ferreira dos Santos

Edmilson dos Santos Direç&o de Ensino

Pr%-Reitor de Ensino Esly César Marinho da Silva

Jaqueline Oliveira Coordenaç&o Ensino

Pr%-Reitor de Extens&o, Relaç!es Solange Almeida


Empresariais e Comunit'rias

José Roberto Silva de Oliveira

Pr%-Reitor de Desenvolvimento
Institucional e Infraestrutura

Anilson Roberto Cerqueira Gomes

Pr%-Reitor de Administraç&o e
Planejamento

Paulo André Queiroz Ferreira

Pr%-Reitor de Pesquisa, P%s-Graduaç&o e


Inovaç&o
Luiz Gustavo da Cruz Duarte
IFBA – CAMPUS SIM"ES FILHO

Direç&o Geral

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ORGANIZA(#O DO EVENTO

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EQUIPE ORGANIZADORA
COMITE+ AVALIADOR
Ana Edna Sacramento CIENTI.FICO
Elba Gomes dos Santos
Ivo Falc"o Prof. Dr. Lu#s Dantas
Jamille Maria Nascimento de Assis Prof$. Dr$. Teresinha Tamanini
Luciane de Oliveira Prof. Msc. Ricardo Kuentzer
Lu#s Alberto Barbosa Prof$. Dr$. Elba Gomes
Maria Teresinha Tamanini Andrade Prof$. Dr$. Ivo Falc"o
Ricardo Guilherme Kuentzer Prof$. Dr$. Jamile Assis

COORDENAC)A*O GERAL EQUIPE DE APOIO


3BOLSISTAS4
Elba Gomes dos Santos
Jamille Maria Nascimento de Assis Camila Melo
Jo"o M%rio Guedes dos Santos
COORDENAC)A*O DE PESQUISA Lucas Luiz Conceiç"o Calazans
DO CAMPUS IFBA/SF Marcelo Bomfim Reis dos Santos

Elba Gomes dos Santos


SUPERVIS#O EDITORIAL,
COORDENAC)A*O DE REVIS#O DE TEXTO E
EXTENS#O DO CAMPUS EDITORA(#O ELETR5NICA
IFBA/SF
Ivo Falc"o
Jamille Maria Nascimento de Assis Jamille Maria Nascimento de Assis

EDITORES PROJETO GR$FICO, CAPA E


DIVIS6RIAS
Elba Gomes dos Santos
Ricardo Guilherme Kuentzer Jo"o M%rio Guedes dos Santos

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APRESENTA••O

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O ENCONECTA – I Encontro de Conex•es, Pesquisa e Extens!o do Campus


Sim•es Filho é uma oportunidade de divulgar as atividades acadêmicas, extensionistas
e suas conex!es realizadas no campus para a comunidade interna e externa do IFBA. A
ideia é confluir em um mesmo momento todas as modalidades de pesquisa (PIBIC,
PIBIT, PINA, dentre outras) e de extens"o (realizadas por via de projeto, ou dentro do
repert#rio das matérias) para que sejam visualizadas a produç"o do Instituto, ao tempo
que ser"o também estimulados os intercâmbios de conhecimento e os futuros estudos e
atividades.

$ sabido que muito se produz no campus e o ENCONECTA ser% uma forma de se


desenvolver um espaço de divulgaç"o do conhecimento produzido e de oportunizar a
criaç"o de novos laços educacionais. Além disso, essa ser% uma oportunidade de se
guardar a mem#ria do que se vem construindo em Pesquisa e Extens"o. Ademais,
poder"o ser observadas, de maneira mais sistem%tica, as pontes poss&veis entre pesquisa
e extens"o, o que é aprendido nos cursos e nos est%gios, o campo multifacetado que
aguarda os egressos, tanto na universidade, quando na zona do empreendedorismo.

OBJETIVO GERAL

Fomentar no IFBA Campus Sim!es Filho um espaço de conex!es, divulgaç"o e troca de


saberes que contemple a apresentaç"o de trabalhos que versem sobre a Pesquisa e
Extens"o produzida no Campus Sim!es Filho.

OBJETIVOS ESPEC'FICOS

· Desenvolver a capacidade cr&tica e reflexiva dos servidores, discentes e


comunidade externa no tocante à Pesquisa e Extens"o e suas poss&veis conex!es;
· Promover um debate formativo acerca das potencialidades dos temas em
pesquisa, est%gio, empreendedorismos e atividades extensionistas;
· Incentivar a divulgaç"o do que se é produzido no campus, em Pesquisa e
Extens"o, tanto dentro de grupos de pesquisas, projetos de extens"o, quanto no
âmbito das matérias;
· Construir um espaço de formaç"o para servidores e discentes do IFBA Campus
Sim!es Filho relacionados aos temas discutidos ao longo do evento e das
apresentaç!es cient&ficas.

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P*BLICO ALVO: Docentes, Técnicos Administrativos e Discentes do Campus Sim!es


Filho.

PROGRAMA••O

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ENCONECTA – I Encontro de Conex•es, Pesquisa e Extens!o do Campus Sim•es


Filho

ARQUITETURA DO EVENTO

Tema: O ENCONECTA curte Empreendedorismo

8:30 – 10:00 Abertura

Espaço Conectar 1 – Curta o empreendedor no ciberespaço


Espaço Conectar 2 – Ative o sininho das ideias e faça seu neg#cio
Espaço Conectar 3 – Dê um like na pesquisa e estenda suas ideias
Espaço Conectar 4 – Compartilhe formaç"o acadêmica e empreenda

10:20 – 10:40 Pausa para o lanche

10:40 – 13:00 Desafio Enconecta

11:30 – 12:30 Colocaç!o dos pôsteres nos stands pelos apresentadores

13:00 – 16:00 Apresentaç•es dos pôsteres

13:00 – 16:00 FERVE: Feira de Empreendedores Regionais Variados e Egressos

14:20 – 14:40 Pausa para o lanche

16:00 – 17:00 Apresentaç!o do Desafio Enconecta + Encerramento.

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AGRADECIMENTOS

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A Comiss"o Organizadora do ENCONECTA / 2018, IFBA, Campus Sim!es Filho,


expressa seus sinceros agradecimentos ao importante apoio que recebeu das
Instituiç!es, Empresas e Profissionais em diversas %reas relacionadas abaixo.

Enfim, nos conectamos+ $ importante deixar registrado o agradecimento da comiss"o


pela oportunidade de aprender a criar oportunidades diferentes de difundir o
conhecimento no espaço do IFBA Sim!es Filho. A intenç"o inicial de conhecer os
variados saberes de pesquisa e extens"o produzidos na escola, debater sobre vias de
profissionalizaç"o, através do empreendedorismo, exercitar através do desafio
Enconecta o pensamento criativo e inovador entre os estudantes e apresentar os v%rios
empreendimentos da comunidade, dos estudantes e dos egressos através do FERVE
(Feira dos Empreendedores, Regionais, Variados e Egressos) s# foi poss&vel porque
formamos uma grande equipe: Pr#-Reitoria de Pesquisa e Extens"o, Direç"o Geral,
DEPEN, Coordenaç"o de Pesquisa e Extens"o, Comiss"o, Bolsistas, DEPAD, GRA,
Terceirizados, Biblioteca, Assistência de Alunos, COTEP, Psicossocial, Comunicaç"o,
Audiovisual, Docentes, Técnicos-administrativos, Monitores, Estudantes, Egressos,
Comunidade Externa, todas as pessoas que fazem a escola.

Esses indiv&duos que est"o acima representados pelos setores criaram e executaram o
evento que quis conectar os espaços, os afazeres, os talentos, os saberes sem hierarquias
e prop#sitos outros que n"o fossem liberar o Instituto de estar meramente atrelado à
notas, prazos e mecanizaç"o do ensino aprendizagem. Sim, a escola como um todo quis
ver seus trabalhos expostos nos pôsteres (foram 76 aprovados, mas claro, ter&amos mais
a expor) e ocupar os espaços para aprender e ensinar. N#s podemos e conseguimos criar
cada vez mais momentos de trocas em sintonia com o respeito e o prazer de estar e ser o
Instituto. O trabalho continua. Em breve, os certificados e anais. E que essa potência
coletiva reverbere+++

Gratid"o+

Equipe Enconecta 2018

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PREF"CIO

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O I ENCONECTA - Encontro de Conex•es, Pesquisa e Extens!o do Campus Sim•es


Filho 2018 - foi estabelecido pelas Coordenaç!es de Pesquisa e Extens"o do Campus,
conforme Portaria N5 028 de 02 de maio de 2018. O projeto teve in&cio, com a
aprovaç"o do orçamento e do planejamento que envolveu essas duas coordenaç!es. O
encontro foi pensado para ser realizado no mês de outubro sob a Comiss"o
Organizadora nomeada do IFBA, juntamente, por meio do Departamento de Ensino
(DEPEN), Pr#-Reitor de Extens"o, Relaç!es Empresariais e Comunit%rias, Pr#-Reitor
de Pesquisa, P#s-Graduaç"o e Inovaç"o. Conta com a colaboraç"o das Coordenaç!es de
Cursos e Departamentos Administrativos do Campus.
Este Encontro, foi o espaço ideal para o fomento de socializaç"o de trabalhos realizados
Técnicos-cient&fico-culturais, no Campus; afins de inteirar a Instituiç"o das suas
propostas de ensino, pesquisa e extens"o, conectados à sociedades cient&ficas e difus"o
do conhecimento.
Tem o objetivo de apresentar e aproximar a Ciência e Tecnologia da comunidade
acadêmica, fomentar no IFBA Campus Sim!es Filho um espaço de conex!es,
divulgaç"o e troca de saberes que contemple a apresentaç"o de trabalhos que versem
sobre a Pesquisa e Extens"o. A ideia é criar uma linguagem acess&vel à todos os
estudantes, professores e técnicos administrativos a mostrarem seus resultados,
produzida no Campus Sim!es Filho.

A discuss"o do tema “O ENCONECTA curte Empreendedorismo” foi apresentada por


profissionais qualificados, oriundos de Instituiç!es de renome nacional. Os debates
servir"o como base para a busca de maior interaç"o entre os grupos de pesquisa, a n&vel
local, regional e nacional, visando atingir os objetivos espec&ficos de desenvolver a
capacidade cr&tica e reflexiva dos servidores, discentes e a comunidade externa;
promover, incentivar e construir um debate formativo acerca das potencialidades dos
temas em pesquisa, est%gio, empreendedorismos e atividades extensionistas.

Além disso, essa ser% uma oportunidade de se guardar a mem#ria do que se vem
construindo em Pesquisa e Extens"o. Ademais, poder"o ser observadas, de maneira
mais sistem%tica, as pontes poss&veis entre pesquisa e extens"o, o que é aprendido nos
cursos e nos est%gios, o campo multifacetado que aguarda os egressos, tanto na
universidade, quando na zona do empreendedorismo.

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Quem participa: Toda a comunidade escolar, como ouvinte e apresentador de


trabalhos.

Todos os participantes de projetos extensionistas ou de pesquisa apoiadas e/ou


financiados pelo IFBA est"o convidados a apresentarem seus trabalhos, como uma
forma de trazerem à baila os conhecimentos constru&dos ao longo do processo. Essas
orientaç!es também seguem as premissas da Pr#-reitoria de Pesquisa, P#s-Graduaç"o e
Inovaç"o e a Pr#-reitoria de Extens"o, que estimulam n"o s# a produç"o, mas a
divulgaç"o dos conhecimentos.

Outros trabalhos, efetuados em sala de aula por alunos, partes de dissertaç!es ou teses
de servidores, Trabalhos finais de Curso ou relat#rios dos egressos também s"o bem-
vindos.

A sua origem no IFBA/SF, partiu do chamamento p9bico no portal do


site: http://www.enconecta-ifbasf.ufba.br/. L% tem todas as regras para submiss"o de
trabalhos e inscriç"o, programaç"o e detalhes do evento.

Este caderno de resumos contém as contribuiç!es apresentadas no I ENCONECTA,


realizado em 22 de outubro de 2018 em Sim!es Filho, Bahia, Brasil.

Sigam também a p%gina https://www.facebook.com/enconecta/ e @enconecta no


Instagram para se inteirar das novidades.

Aproveitem esse livro resumo, com os trabalhos apresentados no ENCONECTA 2018+

Desde j%, estaremos te esperando para pr#xima ediç"o...Prontos para se conectarem para
201<?

Comiss"o Organizadora

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SUMÁRIO

________________________________________________________________

A cadeia produtiva da mamona na bahia e a necessidade de 12


revisão do programa de biodiesel
A charge como fonte e representação da informação no 14
desenvolvimento político brasileiro
A história do petróleo na bahia: desafios e expectativas da 16
formação dos técnicos em petróleo e gás natural do ifba-
Simões Filho
A influência da crença no aprendizado do tema origem da 18
vida: uma análise quantitativa
A introdução de espécies exóticas na flora brasileira 20

A matemática na arte japonesa de dobrar papel 22

Ações educativas para prevenção e enfretamento das ist, do 24


hiv/aids e das hepatites virais
Ações extensionistas no cuidado a promoção da saúde sexual 26
e reprodutiva de adolescentes
Aditivos melhoradores da estabilidade oxidativa do biodiesel 28
sintetizados a partir de seu co-produto: glicerol
App vagas – um aplicativo de oportunidades 30
Assédio moral e sexual e outras formas de constrangimento 32
dos trabalhadores
Avaliação da influência dos processos de preparação de 34
cupons utilizados em ensaio de corrosão
Avaliação da taxa de corrosão em sistemas de aço carbono, 35
submetidos à água do poço artesiano que abastece parte do
sistema hidráulico do ifba campus Simões Filho
Bebedouro automático 37

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Classificação de descontinuidades por árvores de decisão em 39


juntas soldadas inspecionadas através da combinação das
técnicas não destrutivas tofd e pec
Combate a incêndio e pânico: uma analise estrutural e 41
implantação de um modelo de inovações no campus Simões
Filho
Conforto ambiental no áudio i 43
Construção do conceito de torção a partir da aprendizagem 45
baseada em estudo de caso: esforços atuantes em mini-
implantes odontológicos
Construindo redes de pesquisa em coautoria: análise da 47
produção bibliográfica no ifba
Controle de sólidos de perfuração on shore 49
Da solidariedade contra o negócio ao negócio da 51
solidariedade: o papel das ongs internacionais na bahia
Dadv: dispositivo para o auxílio de deficiêntes visuais 53
De quem é a culpa ?: rompendo o silêncio, fortalescendo os 55
laços. Lutando contra a violência às mulheres
Desenvolvimento de melhorador da lubricidade para o diesel 57
s-10
Dificuldade da comunicação da criança surda filha de pais 59
ouvintes
Discussão sobre a inicativa gás para crescer 61
Diversidade de lepidoptera (borboletas) da apa do campus 63
ifba Simões Filho: estudos preliminares
Documentos do ano de 1940 do “destacamento do nordeste” 65
para o combate ao banditismo: transcrição e levantamento
lexical
Elevador de baixo custo: uma experiência no campus Simões 67
Filho
Ensino de eletricidade básica para crianças - uma experiência 69
de estágio supervisionado no curso de licenciatura em
eletromecânica
Estudo de caso sobre a proteção individual na utilização dos 71
novos painéis do laboratório de instalações do ifba campus
Simões Filho

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Estudo de viabilidade da instalação de um sistema de geração 73


fotovoltaico ongrid para redução de custos no ifba- campus
Simões Filho
Estudo e caracterização da biomassa de fibra de sisal 75
Estudo sobre seleção de materiais para uso em tubulações que 77
transportam gases em alta pressão
Fatores que podem influenciar na evasão no ifba campus 79
Simões Filho
Fluídos de perfuração petrolífera: estudo de caso para o uso 81
correto no laboratório de pesquisa de pgn do ifba
Formação de professores para educação profissional: da 83
invisibilidade ao notório saber
Geopolítica do petróleo: perspectivas energéticas e o técnico 85
em petróleo e gás natural
Identificação de descontinuidades em juntas soldadas de aço 87
usando inspeção ultrassônica tofd e método de classificação
automática
Implantação de uma microgeração e/ou minigeração de 89
energia fotovoltaica no ifba campus Simões Filho –
integrando os alunos de eletromecânica em uma nova prática
pedagógica
Inclusão do sitema de educação de educação bilíngue (língua 91
portuguesa e libras) nas escolas municipais municipais de
simões de simões: desafios e perspectivas para igualdade
Inspeção do laboratório de eletrotécnica com o enfoque na 93
luminotécnica
Instalações elétricas residenciais: a importância das aulas 95
práticas no curso técnico em eletromecânica no ifba campus
Simões Filho.
A introdução de espécies exóticas na flora brasileira 97
Jovens conectados: novas formas de aprendizagem 99
Mapeamento do campo religioso do ifba - Simões Filho 101
Matemática e física está em tudo: da motivação à inclusão 103
Máximos e mínimos da função de maneira descomplicada 105
Método de produção de um importante antioxidante para a 107

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indústria plástica, mantendo-se o controle da temperatura do


reator em batelada para esta reação exotérmica.
Metodos de elevação artificial 109

Mine carro robô que se desvia de obstáculo 111


Montagem de um sistema reacional para recuperação 113
sustentável do mercúrio contido em lâmpadas fluorescentes
O rendimento do automóvel e seus desafios 115
O rendimento do automóvel movido a combustão interna e 117
seus desafios
Obtenção de um fluido de perfuração com biodiesel e 119
determinação de sua alcalinidade
Oficina de exercício fisioterapêuticos para fortalecer os 121
músculos do assoalho pélvico: relato de experiência
Oficina de jogos digitais: a utilização das ferramentas scratch 123
e blender 3d no desenvolvimento de jogos para aprendizagem
de raciocínio lógico e conceitos-base de matemática.
Os desafios da crescente produção de petróleo no brasil 125
Percebendo indício de pensamento crítico em estudantes 127
através da aplicação de sequência didática com enfoque cts
Perfil dos indicadores de conclusão e não conclusão do curso 129
técnico integrado do ifba de Simões Filho
Programa de iniciação a docência na educação técnica: uma 131
experiência com licenciandos em eletromecânica
Projeto de um sistema eletrônico de votação com uso de ci’s 133
Projeto dos painéis de instalações elétricas baseados em uma 135
casa experimental
Projeto metamorfoses: mais diferenças, menos exclusão 137
Projeto social de extensão: carpe diem, formas de aproveitar o 139
dia
Prospecção tecnológica em documentos de patente sobre a 141
fosfoetanolamina, associada ao diagnóstico, a prevenção, ou
ao tratamento do câncer: uma busca realizada em duas bases
de dados distintas
Relações entre ressonância e dimensões do corpo de um 143

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violão
Remediação de áreas ambientais por biomassas 145
Robô seguidor de linha 147
Sobre a influência de forros de teto no conforto térmico, 149
visual e acústico do interior de ambientes.
Sucatas metálicas - lixo ou oportunidade? 151
Testes em aditivos candidatos a inibidores de corrosão 153
metálica em biodiesel
Tijolo produzido por compósito de exocarpo de licuri 155
fragmentado
Uso de metodologia ativa para o ensino de resistência dos 157
materiais com uso de artigo sobre comportamento de
parafusos corticais submetidos a torção manual e de torção
em maquina.
Uso de um estudo de caso sobre a influência da torção nas 159
propriedades mecânicas de fios de alta performace como
metodologia para apresentação do conceito de torção
Você tem sede de ler? Análise da ação leitora dos estudantes 161
no ifba - Simões Filho

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RESUMOS APRESENTADOS NA MODALIDADE


P•STERES

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11
A CADEIA PRODUTIVA DA MAMONA NA BAHIA E A
NECESSIDADE DE REVISÃO DO PROGRAMA DE BIODIESEL

Ricardo Guilherme Kuentzer1, Astria Dias Ferrão-Gonzales2 [Orientadora]


1
Docente do Instituto Federal da Bahia – IFBA/Simões Filho. (Brasil)
2
Orientadora e Professora do Mestrado Profissional de Bioenergia - FTC e do Departamento de
Ciências da Vida - UNEB. (Brasil)
E-mails: rkagro@me.com , agonzales@uneb.br

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
Fruto do trabalho de pesquisa da Dissertação para obtenção do Título de Mestre, para área de Tecnologias
Aplicáveis a Bioernergia; este resumo apresenta parte dos estudos da cadeia produtiva da mamona no Estado da
Bahia até sua utilização do óleo de rícino na indústria da oleoquímica. Apontando os desvios de suas premissas
dentro do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), criado pelo Decreto-Lei de 23 de
dezembro de 2003 e complementado pela Lei nº 11.097 de 13 de janeiro de 2005, que estabelece que parte do
biodiesel seja produzida por cooperativas ou associações de pequenos agricultores instaladas nas Regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste.
Uma das características da matriz energética brasileira, que a torna diferenciada da matriz mundial, bem como da
maioria dos outros países desenvolvidos, é a significativa participação de fontes renováveis, sobretudo, a energia
de origem hídrica e dos diferentes tipos de biomassa.
Observa-se, no entanto, que a mamona (Ricinus communis L.)1, tendo sido matéria-prima referência na
concepção do PNPB, por estar atrelada à produção via agricultura familiar (AF), e sabendo-se que o óleo de
rícino (extraído da mamona) possui propriedades físico-químicas que não permitem a produção de um biodiesel
que atenda às especificações técnicas referidas na Resolução nº 42 da Agência Nacional de Petróleo (ANP),
torna-se impossível estabelecer uma relação entre o desenvolvimento rural sustentável e a inclusão social
baseada na produção de mamona. Partindo-se da premissa de que a cultura da mamona no Estado da Bahia é
redirecionada para a indústria Ricinoquímica, indústria essa, que utiliza o óleo da mamona para a fabricação de
aproximadamente 600 produtos. A inclusão dessa matéria-prima no PNPB não contribui para o fortalecimento da
cadeia produtiva já existente para a mesma.
Objetivos:
Este artigo tem por objetivo analisar a inefetividade do uso da mamona no Estado da Bahia, dentro do Programa
Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) nos últimos dez anos, uma vez que, na cadeia produtiva dessa
oleaginosa, ela demonstrou não ser favorável ao desenvolvimento rural sustentável e a inclusão social conforme
fora planejado. No modelo de análise na pesquisa, os dados secundários foram direcionados aos dois eixos dos
objetivos específicos: identificar as matérias-primas utilizadas pela agricultura familiar do Estado da Bahia e sua
participação no Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) e verificar a participação da
mamona produzida no Estado da Bahia no processo de transformação em Biodiesel no âmbito do PNPB.
Metodologia:
Procurou-se seguir uma metodologia que se adequasse e proporcionasse o maior número possível de
informações. Dessa forma usou-se a pesquisa, cuja natureza é definida como aplicada, caracterizada pela análise
de um levantamento dos bancos de dados e documentos públicos do Governo Federal e Estadual, sendo
identificadas as matérias-primas utlizadas desde a criação do PNPB na produção de Biodiesel e visitas in loco a

1
É uma oleaginosa de destacada importância no Brasil e no mundo. Seu óleo é uma matéria prima de aplicações únicas na
indústria química devido a características peculiares de sua molécula, o qual lhe confere as propriedades químicas atípicas
(EMBRAPA, 2016).

12
três empresas da cadeia da produtiva da mamona, sendo elas: uma cooperativa produtora e uma esmagadora (na
Bahia) e outra beneficiadora de óleo de mamona (em São Paulo), avaliando sua destinação do óleo de rícino.
Resultados:
Como resultado, verificou-se que as metas originalmente criadas no programa não foram atingidas de maneira
satisfatória, o que demonstra a necessidade de revisão do programa governamental na Bahia.
A agricultura familiar do Nordeste mostrou-se, até o momento, insatisfatório no que tange à produção de
biodiesel pelo PNPB, isto porque ao associá-la ao uso da mamona como biomassa para produção de biodiesel,
verifica-se que a mamona não é matéria-prima para tal, segundo as regras de qualidade da Resolução nº 42 da
ANP, e a Agricultura Familiar na Bahia não está estruturada para a principal cultura, dentro da realidade
brasileira, como biomassa que é a soja.
Nesse sentido, o modelo de análise da pesquisa in loco possibilitou a verificação da cadeia produtiva da
mamona, por meio de coletas de dados das empresas pesquisadas, a fim de avaliar criticamente a participação da
cultura da mamona e da agricultura familiar, tal como planejado originalmente pelo PNPB, no sentido da sua
produção e de seus destinos (Figura 1).

Figura 1. Esquema interpretativo de pesquisa e resultados. Fonte: Elaborado pelo próprio autor.

Considerações Finais:
Conclui-se, portanto, que a cadeia produtiva do óleo da mamona atende a uma demanda nobre da indústria da
Ricinoquímica, sendo este óleo seu produto de derivação e de diversas aplicações na cadeia da transformação em
geral, retratando que o mesmo não é utilizado para a produção de biodiesel no Brasil e que a relação entre o
PNPB e a agricultura familiar na Bahia, sobre o viés da efetividade e da produção de matéria-prima para o
biodiesel, a partir da mamona, denota completa inviabilidade.
Há necessidade de revisão do programa governamental, visando a atender o seu escopo de melhoria das
condições socioeconômicas dos agricultores familiares e a sua inclusão social.
Referências Bibliográficas:

ANP, Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (2004). Resolução ANP Nº 42, DE
24.11.2004 – DOU 9.12.2004. Retificada DOU 19.4.2005. Disponível em:
http://www.anp.gov.br/wwwanp/rodada-legislacao/producao-debiocombustiveis. Acesso em: 10. nov. 2015.
IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2010. Biocombustíveis no Brasil: etanol e biodiesel.
Comunicados do IPEA nº 53. Série: EIXOS DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO. 26 de maio de 2010.
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Mamona. Apresentação do Produto – Embrapa
Algodão. 2016. Disponível em: <http://www.cnpa.embrapa.br/produtos/mamona/apresentacao.html> Acesso em:
22 de maio 2016.

13
A CHARGE COMO FONTE E REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO
NO DESENVOLVIMENTO POLÍTICO BRASILEIRO

Isabel Cristina de Oliveira Souza 1 Lídia Maria Batista Brandão Toutain


1
IFBA (Brasil2, UFBA (Brasil)

falecomisabelsouza@gmail.com, lidiabrandaotoutain@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Le Coadic (2004, p.4) conceitua que “a informação é um significado


transmitido através da mensagem escrita por meio de signos e, constituída também, pelas funções documental e a
simbólica”. Quando fazemos interpretações históricas da linguagem não verbal, utilizamos um processo
consciente de transmissão da informação e associamos classes de fenômenos mediados por códigos culturais.
Dentro deste contexto, o estudo do uso dos signos no processo de gerenciamento da informação durante os
períodos eleitorais brasileiros, contemplado neste estudo, tem como ponto de partida uma pesquisa descritiva
documental, cujo objetivo é analisar e avaliar o papel da charge como fonte e representação da informação
(Araujo, 2015), no desenvolvimento político brasileiro em seu contexto republicano. E para atingir este
resultado, ateve-se, como ponto de partida, identificar os processos fenomenológicos envolvidos nos recursos
informacionais utilizados; avaliar os conteúdos informacionais veiculadas em suas imagens; analisar sua
influência na decisão dos cidadãos e o ato de ler as charges pelo ponto de vista da Ciência da Informação (CI).
O ponto de chegada ampara-se no resultado encontrado no uso da Tridimensionalidade da Informação
Chargística em sua proposta de modelo interpretativo da charge pelo ponto de vista da apropriação da
informação (CI) (Oliveira-Delmassa e Almeida Junior, 2017); pelos signos implícitos em suas imagens
(Semiótica) e pelo auxílio de uma abordagem filosófica baseada no pensamento empírico de John Locke
(Schultz e Schultz, 2017).

Objetivos: Este trabalho, segue o objetivo de analisar o uso da charge como forma de representação de
linguagem não verbal, como fonte de informação (objeto de estudo) no universo do contexto político republicano
brasileiro, tendo como sujeitos os eleitores e candidatos.

Metodologia: O estudo segue, como princípio, as características da pesquisa descritiva documental,


desenvolvidas a partir de uma abordagem qualitativa, incluindo abordagem filosófica.

Resultados: Ao final, como resultado da verificação da formulação provisória (hipótese), apresentamos a tese da
Tridimensionalidade da Informação Chargística, como resultado do desenvolvimento dos estudos realizados. Um
modelo de interpretação das charges a partir de uma teoria desenvolvida à luz de uma abordagem

14
multidisciplinar, a saber, a charge prevista na Ciência da Informação em sua natureza como fonte de
informação; a charge do ponto de vista da análise semiótica (Peirce, 2010), inerente à sua natureza como
entidade sígnica e, finalmente, em um exame filosófico, por seu princípio em despertar no receptor uma atitude
crítica de avaliação por meio do raciocínio fundamentado e lógico, implícitos nas infinitas intenções e
possibilidades de seus elementos.

Considerações finais

Conforme o objetivo deste trabalho, de investigar a charge além de seu contexto hipotético de
complementaridade e suplementaridade, da informação, conseguiu-se, por meio da aplicação do modelo de
Tridimensionalidade da Informação Chargística, a confirmação da hipótese de que a charge, dentro do universo
do cenário político eleitoral brasileiro, consolidou-se como uma fonte de informação de representação não
verbal. Principalmente, na parcela que tem maior dificuldade em saber, e entender, o que se passa a sua volta.
Fenômeno que ainda persiste no Brasil, desde quando, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE (2017) dão conta de que ainda temos 11,7 milhões de analfabetos.
Assim, confirma-se que, a charge, tanto quanto os outros meios de informação por imagem, também é
capaz de prover informação ao sujeito da pesquisa, a saber, o eleitorado formado pelos representantes das
diversas camadas sociais e culturais que totalizam a formação do Estado brasileiro.
A partir dessa premissa, admite-se que os chargistas ainda se detém em sua tarefa de informar, pelas
imagens, sob os mesmos confrontos vividos por seus antecessores dos primórdios da era republicana. Ou seja,
inserem-se no campo minado da informação política, pelos caminhos dos confrontos entre protagonistas da
informação e personagens políticos.

Referências Bibliográficas.

ARAUJO, Nelma Camêlo; FACHIN, Juliana. Evolução das fontes de informação. Rio Grande (RS), Biblos
:Revista do Instituto de Ciências Humanas e da Informação (FURG), v. 29, n.1, 2015. Disponível em:
https://periodicos.furg.br/biblos/article/view/5463/3570. Acesso em: 19 abr. 2018. p. 85.

LE COADIC, Yves-François. A ciência da informação. Brasília (DF), Briquet de Lemos, 2004.

OLIVEIRA-DELMASSA, Heloá Cristina; ALMEIDA JUNIOR, Oswaldo Francisco de. A mediação da


informação em projetos de incentivo à leitura. XVIII ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA
DA INFORMAÇÃO – ENANCIB 2017. Disponível em:
http://enancib.marilia.unesp.br/index.php/xviiienancib/ENANCIB/paper/viewFile/46/12 80. Acesso em: 17 abr.
2018

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2010.

SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydnei Ellen. John Locke: In: História da Psicologia moderna. São Paulo,
Cengage Learning, 2017.

15
A HIST!RIA DO PETR!LEO NA BAHIA:
Desafios e Expectativas da Formaç"o dos Técnicos em Petr#leo e G$s
Natural do IFBA- Sim%es Filho

Prof.& Me. Solange Dias de Santana Alves 1, Mirian Souza Fonseca 2


1
Prof! IFBA-Sim"es Filho (Brasil) (Orientadora)
2
T#cnica em Petr$leo e G%s Natural- IFBA Licencianda em Teatro- UFBA (Brasil)
Sdsalves@gmail.com, Mirian.fonseca97@gmail.com

Introduç"o/Referencial Te#rico
O petr!leo, do latim petroleum ( !leo de pedra), é um produto natural, em processo de formaç"o h#
milh$es de anos, a partir de material orgânico, depositado nos fundos dos mares e lagos (DiagPETRO, 2007).
Na Bahia, esse produto natural, foi descoberto em 1930, pelo Engenheiro Agrônomo Manoel In#cio Bastos, na
Comunidade do Lobato. Anos mais tarde, com in%cio da produç"o de petr!leo na Bahia, muitas demandas para o
mercado de trabalho foram criadas , mas as condiç$es do trabalho eram inicialmente, muito prec#rias e n"o
havia ainda uma formaç"o espec%fica para a funç"o que a classe trabalhadora exercia. Com a chegada de
equipamentos de alta complexidade requeridos para a eficiência da perfuraç"o dos poços, fez-se necess#rio
qualificar a m"o de obra. Atualmente, com o crescimento da #rea, a procura por uma qualificaç"o espec%fica
cresceu de forma significativa, abrindo um leque de formaç"o para a #rea petrol%fera.
Diante desta contextualizaç"o, o trabalho, foi dividido em três cap%tulos que buscou mostrar a
importância da formaç"o Técnica em Petr!leo e G#s Natural, no processo de descoberta do petr!leo na Bahia e
atualmente, quais as expectativas e desafios para a formaç"o dos Técnicos em Petr!leo e G#s Natural oferecidos
pelo Instituto Federal da Bahia - Campus Sim$es Filho, a partir de dois pontos de vista: o da coordenaç"o do
curso e a dos discentes.

Objetivos
O principal objetivo da pesquisa é compreender a relaç"o entre o in%cio da exploraç"o do petr!leo e a
formaç"o técnica proposta pela Escola Técnica da Bahia aos que pretendiam trabalhar na #rea e identificar quais
os desafios para a formaç"o do técnico em petr!leo e g#s natural ofertado atualmente no IFBA – Sim$es Filho.

Metodologia
Para investigar quais as expectativas e desafios da formaç"o Técnica em Petr!leo e G#s natural no
IFBA- Sim$es Filho, e contextualizar o processo hist!rico da descoberta do petr!leo na Bahia, foi utilizado o
método de pesquisa bibliogr#fica que procura explicar um problema a partir de referências te!ricas publicadas
em documentos (MANZATO; SANTOS, 2014) e o método de pesquisa descritiva, que trabalha dados ou fatos
colhidos da pr!pria realidade, esse tipo de pesquisa utiliza coleta e dados, utilizando question#rios para
viabilizar os seus resultados esperados ( MANZATO; SANTOS, 2014).

16
Resultados

Os resultados apresentados na pesquisa, fez com que pudéssemos compreender a importância da


descoberta do petr!leo na Bahia e como a criaç"o da Petrobras influenciou diretamente da criaç"o de cursos
voltados para a #rea, ajuda compreender qual a necessidade efetiva do curso. Os dados apresentados acerca dos
desafios e expectativas dos discentes e coordenaç"o do curso, demonstram que a formaç"o profissional técnica
est# diretamente relacionada ao mercado de trabalho, quest"o que passa pela conjuntura econômica, social e
pol%tica do pa%s e que atualmente, a crise da Petrobras atinge de forma significativa o setor. Apesar dos
questionamentos e cr%ticas surgidas no decorrer da pesquisa, principalmente, por parte da turma ‘futura’ de
egressos 2017, a expectativa dos ingressantes e os planos de reestruturaç"o indicados pela coordenadora do curso
mostram um caminho positivo e promissor.

Consideraç%es finais
Nossa pesquisa mostrou uma clara relaç"o desde a descoberta do petr!leo, in%cio dos trabalhos de
exploraç"o e o processo de formaç"o da classe trabalhadora da #rea petrol%fera. Se inicialmente a Petrobr#s
formou seus pr!prios quadros, a hist!ria mostra que diversos cursos foram pensados e criados para suprir essa
carência. A Universidade Federal da Bahia no âmbito dos cursos superiores e a Escola Técnica da Bahia no
âmbito da Educaç"o Profissional de n%vel secund#rio. Diante dos resultados alcançados ao decorrer da pesquisa,
conclu%mos que o curso técnico em Petr!leo e G#s Natural é de extrema importância para o setor de petr!leo e
para os técnicos conhecer a sua importância desde a descoberta até os dias atuais ajudam a criar expectativas
para além do mercado de trabalho para com isso criar mais afinidade com a #rea.

Principais Referências Bibliogr$ficas


BAHIA, Secretaria de Ciência e Tecnologia e Inovaç"o. DiagPetro: Diagn!sticos da Cadeia de Suprimento dos
Segmentos de Exploraç"o, Produç"o, Refino e Transporte de Petr!leo e G#s Natural na Bahia. Salvador: &tera
Consultoria e Projetos Editoriais, 2006.

ESPINOLA, Aïda. Ouro negro- Petr#leo no Brasil: pesquisa em terra, na plataforma continental e em #guas
profundas. 1ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2013.

FARTES, Vera L'cia Bueno; MOREIRA, Virlene Cardoso (Organizadores). Cem anos de educaç"o
profissional no Brasil: Hist!ria e mem!ria do Instituto Federal da Bahia. Salvador: EDUFBA,2009

OLIVEIRA J*NIOR, Franklin., A usina dos sonhos; Sindicalismos petroleiros na Bahia: 1954-1964. Salvador:
EGBA, 1996.

MANZATO, Antonio José ; SANTOS, Adriana Barbosa. A elaboraç"o de question$rios na pesquisa


quantitativa. Disponivel em :
<http://paginapessoal.utfpr.edu.br/lilianvismara/es17em-estatistica/a-elaboracao-dequestionariosnapesquisaquant
itativa/A+20ELABORACaO+20DE+20QUESTIONARIOS+20NA+20PESQUISA+20QUANTITATIVA.p
df/view> Acesso em: 12 mar 2018.

17
A INFLUÊNCIA DA CRENÇA NO APRENDIZADO DO TEMA
ORIGEM DA VIDA: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA
Núbia Nascimento
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Simões Filho (Brasil)

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
A religião e a ciência fornecem compreensões diferentes sobre o mundo natural. Nas diferentes fases da
história, ambas protagonizaram avenças e desavenças e, assim, a relação entre essas duas visões de mundo
sempre foi complexa, geralmente retratada com base em conflitos (MOTA, 2013).
A sala de aula é um ambiente que reflete o multiculturalismo social e no qual continuamente ocorre o
cruzamento de fronteiras, inclusive quando o tema desenvolvido apresenta conflitos entre ciência e religião. A
maioria dos professores de biologia, ao ensinar o tema origem da vida ou teorias evolutivas, é indagada sobre a
veracidade destes conhecimentos por alunos que não acreditam nas mesmas, em decorrência de suas crenças
religiosas (FONSECA, 2008; DORVILLÉ, 2010; MOTA, 2013; OLIVEIRA, 2009).
Estudos sobre os aspectos socioculturais que influenciam a aceitação/rejeição das teorias evolutivas têm
elencado informações preciosas sobre a postura discente. Segundo Oliveira (2015, p. 7), “as visões de mundo
dos estudantes, oriundas de suas interações sociais e culturais, podem influenciar a aprendizagem, as atitudes e
os valores atribuídos à ciência”.
Objetivos:
O Brasil apresenta uma expressiva multiplicidade religiosa e, diante de tal realidade, surge uma questão:
As crenças influenciam o aprendizado de temas que geram conflito entre ciência e religião? Esta pesquisa teve
por objetivo analisar como se relaciona a postura com o desempenho escolar de estudantes do ensino médio de
diferentes crenças no processo de aprendizagem de um tema que gera conflito entre ciência e religião: a origem
da vida.
Metodologia:
Existem diversos grupos de crenças no Brasil, sendo que cada um congrega seus ensinamentos sobre a
origem da vida de diferentes formas e são receptivos aos conhecimentos científicos em diferentes intensidades.
Este estudo teve a participação de 469 estudantes do ensino médio técnico do Instituto Federal da Bahia, sendo,
77 do campus Camaçari, 254 de Salvador e 138 de Simões Filho.
Esses estudantes foram classificados em um dos seis grupos: Ateus, Ex-religiosos, Católicos,
Protestantes, Espíritas/Espiritualistas e Adeptos de Religiões Afrobrasileiras. Foram utilizados três instrumentos:
um questionário Likert, que permitiu identificar o índice de aceitação/rejeição ao estudo do tema; um teste com
questões objetivas e mapas conceituais, que permitiram avaliar o desempenho dos estudantes quanto ao
conhecimento científico sobre o tema. Os dados foram analisados utilizando a Teoria de Resposta ao Item (TRI)
e ANOVA dificuldades de cada item. (ANDRADE et al., 2000; PASQUALI, 2003).
Resultados/ Considerações finais:
A análise do questionário permitiu verificar que os Ateus apresentaram a maior aceitação ao estudo do
tema origem da vida, os Ex-religiosos, os Católicos, Espíritas/espiritualistas e os Adeptos de Religiões
Afrobrasileiras não tiveram uma diferença significativa entre si, mas indicaram um bom índice de aceitação, e os
protestantes manifestaram o menor índice de aceitação. Quanto à relação entre crença e desempenho no processo
da aprendizagem do conhecimento científico sobre o tema verificou-se que não houve uma diferença
significativa no desempenho dos grupos de crença, indicando que, mesmo sendo um tema que gera conflito entre
ciência e crença, esse conflito não interfere de forma negativa no aprendizado.

18
Referências Bibliográficas.

ANDRADE, D. F.; TAVARES H. R.; VALLE R. C. Teoria de Resposta ao Item: conceitos e aplicações. São
Paulo: SINAPE, 2000. Disponível em: http://hostel.ufabc.edu.br/~daniel.miranda/wp-content/uploads/livrotri-
dalton.pdf. Acesso em: 17 jun. 2017.

DORVILLÉ, L. F. M. Religião, escola e ciência: conflitos e tensões nas visões de mundo de alunos de uma
licenciatura em ciências biológicas. 2010. 357 f. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de Educação,
Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, 2010.

FONSECA, L. C. S. Quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? Religião e ciência encontram-se nas
aulas de ciências na escola pública. Ciência em Tela, v. 1, n. 1, p. 1-10, 2008.

MOTA, H. S. Evolução biológica e religião: atitudes de jovens estudantes brasileiros. ____ f. Tese
(Doutorado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013.

OLIVEIRA, G. S. Estudantes e a evolução biológica: conhecimento e aceitação no Brasil e Itália. 2015. 315 f.
Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2015.

_______________. Aceitação/rejeição da evolução biológica: atitudes de alunos da educação básica. 2009. 162
f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

PASQUALI, L. Psicometria: Teoria dos testes na psicologia e na educação. Petrópolis: Vozes, 2003. 397 p.

19
A INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS NA FLORA BRASILEIRA

Núbia Costa Nascimento¹ (Orientadora), Breno Rodrigues Carvalho², Walisson Santos


Oliveira³, Ana Lídia de Santana dos Santos⁴, Victor Cesar Bastos Moraes⁵

1
Intituto Federal de Educação, ciência e Tecnologia da Bahia- Campi Simões filho (Brasil)
E-mails: nbacosta76@gmail.com¹, carvalhobrenorodrigues@gmail.com²,
walissonsantos.oliveira@gmail.com³, analidiasantanadossantos@hotmail.com⁴,
victorbastos076@gmail.com⁵.

Resumo

Introdução/Referencial Teórico:
Com o intuito de tornar o Brasil “habitável”, inúmeras espécies exóticas de animais e plantas foram introduzidas
na flora brasileira durante o processo de colonização portuguesa com a finalidade de subsistência ou por interesse
comercial. Essas espécies exóticas, uma vez adaptadas, diversificaram e aumentaram as fontes de nutrientes
disponíveis para a população humana, permitindo assim um eventual aumento de sua densidade. Além disso, essas
espécies e outras que se seguiram atuaram diretamente sobre os ecossistemas, modificando-os e, às vezes,
simplificando-os drasticamente. O grande reino neotropical da natureza foi transformado para sempre. Entre as
espécies frutíferas que mais se adaptaram ao clima brasileiro estão as de origem Asiática e Africana. Neste período,
os tratamentos médicos também utilizavam plantas medicinais que também devem ter sido trazidas e cultivadas.
A colonização da América e a curiosidade dos europeus pelos exemplares da fauna e da flora do novo mundo
desencadeou o período em que houve o maior fluxo de espécies entre os continentes da história do planeta. No
entanto, devido as características tropicais e o desconhecimento da história do continente, muitas pessoas
acreditam que estas espécies estrangeiras são pertencentes à América do Sul.
O IFBA de Simões Filho, localizado dentro de uma área de proteção ambiental, a APA Joanes-Ipitanga, que
comporta a nascente do Rio Ipitanga, apresenta uma área dotada de uma mata de sucessão secundária, fazendo
parte de sua flora espécies exóticas e nativas.
Objetivos:
O principal objetivo deste trabalho consiste em realizar um estudo etnobiológico das espécies autóctones da flora
brasileira e as espécies alóctones encontradas na APA Joanes- Ipitanga com um viés histórico e biogeográfico. Tal
espaço e espécies catalogadas, comuns ao cotidiano do instituto, mas ocultos em sua riqueza de informações,
podem ser utilizados para ilustrar aulas de história, biologia e geografia para estudantes do próprio campus, ou,
até mesmo, convidados de outras instituições de ensino, tornando este ambiente em uma sala de aula à céu aberto.
Além desta possibilidade, o material coletado e preservado como folhas, flores e sementes, podem ser utilizados
em uma exposição itinerante sobre a história da influência humana na composição da flora brasileira.
Metodologia:
A metodologia deste trabalho, comporta-se em quatro etapas principais: catalogação das espécies existentes na
APA próxima ao instituto, pesquisa, realização de fichas técnicas e placas que serão acompanhadas com o seu
respectivo código QR e realização da secagem das plantas.
Resultados / Considerações finais:
Este trabalho ainda está em fase de desenvolvimento, ainda não apresentando resultados absolutos. Acredita- se
que, com uma apresentação da proposta e objetivo deste protótipo, consiga chamar à atenção do instituto e

20
sociedade, não só pela vasta riqueza presente na área, mas também para os problemas que ameaçam a vitalidade
das espécies.
Referências Bibliográficas:
DEAN, Warren. A Botânica e a Política Imperial: Introdução e Adaptação de Plantas no Brasil Colonial e Imperial.
1989. 21 p. Conferência feita no Instituto de Estudos Avançados da USP, São Paulo, 1989. Disponível em:
<http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos/deanbotanicaimperial.pdf>. Acesso em: 18 set. 2018.

21
A MATEM!TICA NA ARTE JAPONESA DE DOBRAR PAPEL
¹Guatamonzi Abra"o Menezes Barbosa [orientador], ¹Davi Freitas de Moura Bina,
¹Mariane Marli Santos Lopes Silva, ¹Felipe Shai Santos de Jesus, ¹Fernando Moreira
Bastos Neto, ¹Tiago Santos de Jesus.
¹Instituto Federal de Educa!"o, Ci#ncia e Tecnologia da Bahia Campus Sim$es Filho (Brasil)
guatamestrado@outlook.com, davi_bina@hotmail.com, marianemarli@hotmail.com,
fshaisantos@gmail.com, fezinhobastos@hotmail.com, tiagooogomes@gmail.com

Resumo

Introduç"o/Referencial Te#rico:
Origami! é! uma! arte! tradicional! e! secular! japonesa! de! dobrar! o! papel,! criando! representaç es! de! determinados!
seres! ou! objetos! com! as! dobras! geométricas! de! uma! peça! de! papel,! sem! cort"-la! ou! col"-la.!Entretanto,!além!de!
hobby,! o! origami! pode! ser! utilizado! como! objeto! de! estudos! matem"ticos.! A! dobradura! pode! ser! usada! para!
descrever! movimentos! e! processos! na! natureza! e! na! ciência,! como! o! batimento! das! asas! de! um! p"ssaro! ou! a!
deformaç#o! da! capota! de! metal! de! autom$veis! em! colis es.! Ent#o,! os! estudiosos! passaram! a! desenvolver!
teoremas! para! descrever! os! padr es!matem"ticos!que!viam!nas!dobraduras.!Desse!modo,!o!origami!tornou-se!nas!
%ltimas! duas! décadas! inspiraç#o! para!a!busca!de!soluç es!de!sofisticados!problemas!matem"ticos!e!tecnol$gicos.!
Os! especialistas! obtiveram! bons! resultados! e! esperam! aplicar! seus! estudos,! por! exemplo,! a! projetos! de! painéis!
solares,! microcircuitos! e! até! telesc$pios,! que,! se! pudessem! ser! dobrados,! poderiam! ser! usados! em! dispositivos!
menores! que! os! existentes! hoje.! Além! de! tudo! isso,! o! origami! pode! ser! uma! $tima! forma! de! lazer,! pois! ele!
estimula! a! paciência,! criatividade,! concentraç#o! dentre! outros.! O! uso! das! m#os! na! construç#o! de! um! objeto!
tridimensional! auxilia! o! desenvolvimento! das! percepç es! cerebrais,! estimulando! e! realizando! novas! conex es!
entre!os!neurônios.!O!que!ocorre!é!um!di"logo!entre!tato!e!a!sua!coordenaç#o!com!a!vis#o!e!os!outros!sentidos.
!
!
Objetivos:!!
Tornar!o!aprendizado!da!matem"tica!mais!f"cil!utilizando!o!origami;
Explicar!a!pr"tica!do!origami,!muito!além!de!uma!arte,!representando!formas!que!utiliza!papel;
Explicar!a!matem"tica!por!tr"s!dessa!técnica!de!dobrar!papel;
Aprimorar! as! habilidades! motoras,! cognitivas! e! sociais! a! partir! da! pr"tica! do! origami,! e! também! a!
paciência,! perseverança,! concentraç#o,! autonomia,! responsabilidade,! disciplina,! imaginaç#o,! previs#o,!
mem$ria,! criatividade,! organizaç#o,! autocr&tica,! objetividade,! intuiç#o,! vis#o! espacial,! sociabilidade,!
vontade!dentre!outras;
!

Metodologia:
Aprenda! Fazendo,! Teoria! na! Pr"tica:! Ensinar! o! p%blico,! através! do! exerc&cio! de! fazer! origami,! para! que!
vivenciem! a! teoria! na! pr"tica! e! vice! versa.! Montando! e! desmontando! um! origami! para! demonstrar! todos! os!
princ&pios!matem"ticos!presentes!nesse!processo.
!

22
Resultados:!!
O! presente! trabalho! reutilizar"! papéis! para! a! confecç#o! dos! origamis,! sendo! assim,! haver"! reciclagem! dos!
mesmos;! os! estudantes! perceber#o! na! pr"tica! a! aplicaç#o! de! conceitos! matem"ticos,! tendo! como! exemplo! à!
geometria! e! c"lculos! de! ângulos! e! ra&zes,! facilitando! assim! o! aprendizado;!com!a!pr"tica!do!origami!o!indiv&duo!
desenvolver"!concentraç#o,!paciência!e!uma!melhor!coordenaç#o!motora.!

Consideraç$es finais:
Origami! n#o! é! apenas! uma! arte! de! dobrar! papel,! existem! muitas! coisas! positivas! que! essa! técnica! pode!
proporcionar,! por! exemplo,! a! facilitaç#o! do! estudo! da! matem"tica,! o! exerc&cio! da! criatividade,! est&mulo! ao!
esp&rito! inovador! e! o! cultivo! da! paciência.! Origami,! também,! pode! ser!uma!divertida!soluç#o!apropriada!para!os!
problemas! de! estresse! no! IFBA! Campus! Sim es! Filho,! além! de!poder!reutilizar!papéis!que,!por!sua!vez,!têm!um!
alto! &ndice! de! desperd&cio! na! instituiç#o.! Enfim,! você! estar"! fazendo! um! grande! bem! a! sua! sa%de,! ampliando! o!
conhecimento! acerca! da! matem"tica! e! desenvolvendo! novas!habilidades!ao!mesmo!tempo!em!que!faz!bel&ssimas!
representaç es!de!papel!para!decorar!ou!brincar.!
!
!
Referências Bibliogr%ficas.!!
Revista! Galileu.! A matem%tica do origami. Dispon&vel! em:!
<http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT516776-2680,00.html>.!Acesso!em:!30!de!Set.!de!2018.
!
Fasc&nio! Pela! Matem"tica.! Origami! –! Um! pouco! de! Matem"tica! e! Arte.! Dispon&vel! em:!
<https://catiaosorio.wordpress.com/2010/01/23/origami-umpouco-de-matematica-e-arte/>.! Acesso! em:! 17! de!
Out.!de!2018.!

23
AÇÕES EDUCATIVAS PARA PREVENÇÃO E ENFRETAMENTO DAS
IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS

Shirlei Pereira de Souza ¹, Ana Maria Machado Oliveira² e Samuel Azevedo Santos ³

¹ Assistente de aluno do Instituto Federal da Bahia. Mestranda do Mestrado Profissional em


Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (PROFEPT)
2
Fisioterapeuta e Master da Multiculturalidade no campo da Saúde e do Bem Estar
³ Técnico em enfermagem do Instituto Federal da Bahia, enfermeiro e pós-graduando em Enfermagem
do Trabalho; e em Vigilância em Saúde Ambiental
samuelazevedo@ifba.edu.br; shirlei@ifba.edu.br

INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) estão entre os problemas


relevantes para saúde pública mais frequente no Brasil e no mundo. Esta inquietude mundial é
devida a potencialidade de disseminação, sendo que a relação sexual a principal forma de
transmissibilidade dos agentes etiológico das ISTs que podem ser vírus, bactérias, fungos e
protozoário (BRASIL, 2015). Além disso, as ISTs apresentam manifestações clínicas tardias e
isso impacta no curso de vida das pessoas a longo prazo (BASTOS, CUNHA E HACKER
2008). Entre as complicações que preocupam as organizações internacionais estão à
infertilidade de homens e mulheres, a transmissão da mãe para o filho, perdas gestacionais, o
aparecimento de má formação congênita, o aumento do risco para a infecção pelo HIV, dor
pélvica crônica, além de canceres associados aos aparelhos geniturinários de homens e
mulheres e entre outras consequências (BRASIL, 2005). Neste passo, a educação em saúde
aglutinará o saber popular e o saber cientifica para contribuir na redução dos números de
casos e estimular na reorientação do comportamento em conjunto com intervenções
biomédicas e estruturais. OBJETIVO: Descrever a experiência da ação de educação em
saúde acerca dos sinais e sintomas, medidas preventivas e tratamento das IST, do HIV/AIDS
e das hepatites virais, com as mães dos estudantes vinculados ao projeto intitulado
“PREABM” da comunidade do bairro da Pitanguinha, município de Simões Filho, Bahia.
METODOLOGIA: A ação de educação em saúde foi realizada no segundo semestre de
2017, e teve como lócus da ação uma Instituição Federal de Educação Profissional e
Tecnológica, estabelecida no território da comunidade do bairro da Pitanguinha. Participaram
desta atividade vinte e duas mulheres; e três mediadores de roda de conversa para discutir os
assuntos relacionados às Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/AIDS e hepatites virais.
A estratégia adotada para desenvolver a roda de conversa foi à utilização da dinâmica de
grupo expositiva e dialogada e recursos didáticos visuais obtidos no sistema global de rede
computadores. RESULTADOS: No desenvolver da roda de conversa, os mediadores
explicaram para as participantes a razão que motivou a mudança da terminologia à expressão
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) para Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST). Destacou também que as altas taxas de incidência e prevalência das Infecções
Sexualmente Transmissíveis estão associadas aos aspectos comportamentais, inserida numa
relações de estigma e discriminação que impacta na adesão ao tratamento. Ressaltou-se
também que as manifestações clinicas das Infecções Sexualmente Transmissíveis estão
relacionadoas de acordo com os seguintes agentes etiológicos: vírus, bactérias, fungos e
protozoários. Sendo assim, estes agentes etiológicos em contato com os órgãos genitais ou
qualquer outra parte do corpo do individuo provocam alterações perceptíveis como

24
corrimentos, feridas e verrugas anogenitais. Os membros da roda de conversas orientaram
para as participantes que ao perceber alguma alteração no corpo ou nos órgãos genitais, deve-
se procurar o serviço de saúde para acompanhamento e tratamento. Foram discutidas na roda
de conversa que o uso do preservativo feminino ou masculino é o método mais acessível e
eficaz contra a maioria das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/AIDS, e hepatites
virais, além de uma gravidez não planejada. Assim, levou-se ao conhecimento das
participantes que o tratamento dependerá do agente causador e que para ter uma boa
qualidade de vida deverá seguir o tratamento de maneira adequada. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: A ação pedagógica em saúde proporcionou para as participantes o conhecimento de
cunho científico acercas das Infecções Sexualmente Transmissíveis, HIV/AIDS e hepatites
virais, sendo de relevância para o autocuidado da saúde da mulher e favorecer o rompimento
da cadeia de transmissibilidade dos agentes infecciosos. A ação também despertou nas
participantes que o conhecimento construtivo possa ser instruído para demais mulheres da
comunidade numa perspectivas de mudança de habito cultural. Esta experiência foi
importante, pois utilizou-se de estratégia menos formal e mais próxima à realidade das
participantes.

