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Les Jardins de Findhorn

Une énergie rayonnante donne naissance à toute vie dans laquel-


le elle se répand. Si cette énergie se révèle à nous par l'intermé-
diaire des plantes, des esprits de la nature ou des êtres humains,
tous ces aspects de la vie sur la planète ne sont que le reflet d'une
réalité plus profonde cachée en eux. Dans les jardins de Findhorn,
le mythe est devenu réalité, pour nous offrir une vision renouvelée
de la vie, une vision d'unité. Les esprits de la nature sont fonda-
mentalement des aspects de nous-même. Ils nous guident vers
notre véritable identité, la réalité divine qui est en nous. L'histoire
des jardins est la célébration de cette vie divine sous ses innom-
brables apparences. Puisse la joie que nous éprouvons lorsque
nous participons à cette célébration, enraciner notre engagement
de révéler et de manifester dans sa plénitude notre beauté et celle
de toute forme de vie autour de nous.
Edition de langue anglaise

First published in Great Britain and in U.S.A. in 1976


(copyright © 1975 by the Findhorn Foundation, all rights reserved.)
Some portions of this book are adapted from The Findhorn Garden. An Experiment
in the co-operation between three K i n g d o m s booklets, which were the first printed
and published by the Findhorn Trust in 1968.
The contribution from Dorothy Maclean and the deva messages received by or
through her, © copyright 1975 by Dorothy Maclean.

Edition de langue française 1999

La traduction des chapitres PETER, EILEEN, ROC, DAVID ainsi que l'introduction
et le postface est de Claudine BRELET, lauréate de l'Académie Française ;
la traduction des chapitres DOROTHY et LES JARDINS AUJOURD'HUI est de
Sandra MESSIEZ et Martine DELABAUDIÈRE
RESPONSABLE DE RÉDACTION ET RELECTURE GÉNÉRALE : Nicole JETEL

L'Editeur remercie l'Association ÉVEIL A LA CONSCIENCE PLANÉTAIRE,


Florence BLOT, Chantai CHARBONNIER, John BUTTON et Virginia,
de la Communauté de Findhorn.

1999 © copyright Le Souffle d'Or pour l'édition française


Published by arrangement with HARPER COLLINS PUBLISHERS Inc.
-
C e livre, L E S J A R D I N S D E F I N D H O R N est une expression d e l'amour e t d e l'énergie d e l a f a m i l l e F I N D H O R N t o u t e n t i è r e .
Il a été réalisé e n t i è r e m e n t par la c o m m u n a u t é , à l'exception de son i m p r i m e r i e . Ceci a o f f e r t à b e a u c o u p d ' e n t r e nous la
possibilité de participer d i r e c t e m e n t à l'alchimie du processus créatif. Grâce à l u i , nous avons fait l'expérience de défis et
de joies q u i o n t c o n t r i b u é à notre m é t a m o r p h o s e .

De nombreuses personnes d e v r a i e n t ici être remerciées, mais nous ne pouvons en m e n t i o n n e r que quelques-unes. Il est

évident que nos r e m e r c i e m e n t s d o i v e n t t o u t d ' a b o r d s'adresser à ceux qui o n t d é m a r r é cette c o o p é r a t i o n de F i n d h o r n avec

les r o y a u m e s de la nature : Peter et Eileen C a d d y , D o r o t h y M a c l e a n , le regretté R. Ogilvie C r o m b i s et David Spangler d o n t la

présence a e n t r a î n é F i n d h o r n au-delà de ses jardins et la c o m m u n a u t é à se manifester telle q u ' e l l e est a u j o u r d ' h u i . C'est à

Paul H a w k e n que nous devons d'avoir i n i t i a l e m e n t d é v e l o p p é la vision de l'édition révisée des livrets o r i g i n a u x sur les Jardins

de F i n d h o r n . Son aide et sa c o m p r é h e n s i o n , ainsi q u e celles de Rachel F r i e d l a n d e r et de Chris C o n n o l l y , o n t permis d'avan-

cer dans les étapes premières de cet ouvrage.

Des heures entières de lectures, d ' i n t e r v i e w s et de discussions o n t été transcrites par A n n B a r t o n , K a r e n Hogg e t , t o u t

p a r t i c u l i è r e m e n t , Sara M a r i o t t et S o n o . C'est à partir de ce m a t é r i e l , ainsi q u e de leurs écrits personnels, que les chapitres sur

Peter, Eileen et D o r o t h y on été rédigés. Selon leurs propres t e r m e s , n o n seulement ces chapitres t r a n s m e t t e n t f i d è l e m e n t

l'histoire et l'essence de F i n d h o r n , mais ils d é v o i l e n t aussi le caractère et l'énergie de ces personnes.

P l u t ô t q u e de nous restreindre à é n u m é r e r des tâches individuelles, chacun de nous a c o n t r i b u é d ' u n e f a ç o n ou d ' u n e

a u t r e à chaque aspect de ce livre. O u t r e le travail incalculable de Kevin pour sa r é d a c t i o n d é f i n i t i v e , d'autres m e m b r e s de la

c o m m u n a u t é o n t é t é p a r t i c u l i è r e m e n t utiles pour en rassembler les t e x t e s : Lida S i m s , J o h n H i l t o n , J e n n i f e r M u r r a y , lan

C a m p b e l l , A n d r e w M u r r a y et R o y M c V i c a r . La patience, le d é v o u e m e n t et la sensibilité esthétique de t o u s ceux q u i o n t été

impliqués dans sa c o m p o s i t i o n t y p o g r a p h i q u e o n t j o u é un rôle majeur pour a t t e i n d r e le degré de p e r f e c t i o n q u e nous vou-

lions.

Lida a su refléter, dans le dernier c h a p i t r e , les pensées et les sentiments des jardiniers de F i n d h o r n , passés et présents,
envers les questions posées sur nos techniques pratiques du jardinage et sur la f a ç o n d o n t nous c o m p r e n o n s la n a t u r e de cette
c o o p é r a t i o n . T o m Earle à a p p o r t é sa c o n t r i b u t i o n dans la d e s c r i p t i o n du j a r d i n et de son p r o g r a m m e de travail le plus i m p o r -
t a n t . Les réponses a u x questions c o n c e r n a n t le c o m p o s t sont basées sur une conférence d o n n é e à la c o m m u n a u t é par Holger
Welz. Les notes des pages 1 7 0 et 1 7 1 sont de F r e d B a r t o n , Michael B u c k e , Holger et S o n o . Shoshana a a p p o r t é sa c o n t r i -
b u t i o n à la séquence et a u x pensées e x p r i m é e s q u i r é p o n d e n t a u x questions c o n c e r n a n t le m o y e n de m e t t r e en p r a t i q u e
le concept d ' U n i t é .

O u t r e les nombreuses heures q u e K a t h y et W i l l o n t passées à p h o t o g r a p h i e r , tirer et sélectionner les p h o t o s , d'autres


aussi les o n t aidés dans ce travail : J i m B r o n s o n , A r t h u r B a i l e y , Crispin C u r r e n t , R o b y n G o r m l e y , Frances R o s s - S m i t h , Paul
Plagerson et David C l a p h a m . D a v i d a également réalisé t o u s les p h o t o s t a t i q u e s nécessaires à la c o m p o s i t i o n f i n a l e . Les p h o -
tographies d ' e n f a n t s q u i illustrent le c h a p i t r e sur Eileen sont de Georgia L o n g i n i . Sous la d i r e c t i o n de F r a n k , D a v i d N e z ,
Irena M a j c e n et Isa P e t r i k a t o n t rassemblé textes et p h o t o s p o u r le d e r n i e r m o n t a g e . M a r y Inglis et n o t r e d é p a r t e m e n t de
publications nous o n t o f f e r t leur espace, leur chaleur et leur a i d e .

B e a u c o u p d ' a u t r e s , qui ne vivent pas dans la c o m m u n a u t é , nous o n t aussi p r ê t é assistance. Nous a i m e r i o n s en particulier
e x p r i m e r n o t r e g r a t i t u d e à Buz W y e t h et L y n n e M c N a b b de la maison Harper & R o w p o u r leur c o n f i a n c e , leurs encourage-
ments et leur a m i t i é .

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En r e m e r c i a n t t o u t e s ces personnes et t o u t e s les formes de l'énergie d i v i n e qui o n t p o r t é ce livre, et F i n d h o r n pour son

existence, nous souhaitons dédier L E S J A R D I N S DE F I N D H O R N à la T e r r e q u i nous a d o n n é naissance à tous.

La f o n d a t i o n F I N D H O R N est un centre de t r a v a i l , de s p i t i t u a l i t é et d ' é d u c a t i o n pour le N o u v e l Age. Nous o f f r o n s à ceux

qui v o u d r a i e n t nous visiter et participer au travail et à la vie de la F o n d a t i o n , un p r o g r a m m e p e r m a n e n t destiné à nos hôtes.

T o u t e personne désirant venir d o i t écrire à :

A c c o m o d a t i o n Secretary

The Findhorn Foundation

C l u n y Hill Collège

FORRES IV 36 O R D

S C O T L A N D ( G r a n d e Bretagne)

Nous vous enverrons la b r o c h u r e destinée à nos visiteurs et une liste des diverses activités a u x q u e l l e s vous p o u r r e z participer,
ainsi q u e le p r i x des séjours. Le n o m b r e sans cesse croissant des personnes souhaitant visiter la F o n d a t i o n F i n d h o r n nous
oblige à vous d e m a n d e r de faire vos réservations aussi longtemps à l'avance q u ' i l vous est possible. S i n o n , nous ne pouvons
vous garantir de vous recevoir.

Les personnes q u i désirent devenir m e m b r e s de la c o m m u n a u t é d o i v e n t c o m m e n c e r par participer au p r o g r a m m e réservé


à nos hôtes, le «guest p r o g r a m m e » .