Referencias:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e


AIDS. Manual de Bolso das Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2ª. ed. Brasília: Ministério
da Saúde; 2005

Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST/Aids e


Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas
com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília, 2015

Bastos FI, Cunha CB, Hacker MA. Sinais e sintomas associados às doenças sexualmente
transmissíveis no Brasil, 2005. Rev. Saúde Pública, 2008; 42 (Supl 1):98- 108.

25
AÇÕES EXTENSIONISTAS NO CUIDADO A PROMOÇÃO DA SAÚDE
SEXUAL E REPRODUTIVA DE ADOLESCENTES

Shirlei Pereira de Souza ¹, Ana Maria Machado Oliveira² e Samuel Azevedo Santos ³

¹ Assistente de aluno do Instituto Federal da Bahia. Mestranda do Mestrado Profissional em


Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (PROFEPT)
2
Fisioterapeuta e Master da Multiculturalidade no campo da Saúde e do Bem Estar
³ Técnico em enfermagem do Instituto Federal da Bahia, enfermeiro e pós-graduando em Enfermagem
do Trabalho; e em Vigilância em Saúde Ambiental
samuelazevedo@ifba.edu.br; shirlei@ifba.edu.br;

INTRODUÇÃO: O ambiente escolar é um lugar coletivo destinado à formação educacional,


e um espaço onde condensa a maioria dos adolescentes. Entretanto, o relacionamento entre
os/as adolescentes são visto como instável e apresentam o número elevado de parceiros/as
sexuais (CRUZEIRO et. All, 2010). Diante desta perspectiva, o Programa Saúde na Escola
(PSE) direciona que os cuidados à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes sejam numa
concepção de prevenção a gestação primaria com o intuito de minorar os efeitos da gravidez
na adolescência. OBJETIVO: Relatar a ação educativa acerca dos métodos contraceptivos e
gravidez na adolescência com os adolescentes de uma instituição pública de ensino.
METODOLOGIA: A dinâmica foi realizada no segundo semestre de 2017 numa Instituição
Federal de Educação Profissional e Tecnológica estabelecida no território da comunidade do
bairro da Pitanguinha, no município de Simões filho/BA . Participaram deste momento trinta
estudantes da educação profissional técnica articulada com a formação do ensino médio e três
mediadores de roda de conversa. A estratégia adotada foram roda de conversa, com dinâmica
expositiva dialogada e recursos didáticos audiovisuais captados no youtube com depoimentos
de adolescentes que vivenciaram a gestação precoce, sendo abordados os temas como:
“métodos contraceptivos”; “gravidez na adolescência”; “sexo seguro”. RESULTADOS: Os
debates instigaram nos participantes uma autorreflexão e conscientização em relação à
gravidez indesejada. O ambiente de discussão favoreceu para o compartilhamento de
experiências pessoais e de outras pessoas conhecidas pelos participantes, como também os
entraves familiares em expor o tema sexualidade. Foram esclarecidos para o grupo os
métodos contraceptivos disponíveis e acessíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para
prevenção de gravidez indesejada. Explicaram-se para os integrantes da roda de conversa os
meios alternativos para uma relação sexual segura, o uso combinado de métodos
contraceptivos e as medidas emergenciais adotadas para uma relação desprotegida, no caso o
contraceptivo de emergência. CONCLUSÃO: A educação em saúde proporcionou aos
estudantes o discernimento dos riscos de uma gravidez indesejada, além de intensificar as
medidas protetivas contra a exposição às infecções sexualmente transmissíveis. Espera-se que
as ações educacionais estimulem para a mudança de atitude e comportamento entre os
adolescentes.

Descritores: Adolescente; gravidez da adolescência e anticoncepção.

26
Referencia:

BRASIL, República Federativa. Decreto presidencial Nº. 6.286, de 5 de dezembro de 2007


que cria o Programa Nacional de Saúde na Escola. Brasília, DF. Diário Oficial da União, de
06 de dezembro de 2007. Seção 2, p. 02. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/decreto/d6286.htm. Acesso em: 12 de
jul. de 2018.

CRUZEIRO A. L. S. et. al. Comportamento sexual de risco: fatores associados ao número de


parceiros sexuais e ao uso de preservativo em adolescentes. In: Ciênc. Saúde Coletiva 2010;
15(Supl. 1): 1149-58.

27
ADITIVOS MELHORADORES DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO
BIODIESEL SINTETIZADOS A PARTIR DE SEU CO-PRODUTO:
GLICEROL
Carlos Caldas 1, Marilena Meira 2, Saionara Luna 3
1,3
Universidade Federal da Bahia (Brasil)
2
Instituto Federal Bahia (Brasil)

E-mail: caldassouza@hotmail.com, marilenameira@gmail.com, saionaraluna@gmail.com

Resumo
A incompatibilidade do biodiesel com diversos materiais poliméricos e metálicos e sua
degradação é vista pelo seu alto poder corrosivo e por isso é de suma importância a realização
de estudos relacionados a essa problemática. Portanto, a busca por aditivos que aumentam a
estabilidade oxidativa do biodiesel é essencial. Os aditivos obtidos a partir da síntese do
glicerol e reagente (anidrido acético ou acetona) e catalisador amberlist, a saber, o solketal e a
triacetina, foram testados como aditivos para o biodiesel. O ensaio de atividade antioxidante
foi realizado no aparelho "Oxitest®" (Velp Scientifica) destacando-se a triacetina com 625%
de aumento do PI reduzindo o poder de corrosão do biodiesel.
Palavras-chave: Biodeisel, síntese, aditivo, estabilidade oxidativa.
Introdução/Referencial Teórico:
Os combustiveis fosséis, derivados do petróleo, são as principais fontes de energia para os
meios de transportes e setor automobilístico. No entanto, possuem como principal
desvantagem a emissão de gases poluentes que contribuem para o efeito estufa (AGARWAL,
2007). O biodiesel sofre degradação por reação de auto-oxidação, absorção de umidade, ação
microbiana e seu poder corrosivo aumentam causando desgaste a metais e material
polimérico. Para minimizar esse dano o biodiesel pode ser tratado com aditivos antioxidantes
melhorando potenciamente esse biocombustível (RAMALHO; JORGE, 2006).
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi estudar aditivos melhoradores da estabilidade oxidativa do
biodiesel obtidos a partir da síntese de derivados oxigenados do glicerol.
Metodologia:
Em um balão de fundo chato acoplado a um condensador de refluxo foram adicionados
quantidades de glicerol e reagente (anidrido acético ou acetona) na proporção de 1 mol: 5 mol
e catalisador amberlist 15 (1% em relação ao peso do reagente). Esta mistura foi aquecida em
placa de aquecimento a 80 ºC por 5 horas.
O aditivo foi dissolvido em biodiesel e em seguida foi submetido ao ensaio de atividade
antioxidante realizado no aparelho "Oxitest®" (Velp Scientifica). O equipamento consiste em
dois reatores para oxidação. O teste consiste em adicionar 5 gramas da amostra a cada reator.
O sistema é então selado, aquecido a 110 ° C a uma pressão de oxigênio puro predeterminada

28
de 6 bar. A oxidação da amostra está relacionada ao consumo de oxigênio, observado pela
redução da pressão.
Resultados:
As Figuras 1 e 2 apresentam a reação de glicerol com acetona para obtenção de solketal e a
acetilação do glicerol com a obtenção de mono, diacetina e como componente majoritário a
triacetina devido ao tempo de reação, respectivamente. A Tabela 1 apresenta os resultados
obtidos no teste estabilidade oxidativa do biodiesel puro e aditivado com solketal e triacetina.
Observa-se que a amostra aditivada com a triacetina (0,27%) aumentou o PI em 625% o que
indica um provável aditivo para uso no biodiesel como antioxidante e inibidor de corrosão.
Figura 1. Reação de glicerol com acetona para obtenção de solketal

Figura 2. Acetilação do glicerol com obtenção de mono, di e tri-acetina

Tabela 1. Resultado da estabilidade oxidativa em amostras de biodiesel

Amostras Conc. do aditivo (%) PI (h) Proteção (%)


Sem aditivo 0 0,52
Solketal 0,5 0,87 67
Sem aditivo 0 0,12
Triacetina 0,27 0,87 625

Considerações finais:
Com os resultados da estabilidade oxidativa para as amostras de biodiesel pura e aditivadas
com os produtos obtidos da síntese do glicerol, observa-se considerável aumento no PI
(Período de Indução) da amostra de biodiesel. Entre os aditivos testados, destacou-se a
amostra aditivada com a triacetina (0,27%), no qual aumentou o PI em 625%.
Referências Bibliográficas:
AGARWAL, A. K. Progress in Energy and Combustion Science, v. 33, p. 233–271, 2007.
RAMALHO, V. C.; JORGE, N. Química nova, v. 29, n. 4, p. 755-760, 2006.

29
APP VAGAS – UM APLICATIVO DE OPORTUNIDADES
Azly Santos Amorim de Santana1, Paulo Vicente Moreira dos Santos2 [orientadores],
Amanda de Oliveira Mattos 3, Erica Dantas Farias 3, Karen Cristina Ferreira Reis3,
Vitória da Silva Nascimento3, Yasmin Agnes Santos da Silva3
1,3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Salvador (Brasil)

azlysanntana@gmail.com, paulovicente.ifba@gmail.com, amandamarques01072@gmail.com,


ericadantas200@gmail.com, cris.karenferreirareis@gmail.com, vitoria.silva159915@gmail.com,
yasminagnes01@gmail.com

Resumo

Introdução
A falta de informação sobre onde encontrar oportunidades de ensino, formação
profissional e atividades esportivas e de lazer no município de Simões Filho pode dificultar o
acesso à educação e na melhoria da qualidade de vida dessa comunidade. Para minimizar essa
carência percebe-se a necessidade de um espaço que possibilite conhecer instituições que
ofereçam serviços voltados para essas possibilidades. Com o aumento de acesso à internet
pelo celular e a popularização dos smartphones, percebe-se nessa tecnologia uma ferramenta
capaz de oportunizar o acesso a essas informações. Neste caminho, o desenvolvimento de um
aplicativo pode oportunizar aos habitantes da cidade uma comunicação específica para esse
interesse.

Objetivos

Desenvolver um aplicativo que informe instituições que promovam oportunidades de


ensino e outras atividades voltadas para educação, formação profissional e atividades
esportivas.

Metodologia

Foi feito um levantamento de instituições que fornecessem serviços voltados para


educação, formação profissional e atividades esportivas no município de Simões Filho. Além
disso, pesquisou-se também a existência de sites e/ou aplicativos que oferecessem
informações sobre esse tipo de serviço em um só espaço.
Decidido o formato e funções, as interfaces e funcionalidades do aplicativo APP
VAGAS foi desenvolvido para a plataforma Android utilizando os tutoriais de orientação do
software App Inventor MIT e de canais do YOUTUBE.
Utilizando os componentes blocos, disponibilizados pelo App Inventor, programou-se
a funcionalidade das telas do aplicativo, que possibilita o funcionamento dos botões de
seleção e interação do aplicativo com o site. Para a elaboração do design foram usados outros
componentes desta plataforma além das funções disponíveis no site Iconfinder.

30
As orientações disponibilizadas no site wix.com viabilizaram o armazenamento de
todas as informações oferecidas pelo APP VAGAS possibilitando o acesso apenas na versão
online.
Na elaboração da marca do aplicativo foi utilizado o site de ferramentas de design
gráfico CANVA que fornece acesso a fotografias, gráficos e fontes usadas para design e
gráficos de mídia da Web e de impressão.

Resultados

O aplicativo apresenta nas suas telas iniciais as opções de login e cadastro. Ao acessar
o aplicativo as informações contidas no APP VAGAS ficam disponíveis na tela conforme
seleção da área de interesse visualizado como aparece na figura abaixo.
Figura 1 – Tela do aplicativo App Vagas

Considerações finais

O aplicativo apresenta como diferencial a concentração em um mesmo espaço diversas


informações sobre atividades direcionadas ao ensino formação profissional e esportivas, além
de orientações sobre olimpíadas cientificas nacionais. No entanto, faz-se ainda necessário o
aprimoramento de modo que as informações fiquem instaladas em um banco de dados
internos, possibilitando acessar as informações no modo offline e o desenvolvimento de um
plano de negócios que possibilite maior divulgação e manutenção financeira.

Referências Bibliográficas

CORDEIRO, F. Como criar um Aplicativo Android: Da Ideia ao Lançamento em 10 Passos


Disponível em: <https://www.androidpro.com.br/blog/carreira/como-criar-um-aplicativo-
android>. Acesso em: 27 set. 2018.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), TIC 2016. Disponível em:
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/c62c9d551093e4b8e9
d9810a6d3bafff.pdf>. Acesso em: 27 set. de 2018.

31
ASSÉDIO MORAL E SEXUAL E OUTRAS FORMAS DE
CONSTRANGIMENTO DOS TRABALHADORES]
MANUEL JESUS VICENTS CARRAU
IFBA SIMÕES FILHO -BRASIL
e-mail: mjvc003@gmail.com

RESUMO

Compreender as novas formas de organizar o trabalho e as relações de assédio moral decorrentes e qual
o papel do Direito Trabalhista a partir de um analise interdisciplinar e o fato da legislação brasileira sobre
assédio estar circunscrita à administração pública de alguns estados ou municípios.

Que novos fatores contribuem para o assédio moral do trabalhador? A nova forma de organizar o
trabalho contribui para o controle do trabalhador por meio do assédio moral.

Objetivo geral: Diagnosticar o assédio moral como controle do trabalhador.

Objetivos específicos:
a) Verificar o contexto histórico em que surge uma nova forma de organizar o trabalho.

b) Analisar a organização do trabalho chamado flexível versus rígido

c) Conhecer a atual dinâmica do assédio moral no trabalho e o papel do Direito perante este fenômeno.

A metodologia encontra seu fundamento num diálogo interdisciplinar bibliográfico de História,


Sociologia e Direito. A metodologia usada tem seus alicerces na revisão bibliográfica disponível.

Mostramos ao longo deste estudo a importância do fenômeno do assédio moral e sexual, não apenas em
termos de expressão numérica como pela violação de diferentes dispositivos constitucionais e
infraconstitucionais, violando flagrantemente os direitos dos trabalhadores.

A pesar de termos diferentes legislações de âmbito estadual ou municipal com dispositivos sobre
assédio moral, sentimos a falta de uma legislação específica em âmbito federal. Ainda acreditamos que a
reparação do dano moral decorrente do assédio moral deveria ter inclusão no Direito Penal tal e como existe o
dispositivo para o assédio sexual, ou como mínimo alguma penalidade mais dura para as empresas que de forma
dolosa ou culposa permitem o assédio moral. No mínimo, a multa por este tipo de infração deveria ser
muitíssimo superior ao custo de demitir um trabalhador, isso inibiria às empresas de praticar assédio. Invertendo
a situação é possível, acreditamos que as estatísticas sobre assédio diminuam.

32
.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Ildeberto Muniz de, et al Pressão por produção e acidentes: Estudo a partir de acidente
com ferramenta manual em fábrica de móveis, in SANT´ANA, Raquel Santos (org)... et al. Avesso do
trabalho II: trabalho, precarização e saúde do trabalhador. 1ª ed. São Paulo: Expressão Popular,
2010.
ALVES, Giovanni. O novo (e precário) mundo do trabalho. Reestruturação produtiva e crise do
sindicalismo. 1ª ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.
ANDREUCCI, Ricardo Antonio. Manual de Direito Penal. 10 ed. rev.e atual. São Paulo: Editorial
Saraiva, 2014.
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e negação do trabalho. 6.
ed., São Paulo: Boitempo Editorial, 2002.
BARRETO, Marco Aurélio Aguiar. Assédio Moral no trabalho.Responsabilidade do empregador.
Pegutas e respostas. Abordagem sobe Assédio Processual. 3ª ed. São Paulo: LTr. 2014.
BERNARDO, Marcia Espanhol. Trabalho duro, discurso flexível: Uma análise das contradições do
toyotismo a partir da vivência de trabalhadores. 1ª ed. São Paulo: Expressão Popular. 2009.
CAHALI, Said Youssef. Dano moral. 4ª ed. Ver. Atual. e Ampl. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais. 2011.
CALVO, Adriana. Manual de Direito do Trabaho. 2ª ed., São Paulo: Saraiva, 2014.
JUNIOR, Jose Cairo. Curso de Direito do Trabalho. 10ª ed. Ver. ampl. e atual. Salvador. Bahia.
Editora JusPodivm, 2015.
MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
MUÇOUÇAH, Renato de Almeida Oliveira. Assédio moral coletivo nas relações de trabalho. 2ª ed.
São Paulo:LTr, 2014.

NARDY, Luciana Pignatari. Trabalho em Call Center e Telemarketing - Novas Regras. 2007.
Disponível em:<http://www.callmunity.com/artigos/2007/07/707262.htm> Aceso em 05 jan. 2015

NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Assédio Moral. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

33
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DOS PROCESSOS DE PREPARAÇÃO
DE CUPONS UTILIZADOS EM ENSAIO DE CORROSÃO
Leonardo Carvalho Santiago1 , Paulo Moura Bispo de Santana2 [Orientador], Pedro
Cunha Lima3 [Coorientador]
1
Instituto Federal da Bahia (Brasil)
2
Instituto Federal da Bahia (Brasil)
3
Instituto Federal da Bahia (Brasil)
leonardo.santiago96.ls@gmail.com, professor.paulomoura@hotmail.com, pedrolima@ifba.edu.br.

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Materiais metálicos são amplamente utilizados em todo o mundo, em máquinas,
estruturas, automóveis e entre outras aplicações. Entretanto, são suscetíveis a falha por corrosão, gerando custos
de manutenção. A fabricação de cupons para ensaios químicos tem grande relevância, pois juntamente com outros
processos, possibilita que a pesquisa científica encontre resultados confiáveis.
Objetivos: O presente trabalho consiste em analisar o comportamento de cupons de aço carbono e latão submetidos
a um processo de corrosão induzido e com superfícies preparadas por meio do jateamento e do lixamento
tradicional. Através dessa análise, mostrar de que forma os processos de preparação dos cupons podem influenciar
nos resultados de uma pesquisa científica.
Metodologia: Nesta pesquisa, foi realizada a produção manual de cupons de cobre, aço carbono e aço inoxidável
para melhor entendimento do que se trata e como são os processos de preparação dos mesmos. Para os ensaios de
imersão, espectrometria de fluorescência de raio-x (FRX) e cálculo da taxa de corrosão, foram utilizados cupons
de latão e aço carbono. Cada cupom teve a superfície preparada com dois processos diferentes, o jateamento a
vidro e o lixamento tradicional.
Resultados: Os cupons lixados apresentaram taxa de corrosão menor do que os cupons jateados. Isso ocorre porque
a água utilizada para lubrificação durante o lixamento, reage com o metal formando uma camada de óxido que
diminui o contato do eletrólito com a superfície, retardando o processo corrosivo. Esse mecanismo é conhecido
como passivação.
Considerações finais: Através do estudo, pode-se concluir que o processo de preparação influência no resultado
da pesquisa.
Referências bibliográficas:
DINIZ, A.E, Marcondes, F.C, Coppini, N.L. Tecnologia da usinagem dos materiais, 5º ed. São Paulo, Editora
Artliber, 2001. 242 p.
SILVA, U.M.C. Técnicas e procedimentos na metalografia prática, 1º ed. São Paulo, Ivan Rossi Editora, 1978.
235 p.
COLPAERT, H. Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns, 4º ed. São Paulo, Editora Blucher, 2008. 652 p.
Micro Esfera de Vidro, Equijato Equipamentos para Jateamento Ltda. Disponível em: <
http://equijato.com.br/home/catalogo/micro-esfera-de-vidro/ >Acesso em 30 de setembro de 2015;
GENTIL,V. Corrossão, 6º ed. Rio de Janeiro, LTC, 2011. 392 p.

34
AVALIAÇÃO DA TAXA DE CORROSÃO EM SISTEMAS DE AÇO
CARBONO, SUBMETIDOS À ÁGUA DO POÇO ARTESIANO QUE
ABASTECE PARTE DO SISTEMA HIDRÁULICO DO IFBA CAMPUS
SIMÕES FILHO
Rebeca Silva Santos, Paulo Moura Bispo de Santana [Orientador]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA (Brasil)
E-mails [rebeca4santos@outlook.com, professor.paulomoura@hotmail.com]

Resumo
Resumo: Este trabalho visa abordar, os aspectos mais relevantes da intensidade da corrosão em aço carbono,
quando exposto ao contato direto com a água que circula no sistema hidráulico do IFBA Campus Simões Filho.
Buscamos quantificar a taxa de corrosão nesse sistema, a partir do uso de cupons metálicos, instalados em pontos
estratégicos e ensaios eletroquímicos realizados pela técnica de Polarização Linear. Utilizamos dois tipos de
cupons: um em aço carbono comum e o outro em aço carbono revestido com óxido de zinco. Nos ensaios
eletroquímicos foi utilizado o eletrodo de trabalho em aço carbono e avaliado o uso conjunto de dois inibidores
(catódico e anódico). O texto descreve as diferentes respostas para os estímulos corrosivos nesses dois tipos de
cupons e avalia a efetividade do uso simultâneo dos inibidores.
Introdução/Referencial Teórico: A corrosão é caracterizada como a degradação de um material, por ação
química ou eletroquímica do meio, que pode ou não, estar associada aos esforços mecânicos e é um processo
espontâneo, passível de acontecer com a maioria dos materiais. O estudo da temática é indispensável quando o
objetivo é assegurar a eficiência do processo produtivo, numa determinada indústria, negligenciá-lo, contudo, é
assumir o ônus da fragmentação/declínio do seu rendimento eficiente. A história mostra que essa degradação
contribui para acidentes, explosões, contaminação ambiental e mortes, há exemplo disso, citamos a catástrofe
que aconteceu em Cubatão (SP) na década de 1990, onde a corrosão numa tubulação de derivados de petróleo
gerou vazamento do fluído, com consequente incêndio e explosão de grandes proporções, provocando a morte de
centenas de pessoas, sem mencionar a grande contaminação ambiental (GENTIL, p.3, 2011). Os custos são
categorizados em diretos, os que são imputados aos proprietários, operadores da planta produtiva, fabricantes de
produtos e fornecedores de serviços ou indiretos, os quais não são juridicamente atribuídos aos proprietários. A
monitoração da corrosão por meio de cupons (corpo de prova metálico) de perda de massa, tem sido uma técnica
muito utilizada para o acompanhamento e controle da degradação dos sistemas de produção de petróleo. Para
maior confiabilidade dos resultados obtidos se faz necessário, que o material do cupom represente o material do
equipamento monitorado, como o material mais usado nas indústrias é o aço carbono, essa é a opção preferencial
na confecção de cupons. A água atua de maneira significativa como motivador corrosivo, para avaliar sua
agressividade (capacidade de ser incrustante ou corrosiva), aplica-se o Índice de Saturação proposto
por Langelier - ISL ou o Índice de Estabilidade proposto por Ryznar - IER. Ambos proporcionam a verificação
do potencial de agressividade, diferindo apenas no nível de precisão. Para o estudo minucioso da propagação de
um processo corrosivo, é possível empregar o experimento eletroquímico. “As reações eletroquímicas estão
associadas a uma passagem de corrente elétrica, através de uma distância finita, maior do que a distância
interatômica” (WOLYNEC, p.14, 2003). Passagem que envolve a movimentação de partículas carregadas, tais
como: íons, elétrons, ou ambos. Assim, boa parte das reações, que ocorrem em superfícies metálicas, tem o
trânsito de corrente, por meio do metal, constituindo dessa maneira, uma reação eletroquímica, sendo que, a
maioria das reações dessa natureza ocorre em eletrólito líquido, normalmente aquoso. Os inibidores são
substâncias que reduz ou elimina a corrosão, podendo ser anódicos, que atuam reprimindo as reações do anodo
ou catódicos, nos quais oferecem resistência para as reações catodo.
Objetivos: Esse estudo teve por objetivo, avaliar a intensidade do potencial corrosivo da água de poço que
abastece a rede hidráulica do campus e verificar a efetividade do uso de inibidores como estratégia mitigadora.
Metodologia: O trabalho foi realizado em seis etapas: na primeira foram instalados dois cupons; na segunda,
retiramos os cupons e instalamos outros dois; na terceira etapa, calculamos as taxas de corrosão para os cupons

35
!"#$%&'()*)+,&–&"#$%&-)(+,.&/&0 >>
instalados, a partir da equação seguinte, TC= = ; na quarta etapa, fizemos a análise
Á1#+&/&23456&/&7389:;<;3 ?(%
da água, calculando sua agressividade, a partir dos ISL e IER; na quinta etapa, fizemos o experimento
eletroquímico e na sexta etapa, fizemos outro experimento eletroquímico, tendo maior critério de análise das
variáveis.
@ABCDEFG&/&HBIJH&/&CA&K CE&JEFBLE&
Resultados: Taxas de corrosão para os cupons da primeira etapa: TC = CFBLEEI&M&DN&M&IBHF
= F&LNCBCJ
=
@ABNAILG&/&HBIJH&/&CA&K CH&CHIBALN&
OBPQ&mmRano; TC = NCBFI&/&DN&/&IBHF&
= H&HDFBLFN
= SBTU&mmRano.
@ABNAHHG&/&HBIJH&/&CA&K CH&NFDBHNJ&
Taxas de corrosão para o cupom da segunda etapa: TC = = = SBOP&mmRano.
NCBFJ&/&JL&/&IBHF& H&EEJBJE

Figura dos gráficos do ISL e do IER:

Figura dos gráficos do experimento eletroquímico (da medição do pH à direita e o da Polarização Linear à
esquerda):

Considerações finais: Concluímos pela observação dos resultados que essa água tem potencial corrosivo. O uso
de inibidores de corrosão, demonstrou ser uma estratégia efetiva para controle dessa corrosão, contudo, a
medição e ajuste do pH se mostraram necessários para assegurar a correta ação dos inibidores testados.
Referências Bibliográficas.
Custos da Corrosão. Disponível em:<http://www.spmateriais.pt/corrosaoeprotecao/?page_id=227>. Acesso em:
21 Ago.2018.
GENTIL, Vicente. Conceitos. In: Corrosão. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1p. 2011.
SILVEIRA, G.B; PEREIRA, E.C; PEEREIRA, A.G. Análise de cupons de corrosão submetidos ao ensaio de
monitoramento. Disponível em:<
http://www.seer.perspectivasonline.com.br/index.php/exatas_e_engenharia/article/view/676>. Acesso em: 15
Ago 2018.
SIMOR, Elcione; NOVAIS, André. Gerenciamento da taxa de corrosão por cupons por perda de massa.
Disponível em: https://docplayer.com.br/9000948-Gerenciamento-da-taxa-de-corrosao-por-cupons-por-perda-
de-massa-cuponnet-elcione-simor-petroleo-brasileiro-s-a-petrobras.html. Acesso em: 15 Ago.2018.
Wolinec, Stephan. Potencial de corrosão e curvas de polarização. In: Técnicas Eletroquímicas em Corrosão.
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 14p, 2003.

36
BEBEDOURO AUTOMÁTICO
Autores: Jefferson Silva, Nelson Pereira, Luan Souza, Roberval Silva Orientadores:
Professores: Luciano Silva, Miguel Neto
IFBA
– Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Bahia (Brasil)
E-mails: jelbahia_100@hotmail.com, luan.bs@hotmail.com

Resumo – Projeto Bebedouro Automático

Introdução

Sistemas de automação que possibilitam maior facilidade nas mais diversas situações mostram-se cada vez mais
crescentes e operantes, trabalhar com Arduino é algo que nos possibilita abrir a mente para novas possibilidades,
que nos faz desenvolver cada vez mais projetos que nos auxiliam em nosso dia a dia.
Diversos são os sistemas que hoje são acionados sem um contato direto, são os casos das torneiras
infravermelhas que com a simples aproximação de nossas mãos já acionada, ou os sensores de corredor que
ascendem a luz sempre que percebem a presença de um indivíduo.

Objetivo
Neste projeto vamos desenvolver um sistema de acionamento para a Mini Bomba de Água que será controlado
através de um sistema de aproximação por sensor ultrassônico, um projeto simples que quando detecta a
presença de um objeto, no caso uma xícara ou um copo, aciona a bomba d’água e enche o recipiente com água,
suco ou refrigerante, basta usar a criatividade.

Metodologia

Produtos Utilizados no projeto:

· 1 Arduino Uno + Cabo USB AB


· 1 Módulo Ultrassônico HC-SR 04
· 1 Fonte de Alimentação 12V 2ª
· 1 Módulo Relé 1 Canal
· 1 Mini bomba de Água

Montagem Física

Para o perfeito funcionamento do seu projeto basta seguir de forma rigorosa a pinagem descrita na imagem
abaixo, lembrando que alguns cuidados devem ser tomados levando em consideração que diversas são as
conexões utilizadas neste projeto.

37
Resultados
Como estamos trabalhando com um sistema de enchimento automático, o mesmo precisa de um modo
automático para interromper o fluxo do líquido em questão, neste caso utilizamos um sistema de timer para
realizar este controle, caso deseje alterar este tempo e ajustar para sua caneca ou copo basta alterar o tempo em
segundo especificado na seguinte constante:
1 // --- Constantes ---
2 #define full_sec 5 //tempo para encher recipiente (em segundos)

Considerações Finais
Podemos arriscar dizendo que o Arduino com os equipamentos certos tornam-se capazes de executar as mais
diversificadas ações com o intuito de melhorar nossas experiências de vida, facilitando processos e assegurando
maior comodidade e segurança.

Referências Bibliográficas

CAPUANO, Francisco G.; IDOETA, Ivan Valeije. Elementos de Eletrônica Digital. 40ª ed. São Paulo: Érica.
544 p.
TOCCI, Ronald J.; WIDMER, Neal S.; MOSS, Gregory L..Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações. 10ª ed.
São Paulo: Pearson, 2007. 830 p.
FLOYD, Thomas. Sistemas Digitais: Fundamentos e Aplicações. 9ª ed. São Paulo: Artmed, 2007. 888 p.
COSTA, Cesar da. Projetos de Circuitos Digitais com FPGA.1ª ed. São Paulo: Érica. 208 p .
MALVINO, Albert Paul. Eletrônica - Vol. 1 e 2. 4ª ed. São Paulo: Pearson.

38
CLASSIFICAÇÃO DE DESCONTINUIDADES POR ÁRVORES DE
DECISÃO EM JUNTAS SOLDADAS INSPECIONADAS ATRAVÉS DA
COMBINAÇÃO DAS TÉCNICAS NÃO DESTRUTIVAS TOFD E PEC
Gabriel Costa Santana1 [Profª. Dra. Maria Cléa Soares de Albuquerque]
1
IFBA-Campus Salvador (Brasil)
brielcsta@gmail.com
Resumo
As técnicas não destrutivas TOFD (Time of Flight Difraction) e PEC (Pulsed Eddy Current) são utilizadas
na inspeção de juntas soldadas. A detecção de descontinuidades nesses métodos é uma realidade, todavia, eles não
conseguem identificar qual o tipo de defeito detectado. No intuito de mudar este déficit, este trabalho utilizará as
árvores de decisão (Decision Trees) para classificação das descontinuidades presentes em cordão de solda em uma
chapa de aço SAE 1020. O reconhecimento de padrões de descontinuidades será obtido a partir da aplicação de
técnicas de processamento digital aos sinais coletados utilizando TOFD e PEC.

Introdução/Referencial Teórico:

Indicado como o processo industrial mais utilizado para unir partes metálicas, a soldagem, encontra-se
suscetível a imperfeições e falhas. Sendo assim, são necessários estudos que minimizem esses danos, garantindo
confiabilidade e integridade a estruturas soldadas [1,2].
Os ENDS (Ensaios Não Destrutivos) apresentam-se como uma das ferramentas de inspeção mais
eficientes na identificação desses defeitos, sobretudo por não comprometerem o uso final da peça [3-5].
Neste trabalho, as técnicas não destrutivas: ultrassônica ToFD (Tempo de percurso da onda difratada -
Time of Flight Difraction) e Magnética, PEC (Correntes Parasitas Pulsadas - Pulsed Eddy Current) serão
combinadas para detecção de descontinuidades em juntas soldadas de Aço 1020. Os sinais obtidos serão
analisados por técnicas de processamento digital de sinais (Fourier e Wavelet) e então alimentados a árvores de
decisão (Decision Trees) como um método de classificação automático.
Para combinar as informações dos diferentes ensaios não-destrutivos serão usadas técnicas estatísticas
como a análise de componentes principais (PCA – Principal Component Analysis) para pré-processamento dos
sinais antes de alimentá-los ao classificador automático árvore de decisão.

Objetivo:

Estabelecer um padrão de classificação de sinais ultrassônicos e eletromagnéticos obtidos através das


técnicas ToFD e PEC para distinção de defeitos em juntas soldadas fazendo- se uso de metodologias de
classificação automática de defeitos, como as árvores de decisão (Decision Trees).

Metodologia:

Inicialmente será realizada uma revisão bibliográfica a respeito das técnicas de inspeção ToFD e PEC,
com o objetivo de obter maior conhecimento nos princípios que as regem, suas particularidades e metodologias de
inspeção, a partir de trabalhos que as utilizam para a identificação de defeitos em soldas, e de normas que
regulamentam a sua utilização. Em seguida, serão realizados treinamentos práticos conduzidos com o equipamento
empregado no procedimento de inspeção.

39
As rotinas de processamento de sinais, utilizando transformadas de Fourier e Wavelet, serão
implementadas e testadas a partir dos sinais adquiridos usando o ambiente computacional Matlab®, com o
objetivo de representar qualquer sinal como uma combinação linear de um conjunto de sinais básicos. Ainda
utilizando esse software, as informações obtidas de ambos ensaios não destrutivos, ToFD e PEC, serão
combinadas através de análise estatísticas, utilizando Análise dos Componentes Principais ou PCA, a qual
identificará os componentes que melhor representam o conjunto de informações a serem alimentados ao
classificador automático. Os sinais serão divididos por diferentes metodologias, a partir de suas características
comuns, com o objetivo de obter maior homogeneidade dos dados e melhor desempenho da árvore de decisões.
Assim a árvore será alimentada com os dados que passarão pelo processo de aprendizado e validação. Este último
será efetuado por diferentes correlações (holdout, validação cruzada), de modo a analisar sua influência no
desempenho final de classificação da árvore construída.
Resultados:

Espera-se aliar as vantagens do uso combinado de ambas técnicas, ao emprego de métodos de


classificação automática de defeitos, facilitando assim as atividades de inspeção e monitoramento.

Considerações finais:

Existem muitas ferramentas de classificação, que são amplamente empregadas para treinamento de sinais,
a exemplo das redes neurais artificiais. O estudo de mais uma nova metodologia, no caso deste trabalho, a árvore
de decisão, poderá promover uma diferenciação na resolução dos problemas de classificação de defeitos em sinais
obtidos tanto pelo TOFD, quanto pelo PEC.

Referências Bibliográficas.

[1]WAINER, E., Soldagem: processos e Metalurgia, 2a Ed., Editora Blücher, 2005.


[2] MARQUES, P.V; MODENESI, P.J; BRACARENSE, A. Q. Soldagem: Fundamentos e Tecnologia. 4ª
Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 2016. 392p.
[3] CARVALHO, A.A., REBELLO, J.M.A., SOUZA, M.P.V., et al. Reliability of non- destructive test
techniques in the inspection of pipelines used in the oil industry. International Journal of Pressure Vessels and
Piping, v. 85, n. 81, pp. 745-751, 2008.
[4] LOUREIRO, G.B. Sistematização do processo de desenvolvimento de um portador de sistemas
ultrassônicos para inspeção de uniões soldadas. Dissertação de Mestrado em Engenharia Mecânica. Programa
de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2013.
[5]American Society for Nondestructive Testing. Introduction to Nondestructive Testing. Disponível em:
<https://www.asnt.org/MinorSiteSections/AboutASNT/Intro-to- NDT.aspx>. Acesso em: 27 de janeiro de 2018.

40
COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO: UMA ANALISE ESTRUTURAL E
IMPLANTAÇÃO DE UM MODELO DE INOVAÇÕES NO CAMPUS
SIMÕES FILHO
Priscilla Souza Neves¹, Jocimaria Bispo dos Santos²

¹Docente, IFBA (Brasil),

²Discente, IFBA (Brasil)

ifbasimoesf@gmail.com, jocimariabispo87@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico:

O Combate a Incêndio e Pânico pode ser uma prática educativa centrada na segurança das edificações, e das
pessoas afinal, a população brasileira precisa ter conhecimentos básicos sobre os males que o incêndio provoca
em uma edificação além de que, o aprender é muito importante sempre, independente da área de atuação.

Nos últimos tempos, vivenciamos noticias de incêndio com prejuízos materiais, históricos e humanos. A
prevenção e segurança dos incêndios são de extrema importância para nossas vidas.

Por isso, queremos implantar uma disciplina ou conteúdos sobre o combate a incêndio e pânico nas 3
modalidades de ensino do IFBA Simões Filho afinal, já é obrigatório através da Lei 13.425/2017, que estabelece
que devemos ter assuntos na formação dos cursos técnicos do IFBA. Ou seja, a Lei 13.425/2017 já está tentando
implantar a cultura da segurança e da prevenção nas escolas através da inclusão de assuntos relacionados ao
Combate a Incêndio e Pânico para que as pessoas estejam bem instruídas sobre como agir caso aconteça um
sinistro.

Objetivos:

Consiste em descobrir se o IFBA está apto para desenvolver um projeto de combate a incêndio e pânico e
implantarmos o Plano de Emergência no Campus Simões Filho. Além, de aplicarmos métodos de ensino para
capacitar a comunidade interna e propagar os meios necessários que devem ser feitos para iniciarmos a
prevenção do incêndio.

Metodologia:

41
Nesse sentido, o propósito deste trabalho é levantar mediante coletas de dados com pesquisa exploratória e
quantitativa, os equipamentos que a instituição já possui e saber se estão de acordo as normas que os regem.
Além disso, elaborar uma cartilha didática para introduzir a temática nas formações dos futuros técnicos.

Resultados:

Já se pode constatar que o IFBA não possui uma planta identificando onde existem equipamentos de segurança
contra incêndio como (extintores, hidrantes, mangotinhos e sinalizações de emergência). E não existe sinalização
de onde os instrumentos citados acima, estão distribuídos. Afinal de conta, a planta é uso exclusivo dos
responsáveis pela instituição e a sinalização, essa deve ser exposta em um local onde todos possam ver.

Considerações Finais:

Verificou-se que no IFBA existe a necessidade de fazer alguns ajustes no espaço e essas alterações, tem o intuito
de melhorar a estrutura, o funcionamento e a segurança de todos que frequentam o espaço, pois o Campus possui
apenas alguns extintores e hidrantes e nem sabemos a procedência deles, ou seja, se estão em bom estado para
uso, caso seja necessário.

Na opinião de BERTO (2018), o extintor é um item básico de segurança para uma edificação e os itens mais
importantes são a sinalização de emergência, iluminação de emergência e alarme de emergência. Ou seja, o
IFBA possui um item básico para combater o fogo caso aconteça um incêndio.

Referências Bibliográficas:

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077: saídas de emergências em


edifícios. Rio de Janeiro, 2001ª.

2.________. NBR 12962: Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 2010.

3.________. NBR 13714: Sistemas de Hidrantes e de Mangotinho para Combate a Incêndio. Rio de Janeiro,
2003, p. 04.

4.________. NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio - requisitos. Rio de Janeiro, 2005, p, 05.
5. BERTO, Antônio Fernando. Saiba como prevenir incêndios. Disponível em: <http://g1.globo.com/como-
sera/noticia/2018/09/saiba-como-prevenir-incendios.html>. Acesso em: 23 set.2018.

6. CBM. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA BAHIA. Instrução Técnica n° 16/2018. Plano de


emergência contra incêndio e pânico. Bahia, 2018, p. 02-09.

7. RAMOS, Danielle Barbosa. ABRASCE. Associação Brasileira de Shopping Centers. Lei 13.425/2017.
Brasília, 2017, p. 05-08.

42
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44
CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE TORÇÃO A PARTIR DA
APRENDIZAGEM BASEADA EM ESTUDO DE CASO: ESFORÇOS
ATUANTES EM MINI-IMPLANTES ODONTOLÓGICOS

¹Esly Marinho, ²Jandeson Bomfim da Silva, ³Christian Conceição Rosa, 4 Antônio Brito
da Silva
1,2,3,4
instituto federal de educação ciência e tecnologia da Bahia campus Simões filho (Brasil)
eslymarinho@yahoo.com.br, jandesonbomfim@gmail.com, christianconceicao5@gmail.com,
antoniousimec@gmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: Com o advento da criação quase que diária de inserção de novas tecnologias
no ambiente educacional tem se mostrado um grande desafio na condução do papel docente nos dias atuais. Segudo
Vieira (2014) as novas tecnologias invadiram todos os níveis de ensino e ditaram uma nova forma de estar no
espaço educativo, e essa alteração coincidiu com a emergência de um novo paradigma de ensino centrado no
estudante e na promoção de estratégias que procuram torná-lo um aprendente cada vez mais autónomo, uma vez
que para a maioria dos alunos as aulas convencionais não são mais motivadoras. Apresentar conceitos da área de
Resistência dos Materias para alunos do ensino médio, por si só, já é motivo de preocupação pela alta rejeição em
lidar em um mesmo espaço, com diversos conhecimentos prévios de matemática e física, adicionando-se os
conceitos da área de engenharia, em específico, conceitos de tração, compressão, torção e flexão. Então, é de
fundamental importância que o docente utilize conhecimentos da área pedagógica para que os objetivos de ensino-
aprendizagem sejam alcançados. Muitas vezes, os discentes de cursos técnicos associam seus conceitos a usos nas
áreas industriais, e neste trabalho buscou-se apresentar o conceito de torção na área de odontologia que é uma área
da saúde voltada para o estudo da face, pescoço e cavidade bucal. Como metodologia de ensino para apresentação
dos conceitos de torção, fez-se uso de um estudo de caso que trata do comportamento de um mini-implante
ortodôntico que após aplicação de uma tensão de torção no material, analisando os filetes de duas roscas (Cônica
e Cilíndrica), verificando-se o comportamento de acordo a tensão aplicada e por conseguinte, realizando discussão
com a turma dos conceitos adquiridos. Com esta perspectiva, apresentou-se que a relação dos cálculos matemáticos
não se aplicam apenas em sala de aula, mas também para várias áreas do nosso cotidiano, tais como a relação da
tensão como métodos aplicados em uma cirurgia ortodôntica. Para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem,
utilizou-se de uma metodologia ativa baseada em estudo de casos, que para Pierini (2015) tem o potencial de trazer
ao contexto dos alunos, conceitos que podem ser considerados abstratos ou desconexos caso sejam abordados de
maneira isolada ou apenas teórica. Desta forma, o uso da metodologia ativa tornou-se muito prática de ser
desenvolvida para melhor entendimento e compreensão do aluno, fugindo das aulas consideradas convencionais e
sem nexo para muitos que não são “adeptos” das áreas de exatas, e até mesmo para aqueles que tem um domínio
cognitivo acentuado, mas considera as aulas cansativas. Trabalhar com estudo de casos permitiu apresentar para
os alunos os conceitos de torção, bem como os principais testes, materiais e tipos de solicitação aos quais os
parafusos estão submetidos. Segundo Santos et al (2015) apesar do sucesso dos implantes osseointegrados,
problemas de ordem mecânica, como a soltura ou fratura do pilar, afrouxamento do parafuso de fixação de coroas
unitárias e a instabilidade protética, são problemas comumente relatados na literatura. Percebeu-se, então, que a
partir de uma situação real, esta foi considerada como gatilho para ministrar conceitos de torção (Resistência dos
Materiais), de maneira trasversal com outras áreas do conhecimento, fazendo-se uso de uma metodologia ativa
baseada em estudo de caso.
Objetivos: O objetivo deste trabalho foi apresentar a utilização do conceito de torção fazendo-se uso de uma
metodologia ativa baseada em estudo de caso na área de odontologia. Teve-se como finalidade apresentar de
maneira transversal, os conceitos da mecânica para além das áreas automotivas, motores, equipamentos, etc.
Utilizou-se para construção do processo de ensino-aprendizagem um estudo de caso real com simulação em sala
de aula com a finalidade de que os alunos pudessem interagir a medida que os assuntos fossem ministrados. E
desta forma, envolver os alunos a aprender conceitos que perpassam pela área de matemática, química e física.

45
Metodologia: A metodologia utilizada para construção do conhecimento do conceito e aplicação da tensão de
torção foi o uso de uma metodologia ativa baseada em um estudo de caso na área da Odontologia. Na aula
ministrada além da discussão sobre as tensões atuantes em dois dos principais tipos de parafusos utilizados em
implantes (Cônico e Cilíndrico), fez-se uma breve revisão das principais partes da mandíbula, apresentando as
diferentes durezas de um osso maxilar em contato com os filetes das roscas do mini-implante. Como simulação,
os alunos realizaram um prática de furação em um osso bovino para perceberem as diversas camadas de uma
região óssea, ora mais compactada, ora mais porosa, e que desta forma em momentos diferentes, os filetes dos
parafusos sofrem tensões variadas, além do formato do implante. Pretendeu-se com uso desta metodologia ativa
fazer com que o aluno deixe de ser apenas um ouvinte para ser um dos protagonistas e o professor deixa de ser o
detentor do conhecimento e ser um mediador e assim, possa aumentar a interação e melhorar a relação de
professor/aluno no processo de ensino-aprendizagem.
Resultados: A partir de um estudo de caso real e fazendo-se uso de uma metodologia ativa, teve-se como resultado
uma maior atenção e concentração dos alunos durante a aula. Observou-se também a curiosidade dos alunos para
ver o resultado final no mini-implante e consequente a participação de toda turma, o que deixou a aula ainda mais
atraente. Percebeu-se com o uso desta metodologia o interesse dos alunos a procurar novas aplicações para o
conceitos ministrados além das áreas da indústria. Desta forma, a partir da interação em sala verificou-se que
trabalhar a interdisciplinaridade e transversalidade dos conhecimentos tende a fortalecer o processo de construção
de conhecimentos.
Considerações finais: Podemos observar que através de um estudo de caso, foi possível apresentar conceitos de
tensão de torção em diversas áreas do nosso cotidiano, que não estão intimamente ligadas à indústria. Foi possível
identificar uma melhor compreensão dos alunos com relação ao assunto exposto. Pode-se destacar que uma das
melhores maneiras de se entender como se ministra uma aula é na prática, e o uso da metodologia ativa como
ferramenta pedagógica facilitou a construção do conhecimento, pois levou ao discente compreender e associar que
os diversos conceitos e ciências andam juntas.
Referências Bibliográficas.
BAE, S., PARK, H., KYUNG, H., “Clinical application of micro-implant anchorage”, Journal of Clinical
Orthodontics, v. 36, pp. 298-302, 2002.
DOBRANSZKI, A., “Estudo fotoelástico com o arco de Dupla Chave na técnica Straight Wire”, Tese de M.Sc.,
UCCB, Campinas, SP, Brasil, 2001.
FERREIRA, F. V., Ortodontia: Diagnóstico e Planejamento Clínico, 2 ed., São Paulo, Artes Médicas, 1998.
NOVA, M.F.P., CARVALHO, F.R., ELIAS, C.N., ARTESE, F., “Avaliação do torque para inserção, remoção e
fratura de diferentes mini-implantes ortodônticos”, Revista Dental Press Ortodontia e Ortopedia Facial, v. 13, no.
5, pp. 76-87, set./out 2008.
POGGIO, P.M., “Safe Zones - A Guide for Miniscrew Positioning in the Maxillary and Mandibular Arch”, Angle
Orthodontist, v. 76, n. 2, pp. 191-7. 2006.
PIERINI, M. F., Aprendizagem Baseada em Problemas e em Casos Investigativos: Construindo e Avaliando
Possibilidades de Implementação no Ensino Médio. Dissertação de Mestrado. Istituto Oswaldo Cruz. Rio de
Janeiro. 2015.
PARK, H.S., et al., “Factors affecting the clinical success of screw implants used as an orthodontic anchorage”,
American Journal of Orthodontics, v. 130, n. 1, pp. 18-25, July. 2006.
RAO, S.S., “The Finite Element Method in Engineering”, 2 ed., Oxford, Pergamon Press, 1988.
ROSSATO, C., “Estudo fotoelástico das áreas de pressão produzidas no periodonto, por forças ortodônticas, na
distalização de canino, pelos métodos convencional e com “power arm”, Tese de M.Sc., USP – Faculdade de
Odontologia de Bauru, Bauru, SP, Brazil, 1982.
SANTOS, V.T.G, TRENTO, C. L., SANTOS, P. R. S., SIQUEIRA, A. S., GRIZA, S., Análise da resistência à
fratura entre pilares retos e angulados do sistema cone Morse.
VIEIRA, F., RESTIVO, M. T., Novas Tecnologias e Educação: Ensinar a Aprender e Aprender a Ensinar.
Biblioteca Digital da Faculdade de Letras de Porto. Ed. 2014.

46
CONSTRUINDO REDES DE PESQUISA EM COAUTORIA: ANÁLISE
DA PRODUÇÃO BIBLIOGRÁFICA NO IFBA
Maria Teresinha Tamanini Andrade1 [orientadora], Diego Santos Correia de Melo 2
1
Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Simões Filho (Brasil)
2
Instituto federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Salvador (Brasil)
tamanini@ifba.edu.br, dscdml@hotmail.com

Resumo
Introdução
Uma rede é um grafo constituído de um conjunto de elementos chamados vértices ou nós, que são
ligados por outro conjunto de elementos chamados de arestas que fazem conexões com os vértices. Uma rede
social é um conjunto de pessoas ou grupos de pessoas com algum padrão de contato ou interação entre elas
(WASSERMAN e FAUST, 1997). Segundo Barabási (2003), uma rede complexa é um grafo que apresenta uma
estrutura ou propriedades topológicas não triviais, composto por um conjunto de vértices (nós) que são
interligados por meio de arestas.
Para discutir e caracterizar as relações de colaboração serão utilizadas três medidas de centralidade
aplicadas em estudos de Análise de Redes Sociais (ARS). A centralidade de grau é definida pelo número de
laços adjacentes que um vértice possui com outros em uma rede. A centralidade de proximidade é função da
maior ou menor distância de um vértice em relação a todos outros em uma rede (SCOTT, 2002; HANNEMAN e
RIDDLE, 2005). A centralidade de intermediação avalia a dependência de vértices não adjacentes de outros que
atuam como uma espécie de ponte para a efetivação da interação entre eles (FREEMAN, 1979).
Objetivo
Identificar e estudar as redes de colaboração em produção bibliográfica, segundo o critério de coautoria,
formadas por docentes pesquisadores do IFBA.
Metodologia
Para realizar a pesquisa proposta, foram coletados os dados das produções bibliográficas nos currículos
lattes dos docentes pesquisadores pertencentes a cada campus do IFBA no período entre 2005 a 2016. Os dados
coletados da produção bibliográfica foram os artigos em periódicos, trabalhos completos em anais de congressos
e livros/capítulos publicados.
A partir destes dados foram analisados os pesquisadores e suas produções bibliográficas por meio de
redes de coautoria. Resumidamente, as etapas da pesquisa foram: identificar os docentes do IFBA por campi;
identificar o currículo lattes de cada docente; coletar no currículo as produções bibliográficas (artigos em
periódicos, trabalhos completos em anais de congressos e livros/capítulos); organizar os dados coletados; limpar
os dados analisando autor e publicação; construir as redes segundo o critério de coautoria; calcular e analisar os
índices e parâmetros calculados usando softwares específicos.
Resultados
A rede total da Produção Bibliográfica dos docentes do IFBA é apresentada na Figura 01. Os vértices
correspondem aos pesquisadores e as arestas às colaborações em coautoria entre eles. Dois docentes são
coautores se escreveram um artigo juntos.
A rede total apresenta 5800 vértices (pesquisadores) e 361 componentes (sub-redes). Há pesquisadores
com alto grau de centralidades. Por exemplo, o vértice P2 apresenta a maior centralidade de grau, a segunda
maior centralidade de proximidade e de intermediação, aparecendo com destaque também no campus Salvador.
Supomos que este pesquisador é um vértice de maior importância por estabelecer a maior quantidade de vínculos
com os vértices vizinhos e, também, o vértice que atua como ponte, fazendo ligações diretas e indiretas entre os
demais atores.
Na Figura 02 apresentamos a rede da produção Bibliográfica do campus Simões Filho. Esta rede
também apresenta um componente maior e subgrupos, com componentes isolados.

47
Figura 01: Grafo da Rede Total da Produção Bibliográfica
Fonte: Elaboração própria a partir de dados da plataforma Lattes

Figura 2: Rede do Campus Simões Filho


Fonte: Elaboração própria a partir de dados da plataforma Lattes

Considerações finais
Foram coletados os dados de todos os campi do IFBA relativos as produções bibliográficas dos
docentes e construídas as redes de coautoria. Nesta rede percebe-se um componente maior com interações entre
os docentes, mas também componentes isolados, formando sub-grupos. Este padrão se repete para os campi.
Supõe-se que há colaboração entre parte dos docentes nos campi e também entre os mesmos. Mas há a
necessidade de maior parceria entre os docentes pesquisadores do IFBA. Ressaltasse que há pesquisadores de
outras instituições formando redes de colaboração com os pesquisadores do IFBA.
Referências Bibliográficas
BARABÁSI, A.L. Linked: How everything is connected to everything else and what it means for business,
science and everyday life. Plume, 2003.
HANNEMAN, R. A.; RIDDLE, M. Introducion to Social Network Methods. 2005. Disponível em:
<http://www.faculty.ucr.edu/ hanneman/>. Acesso em: 10jan 2014, 08:45:15.
NEWMAN, M.E.J. The structure and function of complex networks. SIAM Review. Vol. 45(2): 167–256, 2003.
WASSERMAN, S.; FAUST, K. Social network analysis: methods and applications. Cambridge: Cambridge
University Press, 1997.

48
CONTROLE DE SÓLIDOS DE PERFURAÇÃO ON SHORE
Paulo Roberto dos Santos1 , Lucas Pereira Junqueira 2 , Kevin Carlos Oliveira dos Reis3
1
Instituto Fedral da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Fedral da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
3
Instituto Fedral da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
E-mails: paulo.santos@ifba.edu.br, lucas.junqueira@live.com, carloskevin727@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Os sólidos derivados da perfuração de poços de petróleo on shore quando


chegam à superfície devem ser tratados para mitigar os impactos ambientais, estes sólidos estão impregnados de
fluido de perfuração. Com o tratamento desses sólidos se recupera este fluido que retorna ao sistema de circulação
diminuindo assim, os custos da perfuração. O intuito deste trabalho é demonstrar com estudo prático a eficácia do
tratamento de resíduos sólidos gerados durante o processo de perfuração terrestre de poços petrolíferos. Usando
equipamentos para a retirada e/ou diminuição dos sólidos provenientes da perfuração o excesso desses sólidos modifica as
características reológicas dos fluidos de perfuração sendo estes de base sintética ou aquosa (convencional). Quando é
realizada a atividade de perfuração em poços petrolíferos, a geração de resíduos decorrentes da trituração das
rochas é inevitável, estes resíduos estão em contato com o fluido de perfuração e dependendo da formulação do
fluido utilizado e das formações geológicas perfuradas, esses resíduos podem causar danos ao meio ambiente. Na
atividade de perfuração a quantidade de sólidos (cascalhos) no circuito deve ser minimizada ao máximo possível
para garantir as propriedades reológicas dos fluidos usados, dessa forma economizando aditivos e diminuindo o
custo total da operação. Para a remoção dos sólidos na atividade de perfuração são usados equipamentos
específicos de extração de sólidos com as peneiras vibratórias, centrífugas, hidrociclones, sedimentadeiras. Na
perfuração dos poços de petróleo o fluido de perfuração circula em três fases segundo THOMAS et al. Na
circulação normal o fluido de perfuração é bombeado até a broca através da coluna de perfuração retornando pelo
espaço anular até a superfície trazendo consigo os cascalhos. O fluido passa por tratamento para começar um novo
ciclo.
Objetivos: Demostrar a eficiecia na recuperação de fluido de perfuração; possibilitar a melhoria do lay out do
sistema de tratamento de sólidos; buscar alternativas para mitigação dos impactos causados pelas atividades
petrolíferas.
Metodologia: Amostras de cascalho foram analisadas atraves de testes de retorta (FANN) calculando assim os
teores de água, óleo e sólidos em termos percentuais, foram analisadas onze amostras na entrada e na saída
(cascalho processado a outra saída do fluido recuperado não foi analisada neste trabalho) do equipameneto secador
”Vortex Dryer” em dois poços que utilizou fluido sintético a base de óleo (n-parafina), no Estado de Alagoas. O
primeiro poço com três fases usou fluido convencional na primeira fase e fluido sintético noutras duas e sua
profundidade final foi de 2217 m . O segundo poço só modificou do primeiro a profundidade final para 2979 m.
Resultados: Feita todas as analises de Retorta nos dois poços com valores da entrada e saida do secador “Vortex
Dryer” calculamos os valores médios do percentual de água, óleo e resíduos (sólidos). Os valores médios para o
primeiro poço foram: entrada do equipamento 15,58 % de água, 4,62 % óleo e 79,80 % de sólidos após o processo
do cascalho os valores foram: 8,03 % de água, 2,54 % de óleo e 89,44 % de sólidos. Os valores médios para o
segundo poço foram: entrada do equipamento 12,00 % de água, 10,85 % óleo e 77,17 % de sólidos após o processo
do cascalho os valores foram: 6,31 % de água, 4,88 % de óleo e 88,81 % de sólidos.

49
Considerações finais: Nota-se nos resultados expostos que houve um considerável aumento nos percentuais dos
sólidos após os cascalhores serem processados no secador Vortex, nota-se também que os valores são próximos
nos dois poços, outro fato relevante foi a diminuição do teror de óleo nos dois poços mostrando a eficácia do
processo para a diminuição dos impactos ambientais.

Referências Bibliográficas.

THOMAS, José Eduardo; Fundamentos de Engenharia de Petróleo; 2º Edição; Editora Interciência.


Manual de Fluidos de Perfuração; DEPER, Departamento de Perfuração; Petrobras, Petróleo Brasileiro S.A.

50
DA SOLIDARIEDADE CONTRA O NEGÓCIO
AO NEGÓCIO DA SOLIDARIEDADE:
O PAPEL DAS ONGS INTERNACIONAIS NA BAHIA

MANUEL JESUS VICENTS CARRAU


IFBA SIMÕES FILHO -BRASIL
e-mail: mjvc003@gmail.com

RESUMO

O trabalho constrói um conceito de ONG (Organização Não Governamental) considerando o conjunto de inter-
relações que estabelecem com o Estado, as instituições financeiras, outras ONGs e as comunidades .

Introdução /Referencial teórico

A multiplicação de ONGs em âmbito mundial é analisada dentro do processo da “globalização”, suas


implicações com o Estado e a sociedade. Cabe a pergunta sobre a legitimidade e representatividade das ONGs e
a discussão sobre ONGs e Terceiro Setor, imperialismo e dependência.

Objetivos

Analisar as ONGs estrangeiras atuando no Brasil e suas inter-relações nas décadas 80 e 90.

Metodologia

Revisão bibliográfica e documentos formais e informais. Entrevistas com os principais agentes das Ongs e
pessoas da comunidade onde a ONG desenvolvia projetos e outros participantes dos projetos.

Resultados

Observamos um processo de burocratização e profissionalização das pessoas que atuam nas ONGs, que a pesar
do nome são legitimadas e subsidiadas financeiramente pelo Estado e outros agentes econômicos.

Considerações Finais

As novas ONGs não tem um perfil ideológico definido, estão inseridas em redes mundiais, burocratizadas e com
sentido pragmático com o fim de obter financiamentos.

51
Referências Bibliográficas

ABONG (1998). As ONGs e o desenvolvimento institucional. O programa de Co-financiamento dos Países


Baixos no Brasil. Seção I cap.2 e Seção III, cap. 5. ABONG.ICCO/NOVIA/BILANCE. S.P.

ABONG (2002). ONGs no Brasil.2002 Perfil e Catálogo das Associadas à ABONG. Série Desenvolvimento

Institucional ABONG. São Paulo.

AMIN, S. (2001). (Capitalismo, Imperialismo, Mundialización) in. SEOANE, J. & TADDEI, E. compiladores.
Resistências Mundiales (De Seatle a Porto Alegre) Clacso Consejo Latino Americano de Ciencias Sociales.

ARANTES, P. E. (2000). (Esquerda e Direita no Espelho das ONGs) in ONGS identidades e desafios atuais.
Cadernos ABONG nº 27 Editora Autores Associados

PETRAS, J. (1980). Imperialismo e classes sociais no Terceiro Mundo. Zahar Editores, pp. 15-49.

_______. (1995a). “A propósito de globalização e Neoliberalismo”. Caderno do CEAS n.º 158, jul.ago.1995. p.
12-22.

_______. (1995b). Ensaios contra a ordem. Scritta, Página Aberta Ltda. São Paulo.

_______. (2000). ONGs y movimientos sociopoliticos. Disponível em: <http//: www.rebelion.org/petras.htm>


Acesso em: 17 mar. 2002.

_______. (2000). Las dos caras de las ONG. Disponível em: <http//: www.rebelion.org/petras.htm> Acesso em:
17 mar. 2002.

_______. (2000). El postmarxismo rampante: Una critica a los intelectuales y a las ONG.

WALLERSTEIN, I. (1985). O capitalismo histórico. Brasiliense.

_______. (2000). (A reestruturação capitalista e o sistema-mundo) in GENTILI, P. (org.) Globalização


Excludente. Desigualdade, exclusão e democracia na nova ordem mundial / Petrópolis, Rj: Vozes;
Buenos Aires: Clacso.

_______. (2002). Perspectivas del capitalismo. Poca paz, poca estabilidad y poca legitimidad. Disponível em: <
http//: www.mas.org.ar/Paginas/Sob9/wallerstein.htm > Acesso em: 11 mar. 2001.

WOOD, E. (2001). (Trabajo, clase y estado en el capitalismo global). in SEOANE, J. & TADDEI, E.

compiladores. Resistências Mundiales (De Seatle a Porto Alegre). Clacso. Consejo Latino Americano

de Ciencias Sociales.

52
DADV: DISPOSITIVO PARA O AUXÍLIO DE DEFICIÊNTES VISUAIS

Miguel Pereira Santos Neto1 , Alana Faleta de Aquino Silva1, Miguel José da Silva Neto1,
Murilo de Souza Carneiro Meireles1, Guilherme de Souza Carneiro Meireles1

1
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia - Simões Filho (Brasil)
E-mails: miguel@ifba.edu.br, nanafaleta.LF@gmail.com, mjsedasilvaneto@gmail.com,
mumucarne@gmail.com, guilhermescarneirom@gmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
A vida de um deficiente visual pode ser deveras complexa. Além das dificuldades desde a infância, seja na área
doméstica ou tendo o aprendizado afetado pela ausência de livros no sistema Braile (JORNAL DO BRASIL,
2012), essas pessoas também enfrentam obstáculos durante a circulação em ambientes urbanos. Mesmo com
23,9% da população brasileira apresentando alguma deficiência (IBGE, 2010), falta estrutura nas ruas e avenidas
das cidades para garantir uma boa circulação destes tipos de pedestres. A acessibilidade ainda é limitada no Brasil
(REDE MOBILIZADORES, 2015), mas além disso, ela é subestimada. O que temos na sociedade atual são
soluções pontuais para os problemas assitivos, ao invés de planejamentos amplos (COHEN, 2015). Os semáforos
sonoros atuais são um grande exemplo disso, além da falta dos semáforos, também faltam sinalizações que indicam
a presença dele, além da dificuldade de encontrar as instruções em braile (SANTOS, 2014). Outro problema é o
mau funcionamento, algumas das poucas sinaleiras não emitem o som que deveria, outras funcionam apenas em
um lado da calçada e em casos extremos, nem funcionam (REPÓRTER DIÁRIO, 2014). E foi analisando todos
essas mazelas e críticas que desenvolvemos o DADV. O dispositivo individual ajuda na independência do
portador, evitando problemas como a falta de identificação do semáforo e do próprio reconhecimento dos sinais.
Objetivos:
Mesmo superando outros obstáculos diários, um deficiente visual sem a capacidade de se locomover em áreas
urbanas de forma segura, prática e autônoma não conseguira se tornará independente em momento algum da vida.
Partindo dessa hipótese, idealizamos um dispositivo que ajuda na identificação e na compreensão das informações
de um semáforo para melhorar o deslocamento de indivíduos com essa deficiência que não estão acompanhados.
O projeto é dividido em duas partes, sendo a primeira um dispositivo equipado na parte interna de cada semáforo,
e a segunda parte consiste em um dispositivo individual em posse do deficiente. Esse sistema funciona com base
na comunicação Bluetooth, onde o dispositivo fixado no semáforo identifica a presença do portador e emite um
sinal de conexão, deixando claro a presença de uma sinaleira naquela região. Logo, outros sinais são emitidos,
sinalizando em que estado o semáforo se encontra, enviando para o pequeno aparelho móvel, e notificando seu
usuário o sinal de trânsito. Essa informação é transmitida através de sinais sensoriais como vibrações rítmicas. Foi
decidido utilizar o sinal bluetooth devido a sua praticidade em comparação a outros sinais sem fio como wi-fi,
infravermelho, etc. Com ele, além do diferencial do sistema slave/master, temos uma simplicidade maior, um baixo
consumo de energia, uma conexão rápida e um alcance de sinal sob medida, o qual não se conectará precocemente
e nem terá problemas de conexão tardia.
Metodologia:
Para o desenvolvimento do projeto, foi feita uma perquirição em relação às necessidades e dificuldades de
portadores de deficiências visuais. Também foi feita uma análise de propostas semelhantes e seu funcionamento.
E, consequentemente, ocorreram pesquisas sobre suas críticas e falhas, e um apuramento sobre como evitá-las.
Também foi pesquisada propostas semelhantes no mercado atual, a principal e quase única idéia semelhante
encontrada, que foi usada como base de erros e acertos para o protótipo do DADV, foi o Semáforo Sonoro exigido
pelo Conselho Nacional de Trânsito de acordo com a Resolução Nº 704 (CONTRAN, 2017). Porém, este projeto
tem sido muito criticado pela própria ausência do mesmo, em São Paulo por exemplo, uma cidade com 53 mil

53
habitantes cegos (ÉPOCA NEGÓCIOS, 2017), existem apenas 7 semáforos sonoros, onde 3 não funcionam e os
outros estão concentrados apenas na região do Aeroporto de Congonhas (XAVIER, 2018). O DADV foi
desenvolvido usando a comunicação das placas microcontroladoras Arduino UNO através dos Módulos
Bluetooths que serão explicados mais à frente.
Resultados:
O projeto se constitui em duas partes, a primeira é fixada no interior do semáforo, composta por uma placa Arduino
UNO, os led’s do semáforo e o Módulo Bluetooth HC-6, conectados por uma Protoboard. A segunda parte é o
dispositivo pessoal, portado pelo deficiente visual, composto de uma placa Arduino UNO, com um Módulo
Bluetooth HC-5 e um motor de vibrações, que pela ausência, foi representado por um led azul temporariamente.
Quando o dispositivo pessoal se conectar ao semáforo, é emitida uma rápida vibração, para sinalizar a presença de
um semáforo. Depois, se o semáforo estiver na cor verde (aberto para a passagem de carros), é emitida uma
vibração longa, em sinal de alerta, e quando o sinal estiver vermelho (aberto para a passagem de pedestres) ocorrerá
duas vibrações seguidas e rápidas, como notificações de celulares. É importante salientar que tudo descrevido são
apenas protótipos, mas será comentado o que se espera do projeto final no futuro.
Primeiramente foi pensado em utilizar um aplicativo, criado na plataforma MIT App Inventor 2, para ser usado
um celular ao invés de um dispositivo construído. Mas foi notado que isso iria acarretar em alguns problemas para
o projeto, como a impossibilidade de programar os dispositivos no modo slave ou master e o pré pareamento
necessário, além de que o deficiente visual seria obrigado a portar um aparelho celular, e ficar sempre em mãos
esperando a conexão acontecer, estando sujeito a situações de risco como assaltos. Pensando na praticidade de
uso, este dispositivo poderá ser aplicado de várias formas, a ideia é planejada para que possa complementar objetos
de uso diário, como uma bengala para deficientes visuais, uma pulseira ou relógio.
Considerações finais:
Com o projeto, a equipe teve a oportunidade de expandir seu conhecimento na área de robótica e programação.
Além de conhecer as necessidades e dificuldades dos portadores de deficiência visual, tentando amenizá-las. Assim
como trouxe entendimento da necessidade da acessibilidade como um todo, e de como ela ainda é precária
atualmente, mas sempre com o objetivo de mudar este fato.

Referências Bibliográficas.
CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência. Rio de
Janeiro: IBGE, 2012. Acompanha 1 CD-ROM. Disponível em:
<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/94/cd_2010_religiao_deficiencia.pdf>. Acesso em: 20 de
jul. 2018.
CIDADE de São Paulo só tem 8 semáforos para cegos. Época Negócios. 2017. Disponível em:
<https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2017/07/cidade-de-sao-paulo-tem-so-8-semaforos-
paracegos.html>. Acesso em: 07 de ago. 2018.
COHEN, Regina. BRASIL ainda não tem nenhuma cidade plenamente acessível. Entrevista concedida a Eliane
Araújo.. Rede Mobilizadores. 2015. Disponível em: <http://www.mobilizadores.org.br/entrevistas/brasil-ainda-
naotem-nenhuma-cidade-plenamente-acessivel/>. Acesso em: 20 de jul. 2018.
CONTRAN. 2017. Disponível em:<http://www.denatran.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao7042017.pdf>.
Acesso em: 06 de ago. 2018.
SANTOS, Carlos Alberto dos. Sinalização de semáforos sonoros é falha na região. Entrevista concedida ao
Repórter Diário. 2014. Disponível em: <https://www.reporterdiario.com.br/noticia/480156/sinalizacao-de-
semaforos-sonorose-falha-na-regiao/>. Acesso em: 20 de jul. 2018.
XAVIER, Maurício. De sete semáforos para cegos na cidade, três não funcionam. Veja São Paulo. 2017.
Disponível em: <https://vejasp.abril.com.br/cidades/semaforos-para-deficientes-onde-ficam/>. Acesso em: 07 de
ago. 2018.

54
DE QUEM É A CULPA ?: ROMPENDO O SILÊNCIO,
FORTALESCENDO OS LAÇOS. LUTANDO CONTRA A VIOLÊNCIA
ÀS MULHERES
Beatriz Cristina1, Lais Suzarte 2 , Maria Calanda³, Thainá Silva [Solange Alves]
2
Intituto Federal de Pesquisa, Ciência e Tecnologia da Bahia, Campus Simões Filho.
beatrizcristinasantosdesantana@gmail.com, lsevanger@gmail.com,
mariacalandarodriguesdossantos@gmail.com

Resumo
O projeto iniciou-se motivado pelas vivencias individuais de cada estudante, visando um maior aprofundamento
do assunto e na tentativa em contribuir para o combate a violência contra às mulheres. Sabendo da necessidade
de discussões diretas acerca da violência contra a mulher, em diversos âmbitos, incluindo o escolar, foi
desenvolvido por discentes do instituto Federal da Bahia o projeto que propôs na sua primeira etapa, um
mapeamento da violência contra às mulheres envolvendo alunos de todos os cursos do Ensino Médio Integrado
da mesma instituição. Sob orientação da professora Solange Alves, se fez possível a realização de palestras e
rodas de conversas na instituição, visando a conscientização de toda a comunidade estudantil. O projeto foi
submetido ao edital dos programas universais, e a partir daí recebeu o nome de "De quem é a culpa: Rompendo o
silêncio, fortalecendo os laços. Lutando contra a violência às mulheres.”
- Palavras-Chave: violência; gênero; mulheres

Objetivos
O projeto teve como objetivo prevenir e combater a violência contra às mulheres, por meio de dados obtidos
através de um mapeamento. Além de usar o material recolhido para a construção de gráficos que mais tarde
promoveram discussões de caráter formativo sobre os diversos tipos de violências que as mulheres sofrem
diariamente.

Metodologia
Foram utilizadas algumas metodologias mais convencionais na pesquisa, entre elas: livros, revistas, artigos que
abordavam questões sobre o tema, afim de formar uma sólida base bibliográfica.
Nosso trabalho foi dividido em etapas, a primeira, foi destinada a coleta dos dados feita através de um
questionário aplicado em todas as turmas dos cursos do ensino médio integrado do IFBA campus Simões Filho.
Após a aplicação do questionário os dados obtidos foram tabelados para a análise e interpretação. No final, os
resultados foram direcionados para o evento de Ciência e Tecnologia cujo o tema foi "A matemática está em
tudo" através de gráficos e análises estatísticas. Para a produção da enquete nos baseamos nos princípios de
pesquisa de Manzato e Santos “Os métodos de pesquisa quantitativa, de modo geral, são utilizados quando se
quer medir opiniões, reações, sensações, hábitos e atitudes etc. de um universo (público-alvo) através de uma
amostra que o represente de forma estatisticamente comprovada. Isto não quer dizer que ela não possa ter
indicadores qualitativos. Desde que o estudo permita, isso sempre é possível." (MANZATO, SANTOS.)
Escolhemos este método para nos basear visando utilizar esta pesquisa quantitativa para fins qualitativos, por
meio da interpretação das respostas subjetivas.

Resultados
A partir das respostas das enquetes construímos gráficos referentes a fase quantitativa e foi possível realizar o
estudo e a verificação de alguns fatores através da interpretação subjetivas dos resultados obtidos. Cada questão
possuía alternativas para serem marcadas e abertura para discorrer caso os estudantes assim quisessem. Na

55
primeira questão perguntamos: Você já presenciou algum tipo de violência à mulher? Quais? Porque? ( ) Sim ( )
Não. E obtivemos os seguintes resultados: 96 pessoas afirmaram que sim e 56 negaram. Duas pessoas não
responderam esta questão. Muitas pessoas, de modo geral, resumem a violência a apenas maus tratos físicos e
com essa pergunta tornou-se muito visível, uma vez que pelo menos 56 pessoas disseram que nunca haviam
presenciado algum tipo de violência a mulher. Essa naturalização de vários tipos de violência aparece novamente
na próxima questão: Você já cometeu algum tipo de violência à mulher? Sim ( ) Não ( ) Depende ( ). Como
resultado obtivemos: 22 pessoas (13,9%) afirmaram enquanto 137 negaram (86,7%) e ainda 1 pessoa assinou a
opção “depende”. Mais uma vez, a maioria das pessoas afirmam nunca terem cometido violência, implicando no
não-reconhecimento das suas várias faces. Depois de analisarmos as respostas subjetivas, percebemos que a
compreensão sobre violência presente na concepção dos estudantes está, na maioria das vezes, conturbada ou
totalmente ligada a violência física, deixando-os em dúvida para responderem a este questionamento. Na terceira
questão: Mulheres que usam roupas curtas e/ou atraentes propiciam determinados tipos de violência? Justifique?
( ) Sim ( ) Não ( ) Depende. De cento e cinquenta e nove, 8 pessoas, correspondente a 5,1% das pessoas que
responderam marcaram "sim”, 119 pessoas, número correspondente a 75,3% responderam "não", 30 pessoas ou
19% escolheram a opção depende e 2 pessoas ou 1,3% não responderam. Analisando as respostas foi possível
observar que mesmo com intensos trabalhos de conscientização em diversos espaços, uma parcela da
comunidade estudantil acredita que a culpa da violência sofrida é da vítima, ou acredita que exista uma
justificativa para o ato. Na quarta questão: Acha que algum motivo justifica a violência contra a mulher? ( ) Sim
( ) Não ( ) Depende. Obtivemos: 7 (4,4%) afirmaram que sim, 139 (88%) que não, 11 (7%) assinalaram
“depende” e 2 não responderam essa questão. A saia curta, a hora em que estava na rua, o modo como utilizava a
sua liberdade foram justificativas escritas por alguns dos 4,4% dos estudantes que afirmaram que havia
justificativa para o ato de violência. A opção “Depende” foi uma das melhores formas de estudo para
compreendermos quem não tinha uma “opinião formada” sobre o assunto, ou até mesmo quem não tinha
coragem de falar o que realmente pensava sobre isto. Esta opção nos trouxe uma margem de 7% dos
entrevistados que acreditavam que apenas em “algumas situações” as mulheres tinham culpa da situação que se
encontravam. Compreendemos que as diversas opiniões expressadas neste questionário vêm acarretadas de todas
as vivências pessoais e coletivas que cada aluno traz na sua bagagem de experiência, a construção social que é
trazida a nós desde a infância reflete diretamente nas nossas opiniões. A questão 5, última da enquete, foi
direcionada unicamente ao público feminino e dividida em duas partes: a) Você já sofreu algum tipo de
violência? Quais? b) Houve denúncia? Das 78 respostas obtidas, temos os seguintes resultados: Na alternativa a)
podemos observar que quase metade das respostas (44,9%) afirmam não terem sofrido violência, este resultado
dialoga com a primeira e segunda questão quando se questiona “Você já presenciou algum tipo de violência à
mulher?” e um número significativo (35,4%) das pessoas dizem nunca terem presenciado nenhum tipo de
violência. Sendo que, a pesquisa Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, parceria entre o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e o Datafolha de 2017, aponta que uma em cada três mulheres
sofreu algum tipo de violência no último ano. Entre as maiores de dezesseis anos, 40% das brasileiras sofreram
assédio dos mais variados tipos, sendo que 36% receberam comentários desrespeitosos ao andar na rua (20,4
milhões de mulheres) e 10,4% foram assediadas fisicamente em transporte público (5,2 milhões de mulheres).
Na alternativa b), quando questionadas sobre a denúncia, a maioria esmagadora optou por não denunciar seus
agressores (91,1% das respostas), os motivos para não denunciarem muitas vezes se repetem. Para melhor
análise as organizamos as respostas mais recorrentes em um ranking: 1. Não respondeu; 2. Medo/Medo do
agressor; 3. Achou que nada aconteceria com o agressor; 4. Medo de ser julgada/ Vergonha; 5. Nunca contou a
ninguém; 6. Foi aconselhada pela família; 7. Naturalização da violência; 8. Era criança/ Não identificou; 9. Não
sabia a quem recorrer; 10. O agressor era próximo;

Considerações Finais
O Projeto foi de extrema importância para a descoberta e o estudo de muitas situações que rodeiam o ambiente
escolar e que muitas vezes são silenciadas, mas que precisam de atenção e discussão. O caráter formativo do
Projeto foi de grande utilidade para os alunos e principalmente as alunas que puderam presenciar momentos de
inclusão e lugar de fala sobre a violência presenciada e muitas vezes vividas por cada uma delas.
Referencias
BRASIL. LEI MARIA DA PENHA. Lei N.°11.340, de 7 de Agosto de 2006
BRASIL. LEI DO FEMINICÍDIO. Lei Nº. 13.104, de 9 de Março de 2015
FORUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÙBLICA. Visível e invisível: A vitimização de mulheres no
Brasil, 2017.
MANZATO, Antonio José; SANTOS, Adriana Barbosa. A ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS NA
PESQUISA QUANTITATIVA. Departamento de Ciência de Computação e Estatística – IBILCE – UNESP,
São Paulo, 2012.

56
DESENVOLVIMENTO DE MELHORADOR DA LUBRICIDADE PARA
O DIESEL S-10
Marilena Meira1, Lafaiete Marcony Silva dos Santos 2
1
Docente do Instituto Federal da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
2
Discente do Instituto Federal da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
E-mails: marilenameira@gmail.com, marconylafaiete@gmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: Com o progresso, urbanização, crescimento da população, desenvolvimento de
novas tecnologias e uma elevada frota de veículos automotores observa-se um progressivo aumento na taxa de
emissões de poluentes atmosféricos e, em consequência, isto gera grandes problemas ambientais. [1]
O oléo diesel é o combustível mais utilizado no Brasil, devido ao fato dos caminhões serem o principal meio de
transporte de cargas no país. Sua composição é basicamente hidrocarbonetos parafínicos, olefínicos e aromáticos,
enxofre, nitrogênio, metais e oxigênio. Para obtenção deste óleo é necessária uma mistura de diversas correntes
como gasóleos, nafta pesada, diesel leve e diesel pesado, que se dá nas diversas etapas de processamento do
petróleo bruto. Devido a sua alta eficácia, durabilidade e flexibilidade, há uma tendência mundial de utilização
crescente do óleo diesel em relação aos derivados de petróleo. [1] Com esse aumento, há uma emissão exponencial
de material particulado e gases tóxicos na atmosfera, o que gera grandes impactos na saúde pública e no meio
ambiente.
Nas últimas décadas muitas pesquisas estão sendo realizadas visando responder questões a respeito da utilização
de combustíveis fósseis e seus efeitos em todo o ecossistema. A partir dessas pesquisas, houve uma preocupação
ambiental e foi criada a Resolução 42 da ANP de 16/12/2009, que gerou mudanças na composição do diesel
brasileiro, passando de S1800 (1800ppm de enxofre) para S500 (500 ppm de enxofre), seguido por S50 (50 ppm
de enxofre) até S10 (10ppm de enxofre) [2]. Entretanto, com essa diminuição do teor de enxofre no diesel, sua
lubricidade também foi reduzida, podendo diminuir a vida útil das peças que estão em contato com ocombustível.
A lubricidade de um combustível está relacionada com a presença de compostos orgânicos que possuem uma parte
polar que forma uma camada na superfície do metal, protegendo-o contra o desgaste.[3] Sua capacidade
lubrificante pode ser melhorada por meio de aditivos como ácidos graxos, ésteres e amidas, os quais possibilitam
a formação de um filme na superfície metálica, evitando, com isso, o desgaste destas quando submetidos a cargas
leves e moderadas.
O biodiesel, sendo uma mistura de ésteres, de ácidos graxos com alcoóis de cadeia curta, possui a capacidade de
aditivo de lubricidade ao diesel. Alguns estudos mostram que a adição de 1% de biodiesel ao diesel já melhora
significativamente sua lubricidade. [4]
Objetivos: A busca por novos aditivos sintéticos capazes de melhorar a lubricidade do diesel S-10 B7 é alvo
principal deste projeto.
Metodologia: O coeficiente de lubricidade foi obtido por intermédio do equipamento Lubricity Tester da Fann. O
fluído foi agitado durante 5 mim em agitador mecânico. Em seguida foi determinado o coeficiente de lubricidade
(CL) dos fluidos no lubricímetro. O equipamento utilizado possui um bloco de teste de aço, que é pressionado
contra o anel de teste por um braço de torque. O torque é medido pela amperagem exigida para girar o anel a
determinada velocidade quando o mesmo está imerso no fluido de teste. O coeficiente de lubricidade é determinado
de acordo com a metodologia do fabricante, que consiste em adicionar o fluido ao recipiente do lubricímetro e
acionar a uma rotação inicial de 60 rpm, a torque 0, e aplicar uma força de 150 in/lb por 5 min. Em seguida, efetuar
a leitura do torque (Tl) e obter o valor do coeficiente de lubricidade.
Resultados: Durante a realização dos testes, pôde-se observar a estabilidade quanto ao coeficiente de lubricidade
do diesel puro. Foram obtidos resultados significativos na melhoria da lubricidade do diesel com aditivos
sintéticos.

57
O gráfico abaixo mostra os três melhores resultados, estando dentro do padrão da legislação em vigor na
concentração de 2%:

Figura 1. Gráfico mostrando os melhores resultados obtidos nos testes de lubricidade com aditivos
sintéticos. Autoria própria.
O ácido esteárico obteve um ótimo resultado na melhoria da lubricidade, conferindo um adicional de 11,91%. A
quantidade utilizada para obtenção desse resultado foi 0,1 g de ácido esteárico (em estado sólido) para 200 mL de
diesel.
A amida 80 conferiu 2,5% a mais de lubricidade ao diesel, porém, em relação à quantidade utilizada para o
resultado obtido, ela se mostra não tão eficiente. Foram utilizados 3 mL desse aditivo para 200 mL de diesel.
O Renex 95 também conferiu 2,5% a mais de lubricidade ao diesel, apesar da relação entre quantidade de aditivo
para resultado obtido apresentar maior eficácia em relação à Amida 80, o resultado também se mostrou
insuficiente. Para esse teste foi utilizado 2 mL de Renex 95 para 200 mL de diesel.
Contudo, foi observado que o ácido esteárico se mostrou o melhor aditivo, sendo tanto na melhoria da lubricidade
quanto na quantidade versus resultado. Não foram obtidos resultados positivos na melhora da capacidade de
lubricidade do diesel com testes realizado com outros aditivos e amida graxa.
Considerações finais: Verifica-se que o ácido esteárico mostou potencial para conferir lubricidade ao diesel S-
10. Testes quantitativos fazem-se necessários para posterior uso como aditivo.
Referências Bibliográficas.
[2] BRASIL. Resolução ANP N42 de 16/12/2009. Disponível em: <http://anp.gov.br>. Acesso em: 30 mai 2017.
[1] FERREIRA, Sergio L.; SANTOS, Antônio M. Dos; SOUZA, Gustavo R. De; POLITO, Wagner L.; MÓDULO,
Délson L. Análise por cromatografia gasosa de BTEX nas emissões de motor de combustão interna
alimentado com diesel e mistura diesel-biodiesel B10. Quim. Nova, vol.31 no.3 São Paulo 2008.
GOMES, HO, OLIVEIRA, JF. Metodologia de Avaliação da Lubricidade do Óleo Diesel. Boletin Técnico da
Petrobras, Rio de Janeiro, 2005.
[4] Knothe G, Staidle, KR. Lubricity of Components of Biodiesel and Petrodiesel. The Origin of Biodiesel
Lubricity. Energy & Fuel, v. 19, p. 1192-1200, 2005.
Meira, M.; Quintella, C.M.; Ferrer, T.M.; Silva, H.R.G.; Guimarães, A.K.; Santos, M.A.; Pepe, I.M.; Costa Neto,
P.R. Identificação de adulteração de biocombustível por adição de óleo residual ao diesel por
espectrofluorimetria total 3d e análise das componentes principais. Quim. Nova, v. 34, n. 4, 621-624, 2011.
Nabi MN, Akhter MS, Zaglul Shahadat MM. Nabi. Improvement of engine emissions with convencional diesel
fuel and diesel-biodiesel blends. Bioresource Technology, v. 97, p. 372-378, 2006.
[3] Wadumesthrige K, Ara M, Salley OS, Simon KY. Investigation of lubricity characteristics of biodiesel in
petroleu and synthetic fuel. Energy & Fuels, v. 23, 2229-2234, 2009.

58
DIFICULDADE DA COMUNICAÇÃO DA CRIANÇA SURDA FILHA DE PAIS OUVINTES
EDUARDO BELTRÃO DE LUCENA CÓRDULA¹, LUCIANE DE OLIVEIRA²
¹Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa,
²Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia- Campus Simões Filho
ecordula@hotmal.com, luciane.oliveira@ifba.edu.br

Resumo

Esta pesquisa tem como tema a dificuldade de comunicação da criança surda filha de pais ouvintes,
visando compreender como acontece essa comunicação já que, nem todos os pais sabem a língua
de sinais, ou seja, a língua natural do seu filho. Sendo a mesma realizada nas famílias, diretamente
com os filhos surdos e seus pais ouvintes. A pesquisa ocorre de um estudo de caso específico,
realizada com os pais ouvintes e com alguns alunos de uma escola inclusiva do interior da Bahia. A
principal dificuldade relatada pelas famílias no convívio com a criança surda está relacionada com a
comunicação. A família aponta que a dificuldade de comunicação acarreta outros problemas tais
como: dificuldade de compreender as necessidades da criança, problemas na socialização da criança
e o aparecimento de comportamentos agressivos por parte do filho. Atualmente, com a luta da
inclusão e com a aceitação de algumas famílias, a comunicação no ambiente familiar se dá por meio
da LIBRAS e alguns ainda através da leitura labial, ou seja, a comunicação é predominantemente
oral.A escola, por sua vez, aparece com um elemento facilitador no enfrentamento das dificuldades
de comunicação, pois é nela que as famílias têm acesso à aprendizagem da LIBRAS. Para Castro
(1999), a LIBRAS é o caminho por meio do qual o surdo pode desenvolver suas necessidades
linguísticas, pois a surdez leva criança a um isolamento dentro da própria famíliaA forma como a
pessoa surda é tratada em casa irá determinar a imagem que ela terá de si mesma (STELLING,
1999), porque é na família que muitos dos valores, das crenças, dos costumes transmitidos de
geração para geração são repassados por meio da linguagem. Esta pesquisa tem como objetivo
analisar como acontece a comunicação da criança surda partindo das dificuldades no convívio com
famílias de pais ouvintes, garantindo-as a comunicação através da aquisição da LIBRAS,
resguardando a relação pais e filhos. O estudo está relacionado à comunicação através da Língua
Brasileira de Sinais entre pais e filhos. A abordagem utilizada para o desenvolvimento desta pesquisa
é predominantemente qualitativa, baseada na Pesquisa de Campo, essa que é caracterizada por
investigar fenômenos nos locais em que ocorrem e onde o pesquisar não está inserido (CÓRDULA,
apud, GERHARDT, SILVEIRA, 2009). Para os filhos surdos, na sua totalidade, a queixa é sempre a
mesma, “o convite é feito, mas meus pais estão sempre ocupados, trabalhando, não há tempo”.
Assim, percebe-se uma grande insatisfação e solidão por parte dos surdos, filhos de pais ouvintes.
Diante disso, cabem aos pais ouvintes e a própria comunidade ouvinte, compreender que os surdos
vêem sua cultura como um fator positivo de colaboração de suas vidas. A criança surda de hoje será
o adulto surdo de amanhã. O adulto surdo de amanhã é um reflexo de quem são os adultos surdos

59
de hoje. Os adultos surdos de hoje são os modelos e exemplos do que se tornará a geração de
crianças surdas. Como em qualquer grupo, há variações de sucesso (SKLIAR, 1999). Cada família
que tem um filho surdo deve estimulá-lo ao máximo a participar de todos os momentos interativos
possíveis. É fundamental que a família, recebendo apoio dos profissionais e de preferência também
da comunidade surda, se empenhe em aprender a LIBRAS. A família deve entender que seu filho
necessita a todo o momento, estar dialogando, recebendo informações e carinho para poder se
desenvolver de forma satisfatória.

REFERÊNCIAS
CASTRO, R.G. Libras: uma ponte para a comunicação entre pais ouvintes e filhos surdos, 1999.
Monografia (Especialização em Ed. Infantil e Fundamental) – Universidade Estadual de Maringá -
Maringá, 1999.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre: Editora da
UFRGS, 2009.
SKLIAR, Carlos. Atualidade da educação bilíngüe para surdos – porto Alegre: Mediação, 1999. 2 v.
STELLING, E. P. A relação da pessoa surda com sua família. Espaço, Rio de Janeiro, n. 11, p. 45-47,
1999.

60
DISCUSSÃO SOBRE A INICATIVA GÁS PARA CRESCER
Camila R. de Oliveira Felix1, Fernanda Marques, Cleberson Santos, Alice Conceição,
Uanderson Brito²
1
Coordenação de Petróleo e Gás Natural (Brasil)
2
Discentes do curso de Petróleo e Gás (Brasil)
E-mails: camila_rib@yahoo.com.br, fernandasantos@gmail.com,
cleberson.santosaraujo@hotmail.com, alicecookie13@gmail.com,
uandersonsouzadebrito@gmail.com

Atualmente existe um enorme foco na produção de petróleo. No Brasil, a modalidade de exploração


petrolífera no mar (offshore) recebe demasiada importância devido ao seu rendimento e os poços
Onshore, estabelecidos em terra firme e que são responsáveis por uma pequena parte da produção
total de petróleo, deixam de ser o centro das atenções. Dentro desse contexto, encontra-se ainda a
escassez no desenvolvimento do setor de gás natural no país devido ao empenho da Petrobras,
durante toda a sua trajetória, em explorar o estado líquido do petróleo, com certo alheamento para a
sua forma gasosa. Perante o panorama atual, o programa Gás para Crescer surgiu como um
verdadeiro desafio. Com a quebra do monopólio através da aprovação da Lei 9478/97, o objetivo de
ampliar a competitividade no mercado com novas empresas autorizadas a explorar petróleo e a
capacidade de produção, principalmente nesse setor tão pouco valorizado, se tornou alcançável.
Tendo em mente que o uso convencional do petróleo daqui a 30 anos terá sua efetiva redução diante
dos investimentos em fontes de energias renováveis, além do ajuste ao Acordo de Paris, que visa o
aumento do uso do gás natural, a iniciativa aparece num momento oportuno da geopolítica e futuro
da energia mundial. Será discorrido no presente trabalho, suas propostas e metas de alcance. O
projeto surge com algumas premissas, tais como: diversidades de agentes, promoção da competição
na oferta de gás natural, maior dinamismo e acesso a informação, atração de investimentos etc. A
partir dessas premissas elaborou-se um novo desenho para o mercado de produção, são esses: acesso
negociado, não discriminatório e transparente; formação de um sistema de transporte com
contratação de capacidade por estrada e saída; operação coordenada por gestor de área de mercado,
formado por transportadores independentes, entre outras propostas que prometem mudar o mercado
de maneira bastante positiva. O acesso modificado aos terminais de gás natural, a entrada de mais
um importador (não apenas a Bolívia) e um maior número de agentes no fornecimento desse
produto fará com que a Petrobrás não tenha que lidar com cem porcento de risco no mercado,
passando assim a ser compartilhado com as demais empresas. Pela apresentação que foi oferecida
no evento III CONEPETRO sobre a iniciativa Gás Para Crescer, percebeu-se que o mercado de
produção de gás natural no Brasil ainda não chegou ao seu limite, pelo contrário, com sua
capacidade e com novas oportunidade de agentes diversos, ele pode ser desenvolvido com maior

61
intensidade, isso, porém, depende das mudanças nas leis que regulamentam o comércio atual. O
potencial a ser explorado desse setor se mostra otimista caso as propostas, que ainda estão em
tramitação no âmbito político, sejam aprovadas.

Referências:

Palestra 4 – Gás para Crescer: Desafios e Oportunidades, ministrado por Cláudia Maria Chagas
Bonelli (Analista de Pesquisa Energética- Gás Natural/ Empresa de Pesquisa Energética – EPE)
durante o III CONEPETRO 2018.

Câmara dos Deputados - PL 6407/2013 (PROJETO DE LEI). Disponível em:


http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=593065. Acesso em
04/09/2018.

Ministério de Minas e Energia – Programa Gás para Crescer. Disponível em:


http://www.mme.gov.br/web/guest/diretrizes-estratégicas. Acesso em 04/09/2018.

Aspectos regulatórios envolvendo o Gás para Crescer: Disribuição e Comercialização. Disponível:


https://slideplayer.com.br/slide/12702135/. Acesso em 06/09/2018.

TN Petróleo – Gás para Crescer: avanços propostos pelo programa ajudarão desenvolvimento do
país. Disponível em: http://tnpetroleo.com.br/noticia/gas-para-crescer-avancos-propostos-pelo-
programa-ajudarao-desenvolvimento-do-pais/. Acesso em 06/09/2018.

62
DIVERSIDADE DE LEPIDOPTERA (BORBOLETAS) DA APA DO
CAMPUS IFBA SIMÕES FILHO: ESTUDOS PRELIMINARES
Rayane C. M. Alt1, Tais N. da C. Cabrita 1, Thiago C. dos Santos1, Thainae C. M. Alt1 ,
Ananda de O. da Silva
1
IFBA/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (Brasil)
ananda.olsilva@gmail.com, rayanealt@hotmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: As borboletas, grupo de insetos pertencente à Ordem Lepidoptera,
compreendem um dos grupos de organismos mais diversos do planeta, com cerca de 500 mil espécies. Podem ser
encontrados em diferentes habitats e normalmente são bioindicadores de qualidadade ambiental (Freitas et al.
2003). Apesar de desempenharem importantes funções nos ecossistemas, como por exemplo, a polinização, de
um modo geral os estudos de levantamento de espécies são escassos no que se refere aos índices de diversidade e
dos fenômenos ecológicos que envolvem as borboletas. Entende-se que estudos sobre a diversidade sejam
instrumentos necessários para a tomada de decisão sobre às questões ambientais. Sendo, portanto, considerados
como importantes ferramentas de conservação e de proteção dos ecossistemas. Num país como o Brasil, detentor
das maiores riquezas biológicas do planeta, sabe-se que sua diversidade é negligenciada e subutilizada (Vieira R
F et al. 2016). Neste sentido, é urgente a necessidade da descrição e organização dos índices de diversidade
biológica. O campus do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia, localizado no município de Simões Filho,
possui uma área de preservação ambiental ambiental, à APA do Rio Ipitanga. A unidade de conservação tem a
finalidade de proporcionar o bem estar das populações locais, a proteção de ecossistemas e sua biodiversidade.
Nenhum dado sobre a diversidade local de borboletas foi levantado. A Mata Atlântica, Bioma característico da
APA, é um dos ecossistemas mais impactados pelas atividades humanas como o desmatamento e a fragmentação
de habitats (Morellato et al. 2000) e, de acordo com Brown & Freitas (2000) esse Bioma abriga
aproximadamente 2000 espécies de borboletas. Diante da importância da área enquanto um remanescente
florestal de Mata Atlântica que potencialmente abriga uma grande diversidade de espécies é desejável que essa
informação seja levantada e divulgada para a comunidade. Além disso, o desenvolvimento de atividades que
promovam a informação e a divulgação da diversidade da APA surge como um mecanismo de educação
ambiental, uma vez que o mesmo poderá promover ao indivíduo e a coletividade a construção de valores sociais
e conhecimentos voltados para a conservação do meio ambiente (Cuba, 2010).
Objetivos: Inventariou-se as espécies de borboletas que ocorrem na APA Rio Ipitanga do campus IFBA-Simões
Filho. Como ferramenta didática, foi montada uma coleção com exemplares testemunhos das espécies
encontradas.
Metodologia:
Área de estudo: O estudo foi realizado em uma das áreas da APA Ipitanga pertencente ao campus IFBA -
Simões Filho, localizado no município de Simões Filho, estado da Bahia. A APA Ipitanga localizada no campus
é uma unidade de conservação que compreende o maior espaço territorial do campus. Apresenta a fitosionomia
florestal de Mata Atlântica e abriga a nascente do Rio Ipitanga, é uma área protegida pela instituição de ensino,
porém sofre alguns impactos como a poluição das comunidades circunvizinhas.
Coleta dos animais: Os organismos foram coletados entre os meses de fevereiro à maio com auxílio de uma
rede entomológica. Um indivíduo de cada espécie foi sacrificado, e encaminhado para a coleção entomológica,
constituindo o material testemunho da diversidade da área.
Montagem da coleção entomológica: Um representante de cada espécie coletado foi armazenado na coleção
entomológica. Após serem coletados, os insetos foram montados e preparados para a conservação permanente.
Foram acondicionados em caixas entomológicas hermeticamente fechadas contendo naftalina para evitar ataque
de pragas na coleção. Para auxílio na identificação taxonômica foram usados guias de identificação.

63
Resultados: Todos os indivíduos foram coletados com auxilio de uma rede entomológica em 10 expedições
feitas principalmente nas regiões da borda da mata. Ao todo, foram encontradas 19 espécies de borboletas
Hypothyris euclea, Aeria elara, Hypothyris euclea, Mechanitis polymnia casabranca, Heliconius erato phyllis,
Heliconius melpomene nanna, Agraulis vanile, Dryas iulia, Morpho aega, Tithorea harmonia, Philatheria dido,
Junonia evarete, Colobura dirce, Pseudopieris nehemia equatorialis, Ithomia drymo, Heracles thoas
brasilienses, Hamadryas feronia, Paryphthimoides sp., Historis odius, distribuídas em 4 famílias Nymphalidae,
Pieridae, Ithominae e Papilionidae. A maioria das espécies são nectarívoras e apenas espécies Colobura dirce,
Morpho aega e Hamadryas feronia são frugívoras. A presença de Hamadryas feronia é um indicative de que
área é impactada (BROWN, 2000). Porém, apesar da forte pressão antrópica na área, foram encontradas espécies
indicativos de áreas florestais como Morpho aega (UEHARA-PRADA. et al. 2009). É importante relatar que são
necessários estudos de monitoramento no qual poderá ser verificado a presença de outras espécies que ocorrem
em épocas restritas ao longo de um ano.
Considerações finais: De modo geral, o estudo serviu como um diagnóstico preliminar da diversidade de
borboletas da APA, que poderá ser utilizado em estudos posteriores Além dissso, a caixa entomológica servirá
de apoio didático para as aulas de Biologia e fututos trabalhos de educação ambiental.
Referências Bibliográficas.
Brown K S JR & Freitas A V L. 2000.Atlantic Forest Butterflies: Indicators for Landscape Conservation.
Biotropica 32: 934-956.
Brown JR, K. S. Insetos como indicadores ambientais. In: Cullen JR. L.;Rudran R.;Valladares P C. (Org.).
Biologia da conservação & Manejo da vida Silvestre. Curitiba: Editora da UFPR. Fundação O Boticário de
Proteção à Natureza. p. 125-148. 2003.
Cuba, M. A. 2010. Educação ambiental nas escolas. Revista de Educação, Cultura e Comunicação1: 23-31.
Freitas, A. V. L.; Francini, R.; Brown JR, K. S. Insetos como indicadores ambientais. In: Cullen JR. L.;Rudran
R.;Valladares P C. (Org.). Biologia da conservação & Manejo da vida Silvestre. Curitiba: Editora da UFPR.
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. p. 125-148. 2003
Morellato, L.P.C.; Talora, D.C.; Takahashi, A.; Bencke, C.; Zipparo, V.B. 2000. Phenology of Atlantic rain
forest trees: A comparative study. Biotropica. 32: 811-823.
Uehara-Prada, M. et al. 2009. Selecting terrestrial arthropds as indicators of smallscale disturbance: A primary
approach im Brazilian Atlantic Forest. Biological Conservation, v. 142, n. 6, p. 1220-1228.
Vieira R F; Camillo J & Coradin L. Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial
Plantas para o Futuro - Região Centro-Oeste. MMA. Brasília – DF 2016

64
DOCUMENTOS DO ANO DE 1940 DO “DESTACAMENTO DO
NORDESTE” PARA O COMBATE AO BANDITISMO: TRANSCRIÇÃO
E LEVANTAMENTO LEXICAL
Alícia Duhá Lose1 , Danilo Santos e Silva 2
1
. Doutora em Letras.Professora Associada do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia
(Brasil)
2
Egresso.Graduando em História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade
Federal da Bahia.(Brasil)

alicialose@gmail.com¹, danilo.santoss1996@gmail.com²

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: O cangaço, enquanto uma manifestação do banditismo social no Brasil, foi
resultado do acúmulo de contradições econômicas, políticas, e sociais de um país em via de abolir o escravismo,
e em suas primeiras décadas pós-abolição. O estudo do volume do Boletim Interno (BI) do Destacamento do
Nordeste (DNE), relativo ao semestre de janeiro a julho de 1936, do acervo histórico da Polícia Militar da Bahia,
referentes ao DERBN (Destacamento Especial de Repressão e Combate ao Banditismo no Nordeste), é a
oportunidade de complexificar este fenômeno, o cangaço, assim como, compreender o papel da Polícia Militar
baiana, como mecanismo de repressão ao banditismo sistematizado pelo Estado brasileiro, ao longo das
primeiras décadas do século XX. Como aporte teórico, foram tomados os preceitos da Crítica Textual e da
Paleografia para a elaboração das transcrições, assumindo-se como ponto de partida a edição do Dietário (1582-
1815) do Mosteiro de São Bento da Bahia elaborada por Lose et al. (2009), no sentido de alinhar-se à proposta
do projeto afiliado. Em função do afastamento do bolsista anterior, este trabalho foi retomado a partir do mês de
Março de 2018, já na etapa de transcrição dos textos, por um novo bolsista.
Objetivos: A iniciativa de trabalhar com livros do arquivo histórico da Polícia Militar da Bahia, alocados no
Centro de Memória da PMBA, no Quartel dos Aflitos, surgiu com a proposta de projeto de pesquisa da Profª Drª.
Alícia Duhá Lose para editar 2 volumes dos Registros do Detalhe (Boletins Gerais Ostensivos – BGO – e
Boletins Internos – BI) com o intuito de dar acesso às riquíssimas informações históricas e linguísticas neles
contidas ao maior número possível de interessados. Inicialmente pretendia-se trabalhar com os “Registros do
Detalhe e de Ordens do Dia do ‘Destacamento do Nordeste’ para o combate ao banditismo” do ano de 1940, mas
em função da descoberta de um volume de 1936 com notas, conteúdo e estado de conservação interessantes,
optou-se por um documento de datação mais pretérita
Metodologia: Após as leituras teóricas sobre edição filológica de textos, sobre a história da Polícia Militar da
Bahia e sobre o Cangaço, deu-se continuidade à transcrição dos boletins. No que tange à transcrição, a fim de
respeitar a língua escrita da primeira metade do século XX, assim como a história do documento, optou-se por
uma perspectiva paleográfica, compreendida aqui como “uma reprodução tipográfica rigorosa da lição de um
testemunho conservando todas as suas características (erros, lacunas, ortografia, fronteiras de palavras,
abreviaturas, etc.)” (DUARTE, 1997). A edição do Dietário (1582-1815) do Mosteiro de São Bento da Bahia:
edição diplomática elaborada Lose et al. (2009) também foi tomada como parâmetro para o trabalho.
Resultados: As etapas realizadas durante os últimos meses da pesquisa foram as de transcrição e revisão dos
registros de ordens do dia do volume selecionado , e a continuação do levantamento lexical para a construção de
um vocabulário temático. Com a continuação dos trabalhos foram desenvolvidas a transcrição paleográfica de
mais 280 páginas, totalizando as 420 páginas que compõe o volume de Boletins relativos ao semestre de janeiro
a julho de 1936 . No que se refere a organização do banco de dados que será tomado como base para a
elaboração do vocabulário que acompanhará a edição, o levantamento de antroponôminos foi deixado de lado
tendo em vista o grande número de antroponômios identificados, que exigiria mais tempo para o levantamento
de número de identificação no contingente, o batalhão, patentes adquiridas, função desempenhada no período,
coluna e localidade de atuação. Deu-se preferência para o levantamento apenas de abreviaturas e siglas
empregadas na redação dos boletins, totalizando um número de 80 abreviaturas. Durante a transcrição foram
identificadas também informações de grande relevância para a história da P.M. da Bahia.

65
Conclusão: No que se refere ao caráter historiográfico da documentação, ao longo de toda a transcrição foi
possível identificar maiores detalhes sobre a organização do D.NE, como por exemplo o boletim n°1 de 9 de
março de 1936, quando há o acolhimento do decreto na unidade da Polícia Militar em Geremoabo, no artigo
referente à instalação, e com as primeiras designações de função, como por exemplo, comandante,
subcomandante e pagador. Essa mesma documentação também nos permite refletir acerca da escolha de pessoas
para assumirem os principais postos de comando e cargos administrativos. Para Crusoé Jr. (2005, p. 110), a
partir da Lei Federal nº 192, de janeiro de 1936, “o Estado da Bahia estava criando condições para a formação e
qualificação profissional (seguindo esses parâmetros) nos quadros da Polícia Militar, a qual passou a formar os
seus próprios dirigentes a partir de então”. Além disso, durante a edição da documentação foi possível identificar
informações muito importantes para a história da P.M. da Bahia. Informações sobre a organização administrativa
do quartel general, a distribuição e fiscalização de recursos financeiros, sobre o serviço de transporte, com o
detalhamento das funções para executar entregas e transportar funcionários ao longo das unidades e subunidades,
serviço de material bélico, que se consideram aqui como o arsenal, as informações sobre o serviço de Rádio, o
centro de comunicação do destacamento de Jeremoabo com outras unidades do Estado via radio ou telegrama; a
Sargenteação, o setor para a entrada de documentações, como guias de socorrimento. Outro exemplo, são os
frequentes ofícios acerca da Sociedade Beneficente da P.M., e da arrecadação de recursos para a publicação da
“Revista Policial Militar”, estas revistas que atualmente tem o seu paradeiro desconhecido para o pesquisador,
podem trazer a luz novas questões sobre o modo de vida dos policiais, assim como os discursos produzidos e
circulados dentro da instituição.
Referências Bibliográficas:
CARVALHO, Patrícia Carneiro Santos Moreira de. Juracy Magalhães e a construção do juracisismo: um perfil
da política baiana. 2005. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal da Bahia, Salvador.
CLEMENTE, Marcos Edilson de Araújo. Ordem e desordem: campanhas de repressão ao cangaço e as formas
do poder republicano na década de 20. História e Perspectivas, Uberlândia, n. 49, p. 13-174, jul.-dez. 2013.
Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/historiaperspectivas/article/view/24983/13846> Acesso em: 8
out. 2017.
CRUSOÉ JÚNIOR, Nilson Carvalho. Da volante à academia: a Polícia Militar na Era Vargas (1930-1945).
2005. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal da Bahia, Salvador.
DOMINGUES, Petrônio. O “Corisco Preto”: cangaço, raça e banditismo no Nordeste brasileiro. Revista de
História, São Paulo, n. 176, p. 01-39, ag. 2017. ISSN 2316-9141. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/119973/130920>. Acesso em: 04 out. 2017.
LOSE, Alícia Duhá et al. Dietário (1582-1815) do Mosteiro de São Bento da Bahia: edição diplomática e estudo
filológico. Salvador: Mosteiro de São Bento; EDUFBA, 2009.
LOVATTO, Angélica. A desmistificação do Cangaço. Lutas Sociais, São Paulo, n. 25-26, p. 294-296, jun. 2011.
Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/ls/article/view/18612>. Acesso em: 04 out. 2017.
PANG, Eul-Soo. (1979), Coronelismo e Oligarquias, 1889-1943. A Bahia na Primeira República. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1979
VILAÇA, Marcos Vinicios; ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de. Coronel, coronéis: apogeu e declínio do
coronelismo no Nordeste. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006
VILLELA, Jorge Luiz Mattar. Operação anti-cangaço: as táticas e estratégias de combate ao banditismo de
Virgulino Ferreira, Lampião. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 25, p. 93-116, jan. 1999.
Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/23690/21276>. Acesso em: 08 out.
2017.