T o u t e s autres i n f o r m a t i o n s , y c o m p r i s nos brochures d ' i n t r o d u c t i o n , cassettes et listes de publications, sont disponibles


sur d e m a n d e et en écrivant à l'adresse indiquée ci-dessus.

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SOMMAIRE

9 Avant-propos
par Sir George Trevelyan

13 PETER
Un Jardin créé par l'Homme

47 EILEEN
Le Royaume de la Lumière

67 DOROTHY
La Conscience Dévique
Les Messages

113 ROC
Les Esprits de la Nature

137 DAVID
De la D o m i n a t i o n à la Synthèse

159 LES J A R D I N S A U J O U R D ' H U I


Et Ensuite ?
Questions et Réponses

184 POSTFACE

187 FINDHORN AUJOURD'HUI


A V A N T — PROPOS. Notre époque est pleine de prodiges et de mystères, d'horreur et d'espoir. Nous réali-
sons maintenant que nous vivons aussi une grande saga dans laquelle nous avons tous notre rôle à jouer. Le
monde est un endroit qui paraît violent et tragique. Malgré cela, émerge une prise de conscience : c'est une
véritable marée de pensées et de visions toutes neuves, une explosion de nouvelles manières d'appréhender le
monde. T o u t ceci s'accompagne d'une réapparition de la sagesse éternelle q u i , à toute époque et dans le
langage du temps, a proclamé cette grande vérité selon laquelle l'Homme est un être spirituel dans un univers
qui est lui-même de nature spirituelle. Le monde matériel est considéré comme un reflet de ce royaume de
conscience plus élevée dont il est né. La vie est une unité qui se développe dans une infinie diversité et joue
avec des myriades de formes de toute beauté. L'Homme fait intégralement partie de ce modèle complexe et il
est effectivement placé, dans le plein sens du terme, dans la hiérarchie de la vie pour devenir réceptif à des
formes de conscience plus élevées aussi bien qu'à d'autres inférieures. L'homme est ce point où l'évolution
prend conscience d'elle-même.

La venue du Nouvel Age est une irruption d'énergies t o u t imprégnées d'intelligence créative et d'amour.
Telle une marée montante, elle balaye et peut faire disparaître ceux qui veulent continuer d'agir selon la
vieille loi où chaque homme est supposé travailler pour lui-même,

Pour prendre une autre analogie, il ressemble à cette explosion de jeunes pousses vertes qui surgissent
après la «mort» de l'hiver. Le tendre perce-neige peut être piétiné, cela n'empêchera personne de savoir que la
force qui se cache dans le printemps est absolument irrésistible. Il en est ainsi des énergies du Nouvel Age.
Nous voyons aujourd'hui exploser l'énergie et l'enthousiasme qui caractérisent tant de nouveaux groupes,
d'initiatives collectives et de centres se consacrant à la découverte de nouvelles valeurs, de nouvelles manières
de vivre, de nouvelles techniques de survie, de nouvelles expériences communautaires.

Venons-en à présent à ce phénomène que sont les Jardins de Findhorn. Sur les dunes de sable stérile
balayées par les vents, les plus merveilleuses des plantes et des fleurs, les plus extraordinaires arbres et légu-
mes ont pu pousser. Ce livre raconte l'histoire de sa naissance, — comment Peter Caddy et ses collaborateurs
ont découvert la manière de contacter les esprits de la nature et les dévas, et de coopérer avec eux.

Même les plus cyniques sont incapables d'expliquer ce fait. Quoi que l'on raconte, ces fleurs continuent
de bourgeonner. Les meilleurs experts agronomes ont déclaré que, dans les premières années, le compost et
les soigneuses méthodes de culture biologique seuls n'auraient pu permettre d'obtenir ces résultats sensa-
tionnels. Aucun engrais chimique n'a jamais été utilisé et le terrain était aussi stérile et peu productif que
possible. Il devait y avoir un autre facteur.

Ce jardin est un défi et une immense source d'espoir. Si un groupe de personnes a obtenu ces résultats,
d'autres aussi peuvent suivre cet exemple. En cette époque de famine menaçante, ceci montre une nouvelle
façon de rendre la terre plus prospère. Mais cet exemple dépasse de beaucoup celui d'un moyen pratique
d'obtenir des légumes plus gros et de meilleure qualité. Il s'agit d'une vision, et, sans vision, nous le savons, les
êtres humains périssent.

L'existence des mondes des dévas et des élémentaux était bien sûr reconnue et rapportée par de nom-
breux mystiques et clairvoyants, ainsi que par les populations celtes de l'Europe de l'Ouest qui voient tou-
jours aujourd'hui «le petit peuple». Ce que Findhorn a accompli par un contact direct et conscient a cepen-

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dant une signification profonde. Cela démontre de manière tout à fait concrète que la croissance végétale
n'est pas seulement un processus mécanique. Il semble que des myriades d'êtres vivants et intelligents sont au
travail à l'intérieur des fleurs, des feuilles et des racines. L'Etre merveilleux et plein de dignité qui gouverne
ce royaume est celui qui était connu sous le nom de Pan par les anciens Grecs. L'homme est aujourd'hui
appelé à reconnaître ces artisans et ces artistes de la nature vivante et à travailler avec ces serviteurs du Plus
Haut. Nous réalisons avec horreur ce que l'homme, dans sa cupidité, son ignorance et son arrogance, fait ac-
tuellement subir à la terre, au monde végétal et au royaume animal.

Notre ignorance de l'existence réelle des esprits de la nature qui travaillent dans ce monde végétal nous
conduit à suivre toutes sortes de pratiques qui blessent et nous rendent étrangers ceux qui devraient être nos
collaborateurs. Il se peut même qu'ils finissent par considérer l'homme comme un parasite sur leur planète.

Il est vrai que seul un nombre limité de personnes ont déjà développé des facultés les rendant capables de
voir et de communiquer avec les dévas et les esprits de la nature. Ceci ne doit pas nous décourager si notre
esprit rationnel peut le comprendre et l'accepter. En effet, l'on ne nous demande pas tant de «croire» que de
nous ouvrir à une nouvelle idée qui se présente et de voir vers quoi cela nous conduit. Nous cherchons à
découvrir comment cette communion avec d'autres êtres est de nature télépathique. C'est pourquoi il nous
est demandé d'aimer nos plantes d'une nouvelle façon, de les dorloter et de parler avec elles, de communiquer
par le pensée avec les êtres des arbres et de les remercier pour le travail qu'ils f o n t pour nous. Le merveil-
leux livre La Vie secrète des Plantes*, de Christopher Bird et Peter Tompkins, révèle cette étonnante sensibi-
lité des plantes et nous permet de comprendre la véritable relation qui existe entre l'homme et le monde
végétal. Toutes les barrières qui limitaient notre esprit sont en train de sauter, et la résistance à cette nouvelle
vision disparaît. Nous pouvons maintenant aller de l'avant et manifester une attitude nouvelle et aimante
envers la Vie présente dans la nature.

Lire ce livre, ou d'autres sur Findhorn, n'est pas suffisant. Nous avons chacun besoin de vivre l'expé-
rience de Findhorn, à notre propre niveau, et personne ne devrait émettre un jugement à son sujet sans y aller.
Souvenons-nous qu'il ne s'agit pas du projet d'une personne. Il s'agit d'un phénomène et d'une facette de
l'expression de ces énergies vivantes qui préparent un renouveau et sont en train de se répandre actuellement
dans notre société. Sa créativité s'élance dans toutes les directions, les jardins de Findhorn n'en manifes-
tent qu'une expression. Lorsque j ' y suis allé pour la première fois en 1963, je sus dès le premier instant
qu'il y avait là quelque chose de très vivant, de très sain et qui sonnait vrai. Cela ne veut pas dire non plus
qu'il s'agisse d'une «panacée» universelle. T o u t ce qui est réellement dynamique et à travers quoi ces éner-
gies du changement sont en train de surgir est appelé à attirer à la fois les louanges et les critiques. Il est évi-
dent que t o u t le monde ne peut se sentir à l'aise en vivant dans une communauté. Mais Findhorn a été
une expression communautaire extraordinairement saine, pleine d'enthousiasme, ne cherchant que la qua-
lité, se consacrant ouvertement à Dieu et au service de la Volonté divine. Selon m o i , il n'y avait en même
temps aucun faux sentiment ni aucune de ces aberrations q u i , pour des esprits plus conventionnels, ont jeté le
discrédit sur des aventures pionnières. Ce jardin offre l'image de cette sorte d'action créative que le Nouvel
Age émergeant est en train de réaliser ; mais il est important de le situer dans le contexte plus large de l'acti-
vité vitale d'une communauté pleine d'énergie, d'enthousiasme et d'amour pour t o u t ce qui est vivant.

Robert Laffont. Éd. Paris.

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Findhorn n'est pas qu'un jardin. Depuis ses premiers balbutiements, il est devenu une grande communau-
té de 170 personnes au moment où ce livre a été écrit et il se veut une Université de Lumière. Il offre la dé-
monstration d'une philosophie pratique et d'une manière de vivre et de travailler tournées vers l'unité qui
existe entre toutes les manifestations de la vie.