66
ELEVADOR DE BAIXO CUSTO: UMA EXPERIÊNCIA NO CAMPUS
SIMÕES FILHO

Rui Carlos Mota1 , Izabeli Santana da Silva2


1
Docente do IFBA campus Simões Filho - Brasil
2
Egressa do IFBA campus Simões Filho – Brasil
E-mails: ruimota@ifba.edu.br, izabelisantana6@gmail.com

Resumo
Este trabalho tem como finalidade relatar nossa experiência na elaboração e execução de um projeto de inclusão
de pessoas com deficiências de locomoção. O mesmo tem como intuito tornar viável o acesso de deficientes físicos,
aos auditórios localizados no pavilhão acadêmico do Instituto Federal da Bahia – Campus Simões Filho, através
da construção de uma plataforma eletromecânica individual, de baixo custo. A idealização desse projeto veio da
necessidade do cumprimento da Lei Brasileira nº 13.146 de Inclusão da Pessoa com Deficiência que prevê a
obrigatoriedade da facilitação de locomoção e acessibilidade nas escolas para alunos que possuam limitações
físicas. O elevador irá funcionar por meio do movimento de uma plataforma confeccionada no laboratório de
mecânica do campus. A plataforma estará presa através de cabos de aço a uma talha elétrica de 150kg a 300kg que
será fixada em uma barra de aço carbono chumbada na parede.
Palavras-chave: Elevador. Acessibilidade. IFBA.

Introdução/Referencial Teórico:
A demanda por integração e acessibilidade está cada dia mais presente na sociedade como um todo. Elas vão desde
leis de acessibilidade que regem projetos arquitetônicos até requalificação de prédios já existentes para atender aos
cidadãos que possuem limitações físicas ou de qualquer outro gênero ou até mesmo iniciativas sociais que busquem
melhorias e assegurem que os direitos de tais cidadãos estejam sendo cumpridos como devem ser. Esse projeto foi
elaborado visando uma adequação do campus à nova lei de acessibilidade em um período curto de tempo e que
cumprisse o propósito de seu projeto e sua proposta original. O Campus foi inaugurado na cidade de Simões Filho
na região metropolitana de Salvador no ano de 1983 como “Centro Federal de Educação Tecnológica (CENTEC)”,
através do projeto do arquiteto Pasqualino Romano Magnavita e com o intuito de formar profissionais com nível
superior como “tecnólogos” oferecendo os cursos de Manutenção Petroquímica, Manutenção Mecânica,
Telecomunicações, Manutenção Elétrica, Processos Petroquímicos e Administração Hoteleira. O terreno possui
340 mil m² de área verde concedendo ao campus o título de maior campi em termo de área e a vantajosa quantia
de 16 mil m² de área construída resultando no segundo maior campi de toda a rede em termo de área construída.
Apenas no ano de 2008, durante o governo do presidente Luís Inácio “Lula” da Silva, houve a formação dos
Institutos Federais de Tecnologia e Ciência e a nomenclatura foi dada de acordo com a região em que o campi se
localiza (Bahia). Quando o projeto arquitetônico do campi foi realizado ainda não havia preocupação por parte da
sociedade e dos profissionais em geral com a questão de acessibilidade e, por essa razão, o projeto arquitetônico
do campus Simões Filho se tornou completamente excludente. Essa acabou sendo uma característica de todos os
prédios e construções urbanas que precedem o ano 2000, ano de criação da Lei Nº 10.098. Essa lei federal assegura
e garante a acessibilidade em âmbito urbano e em prédios públicos e/ou de uso comunitário em todo o território
nacional. Precedente à essa lei existia a NBR 9050 que direcionava e auxiliava arquitetos e urbanistas em projetos
de acessibilidade e de que forma deveria ser empregada e foi criada no ano de 1983 pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas e sua última revisão foi feita no ano de 2015.

67
Objetivos:
Esse projeto tem como objetivo uma requalificação e adequação do IFBA Campus Simões Filho para atender
alunos, visitantes, professores e/ou servidores que possuam limitações físicas.
Metodologia:
Esse projeto consistiu em etapas de extensa pesquisa teórica e in loco após estudo prévio para análise de um meio
viável para permitir o acesso aos auditórios 1 e 2 do pavilhão estudantil do IFBA campus Simões Filho para
pessoas com limitações físicas. Após o processo de pesquisa teória e junção de informações, deu-se início a parte
executiva do projeto que consistiu na demolição de uma parte da escada localizada no fim do corredor do pavilhão
do lado esquerdo, a confecções dos furos para a colocação das canaletas, a confecção da plataforma, preparação
do local, tansporte da plataforma, montagem, primeiros testes, reajustes, testes finais e liberação para uso da
população.
Resultados:
Após todo o estudo teórico, elaboração do projeto esquemático e preparação da parte estrutural, no dia 25 de
Setembro de 2016 foi realizado o primeiro teste. Previmanete ao teste foi realizada a demolição de ½ da escada,
planificação do solo e da parede, confecção dos furos para chumbamento da talha elétrica, aplicação de zarção na
estrutura, engastamento das cantoneiras no solo, psoicionamento da plataforma, implementação do cabo de aço
para fazer a ligação da plataforma com a talha, realização do teste e reajustes necessários.
Considerações finais:
A ideia da construção dessa plataforma partiu da necessidade de adequação do campus às normas atuais de inclusão
social e às leis que abarcam as pessoas com algum tipo de limitação. A plataforma elevatória de baixo custo se
provou uma solução eficaz, segura e que cumpriu seu principal propósito facilitando o acesso e garantido a todos
os frequentadores do IFBA Campus Simões Filho o direito de ir e vir com autonomia e de uma forma simples. Os
processos aplicados ao longo desse projeto foram uma porta de entrada para o conhecimento sobre a área de
fabricação, fundição, arquitetura, acessibilidade, história do campus e treinamento para a obtenção de um olhar
crítico em relação a melhorias que podiam e podem acontecer no campus para facilitar e melhorar a vivência. O
desafio proposto foi uma solução eficaz e segura que se adequasse ao orçamento disponibilizado o que permitiu
um maior conhecimento de materiais, benefícios, malefícios, processos, pesquisa de mercado e até mesmo a
possibilidade da utilização do projeto da plataforma como base para outros. A execução desse projeto possibilitou
um maior conhecimento das áreas técnicas utilizadas em seus processos e a confirmação de que os conhecimentos
adquiridos ao longo do curso são aplicáveis em várias instâncias e até mesmo o menor projeto tem a capacidade
de mudar de forma grandiosa um ambiente e até mesmo ser um agende facilitador para muitos indivíduos.

Referências Bibliográficas.
ABNT ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Disponível em: < http://www.abnt.org.br/>.
Acessado em: 12 set. 2016.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Disponível em: <
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagensfilefield-
description%5D_164.pdf >. Acessado em: 24 set. 2016.
INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA. Campus Simões Filho. Disponível em: < http://portal.ifba.edu.br/simoes-
filho/institucional/campus-simoes-filho>. Acessado em: 18 ago. 2017 .
LEI FEDERAL 10098. Acessibilidade Disponível em: <
http://www.aracaju.se.gov.br/userfiles/emurb/2011/07/LeiFederal_10098_2000_Acessibilidade.pdf >. Acessado
em: 05 set. 2016.
SECRETARIA NACIONAL DOS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. . Disponível em: <
http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/ >. Acessado em: 08 set. 2016.

68
ENSINO DE ELETRICIDADE BÁSICA PARA CRIANÇAS - UMA
EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO DE
LICENCIATURA EM ELETROMECÂNICA
Claúdia Cunha da Torres Silva1, Nailson Kleoton Viana Ferreira 2, Ronei
de Brito Filho 3
1
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
3
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
cauctorres@gmail.com, nailsonkleoton@gmail.com, ronei.brito@bol.com.br

Resumo
Introdução/Referencial Teórico

Um dos elementos fundamentais do cenário educacional para crianças está ligado ao modo de ver e agir sobre o
espaço escolar e torná-lo um ambiente de aprendizagem que possibilitará a criação de oportunidades
significativas ao proporcionar experiências e interações (ZABALZA, 1998).
O espaço de participação contribui diretamente na construção do ambiente educativo que traz em si mesmo seus
significados, os olhares atentos para a representatividade dos espaços internos da escola que evidenciam as
relações, e dos agentes transformadores do campo de práticas educativas que ocorrem neste ambiente com
diferentes possiblidades de interação com o conhecimento construído pelos sujeitos que fazem parte do contexto
escolar (GANDINI, 1999). Destaca-se o papel do professor (a) em organizar o ambiente e materiais para que
sejam propícios às crianças garantindo múltiplas possibilidades de interação, de experiências, descobrimentos e
de aprendizagem. Compreende-se que o processo de organização do ambiente educativo ganha significado a
partir da participação de todas as pessoas que estão inseridas neste contexto, pois as práticas, ações e reflexões
tornam-se efetivas pelo movimento de mudança, na construção de pedagogias participativas na educação infantil
(ZABALZA, 1998).
Para isso, o educador deve organizar o ambiente, disponibilizar diferentes materiais no sentido de possibilitar a
construção de saberes por meio da experiência (OLIVEIRA-FORMOSINHO; ANDRADE; FORMOSINHO,
2011).
Nessa experiência de estágio, fomos desafiados a trabalhar com crianças, levando conhecimento técnico numa
linguagem adequada ao universo infantil.

Objetivos

Este estágio tem como objetivo atuar na conscientização dos pequenos cidadãos no uso consciente, eficiente e
adequado da energia elétrica gerada no planeta além de promover conhecimento básico sobre instalações
elétricas, visando a segurança das pessoas e preservação dos equipamentos eletroeletrônicos, de forma que esse
conhecimento fosse multiplicado na comunidade e na disseminação do conhecimento com suas famílias, para
ajudar na diminuição do número de acidentes ocorridos por causa da má instalação, orientando a respeito das
normas básicas de segurança em eletricidade.

Metodologia

69
O estágio IV foi realizado em duplas, tendo como princípio básico intervir na realidade local ou na comunidade.
A Escola Municipal Castro Alves, localizada a poucos metros do IFBA Simões Filho, foi selecionada para
aproximar o campus da comunidade de Pitanguinha. Para a realização da atividade o 5º ano do Ensino
Fundamental I foi a escolhida, pelo motivo dos alunos estarem próximos do Ensino Fundamental II, onde terão
um estudo mais aprofundado na disciplina de Ciências. Logo após pesquisaram os recursos didáticos (livros, que
continham as experiências mais simples e com a utilização de materiais de baixo custo, além de vídeos curtos,
que fossem autoexplicativos, o acesso a internet para a coleta de imagens e a utilização do Power Point, para a
inserção destas imagens e pequenas frases e tópicos referentes aos assuntos abordados). Em seguida os
licenciandos dividiram as suas 9 horas em 3 aulas semanais, sendo duas turmas no turno matutino e uma no
turno vespertino, totalizando 3 semanas de atividades. Os assuntos abordados foram: (1) Eletrostática Básica,
onde foi explicado sobre a presença de carga elétrica no corpo humano e nos objetos, na primeira semana; (2)
Eletrodinâmica Básica e Eficiência Energética, onde foi explanado a noção de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica, além da identificação, diferenciação e aplicação de um circuito em série e
paralelo, na segunda semana; E (3) Prevenção ao Choque Elétrico e Noções de Primeiros Socorros a uma vítima
de choque elétrico, na terceira semana. Em todos os encontros, as crianças fizeram experiências em sala.

Resultados

A aceitação da proposta foi muito bem recebida nas 3 turmas regidas, do corpo docente e diretoria da escola. As
crianças fizeram em suas casas as experiências delegadas pelos estagiários, pois foram despertadas para as
curiosidades científicas. O feedback de todos foi positivo quanto a aprendizagem e envolvimento das crianças,
bem como a interação positiva com os estagiários.

Considerações finais

Foi a experiência educacional mais emblemática durante a passagem dos licenciandos pelo campus, pois
vivenciamos um pouco da realidade fora do instituto, desde a estrutura ou a falta da mesma e o público
diferenciado e assim a dupla mostrou a sua capacidade de adaptar-se, desde a elaboração das aulas até a
linguagem utilizada.

Referências Bibliográficas

GANDINI, L. Espaços educacionais e de envolvimento pessoal. In: EDWARDS, C; GANDINI, L; FORMAN,


G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto
Alegre: Artmed, 1999. p. 145-158.

IFBA CAMPUS SIMÕES FILHO. Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura (PCC) em Eletromecânica
pt2. Obtido via internet: <http://portal.ifba.edu.br/simoes-filho/institucional/documentos-1/documentos-da-
licenciatura/pcc2.pdf/view>. Acesso em 21 de Setembro de 2018.

OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. ANDRADE, F. F. de; FORMOSINHO, J. Espaço e tempo na Pedagogia em-


participação. Portugal: Porto editora, 2011.

ZABALZA, M. Qualidade na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998.

70
ESTUDO DE CASO SOBRE A PROTEÇÃO INDIVIDUAL NA
UTILIZAÇÃO DOS NOVOS PAINÉIS DO LABORATÓRIO DE
INSTALAÇÕES DO IFBA CAMPUS SIMÕES FILHO
Raíssa Macêdo Ferreira1 [Priscila Pires Souza]
1
IFBA CAMPUS SIMÕES FILHO (Brasil)
Raimac18@hotmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
Vivemos atualmente a 3° revolução industrial, repleta de mudanças e evoluções que em sua maioria tivera
um marco em comum, a eletricidade. Quando Tales de Mileto descobriu o âmbar, jamais imaginaria que
viveríamos em completa necessidade do constante uso de energia elétrica. Sendo as atividades diárias em sua
maioria atreladas ao uso desta, torna-se incontestável citar a necessidade de segurança no manuseio de tais
processos, visto que segundo a ABRACOPEL (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade), houve um acréscimo de 349 pessoas, na quantidade de mortes por choque elétrico ao longo dos
últimos quatro anos.

Podemos deduzir que as vítimas em potencial são as que diariamente lidam com eletricidade, e buscando
minimizar tais estatísticas desperta-se o interesse na pesquisa referente à segurança dos futuros técnicos em
eletromecânica do Instituto Federal da Bahia em Simões Filho. Partindo do pressuposto de que os discentes e
docentes são usuários assíduos dos Laboratórios, convém que possam usufrui-los em pleno gozo de segurança,
dessa forma, esse trabalho busca investigar os principais Equipamentos de Proteção Individual que devem ser
utilizados nos Laboratórios de Instalações Elétricas, Eletrotécnica e Eletrônica.

Será utilizado em sua confecção todas as normas que se relacionem a eletricidade, proteção, e sinalização,
além de especificamente como embasamento teórico conceitual, a Norma Técnica Brasileira de Instalações
Elétricas de Baixa Tensão - NBR 5410 atualizada em 2008, as Normas Regulamentadoras de Equipamentos de
Proteção Individual - NR 6 e Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade - NR 10, entre outras
referências.

Objetivos:

Através de uma análise preliminar de risco, esse trabalho tem por objetivo nortear os tipos de
proteções individuais necessárias para a segurança dos discente ao utilizarem os novos painéis do laboratório
de Instalações elétricas do IFBA campus Simões Filho.

Metodologia

71
Foi utilizado como metodologia um questionário respondido pelos professores sobre a natureza das
aulas e seus riscos, além de uma análise preliminar de risco para direcionar o tipo de risco nas atividades nos
laboratórios e o EPI necessário.

Resultados:
Visto que como descrito anteriormente os riscos elétricos abrangem qualquer local, não podemos deixar
de citar os riscos no lugar mais importante (após a sala de aula) para o aprendizado técnico de um estudante do
curso de eletromecânica, em que se acredita posteriormente que estará em meio a indústria, praticando tudo que
aprendeu durante os anos de estudos no IFBA. Para a confecção desse tópico além do questionário respondido
pelos professores, foi elaborado uma Análise preliminar dos riscos que consistiu na elaboração de uma tabela
onde são descrito os passos de algumas práticas nos laboratórios utilizados para este estudo de caso, além do uso
de ferramentas de qualidade como 5W2H para a resolução de problemas.

Ao nos depararmos com os dados descritos nas APR’s das atividades práticas em laboratórios, foi
percebido que apesar de não se encontrar no meio industrial, o discente que desempenha prática nos laboratórios
analisados devem sim empregar o uso de equipamento de proteção individual, para que desse modo possamos
minimizar os riscos de acidentes, e se esses acontecerem devemos notifica-los para análises futuras para que os
riscos, em geral sejam negativados.

Considerações finais:

Este trabalho dedicou-se a apresentar a cerca da necessidade de proteção individual nas novas
bancadas do laboratório de Instalações elétricas do IFBA Campus Simões Filho. Sendo incontrovertível,
ressaltar a importância da prevenção, quando se diz respeito a trabalhos com uso de eletricidade, pois, em
nosso país, apesar do quantitativo de legislação, podemos perceber que os números de acidentes envolvendo
choques elétricos, ainda são elevados, ressaltando assim a importância de trabalhos que visem a segurança do
trabalhador, para a criação de uma desconstrução cultural, através da aproximação do universo acadêmico
com o industrial, motivando os estudantes a se tornarem profissionais exemplares que buscam a sua segurança
e a do outro, visto que esses estudantes serão os futuros trabalhadores.

Referências Bibliográficas.
NBR, ABNT. 14039: 2005. Instalações elétricas de média tensão de, v. 1, p. 60947-2.
BRASILEIRAS, Normas. NBR-5410. NBR-5413, NBR-5419, NBR-14039, NBR-5444 etc
CIENFUEGOS, Freddy. Segurança no laboratório. Rio de Janeiro: Interciência, 2001. 265 p. (011618)
ABRACOPEL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA OS PERIGOS DA
ELETRICIDADE. Estatísticas de acidentes de origem elétrica em 2017. 2017. Disponível
em:<file:///C:/Users/raima/Downloads/download-159669-
ANU%C3%81RIO%20ESTAT%C3%8DSTICO%20ABRACOPEL%202018-5248680.pdf>. Acesso em: 20 de
abril de 2018.

72
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALA!"O DE UM SISTEMA DE
GERA!"O FOTOVOLTAICO ONGRID PARA REDU!"O DE CUSTOS
NO IFBA- CAMPUS SIM#ES FILHO
Rafael Mota [Priscilla Souza]
Instituto Federal da Bahia (Brasil)
Instituto Federal da Bahia (Brasil)
Raffaelmota2@gmail.com, ifbasimoesf@gmail.com]

Resumo
Introduç$o/Referencial Te%rico
Gerar energia de forma independente das grandes centrais geradoras têm se tornado uma alternativa
vi!vel para in"meros consumidores de energia elétrica no pa#s. A Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), formulou a Resoluç$o Normativa 482/2012, e posteriormente a 687/2015, que regulamenta a geraç$o
de energia no Brasil de forma descentralizada, a chamada Geraç$o Distribu#da. Nesse tipo de geraç$o, o
consumidor tem a possibilidade de implementar em sua propriedade uma unidade de geraç$o de energia elétrica
e injetar potência na rede da concession!ria ou consome diretamente a energia elétrica que produz. Esse tipo de
sistema traz in"meros benef#cios, dentre eles a economia financeira, pois, uma vez que o consumidor esteja
gerando eletricidade, ele deixa de consumir da concession!ria, caso seu sistema seja desconectado da rede da
mesma ou reduz o consumo da rede da concession!ria, chegando até gerar mais do que produz.
Objetivos
Dentro da geraç$o distribu#da existem algumas tecnologias empregadas para a geraç$o de energia. Para
este estudo, selecionamos o Sistema Fotovoltaico por demandar menor adequaç$o em termos de infraestrutura e
possuir um custo benef#cio mais atrativo para a proposta de implementaç$o no IFBA-SF. Sob essa perspectiva,
analisaremos a viabilidade técnica-financeira da implementaç$o de um Projeto de Sistema de Geraç$o
Fotovoltaico conectado à rede a fim de reduzir o custo de energia elétrica pago a concession!ria.
Metodologia
Para verificar a viabilidade do projeto, foi necess!rio um estudo sobre as normativas que estabelecem os
parâmetros para Geraç$o Distribu#da e dados sobre o cen!rio no pa#s, estudo aprofundado do funcionamento e
instalaç$o do sistema fotovoltaicos, incluindo curso com profissionais capacitado e que atuam no mercado com
uma vasta experiência e por fim o estudo de caso do IFBA-SF, analisando o consumo do Campus e
dimensionando o sistema de modo que traga os resultados satisfat%rios.
Resultados
Espera-se que o projeto de instalaç$o verifique a viabilidade de implementaç$o do projeto sob o ponto
de vista econômico e técnico, de modo que tenha uma amortizaç$o do investimento em até metade da vida "til
do sistema e traga uma reduç$o em torno de 65& do valor da conta de energia elétrica.
Consideraç&es finais
Observamos que instituiç'es que possuem esses sistemas têm maior visibilidade no cen!rio Brasileiro,
pois demonstra o compromisso com a inovaç$o, por implementar um sistema mais moderno de geraç$o de
energia elétrica, além de contribuir positivamente para a matriz energética nacional, diversificando as fontes de
geraç$o e prorrogando investimentos na transmiss$o e distribuiç$o de energia pelas concession!rias. Outro fator
é o Selo de Edificaç$o Sustent!vel, concedido a edificaç'es que possuam estruturas que favoreçam a reduç$o do
uso de recursos naturais e desperd#cios, o que pode possibilitar isenç'es tribut!rias, estimula o setor p"blico a
investir no local e promove uma facilidade em conseguir recursos para projetos.

73
Referências Bibliogr'ficas

CERVANTES RODR*GUEZ, Carlos Roberto. Mecanismos regulat!rios, tarif"rios e econ#micos na Gera$%o


Distribu&da: o caso dos Sistemas Fotovoltaicos conectados ' rede. 2002 111f. Tese de Doutorado- Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2002.

GERA+3O DISTRIBU*DA. ANEEL.D#sponivel em <http://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida>

Acesso em: 20 de agosto de 2018.

GERA+3O DISTRIBU*DA DE ENERGIA: CONHE+A OS INCENTIVOS FISCAIS E TRIBUT9RIOS


PARA INVESTIDORES. ATLAS CONSULTORIA. D#sponivel em
<http://atlaconsultoria.com/artigo/incentivos-fiscais-e-tributario-geracao-distribuida-energia/ >

Acesso em: 20 de agosto de 2018.

10 MOTIVOS PARA INVESTIR EM UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA.


ASTRASOLAR. D#sponivel em
<http://astrasolar.com.br/energia-solar/10-motivos-para-investir-em-um-sistema-de-energia-so

lar-fotovoltaica/> Acesso em: 20 de agosto de 2018.

74
ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DA BIOMASSA DE FIBRA DE SISAL
Juliana Teixeira1 [Camila R. de O. Félix], Larissa Trierweiler ¹ , Adriele Sepulveda¹
1
Instituto Federal da Bahia – Campus Simões Filho (Brasil)
E-mails [julianateixeiraa_@hotmail.com, camila_rib@yahoo.com.br
larissatrierweiler03@gmail.com, didika_06@hotmail.com]

Resumo: A biomassa lignocelulósica devido a sua composição e capacidade residual tornou-


se atrativa como alternativa para geração de energia, permitindo através das caracterizações
entender suas propriedades físico-químicas
Palavras-chave: Biomassa, Sisal, Energia.

Introdução
Figura 1. Fibra de Sisal
O aumento dos problemas ambientais e a preocupação
com os recursos finitos presentes nos combustíveis fósseis se
tornou um dos pontos mais discutidos atualmente. O ritmo
crescente da industrialização aliado à alta dependência do petróleo
trouxe consigo uma nova demanda: a busca por uma energia limpa
e renovável.
A bioenergia tem atraído a atenção para novos
investimentos, por conta de seu potencial de renovação e por
utilizar os resíduos de matéria orgânica, de diferentes tipos, que antes eram descartados e
hoje se tornou o ouro da energia renovável. As novas tecnologias têm permitido que
resíduos lignocelulósicos como o sisal viessem a ser utilizado devido a sua composição de
celulose, hemicelulose e lignina que apresentam características relacionadas à produção de
energia (CAI et al., 2017).

Objetivos
O objetivo do presente trabalho é a caracterização da amostra de fibra de sisal através
de análises térmicas de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e Análise
Termogravimétrica (TGA) propiciando entender seus componentes e sua relação com a
obtenção de energia.

Metodologia
A escolha das biomassas foram feitas com base na sua abundância residual e potencial
energético. A análise termogravimétrica foi utilizada para avaliar a variação de massa da
amostra em função da temperatura. As amostras foram submetidas em equipamento
Shimadzu, modelo TGA-50, sob vazão constante de 50 mL/min de nitrogênio a temperatura
de 1000 °C, sendo utilizada uma taxa de aquecimento de 10 °C min –1.

75
DSC é a técnica termoanalítica, onde as variações de entalpia das amostras são
monitoradas em relação ao material de referência que é inerte termicamente. O equipamento
utilizado para realização dessa análise foi o Shimadzu Differential Scanning Calorimeter,
modelo DSC – 60 As amostras foram aquecidas a 700 °C, taxa de 10 °C min –1 e vazão de
nitrogênio (50 mL. Min –1). Foi utilizado 1mg de cada amostra.
Resultados e Discussão Figura 2. DSC da amostra de fibra de sisal.
Através da curva DSC do sisal observa-se que na faixa
de temperatura de 50 até 100 °C apresenta um pico endotérmico
correspondente a decomposição da celulose e lignina. O pico
exotérmico que inicia na faixa de 400 °C e permanece constante
até o final corresponde à degradação da celulose.
As perdas de massas presentes na análise do TG do sisal
estão relacionadas com a desidratação que está presente na Figura 3. ATG da fibra de sisal

primeira faixa. A depressão existente na faixa de temperatura


entre 173 e 362ºC está relacionado com a decomposição da
hemicelulose e celulose. Assim como há uma leve curvatura que
representa a decomposição de celulose e lignina conforme
observado por Lima e colaboradores (2013).

Considerações finais
As biomassas estudadas apresentaram características relacionadas à produção de
energia. Além disso, ambas as biomassas apresentam condições climáticas favoráveis pra
cultura energética e abundância residual. Segundo a literatura, o Sisal possui características
observadas nos experimentos que demonstram sua viabilidade na produção de etanol.

Referências
CAI, J.; HE, Y.; YU, X.; BANKS, S. W.; YANG, Y.; ZHANG, X.; LIV, R.; BRIDGWATER,
A. V.; Review of physicochemical properties and analytical characterization of lignocellulose
biomass. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 76, p. 309-322, 2017.
LIMA, C. S. S.; CONCEIÇÃO, M. M.; SILVA, F. L. H.; LIMA, E. E.; CONRADO, L. S.;
LEÃO, D. A. S.; Characterization of acid hydrolysis of sisal. Applied Energy, v. 102, p. 254-
596, 2013.

76
ESTUDO SOBRE SELEÇÃO DE MATERIAIS PARA USO EM
TUBULAÇÕES QUE TRANSPORTAM GASES EM ALTA PRESSÃO
Larissa de Oliveira Silva1 [Profª Drª Maria Clea Soares de Albuquerque e Profª Drª
Camila Ribeiro Félix]
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA (Brasil)
larissadeoliveirasilva1998@gmail.com, cleaalbuquerque@ifba.edu.br, camila_rib@yahoo.com.br

Resumo
No ambiente petrolífero, durante a etapa de produção, são retirados dos poços os gases e o óleo que, a
princípio, encontram-se em mistura com partículas de areia, água ou outras impurezas. Faz-se necessário uma
separação inicial dessas substâncias, visando direcionar água, óleo e gases a diferentes dutos. As tubulações
responsáveis pelo transporte dos gases a alta pressão, correspondente a valores acima de 500kPa, devem suportar
tais condições sem que hajam danos à sua estrutura, garantindo melhor desempenho na produção e segurança.
Trabalhar sob condições extremas, como as desse tipo de estrutura, exige altas precauções como, por exemplo,
uso de um material adequado que garanta o fluxo contínuo do fluido. Sob estes aspectos, este trabalho objetiva
realizar um estudo de caso sobre tubulações que efetuam transporte de gás sob alta pressão e elaborar um plano
de seleção do material que irá compor esta estrutura. Para tanto serão empregados os conceitos do Indice de
mérito (IM) e a Metodologia de Ashby. O IM é um conceito que determina as variáveis importantes do processo
e suas relações funcionais e a Metodologia de Ashby, identifica o perfil de atributos do material desejado e o
compara com os dos materiais de engenharia reais para encontrar a melhor combinação. Espera-se demonstrar a
possibilidade de uso dessas metodologias não só à seleção de materiais para tubulações de alta pressão, mas
também a outros tipos de estruturas em estudos de caso que possam eventualmente surgir.

Introdução/Referencial Teórico

O petróleo obtido nos poços é encaminhado a um processamento primário, submetendo-se a uma


separação inicial, com o auxílio de vasos separadores. Essa etapa precede o processo de refino que envolve entre
outras coisas, a destilação, para separar os compostos que formam o petróleo e, em seguida, os tratamentos finais
para comercialização (FIGUEREDO, 2018). A água, após tratada, poderá ser descartada ou reinjetada nos
poços.
Quanto aos gases de alta pressão, que não conduzem apenas partículas gasosas, são encaminhados
diretamente, por meio de dutos, dos vasos separadores à seção de desidratação, onde ocorrerá a retirada total de
umidade (gotículas de água ou óleo presentes que interferem na eficiência do gás durante uso industrial). Já
aqueles com média e baixa pressão são comprimidos ainda mais, tornando-se necessário um menor local de
armazenamento para contê-lo, auxiliando na redução do custo em relação à quantidade de material destinada à
construção do equipamento. Após elevação da pressão, também são encaminhados à desidratação (MARGON,
2013).
Por fim, os gases desidratados poderão ou ser reinjetados no poço como gás lift (gás injetado no poço
para aumentar a vazão de produção) (ACTIS, 2012), ou encaminhado para a indústria, o chamado GNL – Gás,
Natural Liquefeito, aquele que já foi processado e está apto para distribuição (DANTAS, 2006).
Havendo falhas no sistema de tubulações, as consequências serão desastrosas tanto do ponto de vista
econômico, quanto no de segurança dos operadores à sua volta. A tarefa de selecionar materiais faz parte,
portanto, de todos as etapas do processo de projeto de uma estrutura. Inicia, geralmente, junto com os primeiros
esboços e se completa com a definição das especificações do produto.
A enorme gama de materiais existente representa inúmeras oportunidades de inovação tecnológica.
Assim, para que essas oportunidades sejam aproveitadas ao máximo, o processo de seleção de materiais deve
considerar a maior quantidade de materiais possíveis, de modo a não perder nenhuma oportunidade razoável. A
cada fase do projeto a quantidade de materiais diminui, através da utilização de critérios de eliminação, até se
chegar ao material escolhido. Não utilizar a lista completa pode caracterizar uma oportunidade de inovação
perdida (FERRANTE, 2000).

77
Objetivo

Elaborar um plano de seleção do material da tubulação que será submetida ao fluxo de gás em alta
pressão, resultante do processamento primário do petróleo, listando os principais critérios que são levados em
consideração durante este processo.

Metodologia

A metodologia empregada neste trabalho envolve o estudo de caso de uma tubulação para transporte de
gases de alta pressão, e como a Metologia de Ashby pode ser aplicada para auxiliar na seleção de materiais
utilizados para compor tais tubulações, que interligam os separadores ao desidratador, transportando os gases em
alta pressão, provenientes do processamento primário do petróleo.
Um dos conceitos importantes a ser usado durante a seleção do material é o Índice de mérito, uma
fórmula algébrica, em forma de fração, que relaciona uma propriedade favorável com outra que pouco se deseja
para o equipamento (FERRANTE, 2000). Os diagramas de Ashby também serão usados como ferramentas que
relacionam duas características do material, feitos com base em dados tabelados, apresentando-os graficamente
para melhor compreensão das informações (SANDIM).
Durante o processo de seleção, alguns dos critérios mais relevantes que serão levados em conta são: as
propriedades do fluido que será conduzido no interior dos tubos; faixas de temperatura e pressão que o
equipamento será submetido; natureza dos esforços mecânicos decorrentes da condução do gás; condições de
contorno, como temperatura, umidade, pressão atmosférica e as demais características naturais do ambiente;
Previsão do tempo de vida útil desse material diante das demais condições sofridas pelo mesmo.

Resultados

Espera-se demonstrar através do estudo de caso envolvendo as tubulações de gases a alta pressão, a
aplicação prática da Metodologia de Ashby, no processo de seleção de materiais.

Considerações finais

Considerando as características de projeto da tubulação de gás de alta pressão, utilizada no


processamento primário do petróleo, as características do fluido a ser transferido e necessidades técnicas,
pretende-se apresentar o material que melhor atendera à aplicação.

Referências Bibliográficas

ACTIS, Álvaro. Campos Marginais de Petróleo. Disponível em:


<http://camposmarginais.blogspot.com/2012/03/o-metodo-gas-lift.html>. Acesso em: 24 Set. 2018.
CALLISTER, Willian D. Ciência e Engenharia dos Materiais: uma introdução; tradução Sérgio Murilo
Stamile Soares. 7.ed – [Reimpr.]. – Rio de Janeiro: LTC, 2011.
DANTAS, Luis Olavo. GNL. Disponível em: <http://www.gasnet.com.br/gnl_descricao.asp>. Acesso em: 24
Set. 2018.
Ferrante, M. Seleção dos materiais de construção mecânica: estratégias e metodologia básica. In: Simpósio
sobre materiais, 2000, Rio de Janeiro. Anais.
FIGUEREDO, Erica Airosa. Refinaria de Petróleo. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/quimica/refinaria-de-petroleo/>. Acesso em: 24 Set. 2018.
GARCIA, Amauri. Ensaios dos Materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
MARGON, Jhurengo. Apostila Separação, armazenagem e transporte de petróleo. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/jhurengo/apostila-separao-armazenagem-e-transporte-de-petrleo-e-gs>. Acesso em: 24
Set. 2018.
Portal Met@lica. Tubulações Industriais. Disponível em: <http://wwwo.metalica.com.br/intalacoes-industriais-
tubulacao-industrial>. Acesso em: 12 Ago. 2018.
Scheleski, S. Seleção de Materiais no Projeto de Máquinas e Implementos Agrícolas. Design & Tecnologia
09, 2015.

78
FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NA EVASÃO NO IFBA
CAMPUS SIMÕES FILHO
Azly Santos Amorim Santana1, Cláudia Cunha Torres Da Silva1, Maria Teresinha
Tamanini Andrade1 [orientadoras], Elias Nunes de Oliveira Junior, Jocimaria Bispo dos
Santos, Luiz Eduardo Thomaz Teixeira Cabral, Marcelo Bomfim Reis dos Santos
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, Simões Filho (Brasil)
azly@ifba.edu.br, cautorres@ifba.edu.br, tamanini@ifba.edu.br

Resumo
Introdução
O fenômeno da evasão é antigo e constante na realidade das escolas públicas e privadas do País e suas razões
variam desde questões pessoais e familiares dos alunos até problemas sociais e institucionais dos próprios
estabelecimentos de ensino. Para se fazer cumprir a proposta que consta no PPI do IFBA para permanência dos
estudantes que ingressam na instituição, é importante garantir acompanhamento e planejamento de ações
educativas. Nesse sentido, deve-se ter em foco, dentre outros problemas, a questão da evasão escolar, uma das
principais dificuldades atualmente observadas nos cursos oferecidos pela nossa Instituição.
Objetivo
Diagnosticar as variáveis que podem levar ao fenômeno da evasão nos cursos Técnicos Integrado ao Ensino
Médio no campus Simões Filho, para empreender ações preventivas.

Metodologia
A pesquisa foi realizada aplicando um questionário, no qual para construção foram considerados documentos
orientadores do SETEC/MEC, adaptado à realidade local do campus. Teve como universo de pesquisa os
discentes da 1ª à 4ª série dos cursos Técnicos Integrado ao Ensino Médio no IFBA/Simões Filho, a saber
Mecânica, Eletromecânica, Petróleo e Gás Natural e Metalurgia, matriculados no ano letivo de 2015. Foi
utilizado na execução da pesquisa um formulário GOOGLE DOCS e aplicado no laboratório de informática em
horários pré-estabelecidos. Este formulário permitiu traçar o perfil sócio demográfico dos discentes, além de
levantar fatores que pudessem levar o discente a pensar em evadir. O questionário estava organizado em seções
distribuídas da seguinte forma: i) Questões Sócio Demográficas; ii) Fatores Internos do Instituto; iii) Fatores
Individuais; e iv) Fatores Externos.

Resultados

A Tabela 1, apresenta os fatores externos ao IFBA, que segundo a pesquisa levam o discente a pensar
em evadir.
Na Tabela 2 são observados os fatores relacionados aos fatores internos do Instituto que mais podem
influênciar na decisão para evasão.
Com relação aos fatores individuais os motivos mais citados que podem levar o discente a pensar em
evadir são: dificuldades na aprendizagem, medo de reprovação, dificuldades financeiras, descoberta de novos
interesses, reprovações constantes, desinteresse pelo curso, adaptação à escola, problemas familiares e problemas
de saúde.

79
Tabela 1: Fatores externos que levam o discente a pensar em evadir (em porcentagem)

Certificação do ENEM 43,5


Falta de oportunidade de estágio 43,5
Dificuldade de transporte 26,5
Falta de oportunidade de trabalho para o egresso 25,2
Desvalorização da profissão 20,4
Crise econômica 20
Preconceito de gênero e diversidade sexual no mercado de trabalho 15,7
Violência e/ou assaltos no percurso ou entorno escolar 15,7
Localização da instituição 14,8
Qualidade da formação escolar anterior 13,9
Reconhecimento social da carreira escolhida 4,8

Tabela 2: Fatores internos ao IFBA que levam o discente a pensar em evadir (em porcentagem)

Greves 84,9
Número excessivo de atividades escolares 51,7
Número excessivo de disciplinas 48,7
Número insuficiente de aulas práticas 37,5
Duração do curso 34,1
Pouca relação entre teoria e prática 31,5
Desmotivação docente 27,6
Organização do horário de aulas 26,7
Estrutura insuficiente de apoio ao ensino 23,3
Relação escola-família 20,7
Estrutura curricular 12,1
Baixa frequência de docente 9,5
Violência dentro da escola 9,5
Comprometimento institucional. Gestão/administração/diretoria 9,1
Considerações finais
Em alguns dos fatores que mais influenciam na decisão de evasão observa-se a possibilidade de intervenção no
que se refere aos fatores institucionais e internos realizando reestruturação dos projetos de cursos visando rever
quantidades de disciplinas e atividades, formação continuada dos docentes, projetos de acompanhamento
pedagógico a fim de minimizar os problemas de aprendizagem e indicação de expansão das políticas de
assistência estudantil possibilitando maior apoio financeiro para suporte aos discentes em vulnerabilidade sócio
econômica.
ReferênciasBibliográficas
BRASIL. Documento orientador para a superação da evasão e retenção na rede federal de educação profissional,
científica e tecnológica. Brasília: MEC, 2014.
DORE, R., LÜSCHER, A. Z. Permanência e evasão na educação técnica de nível médio em Minas Gerais.
Cadernos de Pesquisa, v.41, n.144, set./dez. 2011, p. 722-789.
DORE, R., ARAUJO, A. MENDES, J. Evasão na educação: estudos, políticas e propostas de enfrentamento.
Brasília: IFB/CEPROTEC/RIMEPES, 2014.

80
FLUÍDOS DE PERFURAÇÃO PETROLÍFERA: ESTUDO DE CASO
PARA O USO CORRETO NO LABORATÓRIO DE PESQUISA DE PGN
DO IFBA
Ricardo Guilherme Kuentzer1 [orientador], Vérsia Catarine de Assis Machado2
1
Docente do Instituto Federal da Bahia – IFBA/Simões Filho. Engenheiro Agrônomo pela UESB.
Mestrado em Tecnologias Aplicáveis à Bioenergia pela FTC. (Brasil)
2
Técnica em Petróleo e Gás Natural, pelo Instituto Federal da Bahia IFBA. (Brasil)
E-mails: rkagro@me.com , versia.machado@hotmail.com

Resumo
1. INTRODUÇÃO

Para que o trabalho em um laboratório seja seguro, vários fatores devem coexistir: instalações bem planejadas,
quantidades necessárias de equipamentos de segurança, tanto individuais como coletivos, e treinamentos para
situações de rotina e de emergência. Ao se pensar os riscos que um laboratório oferece, além de associá-los aos
reagentes que podem estar presentes, também devem ser avaliados as condições de descarte dos resíduos, visto
que, se feito de maneira incorreta, acarretará em grandes impactos ambientais, além dos possíveis acidentes de
trabalho.
Dois conceitos são de grande importância para compreensão do presente trabalho, perigo e risco. Segundo De
Cicco (2003), perigo é “uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos”,
e risco é entendido como a “probabilidade de possíveis danos dentro de um período, ou ciclos operacionais”.

2. OBJETIVOS

Visando prevenir acidentes por meio da eliminação das condições e atos inseguros do ambiente, justifica-se o
desenvolvimento deste estudo de caso, que tem como objetivo geral analisar as condições de descarte de
resíduos, especialmente os fluídos de perfuração, onde são desenvolvidas atividades de aulas práticas no
laboratório da Instituição.

3. METODOLOGIA

Utilizou-se de um estudo de caso no laboratório de Petróleo e Gás Natural, da rede Federal de Educação da
Bahia – IFBA/Campus Simões Filho, através de um checklist, para simular o uso correto dos fluídos de
perfuração no laboratório.

4. RESULTADOS

Após aplicação da lista de verificação (checklist) em relação ao ambiente do laboratório, apenas quatro das onze
observações condizem com o exigido pelas Normas Regulamentadoras, ou seja, aproximadamente 64% dos itens

81
avaliados não estão de acordo com as exigências requeridas para manutenção da segurança do trabalho. Alguns
dos itens que não atendem os requisitos legais foram fotografados e apresentados em sequência.
A Figura 1, faz referência ao artigo 25.3 da NR 25 sobre o lançamento ou liberação de resíduos no ambiente de
trabalho. Os usuários do laboratório afirmam que ocorrem derramamentos de resíduos químicos diretamente na
pia, fato tal agravado pela ausência do uso de EPI´s e pela falta de conhecimento dos usuários no que diz respeito
a medidas de descartes.

Figura 1. Pias do laboratório onde é realizado o descarte de resíduos. Fonte: O autor (2017).
Face a isso, os resultados revelam que o uso e descarte correto dos fluídos de perfuração no laboratório de PGN,
não tem sido planificada com rigor, ou seja, a execução não dá observância ao envolvimento dos impactos
ambientais e das normas de segurança do trabalho, o que justifica a falta de diálogo entre as áreas afins, dos
cursos técnicos, bem como os outros laboratórios do Campus.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que foram identificadas as vantagens e limitações inerentes a cada tipo e o impacto causado devido à
utilização de fluídos de perfuração, considerando a influência crescente da variável ambiental na escolha das
formulações. No que se refere a análise do laboratório de petróleo e gás da rede federal de ensino, este estudo
permitiu detectar as condições das instalações de modo a evitar acidentes causados pelas condições inseguras do
ambiente de trabalho. Os dados obtidos a partir do checklist de verificação indicaram que o laboratório analítico
carece de reestruturações periódicas para atender a legislação vigente e garantir a segurança dos ocupantes e do
meio ambiente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Thiago Costa de; SILVA, Francisca Joseane de S.; RODRIGUES, Julia R. de Freitas. Discutindo a
importância do gerenciamento de fluido e cascalho de perfuração em poços de petróleo. Fortaleza, CE,
Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.
CIENFUEGOS, Freddy. Segurança no laboratório. Rio de Janeiro: Interciência, 2001. 269p., il. Inclui
bibliografia. ISBN 8571930570 (broch.).
DE CICCO, Francesco M. G. A. F.; FANTAZZINI, Mario Luiz. Tecnologias consagradas de gestão de riscos.
2. ed. [São Paulo]: Risk Tecnologia, 2003. 194 p. (Risk management).

82
Formação de professores para Educação Profissional: da invisibilidade ao
notório saber
Ana Rita Silva Almeida , Romilson Lopes Sampaio 2
1
IFBA – Campus Simões Filho (Brasil)
2
IFBA – Campus Salvador (Brasil)
E-mails [ana.chiara@ifba.edu.br, romilson@ifba.edu.br]

Resumo
Introdução
Na literatura nacional e internacional, a formação de professores é um tema de pesquisa que dispõe de uma ampla
produção acadêmica (ANDRÉ, 2010; NÓVOA, 1992; MARCELO GARCIA, 1999; TARDIF, 2002). No entanto,
a sua constituição enquanto campo de estudos autônomo apenas ocorreu nas duas últimas décadas. Segundo
ANDRÉ (2010), até 1999 os estudos e pesquisas desenvolvidos sobre formação docente eram concentrados no
campo da Didática e o seu delineamento enquanto uma área do campo pedagógico ocorreu em virtude de alguns
aspectos, a saber: o crescimento de pesquisas sobre o tema; a intensificação do debate sobre o professor em eventos
científicos e na mídia; publicações em periódicos dedicados ao tema.
Não obstante, a extensa produção científica que discute a formação de professores sob os mais diferentes focos de
estudo, há uma lacuna a ser preenchida que envolve a formação de professor para educação profissional e
tecnológica. Não se pode esquecer que há iniciativas da comunidade científica (KUENZER, 2008; MOLL , 2008;
MACHADO, 2008; MOURA, 2008; URBANETZ, 2012; OLIVEIRA Jr, 2008) para discutir a formação inical e
continuada desses profissionais, no entanto, ainda há muito que conquistar e avançar para fortalecê-la enquanto
objeto de estudo a ser investigado no campo da formação de professor. Dentro desse contexto, uma pergunta se
impõe: Por que falar em formação de professores para a Educação Profissional e Tecnológica? Foi exatamente a
invisibilidade da categoria “formação de professores para educação profissional” na produção acadêmica, que nos
incitou a conhecer a produção acadêmica sobre a formação de professores, especificamente, nosso objetivo foi
analisar o estado da arte sobre a formação de professores para o ensino profissional.
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, cujo dados foram as produções acadêmicas dos autores que discutem a
educação profissional e a formação de professor.
Resultados
Desde 1909, a educação profissional é marcada por decretos, portarias, pareceres e leis que, embora reivindiquem
uma educação profissional de qualidade, não conseguem propor uma formação de professores que atenda às
demandas dessa modalidade de educação. Entre as demandas sugeridas nos estudos de MACHADO (2008),
destacam-se: (1) uma política pública para educação profissional que, dentre outras coisas, supere o caráter
“emergencial”, “especial”, “apropriado”, adjetivos que historicamente marcaram a formação de professor para a
educação profissional. (2) uma formação inicial e continuada que ultrapasse a dicotomia teoria/prática, na qual,
por exemplo, a experiência prática não seja o elemento mais importante ou até suficiente para ser professor.
Dentro do processo de formação profissional, chama-se a atenção para dois movimentos dialéticamente
construídos, um de natureza interna que configura-se em uma ação reflexiva sobre o efetivo sentido do campo
profissional e outro externo relacionado às transformações decorrentes do contexto social, das políticas públicas,
e constantes reformas de ensino que não conseguem dar conta dos índices de evasão e retenção. Ambos os
movimentos contribuem para a resistência e a permanência dos professores diante das políticas educacionais
perversas voltadas para a educação profissional.
A educação profissional é uma centenária desconhecida e a formação dos profissionais que atuam nessa
modalidade de educação não deixa por menos. Sua invisibilidade enquanto área de conhecimento foi destacada na
pesquisa de Urbanetz (2012) que, analisando a base de dados da Capes e da Anped, destacou a falta de pesquisas
sobre a formação de professores para a educação profissional. Ao analisar as teses e dissertações defendidas entre

83
2000 e 2009, o autor destaca que existem diferenças pontuais no total da produção científica dos descritores
“formação de professores” e “formação de professores para educação profissional”. O primeiro tem 4695
trabalhos, já o segundo apresenta apenas 4 produções. Mesmo utilizando outros mecanismos de busca, ainda assim
o total da produção sobre “educação profissional”, com 768 trabalhos, e “educação profissional/formação de
professor”, que contempla 58 estudos, é significativamente inferior.
Urbanetz (2012) também faz um mapeamento dos trabalhos apresentados nas reuniões anuais da Anped (2000-
2009), com relação a situação das pesquisas sobre formação de professores para educação profissional. Observa-
se também, aqui, uma baixa produção científica, mesmo que o autor tenha diversificado os termos chaves de busca
para o levantamento dos trabalhos. São eles: “formação de professores” – 214 trabalhos; “formação de professores
para a educação professional” – nenhum trabalho; “educação e trabalho” “formação de professores” – 10 trabalhos;
“educação e Trabalho” e “educação profissional” – 01 trabalho; “educação e trabalho” e “formação de professores
para a Educação Profissional” – 03 trabalhos.
Após anos de invisibilidade, a comunidade acadêmica é surpreendida com a Medida Provisória 746/2016, que
propõe mudanças no ensino médio e permite que profissionais com “notório saber” possam dar aulas no ensino
técnico. Em meio ao debate sobre a Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, que trata das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada, fomos
surpreendidos com a possibilidade de dispormos no quadro docente do ensino técnico profissionais sem uma
formação adequada. Essa medida provisória representa um retrocesso frente aos estudos que combatem a
dicotomia teoria e prática na formação do professor. Ademais, mais uma vez a profissão docente é desvalorizada.
Considerações finais
Afinal, o que queremos para formação de professores que atuam na educação profissional? Na literatura a
discussão avança paulatinamente, mas alguns pontos são comuns entre os estudiosos. Machado (2008) defende a
construção de uma política nacional ampla que contemple os seguintes aspectos:
valorização da formação de professores para essa área e que isso passa pela superação de fato da tendência
histórica às improvisações, pela institucionalização dessa formação, superação de preconceitos e real
tratamento de equivalência formativa comparativamente à recebida pelos demais professores (2008, p.82).

Nessa perspectiva de valorização da formação, Nóvoa (1992) nos lembra que para valorizar é preciso superar
alguns desafios como assegurar o lugar de formação do professor, seja ela inicial (que ocorre na universidade),
profissional e continuada (ambas ocorrem na escola) e reforçar a profissionalização docente – pois não se nasce
professor, tornamo-nos. Ser professor é trabalhar sobre si mesmo, conclui ele.
Referências
ANDRÉ, Marli. Formação de professores: a constituição de um campo de estudos. Educação, Porto Alegre, v.
33, n. 3, p. 174-181, set./dez. 2010
KUENZER, Acácia. Formação de Professores para a Educação Profissional e Tecnológica: perspectivas históricas
e desafios contemporâneos. In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para Educação Profissional e
Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2008, v. 8, p. 67-82.
MACHADO, Lucília Regina de Souza. Formação de Professores para a Educação Profissional e Tecnológica:
perspectivas históricas e desafios contemporâneos. In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para
Educação Profissional e Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2008, v. 8, p. 67-82.
MOLL, Jaqueline. Introdução In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para Educação Profissional e
Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2008, v. 8, p. 67-82.
MOURA, D. H. A rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e a Formação de Professores para a
Educação Profissional In: MEC/INEP. (Org.). Formação de Professores para Educação Profissional e
Tecnológica. 1ª ed. Brasília: MEC/INEP, 2008, v. 8, p. 67-82.
NÓVOA, António, coord. - Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
OLIVEIRA Jr. Waldemar de. A formação do professor para a Educação Profissional de nível médio: tensões
e (in)tenções, 2008.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
URBANETZ, S. T. Uma ilustre desconhecida: a formação docente para a educação profissional. Rev. Diálogo
Educ., Curitiba, v. 12, n. 37, p. 863-883, set./dez. 2012
MARCELO GARCIA, Carlos. Formação de professores. Para uma mudança educativa. Porto Editora, 1999.