Ainsi, bien que ce livre rapporte l'histoire d'un jardin, il n'est qu'une partie de l'initiative plus importante
que développe une communauté en faisant croître non seulement des choux, mais aussi des âmes. D'une seule
caravane et d'une première rangée de haricots, Findhorn s'est développé en un village/université possédant
une structure organisationnelle flexible. Findhorn commence à établir une nouvelle façon de vivre. Nous
sommes appelés à former une nouvelle société qui se consacre vraiment à Dieu et à la survie grâce à la coo-
pération consciente de l'être humain avec des êtres de mondes plus élevés. Ce ne sont pas là des paroles
creuses. Rien n'est au bout du compte plus pratique et concret que de permettre à la puissance de l'esprit
d'exercer son influence sur les activités de la vie quotidienne. Findhorn est la démonstration éclatante de ce
qui peut s'accomplir et de la manière dont des vies peuvent changer. La voie qui est ouverte ici inspirera
probablement de nombreux autres centres de communautés dans le monde entier. Elle nous donne le courage
de nous lancer dans un f u t u r inconnu, d'apprendre à vivre dans l'«ici et maintenant» et faire le pas suivant
dans la certitude que, lorsqu'un travail est consacré à la gloire de Dieu, les vrais besoins (Ses besoins qui
s'expriment en et à travers nous) seront satisfaits de manière parfaite. Et nous devons alors nous souvenir
qu'il faut Le remercier.

Ce livre est donc un encouragement à une époque où il en est bien besoin. Notre pensée et notre imagi-
nation s'en trouveront élargies et il nous conduira à pénétrer dans les beautés de la nature avec une com-
préhension renouvelée de cette vibrante unité qui relie toutes vies.

Toutes choses par un pouvoir immortel


De près ou de loin.
De manière secrète.
Les unes aux autres sont reliées
Si bien que tu ne peux cueillir une fleur
Sans troubler une étoile.

Francis Thompson

Sir George Trevelyan, Bt.

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Dans le jardin, nous avons la sensation d'être de
véritables pionniers... d'être au cœur du secret-
même de la Vie.

PETER
13
au village de Findhorn, je me disais souvent : «Quelle
drôle d'idée d'habiter ici, dans ces minuscules cara-
vanes serrées les unes contre les autres !» Et, pour-
tant, par un matin neigeux de novembre 1962, c'est
là que je me retrouvai en train d'installer notre cara-
vane de neuf mètres de long. Tous les six, mon
épouse, Eileen, et mois-même, nos trois garçons,
Christopher, Jonathan et David, ainsi que notre
collaboratrice Dorothy MacLean, il nous fallut alors
vivre dans cette petite caravane pendant presque
sept ans. Mais un jour, sur les sables de ce terrain
UN J A R D I N CRÉÉ PAR L'HOMME. 1ère Partie.
de camping, un jardin devait devenir florissant
Si je m'étais alors arrêté pour réfléchir et me de-
et, finalement, accueillir une communauté spiritu-
mander à quoi rimait ce que nous étions en train
elle et prospère réunissant près de 200 personnes.
de faire ou vers quoi t o u t cela devait nous conduire Nous ignorions t o u t de cela à notre arrivée. La seu-
au lieu de continuer à travailler avec f o i , d'avancer le chose que nous savions, c'est que nous avions été
pas à pas, jamais le jardin de Findhorn n'aurait pu conduits en ce lieu par les directives spitituelles
exister. Il ne faisait aucun doute que le Parc de ca- — ou «guidance» — qu'Eileen avait reçues au cours
ravanes de la Baie de Findhorn aurait été le der- de ses méditations.
nier endroit où j'aurais choisi de vivre et, surtout,
de créer un jardin. Autrefois, lorsqu'il m'arrivait
Au cours des dix années précédentes, nous
de passer par cet endroit en me rendant en voiture
n'avions rien entrepris qui n'ait été d'abord dirigé
spirituellement, selon cette «guidance» émanant de
la voix de la Divinité intérieure. Nous savions qu'en
lui obéissant fidèlement, tous nos besoins seraient
couverts et que la nature de notre travail à Findhorn
se révélerait.

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Au cours des cinq années qui avaient précédé ceux avec qui tu es et tout ce que tu fais. C'est
notre déménagement dans cette caravane, à Find- donc dans cet état d'esprit que je me mis au travail
horn, j'avais été le directeur d'un grand hôtel situé pour améliorer notre environnement, repeignant
non loin de là. L'hôtel avait alors triplé ses bénéfices l'intérieur de la caravane et ses parois extérieures
et de trois étoiles, il était passé à quatre étoiles, - lorsque le temps le permettait, et que je construisis
ces résultats ayant tous été obtenus parce que nous une annexe pour D o r o t h y . Pendant cette période,
avions obéi à cette «guidance» provenant directe- je ne cessais aussi de me présenter auprès d'em-
ment de Dieu. Il est donc assez facile d'imaginer ployeurs éventuels, certain que je ne tarderais pas à
dans quel état nous étions en passant de ces luxueux trouver du travail et que nous pourrions bientôt
salons — où nous avions cinq services de dîner cha- quitter ce terrain de camping. Chaque semaine, je
que soir — à cette caravane perdue dans les ajoncs et faisais la queue à la Bourse du Travail, avec mes
les genêts, parquée sur le sable entre une décharge anciens employés, pour recevoir mes huit livres. Ma
municipale et les restes d'un garage en ruines. fierté n'en f u t jamais blessée car je savais que ce que
je faisais était juste, que t o u t cela obéissait à un plan
J'étais au chômage, sans espoir de trouver un divin. C'était d'ailleurs la seule chose qui m'impor-
emploi. Tous les six, nous n'avions pour survivre que tait.
les huit livres (environ) de mon allocation chômage
hebdomadaire. Si l'on n'avait considéré que les Ces semaines de chômage devinrent des mois, et
seuls faits, notre situation était une catastrophe les mois se transformèrent en années. Je passai
complète. Cependant, l'entraînement spirituel achar- finalement de l'allocation chômage à l'Assistance
né qu'Eileen, Dorothy et moi-même nous avions publique. Chaque fois qu'un travail se présentait, je
poursuivi au cours de notre vie, nous permit d'ac- faisais ce que la «guidance» me disait et me présen-
cepter en toute sérénité cet extraordinaire état de tai pour une entrevue, mais chaque fois, à la cons-
choses. Nous avions appris à t o u t remettre entre ternation croissante des autorités, quelque chose
les mains de Dieu, y compris notre volonté. Ainsi, m'empêchait d'avoir ce travail. Un jour, après
puisque l'on nous avait dit que ce que nous fai- quatre ans de ce manège, une grande campagne
sions à Findhorn serait un jour d'une importance de presse dénonça ces fainéants qui vivaient de l'As-
mondiale, que t o u t cela avait un sens et obéissait sistance publique sans se remuer pour trouver du
à un plan secret, même si cela apparaissait fantas- travail. Et je fus alors convoqué devant un comité
tique en de telles circonstances, nous avons accep- spécial.
té ce qui nous était envoyé. Et puisque cette «gui-
Ces fonctionnaires savaient que j'avais été
dance» nous disait non seulement de vivre dans
officier dans l'Armée de l'Air britannique, la «Royal
le moment présent en l'acceptant pleinement
Air Force», directeur d'un prestigieux hôtel, et que
mais aussi d'en jouir, nous n'avions pas le choix.
j'étais un bon organisateur, efficace et en parfaite
santé. Comment se faisait-il donc que je restais sans
Les enfants se grisèrent de la liberté qu'ils travail ? L'administration finit par m'envoyer l'un
découvrirent sur les plages après toutes les contrain- de ses enquêteurs. Il débarqua chargé d'un lourd
tes qu'ils avaient connues dans un grand hôtel. Pour dossier où étaient enregistrées toutes les démarches
nous autres, cette situation parut un défi, mais elle que j'avais faites pour trouver un emploi. Il l'exa-
semblait aussi être le moment opportun pour mina, puis leva les yeux et me dit : «Diriez-vous que
mettre en pratique l'entraînement spirituel que c'est Dieu qui vous empêche de trouver du travail ?»
nous avions suivi. L'une des leçons-clés que j'avais Stupéfait qu'il comprenne, je répondis : «Eh ! bien,
reçues était : aime le lieu où tu te trouves, tous oui, c'est cela.» «Bon, répondit-il, alors sans doute.

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si nous ne vous donnons plus d'argent, Dieu y propice pour démarrer mon propre jardin. Cepen-
pourvoira». Il avait joué son atout. «Oui... o u i , je dant, créer un jardin là; à F i n d h o r n , semblait
pense... o u i . Il le fera». Voilà donc comment agit aussi absurde que la construction de l'arche de Noé
l'administration et ce que Dieu f i t . A peine avais-je avant le déluge ! Nous nous trouvions sur une étroi-
reçu le dernier versement de mon allocation que des te péninsule qui se lançait dans les eaux de la mer
donations commencèrent à nous parvenir grâce à du Nord à l'estuaire de la Moray, presque en perma-
notre publication de la «guidance» d'Eileen, Dieu nence exposée à des vents nous assaillant de tous
m'a parlé («God spoke to me»), que nous avions côtés, uniquement protégés à l'ouest par l'abri
envoyée à une liste assez courte de personnes in- qu'offrait une ceinture de conifères.
téressées.

Lorsque j'avais démarré mon premier jardin à


Findhorn, il n'était pas dans mon intention d'en
faire un projet d'une telle envergure. Bien que le
jardinage m'ait toujours intéressé, en réalité je ne
l'avais que très peu pratiqué. Au cours de notre
premier hiver dans ce parc de caravanes, j'avais pas-
sé mes soirées et les jours de mauvais temps à me
plonger dans des livres de jardinage sous tous ses
aspects — biologique et chimique, traditionnel et
d'avant-garde — n'attendant plus que le moment

Pis que t o u t était le sol : ce n'était que sable et


gravier à peine maintenus par une légère couche
d'herbe.

Malgré tout, au printemps 1963, n'ayant


toujours trouvé aucun emploi, je décidai de démar-
rer un petit jardin. J'érigeai une barrière de bois
tressé sur un côté de la caravane pour empêcher le
sable de s'infiltrer par la porte et nous réserver un
espace privé qui nous permette de nous asseoir
dehors. J'avais fait le projet d'y installer un patio sur
un carré de ciment et d'y laisser une petite parcelle
d'environ 3,30 mètres sur 1,80 pour y faire pousser
quelques radis et laitues.

Sans argent pour acheter le ciment du patio,


nous n'avions plus qu'à attendre avec toute notre
f o i , sachant q u ' i l serait répondu à nos besoins. Faire
ce que la «guidance» d'Eileen nous avait dit :
Rappelez-vous comment j'ai nourri les enfants
d'Israël de cette manne tombée du Ciel. Pendant

16
quarante ans dans le désert, c'est ainsi que je les Pour préparer mes plantations, il me fallut
ai nourris. Pourquoi vos besoins ne seraient-ils pas enlever les mottes d'herbe sèche dont les racines
satisfaits ? N'êtes-vous pas Mes enfants élus ? N'ai- emmêlées formaient un léger tapis. Je retournai le
je pas étendu Ma main sur vous ? Vous devez croire t o u t au fond de tranchées larges de 45 cm et profon-
que tout est possible et faire qu'il en soit ainsi. des de 30 cm environ après l'avoir haché soigneuse-
Souvenez-vous, c'est à leurs besoins quotidiens que ment. Puis je répandis du sable fin sur le dessus. La
j'ai répondu. Par conséquent, n'accumulez jamais terre éttait si sèche que l'eau formait des bulles à la
rien. Quoi que vous ayez, faites-en usage comme d'un surface où elle ruisselait sans pénétrer. Malgré t o u t ,
don qui vient de Moi et sachez que beaucoup d'au- nous avons semé nos premières graines.
tres choses peuvent vous être accordées. Mes dons
sont illimités car tout ce qui existe est Mien. Chaque I
fois que vous serez tentés de conserver quelque cho- C'est alors que j'entendis parler d'un emploi
se pour un jour sans soleil, rappelez-vous cela, et que je crus avoir une chance raisonnable d'obtenir
vous cesserez de penser au lendemain. Vous ces- mais, à nouveau, cet espoir s'évanouit. Eileen était
serez de regarder vers le passé et vous vivrez dans la très préoccupée par cette situation qui se prolon-
complétude, maintenant. Au fur et à mesure qu'il geait, mais voici la guidance qu'elle reçut alors : Ce
est répondu à vos besoins rendez constamment n'est pas encore le moment pour que Peter trouve
grâce. du travail, mais il doit continuer de faire ses démar-
Nous avions avancé notre projet et nettoyé la ches. Vous n'avez pas besoin de vouloir forcer les
surface à cimenter. Au bon moment, quelques jours événements ; cela ne servirait à rien. Lorsqu'il se
plus tard, un voisin vint nous dire qu'un camion présentera, il devra Me laisser le diriger. Il semble
venait juste de débarquer t o u t un chargement de qu'il m'ait été demandé de me concentrer sur le
sacs de ciment à peine endommagé par la pluie, sur jardin et que c'est là que mon travail se trouvait. Je
la décharge à côté de la route. Bien que cela puisse décidai de cultiver la partie qui se trouvait entre la
ne paraître qu'une étonnante coïncidence, des barrière de bois et le garage. Comme il y avait là
événements de ce genre faisaient désormais partie du beaucoup de lapins, j'installai une barrière en fil de
cours normal de notre vie. Nous ne pouvions qu'en fer pour protéger les plantes et préparai le terrain
être reconnaissants et nous lancer dans l'action. Je comme précédemment, n'y ajoutant cette fois que
transportai plusieurs tonnes de ciment dans le cof- du fumier récolté dans une étable voisine. Au fur et
fre de ma voiture, puis je terminai le patio et cons-
truisis un socle de ciment autour de la caravane.

Je n'avais pas trouvé particulièrement encoura-


geante la recherche sur le jardinage à laquelle je
m'étais livré pendant l'hiver. La plupart de ces livres,
outre le fait qu'ils n'étaient pas toujours d'accord,
avaient été conçus pour des jardins situés dans le
sud de l'Angleterre, où le printemps et le climat sont
de loin plus favorables qu'ils ne le sont au nord-est
de l'Ecosse. De plus, ils avaient été écrits pour des
jardins ayant une couche d'humus alors qu'il ap-
paraissait clairement que t o u t ce dont nous dispo-
sions, ce n'était que du sable sous lequel, à 30 cen-
timètres environ, il n'y avait qu'une masse de pierres
et de graviers.
à mesure que le temps s'écoulait et que tous mes Une autre substance particulièrement importan-
espoirs de trouver un emploi s'évanouissaient, je te était la potasse qui provient des cendres de bois.
continuais d'agrandir le jardin. Nous n'avions pour t o u t combustible que du char-
bon et je ne cessai donc de rechercher d'éventuelles
Derrière le garage, je pus cultiver une parcelle possibilités de nous procurer des cendres de bois.
de terrain, en y conservant assez d'espace pour y ins- Dès que je voyais une fumée pointer à l'horizon,
taller des talus de compost, ce qui me paraissait provenant d'arbres brûlés après avoir été abattus, je
vital. Au mois d'avril, je m'attaquais à cette parcelle me précipitais pour voir ce qui pouvait être récupé-
et commançais à récolter diverses substances pour le ré. En soi, chaque substance apportée au compost
compost. Comme il en f u t pour toutes les autres nous offrait non seulement un nutriment supplé-
parties du jardin, mon entraînement à la pensée po- mentaire pour l'humus mais aussi une nouvelle
sitive et à garder foi en Dieu — mis en pratique dans aventure. L'amour et la reconnaissance que nous
un travail difficile — nous apporta t o u t ce dont nous éprouvions pour chaque nouvelle chose que nous
avions besoin pour métamorphoser ce terrain stérile. récoltions ainsi furent en eux-mêmes une contri-
b u t i o n d'importance capitale pour le compost.

Nous prîmes un bon départ le jour où quel- Nous avons reçu de la même façon toutes les
qu'un nous apprit qu'une balle de paille était autres choses dont nous avions besoin pour le jardin.
tombée d ' u n camion sur une route voisine. Je sautai Par exemple, j'avais aidé un voisin à démolir de
dans ma voiture et partis la récupérer. Sur le vieux garages, et en échange, il nous donna du bois
chemin du retour, je rencontrai un jeune homme pour les barrières et les cadres destinés à protéger les
que je connaissais et m'arrêtai pour lui offrir de le jeunes plants du froid et du vent. A l'intérieur de ces
raccompagner dans ma voiture. Un peu gêné par cadres, nous avons créé des lits de fumier en utili-
toute cette paille qui se trouvait sur le siège arrière, sant du c r o t t i n frais mélangé à de la paille et des
je lui expliquai que j ' e n avais besoin pour le compost feuilles pour produire de la chaleur. Vous pou-
que je préparais. «Eh bien !, dit-il, vous connaissez vez imaginer avec quel amusement les gens qui
ce champ devant lequel nous sommes passés et sur vivaient là voyaient trois adultes - Dorothy, Eileen
lequel paissent des chevaux. Pourquoi ne prendriez- et moi-même - courbés à nouveau dans les champs,
vous pas leur crottin pour votre compost ?» «Mais mais cette fois pour suivre les chevaux, armés de
je ne sais pas à qui appartiennent ces chevaux, » pelles et de seaux pour récupérer le précieux crottin
répliquai-je. Il dit alors : «Ce sont les miens». Le t o u t frais. Inutile d'imaginer quelles étranges histoi-
lendemain, nous sommes partis en voiture avec des res ont dû circuler sur la communauté de Findhorn !
caisses, des bassines et un vieux baquet pour récu-
pérere le crottin destiné à notre compost. Plus tard, j'entrepris d'araser le talus couvert de
ronces et d'ajoncs qui se trouvait derrière la cara-
vane. En le creusant, je n'y trouvais que du gravier.
Le propriétaire du parc de caravanes nous A peine y avait-il du sable. La terre avait été entraî-
apporta un camion de gazon coupé. Une boutique née hors du talus et se trouvait entassée entre la cara-
de la ville nous donna de vieilles pommes de terre et vane et le garage. Nous n'avions pas le choix, il
des légumes avariés qui ne pouvaient être vendus. fallait enlever le gravier, et à sa place, réentasser la
Dorothy et Eileen se mirent à récolter des algues en terre à la pelle. Ceci impliquait un énorme travail,
les coupant sur les rochers le long de la plage de mais cela a eu un effet spirituel aussi bien que maté-
Findhorn. C'était un travail pénible qui les exposait riel sur cet endroit. J'avais appris qu'en travaillant
au f r o i d , mais le compost était vital pour le jardin. dans un état de concentration totale et en aimant ce