84
GEOPOLÍTICA DO PETRÓLEO: PERSPECTIVAS ENERGÉTICAS E
O TÉCNICO EM PETRÓLEO E GÁS NATURAL
Prof.ª Dra. Camila Ribeiro de Oliveira Felix¹,
Davi Monteiro Santos²
Vitória Candido Almeida³

1
Prof.ª IFBA-Simões Filho (Brasil)
2
Estudante Técnico em Petróleo e Gás Natural – IFBA
3
Estudante Técnico em Petróleo e Gás Natural – IFBA
Camila_rib@yahoo.com.br, mont.davi@hotmail.com, vcandalm@gmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico
O petróleo (composto orgânico formado por, principalmente, hidrocarbonetos1) é a matéria-prima mais
utilizada na produção de combustíveis fósseis no Século XXI. Por conta disso, a busca pelo domínio do mesmo é
uma grande discussão mundial envolvendo as grandes potências econômicas – grandes consumidoras – e os
países detentores do óleo – que visam lucros para o seu Estado. É neste último que se encontra o Brasil, como
um país detentor de uma expressiva reserva (17bi de barris em apenas uma rodada de licitação segundo a ANP,
2017) e que utiliza dela para conseguir investimentos de capital estrangeiro e impulsionar o mercado interno,
fazendo manutenção na competitividade de empresas de médio e pequeno porte para gerar empregos e aquecer a
economia da área. Entretanto, ao mesmo passo em que o petróleo trás grandes benefícios, há também ônus em
mesma proporção. Problemas como o descomissionamento e a poluição têm gerado efervescentes discussões em
âmbito mundial.
Com a saída dos EUA (oficializada em junho de 2017) do Acordo de Paris2, o mundo se viu outra vez
perante a problemática da grande emissão de gases a partir da queima de combustíveis fósseis. Esses gases são
os maiores contribuintes para causar o efeito estufa, que por sua vez, gera a mudança climatica, a preocupação
científica da atualidade. A China e os Estados Unidos sozinhos somam 40% de toda formação de gases poluentes
na atmosfera. A China vem se destacando no quesito diminuição de gases enquanto a saída dos EUA do Acordo
foi motivada porque os gastos para a redução seriam muito altos, enfraquecendo o país. Mas, como comprova
um artigo produzido por Marshall Burke (Universidade Stanford – EUA, 2018), os investimentos em tecnologia
evitariam catástrofes mundiais – como ondas de calor e inundações – que poupariam 20 trilhões de dólares.
O start para isso são os investimentos em fontes de energia alternativa. Há grandes perspectivas em
relação a este campo de atuação na classe de energia. Com as pressões das grandes Organizações, o mercado está
se preocupando cada vez mais com sustentabilidade. Exemplo disso é o ganho de mercado dos “HEV” (carros
híbrido-elétricos) que oferecem um gasto menor de combustível, diminuindo consideravelmente a emissão de
gases poluentes e os carros com motor 100% elétrico, que zeram as preocupações com gases, voltando-as apenas
para o descarte do material depois de obsoleto. Além disso, a busca por inovações enérgicas também alcança a
queima de carvão mineral3. A procura por formas que possam substituir essa que, em 2017, ainda permanece

1
São hidrocarbonetos os compostos orgânicos formados por cadeias de carbono e oxigênio que se
arranjam de várias formas. Definição de (SOLOMOS & FRYHLE, 2009).
2
Foi um acordo global aprovado pelos 195 países formadores da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) com o objetivo de responder à ameaça de mudanças
no clima reduzindo a emissão de gases causadores do efeito estufa.
3
A queima desse material é altamente tóxica para o meio. Por conter índices de sulfeto em sua
composição, há grandes riscos de haver reação com o ar ou a água formando ácidos e sulfatos que

85
como a segunda mais utilizada mundialmente esta cada vez maior, gerando grandes investimentos em pesquisas
envoltas das “energias limpas” como a solar, fototérmica e eólica. Nesse cenário, o MSc. Engenharia de Petróleo
Ranielson Prestelo, diz que por conta disso, enquanto o mercado do petróleo está estagnado, o de fontes
renováveis tende somente a crescer, logo, o Técnico em Petróleo e Gás Natural deve se inserir nesse mercado,
visando, além da sua formação na indústria petrolífera, buscar também se especializar em outras áreas.
Contudo, enquanto essas citadas são apenas perspectivas de um futuro próximo, há outros problemas
que devem ser tratados com atenção no agora, sendo um deles o descomissionamento. 4 Essa deve ser uma das
preocupações do técnico e do engenheiro em formação. Essa problemática é bastante recente e sem muitos
antecedentes em todo o mundo. O processo deve ser pesquisado agora para ser aplicado nas plataformas de
campos maduros ou não produtivos e nos que virão pela frente.
Objetivos
O objetivo principal é avaliar a geopolítica do petróleo observando seus desdobramentos ligados à tecnologia e
pesquisa para criar uma perspectiva das competências que o Técnico em Petróleo e Gás Natural formado pelo
IFBA – Campus Simões Filho deve ter para que sua entrada no mercado de trabalho brasileiro seja possibilitada,
quiçá facilitada.
Metodologia
Neste presente ponto, para que se tenha precisão na possível projeção resultante do projeto, a
metodologia utilizada foi a de pesquisa em referencial bibliográfico atual como entrevistas (DESTRI, 2018) e
arquivos do MME – Ministério de Minas e Energia. Com esses dados coletados, houve uma apuração nas
informações obtidas no congresso de formação CONEPETRO – Congresso Nacional de Engenharia de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis – que contou com minicursos importantes como o de “Produção de Petróleo,
Geopolítica e o Futuro da Energia no Mundo” e apresentações de trabalhos acadêmicos via oral e pôster
importantes para a construção do projeto como “O Panorama Atual e as Perspectivas Futuras para as Atividades
de Descomissionamento na Indústria de Petróleo Brasileira”. Além disso, toda construção foi baseada nas
matérias curriculares do curso de Petróleo e Gás Natural do Campus.
Resultados
Os resultantes da pesquisa apresentam uma boa visão para os formandos, apesar do mercado de Petróleo
estar atualmente em inércia, ainda há uma grande gama de atuação para o profissional da área. E, além disso, há
novas áreas no campo da energia se formando, uma grande chance de inserção desses profissionais nesse viés.
Considerações finais
Em suma, ainda é necessária uma disposição maior sobre as questões apresentadas para se construir de
fato uma projeção correta e comprovada sobre o curso e seu potencial. Mas, certamente fica explícito a
necessidade de investimento em pesquisas a fundo sobre os temas apresentados o que já são um prospecto de um
futuro promissor. E, como já é sabido, o Pré-Sal brasileiro ainda tem partes importantes no seu desenvolvimento
a serem vistas, como se é provada na 5ª Rodada de Licitação de Campos que por si só, contém 17 bilhões de
barris a serem extraídos.
Referências Bibliográficas
CONGRESSO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS,
2018, Salvador.
PRESTELO, Ranilson. Produção de Petróleo, Geopolítica e o Futuro da Energia no Mundo. 2018.
Congresso (MSc. Engenharia de Petróleo) Petrobrás.

poluem rios e o subsolo. Ademais, também há a liberação de gases que contribuem para a formação
do efeito estufa.
4
Consiste no processo de desmontagem e desativação de plataformas fixas que engloba engenharia
de planejamento para compor os inúmeros processos que envolvem a remoção dessas plataformas.
(DESTRI, 2018)

86
IDENTIFICAÇÃO DE DESCONTINUIDADES EM JUNTAS SOLDADAS
DE AÇO USANDO INSPEÇÃO ULTRASSÔNICA TOFD E MÉTODO DE
CLASSIFICAÇÃO AUTOMÁTICA
Alan V. S. de Jesus 1 [Maria Cléa S. de Albuquerque 2, Eduardo F. S. Filho3, Ivan C. Da
Silva1, Cláudia T. T. Farias1]
1
Instituto Federal da Bahia (IFBA – Campus Salvador) (Brasil)
2
Instituto Federal da Bahia (IFBA – Campus Simões Filho) (Brasil)
3
Universiade Federal da Bahia (UFBA – Campus Salvador) (Brasil)
vitor95alan@gmail.com, cleaalbuquerque@ifba.edu.br, eduardofsimasf@gmail.com,
ivan.silva@ifba.edu.br, cfarias@ifba.edu.br

Resumo
A técnica ultrassônica ToFD (Time of Flight Diffraction) vem sendo utilizada na inspeção de juntas soldadas
para a detecção e dimensionamento de defeitos. O seu emprego, aliado aos métodos de processamento digital de
sinais e reconhecimento de padrões, possibilita um aumento da confiabilidade na detecção e classificação dos
defeitos. Neste trabalho, a técnica ToFD foi usada para identificar descontinuidades em uma junta soldada de aço
SAE 1020, fazendo-se uso das transformadas de Fourier e wavelet, para o processamento de sinais e de redes
neurais artificiais (RNA), como técnica de classificação de padrões. Os resultados demonstraram que as RNA
foram capazes de classificar de modo satisfatório os defeitos presentes no cordão de solda (falta de fusão, falta
de penetração, inclusão de escória e porosidades). Os melhores resultados foram obtidos quando os sinais foram
processados pela transformada de wavelet, com elevada taxa de acerto para inclusão de escória.
Introdução
A técnica ultrassônica ToFD (Time of Flight Diffraction – Tempo de Percurso da Onda Difratada), entre os
métodos convencionais de inspeção, é a mais adequada para avaliação e dimensionamento de descontinuidades,
e, por este motivo é a mais utilizada na inspeção de cordões de solda [1]. Tem como princípio o fenômeno da
difração de ondas, que faz incidir no interior do material um feixe de ultrassom inclinado em relação à superfície
de inspeção, utilizando diretamente as ondas difratadas e evitando as ondas refletidas [2].

A desvantagem, no entanto, é que a técnica TOFD não identifica qual é o tipo do defeito [3,4]. Com o propósito
de suprir essa limitação, procurou-se, neste trabalho, aliar a este método de inspeção, técnicas de processamento
digital de sinais, como as transformadas de Fourier e wavelet e de classificação automática dos defeitos, como as
redes neurais artificiais (RNA), para identificar descontinuidades em juntas soldadas de aço 1020.

Objetivo
Avaliar o desempenho das RNA, aliadas às técnicas de processamento de sinais, na classificação de defeitos
presentes em juntas soldadas, a partir da inspeção ultrassônica de uma chapa de aço SAE 1020, por meio da
técnica ToFD.

Metodologia
A partir da inspeção ultrassônica, pela técnica ToFD, sobre uma uma chapa de aço 1020, foram obtidas imagens
B-Scan, que é uma representação dos sinais numa imagem em escala de cinza. Na sequência, essas imagens
foram transformadas em sinais A-Scan, que são os sinais ultrassônicos, representados num gráfico amplitude
versus tempo. Visando a classificação automática, foram obtidos 100 sinais A-Scan para quatro classes de
defeitos: falta de fusão (FF), falta de penetração (FP), inclusão de escória (IE) e porosidades (PO). Também
foram adquiridos 100 sinais ultrassônicos para compor uma classe de sinais sem defeito (SD). Na sequência, as
transformadas de Fourier e wavelet foram aplicadas aos sinais A-Scan para extração de características, e assim

87
realizar a classificação automática por meio das redes neurais artificiais. Uma rede foi então criada para
classificar os sinais processados pela transformada de Fourier e outra, para classificar os sinais processados pela
transformada wavelet. O conjunto de sinais foi dividido em três grupos. O primeiro grupo foi o de treino,
responsável por ajustar os pesos sinápticos dos neurônios da rede neural com propósito de generalizar, da melhor
forma possível, os resultados do teste da rede, grupo que revela a eficência da rede. Além desses, há um grupo de
validação, responsável por evitar o sobretreinamento (overfitting) da rede, que faz com que passe a apresentar
resultados fora da realidade. As redes neurais apresentam o resultado da classificação automática por meio de
matrizes de confusão.
Resultados
Através do pré-processamento com a transformada wavelet foi possível obter um maior desempenho médio de
classificação (93,1%). Considerando especificamente as cinco classes de interesse, o processamento com wavelet
melhorou o desempenho de identificação das classes SD (95,06%), FP (89,36%), FF (96,40%) e PO (87,12%).
Através do processamento por transformada de Fourier, apenas a classe IE foi classificada com maior eficiência
(97,50%).
Outro aspecto positivo da aplicação da análise wavelet comparada à Transformada de Fourier foi a redução da
classificação incorreta de amostras defeituosas como sendo sem defeito, 11,8% contra 12,8%. Esse tipo de erro
de classificação representa um problema grave para ensaios não-destrutivos, pois significa que amostras com
potenciais defeitos não são identificadas pelo sistema de classificação.
Considerações finais
Neste trabalho, a técnica ToFD foi utilizada para identificação de defeitos, como porosidades, inclusão de
escória, falta de fusão em juntas soldadas, utilizando técnicas de processamento digital de sinais, como as
transformadas de Fourier e wavelet e de classificação de padrões, como as RNA. Observou-se
experimentalmente que o desempenho da rede foi melhor quando alimentada pelos sinais processados pela
transformada wavelet.

Referências Bibliográficas
[1] KACZMAREK, K., KACZMAREK, R. &AMP; S!ANIA, J. “Interpretation of Indications Generated by
Small Welding Discontinuities in Ultrasonic Time of Flight Diffraction Technique”. Journal of Nondestructive
Evaluation, (2018) 37: 45. < https://doi.org/10.1007/s10921-018-0504-2>.
[2] QINGBANG, H., PENG, W., HAO, Z. Modified ultrasonic time-of-flight diffraction testing with Barker
code excitation for sizing inclined crack. Applied Acoustics, 140, (2018), 153–159. <
https://doi.org/10.1016/j.apacoust.2018.05.023>.
[3] JESUS, A.V.S., BRITTO, L. M., COSTA, N. S., ALBUQUERQUE, M. C. S., FILHO, E. F. S., SILVA, I.C.,
FARIAS, C. T. T. Detecção de Descontinuidades em Cordões De Solda Utilizando a Técnica Ultrassônica ToFD
e Classificação de Defeitos Através de Árvores de Decisão e Redes Neurais Artificiais. In ConaEnd&lev 2018,
São Paulo.
[4] OLIVEIRA, M. A.; SILVA, L. C.; SIMAS FILHO, E. F.; SILVA, I. C.; ALBUQUERQUE, M. C. S.;
FARIAS, C T. T. Detecção de “Novidades” na Classificação de Defeitos em Junta Soldada de Aço SAE
1020. In ConaEnd&lev 2016, São Paulo.

88
I!"#$%&$'() *+ ,!$ !-./)0+/$'() +1), !-%-0+/$'() *+ +%+/0-$
2)&)3)#&$-.$ 0+/$*$ %) -24$ .$!",5 5-!6+5 2-#7) 8 -%&+0/$%*) )5
$#,%)5 *+ +#+&/)!+.9%-.$ +! ,!$ %)3$ "/:&-.$ "+*$0;0-.$
¹Priscila Souza< Marcelo Bomfim Reis dos Santos =
1
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Sim!es Filho, Brasil
2
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Sim!es Filho, Brasil
ifbasimoesf@gmail.com, marcelobomfim@ifba.edu.br,

Resumo
Introduç>o1Referencial Te?rico@
O! Brasil! enfrenta! hoje! uma! grave! crise! energética!que!h !tempos!vem!nos!tirando!o!sono,!visto!que,!em!
decorrência! do! baixo! n"vel! dos! reservat#rios! de! recursos! h"dricos! para! gerar! energia,! o! governo! faz! o! uso! de!
alternativas!para!essa!geraç$o!um!pouco!mais!cara!que!a!convencional!hidroelétrica,!ocasionando!desta!forma!um!
aumento! nas! contas! de! energia! dos! contribuintes! através! das! taxas! acrescentadas! nas! contas! de! energia!
chamadas!de!“bandeiras”.!!
Para! aumentar! a! oferta! de! potência! e! diminuir! esse! problema,! ou! san -lo,! a! busca! por! novas! fontes!
geradoras! de! energias! torna! cada! vez! mais! necess ria,! sendo! assim,! a! fonte! fotovoltaica,! ou! popularmente!
chamada! de! fonte! solar,! é! uma! boa! opç$o,! no! entanto! o! custo! para! a! compra! de! material! essencial! para! colocar!
essa!fonte!de!energia!em!funcionamento!ainda!é!cara,!porém!a!longo!prazo,!o!custo!benef"cio!se!torna!vi vel.!
!

Objetivos@
Esse! trabalho! tem! como! objetivo! principal! propiciar! ao! IFBA,! Campus! Sim%es! Filho,! uma! reduç$o!
significativa! em! sua! conta! de! energia! elétrica,! dispondo! de! uma!fonte!renov vel!na!geraç$o,!em!parceria!com!os!
pr#prios! alunos! do! campus,! especificamente! do!Curso!Técnico!em!Eletromecânica,!e!em!contrapartida,!estudar!a!
viabilidade!de!ofertar!o!excedente!para!os!habitantes!que!moram!pr#ximo!do!campus!fazendo!um!papel!social.!
Faremos! um! trabalho! com! os! alunos! de! eletromecânica! tanto! integrado,! como! o! subsequente! trazendo!
para! esses! discentes! uma! pr tica! pedag#gica! diferente! daquelas! feitas! no! laborat#rio,! uma! mais! parecida! com! a!
que! ele! encontrar$o! na! ind&stria,! onde! eles! ir$o! colocar! à! prova!tudo!o!que!aprenderam!durante!todo!o!curso!em!
um!local!que!simular !uma!empresa!geradora!de!energia,!nesse!caso,!uma!que!tem!uma!geraç$o!sustent vel.!
!
!
Metodologia@
Ser$o! ministradas! aulas! referente! a! dimensionamento! e! instalaç$o! de! placas! fotovoltaicas.! Essas! aulas!
tem! como! objetivo! principal! apresentar! ao! aluno! uma! parte! te#rica! do! projeto,! facilitando! assim! as!pr ticas!que!
eles! ter$o.! As! aulas! ser$o! ministradas!de!forma!discursivas,!debates!e!apresentaç%es!de!material!utilizados!para!a!
instalaç$o! de! placas! fotovoltaicas.! No! final! das! aulas! os! alunos! de! eletromecânica! ficar ! incobido! da! miss$o!de!
dimensionar,! instalar! e! manter! essa! “microempresa”,! objetivando! um! aprendizado! "mpar! e! mais! real! nas! suas!
carreiras!técnicas.!
!
!

89
!
Resultados@
Os! resultados! ser$o! muito! satisfat#rios,! visto! que! o! custo! de! energia! do! IFBA! Campus! Sim%es! filho!
poder ! diminuir! significativamente,! além! disso! trar ! benef"cios! aos! alunos,! concretizando! uma! experiência!
substancial! de! pr tica! na! ind&stria! e! a! comunidade! circunvizinha,! onde! o!excedente!gerado,!por!essa!fonte!solar,!
poder !beneficiar!a!populaç$o!no!entorno!do!campus.!!
!
ConsideraçAes finais@
Hoje! no! Brasil!cresce!muito!o!interesse!em!energia!sustent vel!e!como!o!IFBA!é!uma!escola!técnica!n$o!
poderia! ficar! para! tr s,! por! isso! temos! que! ir! a! favor! da! corrente! que! se! mostra! favor vel! e! promissora.! Essa!
microgeraç$o! ter ! primeiro! uma! proposta! sustent vel! e,! além! disso,!empreendedora,!para!logo!a!seguir!vim!com!
uma! proposta! pedag#gica! e! comunit ria! fazendo! o! papel! institucional! na! formaç$o! de! profissionais! com! um!
pensamento!social!mostrando!que!o!IFBA!é!uma!instituiç$o!antenada!no!novo.!!
!
Referências@!
1. ANNEL.!!Geraç>o DistribuEda@ Micro! e! Minigeraç$o! Distribu"das.! 2015.! Dispon"vel! em:!
<http://www.aneel.gov.br/geracao-distribuida>.!Acesso!em:!20!set.!2018.!
!
2. A.FARRET,! Felix.!!Fproveitamento de pequenas fontes de energia elétricaH 2.! ed.! Santa! Maria:!
Ufsm,!2010.!242!p.!
!
3. HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin H.; REIS, Lineu Belico dos. Energy: its use and
the environment: tradução técnica: Lineu Belico dos Reis; Energia e meio ambiente. 2.
ed. São Paulo: Thomson, 2011. 708 p. Tradução da 4ª edição norte-americana.

90
INCLUSÃO DO SITEMA DE EDUCAÇÃO DE EDUCAÇÃO BILÍNGUE (LÍNGUA PORTUGUESA E
LIBRAS) NAS ESCOLAS MUNICIPAIS MUNICIPAIS DE SIMÕES DE SIMÕES: DESAFIOS E
PERSPECTIVAS PARA IGUALDADE

Fabrício Mota¹, Luciane Oliveira¹, Adrian Sacramento², Amanda Santos² e Camila de


Santana².
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia- Campus Simões Filho¹.
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia- Campus Simões Filho²
Fabriciosmota@gmail.com, luciane.oliveira@ifba.edu.br, Dico832@gmail.com,
Camilasant71@gmail.com e Amandasantos1803@gmail.com

Resumo

O DECRETO N° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, prevê a implementação da Língua de


Sinais apenas para os cursos de formação de professores para exercício do magistério, para o
médio e superior. O presente projeto de pesquisa visa a inclusão do indivíduo surdo na
sociedade através da promoção de diálogos com outras comunidades escolares sobre a
importância do estudo da LIBRAS. Fundamentado em uma metodologia qualitativa, pretende-
se utilizar formulários com questões à cerca da Língua Brasileira de Sinais e pesquisas baseadas
nas políticas públicas relacionadas a esse tema visando construir um mapa com diversas
informações. Diante disso, é indubitável que há um déficit no sistema de ensino das redes
municipais do nível fundamental. Atentando-se ao princípio de equidade, reconhecemos que
os desafios presentes na formação educacional do surdo são incomparáveis aos de uma
pessoa ouvinte e por isso deve-se ter uma atenção maior com essas pessoas, tornando as
perspectivas da comunicação mais agradáveis com os mesmos. Já é assegurada pelo
legislativo a inserção da pessoa surda dentro das comunidades escolares, paralelo a este
aspecto, os estudos sobre a Língua de Sinais (LS) reconhecem a necessidade de os alunos com
essa limitação aprenderem esta língua nos diversos contextos de suas vidas, entre eles, a
escola. Entretanto, ainda não aconteceram mudanças curriculares significativas na Educação
Básica. A LIBRAS ainda é uma disciplina à parte da grade curricular na maioria das escolas e
muitas vezes é compreendida como instrumento de comunicação entre os surdos e não uma
disciplinas como as demais. Alicerçado na Lei n°. 10.436, de 24 de abril de 2002, reconhecendo
a LS como língua oficial dos surdos. A inclusão do indivíduo surdo na sociedade através da
promoção de diálogos com outras comunidades escolares sobre a importância do estudo da
LIBRAS. Pretendendo fomentar o interesse da população ouvinte propondo oficinas integradas
com o uso de uma plataforma virtual, particularmente entre alunos das escolas municipais de
Simões Filho, com o seguinte questionamento: “Como podemos romper as barreiras que
impedem a comunicação com essa minoria excluída da população?”, tendo em vista que a
comunidade surda fica inviabilizada de ter acesso à inclusão plena, às informações de caráter

91
sociais, econômicas, educacionais e culturais, além de serem isolados do público ouvinte.
Fundamentado em uma metodologia qualitativa, pretende-se utilizar formulários com
questões a cerca da Língua Brasileira de Sinais e pesquisas baseadas nas políticas públicas à
cerca desse tema visando construir um mapa sobre as diversas informações a respeito do
tema em foco. Concluímos que a escola tem de se tornar uma comunidade bilíngue, com
livros, filmes e outros materiais adaptados, sinalizações nas duas línguas, oportunidades de
trabalho a funcionários surdos e realização de palestras e cursos de LIBRAS a todo. Portanto,
visando nesse resultado que desejamos, da escola se tornar uma comunidade bilíngue, com
livros, filmes e outros materiais adaptados, sinalizações nas duas línguas e realização de
palestras e cursos de LIBRAS a todos, é que acreditamos que o primeiro passo é investir em
formação de educadores, fazendo com que a libras seja parte do cotidiano, não se restringindo
à sala de AEE. Enquanto o país postergar a adoção de tais medidas, a inclusão desses
estudantes existirá apenas no discurso.

Referências
CARDOSO, Fernando Henrique. Presidência da Republica, Casa Civil. Regulamento, Língua
Brasileira de Sinais.
HADDAD, Fernando. Presidência da Republica, Casa Civil. Decreto da lei de LIBRAS.
SALLA, Fernanda. Ninguém fala a mesma língua sobre a alfabetização de surdos. Nova Escola.
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1767/ninguem-fala-a-mesma-lingua-
sobre-a-alfabetizacao-de-surdos

92
INSPE!"O DO LABORAT#RIO DE ELETROT$CNICA COM O
ENFOQUE NA LUMINOT$CNICA
¹Priscilla Souza ¹Daiene Lima da Silva Santos, ²Maria Carolina de Almeida Santos Rosa
1
Docente IFBA (Brasil)
²Estagi!ria IFBA (Brasil)
3
Estagi!ria IFBA (Brasil)
E-mails: ifbasimoesf@gmail.com, enny_santtos@gmail.com, mariac.asr@outlook.com

Resumo
Introduç%o/ Referencial Te&rico
Poucos! sabem! que! a! primeira! lâmpada! a!ser!utilizada!n o!foi!a!desenvolvida!por!Edison.!No!final!do!século!XIX!
j"! existia! um! tipo! de! iluminaç o! p#blica! que! era! feita! a! base! de! eletrodos! de! carv o! que!eram!disposto!um!bem!
perto! do! outro,! isso! por! que! os! eletrodos! quando! pr$ximos! formavam! descargas! elétricas.! Essa! lâmpada! foi!
chamada!de!lâmpada!de!arco,!pois!ela!conseguia!produzir!uma!luz!intensa!muito!branca.!Essa!lumin"rias!também!
eram!utilizadas!em!far$is!de!navegaç o,!entre!outras!aplicaç%es.!

Objetivos
1. Desenvolver! um! projeto! de! Luminotécnica,! visando! uma! melhoria! da! qualidade! do! laborat$rio! 4!
(Eletrotécnica)! do! pavilh o!acadêmico!do!Instituto!Federal!de!Educaç o,!Ciência!e!Tecnologia!da!Bahia!
–! Campus! Sim%es! Filho/! BA! e! buscando! atender! as! especificaç%es! da! Norma! Brasileira! 5413/1992!
sobre!Iluminância!de!Interiores.!
!
2. Atender! as! especificaç%es! das! Instalaç%es! Elétricas! de! Baixa! tens o,! que!se!refere!ao!dimensionamento!
de!pontos!de!iluminaç o,!dispostas!na!Norma!Brasileira!5410/2008.!

Metodologia
A! principal! ferramenta! utilizada! foi! a! Norma! Regulamentadora! 5413/1992! aplic"vel! a!Iluminância!de!Interiores!
que! continha! toda! informaç o! técnica! necess"ria! para! prosseguir! com! o! projeto,! logo! para! dar! continuidade!
dividiu-se!em!etapas,!tais!como:!!
1. Desenvolvimento!de!um!cronograma!de!trabalho;!
2. Reuni%es!com!enfoque!nas!pesquisas!para!desenvolver!o!conhecimento;!!
3. Desenhar!e!elaborar!o!layouts!do!laborat$rio;!!
4. Dimensionamento!de!pontos!de!iluminaç o!de!acordo!com!a!Norma!Brasileira!5410/2008;!
5. Mediç%es!da!iluminância!através!do!instrumento!Lux&metro;!
6. C"lculo!do!Fluxo!Luminoso;!
7. An"lise! e! comparaç o! dos! dados! medidos,! para! averiguar! se! houve! conformidade! com! a! NBR!
5413/1992;!
As! etapas! mencionadas! foram! realizadas! entre!as!estagi"rias!deste!projeto!ao!qual!possu&am!todo!suporte!técnico!
necess"rio,! ferramentas! e! utens&lios! que! foram! essenciais! para! as! mediç%es! e! an"lises,! tais! como! o!
aperfeiçoamento!das!ideias,!entre!eles!usamos!o!software! SketchUp!a! norma!NBR!5413/1992!e!orientaç%es!com!
a!coordenadora!de!Eletromecânica!e!orientadora!de!est"gio.!

93
Resultados

Através! da! mediç o! da! "rea! do! laborat$rio,! encontrou-se! 109,28! metros! quadrados.! Para! este! valor! de! "rea! s o!
necess"rios! 18! pontos! de! luz,! porém!s$!s o!dispostas!12!lâmpadas.!O!ch o!e!a!parede!s o!de!média!refletância,!o!
teto,! porém,! possui! alta! refletância.! As! mediç%es! realizadas! com! o! lux&metro! no! laborat$rio! IV!indicaram!que!a!
iluminância! maior! é! verificada! pela! manh ,! à! tarde! o! valor! sofre! uma! leve! queda! e! à! noite! sofre! uma! queda!
brusca.! Através! dos! c"lculos!luminotécnico!verificou-se!que!a!demanda!do!laborat$rio!é!de!73.393!l#mens!sendo!
que! o! fornecido! pelas! lâmpadas! é! de! 9.720! l#mens.! Infelizmente,! foi! constatado! a! n o! conformidade! de!
iluminância! neste! laborat$rio,! o! que! dificulta! a! aprendizagem! dos! alunos,! além! de! provocar! uma! sensaç o! de!
desconforto,! cansaço! ou! fadiga,! por! estes! necessitar! de! um! esforço! maior! para! a! visualizaç o! e! pr"tica! das!
atividades!propostas.!!

Consideraç'es Finais
O! laborat$rio! IV! (de! eletrotécnica)! do! IFBA! Sim%es! Filho,! local! onde! é! realizado! aulas! te$ricas! de!instalaç%es,!
comandos! elétricos! e! manutenç o! II! como! também! aulas! pr"ticas! de! m"quinas! elétricas! e! medidas! elétricas,!
passou! pelo! processo! de! implementaç o! de! lâmpadas! led! para! o! sistema! de! iluminaç o! em! busca! da! eficiência!
energética,! visto! que! as! lâmpadas! s o!respons"veis!em!média!de!25'!do!consumo!de!energia!de!uma!edificaç o.!
Entretanto,! antes! de! substituir! as! lâmpadas,! o! projeto! luminotécnico! deve! ser! realizado! a! fim! de! fornecer! ao!
ambiente! a! iluminaç o! suficiente! e! confort"vel! para! a! realizaç o! de! trabalhos.! Desenvolver! Projeto!
Luminotécnico! e! Diagn$stico! Energético! tem! o! objetivo! de! verificar! se! a! iluminância! média! fornecida! pelas!
novas! lâmpadas! atende! à! norma! brasileira! regulamentadora! n°! 5413/1992,! bem! como! propor! medidas! que!
harmonizem!à!viabilidade!técnica-financeira.!!
!
!
Referências Bibliogr(ficas
ABNT,! Associaç o! Brasileira! de!Normas!Técnicas.!Iluminância de Interiores 5413/1992. Rio!de!Janeiro,!Maio!
de!1991.!
ABNT,! Associaç o! Brasileira! de! Normas! Técnicas.! Instalaç'es Elétricas de Baixa Tens%o. Rio!de!Janeiro,!17!
de!Mar!de!2008.!
Viva! Decora.! Como calcular a luz? Aprenda a fazer um c(lculo luminotécnico r(pido e simplificado.!
Dispon&vel! em:! <https://www.vivadecora.com.br/pro/iluminacao/calculo-luminotecnico/>.! Acesso! em:! 14! set.!
2017.!
!

94
INSTALA!"ES EL#TRICAS RESIDENCIAIS: A IMPORT$NCIA DAS
AULAS PR%TICAS NO CURSO T#CNICO EM ELETROMEC$NICA
NO IFBA CAMPUS SIM"ES FILHO.

Priscilla Souza Neves1, Vagner Nascimento da Silva 2


1
Instituto Federal de Educa!"o, Ci#ncia e Tecnologia da Bahia Campus Sim$es Filho (Brasil)
2
Instituto Federal de Educa!"o, Ci#ncia e Tecnologia da Bahia Campus Sim$es Filho (Brasil)
ifbasimoesf@gmail.com, vnsvagner@hotmail.com

Resumo

Introduç&o/Referencial Te'rico
Apesar de possuir leis e normas para gerir de maneira adequada os riscos em eletricidade, o Brasil
possui um elevado !ndice de acidentes envolvendo esse bem de consumo t"o importante para o nosso
desenvolvimento e conforto. O nordeste segue sendo a regi"o com maior !ndice de acidentes envolvendo
eletricidade. Como a fiscalizaç"o é pequena e a renda também, acabam por n"o contratar profissionais
qualificados para a realizaç"o de uma instalaç"o elétrica, o que acarreta em instalaç#es de baixa qualidade e
inseguras, culminando em acidentes, segundo a ABRACOPEL, 2018.
O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura – IDBA, lista doze erros que comprometem a
instalaç"o elétrica de uma residência, dos quais onze s"o de responsabilidade do profissional contratado para a
execuç"o da instalaç"o elétrica e, o outro, é do contratante por n"o contratar um profissional capacitado e
qualificado para tal atividade. Fica claro com o exposto acima, que os profissionais mal treinados e mal
preparados para lidar com as instalaç#es elétricas comprometem n"o s$ o correto funcionamento da instalaç"o
com também a segurança das pessoas as deixando expostas aos riscos que a eletricidade traz consigo. (IBDA
2018).
Sendo assim, é de suma importância a formaç"o dos profissionais que lidam com eletricidade, seja na
ind%stria ou nas residências, leve em conta a realidade que ir"o se deparar na execuç"o de tais atividades. Diante
disso, as aulas pr&ticas n"o devem ser feitas de maneira tradicional com pequenos circuitos de tomada e
iluminaç"o e um ou outro problema, n"o levando em consideraç"o as dimens#es das edificaç#es, por exemplo.
Mas devem ser dinâmicas e mais pr$xima da realidade poss!vel de uma residência e das dificuldades de
elaboraç"o do projeto da instalaç"o e da sua execuç"o.

Objetivos
Analisar as condiç#es das aulas pr&ticas da disciplina de instalaç#es elétricas prediais e propor
adaptaç#es que venham a colaborar com o ensino pr&tico da disciplina em quest"o.

Metodologia
Para essa iniciativa, a metodologia empregada ser& realizar um levantamento bibliogr&fico sobre
instalaç#es elétricas residenciais, sobre metodologias ativas de aprendizagem, analisar o ambiente da Casa

95
Experimental e realizar visita técnica ao laborat$rio de instalaç#es elétricas do campus do IFBA Sim#es Filho
para uma avaliaç"o did&tica.
Resultados
Os resultados esperados com esse trabalho s"o: a implementaç"o das metodologias ativas de
aprendizagem nas aulas pr&ticas da disciplina de Instalaç#es Elétricas Prediais que proporcionar& uma melhor
formaç"o dos alunos do curso técnico em Eletromecânica do IFBA Campus Sim#es Filho, além da
implementaç"o de dispositivos did&ticos na Casa Experimental.

Consideraç(es finais
As instalaç#es elétricas residenciais fazem parte do dia a dia das pessoas atendendo as mais variadas
demandas impostas pelos dias atuais, bem como proporcionando conforto. Por esses motivos as instalaç#es
devem ser feitas por profissionais competentes, capacitados e qualificados que ser"o capazes de execut&-las
seguindo as normas técnicas vigentes.

Referências Bibliogr)ficas
1. Lima filho, Domingos Leite. Projetos de Instalaç#es Elétricas Prediais. 12° Ediç"o. – S"o Paulo: 'rica,
2011. – (Coleç"o Estude e Use. Série Instalaç#es Elétricas).
2. Morais, V. C. Eletricista instalador. 1° Ed. – Santa Cruz do Rio Pardo, SP: Editora Viena, 2013. –
(Coleç"o premium).
3. Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necess&rios à pr&tica educativa. 50° Ediç"o – Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 2015.
4. ABRACOPEL. Anu&rio Estat!sticos Abracopel de Acidentes de origem Elétrica 2018.
5. INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO DA ARQUITETURA. 12 Erros que
Comprometem a Instalaç"o Elétrica de uma Residência. Obtido via
internet:<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=28*Cod=2049>. Acesso em 30 de
setembro de 2018.

96
A INTRODU!"O DE ESP#CIES EX$TICAS NA FLORA BRASILEIRA
Breno Rodrigues Carvalho1, Walisson Santos Oliveira1, Ana L%dia Santana dos Santos1,
Victo Cézar Bastos Moraes1, N&bia Costa Nascimento¹
1
Instituto Federal de Educa!"o, Ci#ncia e Tecnologia da Bahia- Campus Sim$es Filho - Brasil

Introduç'o/Referencial Te(rico:
Com o intuito de tornar o Brasil “habit!vel”, in"meras espécies ex#ticas de animais e plantas foram
introduzidas nos biomas brasileiros durante o processo de colonizaç$o com a finalidade de subsistência ou por
interesse comercial. Essas espécies ex#ticas, uma vez adaptadas aumentaram as fontes de nutrientes dispon%veis
para os habitantes permitindo assim um aumento da densidade populacional. Além disso, essas espécies atuaram
diretamente sobre os ecossistemas, modificando-os e, às vezes, simplificando-os drasticamente, como por
exemplo a pr!tica da monocultura. O grande reino neotropical da natureza foi transformado para sempre. Entre
as espécies frut%feras que mais se adaptaram ao clima brasileiro est$o as de origem Asi!tica e Africana. Neste
per%odo, os tratamentos médicos também utilizavam plantas medicinais, algumas foram introduzidas, outras
começaram a ser utilizadas graças ao conhecimento ind%gena. Muitas amostras também foram levadas da
América, a curiosidade dos europeus pelos exemplares da fauna e da flora do novo mundo desencadeou o
per%odo da hist#ria do planeta em que houve o maior fluxo de espécies entre os continentes. No entanto, devido
as caracter%sticas tropicais e o desconhecimento da hist#ria do per%odo colonial e imperial do Brasil, muitas
pessoas acreditam que v!rias espécies estrangeiras s$o pertencentes à América do Sul.

Objetivos:

O IFBA de Sim&es Filho, localizado dentro de uma !rea de proteç$o ambiental, a APA Joanes-Ipitanga,
que comporta a nascente do Rio Ipitanga, apresenta uma !rea dotada de uma mata de sucess$o secund!ria,
fazendo parte de sua flora espécies ex#ticas e nativas. O principal objetivo deste trabalho consiste em realizar um
estudo etnobiol#gico das espécies aut#ctones da flora brasileira e as espécies al#ctones encontradas na APA
Joanes- Ipitanga com um viés hist#rico e biogeogr!fico.

Tal espaço e espécies catalogadas, comuns ao cotidiano do instituto, mas ocultos em sua riqueza de
informaç&es, podem ser utilizados para ilustrar aulas de hist#ria, biologia e geografia para estudantes do pr#prio
campus e para convidados de outras instituiç&es de ensino, tornando este ambiente uma sala de aula à céu aberto.
Além desta possibilidade, o material coletado e preservado como folhas, flores e sementes, também ser$o
utilizados em exposiç&es itinerantes sobre a hist#ria da influência humana na composiç$o da flora brasileira.

Metodologia

A metodologia deste trabalho comporta três etapas principais: 1 - catalogaç$o das espécies de plantas
frut%feras e medicinais existentes na APA pr#xima ao IFBA-SF; 2 - pesquisa e elaboraç$o de fichas técnicas que
apresentar$o dados biogegr!ficos e hist#ricos de cada espécie e 3 – construç$o de placas de identificaç$o que
ser$o acompanhadas com o seu respectivo c#digo QR dando acesso às informaç&es pesquisadas.

Resultados:

Este projeto est! em andamento, mas j! foram realizadas 3 visitas à campo e identificada 32 espécies
frut%feras e 23 espécies medicianais. Foram realizadas coletas de folhas e flores de plantas medicinais com a
finalidade de preserva-las na forma de exsicatas. As fichas técnicas e as placas de identificaç$o est$o em
elaboraç$o.

97
Consideraç)es finais

Espera-se que futuramente o espaço pr#ximo aos prédios do IFBA - Sim&es Filho torne-se um arboreto,
ambiente de ensino hist#rioco biogeografico aberto à visitaç$o de escolas do ensino fundamental e médio, como
também um ambiente de pesquisa. Além Outra pretens$o é conseguir conscientizar alunos, servidores e
visitantes sobre a importância de se conservar espaços verdes e !reas de preservaç$o, n$o apenas pela vasta
riqueza, mas também como uma forma de amenizar os problemas causados pela atividade antr#pica.

Referências Bibliogr*ficas

DEAN, Warren. A botânica e a pol%tica imperial: Introduç$o e adaptaç$o de plantas no Brasil colonial e imperial.
Instituto de estudos Avançados da Universidade de S$o Paulo. Dispon%vel:
file:///D:/IFBA'202018/Projeto'20universais'20-'20Exposiç$o'20hist#rico-
botânica/deanbotanicaimperial.pdf. Acesso em: 15/03/2018.

DEAN, Warren. A botânica e a pol%tica imperial: Introduç$o e domesticaç$o de plantas no Brasil. Estudos
Hist#ricos, Rio de Janeiro, Vol. 4, n 8 1991. P. 216 – 228. Dispon%vel em:
file:///C:/Users/Nubia/Downloads/2318-3797-1-PB.pdf. Acesso em: 16/03/2018.

RICKLEFS, Robert E. Economia da Natureza. Ed. Guanabara, 1996, 256p.

98
JOVENS CONECTADOS: NOVAS FORMAS DE APRENDIZAGEM
Romilson Lopes Sampaio1 , Ana Rita Silva Almeida 2
1
IFBA – Campus Salvador (Brasil)
2
IFBA – Campus Simões Filho (Brasil)
E-mails [romilson@ifba.edu.br, ana.chiara@ifba.edu.br]

Resumo
Introdução
As tecnologias fazem parte do nosso dia a dia mesmo que essa presença não seja percebida. Do mesmo modo, as
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) estão integradas de tal maneira ao nosso cotidiano,
que já podem ser encontradas em todas as instancias sociais, seja na família, no trabalho ou mesmo na escola.
Diversos autores (SILVEIRA et al, 2006; HAETINGER et al, 2006; VALENTE, 1999) também têm se preocupado
com a inserção e boa utilização pela escola das tecnologias disponíveis na nossa sociedade. A integração dos
recursos tecnológicos na dinâmica escolar deve, antes de tudo, ser planejada e estar associada a um bom programa
escolar, pois o seu uso exige tanto uma formação de professores voltada para o “manuseio de tecnologias” quanto
para a seleção, organização e domínio dos conteúdos a serem ministrados. Na opinião de Almeida & Fonseca Jr:
as escolas que têm um plano pedagógico ruim usarão a tecnologia (qualquer que seja ela) para fazerem o
seu trabalho de forma ainda pior, pois a tecnologia não conserta nada, não inventa consistência para um
programa de baixa qualidade educacional. Ela apenas potencializa o que existe (2000, p. 11).

É notório a crescente utilização das tecnologias digitais como instrumentos mediadores seja no ensino quanto na
aprendizagem, pois percebemos crianças, jovens e adultos realizando seus afazeres concectados ao celular ou
computador. Notadamente, é visivel entre os adolescentes o uso da tecnologia móvel no ambiente escolar, leia-se
biblioteca, sala de aula, corredores, escadas, para estudar, interagir ou divertir-se. A partir desta contextualização,
nosso objeto de interesse foi buscar entender como as TDIC estão auxiliando o processo de aprendizagem dos
estudantes do ensino médio de uma instituição federal? Procuramos também conhecer, de acordo com o olhar
dos estudantes, qual o impacto das TDIC no seu desempenho escolar?
Procedimento Metodológico
A pesquisa apresentou um cunho quantitativo/qualitativo e os procedimentos de coleta de dados envolveram dois
instrumentos distintos: a observação e um questionário. Os sujeitos da investigação foram os estudantes
adolecentes dos cursos de educação profissional técnica de nível médio na forma integrada de uma escola pública.
Inicialmente, foi feita a observação dos estudantes, durante a utilização do laboratório de informática. Após o
período de observação, foi aplicado o questionário. Optou-se coletar os dados nas salas de aula e, com a permissão
do professor, submeter o questionário aos respectivos estudantes. Foram observados 42 estudantes que utilizaram
o laboratório de informática no mês em que a pesquisa foi realizada, no entanto, conseguiu-se aplicar o questionário
a apenas a 22 sujeitos.
Dos 22 estudantes que responderam ao questionário, 12 eram do gênero masculino e 10 do gênero feminino. A
idade desses estudantes variou entre 15 e 19 anos e estes pertenciam a 8 diferentes cursos de educação profissional
técnica de nível médio na forma integrada da instituição.
Resultados
De acordo com as respostas contidas nos questionários, foi possível confirmar que as TDIC são uma realidade na
vida dos estudantes. Ao serem questionados sobre o acesso as ferramentas digitais, todos afirmaram ter, em casa,
pelo menos uma TDIC (Computador Desktop, Tablet, Smartphone e/ou Notebook).
Já com relação ao local de acesso à internet, segundo a maioria dos estudantes, o principal lugar é a própria
residência, equivalendo a 72,7 % do total seguido de somente 27,3 %, que tem a escola como principal local de
conexão. Quanto a duração de uso da internet na jornada, foi possível verificar que 81,8 % dos estudantes

99
permanecem conectados, diariamente, à internet por pelos menos 2 horas ao dia e destes, 13,5 % ficam mais de 6
horas por dia conectados, indicando uma alta taxa de acesso diário à rede mundial de computadores.
Quando questionados sobre os motivos de utilização da internet, a maioria dos estudantes indicou a pesquisa e os
trabalhos escolares como sendo o principal, como pode ser visto no quadro 01.
Quadro 01
Motivos de utilização da internet e do laboratório de informática da instituição
Qual o motivo de você ter utilizado o laboratório de
Para que você utiliza a internet?
informática da instituição?

Quantidade Quantidade

Pesquisa e trabalho 20 Fazer trabalhos 19

Acesso a redes sociais 16 Estudar 9

Entretenimento (Ouvir
16 Lazer 5
música, assistir filmes, jogar)

Outros – Elaborar listas de exercício


1
para grupo de estudo online

Pode-se perceber que os estudantes têm utilizado a internet para diversas ações, dentre as quais foram destacadas:
a pesquisa e o trabalho escolar; o acesso às redes sociais e o entretenimento. Com relação ao laboratório de
informática a grande maioria dos estudantes afirmou ter ido ao mesmo com o intuito de fazer os trabalhos escolares
e/ou estudar e apenas 5 estudantes afirmaram ter ido ao laboratório com o intuito de lazer.
Ao serem questionados se acreditam que grupos de estudo online ajudam os estudantes a ter um melhor
desempenho em avaliações, 16 estudantes (72,7 % do total) consideraram que utilizar esses grupos é muito
importante. Observemos os depoimentos a seguir:
Por ter um amplo material na internet em que todos estão conectados (estudante 1).
Porque outros colegas podem te ajudar com suas dúvidas (estudante 4).
Porque há a possibilidade de troca de conhecimento mesmo a longa distância (estudante 15).

É possível perceber, de acordo com os relatos anteriores, que os grupos de estudo online auxiliam os estudantes
por permitir estar em contato com outros colegas, possibilitando a troca de informações, além de permitir encontrar
materiais de estudo disponíveis na internet e compartilhado pelos colegas.
Considerações finais
Os resultados revelaram que a utilização das TDIC, por parte dos estudantes, é cotidiana e seu uso no universo
escolar pode despertar o interesse destes e aproximá-los dos professores e da instituição escolar, permitindo um
maior aprendizado dos assuntos discutidos em sala de aula. Ademais, essas tecnologias tem se mostrado essenciais
para os estudantes, que as tem utilizado para estudar em grupo mesmo à distância e cumprir suas atividades
escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA F. J.; Fonseca Jr.. F. M. Proinfo: Projetos e ambientes inovadores. Brasília: Ministério da Educação,
Seed, 2000.
HAETINGER, D. et al. Formação de professores e práticas pedagógicas no contexto escolar das séries iniciais.
Revista novas tecnologias na educação, 4, 1-10, 2006.
SILVEIRA, A. M. et al. Desenvolvimento de um objeto de aprendizagem sobre a poluição global. Revista novas
tecnologias na educação, 4, 2006. Acesso em 04/03/2012. Disponível em:
http://seer.ufrgs.br/renote/article/download/14292/8208.
VALENTE, J. A. Informática na educação no Brasil: análise e contextualização histórica. In: Valente. J. A. (org.).
O computador na sociedade do conhecimento. Campinas, SP:UNICAMP/NIED, p. 1-28, 1999.

100
MAPEAMENTO DO CAMPO RELIGIOSO DO IFBA - SIM!ES FILHO

Prof." Me. Solange Dias de Santana Alves 1, Mirian Souza Fonseca 2 , Gabriele Oliveira 3
1
Prof! IFBA-Sim"es Filho (Brasil) (Orientadora)
2
T#cnica em Petr$leo e G%s Natural- IFBA Licencianda em Teatro- UFBA (Brasil)
3
T#cnica em Petr$leo e G%s Natural- IFBA Licencianda em Geografia- UFBA (Brasil)

sdsalves@gmail.com, Mirian.fonseca97@gmail.com, Gabryelli_oliveira@outlook.com

Resumo

O fenômeno religioso est! longe de ter um espaço subalterno na vida das pessoas. A Hist"ria demonstra que
homens e mulheres buscam a experiência com o sagrado e, por isso mesmo, a religi#o é um elemento importante
da cultura. “As religi$es adquirem as mais variadas significaç$es em conformidade com as culturas e
mentalidades nas quais se desenvolve. Qualquer tentativa de definiç#o de religi#o é, pois, de todo imposs%vel
fora das formas concretas em que historicamente se manifestou ou evoluiu.” (GOMES, 2002). Apesar das
variadas interpretaç$es sobre as funç$es e conte&do da religi#o, ela é considerada por v!rios autores cl!ssicos das
ciências humanas como elemento importante para analisar e compreender os processos sociais e suas estruturas.
Para Durkheim religi#o se eterniza nas sociedades e sobrevive a todas elas, isso porque todo homem teria em si
uma natureza religiosa, sendo, portanto, “um aspecto essencial e permanente da humanidade” (DURKHEIM,
1989, p.29). O presente trabalho demonstra os resultados obtidos durante o projeto de pesquisa sobre a filiaç#o
religiosa da comunidade do Instituto Federal da Bahia - Sim$es Filho, durante os anos de 2015 e 2016. Em uma
instituiç#o voltada para a formaç#o do esp%rito cientifico e consequentemente cr%tico, mas n#o apenas voltado
para sua pr!tica profissional, mas também com uma vis#o mais abrangente (o que demonstra o curr%culo escolar).
Investigar, pois, se a orientaç#o religiosa dos alunos e familiares se confrontam com suas atividades pedag"gicas
e suas redes de sociabilidade é importante, porque podem se mostrar conflituosas.

Objetivos
O objetivo central do projeto foi identificar o universo religioso da comunidade do IFBA - Sim$es Filho
e suas variadas express$es religiosas, investigar junto com a comunidade se h!/houve ou n#o a existência de
demonstraç#o de intolerância religiosa e promover debates de conscientizaç#o e convivência solid!ria à
tolerância religiosa.

Metodologia
A metodologia adotada neste projeto de pesquisa foi à leitura do material te"rico, para que assim as
bolsistas pudessem compreender conceitos e representaç$es do fenômeno religioso, de que forma este se
apresenta na comunidade do IFBA-Sim$es Filho. Depois, a partir do referenciais te"ricos (MANZATO e
SANTOS, 2012) foram criados e aplicados question!rios para mapear a filiaç#o religiosa da comunidade escolar
do IFBA - Campus Sim$es Filho. Por fim, os dados coletados foram organizados e tabulados usados na
elaboraç#o do relat"rio final.

101
Resultados
Foram entrevistadas 211 pessoas durante o ano de 2015 a 2016. As mesmas foram docentes, discentes e
servidores da comunidade do IFBA- Campus Sim$es Filho. Dentre as pessoas que responderam ao question!rio,
39,9' foram discentes do curso de eletromecânica, 34,12' do curso de petr"leo e g!s natural, 23,2' do curso
de eletromecânica e apenas 2,8' das respostas obtidas foram de servidores do campus. A composiç#o do
question!rio se deu ao total, por 4 perguntas objetivas e discursivas. As perguntas questionavam se a
comunidade tinha alguma religi#o, se j! tinha sofrido alguma cr%tica ou perseguiç#o por causa da sua religi#o ou
por n#o ter religi#o definida e o que achava das religi$es de matrizes africanas. Observamos que 63' das
pessoas n#o sofreu alguma cr%tica por causa da sua religi#o, 4' n#o informou e 33' J! sofreu algum tipo de
cr%ticas. Em alguns relatos apresentados nos question!rios s#o a falta de compreens#o das pessoas em n#o aceitar
que o outro n#o tenha reuni#o, alguns disse que as pessoas sempre acham que a sua religi#o est! errada porque
acredita que a sua crença é a &nica certa. Na &ltima pergunta feita no question!rio, sobre o que as pessoas
achavam das religi$es de matrizes africanas, j! que as mesmas s#o o principal alvo de intolerância no pa%s,
apresentaram respostas motivadoras, pois, grande parte das pessoas que responderam o questionaram falaram
que as religi$es de matrizes africanas s#o religi$es como todas outras e devem serem respeitadas. A seguir
alguns dos gr!ficos produzidos pelas autoras a partir das entrevistas:

Consideraç#es finais
O presente trabalho demonstrou resultados parciais obtidos no mapeamento do universo religioso do Instituto
Federal da Bahia - Sim$es Filho, e por ele pudemos fazer algumas observaç$es acerca das manifestaç$es
religiosas no campus e como os indiv%duos se comportam em um ambiente t#o diverso religiosamente. A maioria
dos entresvistados possuem algum tio de crença, sendo que o curso que mais apresentou crentes foi PGN e o que
menor foi Mecânica. Existem indicaç$es pontuais de intolerância por parte de algumas pessoas, mas que o
sentimento de respeito à diversidade religiosa também se faz presente, como também suscitou indagaç$es que
devem e precisam ser discutidas mais detalhadamente.

Referências
ALVES, Rubem. O que é religi$o? S#o Paulo: Loyola,1999.
DURKHEIM, Emile. As formas elementares da vida religiosa. S#o Paulo: Paulinas, 1989.
GOMES, Danilo dos Santos. A alienaç$o religiosa no pensamento de Karl Max. Dispon%vel:
http://pensamentoextemporaneo.com.br/?p=1833. Acesso em: 12 set. 2017.
LIMA, Lana Lage da Gama, CIRIBELLI, Marilda. HORONATO, Cezar Teixeira e SILVA, Francisco Carlos
Teixeira (Orgs). A Religi$o como Objeto da Historia in Hist"ria e Religi#o. VIII Encontro Regional de
hist"ria. Rio de Janeiro: FAPERJ: MAUAD, 2002.
MANZATO, Antonio José; SANTOS, Adriana Barbosa. A ELABORA%&O DE QUESTION'RIOS NA
PESQUISA QUANTITATIVA. Departamento de Ciência de Computaç#o e Estat%stica – IBILCE – UNESP,
S#o Paulo, 2012.
TEIXEIRA, Faustino (Org.). Sociologia da Religi$o: Enforques Te(ricos. Petr"polis, Rio de Janeiro: Vozes,
2003.

102
MATEMÁTICA E FÍSICA ESTÁ EM TUDO: DA MOTIVAÇÃO À
INCLUSÃO

Esly César Marinho da Silva1 , Ingrid Natália Mota Conceição 2 , Julyane Marinho
Santos dos Santos 3 , Gabrielle de Oliveira Santos 4.
1
Instituto Federal da Bahia, campus Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Federal da Bahia, campus Simões Filho (Brasil)
3
Instituto Federal da Bahia, campus Simões Filho (Brasil)
4
Instituto Federal da Bahia, campus Simões Filho (Brasil)
eslymarinho@ifba.edu.br, ingridnatalia1d85@gmail.com, marinhojuly@gmail.com,
oliveira.gabrielle10@hotmail.com.

Resumo

Introdução/Embasamento teórico: A diferenciação no tratamento concedido às pessoas com deficiência, em


diversas regiões do mundo, vem sendo discutidas para torná-las pessoas que possuam direitos como qualquer
outro cidadão. No Brasil “A inserção de demandas na Constituição Federal de 1988, a elaboração de leis
específicas e peculiaridades atendidas na legislação geral[...]” (DIREITOS FUNDAMENTAIS E
DEMOCRACIA, 2008) resultaram em um crescimento significativo na presença das pessoas com deficiência no
mercado de trabalho, na escola e em outros espaços sociais; Porém, a inclusão dessas pessoas nesses espaços
ainda apresenta-se reduzida. Diante disso, é perceptível que as pessoas com deficiência (PCD) têm vivido
restrições em relação ao seu convívio social em decorrência não só de preconceitos, como também de falhas
estruturais urbanas. No século XXI, muito se tem falado sobre a acessibilidade e a inclusão social, no entanto
as adaptações das edificações ás normas de acessibilidade (NRB 9050) ainda não tem sido ocasionada, em
diversos casos, da maneira certa. Em virtude desse último quesito, a engenharia, associada á matemática e a
física, está diretamente ligada á acessibilidade, visto que esse campo de estudo pode promover melhorias na
qualidade de vida dessas pessoas. E se a consciência social puder ser construída no âmbito escolar, facilmente,
ter-se-á profissionais mais conscientes e preocupados com o próximo. Nesta perspectiva, com discentes na idade
de formação técnica de nível médio tornou-se possível aliar conhecimentos das ciências da matemática, física e
engenharia para aumentar a auto-estima e autonomia de pessoas cadeirantes.
Objetivos: O objetivo deste trabalho é realizar um projeto de análise de uma placa (rampa) de acesso para
cadeirantes, aliando conhecimentos de matemática, física e engenharia em um processo social de inclusão de
Pessoas com Necessidades Especiais como aspecto motivador no processo de ensino-aprendizagem de
estudantes da área técnica.
Metodologia: Como sistemática de trabalho, os discentes do Curso Técnico de Mecânica do IFBA, Campus
Simões Filho, estudaram os principais tipos de cadeiras de rodas existentes no mercado para verificar a
funcionalidade e construção de uma rampa que possa ser acoplada a uma cadeira de rodas. Decidiu-se pelo
modelo Baxmann Jaguaribe 1009, pois é o tipo de cadeira existente no setor de Serviço Médico do campus do
qual os alunos fazem parte. Com a escolha da cadeira, fez-se o estudo do estado de flexão suportado pela rampa,
baseado no peso da cadeira e da pessoa com necessidades especiais limitada à 90 kg. Além disto, os discentes
utilizaram conceitos matemáticos e físicos aliados à engenharia, como ferramenta do processo de aprendizagem
em um projeto de inclusão. Se fez necessário: cálculo da tensão de flexão, a análise calculada da média de
carregamento (com a carga centrada, distribuída e reação envolvidas na plataforma estudada), o uso da
trigonometria com as relações métricas do triangulo retângulo e o ponto de equilíbrio de um triangulo, e avaliou-
se também o diagrama do corpo livre e o momento de inércia nesse projeto da plataforma. Por conseguinte, as
operações executadas e referidas foram utilizadas para mostrar, assim, a eficiência da rampa, trazendo maior
segurança para pessoas cadeirantes.