18
que je faisais, je pouvais instiller de la lumière dans nous f i t entrer dans une phase totalement nouvelle
la terre. C'est une chose difficile à expliquer, mais du développement du jardin. Elle contacta directe-
j'étais réellement conscient des radiations de lumiè- ment un esprit du royaume des plantes, le déva ou
re et d'amour qui passaient à travers moi lorsque je «ange» des pois. Nous savions que les dévas f o n t
travaillais. Je ne m'en rendis compte qu'au moment partie de la hiérarchie angélique qui maintient le
où je tins la bêche entre mes mains et me mis à modèle archétypique de chaque espèce de plantes et
creuser. Alors, comme lorsqu'un pôle négatif et un canalise l'énergie pour aider une plante à prendre
pôle positif sont reliés et produisent de l'électricité, forme sur le plan physique. Au cours de mon en-
l'énergie s'écoula de moi à travers le sol. Ce travail traînement spirituel, j'avais pris conscience des for-
avait transformé ce lieu et créé un impalpable mur mes de la nature, en particulier des «élémentaux»,
de lumière, comme un champ de force, autour de la ces esprits de la terre, de l'air, du feu et de l'eau.
caravane. Pour m o i , les dévas et les esprits de la nature fai-
saient intégralement partie du processus de la
Lorsque cette partie du jardin f u t prête, j ' y création ; ils étaient la force de la vie personnifiée.
plantai des poireaux, des céleris, des rutabagas, des En fait, à un certain moment, le fait de pouvoir
navets, d'autres radis et laitues, des pois et des coopérer avec eux de manière consciente m'avait
haricots, ainsi que quelques autres légumes. beaucoup intéressé. Et maintenant, voici que le
déva des Pois nous offrait de nous aider dans notre
Nos journées s'émaillaient de moments d'activi- jardin. Je sautai sur cette chance, n'ayant qu'une
té paisible, intérieure. Lorsque le temps le permet- seule pensée : enfin ! nous pouvions maintenant
tait, nous méditions dans le patio. Eileen et Dorothy obtenir directement les réponses aux questions que
couchaient toutes deux par écrit la guidance qu'elles nous nous posions sur le jardinage. Je me mis à
recevaient chaque jour de la Divinité intérieure. Ces poser toutes les questions qui nous avaient traver-
conseils inspirés allaient de directives concernant sés au cours des semaines qui s'étaient écoulées
notre développement intérieur à la nourriture que tandis que nos jardins commençaient à se dévelop-
nous devions absorber, ou aux travaux particuliers per, et Dorothy à son tour les posa au déva de cha-
à effectuer le jour-même. Ma propre guidance prit que espèce concernée. Aussi étrange que cela puisse
la forme d'éclairs intuitifs d'inspiration — souvent paraître, il nous f u t répondu. Des réponses prati-
reçus alors que je travaillais — qui avaient un sens ques à des questions pratiques.
convainquant et m'apportaient une profonde con-
naissance intérieure. Ces intuitions étaient parfois Les dévas nous expliquèrent à quelle distance
confirmées et amplifiées par la guidance qu'Eileen les unes des autres devaient être plantées les plantes,
recevait. L'un des avantages de ce travail en groupe la fréquence à laquelle il fallait les arroser, que faire
était que la guidance de chacun pouvait être compa- et ne pas faire. Ce n'étaient que des réponses concer-
rée à celles des autres lorsque le doute planait pour nant directement le jardinage, celles que t o u t jardi-
savoir si les réponses que nous avions provenaient nier doit connaître. Mais le fait était que nous,
du moi inférieur ou d'un niveau plus élevé. Lorsque nous les ignorions. De plus, les dévas nous dirent
nous ressentions tous la même certitude intérieure, que cette sorte de coopération consciente entre
nous savions que nous agirions de manière juste. l'homme et les forces de la nature constituait une
expérience t o u t à fait nouvelle pour eux aussi.
De nous trois, c'est D o r o t h y qui avait toujours Nous avons alors découvert ensemble certaines
eu le lien le plus étroit avec la nature. Par un matin méthodes de jardinage qui dépassaient de loin celles
de mai, deux mois après avoir démarré notre jardin, qui sont habituelles. Par exemple, après avoir semé
elle reçut un message au cours d'une méditation qui nos première graines de laitue, je suivis les conseils

19
des livres de jardinage en éclaircissant les rangées de Représentant de l'homme dans le jardin, je compris
jeunes plants et repiquai chacune de ces rangées en que je devais accepter ces messages des dévas t o u t
cinq ou six autres. Mais la plupart de nos laitues en sachant qu'il me fallait aussi créer le jardin de la
ainsi transplantées se mirent à dépérir sans que nous manière qui me paraissait la plus juste, compte-tenu
sachions pourquoi. Lorsque D o r o t h y demanda au du temps disponible, de ceux qui y travaillaient, des
déva des Laitues ce qu'il fallait faire, il nous répon- conditions météorologiques et des ressources ma-
d i t de semer les graines très serrées sur chaque térielles. Le choix ultime de l'action sur la planète
rangée, puis d,éliminer les plants qui paraîtraient incombera toujours à l'homme. Cela signifiait par-
faibles p l u t ô t que de les repiquer. Nous pourrions fois qu'il nous était impossible de mettre immédia-
ainsi recycler dans le compost la force vitale qui se tement en pratique les messages que nous recevions
trouvait en eux. Ceci s'avéra être un précieux conseil. et les leçons que nous en tirions, mais notre coopé-
ration consciente avec les royaumes de la nature
était en train de commencer.
Toutefois, lorsque nous entreprîmes ce travail,
une certaine tension surgit entre D o r o t h y et moi- Non seulement les dévas nous enseignaient
même. Ces beaux messages ou cette guidance qui comment subvenir aux besoins matériels des plantes,
venaient de Dieu resteraient inutiles, du moins c'est mais aussi comment percevoir leur véritable nature.
ce que je ressentais, tant que nous ne les mettrions Il nous f u t demandé de ne plus voir le monde nous
pas en pratique dans la vie quotidienne. Pourtant, entourant qu'en termes de force vitale ou d'énergie,
contacter les divers dévas était une tâche délicate au-delà des apparences. Comme les dévas nous le
pour laquelle Dorothy avait besoin de se relier à leur dirent : Dans notre monde, qui est très proche du
lumière, aux royaumes transcendants. M o i , bien sûr, monde causal, nous pouvons voir que tous les
j'étais plus terre à terre, ne cessant de la harceler êtres sont une réalisation de l'Intelligence et que
de questions portant essentiellement sur des con- tout ce qui se manifeste est en relation avec cette
seils pratiques pour le jardin. Finalement, nous Intelligence. Lorsque vous mettez un cheval devant
avions réussi à trouver un juste équilibre lorsque une charrette, les commandes restent totalement
nous avons réalisé que, «pour canaliser ce qui est entre vos mains ; ainsi pourrez-vous travailler dans
en bas», D o r o t h y devait «partir en haut». Mais ces le monde des énergies comme nous le faisons. Les
aspects sont tous deux indispensables : le spirituel dévas nous dirent que, puisque nos pensées et nos
et le matériel. Pour créer le Paradis sur Terre, com- états d'esprit exerçaient une influence sur le jar-
me il nous était demandé de le faire, il était néces- d i n , l'une des contributions les plus vitales que nous
saire d'être fermement ancré dans les deux mondes. pouvions y apporter était cette radiation que nous
transmettions à la terre t o u t en la cultivant, ainsi
C'est la même chose qui se produit lorsque l'on que l'amour que nous donnions aux plantes t o u t en
coopère avec les royaumes des dévas. L'homme ne les soignant. Cet amour, bien plus qu'une émotion
renonce pas à ses propres capacités et compétences, sentimentale, consistait en cette capacité à être
en abordant les dévas comme s'il était impuissant, vraiment sensible aux besoins, à la fois matériels
en leur demandant de répondre à sa place. Abso- et spirituels, des plantes de notre jardin.
lument pas. L'homme apporte sa part de travail
comme un égal ; et les dévas lui répondent à leur
manière. La véritable coopération commence au Un phénomène très étrange prenait place dans
moment où nous réalisons que l'homme, les dé- notre vie. Mystérieusement, j'étais empêché de
vas et les esprits de la nature f o n t partie de la - trouver du travail, si bien que t o u t mon temps et
même force vitale, que leur création est commune. toute mon énergie se trouvaient dans la création

20
de ce jardin. A présent, nous étions en train d'éta- banque. En ceci, les principes avec lesquels nous
blir une relation avec les dévas q u i , précédemment travaillions n'étaient pas nouveaux : ils f o n t par-
s'étaient montrés très timides à l'égard de l'homme tie des enseignements des sagesses traditionnelles
moderne dont la conduite est si destructive. Quelle d'autrefois, mais ils n'ont aucune réalité tant qu'ils
était la raison de toute cette concentration sur le ne sont pas vécus et démontrés de manière con-
jardin ? Un m a t i n , alors que je méditais, je compris crète. Cette période de chômage m'offrait juste-
soudain. Nous étions en train d'explorer quelque ment la chance parfaite de les mettre en pratique.
chose de nouveau. L'homme occidental du XXème
siècle était en train de se mettre à travailler de ma- En juin 1963, Eileen reçut cette guidance : En-
nière consciente, «main dans la main», avec les fin, vous réalisez qu'il n'est plus nécessaire que vous
aspects spirituels des royaumes de la nature. Ce soyez contrôlés par les événements, mais que
soir-là, Eileen reçut la guidance suivante : Dis à Pe- c'est vous qui pouvez les contrôler par le pouvoir
ter que l'idée qui l'a illuminé ce matin était juste. de votre pensée. Vous pouvez tout faire par la
Vous êtes en train de travailler avec la nature, pensée. C'est aussi la raison pour laquelle le pou-
avec les dévas et les élémentaux, et vous êtes en voir que vous venez de découvrir ne peut être uti-
train de découvrir progressivement que vous pou- lisé que s'il n'est pas terni par ce qui pourrait vous
vez être en harmonie avec eux. Ce qui arrive est rester d'égoïsme ; sinon, il pourrait trop facilement
nouveau, et c'est ainsi que le monde doit être re- être utilisé à mauvais escient et non pour le bien
créé. Vous êtes tous en train d'apprendre le Secret de tous. S'il est utilisé par ce qui est le plus élevé
de la création, chacun à votre manière. en vous, vous ne pouvez qu'attirer le bien et ne
pouvez créer que le bien.
Tel est le secret de la création. Ce que vous pensez,
vous le créez. C'est en cela que votre foi et votre
C'est alors que nous avons commencé à com- croyance doivent demeurer inébranlables. Dès que
prendre pourquoi nous avions dû quitter cet hôtel le moindre doute plane ou que vous perdez confian-
où t o u t nous était donné sur le plan matériel. Nous ce, il vous devient impossible de permettre à ces
étions en train de nous préparer pour vivre avec une vérités de se concrétiser.
nouvelle conscience de la vie, et nous devions appren- Mes prodiges sont d'être manifesté dans la forme.
dre, une fois pour toutes, ce pouvoir qu'a l'homme Le Paradis doit être créé sur Terre. Nous ne sommes
de créer son propre monde. Nous sommes tous capa- qu'Un. C'est pourquoi tout ce qui semblait être
bles de réaliser ce que nous avons en tête si c'est impossible dans le passé ne l'est plus. Tout est pos-
pour le bien c o m m u n . Notre travail consistait à sible.
créer un jardin parfait en coopérant avec la nature.
La création d'un tel jardin nécessiterait normale-
ment beaucoup d'argent, et nous n'avions ni salai- Il avait semblé miraculeux qu'il ait été répondu
re, ni réserve bancaire. T o u t ce que nous possé- à tous nos besoins. Ce n'était cependant pas vrai-
dions effectivement, c'était ce que n'importe qui ment un miracle ; c'était le résultat normal de no-
d'autre pourrait avoir : nous-mêmes, nos pensées tre travail en accord avec les lois-mêmes sur les-
positives et notre foi en l'abondance illimitée de quelles la création est basée.
Dieu. En apprenant à considérer le monde en ter-
mes de causes plutôt que d'effets, nous devions Nous recevions fréquemment par guidance
nous en remettre à Dieu en tant que source pouvant l'assurance que le travail que nous faisions était
subvenir à tous nos besoins, plutôt que de recher- d'une importance vitale pour l'avenir et qu'il aurait
cher la sécurité d'un salaire ou d'un compte en des prolongements au-delà du jardin. Dès que nous

21
nous en étonnions ou que nous posions des ques- apporté dans sa totalité. Le jardin constitue une uni-
tions, il nous était rappelé de penser à Noé : Ce té bien définie et il ne faudra que peu de temps pour
jardin est comme l'arche que J'avais demandé à qu'il accueille dans son cœur une nouvelle par-
Noé de construire. Il vous est difficile d'en com- celle. Celle-ci f u t plantée au cours de la première
prendre la raison, car vous ne pouvez pas voir semaine de juin. Notre caravane trônait à présent
l'avenir, mais laissez-Moi vous assurer qu'il est d'une au milieu d'un jardin.
importance vitale. La moindre des choses que vous y
investissez est en elle-même vitale. Tout doit s'ac- Nous pouvions déjà savourer les premiers fruits
complir sous Ma guidance, avec l'aide et la coopéra- de notre labour - des radis, des laitues et des navets.
tion des dévas et des esprits de la nature. C'est un Mais alors, nous avons dû répondre à de nombreux
travail d'unification destiné à reconstruire une défis. Les jeunes oignons qui venaient de sortir
totalité qui a été déchiquetée et divisée. Lentement, souffrirent d'une maladie due à l'humidité. Les
nous commencions à prendre conscience de la tomates dépérissaient à cause du froid et par man-
signification de notre travail dans le jardin. que de soleil. Les feuilles des fèves gonflaient
puis se flétrissaient. Les dévas nous dirent que cela
Vers la fin du mois de mai, j'avais commencé à provenait de la mauvaise qualité de la terre. Ils nous
travailler la dernière parcelle qui n'avait pas été suggérèrent d'arracher les plantes les plus fai-
encore cultivée près de la caravane. Ce morceau de bles pour laisser aux autres les substances nutritives
terrain situé à l'est n'était que sables et herbes sè- qui se trouvaient dans le sol, et ils nous dirent que
ches, le t o u t emmêlé de fils de fer barbelés. Il fallut nos pensées positives pourraient contribuer à rendre
beaucoup de temps et d'énergie, d'amour et de nu- les plantes plus fortes.
triments (le compost) pour apporter la vie à cette
terre morte. Outre le compost, j'ajoutai des résidus Cest alors, bien sûr, qu'une «autre vie» vint
d'orge germée récupérés dans une proche distillerie s'installer dans le jardin, sous la forme des mouche-
de bière, de la tourbe, de la chaux ... et beaucoup de rons qui parasitent les choux. Nous découvrîmes
sueur en déterrant les fils de fer qui auraient détruit que la plupart de nos choux séchaient sur pied et
t o u t ce qui y aurait été semé ou planté. Lorsque t o u t mouraient à cause des larves qui dévoraient leurs
ceci f u t bien amalgamé au sol, les dévas nous dirent racines. Les dévas nous dirent de penser de manière
de laisser cette parcelle de terrain reposer pendant positive aux plantes, qu'elles étaient fortes, saines et
un certain temps avant de la planter. Tout ce que florissantes et que, pendant ce temps, ils les char-
vous allez désormais ajouter dans le jardin vous sera geraient suffisamment de vitalité pour leur per-
mettre de résister aux attaques. Nous avons élevé
la terre en mottes le long des tiges et nous avons
déversé de l'amour sur elles. Des choux moururent
dans d'autres jardins du voisinage. Ceux de notre
jardin parvinrent à survivre jusqu'à ce que les larves
qui avaient dévoré toutes les racines se soient
métamorphosées en chrysalides. Alors les plantes
développèrent de nouvelles racines plus haut, là où
nous avions amassé la terre, et elles continuèrent
leur croissance.

Je n'avais jamais réalisé combien une plante


d o i t surmonter d'obstacles pour parvenir à maturité.

22
Toutefois, je considérais ce qui arrivait dans le jar- une pluie constante de radiations. Nos efforts se
din comme un défi à surmonter et une source de sont multipliés entre eux et c'est à cause de cette
leçons. Parfois, cependant, il paraissait vraiment im- «pression» que vous avez obtenu des résultats plus
possible de compter sur des méthodes biologiques rapides qu'habituellement.
pour fertiliser le sol et protéger les plantes contre
les insectes. T o u t l'environnement semblait en Comme cela était continuel, nous avons accepté
déséquilibre et, par conséquent, comment un jar- le jardin tel qu'il était, sans réaliser à quel point il
din aussi petit que celui-ci pourrait-il se développer regorgeait d'abondance et de vitalité. C'est alors
naturellement dans un tel milieu ? Les dévas nous qu'un dimanche après-midi, nous allâmes visi-
apprirent que ce déséquilibre avait été en grande par- ter les jardins d'un château, Cawdor Castle, qui
tie le fait de l'homme qui avait tué les oiseaux qui se avaient été cultivés pendant plusieurs siècles par des
nourrissent des insectes, par exemple, ou utilisé jardiniers professionnels. Nous fûmes stupéfaits de
des insecticides empoisonnés, ou encore saturé découvrir que nos légumes étaient vraiment beau-
l'atmosphère de pensées chaotiques et de radiations coup plus gros et plus sains que les leurs. C'est
atomiques articificielles. (C'était pendant la période avec gratitude que nous avons alors commencé à
où de nombreuses armes atomiques étaient expéri- réaliser quels étaient les effets de la coopération
mentées dans diverses parties du monde). En recréant avec les dévas.
la vie dans la terre, nous dirent encore les dévas, et
en nous interdisant d'utiliser les produits qui dé-
truisent la vie, nous étions en train de travailler dans Le jardin commençait à nous offrir les princi-
le juste équilibre. Les dévas nous offrirent leur aide paux éléments de notre régime végétarien. C'est au
particulière. cours de cet été 1963 qu'Eileen commença à
recevoir des instructions précises sur la manière de
C'est ainsi que, malgré tous les obstacles, le raffiner nos corps en nous nourrissant de nos
jardin devint prospère. Vers la fin de j u i n , il com- propres produits. Nous avons appris que les aliments
mença à attirer l'attention du voisinage. Des gens que nous tirions de notre jardin, grâce à l'aide des
venaient pour le regarder, puis repartaient en dévas et des esprits de la nature, étaient remplis de
hochant la tête, croyant difficilement que trois mois la force vitale dont nos corps avaient besoin.
à peine s'étaient écoulés depuis que les premières
graines avaient été semées. Comment se pouvait-il Non seulement notre régime, mais aussi l'exer-
que t o u t ici soit vert et plein de vitalité alors que cice physique avait de l'importance pour notre
t o u t était mort et desséché autour ? Bien enten- vitalité. Voici ce q u ' i l me f u t d i t par une guidance
du, il nous était impossible de leur expliquer l'ai- d'Eileen : Mon enfant, il est de la plus haute impor-
de et la coopération que nous avaient offertes les tance que tu maintiennes ton corps physique en
dévas. Les gens nous trouvaient déjà assez bizarres pleine santé pour que Je puisse Me servir de toi
comme cela. Au fur et à mesure que la force vitale chaque fois que cela sera nécessaire. Tu dois chaque
se développait dans le sol, les plantes devenaient jour faire de l'exercice. Ce n'est pas vraiment ce que
florissantes et résistaient aux maladies et aux tu fais comme exercice qui est important, mais le
parasites. Tous les processus vitaux avaient été fait que cela soit répété quotidiennement. Tu
accélérés dans le jardin. Les dévas nous dirent : En ignores ce que J'aurai besoin que tu fasses pour Moi,
termes de forces vitales, l'amélioration du sol est mais Je peux t'assurer que tu devras faire beaucoup
immense. Non seulement vous avez travaillé comme
et que tu auras besoin pour cela d'être en parfaite
peu d'humains l'ont jamais fait, mais nous aussi,
santé. A présent, tout cela ne dépend plus que de
nous n'avons cessé de laisser pénétrer dans la terre
toi.