103
Resultados: Nesta primeira etapa e como proposta para este trabalho, realizou-se a prospecção para o projeto da
rampa a ser acoplada em uma cadeira de rodas modelo Baxmann Jaguaribe 1009. Nesta análise, os discentes
apresentaram-se motivados para entender o funcionamento dos conhecimentos de matemática e física aplicados
nas áreas sociais.
Considerações Finais: Respeitar pessoas com deficiências é reconhecer que elas possuem os mesmos direitos
que qualquer cidadão. Aliando-se a isto, em um processo de formação de alunos do Curso Técnico de Mecânica,
mostrou-se que os aspectos de inclusão permeiam nas diversas áreas do conhecimento e tornam o processo de
ensino-aprendizagem mais atraente e desafiador. O desenvolvimento do projeto tem como contribuição tornar o
processo de ensino-aprendizagem mais desafiador e interdisciplinar. Para futuros trabalhos, será construído o
protótipo do suporte para anexar a rampa móvel à cadeira de rodas.

Referências bibliográficas:
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050. Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro , 2015.
CARDOSO, Ana Carolina Moura. Como projetar corretamente uma rampa, 2017. Rio de Janeiro Disponível
em: <http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/tutoriais-e-dicas/130-como-projetar-
corretamente-uma-rampa.html>. Acesso em: 30 de outubro de 2017.
COHEN, Regina; DUARTE, Cristiane Rose de Siqueira; BRASILEIRO, Alice. Caderno de Acessibilidade:
Reflexões e experiências em exposições e museus São Paulo: EXPOMUS , 2010.
HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos Materiais São Paulo: Pearson , 2009..
MIOTTI, Luiz Antonio. A engenharia civil como instrumento para a acessibilidade em ambientes
construídos e a realidade de calçadas e passeios urbanos, 2015. Disponível em:
<file:///C:/Users/Orlando/Downloads/19265-80325-1-PB.pdf>. Acesso em: 22 de outubro de 2017.
REIS, Leonardo Rodrigues. Rejeição á matemática: causas e formas de intervenção, 2016. Disponível em:
<http://www.ucb.br/sites/100/103/TCC/12005/LeonardoRodriguesdosReis .pdf>. Acesso em: 18 de junho de
2018.
SLOBOJA, R.. A acessibilidade e a inclusão social de deficientes físicos (cadeirantes) nas escolas público-
estaduais Goioirê: Superando as barreiras na educação 2014. Monografia (Especialização) - Pós-Graduação
em Ensino de Ciências,Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Medianeira , 2014.
SONZA, Andréa Poletto. Acessibilidade e tecnologia assistiva: pensando a inclusão sociodigital de PNEs. 1°
ed. Rio Grande do Sul: CDD, 2013.
Apêndices do trabalho:

Figura 1: Dimensões do
projeto. Fonte: Material Figura 2:Momento que a placa
produzido pelos autores. tende a girar. Fonte: Material Figura 3: Relações
produzido pelos autores. trigonométricas do triangulo
retângulo na placa com
fórmulas. Fonte: Material
produzido pelos autores.

104
MÁXIMOS E MÍNIMOS DA FUNÇÃO DE MANEIRA
DESCOMPLICADA
Acrícia dos Santos Pereira1 [Ivo Falcão e Luiz Silva], Dyelson Nascimento da Luz 2, João
Victor Silva de Araújo Cruz3, Jonatas Vieira da Palma4, Lucas Vieira da Palma5 e Kevin
Carlos Oliveira dos Reis6
1
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
2
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
3
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
4
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
5
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
6
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
E-mails: acricia.pereira@hotmail.com, dy_nl@hotmail.com, jv.locadora@gmail.com
jonataspalma1@gmail.com, lvieirap97@gmail.com, carloskevin727@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: O ensino e aprendizagem de cálculo nas universidades ainda tem sido um objeto
de indagação nos diversos fóruns com relação as dificuldades demonstradas pelos alunos para a construção do
conhecimento e aprendizagem. De fato, o intuito da disciplina de cálculo tem o papel de influenciar a estrutura do
pensamento do discente no curso de engenharia de forma organizada e, ao mesmo tempo, aumentando a capacidade
de raciocinio dedutivo do aluno, que por sua vez, preparando-o para as diversidades no desempenho das suas
atribuições. Assim, este trabalho, abordadando o assunto máximos e mínimos da função tem o propósito de
aprender de forma descomplicada os aspectos de encontrar valores que sejam máximos e mínimos, a intersecção
com os eixos, o domínio e a imagem, os pontos críticos, os pontos de inflexão, as assíntotas para a obtenção do
esbolço do gráfico da função de diversos tipos, além de aplicar os conhecimentos de cálculo diferencial durante
este processo. Dessa forma, por meio deste assunto, é possível visualizar sua aplicação em diversas finalidades,
como por exemplo, controle de estoques e em algumas variáveis como área, volume, força, potência, tempo, lucro
ou custo. De maneira prática, estes problemas são bastante amplos, pois podem ser desde os problemas geométricos
chegando até à física, engenharia, biologia, negócios e economia, ou seja, das mais variadas profissões ligadas a
ciências exatas. Objetivos: Este artigo tem como propósito de facilitar o entendimento com relação ao assunto
máximos e mínimos, na disciplina cálculo diferencial I, sendo cruscial para o prosseguimento da disciplina de
cálculo para os discentes da engenharia, além de resolver algumas das principais funções para realizar o gráfico e
o seu comportamento. Metodologia: Realizamos um método de pesquisa exploratória e bibliográfica para buscar
informações com relação a temática proposta, além de utilizar ferramentas digitais durante o processo, sendo eles:
Geogebra, Photomath, Symbolab e Wolfram Alpha Widgets, servindo como auxílio durante as resoluções das
funções, especificamente, na realização do gráfico após os cálculos feitos. Resultados: Visa alcançar e facilitar o
entendimento com relação ao assunto máximos e mínimos de uma função, tendo como o público alvo os discentes
de engenharia, como também, despertar curiosidade e aprendizagem ao público em geral com relação a este
assunto em questão, além de demonstrar o comportamento de funções variadas e seu estudo do sinal.
Considerações finais: Desse modo, de maneira geral, este trabalho terá como finalidade de facilitar o
entendimento de maneira diferente e simplificada, além de despertar interesse aos discentes de engenharia quanto
ao público em geral com relação a importância deste assunto, como também, trazer aplicações para um melhor
aprendizado.

Referências Bibliográficas.

105
ANDRADE, Marina de Marconi; MARIA, Eva Lakatos. METODOLOGIA DO TRABALHO CIEN´TIFICO.
7ª ed. São Paulo: Editora Atlas S.A, 2012.
ANDRADE, Marina Marconi; MARIA, Eva Lakatos. Fundamentos de metodologia científica. 7ª ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2010.
MARÌLIA, Diva Flemming; GONÇALVES, Mirian Buss. Cálculo A: Funções, limite, derivação e integração.
6ª ed. São Paulo: Editora Pearson, 2006.
STEWART, James. Cálculo volume 1. 7ª ed. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2013.

106
MÉTODO DE PRODUÇÃO DE UM IMPORTANTE ANTIOXIDANTE
PARA A INDÚSTRIA PLÁSTICA, MANTENDO-SE O CONTROLE DA
TEMPERATURA DO REATOR EM BATELADA PARA ESTA REAÇÃO
EXOTÉRMICA.

Lourival dos Anjos Ferreira Neto1 Alan José Silva da Paixão2


1
Mestre em Gestão e Tecnologia Industrial /Engenharia Química – Faculdade Senai/Cimatec( Brasil)
2
Formando do Curso Técnico em Petróleo e Gás – IFBA ( Brasil)
E-mails lourivalferreira@live.com, alanjspaixao@hotmail.com

Resumo
O trabalho busca sistematizar um método de produção de um importante antioxidante para indústria química e
petroquímica, com boa resistência oxidativa de polímeros industrializados. A indústria em questão, criou um
método de produção nacional, que atendesse as especificações técnicas do antioxidante referenciado, e que o
mesmo fosse produzido com tempo otimizado, alavancando a produção. Entretanto, foi primordial o
desenvolvimento de uma técnica produtiva que atentasse para o controle da temperature, devido a exotermia de
reação. Esta produção, dará subsídios para compreender a importância de controlar a temperatura em uma reação
química, bem como, conscientizar quanto à busca de soluções de engenharia para aperfeiçoar este controle. Iremos
mostrar o método de produção do referido antioxidante, suas etapas e conclusões das melhores ações para se atingir
as especificações técnicas do produto e, justificar a escolha da produção por reator em batelada.

Introdução/Referencial Teórico:
Responsável por projetar, construir e operar plantas industriais, o engenheiro químico é peça chave na busca
incessante no desenvolvimento, dimensionamento, melhoramento e aplicação dos processos e dos seus produtos.
O controle de processo, análise e registro de dados são ferramentas cotidianas e rotineiras na indústria e, o controle
de temperatura de um reator é sempre um grande desafio e elemento crítico na operação de uma planta
petroquímica. J. F. Schabron" and L. E. Fenska, [1980] estudaram o desempenho de antioxidantes da linha
irganox, em polímeros , ao qual foram observados com ensaios cromatográficos, em cromatrógrafos líquidos,
análises específicas com iganox 1010 e 1076. Kevin Fouyer, Olivier Lavastre, and David Rondeau [2012]
estudaram os efeitos degradativos do polímero polietileno, que sofre degradações normais do meio ambiente
devido a ação oxidativas do oxigênio, mostrando a importância dos antioxidantes que agem como substâncias
sacrificantes, sequestrando o oxigênio e se degradando, preservando assim a estrutura do plástico em questão,
ficando claro, que substâncias antioxidativas são produtos de importância considerável para a vida contemporânea,
sendo de fundamental importância a continuidade dos estudos para o amplo desenvolvimento desses químicos.
Objetivos:
O trabalho busca sistematizar um método de produção de um importante antioxidante para indústria química e
petroquímica.
Metodologia:
Para o desenvolvimento desse trabalho, foram realizadas pesquisas em diversas fontes teóricas, no universo de
processos químicos e petroquímicos, dando um enfoque a reações orgânicas exotérmicas, reatores químicos
batelada, processos autossustentáveis, polímeros suas estruturas e reações de obtenção, bem como os antioxidantes
que é o tema principal do estudo em questão, concretizando-se o trabalho com ensaios em esacalade laboratório.

107
Resultados:
Com a sistematização da produção e desenvolvimento do respectivo antioxidante, foi possível constatar a
degradação do polientileno exposto ao oxigênio sem a proteção do antioxidante e, o comportamento resistivo a
antioxidação do polietileno exposto ao oxigênio com o antioxidante em meio a sua composição .

Cenário de exposição do PE ao oxigênio com a adição do antioxidante

Considerações finais:
Quanto ao tipo de reator, fica claro que a melhor opção da produção do organofosfito se dá pela reação em batelada,
ao invés do uso de reatores contínuos, seja de leito fixo ou flutuante, fluxo longitudinal ou radial. Para o controle
de temperatura do reator a reação de formação do antioxidante em estudo é altamente exotérmica, entretanto,
respeitando-se o tempo de adição de PCl3 e acompanhando o aumento de temperatura, injetando-se imediatamente
água de resfriamento no costado do reator, consegue-se um controle eficiente e seguro. Fica claro a eficiência do
antioxidante na proteção do polímero quando exposto ao efeito do oxigênio do ar atmosférico.

Referências Bibliográficas.
ARNALDO Sarti; Marcelo Zaiat; Ciências Exatas e Tecnológicas, Londrina, v. 26, n. 2, p. 113-124, jul./dez. 2005
CALO, J. M. Cell Model Studies of Radial Flow, Fixed Bed Reators, ACS Symposium Series, Washington, D. C.
, pg 550-561, 1978.
HLAVACEK, ;Kubicek, M. Modeling of Chemical Reactors – XXV. Cylindrical and Spherical Reactors with
Radial Flow. Chemical Engineering Science. Vol.27, pg. 177-186. Londres, 1972.
J. F. Schabron" and L. E. Fenska, Anal. Chem. 1980, 52, 1411-1415
KEVIN Fouyer, Olivier Lavastre, and David Rondeau* , Anal. Chem. 2012.
TEIXEIRA, Reinaldo Aparecido, Estudo experimental do controle de temperatura de um reator policondensação/
R.A .Teixeira. – ed.rev.- São Paulo 2008. 128 p

108
METODOS DE ELEVAÇÃO ARTIFICIAL
Beatriz Cristina1 [Camila Ribeiro], Lais Suzarte 2 [Camila Ribeiro], Maria
Calanda³ [Camila Ribeiro], Sara Conceição [Camila Ribeiro], Thainá Silva
[Camila Ribeiro]

¹
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia- Campus Simões Filho (Brasil)

REFERÊNCIAL TEORICO
No Congresso nacional de Engenharia de Petróleo (CONEPETRO) foram disponibilizados
diversas palestras e minicursos, um desses minicursos tinha como tema “Métodos de Elevação
Artificial”, ministrado por Raimundo Jorge, um dos membros da Petrobras e tinha como objetivo
orientar os participantes sobre os métodos mais comuns utilizados na exploração do Petróleo. A
partir desse minicurso surgiu a vontade de pesquisa sobre o assunto e a descoberta de sua
extensão.
OBJETIVO
A pesquisa tem como objetivo esclarecer os vários tipos de Métodos de Elevação e suas
especificidades, trazendo melhor compreensão sobre os estudos e o desenvolvimento das técnicas
e instrumentos utilizados na Exploração Petrolífera.
METODOLOGIA
Com as aulas no IFBA (Simões Filho) sobre Elevação Artificial do curso de Petróleo e Gás
Natural, e participação em palestras e minicursos no evento III ConePetro, adquiriu-se alguns
conhecimentos sobre o tema e o desejo de aprofundar-se.
Para a realização deste trabalho, também se fez necessário a utilização de metodologias mais
convencionais: a pesquisa bibliográfica. Segundo trabalho realizado sobre metodologia de
pesquisa bibliográfica, o estudo bibliométrico busca identificar o que foi produzido de
conhecimento pela comunidade científica sobre esse tema e, ao mesmo tempo, avaliar as
principais tendências da pesquisa sobre ele. (Treinta, F. T. et al. 2014)
RESULTADOS
Para iniciar o assunto é interessante sabermos o que seria um poço surgente e um poço que
necessitaria de elevação artificial. Um poço surgente é aquele que tem uma elevação natural
ocorrendo quando a pressão do reservatório é suficiente para que o fluido alcance livremente a
superfície, utilizando a própria energia do reservatório, não sendo necessária uma energia
adicional para que isto aconteça. Já o poço que utiliza a elevação artificial são aqueles poços que
há necessidade de uma energia auxiliar para que os fluidos sejam conduzidos até a superfície. A
palavra ‘elevação’ é utilizada na indústria de petróleo para caracterizar a ascensão contido no
reservatório até a superfície e para que isso aconteça se faz o uso de alguns métodos, sendo eles:
O bombeio Mecânico com Hastes (BM), o bombeio Centrífugo Submerso (BCS), o bombeio por
Cavidades Progressivas (BCP) e o Gás-lift. Esses processos têm características e manuseios

109
diferentes, nos quais são determinados conforme as características do poço e do meio em que esse
poço está inserido. O bombeio mecânico com hastes (BM) É um dos métodos mais antigos de
elevação artificial e também o mais utilizado em poços localizados em terra, têm como principal
característica de funcionamento uma unidade de bombeamento instalada na cabeça do poço, na
superfície, a fim de transformar o movimento rotativo de um motor elétrico ou de combustão
interna em movimento alternativo. Esse movimento alternativo é transmitido por uma coluna de
hastes para o fundo do poço, acionando uma bomba que eleva os fluidos produzidos pelo
reservatório para a superfície. O BM é também conhecido como “cavalo de pau” é utilizado em
poços rasos para elevar vazões médias, enquanto em poços mais profundos só é possível elevar
baixas vazões, têm divisão de dois componentes que são a da superfície e do fundo, na superfície
pode ser encontrada a unidade de bombeio, o motor, a caixa de redução, a haste polida, no fundo
se encontra a coluna de hastes e a bomba de fundo que é constituída pela camisa, pistão, válvula
de passeio e de pé. O Bombeio Centrífugo Submerso (BCS) consiste na suplementação da energia
natural do reservatório através de uma bomba centrífuga de vários estágios localizada no fundo
do poço. A energia passa através de um cabo elétrico e lá é transformada em energia mecânica de
um motor de superfície que está conectado a uma bomba centrifuga. A bomba centrifuga transfere
energia ao fluido, o que permite atingir instalações de produto. O Bombeio por Cavidades
Progressivas (BCP) que se baseia na elevação dos fluidos da formação através de uma bomba de
cavidades progressivas do tipo deslocamento positivo. É composta por um rotor e um estator e
possui geometria, que se formam cavidades herméticas idênticas. O rotor recebe movimento de
uma coluna de hastes, que é movimentada através de um motor elétrico localizado na cabeça do
poço. E por fim o Gás-lift que é uma técnica que usa a energia de um gás pressurizado para elevar
o fluido contido em um poço, de um nível mais baixo até a superfície. O gás injetado reduz a
densidade do fluido produzido, tornando-o mais leve e, consequentemente, mais fácil de escoar,
uma vez que a pressão requerida para o deslocar torna-se menor. As técnicas de elevação artificial
podem ser usadas mesmo quando há elevação natural, a fim de aumentar a vazão do reservatório
complementando a energia do reservatório. Os principais fatores que permitem optar pela
elevação artificial são características dos poços e dos fluidos que precisam ser estudadas, números
de poços em um reservatório e principalmente a disponibilidade de energia e economia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a realização do trabalho, nos deparamos com a necessidade de aprofundar nossos
conhecimentos adquiridos ao longo do nosso curso técnico, para trazer de forma mais completa o
entendimento sobre os métodos de elevação artificial. Considerando sem dúvidas que um grande
propulsor para a construção desse trabalho foi o minicurso realizado na III Conepetro, ministrada
por Raimundo Jorge (Petróleo Brasileiro S.A - PETROBRAS), que fez despertar em nós, alunas
do instituto, o desejo de realizar essa atividade. Essa pesquisa foi realizada, também, por conta
dos posteriores estudos bibliográficos realizados acerca do assunto, porém, é importante salientar
a participação do corpo discente em eventos como este, visando a capacitação cada vez maior dos
futuros profissionais Técnicos em Petróleo e Gás.
REFERÊNCIAS
LEONEZ, R. C. L. Métodos de Elevação Utilizados na Engenharia de Petróleo: Uma Revisão
de Literatura. Rio Grande do Norte, UFERSA, 2011.
GOMES, José Salgado. O Universo da Indústria Petrolífera- Da Pesquisa à Refinação.
Fundação Calouste-Gulbenkian, Portugal, 2ª Edição, 2011.
THOMAS, J. E. Fundamentos de engenharia de petróleo. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência,
2004.

110
MINE CARRO ROBÔ QUE SE DESVIA DE OBSTÁCULO
Orientadores: Luciano Almeida da Silva1 e Miguel Pereira Santos Neto2
1
IFBA (Brasil) e 2IFBA (Brasil)
lucianosilva@ifba.edu.br e miguel@ifba.edu.br
Adriano de Souza Costa1, Cristiano Oliveira Evangelista2, Milson Santos de Oliveira3,
Tony Anderson Benedito Ferreira4 e Viviane Alves da Silva5.
1
IFBA (Brasi),2IFBA (Brasil), 3 IFBA (Brasil), 4 IFBA (Brasil), 5 IFBA (Brasil).

E-mails: adrianocosta@hotmail.com, crystianoliveyra@hotmail.com, oliveirasud1984@gmail.com,


tony.si@live.com e vsilva8431@gmail.com

Resumo:

Montagem de um robô que se desvia de obstáculos, a fim de obter mais experiência na área da
automação e eletrônica. Projeto interdisciplinar proposto pelos professores Luciano e Miguel
das disciplinas de eletrônica e automação com a finalidade de desenvolver os conhecimentos
abordados em sala de aula e o entretenimento.
Introdução/Referencial Teórico:
Com o avanço dos circuitos eletrônicos e dos micros controladores, juntamente com outras
tecnologias, chegamos ao desenvolvimento da placa arduino que foi a base do nosso projeto.
O arduino em si é uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre e de placa
única, projetada com um micro controlador: Atmel AVR com suporte de entradas e
saídas embutidas, uma linguagem de programação padrão, a qual tem origem em Wiring, e é
essencialmente C/C++. O objetivo do projeto é criar ferramentas que são acessíveis, com
baixo custo, flexíveis e fáceis de usar por principiantes e profissionais. Principalmente para
aqueles que não teriam alcance aos controladores mais sofisticados e ferramentas mais
complicadas.
Objetivo:
Capacitar o corpo discente a conhecer e realizar projetos na placa arduino mostrando suas
diversas finalidades desde as mais simples como: entretenimento e utilidades convencionais
diárias, como um bebedouro automático, as mais avançadas como realização de cirurgias de
alta precisão.
Metodologia:
Pesquisa e desenvolvimento sobre softwares livres, apoio de dois instrutores, pesquisa de
projeto, compra de materiais e configuração da placa arduino de acordo com o projeto.

111
Resultados:
O robô ou carrinho automático, obtivemos a principio o resultado esperado onde o sensor
ultrassónico detectava obstáculos e se desviava a uma distancia de 40 cm, no entanto
julgamos esta distancia não adequada para a apresentação do projeto, então reduzimos a
distancia para 20 cm para melhor entretenimento e aprendizado dos discentes.

Considerações finais:
O trabalho foi de grande valia, para compreendermos o funcionamento do arduino, tanto na
parte física, isto é o hardware e a parte lógica, software, e as suas diversas aplicações na área
da automação, tanto na residencial como na predial, industrial e por fim na eletrônica.

Referências Bibliográficas.

· Artigo Arduino v Revista Inatel. Luís Tavares.


· Revista PROGRAMAR, artigos eletrônicos. Introdução ao arduino.
· wikipedia.org/wiki/Arduino.

112
MONTAGEM DE UM SISTEMA REACIONAL PARA RECUPERAÇÃO
SUSTENTÁVEL DO MERCÚRIO CONTIDO EM LÂMPADAS
FLUORESCENTES
Luis Alberto Dantas Barbosa1, Lucas Luis Conceição Calasans 2
1
Docente, IFBA (Brasil,
2
Discente, IFBA (Brasil)
ladantas@msn.com, luiscalazans_@hotmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
O mercúrio é um metal líquido na temperatura ambiente, com ponto de fusão de -38,87 C e ponto de ebulição de
356,58 C, de cor prateada e inodora. A sua descoberta se deu na Grécia. Desde então, passou a despertar grande
interesse por estudiosos de química. O seu nome vem da palavra grega “hydro”, que significa água e “argyros”, a
significação da prata. Assim, os romanos latinizaram o nome do mercúrio para “hidrargirium”. O seu símbolo
químico, (Hg), ficou sendo representado pela letra inicial maiúscula, e outra letra em minúsculo, para
diferenciação do símbolo do hidrogênio, H. Sua aplicabilidade é bastante diversa, sendo utilizado na fabricação
de termômetros, barômetros, espelhos, mineração, lâmpadas a vapor de mercúrio e outros. O mercúrio já era
utilizado no processo de recuperação de ouro (amalgamação), desde a antiguidade, pelos fenícios e cartagineses
em 2.700 a.C. Esta técnica de mineração de ouro foi descrita por Caius Plinius, em seu livro “História Natural”
(50 d.C.) [1].
As lâmpadas fluorescentes são largamente associadas com um comportamento mais verde e mais
ecologicamente correto. A grande vantagem é que elas gastam menos energia. A instalação de lâmpadas
energeticamente eficientes reduz a demanda de energia elétrica, que por sua vez, reduz as emissões dos gases de
efeito estufa das usinas produtoras de energia através da queima de carvão. As lâmpadas fluorescentes usam de
20 a 25% da energia necessária às antigas lâmpadas incandescentes, por isso são uma opção de iluminação
energeticamente eficiente.
A grande desvantagem do uso das lâmpadas fluorescentes é que, embora gastem menos energia possuem
mercúrio em seu interior, sem contar os metais pesados presentes nos seus circuitos eletrônicos. Ao serem
descartadas, são resíduos condenáveis tendo em vista também as regulações do órgãos ambientais. As lâmpadas
fluorescentes ainda são as mais utilizadas, apesar do lançamento recente das lâmpadas de LED, que não contém
mercúrio, porém tem um custo ainda bastante elevado.
Existem duas formas de emissão desse metal para a natureza. Uma delas é chamada de emissão natural do
mercúrio e é provocada pela gaseificação da crosta terrestre, emissões vulcânicas e evaporação dos cursos
d’água. A outra fonte de emissão é a antropogênica, proveniente da queima de combustíveis fósseis, mineração
(recuperação de ouro e prata através da queima do amálgama), a extração do próprio mercúrio e a atividade
industrial (fábricas de cloro-soda, tintas, lâmpadas etc.) [1].
O mercúrio elementar provoca efeitos adversos à saúde quando se respira na forma de vapor e é absorvido
através dos pulmões. Quando o mercúrio elementar é liberado, ele precipitará em fontes de água e pode ser
convertido em metilmercúrio, forma orgânica do mercúrio que se acumula na cadeia alimentar, levando à saúde
efeitos potencialmente adversos, tais como o desenvolvimento neurológico de fetos, bebês e crianças.
Uma vez que as lâmpadas fluorescentes são queimadas (exauridas) é fortemente recomendado que elas sejam
recicladas da forma correta. Uma reciclagem adequada não só reduz a liberação de mercúrio das lâmpadas para o
meio ambiente, mas também permite a reutilização do vidro, metais e outros componentes.

113
Objetivos:
O objetivo imediato deste trabalho é mostrar a implementação de um sistema reacional pensado para promover a
recuperação de forma segura do mercúrio, bem como, em seguida, em uma etapa subsequente, reciclar o
material componente das lâmpadas fluorescentes de uso comum.
Metodologia:
De acordo com os objetivos estabelecidos, esse trabalho visa tão somente a implementação de um sistema
reacional destinado à reciclagem de lâmpadas fluorescentes e para tanto compreende a seguinte metodologia, que
inclui as etapas seguintes do trabalho:
· Com base em estudos já realizados foi desenhado e confeccionado em acrílico o modelo de reator mais
adequado processual e operacionalmente;
· Será em seguida desenhado o sistema seguro para quebra das lâmpadas, de modo a não contaminar o
ambiente de trabalho;
· Para a etapa seguinte, a recuperação de mercúrio e a reutilização do material das lâmpadas, foram
preliminarmente obtidas amostras de lâmpadas fluorescentes para posterior tratamento;
· A seguir serão realizados os testes eletrolíticos para a remoção do mercúrio na forma elementar, para definir
as melhores condições operacionais desse tratamento;
· Finalmente será realizado um estudo de viabilidade econômica do aproveitamento industrial do processo
desenvolvido.
Resultados:
Esse trabalho visou ao desenvolvimento de um sistema reacional adequado, passível de patenteamento. A parte
do sistema que fará a remoção eletroquímica do mercúrio teve sua construção concluída. O mesmo poderá
também ser utilizado no desenvolvimento de outros processos relacionados com a remoção de metais pesados de
efluentes e resíduos industriais. A parte do sistema reacional destinado à quebra das lâmpadas de forma segura,
bem como à dissolução do mercúrio em um solvente adequado está em fase de desenvolvimento.
Referências Bibliográficas:
1. De Souza, J. R. et al., Contaminação por Mercúrio e o Caso da Amazônia, Química Nova na Escola, nº 12,
nov. 2000.
2. MISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE ( http://www.mma.gov.br/ seguranca-quimica/mercurio);
3. EPA - US Environmental Protection Agency (https://www.epa. gov/mercury);
4. EPA - Fluorescent Lamp Recycling-EPA530R09001-Feb.09.
5. MELAMED, R. ET AL.” Mecanismos de interação físico-química e mobilidade do mercúrio em solos,
sedimentos e rejeitos de garimpos de ouro”. Ricardo Melamed e Roberto C. Villas Boas. Rio de Janeiro:
CETEM / MCT, 2002.
6. BARBOSA, L.A.D., SOBRAL, L.G.S., SANTOS, R.L.C. “Electrolytic treatment of mercury loaded
activated carbon from a gas cleaning system”. The Science of Total Environment. Elsevier Science Ltd.,
v.261, p.195 - 201, 2000.
7. BARBOSA, L.A.D., ROSENBERG, B., SOBRAL, L.G.S., P.F.R. DA SILVA, SANTOS, R.L.C. “Mercury
removal from disposed fluorescent lamp: the green side of the electroleaching process”. Proceedings of the
XII Internacional Conference on Heavy Metals on the Environment. (ICHMET 2003). Grenoble, 2003.

114
O RENDIMENTO DO AUTOMÓVEL E SEUS DESAFIOS
Brener Willy Tiago Santos Gomes1 [Ivo Falcão e Paulo Roberto], Jonatas Vieira da
Palma2, Lucas Vieira da Palma3, Kevin Carlos Oliveira dos Reis4 , Stephanie Paulino
Silva Santos5
1
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
2
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
3
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
4
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
5
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
E-mails:brener.willy@gmail.com, jonataspalma1@gmail.com, lvieirap97@gmail.com,
carloskevin727@gmail.com, stepaulinocontato@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Os cientistas Denis Papin e Thomas Savery foram os pioneiros ao desenvolver
projetos iniciais de motores a vapor por meados do século XVII, dando base para que, posteriormente, a Revolução
Industrial sendo o conjunto de mudanças que tiveram seu início na europa e transformaram todo o mundo.
Contudo, os primeiros automóveis chegaram com o alemão Karl Benzs, que por sua vez, utilizava a queima para
gerar movimento por meio da explosão no pistão, obedecendo a primeira lei da termodinâmica (lei da conservação
de energia), o qual está interligado a uma biela rotacionada juntamente com o virabrequim, desta forma a queima
e transformada em trabalho. Conforme Sardella (2009) afirma que “num sistema em equilíbrio, a pressão
constante, o aumento da temperatura provoca o deslocamento do equilíbrio no sentido da reação que absorve calor,
e a diminuição da temperatura provoca o deslocamento no sentido da reação que libera calor”. O baixo rendimento
(!) de um motor Otto e um flagelo que afeta a mecânica uniformemente desde então, que ainda, tendo em vista a
velocidade de uma reação de queima é elevadíssima, possuindo uma grande perca de calor ("1) da fonte quente
para a fonte fria ("2), consequentemente gera um baixo rendimento do motor Otto.
Objetivos: Neste trabalho, iremos apresentar alguns agraves que geram a perca de energia termodinâmica e
calorifica, tendo em vista minimizar esta adversidade.
Metodologia: Desta forma, realizamos um método de pesquisa exploratória e bibliográfica para buscar
informações com relação a temática, por meio de acervos digitais e bibliográficos.
Resultados: Este trabalho visa explorar algumas formas de conservação da energia inicial gerada pela combustão,
utilizando-se do controle de ar e combustível, por meio de mecanismos assertivos que diminuam a variação do
volume pelo tempo, que consequentemente, possuindo um aumento do rendimento.
Considerações finais: Desta forma, este trabalho terá uma análise sobre o rendimento usual de um automóvel
convencional, que por sua vez, será observada formas alternativas de uma melhor eficiência em trabalho para o
automóvel, de modo a reduzir o consumo de combustível durante o processo.

Referências Bibliográficas.

B., John Russell. Química Geral. 2ª ed. vol. 1. São Paulo: Editora Pearson Makron Books, 1994.
C., Jphn Kotz; M., Paul Treichel, C. Gabriela Weaver. Química Geral e Reações Químicas. 6ª ed. vol. 2. São
Paulo: Editora Cengage Learning, 2011.
FILHO, Guilherme Filippo. Motor de Indução. 2ª ed. São Paulo: Editora Érica, 2013.
SARDELLA, Antônio. Curso de Química. 17ª ed. vol. 1. São Paulo: Editora Ática, 1997.

115
SARDELLA, Antônio. Curso de Química. 6ª ed. vol. 2. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2009.

116
O RENDIMENTO DO AUTOMÓVEL MOVIDO A COMBUSTÃO
INTERNA E SEUS DESAFIOS
Brener Willy Tiago Santos Gomes1 [Ivo Falcão e Paulo Roberto], Jonatas Vieira da
Palma2, Kevin Carlos Oliveira dos Reis3, Lucas Vieira da Palma4 , Stephanie Paulino
Silva Santos5
1
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
2
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
3
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
4
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
5
Bacharelado em Engenharia Mecânica no Instituto Federal da Bahia (Brasil)
E-mails:brener.willy@gmail.com, jonataspalma1@gmail.com, carloskevin727@gmail.com,
lvieirap97@gmail.com, stepaulinocontato@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Os cientistas Denis Papin e Thomas Savery foram os pioneiros ao desenvolver
os primeiros projetos iniciais de motores a vapor em meados do século XVII, dando base para que, posteriormente,
na Revolução Industrial, o conjunto de mudanças que tiveram seu início na Europa fosse crucial para transformar
todo o mundo. Contudo, os primeiros automóveis chegaram com o alemão Karl Benzs, que por sua vez, utilizava
a queima para gerar movimento por meio da explosão no pistão, obedecendo a primeira lei da termodinâmica (lei
da conservação de energia), o qual está interligado a uma biela rotacionada juntamente com o virabrequim, que
por sua vez, a queima é transformada em trabalho. Conforme Sardella (2009) afirma que “num sistema em
equilíbrio, a pressão constante, o aumento da temperatura provoca o deslocamento do equilíbrio no sentido da
reação que absorve calor e a diminuição da temperatura provoca o deslocamento no sentido da reação que libera
calor”. O baixo rendimento (•) de um motor Otto e um flagelo que afeta a mecânica uniformemente, tendo em
vista que a velocidade de uma reação da queima é muito elevado, obtendo uma grande perca de calor (!1) da fonte
quente para a fonte fria (!2), refletindo diretamente no baixo rendimento do motor Otto.
Objetivos: Apresentar alguns agraves que geram a perca de energia termodinâmica e calorífica, tendo em vista
minimizar esta adversidade.
Metodologia: Realizamos um método de pesquisa exploratória e bibliográfica para buscar informações com
relação à temática, por meio de acervos digitais e bibliográficos.
Resultados: Visa explorar algumas formas de conservação da energia inicial gerada pela combustão, utilizando o
controle de ar e combustível, por meio de mecanismos assertivos que diminuam a variação do volume pelo tempo,
que consequentemente, possuindo um aumento do rendimento.
Considerações finais: Este trabalho terá uma análise sobre o rendimento usual de um automóvel movido a
combustão interna, que por sua vez, sendo observada uma forma alternativa para obter uma melhor eficiência em
trabalho, reduzindo o consumo de combustível durante o processo.

Referências Bibliográficas

B., John Russell. Química Geral. 2ª ed. vol. 1. São Paulo: Editora Pearson Makron Books, 1994.
C., John Kotz; M., Paul Treichel, C. Gabriela Weaver. Química Geral e Reações Químicas. 6ª ed. vol. 2. São
Paulo: Editora Cengage Learning, 2011.
FILHO, Guilherme Filippo. Motor de Indução. 2ª ed. São Paulo: Editora Érica, 2013.

117
SARDELLA, Antônio. Curso de Química. 17ª ed. vol. 1. São Paulo: Editora Ática, 1997.
SARDELLA, Antônio. Curso de Química. 6ª ed. vol. 2. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2009.

118
OBTENÇÃO DE UM FLUIDO DE PERFURAÇÃO COM BIODIESEL E
DETERMINAÇÃO DE SUA ALCALINIDADE
Elba Gomes dos Santos1, Caio Ramos Valverde2, Ricardo Santos2 e Pedro Araujo2
1
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Simões Filho, Brasil
2
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Simões Filho, Brasil
elbagomes@ifba.edu.br

Resumo

Introdução/Referencial Teórico
Na perfuração de poços, as rochas são perfuradas pelo movimento rotativo transmitido a uma broca. Os
fragmentos da rocha são removidos através do fluido de perfuração, também chamado de lama.
Durante a perfuração, o fluido é bombeado pelos equipamentos do sistema de circulação da unidade de
perfuração e injetado na coluna de perfuração e sai pela broca, passando pelo anular entre o poço e a coluna. A
partir daí, o fluido passa pela peneira vibratória e pelos equipamentos responsáveis pelo tratamento do fluido,
responsáveis pela retirada de sólidos e gás que se incorporaram a ele durante a perfuração.
Segundo Thomas (2004), os fluidos de perfuração são misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos
químicos e, por vezes, até gases. São indispensáveis durante toda a perfuração do poço, pois deve apresentar
características que garantem a integridade das formações do poço, a segurança dos profissionais envolvidos e a
integridade do meio ambiente. As propriedades dos fluidos são muito importantes e a análise delas possibilita
conhecer o comportamento do fluido no poço durante o processo de perfuração.
A determinação do teor de alcalinidade do fluido de perfuração possui a finalidade de verificar as
concentrações de íons hidroxila, carbonato e bicarbonato. Esta informação é importante para quantificar a
presença de íons hidroxila livres no fluido, uma vez que se este parâmetro não for controlado, irá influenciar no
controle dos parâmetros reológicos do fluido.
Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de fluidos de perfuração base óleo,
utilizando biodiesel em sua composição verificando a influencia das variáveis: quantidade de óleo diesel,
quantidade de bentonita, temperatura e tempo de forno sobre a alcalinidade de fluidos de perfuração.
Metodologia
Fluidos de perfuração foram preparados no laboratório utilizando biodiesel em sua composição com a
finalidade de determinar o teor de alcalinidade antes e após o envelhecimento em forno de rolagem, verificando
a influência da quantidade de biodiesel, bentonita, temperatura e do tempo de envelhecimento.
Resultados
Os resultados obtidos demonstraram que a alcalinidade do fluido de perfuração é influenciada pela
variável temperatura e que alterações deste parâmetro poderão causar problemas à perfuração de poços de
petróleo, devido a problemas de instabilidade dos fluidos de perfuração utilizados.

119
Figura 1. Preparação do fluido em laboratório e etapa de envelhecimento.

Considerações finais
O teor de alcalinidade dos fluidos de perfuração está diretamente relacionado com os
parâmetros reológicos do fluido de perfuração e causam instabilidade nos poços de petróleo
se não forem controlados. Os resultados ilustram que este parâmetro foi influenciado pela
temperatura de envelhecimento de forno de rolagem.
Referências Bibliográficas.
1. CAENN, R.; DARLEY, H. C. H.; GRAY, G. R.; Fluidos de Perfuração e Completação. Editora Campus, 1ª.
Edição, Rio de Janeiro, 2014.
2. SANTOS, O, L, A.; Segurança de Poço na Perfuração. Editora Blucher, São Paulo, 2013.
3. STEFAN, P.; Manual de Fluidos de Perfuração. Petrobras, Salvador, 1982.
4. THOMAS, J. E. Fundamentos de engenharia de petróleo. 2. ed. Rio de Janeiro: Interciência: PETROBRAS,
2004.
5. Silva, C. T.- Desenvolvimento de fluidos de perfuração a base de óleos vegetais. Monografia de Graduação,
Natal, janeiro de 2003
6. GUIMARÃES, I, B; ROSSI L, F, S. Estudo dos Constituintes dos fluidos de Perfuração: Proposta de uma
Formulação Otimizada e Ambientalmente Correta. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA
QUÍMICA, 4., 2006, Recife. Anais… Curitiba: Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Departamento
Acadêmico de Química e Biologia, 2007. p.1-8.
7. BARROS NETO, B.; SCARMINIO, I. S.; BRUNS, R. E. Como fazer experimentos: Pesquisa e
desenvolvimento na ciência e na indústria. 1.ed., v.1. Campinas-SP: Editora da UNICAMP, 2001.
8. MORAIS, A, J, P. Análise Comparativa das Propriedades dos Fluidos de Perfuração para Poços de Água e
Petróleo. São Cristovão, 2009, 55 f. Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Sergipe,
Sergipe, 2009.

120
OFICINA DE EXERCÍCIO FISIOTERAPÊUTICOS PARA
FORTALECER OS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA

Samuel Azevedo Santos¹, Ana Maria Machado Oliveira² e Shirlei Pereira de Souza³
¹ Técnico em enfermagem do Instituto Federal da Bahia, enfermeiro e pós-graduando em Enfermagem
do Trabalho; e em Vigilância em Saúde Ambiental
2
Fisioterapeuta e Master da Multiculturalidade no campo da Saúde e do Bem Estar
³ Assistente de aluno do Instituto Federal da Bahia. Mestranda do Mestrado Profissional em
Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (PROFEPT)
samuelazevedo@ifba.edu.br; shirlei@ifba.edu.br;

INTRODUÇÃO: O assoalho pélvico compreende uma rede de estrutura complexa composta


de um conjunto de músculos, ligamentos e fáscias. Toda essa estrutura muscular que
compõem o assoalho pélvico serve para sustentar a queda dos órgãos pélvicos, sustentam as
vísceras abdominais, e também o peso do bebê durante a gestação, além de auxiliar a expulsá-
lo no momento do parto, ajudam nas continências vesical e anal, e são também importantes
para a função sexual (MARQUES; PINTO E SILVA; AMARAL, 2011). No aspecto geral, a
desordem dos músculos do assoalho pélvico pode acometer pessoas entre homens e mulheres
em qualquer fase do curso de vida, mas somente as mulheres queixam deste desconforto, e é
devido aos repetidos casos de incontinência urinária que promove as limitações físicas,
emocionais, ocupacionais, sexuais e sociais importantes, causando impacto negativo na
qualidade de vida e aumento nas despesas do lar com fraldas ou absorventes (LOPES; HIGA,
2006 e LOPES; COSTA; LIMA et. al. 2016). Tendo em vista as circunstâncias das mulheres
que vivem com ou sem desordem do assoalho pélvico, os estudos evidenciaram que a
discussão da temática deve ser numa perspectiva educativa voltada para a promoção de saúde,
e no treinamento que visa induzir a inclusão de exercício fisioterapêutico de contratura da
musculatura do assoalho pélvico na rotina diária e de maneira primaria. OBJETIVO: Relatar
a experiência da oficina de exercícios fisioterapêuticos para tonificar a musculatura do
assoalho pélvico, além de promover a educação em saúde por meio de orientações.
METODOLOGIA: A oficina de exercício fisioterapêutico foi realizada no segundo semestre
de 2017, e teve como lócus da ação uma Instituição Federal de Educação Profissional e
Tecnológica, inserida no território da comunidade do bairro da Pitanguinha. Participaram
desta atividade vinte e duas mulheres/mães com ou sem relatos de incapacidade dos músculos
do assoalho pélvico, bem como histórico familiar e três mediadores da oficina de exercício
fisioterapêutico, e entre eles uma profissional da fisioterapia. A estratégia adotada para
desenvolver a oficina de exercício fisioterapêutico foi a roda de conversa, com dinâmica
expositiva dialogada e recursos visuais obtidos no sistema global de rede computadores, bem
como recursos audiovisuais captados no youtube com depoimento de mulheres que trataram
da temática de hipotonicidade dos músculos do assoalho pélvico associado a incontinência
urinaria e disfunção sexual. Assim, durante a oficina de exercício foi demonstrado para as
partícipes como fazer de maneira correta e os tipos de exercícios que fortalecem a
musculatura do assoalho pélvico. RESULTADOS: No decorrer da oficina, houve a
exposição do assunto, as participantes questionaram sobre os tipos de disfunções, a
interferência da musculatura no desempenho da atividade sexual e a repercussão da disfunção
no período gestacional e os impactos na rotina diária, constatou-se ainda a curiosidade das

121
mulheres envolvida nos tais assuntos. Na oficina, foram ensinados os exercícios
fisioterapêuticos que promovem benefícios para a musculatura, e destacou também que estes
podem ser executados no cotidiano, sem a necessidade de especialista, pois são considerados
de baixo custo e de caráter terapêuticos. É importante ressaltar que estas mulheres
desconheciam as técnicas que visam o fortalecimento da musculatura do assoalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atividade de educação em saúde permitiu a discussão para
o estímulo do autocuidado da imagem corporal; contribuiu no aprendizado dos exercícios
fisioterapêuticos contra a flacidez dos músculos do assoalho pélvico e favoreceu na
disseminação de conhecimentos científicos para as mulheres, refletindo assim na sua
comunidade. A promoção da saúde imersa na ação pedagógica incumbirá de garantir a
melhora qualidade de vida destas mulheres em momento posterior, além de estimular
prevenção de futuras perturbações orgânicas dos músculos do assoalho pélvico.

Descritores: Assoalho pélvico, educação em saúde, saúde da mulher, promoção da saúde.

Referencias:

Marques, AA.; Pinto e Silva, MP; Amaral, MTP. Tratado de Fisioterapia em Saúde da
Mulher. 1.ed. São Paulo, Editora Roca, 2011.

Lopes MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinária à vida da mulher. Rev
Esc Enferm. USP [Internet]. 2006 [cited 2016 Mar 28];40(1):34-41. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n1/a04v40n1.pdf

Lopes MHBM, Costa JN, Lima JLDA, Oliveira LDR, Caetano AS. Programa de reabilitação
do assoalho pélvico: relato de 10 anos de experiência. Rev Bras Enferm. 2017;70(1):231-5

122
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124
OS DESAFIOS DA CRESCENTE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO
BRASIL

Camila Félix Ribeiro¹, Ronivon de Jesus Dantas¹ , Vitor Vinhas Caminha¹, Vitória da
Silva Nascimento¹, Yanka Cristina Rolemberg de Jesus¹

1
Instituto Federal da Bahia-IFBA (Brasil)
camila_rib@yajoo.com.br, roonyj6@gmail.com, vitorvinhas323@gmail.com,
vitoria.silva159915@gmail.com, yankaifss@hotmail.com,

Resumo
Este trabalho desenvolve acerca da produção de conhecimentos sobre o petróleo brasileiro, usando como
ponto norteador da pesquisa, os múltiplos e constantes desafios nessa área dentro do país. Partindo do
pressuposto de que olhar para os obstáculos e as suas consequências gera conhecimento e estimula na
criação das diversas estratégias para superá-los, contribuindo para evolução nas pesquisas. Nesse sentido,
objetiva-se colocar em pauta a multiplicidade e as contínuas “divergências” existentes no nosso país, na
situação de ascendente produtor de petróleo. Para tanto, foram utilizadas mais de uma amostra de pesquisa e
registros de imagens, onde aponta acerca da exploração e produção, e todas as atividades envolvidas do petróleo
e gás natural, retratando a forma na qual a nação tem tentado lidar com elas.

Palavras-chave: Petróleo. Desenvolvimento. Produção. Desafios.

Introdução:
No período de 2003 a 2014, o Brasil era considerado uma importante fronteira da indústria petrolífera mundial
devido ao crescimento econômico da Petrobrás e as descobertas das bacias petrolíferas do Pré-Sal. Sobretudo, o
déficit no preço do petróleo impôs empresas como a Petrobras, a reformular os projetos previstos. A crise
econômica que rondava o mundo desde 2008, a falta de adaptação do mercado brasileiro as mais novas
condições do momento, além outras diversas variáveis resultaram na famosa crise do petróleo brasileiro. Instante
esse que gerou incertezas e gigantescas problemáticas no setor. As questões que envolvem a situação do petróleo
no Brasil são frutos de debates recorrentes no cenário atual. Nota-se a existência de um evidente
descomprometimento político no que concerne à esse setor no país. Nesse sentido, a falta de expansão de
pesquisas, como também a responsabilidade nacional com essa área devem ser pensados como aspectos
perniciosos dentro do sistema produtor de óleo e gás nesse território.
Objetivos:
Promover uma reflexão a respeito do quanto tem sido dificultoso para o Brasil o processo de produção do
petróleo, além dos impactos disso socioeconomicamente. Fazendo com que amplie discussões envolvendo áreas
de ciência e tecnologia, voltadas para o setor de petróleo, para que se possa explorar da melhor maneira.
Metodologia:
A metodologia utilizada nesta pesquisa, consiste em estudos teóricos:
1- Análise de dados estatísticos referente a queda do preço de petróleo no Brasil.
2- Avaliação da demanda brasileira e a oferta global no setor de óleo e gás natural.

125
3- Pesquisa acerca da crise na área petrolífera do ano de 1974 a 1986 e a atual crise, colocando em evidência o
sistema de corrupção da Lava Jato, como forma de se obter informações das consequências da instabilidade
desse setor dentro da nação, e a partir disso, levantar questionamentos sobre os impactos que isso trouxe ao
Brasil, dando ênfase em pesquisas e avaliações assíduas da situação na qual se encontra o pré- sal.
4- Depois das nossas observações, recorre-se em ver alguns dos caminhos nos quais o país podem superar os
desafios no mundo do petróleo, esses consistem na implementação de políticas onde estimulem a pesquisas na área
de ciência e tecnologia, principalmente em geologia de Petróleo, para que o país produza e lucre com isso, fazendo
com que o seu ganho não seja colocado na mão de outro país.
Resultados:
Depois dessas observações, recorre-se em observar alguns dos caminhos nos quais o país podem superar os
desafios no mundo do petróleo, esses consistem na implementação de políticas onde estimulem a pesquisas na
área de ciência e tecnologia, principalmente em geologia de Petróleo, para que o país produza e lucre com isso,
fazendo com que o seu ganho não seja colocado na mão de outro país. Ainda como exemplos dessas práticas, o
Brasil deve tratar à situação econômica do Petróleo como prioridade na conjuntura atual, apesar da leve melhora,
medidas que nos aproximem cada vez mais de uma estabilização se tornam necessárias. Essas providências
servirão como engate para o setor, funcionando como propulsores do maior investimento, tal como, maior
especulação nessa área industrial.
Considerações Finais:
Espera-se que esse trabalho contribua de modo integral no processo de produção de pesquisas na área de petróleo
no Brasil, fazendo com amplie léxicos dentro do sistema do paíse dessa forma, promova a expansão da indústria
petrolífera no Brasil, de modo com que o país consiga realmente ter o devido lucro pela sua produção, e com isso
suscita novas perspectivas de como ultrapassar as barreiras para que o Brasil continue ascendendo nas suas
explorações.
Referências Bibliográficas:
BALTAZAR, Larissa. Brasil está mais exposto à crise do petróleo, diz consultoria. Disponível em:
<https://veja.abril.com.br/economia/brasil-esta-mais-exposto-a-crise-do-petroleo-diz-consultoria/>. Acesso em:
04/09/2018.
CONTEÚDO, Estadão. Preocupada com eleições, Petrobrás procura economistas de candidatos. Disponível
em: <https://exame.abril.com.br/negocios/preocupada-com-eleicoes-petrobras-procura-economistas-de-
candidatos/>. Acesso em: 05/09/2018.
DE ALMEIDA, Edmar. Seminário GEE - Desafios do Crescimento da Produção de Petróleo no Brasil.
Disponível em: < https://youtu.be/C-ahwdxrjCA>. Acesso em: 04/09/2018.
NUNES, Fernanda. Crise no setor petróleo vai tirar R$ 62 bilhões da economia até 2019.Disponívelem:<
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-no-setor-de-petroleo-vai-tirar-r-62-bilhoes-da-economia-
ate2019,1781203>. Acesso em: 04/09/2018.
SÃO PAULO, Roberto. As expectativas para a produção de petróleo no Brasil. Disponível em:
<https://jornalggn.com.br/noticia/as-expectativas-para-a-producao-de-petroleo-no-brasil>. Acesso em:
01/09/2018.

126
PERCEBENDO INDÍCIO DE PENSAMENTO CRÍTICO EM
ESTUDANTES ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE SEQUÊNCIA
DIDÁTICA COM ENFOQUE CTS
Mônica Silveira1, Elder Sales Teixeira2
1
IFBA (Brasil), 2 UEFS (Brasil)
monica.silveira@ifba.edu.br, eldersate@gmail.com

Resumo
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
De acordo com Kawamura e Hosoume (2003), o ensino objetiva a formação para a vida, com
compreensão das causas e consequências das escolhas científico-tecnológicas. Nessa linha, Kuenzer e
Grabowski (2006) afirmam que a associação entre Ciência e Tecnologia (CT) é decisivo na integração entre
educação básica e educação profissional. Nesse âmbito, o ensino com enfoque em Ciência, Tecnologia e
Sociedade (CTS) vem se consolidando, sendo respaldada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) como
forma de Educação Tecnológica. Segundo Barbosa e Bazzo (2014), a perspectiva CTS pode estimular autonomia
e pensamento crítico (PC), ao conciliar temas científicos com vida cotidiana. Ramos (2011) aponta a necessidade
de revisão dos processos de ensino, para que o aprendizado ocorra pela resolução de desafios, considerando o
cotidiano do aluno e com boa preparação nas questões abordadas.
Esse contexto me levou a questionar minha atuação enquanto educadora. A formação em engenharia
não me preparou para os desafios da sala de aula. Foi essa conjuntura que me levou a buscar novas maneiras de
atuar na docência e mecanismos para engajar os estudantes em discussões que apoiassem a formação cidadã.
Alguns pesquisadores têm indicado o ensino de ciências utilizando situações problema como uma forma de
inserir o enfoque CTS no contexto da sala de aula, viabilizando o estudo de conteúdos conceituais através da
aproximação com o cotidiano da vida dos estudantes e possibilitando a ampliação do PC, da argumentação, da
reflexão moral e do engajamento social e político (HODSON, 2013). Assim, a pesquisa em andamento visa
perceber o impacto que uma sequência didática com enfoque CTS pode ter sobre PC dos estudantes.
METODOLOGIA
A atividade completa compreende dez aulas nas quais são apresentados: questionário inicial, vídeos
para discussões sobre as relações CTS, sequência didática (situação problema) e questionário final. A situação
problema foi concebida para abarcar a realidade profissional dos estudantes e o contexto atual da situação
econômica do país. Essa estratégia permite que os estudantes atuem sobre a situação apresentada e outros
problemas semelhantes, mobilizando conteúdos conceituais, atitudinais e procedimentais. A coleta de dados está
se desenvolvendo em turma do segundo semestre da modalidade subsequente do curso de Eletromecânica, do
campus Simões Filho do IFBA, no âmbito da disciplina Eletrotécnica, sendo feita por observação, aplicação de
questionários (inicial e final) e análise documental, adequadas à pesquisa-ação. Os documentos avaliados são
seis guias de observação/acompanhamento e os questionários inicial e final (QI e QF) para avaliação da situação
de PC sobre as relações CTS. Além disso, é feito registro em caderno de campo e gravação de vídeo.
A análise sobre as relações CTS e sobre o PC foi elaborada para ser aplicada principalmente sobre os
questionários inicial e final. A análise das categorias foi feita a partir das opiniões selecionadas pelos alunos para
cada uma das situações apresentadas nos questionários com base nos mitos CTS: não neutralidade da ciência,
modelo de decisões tecnocráticas, perspectiva salvacionista de C&T e determinismo tecnológico. As
informações analisadas foram das opiniões selecionadas pelos alunos para cada uma das situações apresentadas
nos questionários inicial e final. A análise da condição de PC dos estudantes foi feita com base nas justificativas
apresentadas para as opiniões selecionadas nos questionários. Essas explicações foram avaliadas segundo
algumas das categorias de PC citadas por Freire (2007): (1) demonstrar curiosidade intelectual/epistemológica;
(2) compreender os vários pontos de vista sobre a situação; e (3) ter profundidade na interpretação.