23
Je ne savais pas grand chose de ce qui m'atten- pour la première fois à l'humour des dévas. J'avais
dait pour les années à venir. Chaque jour je faisais décidé de commencer à faire pousser des champi-
de longues courses le long de la plage, qui se finis- gnons, l'une des rares denrées qui ne poussait pas
saient par un plongeon dans les eaux revigorantes de dans le jardin. Voulant que t o u t soit parfait, nous
l'estuaire de la Moray. Je devins effectivement en récoltâmes du crottin frais qui f u t laborieusement
pleine forme. préparé en étant retourné plusieurs fois, comme cela
était indiqué dans des livres dont nous suivions les
Vers le milieu de cet automne qui n'avait pas instructions de la façon la plus précise. Nous avions
été des plus faciles, car certainement plus vif que même acheté un thermomètre pour mesurer la tem-
romantique, nous avons dû répondre à un nouveau pérature du c r o t t i n - une incroyable extravagance
défi au moment de la récolte des pommes de terre, pour notre bourse d'alors. D o r o t h y contacta le
ou «tatties» ainsi qu'on les nomme ici. Nous avions déva des Champignons qui répondit que nous allions
alors utilisé le fumier du champ voisin et il nous en avoir «d'étonnants résultats». Au passage, D o r o t h y
fallait d'autre. Il existe, bien sûr, une loi cosmique mentionna que ce déva avait fait une sorte de pi-
selon laquelle lorsqu'une porte se ferme, une autre rouette et que c'était comme si elle avait manifesté
s'ouvre. J'avais souvent remarqué qu'il y avait un un certain sens de l'humour.
énorme tas de fumier dans une ferme voisine. Il
restait là, inutilisé depuis des années car le fermier Nous fîmes t o u t notre possible pour ces cham-
utilisait les fertilisants articificiels fournis par le pignons, en plaçant soigneusement quelques-uns
gouvernement. Je décidai donc d'aller lui en parler. dans le garage et d'autres sous des cadres de bois.
Pendant t o u t ce temps, le déva des Champignons ne
Nous étions en octobre et c'était le moment de cessait de nous rappeler : La croissance dépend de
la récolte des pommes de terre. Je lui offris les nombreux facteurs que nous ne pouvons prédire,
services de D o r o t h y et de moi-même pour arracher et c'est pourquoi nous - chacun d'entre nous
ses pommes de terre en échange du fumier. Le poussons toujours là où c'est possible. Nous avons
fermier eut l'impression que nous perdions au alors dorloté ces champignons plus que t o u t ce que
change, mais je l'assurai que nous serions très nous avions jamais planté. Après t o u t , nous nous
heureux de faire ce travail à condition de pouvoir attendions à d'étonnants résultats. Après des
récupérer t o u t le fumier que nous pourrions. Man- semaines et des semaines de ce manège, de nos plan-
quant de main d'œuvre, il accepta. ches de champignons sortirent deux minuscules
pousses. Mais là où du c r o t t i n vieux de quatre
Mais il nous fallut d'abord payer le prix. Ce f u t années avait été répandu dans t o u t le reste du jar-
un véritable supplice que de rester plies en deux d i n , se trouvait une abondante récolte de champi-
toute la journée pendant quinze jours à arracher les gnons !
«tatties», mais cela était nécessaire pour le jardin.
Au cours des trois mois qui suivirent, à l'immense
surprise du fermier et à son grand chagrin, nous L'hiver revint, et nous étions toujours à Find-
avions enlevé le tas de fumier t o u t entier à l'aide horn. Qu'attendait-on de nous à présent ? Cette
de seaux, de baquets et de poubelles dans le cof- question f u t éclaircie par la guidance qu'Eileen reçut
fre de ma voiture. en décembre 1963 : Je veux que vous considériez
cet endroit comme votre domicile permanent, et
Comme il s'avéra par la suite, ce fumier chère- que vous sachiez que tous les efforts que vous y
ment payé nous o f f r i t non seulement un excellent , investirez porteront leurs fruits en abondance, non
fertilisant, mais il nous valut aussi d'être exposés seulement des fruits matériels, mais aussi spirituels.

24
aromatiques. Au fur et à mesure que nous semions
des graines ou que nous repiquions de jeunes plants,
D o r o t h y souhaitait la bienvenue aux dévas de
chaque variété ou espèce. Semblable à ce qu'avait
été l'arche de Noé pour les animaux, notre jardin
commençait à réunir une sélection représentative de
la vie végétale telle qu'elle pouvait pousser dans
cette région du monde.

Nous avons alors découvert que notre jardin


ainsi agrandi et plus que florissant réclamait un
énorme et difficile travail. J'y passais toute la
Souvenez-vous c'est un travail immense. Peter aura journée, de l'aube au crépuscule et, dans cette
besoin de l'aide et de la coopération de chacun région si proche du soleil de minuit, les jours d'été
d'entre vous pour que cela réussisse à tous les étaient effectivement très longs. D o r o t h y travaillait
niveaux. Ce n'est qu'en cherchant que vous trou- avec moi le matin et Eileen l'après-midi ; elles m'ai-
verez ; par conséquent, vous ne devez jamais vous daient à retourner la terre, tracer des sentiers
reposer et attendre que tout se fasse tout seul. fabriquer des barrières et des cadres, rendre le

fumier liquide, le répandre en couches échauffées


Je sus exactement ce q u ' i l me restait à faire. Au par ses propres réactions chimiques, ensemencer,
sud de notre caravane, au delà de la barrière du repiquer, affiner la terre pour la rendre plus légère,
patio, se trouvait t o u t e une parcelle de terrain où désherber, arroser, encourager les plantes de t o u t
aucune caravane n'avait jamais été installée car cet notre amour. Nous donnions à chaque plante que
endroit était t r o p boueux et accidenté. Avec l'au- nous invitions dans ce jardin l'environnement et les
torisation du propriétaire du parc, je fis le plan conditions dans lesquels elle pouvait au mieux
d'un jardin pour ce lieu. En février et en mars, lors- exprimer sa vie. Après t o u t ce travail, nous retrou-
que le sol f u t suffisamment dégelé, je me mis au vions nos lits le soir physiquement fatigués mais
travail pour préparer la terre. Le long de la barrière, dans un état de détente complète car nous savions
je plantai des buissons à baies et des pommiers en que nous accomplissions le plan divin.
espalier. Outre leurs fruits, ils nous offriraient un
mur protecteur, irradiant lumière et beauté.

Les dévas eux-mêmes nous dirent qu'ils ai-


maient cette diversité car chaque plante ajoutait au
jardin la radiation qui lui était unique, et parce
que ceux qui souhaitaient participer à notre ex-
périence étaient aussi nombreux que possible.
Alors que nos manuels de jardinage conseillaient de
n'ajouter que trois ou quatre nouvelles espèces par
an dans un jardin, nous en accueillîmes par dou-
zaines. En 1964, nous avons effectivement fait
pousser soixante-cinq variétés de légumes, vingt-et-
une sortes de fruits et quarante-deux de plantes