127
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A sequência didática foi aplicada no semestre de 2017.2, com vinte e quatro estudantes, em caráter
protótipo para validação da estrutura dos guias e da organização cronológica da sequência e está sendo aplicada
formalmente no semestre de 2018.1, com dezesseis estudantes. Nas duas turmas, a discussão sobre as relações
CTS através dos vídeos demonstrou a pouca reflexão dos estudantes sobre as questões que envolvem ciência e
tecnologia, pois os mesmos não trouxeram exemplos ou questões novas para discussão, se atendo ao apresentado
na atividade. Em ambas, a situação problema foi bem acolhida pelos estudantes, que se envolveram plenamente
nas discussões sobre propostas de soluções. Houve bastante participação, com propostas para ampliação do
mercado da empresa e redução de custos na mesma.
Na aplicação protótipo, com relação à análise das percepções dos alunos sobre as relações CTS, houve
uma predominância de opiniões sobre a não neutralidade da ciência, seguida da perspectiva salvacionista para o
QI. No QF, manteve-se a predominância da não neutralidade da ciência, mas a segunda foi deslocada para a
emissão de sua própria opinião. Isso pode indicar que os alunos passaram a não aceitar as respostas prontas como
as mais adequadas, fugindo do padrão inicial após a atividade. Com relação ao PC, os alunos refletem pouco PC,
considerando que representam características de um pensador crítico: curiosidade intelectual/epistemológica,
pluralidade de observação e profundidade na interpretação. Quase metade das respostas apresentam apenas uma
característica de pensador crítico, a outra parte apresentou duas das características do pensador crítico. Nenhuma
resposta foi classificada com as três características do PC. No entanto é possível perceber que houve aumento da
quantidade de justificativas com presença de duas características de PC, indicando uma alteração do PC após a
aplicação da atividade. Os dados coletados da turma do semestre de 2018.1 ainda está em fase de análise.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, acredito que o planejamento e execução de uma intervenção, norteada pelos
aspectos apresentados, pode promover a transição para o amadurecimento do PC, uma vez que os estudantes
devem mobilizar diferentes formas de raciocínios para lidar com a situação problema apresentada. Os resultados
apontam indícios de melhoria do pensamento crítico, indicando a validade da metodologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, L. C. A.; BAZZO, W. A. A escola que queremos: é possível articular pesquisas ciência-tecnologia-
sociedade (CTS) e práticas educacionais? Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, v. 8, p. 363-372,
2014. Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br>. Acesso em: 4 abr 2015.
FREIRE, Leila Inês Follmann. Pensamento crítico, enfoque educacional CTS e o ensino de química.
Dissertação apresentada ao Colegiado do Curso de Mestrado em Educação Científica e Tecnológica em
cumprimento parcial para obtenção do título de Mestre em Educação Científica e Tecnológica. Orientador:
Prof. Dr.Walter Antonio Bazzo. Local, 2007. Disponível em:
<http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89901>. Acesso em: 01 nov. 2016.
HODSON, D. Don't Be Nervous, Don't Be Flustered, Don't Be Scared. Be Prepared. Canadian Journal of
Science Mathematics and Technology Education, 2013, 13(4), 313-331.
KAWAMURA, M. R. D.; HOSOUME, Y. A contribuição da física para um novo ensino médio. In: MEC
(Org.). Física na Escola. São Paulo, v. 4, n. 2, p. 9-17, 2003. Disponível em: <http://www.sbfisica.org.br>.
Acesso em: 20 jan. 2015.
KUENZER, A. Z.; GRABOWSKI, G. Educação Profissional: desafios para a construção de um projeto para os
que vivem do trabalho. Perspectiva, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 297-318, jan./jun. 2006. Disponível em:
<http://www.perspectiva.ufsc.br>. Acesso em: 2 nov. 2014.
RAMOS, M. N. O Currículo para o Ensino Médio em suas Diferentes Modalidades: Concepções, Propostas e
Problemas. Educação e Sociedade, Campinas, v. 32, n. 116, p.771-788, jul./set. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br >. Acesso em: 13 out. 2014.
Palavras chave: Ciência, tecnologia e Sociedade (CTS); Ensino de ciências; Pensamento crítico (PC); Sequência
didática (SD).

128
PERFIL DOS INDICADORES DE CONCLUSÃO E NÃO CONCLUSÃO DO CURSO
TÉCNICO INTEGRADO DO IFBA DE SIMÕES FILHO
Eliana Maria da Silva Pugas
Instituto Federal de Edicação Ciêcia e Tecnologia da Bahia (Brasil)
elianapugas@ifba.edu.br

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
O curso técnico modalidade Integrado do IFBA, tem duração de quatro anos sendo os três primeiros compostos
por disciplinas do ensino médio e algumas técncas e o último voltado mais para as disciplinas técnicas. Com
base no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), para a efetiva conclusão do curso técnico é necessária a
comprovação de experiência na área correspondente ao curso, podendo ser através do Trabalho de Conclusão do
Curso (TCC), estágio ou caracterização de experiência pelo vínculo empregatício na função compatível com a
área de atuação do curso. O aluno com menos de 18 anos que participar do Programa Jovem Aprendiz, na área
do curso também poderá validar a comprovação da experiência. Quando os alunos chegam no 4º ano a
instituição sempre enfrenta um desafio para evitar a evasão, visto que os alunos almejam passar no Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM) para ingressar na universidade ou do Exame Nacional para Certificação de
Competências de Jovens e Adultos (ENCCEJA) para concluir o ensino médio e assim deixam de concluir o
curso técnico.
Objetivos:
Analisar de forma preliminar o perfil dos indicadores de conclusão e não conclusão dos cursos técnicos na
modalidade Integrado e identificar diretrizes para aumentar o quantitativo de alunos concluintes.
Metodologia:
O estudo usou como base as informações do cadastro acadêmico de cada aluno dos curso de Petróleo e Gás
(PGN), Eletromecânica (ELE) e Mecânica (MEC) considerando o período de ingresso (2007 a 2013) e ano de
conclusão (2010 a 2016) respectivamente. Não foi incluído o curso de Metalurgia (MET) devido a
descontinuidade ocorrida no peíodo do estudo. A capacidade de exito escolar foi medida através do Indicador de
Conclusão de Curso (ICC), adaptado do Manual de Cálculo dos Indicadores de Gestão (Brasil, 2016 p.19) que
considera o total de alunos concluintes (por curso e ano de ingresso) pelo total de alunos matriculados,
multiplicados por uma base de 100, para análise da evolução temporal. A capacidade de alcançar êxito entre os
alunos que finalizaram o curso foi medida através do Indicador de Eficiência Acadêmica (IEA), também
adaptado do Manual de Cálculo de Gestão (Brasil, 2016 p 19) que considera o total de alunos concluintes (por
curso e ano de ingresso) pelo total de alunos que finalizaram o curso (parte teórica), multiplicado pela base 100.
Neste caso foram excluídios os alunos desligados, evadidos e os transferido para outras instituições. A
capacidade de não concluir o curso técnico embora tenha concluído a parte teórica do curso foi medida através
do Indicador de Evasão de Integralizados (IEI) que considera o total de alunos que finalizaram a parte teórica do
curso (por curso e ano de ingresso) pelo total de alunos matriculados, multiplicado pela base de 100.
Resultados:
No período estudado o curso que apresentou maior média do Indicador de Concusão de Curso foi ELE (48,4%)
seguido de MEC (43,3%) e em menor proporção PGN (27,6%). Entretando para a média do Indicador de
Eficiência Acadêmica o curso de MEC apresentou o maior valor (64,5%) seguido de ELE (60,3%) e bem abaixo
PGN (38,1%). Quanto ao Indicador de Evasão de Integralizados o maior valor ficou para o curso PGN (40,6%)
seguido de ELE (28,9%) e MEC (25,2%). Os cursos de ELE e MEC têm comportamento bastante semelhante
quanto ao Indice de Conclusão de Curso, começaram alto 100% e 87,5% respectivamente e permaneceram acima
de 50% até o ano de saída de 2011; apartir daí os indicadores começaram a cair chegando a atingir 20% para
ELE e 23,3% MEC em 2016. O curso de PGN iniciou alto (80%) e no ano seguinte já estava 35,5% sendo
reduzido ano a ano até atingir 10,3% em 2016. Em contrapartida o Indicador de Evasão de Integralizados tem
sido inversamente proporcional, o Curso de PGN começou com 20% e foi crecendo gradativamente até atingir

129
69% em 2016. ELE e MEC iniciaram baixo (17,9% e 12,5) respectivamente e atingiram 60% em 2016. Em 2011
o Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) para Rede Federal de Educação Profissional
constatou que o percentual de concluintes do Nível Médio no período de 2004 a 2011 era de 46,8%, embora o
Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação 2011-2020 tenha como meta 90% (BRASIL, 2011). Em 2013, um
estudo de mestrado, usando informações do MEC/SISTEC mostrou a média nacional dos Indicadores de
Conclusão de Curso da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica para cursos técnicos, sendo 36%
para o ano de 2011 e 21% para o ano de 2012. A estratificação por região mostrou o Nordeste com 34,63% para
o ano de 2011 e 23,66% para o ano de 2012 (SILVA, 2013 p 42 e p 45).
Considerações finais:
O cenário nacional dos Institutos Federais tem mostrado uma redução gradativa dos Indicadores de Conclusão de
Curso e para o Campus de Simões Filho o impacto tem sido maior para o curso de PGN. A crise econônica que
atingiu as empresas também fez com que poços maduros de petróleo fossem fechados e consequentemente a
oferta de estágio foi reduzida chegando a quase nenhuma e estes alunos têm optado por realizar o TCC. Para os
cursos de ELE e MEC as ofertas de estágio aparecem com mais frequencia tanto para empresas de grande como
de médio e pequeno porte. Para tentar reverter um pouco esta situação, a partir de 2016 o IFBA Campus de
Simões Filho vem disponibilizando para os alunos do 4º ano e egressos o Processo Seletivo para Estágio Interno.
Este processo, que é oferecido duas vezes por ano, envolve prova escrita e entrevista com o coordenador do
respectivo curso e os selecionados deverão desenvolver durante 06 meses o Plano de Estágio estabelecido pelo
Professor Orientador. O número de vagas tem sido proporcional à dificuldade de estágio externo e à quantidade
de professores disponíveis para orientação, sendo o curso de PGN o que oferece o maior número de vagas. A
instituição tem incentivado os alunos para conclusão do curso técnico através da elaboração de TCC, estágio
(externo e interno) e o reconhecimento da caracterização de experiência, mas mesmo com todas estas opções
alguns alunos que conseguem estágio ou iniciam o TCC não finalizam. Dessa forma o estudo de quatro anos de
curso integrado (ensino médio e técnico) fica perdido, pois, embora tenha cursado todas as disciplinas teoricas, o
aluno é considerado “não concluinte” sendo computado para o indicador de evasão da instituição. Ainda, os
alunos buscam a certificação do ensino médio através do exame do ENCCEJA, que é direcionado para pessoas a
partir de 18 anos. Devemos considerar que o conhecimento e aprendizado destes alunos é fruto do método e do
corpo docente da instituição, dessa forma precisamos buscar mecanismos para que os certificadores do Ensino
Médio reconheçam a legitimidade de conclusão do Ensino Médio para os alunos do curso Técnico que tenham
finalizado todas as disciplinas teóricas. O diploma de Técnico em Petróleo e Gás, ou Técnico em Eletromecânica
ou Técnico em Mecânica continuaria vinculado a comprovação da experiência na referida área e
consequentemente os Indicadores de evasão seriam mais justos.
Agradecimentos:
Aos servidores lotados na Gerência de Recursos Administrativos (GRA) por disponibilizar o acesso aos dados da
situação acadêmica dos alunos do Campus de Simões Filho, bem como aos colegas, que de alguma forma
contribuiram e me incentivaram na realização da pesquisa.
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Ministério da Educação. Manual para cálculo de gestão das Instituições da Rede Federal de
Educação profissional Científica e Tecnológica, abril, 2016.
SILVA, Tadeu Lucena. Baixa taxa de conclusão dos cursos técnicos da rede federal de educação
profissional e tecnológica: uma proposta de intervanção. Dissertação de Mestrado da Universidade Federal
de Juiz de Fora, 2013.
TCU. Relatório de Auditoria do Tribunal de Contas da União Evasão nos Institutos Federais. TC
026.062/2011-9, 2011

130
PROGRAMA DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO
TÉCNICA: UMA EXPERIÊNCIA COM LICENCIANDOS EM
ELETROMECÂNICA
ANA RITA SILVA AMEIDA1, JOSÉ JORGE MENDES FREITAS 2, MÔNICA
SILVEIRA 3
1
IFBA-SF(Brasil), 2IFBA-SF(Brasil), 3IFBA-SF(Brasil)
ana.chiara@ifba.edu.br, cejjorge@gmail.com, monica.silveira@ifba.edu.br

Resumo
1. Introdução
Tomando por premissa o fato de que a formação profissional compreende não somente o estudo por meios teóricos
durante a formação específica, mas também as vivências e os conhecimentos práticos adquiridos na lida cotidiana
da profissão, os cursos de formação de professores (licenciaturas) devem propiciar ao estudante distintas
oportunidades de exercitar a prática da docência por meio de diversas situações que viabilizem a experimentação
de novas formas de ensinar (Neitzel, Ferreira e Costa, 2013). Nesse contexto, o PIBID se apresenta como uma
oportunidade através da qual os licenciandos são apresentados ao universo das escolas públicas já no início da sua
formação acadêmica visando desenvolverem atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da
licenciatura e de um professor da escola (BRASIL, 2008).
Por conta dessa necessidade, o Campus Simões Filho do IFBA elaborou e implantou um projeto PIBID em 2014,
concebido para que os alunos do curso de Licenciatura em Eletromecânica existente no campus tivessem um
contato inicial com a prática docente através de um processo de observação, entrevista e elaboração de material de
apoio para utilização em disciplina dos cursos da modalidade “Educação profissional técnica de nível médio”
existentes no campus. O projeto teve início em abril de 2014 e finalizou suas atividades em fevereiro de 2015,
tendo sido oferecidas 25 vagas de bolsas de iniciação à docência e 3 vagas de supervisão.

2. Objetivo
Possibilitar aos Licenciandos em Eletromecânica do Campus Simões Filho, IFBA, uma experiência de docência,
desde a apropriação do conteúdo até a elaboração e aplicação de ferramentas didáticas.

3. Metodologia
Durante o período do projeto, foram realizadas reuniões com os bolsistas e os supervisores com a finalidade de
organizar e planejar as atividades a serem executadas em cada encontro. Nas reuniões com os bolsistas foram
propostas atividades de estudo, pesquisa e orientação para concretização das ações planejadas. Foram também
realizadas diversas reuniões entre os supervisores para organização e planejamento de atividades.
Assim, foram realizadas as seguintes atividades: (1) Levantamento da situação dos alunos dentro do curso
de Licenciatura e na vida profissional; (2) Apresentação dos formatos de organização e registro de atividades; (3)
Agrupamento dos alunos em equipes para desempenho das atividades em grupo; (4) Definição da disciplina objeto
de acompanhamento durante o projeto; (5) Identificação dos conteúdos da disciplina selecionada; (6) Apresentação
dos conteúdos e da metodologia de estudos dos mesmos para os alunos; (7) Apresentação dos seminários dos
alunos; (8) Apresentação dos laboratórios aos bolsistas; (9) Troca dos conteúdos das equipes e elaboração de aulas
práticas pelos mesmos; (10) Apresentação dos diários de bordo dos bolsistas; (11) Apresentação das propostas de
aula prática; (12) Levantamento dos horários das aulas da disciplina para acompanhamento; (13) Organização dos
grupos por disponibilidade de horário; (14) Elaboração de material de apoio para o acompanhamento e definição
dos aspectos a serem observados; (15) Organização da equipe para desenvolvimento do blog e do jogo temático
para uso como material de apoio na disciplina; (16) Reunião com os professores da disciplina para apresentação
do projeto e do processo de acompanhamento.

4. Resultados
Inicialmente, o projeto contava com vinte bolsistas, mas no decorrer dos trabalhos foram desligados cinco alunos
por alcançarem um nível de faltas às reuniões superior a 45%.

131
No que tange às ações planejadas para execução, estas precisaram ser repensadas em função da ocorrência de greve
dos servidores, férias, recesso e dificuldade de financiamento do projeto, que impactou de forma significativa na
condução do projeto, especificamente, no levantamento de algumas informações previstas inicialmente no plano
de trabalho. Com isso, apenas sete ações foram efetivamente realizadas: (1) Apresentação do PIBID; (2)
Levantamentos dos conteúdos do planejamento escolar da disciplina com fins de diagnóstico; (3) Observações das
práticas pedagógicas exercidas no âmbito do processo de ensino aprendizagem; (4) Oficinas de criação de materiais
didáticos; (5) Orientações para a construção de um diário de bordo; (6) Organizações de instrumentos para registro
das atividades; e (7) Elaboração de blog e jogo.
Aplicação do jogo em uma das turmas de Tecnologia Mecânica: O jogo foi
elaborado no formato “jogo de tabuleiro” (Figura 1) com perguntas sobre o
conteúdo elementos de fixação, sendo aplicado em uma turma do ensino
médio na modalidade integrada para validação. Em um primeiro momento
houve a leitura das oito regras do jogo, depois a divisão dos alunos em cinco
equipes compostas de seis alunos e um líder para representar a equipe;
houve uma pontuação para a equipe vencedora de cinco pontos e as outras
receberam pontuações de 4,3,2,1 pontos de acordo com a colocação das
mesmas em ordem decrescente de colocação. Para definir qual grupo
iniciava a partida, foi feito um sorteio utilizando um dado; em seguida,
Figura 1 - Jogo de tabuleiro sobre inicia-se o jogo propriamente dito, com perguntas a cada grupo, observando
elementos de fixação a ordem do sorteio e com um tempo para resposta de 30 segundos sobre os
conteúdos de elementos de fixação. A aula foi filmada e o vídeo está
disponível na Coordenação da Licenciatura em Eletromecânica bem como o jogo.
Em uma última reunião foi definida a data limite para entrega dos diários de bordo e foi feita uma avaliação do
projeto como um todo. Os bolsistas apresentaram o resultado final dos registros organizados no formato de diário
de bordo e as informações levantadas no acompanhamento da disciplina e o jogo que foi elaborado. No entanto, o
blog não foi apresentado pela equipe responsável.

5. Considerações Finais
A experiência do PIBID foi um grande aprendizado para os supervisores, que orientaram os estudantes da
Licenciatura em Eletromecânica nas práticas docentes em disciplinas técnicas. Ao mesmo tempo, a experiência
representou para os bolsistas uma oportunidade para melhorar a produção textual e experimentar a preparação de
aula teórica e a prática em laboratório.
Podemos salientar como pontos negativos, as questões que impactaram no transcorrer do projeto e na sua plena
execução como: Paralisação de servidores, que impactaram na condução do projeto; dificuldade dos alunos em
participar das reuniões e de entregar as metas previstas; dificuldade em articular trabalho em grupo, o que implicou
na retirada de cinco bolsistas do projeto; o não cumprimento da meta de construção do blog não ter sido alcançada
por falta de interesse dos bolsistas responsáveis.
Por outro lado, existem pontos positivos que precisam ser ressaltados, a saber: Compromisso da maioria dos
bolsistas; colaboração dos professores de Tecnologia Mecânica; disponibilidade dos alunos em acompanhar as
aulas de Tecnologia Mecânica; e criação e aplicação do jogo além de um artigo intitulado “PIBID: UMA
EXPERIÊNCIA PIONEIRA NA EDUCAÇÃO TÉCNICA NO IFBA CAMPUS SIMÕES FILHO” que foi
apresentado no I Seminário PIBID do Nordeste, o V Seminário Baiano das Licenciaturas e o V Seminário Estadual
PIBID-IAT, que ocorreram na UFBA, entre os dias 01 a 04/12/15.

Referências
BRASIL. CAPES. Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Publicação: 03 de
setembro de 2008. Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid. Acesso em: 21 de
outubro de 2017.

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132
PROJETO DE UM SISTEMA ELETRÔNICO DE VOTAÇÃO COM USO
DE CI’S
Luciano Almeida da Silva1 , Miguel Pereira Santos Neto2, Leonardo Ferreira de Abreu 3,
Nailson Kleoton Viana Ferreira4
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
3
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil
4
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)

luianosilva@ifba.edu.br, miguel@ifba.edu.br, lfabreu19@gmail.com, nailsonkleoton@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico

No início da “era da eletrônica”, todos os problemas eram resolvidos por sistemas analógicos, também conhecidos
por sistemas lineares. Apenas em 1938, o engenheiro americano Claude Elwood Shannon utilizou as teorias da
álgebra de Boole para solução de problemas de circuitos de telefonia com relés, tendo publicado um trabalho
denominado Symbolic Analysis of Relay and Switchng, praticamente introduzindo na área tecnológica o campo
da eletrônica digital. Esse ramo da eletrônica emprega em seus sistemas um pequeno grupo de circuitos básicos
padronizados conhecidos como portas lógicas. (IDOETA,2000).
O surgimento das portas lógicas possibilitou a montagem de circuitos lógicos mais complexos, porém as mesmas
por si só constituem apenas a representação de uma expressão gerada a através da álgebra de Boole, tendo
utilização efetiva à partir da fabricação de componentes eletrônicos capazes de executar a função de cada porta
lógica, e com isso surgem os circuitos integrados ou CI’s. Classificados pelo tipo de tecnologia aplicada, os
circuitos integrados mais utilizados são das famílias: TTL ou CMOS.
Para o projeto proposto escolhemos os CI’s da família TTL, pois as versões disponíveis em mercado possuem
uma variedade de portas lógicas capazes de atender o projeto com custo mais reduzido em relação aos disponíveis
pela família CMOS.
A montagem de estrutura lógica será elaborada de acordo com todas possibilidades do nível lógico (0 ou 1) de
entrada e a saída desejadas no projeto. Para esse projeto especificamente serão 16 possibilidades de combinação
dos níveis lógicos, pois trata-se de um sistema de votação envolvendo 4 votos e dois níveis de votação (sim ou
não).

Objetivos

Este projeto tem por finalidade, demonstrar a montagem de uma unidade de votação eletrônica utilizando circuitos
integrados, baseado em conceitos importantes da eletrônica digital. Para isso o projeto deverá seguir uma rotina
específica, onde será possível efetuar a leitura de 4 votos (sim ou não) simultâneos, no qual um dos votantes
possuirá voto majoritário para o desempate. Os votantes receberão as nomenclaturas específicas seguintes: Diretor,
Vice-Diretor, Secretário e Tesoureiro, sendo o primeiro, portador do voto majoritário.

133
Metodologia

Para início da proposta, será necessário o levantamento da quantidade de entradas binárias simultâneas, de acordo
com o número de votantes, nas quais as possibilidades de voto seriam o “não ou sim”, representados
respectivamente pelo 0 ou 1 (0 ou 5 volts), seguida pela construção da tabela verdade, montagem da expressão
booleana e a simplificação através do mapa de Karnaugh. A partir da simplificação da expressão será possível
definir a quantidade de portas lógicas necessárias e quantos CI’s serão utilizados.

Resultados

Por tratar-se de uma demanda gerada em sala de aula, a partir de um desafio lançado pelo professor orientador1,
buscamos utilizar todos os métodos abordados até então, visando simplificar a montagem do circuito com a
utilização de um layout específico e de fácil operação. A aplicação da metodologia possibilitou uma montagem
mais simples e com a utilização reduzida de portas lógicas e consequentemente uma redução na quantidade de
CI’s, resultando em um circuito mais compacto e com menos erros.

Considerações finais

No decorrer da elaboração do projeto, foi possível constatar que uma demanda gerada em sala de aula, por mais
simples que aparenta ser, pode englobar uma variedade de conceitos, e se torna um atrativo para participação
efetiva dos alunos. São estas propostas simples que geram um nível de interação importante para o processo de
ensino-aprendizagem.

Referências Bibliográficas

IDOETA,I. CAPUANO, F. Elementos de Eletrônica Digital. 39 ed. São Paulo: Érica, 2007. p. 41 – 457.
GARCIA, P. MARTINI, J. Eletrônica Digital: Teoria e Laboratório. 1 ed. São Pauo: Érica, 2006.

134
PROJETO DOS PAIN!IS DE INSTALA"#ES EL!TRICAS BASEADOS
EM UMA CASA EXPERIMENTAL
¹Priscilla Souza, ²Daiene Lima da Silva Santos, ³Maria Carolina de Almeida Santos
Rosa, 4•• Gabriel de Deus
1•
Docente IFBA (Brasil)
²•
Estagi!ria IFBA (Brasil)
3•
Estagi!ria IFBA (Brasil)
4•
Discente IFBA (Brasil)
E-mails: ifbasimoesf@gmail.com, enny_santtos@gmail.com,
mariac.asr@outlook.com,thagabriel3515@gmail.com

Resumo
Introduç$o/ Referencial Te%rico
Com o avanço da tecnologia a imers•o digital é algo que n•o se pode evitar ou impedir, consequentemente às
mudanças nas instalaç•es elétricas nas residências atuais devido à inserç•o de novas cargas torna-as mais
complexas, pois a segurança dos aparelhos e usu•rios é essencial, visto que os mesmos possam estar expostos à
vulnerabilidade das improvisaç•es nas instalaç•es elétricas, bem como aos acidentes de origem elétrica. A
utilizaç•o de produtos eletroeletrônicos que possuem selos de aprovaç•o e segurança, como o Selo Procel do
Inmetro, que busca informar o consumidor a capacidade de consumo energético do produto, n•o s•o o suficiente
para garantir a proteç•o do usu•rio e a eficiência do produto, pois é de extrema importância que a instalaç•o
elétrica atenda aos requisitos m•nimos de segurança preconizados pelas normas técnicas brasileiras.

Objetivos
1. Reconstruir o laborat•rio de instalaç•es elétricas, reformulando painéis experimentais que simulam
cômodos residenciais.
2. Desenvolver toda uma instalaç•o exposta com o objetivo did•tico de conectar e aprimorar os
conhecimentos adquiridos na pr•tica do ensino de instalaç•es elétricas, servindo de exemplo para que
os alunos estejam tendo total imers•o a uma instalaç•o elétrica residencial completa.
3. Atender os critérios m•nimos da NBR 5410/2008 e NR 10 de forma efetiva e did•tica, para ser usada
como uma ferramenta de aprendizado a fim de melhor capacitar os alunos e futuros técnicos da
Instituiç•o Federal do Campus Sim•es Filho.

Metodologia
Nossa primeira e principal ferramenta s•o as Normas Regulamentadoras aplic•veis às Instalaç•es Elétricas, que
por si s• contém toda informaç•o técnica necess•ria para prosseguirmos realizar as seguintes etapas:
1. Planejar e projetar os painéis did•ticos;
2. Desenhar e elaborar os layouts dos painéis;
3. Dimensionamento e caracterizaç•o dos circuitos;
4. Elaboraç•o do memorial descritivo e lista de materiais.
As etapas supracitadas foram divididas entre os integrantes da equipe de trabalho deste projeto em: Desenhista;
Criaç•o & Desenvolvimento e Suporte. No laborat•rio de inform•tica (IFBA SF), onde nos reunimos, t•nhamos
todo suporte técnico necess•rio, ferramentas e utens•lios que foram essenciais para o aperfeiçoamento das ideias,

135
nos quais os softwares AutoCad, Solid Work, Multsim e, normas NBR 5410/2008 e IEC 60417 além disso o
suporte da Orientadora Técnica do Projeto.
Inicialmente foi apresentado um croqui do Laborat•rio de Instalaç•es Elétricas, essa continha algumas peças e
ideias chaves que nos fariam entender e prosseguir com nossas pr•prias formulaç•es acerca do trabalho. Esta
continha à vista frontal das paredes do laborat•rio onde ir• comportar os futuros painéis e a partir disso se criou e
projetou à disposiç•o nas paredes os layouts dos painéis utilizando o software Autocad. Ao longo do
desenvolvimento dos layouts tivemos alguns embates de ideias que consistiam em alinhar e conciliar a did•tica,
a estética, a padronizaç•o normativa e o custo benef•cio.
Partindo desse pressuposto, desenvolvemos uma metodologia evolutiva entre os painéis, isso iria aprimorar a
did•tica, tornaria a aprendizagem desafiadora, e ainda mantendo os padr•es normativos de projetos de
instalaç•es elétricas e aspectos m•nimos de segurança em eletricidade. Dividimos os painéis em duas categorias:
b•sicos e avançados. Para que essa divis•o n•o fosse apenas estética, n•s projetamos cada painel baseado em um
cômodo espec•fico, ou seja, cada painel representa um cômodo, que representa uma •rea ou espaço espec•fico de
uma instalaç•o elétrica residencial e, essa divis•o iria impactar diretamente nas possibilidades que o discente
teria que desenvolver evolutivamente ao longo das atividades propostas nos tipos de projetos de instalaç•es
elétricas prediais do Curso Técnico em Eletromecânica.

Resultados
Baseando-se em todas as analise e informaç•es expostas por todo este relat•rio, organizamos e formatamos o
projeto dos painéis did•ticos numa folha A3,contendo a representaç•o do diagrama unifilar do painel did•tico, o
diagrama do quadro de distribuiç•o de baixa tens•o de cada cômodo categorizado no layout e a lista de matérias,
a fim de apresentar o projeto de forma objetiva e profissional. Reformulamos a vista frontal das paredes do
Laborat•rio de Instalaç•es Elétricas com a disposiç•o dos painéis did•ticos projetados e categorizados.
Como extens•o do laborat•rio de instalaç•es elétricas, fizemos o aproveitamento de uma casa em construç•o
para elaborar uma instalaç•o elétrica exposta, para que os alunos da instituiç•o possam vivenciar e ver na pr•tica
o resultado final de uma instalaç•o completa. A extens•o do projeto, que consistia na montagem de uma
instalaç•o exposta e did•tica, resultou na elaboraç•o dos circuitos, diagramas unifilares, lista completa de
materiais, memorial descritivo e mapeamento in loco dos circuitos. Durante o processo, reformulamos a planta
inicial. A partir prosseguimos com diagrama unifilar dos circuitos presentes na instalaç•o, lista completa de
materiais necess•rios e o mapeamento in loco dos circuitos.

Consideraç!es Finais
Foi com muita disposiç•o e intenç•o de fazer acontecer que projetamos os painéis b•sicos ao qual contém a
representaç•o de cômodos simples que exigem uma quantidade menor de circuitos, j• os avançados, baseados
em cômodos mais complexos que exigem mais circuitos, como mostrado. Na extens•o do projeto,
desenvolvemos os circuitos, diagramas, memoriais da residência e mapeamos os circuitos. Como estudantes do
Instituto e agora estagi•rias, sabemos as limitaç•es que os alunos e professores encontram para dispor uma
pr•tica de qualidade e que dê v•rias possibilidades de ligaç•es de circuitos, e prezando a qualidade de ensino, o
cumprimento e especificaç•es das normas que regem a •rea de instalaç•es elétricas que n•s propomos esse
projeto como uma das soluç•es para o melhor andamento das aulas.

Referências Bibliogr"ficas
ABNT, Associaç•o Brasileira de Normas Técnicas. •Instalaç!es Elétricas de Baixa Tens#o. •Rio de Janeiro, 17
de Mar de 2008.
NR, Norma Regulamentadora n! 10. Segurança em Instalaç•es e Serviços em Eletricidade. Ministério do
Trabalho.

136
PROJETO METAMORFOSES: MAIS DIFERENÇAS, MENOS
EXCLUSÃO

Graziela Silva Ferreira [orientadora]¹, Camila Sacramento Melo de Almeida², Julyane


Marinho S. Santos³, Deyvid Airam Passos Rodrigues4, Tamires Pereira Sousa5
¹Instituto Federal da Bahia (Brasil), ²Instituto Federal da Bahia (Brasil),³Instituto Federal da Bahia
(Brasil), 4Instituto Federal da Bahia (Brasil), 5Instituto Federal da Bahia (Brasil,

E-mails: grazeferreira@gmail.com, camilamelo1013@gmail.com, marinhojuly@gmail.com,


deyvidaiiram@gmail.com, tamicopque@gmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: O presente projeto de extensão pretendeu oferecer à pessoas com
deficiência (cadeirantes) atividades extracurriculares, entendendo a diversidade como constitutiva da sociedade.
Partindo do pressuposto que existe uma necessidade de cuidados com a saúde e oportunidades de aprendizado e
habilidades das pessoas com deficiência, necessárias para um fundamental exercício da cidadania, o trabalho
desenvolvido teve como referência documentos legais como BRASIL (2011), que aponta sobre os direitos das
pessoas com deficiência e LDB (2015), que nos orienta sobre os processos de educação e formação no contexto
da escola. Além de MAZZATTA e D’ANTINO (2011), que discutem sobre a temática da inclusão, RESENDE
(2009) e SILVA e FARAH (2017) que discorrem sobre a necessidade de compreensão sobre os fatores que
podem interferir ou promover uma maior percepção da qualidade de vida de pessoas com deficiência. Tem-se
que qualidade de vida refere-se à avaliação subjetiva do indivíduo de acordo com os próprios critérios e
parâmetros, da sua competência no cotidiano, incluindo a percepção da saúde, alterações cognitivas e auto-
eficácia (RESENDE e GOVEIA, 2009). Assim, o corpo deficiente, nesse contexto, é entendido como tendo as
mesmas capacidades de outro corpo, com valorização da afetividade e da liberdade de cada participante em se
reconhecer como sujeito de sua prórpia história. O que torna esse projeto relevante no que se refere ao papel da
escola diante das questões referentes à inclusão social das pessoas com deficiência. Objetivos: Melhorar a
qualidade de vida de estudantes com deficiência (cadeirantes) matriculados(as) no IFBA, em escolas públicas e
comunidade do Bairro Pitanguinha de Simões Filho através de atividades extracurriculares (exercícios físicos
resistidos e funcionais, atividades lúdicas e recreativas em busca da promoção do aumento da independência, da
autoestima, da autoconfiança e da autoaceitação. Metodologia: As atividades aconteceram no Laboratório de
Atividade Física e quadra poliesportiva do ginásio do campus e respeitaram as necessidades individuais e
específicas de cada participante. As aulas foram ministradas duas vezes por semana, em dois turnos (matutino e
vespertino) respeitando a disponibilidade do grupo, totalizando seis meses de trabalho. Nelas foram utilizados
instrumentos diversificados, tais como: cones, tensor, bolas, halteres, colchonetes, entre outros. Exercícios de
musculação, alongamentos e jogos (recreativos e de competição) fizeram parte da programação de atividades do
projeto. As atividades desenvolvidas pela professora contratada, assim como pelas monitoras selecionadas foram

137
supervisionadas pela coordenadora do projeto. Uma ficha de acompanhamento foi desenvolvida pelo grupo de
trabalho para preenchimento dos dados dos/as participantes (pessoais, endereço, telefone para emergência, tipo
sanguíneo, informações médicas, entre outros). Resultados: As relações se estreitavam a cada encontro e o
processo de confiança e autoconfiança avançou de forma progressiva. Nesse sentido, Torres e Vieira (2014)
destacam a importância da escola como ambiente primordial de socialização e educação, auxiliando no
desenvolvimento dos(as) adolescentes com deficiência, salientando ainda que sua inclusão melhora a troca de
experiências, estabelecendo novos laços. Segundo Silva e Farah (2017), é necessário considerar aspectos
positivos que a prática esportiva proporciona como: independência e iniciativa da realização de atividades
diárias, redução no tempo de fisioterapia e aumento da autoestima que contribuem para hábitos de vida saudáveis
agindo como fator de superação. Nesse sentido, esses autores apontam que a atividade física adaptada surge
como um instrumento de interação das pessoas com deficiência no meio social, mostrando que eles(as) possuem
capacidade. O saldo, portanto, das atividades propostas pelo Metamorfoses foi positivo. Uma experiência rica de
aprendizados em todas as esferas possíveis: acadêmica, subjetiva, social. Primeiro passo de uma jornada longa
em busca de uma sociedade que respeite as múltiplas diferenças. Considerações finais: As atividades
desenvolvidas se mostraram como uma estratégia para promover a melhoria dos aspectos emocional, fisiológico
e social, funcionando como alternativa para as situações enfrentadas diariamente por cadeirantes, aumentando,
assim, sua qualidade de vida. Faz-se necessário então, repensar no que diz respeito à inclusão real das pessoas
com deficiência e que o impedimento ou dificuldade quanto à presença ou permanência destes sujeitos no meio
social é fruto do desrespeito às diferenças.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 4. ed., rev. e atual. Brasília : Secretaria
de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 – 11. ed. –
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. Disponível em: http://www.ufsj.edu.br/portal2-
repositorio/File/proen/ldb_11ed.pdf. Acesso em: 01/06/2018.
MAZZOTTA, Marcos José da Silveira; D’ANTINO, Maria Eloísa Famá. Inclusão Social de Pessoas com
Deficiências e Necessidades Especiais: cultura, educação e lazer. Saúde Soc. São Paulo, v.20, n.2, p.377-389,
2011.
RESENDE, Marineia Crosara de; GOUVEIA, Valdiney Veloso. Qualidade de vida em adultos com deficiência
física. 2009. Psicologia: Reflexão e Crítica, 24(1), 99-106.
SILVA, Camila Evelyn Bizerra da; FARAH, Breno Quintella. A importância da prática esportiva na
qualidade de vida de cadeirantes: uma revisão narrativa, 2017. Disponível em:
http://repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/1059/1/A%20IMPORTANCIA%20DA%20PR%C3%81TIC
A%20ESPORTIVA%20NA%20QUALIDADE%20DE%20VIDA%20DE%20CADEIRANTES.pdf. Acesso em:
01/06/2018.
TORRES, Vanthauze Marques Freire. VIEIRA, Sandra Conceição Maria. Qualidade de vida em adolescentes
com deficiência. Revista CEFAC. 2014 Nov-Dez; 16(6):1953-1961.

138
PROJETO SOCIAL DE EXTENSÃO: CARPE DIEM, FORMAS DE
APROVEITAR O DIA
Ivo Falcão da Silva1, Carolina Montalvão de Santana 2, Mateus Medeiros Silva³
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Simões Filho (Brasil)
2
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Simões Filho (Brasil)
³Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Simões Filho (Brasil)
E-mails: ivofalcão@bol.com.br, carolina.montalvao2002@gmail.com,
mateussmedeiros130@gmail.com

Resumo
Introdução: No ano de 2018, foi executado um projeto social de intervenção em escola municipal de Simões
Filho: Escola Maria Senhorinha de Oliveira, pelas turmas do primeiro ano de metalurgia e de mecânica. No
início do projeto, as turmas foram divididas em grupos com distintas funções, sendo essas: produção de uma
apresentação musical com instrumentos, dança, uma contação de história, dinâmicas e uma peça com fantoches.
As turmas tiveram em média meses para se organizarem e fazerem as produções por completo, tendo o tema “
Relações Brasil-África” como base para as produções. A primeira turma a apresentar suas produções foi a turma
de metalurgia (02/05). No dia do evento, as crianças chegaram por volta das 8:30 da manhã, tendo como
primeira atividade assistir a apresentação do conto que foi apresentado de maneira teatral, interpretando a
história de uma boneca negra que não era comprada na loja de brinquedos em que ela estava, trazendo a questão
dos padrões de beleza impostos pela sociedade, logo após, as crianças assistiram a apresentação de dança que
trouxe a questão das nossas raízes africanas e a valorização das mesmas. Às 10:00 horas da manhã as crianças
foram levadas para se alimentarem e, em seguida, retornaram para a programação, as mesmas fizeram dinâmicas
que trouxeram o aprendizado sobre a história dos povos africanos no Brasil, por último assistiram a apresentação
musical que teve como foco a luta dos povos africanos. O evento acabou por volta das 11:40 sendo finalizado
com as opiniões das crianças sobre o mesmo. Dois dias após à apresentação da turma de metalurgia, a turma de
mecânica apresentou suas produções (04/05), tendo como horário de iniciação do evento ás 8:30 da manhã, a
contação de historia foi a primeira atividade a ser realizada, onde foi apresentado um conto sobre a história de
Tayó que fala sobre a descoberta de uma menina negra em relação as suas raízes, logo depois, as crianças
assistiram a apresentação de dança que foi abordado o racismo vivido por uma personagem por ela não fazer
parte dos padrões de beleza. Partindo para o conhecimento sobre o continente africano, após a apresentação de
dança, foi apresentado pontos turísticos da África do Sul. Finalizando a apresentação as crianças foram levadas
para se alimentarem, assim retornado logo em seguida para a programação. Retornando da pausa para se
alimentarem, foi iniciado dinâmicas que trouxeram aprendizado para os povos africanos através de jogos típicos
como “Oh my God” (jogo originário de Moçambique), por ultimo assistiram a apresentação musical que trazia
discursos de empoderamento e negritude.
Referencial Teórico: A ABNT/ISO 26000 preconiza as diretrizes relacionadas à "Responsabilidade Social".
Nas orientações desta normativa, aspectos como: comportamento e ação ética, além da construção de atividades
relacionadas com demandas específicas de um grupo social são os eixos norteadores fundamentais deste
documento. Neste sentido, pensar questões relacionadas a um projeto social é uma normatização importante e
representativa para o conhecimento de um profissional que irá ingressar no mercado de trabalho no século XXI.
No campo dos estudos culturais e da linguagem, Althuser (1985) informa que os aparelhos de estado apresentam
mecanismos de domínio, no entanto, sendo amplos e vários, abre, neste movimento, fendas. São nestas fendas
que os movimentos sociais, proletários e alternativos entram e agem. Está em nossa proposta um a maneira de
ingressar nas "fendas" de um regime de educação para crianças e fornecer um novo olhar, lúdico e potente acerca
das relações do Brasil e África, através de mediadores em formação, a saber: estudantes dos cursos integrados do
IFBA.
Já para Lagazzi (1988), o sujeito-de-direto, nos nossos tempos, reinvidica uma noção de caráter humano e
crítico, de cidadão. Isto significa que dotar, desde a infância, o sujeito da sua formação humanística é um forte
instrumento de mudança social. Este aspecto se torna ainda mais latente quando pensamos na fomentação das

139
discussões sobre raça/etnia, descentralização do poder imagético/cultural europeu e empoderamento negro. Estas
ações estarão sendo os elementos motrizes de nossa proposta de trabalho.
Objetivos: Elaborar uma ação social, tendo como base os princípios de responsabilidade e ética, para crianças de
uma creche municipal de Simões Filho / BA.
Metodologia:
1. Pesquisa bibliográfica sobre os nichos temáticos: responsabilidade social, infância e relações Brasil/África.
2. Aulas expositivas para as turmas dos primeiros anos (na modalidade integrada) sobre as temáticas
referenciadas anteriormente.
3. Preparação de ações lúdicas relacionadas a: fantoches, dança, contação de histórias, dinâmicas de grupo e
música.
4. Preparar um turno de ação social para crianças da creche/escola enhorinha de Oliveira.
5. Apresentar e desenvolver estas atividades com crianças da creche "Senhorinha de Oliveira".
Resultados: Temos como resultado que após as apresentações assistidas pelas crianças por ambas as turmas, os
discursos promovidos pelas apresentações foram levados para a sala de aula das crianças e depois fizeram
apresentações para outras crianças, promovendo um ciclo de compartilhamento de conhecimento. Muitas dessas
crianças tomaram como inspiração cada informação apresentada nas atividades podendo, assim, se empoderarem
como pessoas e futuros adultos.
Considerações finais: Podemos concluir que o projeto “Carpe Diem” trouxe conhecimentos na área de projetos
sociais. Além disso, podemos perceber com facilidade e numa demonstração prática que incentiva
principalmente a criatividade dos(as) estudantes para o projeto, e através do uso do projeto nós podemos
compreender o conteúdo explicado pelos professores.
Referências Bibliográficas:
AGAMBEN, Giorgio. O que é o contemporâneo? e outros ensaios. Tradução Vinícius Nicastro Honesko.
Chapecó: Argos, 2009.
ALTHUSER, L. Aparelhos ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos ideológicos de Estado. Rio de
Janeiro: Edições Graal, 1985.
DELEUZE, Gilles. Repetição e diferença. Trad. Luiz Orlando; Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs (volume I). 1ºed. São Paulo: Editora 34, 1995.
LAGAZZI, S. O desafio de dizer não. Campinas: Pontes, 1988.

140
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA EM DOCUMENTOS DE PATENTE
SOBRE A FOSFOETANOLAMINA, ASSOCIADA AO DIAGNÓSTICO,
A PREVENÇÃO, OU AO TRATAMENTO DO CÂNCER: UMA BUSCA
REALIZADA EM DUAS BASES DE DADOS DISTINTAS
Marcelo Miguel da Silva1, Tarcísio Magalhães Cerqueira2
1
Instituto Federal da Bahia (IFBA) - Campus Simões Filho (Brasil)
2
Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS (Brasil)
mmiguel.engmec@gmail.com, tarcisio.nit@gmail.com

Resumo
O presente trabalho mostra um estudo prospectivo realizado em documentos de patentes que
apresentam a fosfoetanolamina como substância associada ao diagnóstico, a prevenção, ou ao
tratamento do câncer. As bases de buscas utilizadas foram a do Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI) e a do Escritório Europeu de Patentes (ESPACENET). Os
resultados da pesquisa demonstram quais são os principais detentores e inventores dessas
tecnologias, como ocorre a sua distribuição no mundo, as áreas tecnológicas envolvidas, a
escala de depósitos dessas patentes ao longo das últimas décadas e as diferenças de
abrangência das bases de dados pesquisadas.
Palavras-chave: Fosfoetanolamina. Patentes. Prospecção.

Introdução/Referencial Teórico
A molécula de fosfoetanolamina (C2H8NO4P) é naturalmente produzida pelos mamíferos, o que
inclui o homem. Sua produção acontece no retículo endoplasmático, nas células eucariontes,
que contêm um núcleo e organelas protegidas por membranas. Tal composto é precursor da
fosfatidilcolina e fosfatidiletanolamina, moléculas envolvidas na síntese de fosfolipídeos, uma
classe de gorduras que são o principal constituinte das membranas celulares (PIVETTA,
2016).
A ligação da fosfoetanolamina com o câncer remonta a 1936, quando foi isolada pela primeira
vez de tumores bovinos (PIVETTA, 2016). Os métodos para sua síntese - produção artificial,
já são conhecidos desde a década de 50, sendo que algumas variedades sintéticas, como
suplementos alimentares, são largamente comercializadas no exterior (ORSI, 2017).
No Brasil, no ano de 2016, houve uma grande discussão a respeito do tema, pois um químico
aposentado da USP de São Carlos, Gilberto Chierice e a sua equipe alegavam ter
desenvolvido um novo método para a produção da fosfoetanolamina sintética, com alto
rendimento de fabricação do composto, de forma barata (PIVETTA, 2016) e detentora de
propriedades especiais no combate ao câncer (ORSI, 2017), tendo sido a respectiva patente de
invenção depositada no ano de 2008.

Objetivo principal
Fazer uma prospecção tecnológica de documentos de patente sobre a fosfoetanolamina,
associada ao diagnóstico, a prevenção, ou ao tratamento do câncer, em duas bases de dados
distintas, visando um mapeamento da questão.

141
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa exploratória e de abordagem quantitativa. A estratégia de busca
utilizada em cada base foi a seguinte:
INPI: Apenas no Título e apenas no Resumo foram empregadas as palavras-chave:
fosfoetanolamina or fosfatidiletanolamina or fosfatidil etanolamina or fosfatidilcolina and
câncer or neoplasia maligna.
ESPACENET: No Título ou Resumo as seguintes palavras-chave: (phosphoethanolamine or
phosphatidylethanolamine or phosphatidylcholine) and (cancer or "malignant neoplasm").

Resultados
INPI: Após o tratamento dos dados obtidos (31 patentes), apenas 11 patentes se enquadraram
no escopo da pesquisa.
ESPACENET: Foram geradas 107 patentes diretamente relacionadas com a busca.
Principais países depositantes: CN, US e JP (ESPACENET) / BR e US (INPI).
Principais depositantes: CHENGDU VC HUATONG TECHNOLOGY CO LTD e
Universidade do Texas (US) (ESPACENET) / Universidade do Texas (US), Nika Health
Products Ltd. e Equipe do químico Gilberto Chierice (INPI).
Principais inventores: americanos e japoneses (ESPACENET) / americanos e brasileiros
(INPI).
Anos de depósitos: Desde 1983 (com intercalações de anos) e seguidamente desde 2003 a
2018 (ESPACENET) / Nos anos de 1992; 1999; 2004; 2007; 2008; 2014 e 2016 (INPI).
Principais códigos internacionais de patente (IPC): A61K1 e A61P2 nas duas bases de dados.

Considerações Finais
Nota-se que apesar da grande diferença na abrangência das duas bases pesquisadas, sendo a
do INPI (retorno de 11 patentes) bem mais limitada em relação a do ESPACENET (retorno de
107 patentes), existem algumas semelhanças nos resultados gerados por elas, sobretudo, no
que diz respeito aos principais códigos IPC envolvidos, alguns dos principais depositantes e
países depositantes e alguns dos principais inventores. Fica evidente também a posição de
destaque dos US sobre a questão, ao se analisar os resultados das duas bases em conjunto.

Referências Bibliográficas
EPO - European Patent Office. Disponível em
<https://worldwide.espacenet.com/advancedSearch?locale=en_EP>. Acesso em 20 set. 2018.
INPI. Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Consulta à base de dados do INPI.
Disponível em <https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/LoginController?action=login>. Acesso
em 20 set. 2018.
PIVETTA, Marcos. A prova final da fosfoetanolamina. Revista FAPESP 243, Maio de
2016. Pág. 17-23.
ORSI, Carlos. Fosfoetanolamina, o “caso que envergonhou a ciência brasileira”. Como o
populismo aliado à ignorância científica produziu um dos piores momentos da ciência
nacional em décadas. Gazeta do Povo. Ideias. Medicina. 01/06/2017.

1
Preparations for medical, dental, or toilet purposes (WIPO).
2
Specific therapeutic activity of chemical compounds or medicinal preparations (WIPO).

142
RELAÇÕES ENTRE RESSONÂNCIA E DIMENSÕES DO CORPO DE
UM VIOLÃO
Larissa de Oliveira Silva1 [Adilson Carlos Hermes]
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA (Brasil)
larissadeoliveirasilva1998@gmail.com, acher@ifba.edu.br

Resumo
A ressonância é um dos fenômenos ondulatórios da física, podendo ser percebido em diversas situações do
cotidiano. Trata-se de pulsos energéticos, em um material, com frequência semelhante à sua natural de vibração,
e com o acúmulo dessa energia, ocorre o aumento da amplitude das ondas. Um dos exemplos da aplicação desse
fenômeno são as ondas de rádio e TV: cada emissora transmite uma onda com frequência própria. Ao sintonizar
um aparelho receptor, e através das antenas, o mesmo terá a função de captar apenas as frequências desejadas, ou
seja, entrará em ressonância com as oscilações provindas da emissora, convertendo a energia das ondas de rádio
ou TV em sinais reproduzidos pelo receptor. A utilização de alguns instrumentos musicais, como o violão,
também auxilia na compreensão do mesmo, pois o corpo desse instrumento tem a função de amplificar o som
emitido pelas vibrações das cordas, aumentando também a quantidade dos harmônicos. Como não existe
somente um único tipo de violão, os efeitos auditivos resultantes desse fenômeno também sofrem alterações. As
dimensões da caixa do instrumento é um exemplo dos fatores que interferem na sonoridade das notas emitidas, e
é esta grandeza que será brevemente analisada nesta pesquisa.

Introdução/Referencial Teórico
O som é uma onda mecânica com capacidade de se propagar em meio material através das vibrações havendo
transferência de energia. Quando ocorre uma frequência de oscilação em um corpo, a energia é transferida para
outra matéria. A ressonância é justamente esse processo de transferência de energia através das vibrações.
Utilizando o exemplo de um violão, ao causar uma perturbação nas cordas implicará em suas vibrações com
frequências determinadas, e o corpo do violão também receberá essa energia proveniente das ondas sonoras.
Vale ressaltar a presença dos harmônicos, que são frequências múltiplas inteiras de uma fundamental natural da
nota, favorecendo a qualificação do som.
A caixa do instrumento recebe as vibrações, através da ressonância, e em seu interior as ondas se concentram
intensificando o som das notas emitidas. Havendo uma variação na dimensão do espaço interno do instrumento,
o resultado sonoro poderá sofrer também alterações devido justamente a essa mudança de volume interior da
caixa. O material de fabricação dos componentes do instrumento, a espessura das cordas, o ambiente no qual o
mesmo se encontra também são aspectos que alteram a qualidade do som. Dois tipos de violões serão analisados
para verificar o fenômeno da ressonância, observando a diferença sonora de acordo com o tamanho do corpo do
mesmo: o flat, que possui uma estrutura com o corpo mais estreito, semelhante ao de uma guitarra, e o folk, com
uma caixa acústica mais espessa que o padrão.

Objetivos
Analisar a relação entre a ressonância e as dimensões da caixa de um violão, visando distinguir a consequência
desse fenômeno em dois modelos desse instrumento, o flat e o folk.

Metodologia
Os dois modelos de violão sujeitos à pesquisa serão analisados de acordo com o tamanho de sua caixa, onde

143
visualmente concluímos que o violão flat possui um menor espaço interno em relação ao folk. Desprezando
outros fatores que também contribuem na qualidade do som, como o tipo de material utilizado na fabricação das
demais peças, imaginemos uma situação onde em ambos os instrumentos será tocado um mesmo acorde com
mesma força. Isto também significa que haverá igual afinação, podendo ser verificada através do afinador,
pequeno aparelho que capta as vibrações emitidas pelas cordas indicando corretamente a nota emitida, assim
como mesmo material e espessura das cordas. Desta forma, as ondas sonoras se propagarão pelo ar e pelos
demais materiais do mesmo. A forma utilizada para verificar a potencialidade sonora resultante foi através da
audição.

Resultados
A mudança no formato do violão não modifica apenas a aparência, mas também na qualidade do som. Devido
um menor volume disponível pela caixa do violão flat, as ondas se concentram com mais facilidade em relação
ao folk, ou seja, a tendência é de um som mais maciço devido essa compactação das ondas. No caso do folk, por
possuir maior espaço interno para a propagação das ondas, ocorre o inverso, tornando o som mais grave.

Conclusão
Ao escolher um instrumento musical, o consumidor deve ter uma noção básica da sonoridade que deseja. Com a
análise proposta nesse trabalho, aquele que desejar o som do violão pouco mais intenso poderá adquirir um flat.
Mas caso o músico deseje um som mais encorpado, uma dica é adquirir um violão folk e, ainda, utilizando
cordas de nailon devido sua menor massa específica, acarretando um som ainda mais grave (a lei de Taylor
relaciona essas grandezas, tais como força aplicada na corda, velocidade de vibração e densidade linear da massa
da corda), indicado para algumas bases como o rock e blues. A preferência pelas cordas de aço implica numa
sonoridade mais aguda, mais estridente. Fica a critério do músico desfrutar essas diversidade de fatores que
caracterizam o som do instrumento, aprimorando cada vez mais sua percepção auditiva.

Referências Bibliográficas
BERSAN, Fernando. Teoria de Áudio – O que é vibração, som, harmônicos e timbre. Disponível em:
<https://www.somaovivo.org/artigos/teoria-de-audio-o-que-e-vibracao-som-harmonicos-e-timbre/>. Acesso em:
28 Set. 2018.
BRAIN, Marshall. Como funcionam as ondas de rádio. Disponível em:
<http://doradioamad.dominiotemporario.com/doc/COMO%20FUNCIONA%20A%20ONDA%20DE%20RADI
O.pdf>. Acesso em: 28 Set. 2018.
COUTO, André Luiz de Macedo. Física do violão. Disponível em:
<http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/1%BA2006/TCCAndreLuizdeMacedoCouto.pdf>. Acesso em: 28 Set.
2018.
MATHEUS, Herik. O que é um instrumento flat? Disponível em:
<http://blogartmusic.blogspot.com/2011/07/o-que-e-um-instrumento-flat-saiba-mais.html>. Acesso em: 25 Set.
2018.
PAULA, Ricardo Normando. Lei de Taylor. Disponível em: <https://www.infoescola.com/fisica/lei-de-taylor/>.
Acesso em: 30 Set. 2018.
Violão folk – Vantagens e desvantagens. Disponível em: <http://iniciantesdoviolao.com.br/violao-folk-
vantagens-e-desvantagens/>. Acesso em: 25 Set. 2018.
TEIXEIRA, Mariana Mendes. Ressonância Mecânica. Disponível em:
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/ressonancia-mecanica.htm>. Acesso em: 28 Set. 2018.

144
REMEDIAÇÃO DE ÁREAS AMBIENTAIS POR BIOMASSAS
Elba Gomes dos Santos1, Rui Carlos Souza2 Caio Ramos Valverde2
1
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Simões Filho, Brasil
2
Instituto Federal da Bahia, IFBA, Campus Simões Filho, Brasil
elbagomes@ifba.edu.br

Resumo
Introdução/Referencial Teórico
O crescimento dos processos da produção de petróleo e seus derivados provocou um aumento das
atividades de exploração, produção, transporte e armazenamento de petróleo, aumentando também os riscos de
acidentes inerentes a essas atividades, como o derramamento de óleo no mar.Atualmente existem várias técnicas
e equipamentos remediar um derramamento de óleo no mar, como a utilização de adsorventes. A remoção do
óleo por materiais adsorventes é uma das técnicas de remediação de derramamentos mais utilizadas. Os materiais
adsorventes agregam o óleo, facilitando a sua posterior retirada do ambiente, sendo a sua maior eficiência em
pequenas quantidades de óleo. Os resíduos agrícolas têm atraído a atenção dos pesquisadores, uma vez que estes
materiais são desperdiçados, o que representa também um problema ambiental.
Objetivos
O presente trabalho de pesquisa, tem como objetivo verificar a eficiência dos resíduos ambientais:
alecrim do mato, casca de palmeira, casca de coco licuri e palha, na remoção de óleo proveniente de
derramamentos de petróleo em ambientes aquáticos, de forma a contribuir com a remediação de áreas afetadas
utilizando um material adsorvente de baixo custo industrial.
Metodologia
Os materiais utilizados neste trabalho foram: palha, casca do coco licuri, alecrim do mato e casca de
palmeira, adquiridos no IFBA, campus Simões Filho. Após o tratamento adequado, os resíduos erma colocados
em um recipiente de vidro juntamente com 1 L de água destilada e com uma quantidade de óleo (diesel). Em
seguida as amostras eram filtradas em um funil de porcelana para a separação dos resíduos e a mistura água/óleo.
Resultados
Os resultados obtidos neste trabalho estão ilustrados na Figura 1, onde tem-se variações da quantidade de
óleo, da quantidade de resíduo e do tempo de contato sobre a capacidade de adsorção dos materiais utilizados:
palha, casca de coco licuri, casca de palmeira e alecrim do mato.
Pode-se observar, nesta figura que quanto menor a quantidade de óleo, 3,3 mL, maior a quantidade
adsorvida pelo resíduo. Utilizando casca de palmeira e uma quantidade de diesel de 36,7mL, verificou-se uma
remoção de 28mL, enquanto o alecrim do mato removeu apenas 22mL.

Figura 1. Variações da quantidade de diesel (mL) com 2g de resíduo e 2h de tempo de contato

145
Considerações finais
Os resultados obtidos ilustram um aumento dos valores de capacidade de adsorção de óleos com o
aumento da concentração deste parâmetro no efluente. Também observa-se uma diminuição na capacidade de
adsorção com a diminuição da quantidade de adsorvente no sistema.
Dos materiais pesquisados, a casca de palmeira foi a que apresentou melhores valores de capacidade de
adsorção para o óleo.
Referências Bibliográficas.

ANNUNCIADO, T. R.; SYDENSTRICKER, T. H. D.; AMICO, S. C. Avaliação da capacidade de sorção de


óleo cru de diferentes fibras vegetais. Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, 2005.
BRANDÃO, P. C. Avaliação do uso do bagaço de cana como adsorvente para a remoção de contaminantes,
derivados do petróleo, de efluentes. 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado) Curso de Engenharia Química,
Departamento de Programa de Pós-graduação em Engenharia Química, Universidade Federal de Uberlândia,
Uberlândia, 2006.

CARDOSO, A. M. Sistema de informações para planejamento e resposta a incidentes de poluição marítima por
derramamento de petróleo e derivados. Dissertação (Mestrado). Rio de Janeiro: Programa de Pós-Graduação em
Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.

CERQUEIRA, P. R. O. Proteção e limpeza de ambientes costeiros da Ilha de Boipeba contaminados por


petróleo: o uso alternativo da fibra de coco 98 como barreiras e sorventes naturais. Dissertação (Mestrado).
Salvador: Universidade Católica de Salvador, 2010.

LOPES, C. F.; MILANELLI, J. C. C.; POFFO, I. R. F. Ambientes costeiros contaminados por óleo:
procedimentos de limpeza - manual de orientação. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 2007.

SANTOS, E.; ALSINA, O. L. S.; SILVA, F. L. H. Desempenho de biomassas na adsorção de hidrocarbonetos


leves em efluentes aquosos. Química Nova, v. 30, N•. 2, p. 327-331, 2007.

SILVA, P. R. Transporte marítimo de petróleo e derivados na costa brasileira: estrutura e implicações


ambientais. Dissertação (Mestrado). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.

146
ROBÔ SEGUIDOR DE LINHA

Rodrigo Ícaro Véras¹, Évelin Caren de Jesus Conceição², Isabel de Lima Santos da
Silva2, Naomi dos Santos Barreto2
1
Docente, IFBA (Brasil)
2
Discente, IFBA (Brasil)
E-mails: eng.rodrigo.veras@gmail.com, evelincaren18@gmail.com, isalimass@outlook.com,
naomibarreto31@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico:
A robótica é um campo multidisciplinar, onde o aluno aprende mecânica, eletricidade, matemática, computação,
geografia, português (na construção de relatório e discussão do projeto), raciocínio lógico entre outros. Há diversas
variações no modo de aplicação e interação entre os alunos, estimulando a criatividade e a inteligência e
promovendo a interdisciplinaridade levando-o a construção de um experimento investigatório e exploratório.
Usando ferramentas adequadas para realização de projetos, é possível explorar alguns aspectos de pesquisa,
construção e automação. A robótica educacional leva a nós alunos questionar, pensar e procurar soluções, a sair
da teoria para a prática utilizando os conhecimentos obtidos em sala de aula, na vivência cotidiana, nos
relacionamentos, nos conceitos e valores. Possibilita que nós, como seres humanos concebido capaz de interagir
com a realidade, desenvolva capacidade para formular e equacionar problemas. Em ambientes de robótica
educacional os alunos constroem sistemas compostos por modelos e programas que os controlam para que eles
funcionem de uma determinada forma. A robótica une e trabalha em grupo há forte necessidade de interação com
o grupo pois se um trabalho educacional for levado a cabo com apenas um aluno terá grande chance de insucesso,
portanto a colaboração é indispensável. A tecnologia da RE (robótica educacional) também está voltada para o
meio ambiente, deve e pode ser usada para colaborar com o meio ambiente e que todos eles devem fazer a sua
parte ajudando os demais colegas a também desenvolverem consciência ambiental. O robô seguidor de linha é um
ramo tecnológico que abrange a eletrônica e a computação se encaixa na robótica educacional. A decisão pela
escolha da plataforma de desenvolvimento se deu, devido a um projeto de um Robô alimentado pelo Arduino. Para
facilitar a compreensão, é necessário entender que o robô seguidor de linha é aquele que tem a capacidade de
detectar uma linha desenhada no chão por meio do contraste entre a cor desta linha e a cor do restante do piso.
Estes robôs são conhecidos como veículos guiados automaticamente, é um manipulador reprogramável e
multifuncional.
Objetivo:
O intuito do projeto é convidar o leitor a experimentar a robótica como um recurso didático e pratico a construir e
desenvolver seus próprios projetos. Qualificar o trabalho daqueles que já trabalham ou tem interesse pela robótica
promover o trabalho cooperativo e integrado. Confins de ser uma atividade educacional que trabalha com a
construção e programação de objetos concretos, também possibilita a reflexão por meio da resolução de uma série
de problemas desencadeados ao longo do processo de criação. É um projeto que desafia, o aluno a construir através
do conhecimento. Trabalhar o raciocínio lógico. Este projeto tem como objetivo montar um robô que consiga
seguir a trajetória de uma linha de cor branca ou preta em um fundo de cor oposta à da linha.
Metodologia:
Para a realização do Robô foi extremamente necessário conhecer os componentes que nele faz parte, que são eles,
os sensores infravermelhos, Arduino, ponte H, base, caixa de redução, rodas, fios macho e fêmea (, caixa de

147
redução (o que também dará movimento ao Robô além do Arduino), buscando conhecimento das tecnologias
atuais, para que o projeto desse êxito). Para a realização deste trabalho foi necessária uma pesquisa por meio de
um levantamento bibliográfico o, seguido de estudo de caso para desenvolvimento do protótipo e também a
pesquisa de tutoriais e vídeos informativos através de pesquisa eletrônica. Com essa metodologia observou-se que
o aluno se transforma em um pesquisador, onde ele identifica uma situação problema e busca uma alternativa para
melhor solucionada. Para o nosso “carrinho” seguir a faixa, vamos utilizar sensores ópticos ligados lado a lado.
Resultados:
O projeto cumpriu todos os objetivos esperados para o seu desenvolvimento:
• Foi possível agregar conhecimentos práticos e académicos
• Construção do protótipo
• Aprender a utilizar o microcontrolador Arduino e a linguagem de programação utilizada nele.
• Estímulo da leitura
Considerações Finais:
Podemos finalizar este projeto levando em conta as definições da pesquisa abordada devemos então visualizar a
realidade da nossa escola e buscar soluções na robótica com os materiais existentes e disponíveis nas instituições
privadas e públicas para auxiliar os professores a utilizar os equipamentos e desta forma beneficiar o ensino das
disciplinas, para motivar o uso da robótica na educação Robô na Escola.

Referências Bibliográficas.
AZEVEDO, Samuel; Aglaé, Akynara; Pitta, Renata. Minicurso: Introdução a Robótica Educacional. Disponível
em: <http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/minicursos/MC%20Samuel%20Azevedo.pdf>. Acesso em: 18 de
setembro de 2018.
MCROBERTS, Michael, Arduino básico; [tradução Rafael Zanolli] - São Paulo: Novatec Editora, 2011.
Disponível em: <http://www.adjuntojunior.com.br/Arduino/Arduino_b%C3%A1sico_Michael_McRoberts.pdf>.
Acesso em: 22 de setembro de 2018.

148
Sobre a influência de forros de teto no conforto térmico, visual e acústico do
interior de ambientes.

Fábio Luís Alves Pena 1 , Ana Caroline Lima2 , Mariana Cruz 3, Maria Luísa Chagas 4
1
Docente do IFBA campus Simões Filho (Brasil)
2
Discente do IFBA campus Simões Filho (Brasil)
3
Discente do IFBA campus Simões Filho (Brasil)
4
Discente do IFBA campus Simões Filho (Brasil)
1 3
fb.pena@gmail.com , anacaroline_ccl@hotmail.com2, marianascruz1999@gmail.com ,
4
marialuisachagas2@gmail.com

Resumo

Introdução/Referencial Teórico: Os problemas que envolvem os recursos naturais, as mudanças


ambientais, as crises econômicas, o crescimento da demanda por energia e as discussões sobre desenvolvimento
sustentável têm motivado a criação de estratégias de produção e consumo de energia mais eficiente, econômica e
menos poluentes para o ambiente. No âmbito residencial, novas práticas que auxiliam na minimização de perdas,
e no consequentemente aumento do rendimento, estão proporcionando maior conforto, economia, bem-estar
social e preservação dos recursos naturais. O trabalho aqui apresentado investigou a influência das características
de forros de teto no conforto térmico, visual e acústico do interior de ambientes.
. Objetivos: Investigar a influência das características de forros de teto no conforto térmico, visual e
acústico do interior de ambientes, para, a partir disso, promover um senso crítico sobre a relação entre tais
materiais e eficiência energética.
Metodologia: A presente pesquisa constou de duas etapas. A primeira etapa foi dedicada à construção
de arranjos experimentais para investigar a influência de forros de teto no conforto térmico, visual e acústico do
interior de ambientes.
A segunda etapa da pesquisa consistiu na análise dos dados relativos às medidas de temperatura,
iluminância e intensidade sonora no interior dos arranjos experimentais construídos.
Resultados: Conforme a análise e discussão dos resultados, a relação entre o material/composição
química dos forros de teto e o conforto térmico, acústico e visual no interior de uma residência deve ser levada a
sério, pois afeta, consideravelmente, aspectos importantes e imprescindíveis para evitar problemas e deficiências
de ordem econômica e ergonômica.
A escolha correta da cor e do material do forro de teto, por exemplo, pode melhorar significativamente a
eficiência luminosa e o conforto térmico do interior de ambientes,

149
Os resultados obtidos com o presente trabalho de pesquisa podem nortear novas investigações sobre a
influência das características de outros materiais para construção (a exemplo de pisos, janelas, blocos, tijolos etc)
no conforto térmico, visual e acústico do interior de ambientes.

PALAVRAS-CHAVE: Eficiência energética, conforto luminoso, térmico e acústico do interior de ambientes.

REFERÊNCIAS
CASSIANO, A.; SANCHES, J.; SAMARA, L. Iluminação e sua influência nos usuários da edificação: o
bom e o mau projeto. Disponível: em
<http://facnopar.com.br/revista/arquivos/9/iluminacao_e_sua_influencia_nos_usuarios_da_edificacao1.pdf>.
Acesso em: 6 de abril. 2016.
CAVALCANTE, M. A.; HAAG, R. Corpo negro e determinação experimental da constante de Planck. Revista
Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 27, n. 3, p. 343-348, set. 2005.
Informações Luminotécnicas. Disponível em <http://www.empalux.com.br/?a1=l>. Acesso em: 7 de Abril
2016.
Eficiência Energética. Disponível em: <http://herjacktech.com.br/eficiencia-energetica.php. Acesso em: 6 de
abril. 2016.
PROJECTO FÍSICA: Unidade 3 – O triunfo da mecânica – Texto e manual de experiências e atividades,
Fundação Calouste Gulbenkian: Lisboa-PT, 1985.
RODRIGO, P. Manual de iluminação eficiente. Disponível em:
<http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2014/04/22/6281/Manual_Iluminacao.pdf>. Acesso
em: 6 de abril. 2016.
RODITI, I. Dicionário Houaiss de física, Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

150
SUCATAS METÁLICAS - LIXO OU OPORTUNIDADE?
Luis Alberto Dantas Barbosa1, Quezia dos Santos de Jesus 2
1
Docente, IFBA (Brasil),
2
Discente, IFBA (Brasil)
ladantas@msn.com, quezia.jesus@hotmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico:
Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades, como por
exemplo, nas indústrias química, petrolífera, de construção civil, automobilística, nos meios de
transportes, nos meios de comunicação etc. São incontestáveis as perdas econômicas que atingem essas
atividades, incluindo-se energia e mão de obra, a contaminação dos produtos e questões de segurança.
O dado relativo ao custo da corrosão mais amplamente divulgado foi apresentado na Conferência
Científica sobre a Conservação e Utilização das Reservas Minerais, realizada em 1949 em New
York pela ONU. 1 Naquela época o custo da corrosão alcançava 5,5 bilhões de dólares por ano.
Doze anos antes, em Brussels, Bélgica, 1 numa reunião de corrosão, foi apresentado o seguinte
painel: "Enquanto você lê este painel, 750 kg de ferro estão sendo corroídos."
Outro aspecto da importância da corrosão relaciona-se com a conservação das reservas minerais.
Tendo em vista a permanente destruição dos materiais metálicos pela corrosão, há necessidade de
uma produção adicional desses materiais para repor o que foi deteriorado, e esta parcela é muito
significativa. A literatura mais antiga reporta que 25% da produção mun dial do aço têm esta
finalidade. Relatório publicado pelo NBS (National Bureau of Standards) 2 em 1965 indica que nos
EUA esta produção adicional é de 40%.
Uma importante consideração que não pode deixar de ser feita refere -se ao aspecto energético.
Sabe-se que a obtenção de um metal se faz à custa de uma certa quantidade de energia, a qual é
cedida por intermédio dos processos metalúrgicos. Como resultado do próprio processo de
obtenção, sabe-se que os metais, nas suas formas refinadas, encontram -se num nível energético
superior ao do composto que lhe deu origem. Esta é, portanto, a razão termodinâmica da
espontaneidade das reações de corrosão que transformam os metais novamente em compostos,
num processo inverso ao metalúrgico. A energia liberada nesta tra nsformação é perdida para o
meio ambiente 3 .
Diante deste panorama e considerando que a energia é uma entidade cada vez mais difícil nos
tempos atuais, são de suma importância a prevenção e o combate à corrosão como forma de
poupar energia. A corrosão, além dos problemas associados com deterioração ou destruição de materiais,
apresenta, sob determinado ponto de vista, também um lado positivo. Milhares de pessoas no Brasil se alimentam
graças à coleta e venda de sucatas, quando associadas a cooperativas e empresas do setor siderúrgico.
Objetivos:
O objetivo imediato deste trabalho é mostrar como um tema estudado academicamente como um
problema grave para as indústria pode também ser visto como a solução econômica para pessoas
que não tem outras oportunidades de sobrevivência.
Metodologia:

151
A metodologia de realização desta pesquisa foi a busca sistemática de informações através da
literatura técnica, para melhor entender as causas da corrosão e das formas de reutilização das
sucatas metálicas. Além dessas informações técnicas buscou-se também informações envolvendo
o universo das cooperativas e suas interações com as empresas consumidoras deste nobre
material. Este caminho adotado para realização deste trabalho seguiu a seguinte ordem:
· Busca inicial na literatura técnica dos meios corrosivos, formas de corrosão e dos metais mais suscetíveis de
sofrerem corrosão, bem como de suas possibilidades de reaproveitamento;
· Busca na literatura voltada para a sustentabilidade de como funciona o universo dos catadores de sucatas e
sua inter-relação com o mercado empresarial consumidor deste material;
· Análise crítica do material de estudo supracitado.
Resultados:
A maior parte da sucata metálica reciclada vem de materiais que deixam de ser úteis à sociedade, como fogões,
geladeiras e carros velhos. É reciclado também o aço resultante do processo produtivo das indústrias, como a
automotiva, de embalagens e de eletrodomésticos. Esses materiais são reaproveitados e transformados em novos
produtos de aço, que estão presentes, diariamente, na vida de milhões de pessoas. Todos os anos, são
transformadas milhões de toneladas de sucata ferrosa em novos produtos de aço que estão presentes no dia a dia
de milhares de pessoas nas mais diversas formas.
Um exemplo local é a Gerdau4, uma indústria do ramo siderúrgico, que é maior recicladora da América Latina e
formou 13 cooperativas de reciclagem de sucata em 2008, somando 580 cooperados. Esta iniciativa envolveu
diversas ações de auxílio às entidades, como doação de equipamentos, apoio jurídico, reforma de galpões para
acúmulo do material coletado, formação de parcerias com outras empresas para captação de sucata e capacitação
dos cooperados em ferramentas de gestão. A empresa também se comprometeu a comprar toda a produção das
cooperativas participantes do programa. Assim, por ano ela transforma cerca de 16 milhões de toneladas de
sucata em aço.
Considerações finais:
Reciclar sucatas metálicas faz parte da vida econômica e social de diversas famílias e é também uma estratégia
de negócios de grandes empresas do ramo metalúrgico. São geradas oportunidades de trabalho a milhares de
pessoas por meio de uma extensa cadeia de coleta e processamento de sucata para reciclagem.
Há também a contribuição para a preservação do meio ambiente na diminuição da quantidade de material
depositado em aterros e locais inadequados. Além disso, ao utilizar sucata ferrosa no processo produtivo as
empresas reduzem o uso de energia necessária no processo e consequentemente as emissões de CO2.
Referências Bibliográficas:
1. GENTIL, Vicente. Corrosão. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos, 2007. 353 p.
ISBN 9788521615569.
2. Economic Effects of Metallic Corrosion in the United States, NBS Special Publication,
511-1 e 511-2, May 1978.
3. PORTAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CORROSÃO: http://www.abraco.org.br
4. PORTAL DA EMPRESA GERDAU: http://www.gerdau.com

152
TESTES EM ADITIVOS CANDIDATOS A INIBIDORES DE
CORROSÃO METÁLICA EM BIODIESEL
Marilena Meira¹, Saionara Luna2, Davi Monteiro Santos1, Vitória Candido Almeida1
1
Instituto Federal Bahia (Brasil)
2
Universidade Federal da Bahia (Brasil)

marilenameira@gmail.com, saionaraluna@gmail.com ,mont.davi@hotmail.com,


vcandalm@gmail.com

Resumo
Neste trabalho foram testados 5 aditivos para o biodiesel. Verificou-se que todos os aditivos funcionaram como
inibidores de corrosão quando comparados com o biodiesel puro, ou seja, diminuíram a perda de massa, o que
significa menor corrosão. Destacaram-se o extrato de aroeira (Schinus terebinthifolius) e o óleo de terebentina
comercial (Quimisul) conseguiram diminuir em aproximadamente 60% o desgaste metálico, enquanto o óleo
essencial de cravo (Syzygium aromaticum) e o extrato de folhas de abacate (Persea americana) em 40%. O
resultado menos favorável foi o do extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis), que ainda assim apresentou uma
diminuição de 20% na taxa de corrosão provocada pelo biodiesel.
Introdução/Referencial Teórico:
O biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira a partir da Lei 11.097 de 13 de janeiro de 2005, a qual
tornou obrigatória a inserção de, no mínimo, 2% de biodiesel misturado com o diesel, o que vigorou até 2008. O
percentual do biodiesel em diesel vem sendo gradativamente aumentado e desde março de 2018 o percentual é de
10%. O biodiesel tem diversas vantagens em relação ao diesel, mas, para se manter na matriz energética é
necessário superar algumas de suas desvantagens técnicas como sua baixa estabilidade oxidativa e sua maior
corrosividade [2].
Objetivos:
Testar aditivos orgânicos para uso como inibidores de corrosão para o biodiesel.
Metodologia:
Os candidatos selecionados como aditivos foram: folhas de aroeira (Schinus terebinthifolius), abacate (Persea
americana) e alecrim (Rosmarinus officinalis), óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) e óleo de
terebentina comercial (Quimisul). Para a preparação dos extratos de folhas, estas passaram por um processo de
trituração, e logo depois embrulhadas em papel alumínio e colocadas numa estufa, com a temperatura de 40ºC,
onde permaneceram por um período de 48 horas. A seguir o extrato foi preparado por extração em aparelho
Soxhlet. Ademais, foram utilizados óleo de terebentina comercial (Quimisul) e o óleo essencial de cravo que é
constituído basicamente por Eugenol.
O biodiesel utilizado no teste foi produzido pela equipe pelo processo de transesterificação do óleo de soja. Os
aditivos foram usados na concentração de 0,1%. Para a preparação dos corpos de prova foram utilizados cupons
de aço carbono 1020. A escolha desses se deu em função de seu grande uso na indústria automobilística. Os
pedaços retirados do aço-carbono foram lixados com uma lixa de granulometria especifica para metais A100 41
com o intuito de preparar a superfície para o teste, posteriormente, foram limpos com imersões em hexano para
retirar gorduras ou outras impurezas. Após isso, com a ajuda de um paquímetro foi realizada a medida da área
superficial do cupom que entrou adiante em contato com as amostras.
As amostras para o teste consistiram de biodiesel com os aditivos selecionados. No processo foram analisadas seis
amostras, estando cinco delas com aditivos e uma com o biodiesel puro para poder fazer o controle do teste. Após
o preparo das amostras foram pesados os cupons de aço carbono e em cada amostra foi imerso um cupom. As
amostras foram devidamente vedadas para impedir o contato do biodiesel com o ar, evitando interferência no teste.

153
Após o período de 33 dias os cupons foram retirados, lavados, secos e pesados para ver o quanto de massa foi
!"#$!%&&&
perdida. As taxas de corrosão foram calculadas por CR =
'()

Onde: CR = taxa de corrosão em milímetros por ano (mm/ano); W = perda de massa em grama; A = área do cupom em mm*
; T = tempo de exposição em dia; D = Densidade do cupom em g/cm" .
Resultados:
Através do gráfico abaixo verifica-se que o extrato de aroeira (Schinus terebinthifolius) e o óleo de terebentina
comercial (Quimisul) conseguiram diminuir em aproximadamente 60% o desgaste metálico, enquanto o óleo
essencial de cravo (Syzygium aromaticum) e o extrato de folhas de abacate (Persea americana) em 40%. O eugenol
diminuiu em 20% a corrosão do biodiesel.

Gráfico 1 - Taxa de corrosão em milímetros por ano

0,0350
0,0300
0,0250
0,0200
0,0150
0,0100
0,0050
0,0000

Fonte: Própria (2017)

Considerações Finais:
Todos os aditivos testados mostraram potencial para uso como inibidores de corrosão. Os melhores aditivos foram
o extrato de aroeira (Schinus terebinthifolius) e o óleo de terebentina comercial (Quimisul) que conseguiram
diminuir em aproximadamente 60% o desgaste metálico.

Referências Bibliográficas.
[1] AMBROZIN, Alessandra Regina Pepe; KURI, Sebastião Elias; MONTEIRO, Marcos Roberto. Corrosão
Metálica Associada ao Uso de Combustíveis Minerais e Biocombustíveis. Química Novo, São Carlos, p.1-7,
mar. 2009.
[2] Meira, Marilena ; Santana, Paulo Moura B. ; Araújo, Alexandre S. ; Silva, Cliciane L. ; Filho, Josafat R.L. Leal
; Ferreira, Hugo T. . Oxidative degradation and corrosiveness of biodiesel. Corrosion Reviews , v. 32, p. 143-
161, 2014.

154
TIJOLO PRODUZIDO POR COMPÓSITO DE EXOCARPO DE LICURI
FRAGMENTADO
Bárbara Borges 1, Rafael Santos2, Rui Mota3
1
Instituto Federal da Bahia – IFBA
2
Instituto Federal da Bahia – IFBA
3
Instituto Federal da Bahia – IFBA
1
barbaraborges.ba@gmail.com; 2silva.rafaelssantos@gmai.com; 3ruismota23@gmail.com

Resumo
Introdução
O homem está devastando cada vez mais a natureza e o meio ambiente para suprir-se de combustíveis sólidos,
por exemplo, o carvão. O uso de lenha no processo produtivo dos tijolos tem liberado gases causando o chamado
efeito estufa, que aumenta a temperatura da terra tendo como consequência o aquecimento global, responsável
pela maioria dos desastres climáticos atuais. Além disso, a devastação ocorre com a desertificação de vários
lugares do Brasil, ocasionada pela retirada de árvores para a queima de carvão na fabricação de tijolos e
construção de casas de taipa. As casas de taipa por serem feitas de barro e varas de árvores são construídas com
fissuras que abrigam roedores e insetos como o barbeiro, causador do mal de chagas. O tijolo feito por
compósito de argila e exocarpo de licuri fragmentado é uma ótima alternativa para a sustentabilidade, deixando
de lançar anualmente toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, podendo assim oferecer um modo viável e
seguro de construir moradias de baixo custo para o desenvolvimento sustentável e para a mitigação das
mudanças climáticas. Foi com a problemática apresentada e com os resultados que poderão ser obtidos com a
implantação de tecnologias limpas e sustentáveis, que foi elaborado o projeto do tijolo solo-cimento reforçado
com exocarpo do licuri fragmentado, produzido com o objetivo de trazer à sociedade uma alternativa de
construção de moradias com menores impactos ambientais e com redução da quantidade de GEE’s (gases de
efeito estufa) produzidos pela decomposição dos resíduos descartados, após a quebra e retirada da amêndoa. O
aproveitamento do exocarpo de licuri fragmentado torna os tijolos mais resistentes ao mesmo tempo em que
reduz a poluição atmosférica, já que o processo de secagem do tijolo ocorre com a temperatura solar e não pela
queima de carvão. Este tijolo é viável e útil para as classes menos favorecidas e de área rural, unindo economia e
ecologia em uma solução para o problema habitacional de baixa renda.
Objetivos
Oferecer a sociedade uma alternativa viável, limpa e de baixo custo para contrução de moradias.
Metodologia
Para realização desse trabalho, foram utilizados os seguintes materiais: exocarpo do licuri fragmentado, argila,
areia, cimento e água. De posse desses materiais, o primeiro passo foi fragmentar o exocarpo do licuri em um
pilão para depois peneirá-lo, separando as partes por tamanho. Em seguida mediu-se a quantidade necessária dos
materiais para a produção do tijolo, conforme cada uma das proporções adotadas, que foram: 10%, 14% ou 18%.
A mistura de argila com os demais materiais, depois de homogeneizado foi levado para a máquina de fabricação
de tijolo manual, onde foi prensado e retirado para secagem. Depois de fabricados, os tijolos foram levados para
a máquina de compressão e de flexão em três pontos para a realização dos testes.
Resultados
Através do teste de compressão e de flexão em três pontos foi possível analisar a força que cada tipo de tijolo
pode suportar. No teste de flexão em três pontos, o tijolo na proporção de 10% rompeu com a força de 0,674kN,
o de 14% rompeu com 1,12kN e já o de 18% com 0,745kN. No ensaio de compressão os resultados aferidos
foram: o tijolo de 10% suportou até 1,2 toneladas, o de 14% até 1,6t e o de 18% aguentou até 1,8t. A partir dessa
análise demonstrou que dos três tijolos trabalhados (10%, 14% e 18%), o mais viável para construção foi o de

155
14% de exocarpo de licuri fragmentado, pois nos testes realizados na prensa hidráulica e na máquina universal
de ensaios obtiveram excelentes resultados, evidenciando assim as suas vantagens. Vale salientar que a
fabricação de mil tijolos tradicionais necessita da queima de três árvores adultas, mas a fabricação de mil tijolos
solo-cimento reforçado com 14% de licuri fragmentado não há a queima de árvore. Além disso, a obtenção do
exocarpo não é difícil já que a Bahia é a maior produtora do Brasil desse produto, sendo esta uma palmeira
nativa da caatinga e do semiárido baiano.
O crescimento e a utilização de materiais de baixo custo, que diminuam cada vez mais o gasto de energia e que
degradem cada vez menos o meio ambiente, nos setores econômicos e principalmente na construção civil,
beneficiam a humanidade em geral.
Considerações finais
O uso do tijolo solo-cimento reforçado com exocarpo (casca) de licuri torna-se mais viável do que o tijolo
tradicional, tanto do ponto de vista econômico como ambiental. Isso porque o consumo de energia utilizado na
preparação da argila é reduzido pela diminuição do número de máquinas utilizadas. Além disso, quando
comparado com o tijolo tradicional, observa-se que o custo da matéria prima (argila, areia, exocarpo de licuri) e
o consumo de água utilizado é significativamente menor. Atrelado a esses fatores, nota-se que esse produto é
aproximadamente 5 vezes mais resistente, de acordo com testes realizados no campus Simões Filho do Instituto
Federal da Bahia. Outrossim, um único cacho de licuri adulta produz por volta de 10kg de casca (passada por
todos os processos). Atrelado esses benefícios, não há queima de carvão e nem consumo de energia elétrica no
processo de secagem do tijolo, causando grande economia em relação ao tijolo tradicional. Essas características
são insumos que produzem grandes possibilidades de atrair financiadores e fabricantes desse tipo de material.
Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MATERAIS COMPÓSITOS. Compósitos 1: Materiais, Processos,
Aplicações, Desempenho e Tendências. São Paulo, 2009. 623 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MATERAIS COMPÓSITOS. Compósitos 2: Tecnologia de processos. São


Paulo, 2009. 355 p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MATERAIS COMPÓSITOS. Compósitos 3: Mercado. São Paulo, 2009. 133
p.

BARBBOSA, N.P. Transferências e aperfeiçoamento da tecnologia construtiva com tijolos prensados de terra
crua em comunidades carentes. In: Inovação, Gestão da Qualidade & Produtividade e Disseminação do
Conhecimento na Construção Habitacional. Porto Alegre: Isbn, 2003. (coletânea Habitare – vol 2).

CABALA, G.V.E.; ACCHAR,W. Estudo do comportamento mecânico de estruturas de solo-cimento reforçado


com fibra de coco e hastes de bambu. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica). Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, Natal,2007.

GARCIO, A.; SPIM, J.A.; SANTOS, C.A. Ensaio dos Materiais. Rio de Janeiro: S.A, 247 p. 1 v.

MOTA, R.C.S.; SILVA, J.U. Análise de viabilidade técnica de utilização da Fibra de bananeira com resina
sintética em Compósitos. 2010. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica). Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, 2010.

NETO, F.L.; PARDINI,L.C. Ciência e Tecnologia: Compósitos Estruturais. São Paulo: Edgard Blücher, 2006.

SECRETARIA de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária. Cultura Licuri. Disponível em: <
http://epocanegocios.globo.com>. Acesso em: 29 set.2014.

156
USO DE METODOLOGIA ATIVA PARA O ENSINO DE RESISTÊNCIA
DOS MATERIAIS COM USO DE ARTIGO SOBRE
COMPORTAMENTO DE PARAFUSOS CORTICAIS SUBMETIDOS A
TORÇÃO MANUAL E DE TORÇÃO EM MAQUINA.
Leudmar Oliveira Salomão1 [Orientador: Esly Marinho], Luiz Eduardo Tomaz Teixeira
Cabral2
1
Discente, curso de graduação em Licencatura em eletromecânica IFBA (Brasil) 2 Discente, curso de
graduação em Licencatura em eletromecânica IFBA (Brasil) E-mails [leudmar@hotmail.com,
luizeduardottcabral4152@gmail.com]

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: o ensino técnico é uma qualificação profissional de nível médio do sistema
educativo, geralmente realizados em escola secundarias (modalidade subsequente), ou de maneira integrada a
formação geral (nivel medio integrado), esta modalidade de ensino é voltada uma orientação para o mercado de
trabalho. Alguns cursos tecnicos tais como técnico em mecânica, técnico em metalurgia, e técnico em
eletromecânica, tem em sua matriz currícular o ensino dos materiais de construção mecânica além da resisitencia
dos materiais e os esforços aos quais eles estão submetidos. A prática docente em sala de aula, e os conteúdos
técnicos, estão carregados de conhecimentos e suas especificidades, tais conteúdos são passados aos discentes de
modo ao qual não desperta a prática investigativa e ampla a visão da aplicação desses conhecimentos. Apesar
dos exemplos dos livros de resistência dos materiais exemplificar a aplicação desses conhecimentos técnicos,
muitos discentes ainda apresentam dificuldade em visualizar a suas aplicações no dia-a-dia. Esta dificuldade em
associar os conceitos com os acontecimentos do mundo ao redor do discente, propomos o uso de um artigo
correlacionando os conceitos de resistencia dos materiais, neste caso torção, na área medicina em especifico de
ortopedia.
Objetivos: O objetivo deste resumo é apresentar os metodos e técnicas ulilizados como teste no curso de
licenciatura em eletromecânica, visando a aplicação nas turmas dos cursos técnicos das modalidades integrada e
subsegquemte de ensino, com aplicação dos conceitos de torção e tendo como referência a aplicação dos
conceitos de resistência em especifico á torçao na ortopedia com uso de artigo sobre o comportamento de
parafusos corticais submetidos a ensaio de torção manual e torção em maquina. Aplicar os conceitos mecânicos
de torção em cirurgias ortopédicas com usos de parafusos corticais, e qual a importacia dos ensaios de torção
para definir a confiabilidade dos parafusos, como funcionam os ensaios de torção manual e de torção em
maqunia, e a seleção final para aplicação em uma cirurgia ortopédica.
Metodologia: Uma vez descrito no artigo que o teste do comportamento dos parafusos corticais não tinha
finalidade de especificar os materiais para a confecção do mesmo, usamos o texto como referência para a
discução de qual seria um melhor texte para identificar parametros de qualidade para usos dos parafusos corticais
em uma cirurgia. Alem da discussão foi utilizados um tubo de pvc de diametro externo de 10mm e diametro
interno de 8mm para mostrar os parametros de cauculo do momento polar de torção em eixos tubulares, e eixo
de borracha para mostrar como de comportam os materiais quando submetidos a torção.
Resultados: Apresentado o artigo e feito a explanação das aplicações do ensaio de torção com torquimetro
manual, e a aplicação e funcionamento do ensaio de torção em maquina. Os alunos discutiram e chegaram a
conclusão que o uso de uma máquina para determinar os parametros de qualidade seria melhor, verificados a
participação dos alunos nas discussões e a interção com os colegas, a aplicação da metodologia ativa para o
ensino de resistencia dos materiais com usos de artigo atingiu o obejtivo proprosto, sendo sugerido a aplicação
de tal metodo nas turmas de ensino médio técnico integrado e subsequente.
Considerações finais: Os métodos e técnicas utilizados no Ensino são instrumentos muito importantes para o
desenvolvimento da aprendizagem, porém é importante ter em mente que a participação dos alunos e as
discussões em grupo consegue conduzir a aprendizagem de maneira eficaz e assim atingir os objetivos do
Ensino. Se os docentes consideram alguns métodos como eficientes, por que não os utilizam? Como foi

157
apresentado no decorrer deste resumo os métodos e técnicas utilizados pelos docentes devem auxiliar o aluno a
estabelecer ligação entre a teoria e a prática cotidiana viabilizando outros horizontes e aplicações de seus
conceitos em áreas até então esquecidas.
A consolidação do conhecimento aprendido em sala de aula, assim terá efetivação quando o aluno conseguir
enxergar os conteúdos e disciplinas que aprende. Dessa forma a conexão de conhecimentos será possível, e
facilitara a condução do processo Ensino-aprendizagem.

Referências Bibliográficas.
Associação Brasileira de Normas Tecnicas-NBR ISO 8319-1. Instrumentos ortopédicos- concções de
ferramentas. Parte 1:chaves para parafusos com arafusos com encaixe hexagonal na cabeça; 1998.
Associação Brasileira de Normas Tecnicas-NBR ISO 6475. Implantes para cirurgia- Parafusos ósseos
metalicos com rosca assimetrica e superficie inferior da cabeça de forma esferica- requisitos mecânicos e
metodos de ensai; 1987.
BERBEL, N. A. N. Metodologia do ensino superior: realidade e significado. Campinas: Papirus, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Resolução 04/97. Disponível em http://www.mec.gov.br. Acesso
em 22/09/18.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 19
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências
humanas. Porto alegre, 1999.
MARCOVITCH, J. Qual o perfil ideal do professor na nova sociedade do conhecimento. Anais do XV
Congresso Brasileiro de Contabilidade. Fortaleza. 1996.
NERICI, I. G. Introdução à didática geral. Rio de Janeiro – RJ : Científica, 1997
Perren SM, Marthys R, Pohler O. Implantes e materiais na fixação de fraturas. In: Ruedi, TP, Murphy, WM.
Princípio AO do tratamento das fraturas. Tradução de Jacques Vissoky. Porto Alegre: Artmed 2002.7
Souza AS. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 5ª. ED. São Paulo; Edgar Blucher Ltda; 1982

158
USO DE UM ESTUDO DE CASO SOBRE A INFLUÊNCIA DA
TORÇÃO NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE FIOS DE ALTA
PERFORMACE COMO METODOLOGIA PARA APRESENTAÇÃO DO
CONCEITO DE TORÇÃO
1
Esly Marinho, 2Bianca Silva Medeiros de Oliveira, 3 Marcus Vinicius
Gonçalves de Jesus, 4Ervandro Santos Araujo, 5Isnei Andrade Barbosa
Pereira
1,2,3,4,5
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia Campus Simões Filho (Brasil)
eslymarinho@yahoo.com.br,byanka_medoliver@outlook.com,marcustecman@hotmail.com,ervandros
arau@hotmail.com,isney.1@hotmail.com

Resumo
Introdução/Referencial Teórico: Conteúdos de Resistência dos Materiais muitas vezes são considerados
complexos por grande parte dos discentes, uma vez, que trata ao mesmo tempo de conceitos de várias ciências,
tais como: matemática, química, física, engenharia, entre outras. Cabe também salientar que os conhecimentos
das áreas de Resistência de Materiais estão intrinsicamente ligados a diversas áreas de atuação, além das voltadas
para a área de Engenharia, tais como: Medicina, Artes, Odontologia, Ciências Naturais entre outras.
A aplicação do uso de metodologias ativas como ferramenta pedagógica é um conceito que trata de estratégias de
ensino tais como: Aprendizagem baseada em problemas, problematização, aprendizagem baseada em projetos,
aprendizagem por pares (ou peer instruction), design thinking, método do caso e sala de aula invertida, Estudos
de casos, dentre outras. Maftum e Campos (2008). Neste trabalho, utilizou-se como ferramenta pedagógica a
aplicação de um estudo de caso, para apresentação do conceito de torção (Resistência dos Materiais) através da
discussão prática na área industrial. Foi notado diante de pesquisas literárias que ao longo de décadas não se tem
muitos estudos ‘pesquisas’ da influência da torção nas propriedades mecânicas de fios de alta performance. O
referido artigo tem como intenção principal definir a importância da torção sobre a resistência a tração,
alongamento e qualidade, de três fios de tenacidade alta; para-aramida, carbono e polietileno, comparados com
fios convencional com alta tenacidade linear de algodão. Os fios de alta performance são utilizados para
fabricação de estrutura especificamente projetados e desenvolvidos para utilização em produtos, processos ou
serviços de quase todas as áreas industriais que visa satisfazer requisitos funcionais bem determinados,
distinguindo-os têxteis convencionais, visando a necessidade estética e de conforto passando ser de valiosa
importância. (TEXTILES PANAMERICANOS, 2007). Com base nos resultados alcançados determinou-se um
coeficiente de torção ótimo para cada um dos materiais envolvidos para assim obter a melhor relação torção x
resistência elevada objetivando suas aplicações nas diversas áreas da engenharia. Estes dados aplicados na
indústria serviram para introduzir o conceito de torção, bem como uso de uma ferramenta metodológica baseada
em estudo de caso como aspecto motivador na disciplina de Resistência dos Materiais.
Objetivos: Com base na experiência de desenvolver uma aula, tratando-se de um trabalho dentro da disciplina
de Resistência dos Matériais, os quatros dicentes do curso de Licenciatura em Eletromecânica relata a
experiência vivida durante a atuação (IFBA SIMÕES FILHO 2018). O objetivo principal é apresentar o
conceito de torção, e apresentar a ação da torção sobre a resitência ao rompimento, qualidade ou tenacidade,
juntamente com o alongamento dos três fios já mencionado e com isso transmitir o conhecimento adquirido
durante a realização da pesquisa a discentes que optarem a buscar maiores informações ao tema palestrado.
Metodologia: Como metodologia os quatros graduandos buscaram ler, assimilar e desenvolver o trabalho a base
de pesquisas pela internet, em sites que proporcionaram valiosas informações e com isso foi desenvolvido uma
aula participativa. Com o objetivo de lecionar o assunto abordado, criamos uma apresentação em formato de
slides com a ajuda do programa Power Point, perguntas aos ouvintes e apresentação de figuras, visando
desenvolver um interesse dos alunos com os conceitos da área de Resistência dos Materiais. Nos slides

159
apresentados consta informações baseados em estudos mais aprofundados dos materiais, sendo eles: fibras de
carbono e de aramida, polietileno, para-aramida e carbono.
Resultados: O uso de um estudo de caso como metodologia de ensino, se mostrou atrativa, uma vez que,
conceitos e aplicações da Resistência dos Materiais podem não ser absorvidos por uma boa parte dos discentes.
A metodologia proposta, criou expectativas perante o grupo, além de tornar a aula mais dinâmica, menos
cansativa e motivadora para que os alunos procurem se aprofundar perante o tema. s expectativas foram
atigindas e os ouvintes mostraram-se interessados ao que foi passado em sala de aula.
Considerações finais: O uso de uma metodologia ativa para a aplicação de conhecimentos de torção na área da
disciplina de Resistência dos Materiais foi uma experiência impar e satisfatória à todos os participantes. Com
essa experiência adquirimos maior conhecimento do assunto apresentado, maior experiência exercendo um papel
de docente, que sem dúvidas agregará valores ao papel que todos desejam exercer, além de perceber os desafios
cotidianos inerentes que a profissão docente.

Referências Bibliográficas
FONSECA S. M., MATTAR NETO, J. A., Metodologias ativas aplicadas à educação a distância: revisão de
literature. Revista EDaPECi. V.17. n.2, p.185-197. 2017
HORROCKS A.R; ANAND S.C Handbook of technical textiles. Woodhead Publishing– 2000.
KAUFMAN, J; KROSZNER, S. Opportunities Abound For Technical Textiles, Nonwovens/Technical Textiles
Panamericanos, 2007, consultado em 13/09/2013
KHALIFA, Tamer F. Technical Textile. Design& Methodology International Design Journal, Vol. 3, n.1, p.
51-61
LEBRAO, Guilherme Wolf. Fibra de Carbono. Revista Plástico Sul. Outubro de 2008.
MAGINNIS, J. B. Textile Research Journal, v. 20, p. 165,1950.
MATSUO, tatsuki. Advanced Technical textile productes, Textile Progress, V. 40, n. 3, p. 123-181, 2008.
MINYOUNG, Suh. Critical review on smart clothing product development. TATM Journal of textile &
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enlarged European Union (CCMI/009), adotada em 7 junho de 2009.
PAN, N.; HUA, T.; QIU, Y.: Relationship between fiber and yans strength. Textile Research Journal. V. 71,
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RIEWAD, P.G., NEMOURS. E.I. du Pont de. Performance Analysis Of An Aramid Mooring Line, Offshore
Technology Conference, 1986.
VASCONCELOS, Rosa Maria de Castro. Contribuição Aplicada de Técnicas de Inteligência Artificial na
Tecnologia da Fiação. 1993,151 f. Tese (Doutorado em engenharia – Tecnologia e Química Têxtil –
Especialidade em Tecnologia Têxtil. Universidade do Minho 1993.

160
VOCÊ TEM SEDE DE LER? ANÁLISE DA AÇÃO LEITORA DOS
ESTUDANTES NO IFBA - SIMÕES FILHO
Jamille Maria Nascimento de Assis 1 , Maria Carolina de Almeida Santos Rosa2 , Deise Batista de Almeida 3
Gabriel Fernandes Vieira4 , Ítalo Campos5 , Leandro Buhaten6 , Lucas Luis Conceição Calasans 7
1
Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Brasil)
2
Estagiária Instituto Federal de Educação, Ciência e Tencologia (Brasil)
3
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tencologia (Brasil)
4
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Brasil)
5
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Brasil)
6
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Brasil)
7
Discente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (Brasil)

E-mails: jamille.assis@ifba.edu.br, mariac.asr@outlook .com, deise.batista.almeida@hotmail.com,


gfv2000.2@gmail.com, leandro17buhaten@gmail.com, luiscalazans_@hotmail.com

Resumo

Palavras-chave: Leitura. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – Campus Simões Filho,
Curso Técnico Integrado.

Introdução/Referencial Teórico:

A leitura abre um universo de possibilidades para o indivíduo e, através desse atitude, ações para transformar o
espaço que se vive ficam mais eficientes e fundamentadas. Segundo Eveline Charmeux (1994), em seu livro
Aprendendo a ler: vencendo o fracasso, a leitura se tornou uma ferramenta indispensável, atualmente, à vida em
sociedade, além de que “[...] é a forma primordial de enriquecimento da memória, do senso crítico e do
conhecimento sobre diversos assuntos acerca dos quais se pode escrever” (GARCEZ, 2001, p. 23). A escola, como
espaço privilegiado na construção de saberes, deve possibilitar a construção de competências variadas no processo
de aprendizagem dos estudantes, tais como a escrita e a leitura a contento. Dentro desse bojo, a reflexão sobre o
próprio ato de se comunicar faz parte do amadurecimento das habilidades linguísticas e da autonomia em ser
revisor de sua própria produção textual escrita/oral e de sua intepretação, quando estiver em contato com o texto.
A leitura, portanto, “[...] deve ser entendida como um processo contínuo na vida dos alunos e para tornarem-se
leitores capazes, precisam sentir o prazer no ato de ler. Nesse sentido é de fundamental valor que a família e a
escola se unam em benefício desse processo” (BARBOSA, s.d, p.2). Sendo assim, neste trabalho busca-se coletar
informações relativas à leitura realizada pelos estudantes no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
(IFBA) Campus Simões Filho. Para tanto, o grupo de bolsistas do Programa de Incentivo à Aprendizagem (PINA),
sob orientação da professora Jamille Assis, criou um questionário e aplicou aos alunos da modalidade integrada,
com objetivo de traçar seus perfis como leitores e verificar como a leitura é direcionada e recebida por eles. O
processo de criação, aplicação do questionário e análise dos dados aconteceu entre os anos de 2016 e 2018.

Objetivos

O presente trabalho expõe o contexto atual da leitura no IFBA Campus Simõe Filho. Além disso, busca-se analisar
o perfil dos discentes da modalidade integrada como leitores e verificar a influência da Instituição no hábito de
leitura.
Metodologia
A pesquisa utilizou métodos científicos para produção do estudo em questão, com base em pesquisas quantitativas,
e na coleta de dados, tendo a intenção de obter uma resposta para nossa proposta de trabalho que é: “Você! tem
sede de ler?” Para tanto, aplicou-se um questionário contendo seis perguntas:

161
1. Suas primeiras experiências com a leitura foram espontâneas ou sob pressão?
2. Qual sua motivação para ler?
3. Você se considera um leitor? Se sim, qual gênero textual te agrada?
4. A escola incentiva ou desmotiva a ler?
5. Você costuma utilizar livros para usar informações?
6. Há alguma sugestão para incentivar a prática da leitura?
As respostas obtidas foram tabuladas, criou-se gráficos e esse conteúdo foi adicionado ao banco de dados para
posterior análise. Desse modo, tornou-se mais fácil a compreensão geral das questões abordadas e possibilitou-se
a realização de um estudo comparativo entre as séries e a análise das respostas coletadas.
Resultados
A análise dos dados coletados nesta pesquisa mostra que o primeiro contato com a leitura vem em pelo menos
64% dos alunos de forma espontânea. Grande parte da motivação para ler, parte da influência dos familiares e
amigos. Apesar disso, cerca de 49% dos estudantes não se consideram leitores. Ao serem questionados em relação
à escola como motivadora ou desmotivadora, 54% dos alunos responderam que veem a escola como uma
incentivadora para a leitura. Já 68% dos estudantes entrevistados disseram usar livros para buscar informações.
Dos gostos literários citados durante a pesquisa, os que mais apareceram foram os livros de romance sem contar a
vasta gama de outros gêneros (50%). Com o objetivo de encontrar formas de incentivar a leitura, principalmente
dentro da instituição, perguntou-se para os estudantes (65%) quais eram as suas sugestões. As mais mencionadas
foram projetos de leitura, como um clube do livro, rodas de conversas e feiras. Apesar do IFBA ser uma Instituição
de ensino técnico/profissional, deveria existir um espaço maior para este tipo de necessidade dos estudantes. Com
base nas respostas, pôde-se concluir que há uma grande carência na questão da diversidade de gêneros textuais, o
que causa um certo desinteresse na leitura.
Considerações finais
A partir dos resultados coletados em entrevistas, observa-se que a instituição, impulsiona o hábito da leitura e
proporciona condições materiais para que isso seja realizado, mas não é a motivação principal para os alunos lerem
e nem o espaço onde eles realizam a leitura mais prazerosa. Verifica-se também que a família e os amigos são as
principais fontes de motivação para ler, isso pela participação que exercem na trajetória dos leitores: lendo
histórias, presenteando-os com livros, levando-os a eventos de leitura, bibliotecas e livrarias. Os dados coletados
indicam que a família e a escola podem também influenciar negativamente na trajetória do leitor, forçando ou
desmotivando a leitura. Outro ponto pesquisado foi o do uso do livro como fonte de informação: em meio a uma
grande expansão da ciência da informação e suas tecnologias, mais da metade dos entrevistados utilizam livros
para buscar informações, porém em pesquisas voltadas à área técnica. Constatou-se através da pesquisa também
que a preferência dos jovens está ligada à gêneros textuais (como o romance) que não são oferecidos em boa
quantidade na Instituição, o que causa um certo desinteresse na leitura, especialmente pelo fato da biblioteca do
campus possuir majoritariamente livros técnicos. Deveria existir, portanto, um espaço maior para este tipo de
necessidade dos estudantes. Apesar de os alunos não terem acesso a uma grande diversidade de textos de seu
interesse, grande parte dos entrevistados sugeriram formas da escola incentivar a leitura, o que reforça a ideia de
que os jovens possuem consciência da relevância do hábito no contexto atual. Esse fato aponta para a importância
do Instituto como mediador do processo de inserção da leitura no cotidiano escolar.

Referências bibliográficas

BARBOSA, Robson Gomes. A importância da leitura na família e na escola. Disponível em: <
https://rl.art.br/arquivos/4984569.pdf>Acesso em: 28 set 2018

CHARMEUX, Eveline. Aprendendo a Ler: Vencendo o Fracasso. SP: Cortez, 1994.


GARCEZ, L.H.C. Técnica de Redação: o que é preciso saber para bem escrever. São Paulo: Martins Fontes,
2001

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CAMPUS SIMÕES FILHO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DA BAHIA

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22 de outubro de 2018
Simões Filho - Bahia - Brasil
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