25
J'eus la vision totale de ce qui était nécessaire din tout entier va se développer au fur et à mesure
pour le développement du jardin. Il était toutefois que tu y travailles, sans faire de plans trop rigides.
également important que d'autres viennent aussi
travailler. Une guidance que reçut Eileen nous f i t
remarquer ceci : Vous devez tous donner votre aide
autant qu'il est possible. Vous devez toujours
Finalement, puisque c'est l'amour qui fait que
vous rappeler que plus vous incorporez de vous-
toutes les lois s'accomplissent, l'amour que j'avais
mêmes dans cette terre par le moyen de radiations, pour ce jardin me permit d'entrer en résonance avec
mieux c'est. Chacun d'entre vous possède quel- lui. Je me rappelle qu'une année, nous avions eu
que chose de particulier qui contribue au tout. Ce divers semis par milliers dans des bacs, qui atten-
n'est pas seulement le jardin de Peter, il appar- daient d'être repiqués. Lorsque le temps f u t venu, je
tient à vous tous. ne savais pas vraiment de quelles plantes il s'agissait.
J'ai donc placé les bacs sur trois rangées, - selon la
taille des pousses : grande, moyenne et petite. Puis
Cette guidance soulignait qu'une concentration j'en ai repiqué une partie ici et d'autres ça et là,
de chaque instant était nécessaire pour la création selon l'impulsion du moment. Le résultat f u t tel que
de ce jardin. J'y concentrai toute mon énergie, ne lorsqu'un expert jardinier, spécialisé dans les plantes
prêtant guère mon attention à autre chose. Je annuelles, vint plus tard nous rendre visite, il dit :
découvris que, par cette attitude, mon travail «Je n'ai jamais vu un aussi beau déploiement de
pouvait être dirigé par l'intuition. Au cours de mes plantes annuelles. Cela a dû vous demander beau-
années d'entraînements spirituel, j'avais appris à coup de temps et d'efforts pour organiser un tel
suivre de manière confiante mes impulsions inté- arrangement.» A propos de sa beauté, il avait raison ;
rieures. Bien sûr, il y eut quelques erreurs mais, les couleurs et les formes s'unissaient à la perfec-
toujours, elles m'apprirent quelque chose. Je décou- t i o n . Mais je dus lui avouer que t o u t cela avait été
vris qu'écouter uniquement l'esprit rationnel em- réalisé sans aucun plan.
bourbait toute action dans des raisonnements faits
de pour et de contre. C'est ainsi que j'essayai de me
mettre en résonance avec mon Soi le plus élevé et de
plonger dans l'action. Assez vite, il me f u t aisé de En 1964, notre seconde saison, le jardin était
découvrir si j'avais répondu à la véritable intuition littéralement débordant de vie. Les dévas et les
ou simplement aux désirs de la personnalité analyti- esprits de la nature s'étaient surpassés non seule-
que. Peu à peu, j'appris à établir une distinction ment en qualité - la récolte était pleine d'une
entre les deux. Eileen reçut une guidance soutenant étonnante vitalité et exhalait un arôme stupéfiant -
cette manière intuitive de travailler : Mon fils, laisse mais aussi en quantité. Au début de la saison, je fis
le jardin se développer naturellement. Lorsque tu une estimation du nombre de choux rouges dont
es en train de faire quelque chose et que, sou- nous aurions besoin pour l'année. Pour une moyenne
dain, tu penses qu'il est juste de placer un certain d'un peu plus de 2 kg par chou, il nous faudrait huit
légume dans un endroit précis, fais-le, même si cela choux. Mais lorsque ces choux parvinrent à maturi-
signifie que tu doives tout arranger à nouveau au- té, leur taille était si imposante que l'un pesait
tour de lui. Ce jardin ressemble plutôt à un jeu de plus de 17 kg, et un autre 19 kg. Ce f u t la même
mots croisés et, si tu places la bonne plante au bon chose avec les brocolis qui prirent de telles pro-
endroit, tu verras où mettre la plante suivante. Bien portions qu'ils nous nourrirent pendant plusieurs
sûr, ce n'est pas la façon habituelle de jardiner, mais mois. Lorsque finalement je voulus en arracher, ils
ce n'est pas un jardin habituel. Tu verras que le jar- étaient presque t r o p lourds pour être soulevés.
Cela dépassait certainement les tailles habi- T o u t ce que nous faisions servait à augmenter
tuelles de ces légumes. En considérant ce que l'on les énergies de lumière qui s'y trouvaient. Nous recy-
n'avait cessé de nous répéter sur les pouvoirs des clions dans le compost tous les détritus de la cui-
pensées, peut-être notre enthousiasme avait-il sine, ainsi que ce qui était rejeté de nos corps.
contribué à ce qu'une telle vitalité et une telle Les dévas nous dirent que, comme nos corps ne
luxuriance se manifestent là. En effet, nous avions contenaient pas les impuretés habituelles de l'hom-
t o u t fait avec le plus grand zèle dans ce jardin. Il se me moderne vivant dans les villes, nous pouvions
peut aussi que quelque chose de spectaculaire ait été agir ainsi en toute tranquillité. Comme nous n'a-
nécessaire pour attirer l'attention sur lui, pour vions pas de toilettes avec eau courante, nous pou-
préparer le moment où nous pourrions parler vions vider le contenu de nos pots de nuit dans les
ouvertement de notre coopération consciente avec talus de compost où nous les mélangions chaque
les dévas et les esprits de la nature. jour à de la paille. Ainsi, l'énergie était-elle conser-
vée et maintenue en ce lieu, créant une totalité
physique aussi bien que spirituelle. (Maintenant,
notre communauté s'étant étendue, notre compost
ne comprend plus que les déchets des légumes de
Étant au cœur de l'action de manière constante,
la cuisine et du jardin).
nous ne pensions pas tellement à ce qui était en train
d'arriver. Nous n'avions même pas pensé à prendre
des photos de ces premiers phénomènes. Alors, Ei- Une telle quantité de plantes poussant dans un
leen reçut à leur sujet le commentaire suivant : Vous espace aussi limité, notre jardin était une culture
êtes dans un endroit totalement protégé où vous véritablement très intensive. Au début de l'été
pouvez mettre en pratique et faire surgir Mes pro- 1964, j'avais eu la forte intuition de repiquer des
diges. Vous pouvez créer par votre pensée juste. milliers de laitues, sans penser réellement à ce que
C'est Moi qui vous ai placés ici, en ce lieu tout nous pourrions faire d'une aussi vaste quantité. Il y
spécialement préparé et protégé pour que vous avait des laitues partout, entre les radis, et les ar-
puissiez apprendre à rendre Mon Verbe vivant, bres fruitiers, le long des rangées de céleri, plantées
pour que vous puissiez rendre manifestes ces vérités de toutes parts. Le jardin t o u t entier n'était plus
que Je vous ai enseignées pendant très longtemps. qu'une masse verte et brillante.
A présent, vous commencez à les voir manifestées
dans la forme, et elles descendent de ces règnes plus L'année où cela se produisit, il y eut un manque
élevés pour que vous puissiez les voir de vos propres de laitues dans la région, aussi des gens et des mar-
yeux. chands de légumes vinrent de très loin pour ache-
ter les nôtres, ainsi que nos épinards, persil et radis.
La saveur des légumes biologiques et la qualité des
produits de ce jardin très particulier compta pour
Soyez comme un artiste qui recule de temps beaucoup dans la rapidité avec laquelle le mot f u t
à autre devant son œuvre, pour surveiller, vous aussi passé. L'argent de ces ventes nous permit d'acheter
avec un certain recul, ce que vous êtes en train de d'autres graines et de nouveaux plants pour le jar-
faire. Vous êtes si proches que vous ne pouvez rien din.
voir. Souvenez-vous, tout est ici très accentué, tout
est mis en relief. Vous êtes en train de vivre au cœur
d'une centrale énergétique et iI se peut que vous ne C'est cet automne-là que nous avons démarré
parveniez pas à réaliser quelle extraordinaire puis- un verger. Au fur et à mesure que nous le plantions,
sance émane de ce lieu. Dorothy contactait le déva de chaque espèce. Tous

27
étaient très excités à l'idée de se joindre à nous Au cours de l'automne 1965, je demandai à l'ex-
et c'est avec leur aide que nous nous sommes pert horticole du Comté de venir et de prélever un
lancés dans la plantation de pommiers, de poiriers, échantillon du sol. Je sentais que le temps était venu
de pruniers et même de pêchers et d'abricotiers ; de recevoir des conseils experts sur le jardinage des
de pruniers reine-claudes, de cerisiers, de cassis, variétés de plantes les mieux appropriées à ce terrain
de groseilliers, de groseilliers à maquereau, de fram- et à ce climat. J'admets avoir eu la sensation que le
boisiers, de mûriers et de ronces-framboises, ainsi sol devait manquer de certaines substances bien que
que d'une large planche de fraisiers dans le potager les dévas nous aient dit que si le terrain était défi-
entre le patio et le garage. Malgré toute notre cient, ils pourraient, avec l'aide des esprits de la
détermination et la bonne volonté des dévas, la nature, produire à partir des éthers les éléments
saison nécessaire à la croissance végétale n'était pas requis pour une croissance parfaite. Le premier
suffisamment longue en cette région pour permettre commentaire que cet expert fit à son arrivée f u t
aux pêchers, abricotiers et poiriers de porter leurs q u ' i l connaissait très bien ce type de terrain et qu'il
fruits. Les dévas nous ont dit que l'homme aura un faudrait sans doute y incorporer au moins 55 g
jour la capacité de contrôler les conditions météo- environ de sulfate de potasse par mètre carré. Je lui
rologiques mais seulement lorsqu'il aura acquis une fis remarquer que je n'avais aucune confiance dans
compréhension plus profonde de cette totalité que les engrais chimiques et que pour toute potasse je
constitue la vie. n'avais utilisé que des cendres de bois. Au cours des
deux heures qui suivirent, il nous expliqua pourquoi
Les autres arbres et buissons donnèrent des les cendres de bois ne pouvaient nulle part permet-
fruits en abondance. Un jour, il nous f u t finalement tre d'obtenir un sol satisfaisant et que quelques au-
rapporté de Londres que des fraises d'une livre tres substances étaient également nécessaires. Il
chacune poussaient à Findhorn. Nos fraises étaient f i n i t presque par me convaincre !
effectivement énormes, mais t o u t ce que j'avais vrai-
ment dit, c'est que ces plantations étaient assez Il emporta quelques échantillons du sol à l'ana-
prolifiques pour que nous puissions chacun manger lyse et revint six semaines plus tard, dépité. L'ana-
une livre de fraises par jour. Cela montre t o u t lyse n'avait permis de déceler aucun manque. Tous
simplement que les gens n'entendent que ce qu'ils les éléments nécessaires étaient présents. Il était si
veulent. impressionné qu'il me demanda de participer à
une émission de radio consacrée à notre jardin et
Cette remarquable abondance se poursuivit au cours de laquelle il conduirait la discussion entre
également au cours de l'été suivant. Comme nous moi-même et un jardinier professionnel q u i , ayant
faisions visiter le jardin, il était intéressant de remar- une bonne expérience de la radio, plaiderait la cau-
quer combien la plupart des gens croyaient que se des méthodes chimiques conventionnelles du
nous utilisions des engrais chimiques pour obtenir jardinage. J'acceptai.
de tels résultats, comme si la nature elle-même
en était incapable. Ceci nous permit effectivement
de réaliser quel est le pouvoir de la coopération Au cours de cette émission, il me demanda ce
consciente avec les forces de la nature. Mais nous ne qui avait permis cette croissance des produits de
parlions toujours pas à nos visiteurs de notre travail notre jardin. Il avait vu lui-même la taille, la colora-
avec les dévas et les esprits de la nature. Toutefois, t i o n et la vigueur étonnante de nos plantes. Sentant
je ressentis bientôt que je me devais d'expliquer pu- que le public n'était pas encore prêt pour entendre
bliquement ce qui était en train d'arriver dans notre , parler de dévas et autres, j'attribuai ces résultats à
jardin. notre utilisation du compost, des méthodes de

28
culture biologique et à un dur travail. Toutefois, je d'années. Le sol était bon et il y avait un équipe-
sautai sur cette chance pour exprimer mon opinion ment complet de serres, d'outils et de t o u t ce qu'un
sur le fait que t o u t l'équilibre de la nature avait été jardinier pouvait souhaiter. Il nous o f f r i t d'en
perturbé par l'homme qui commençait maintenant à disposer en échange des légumes frais dont il aurait
récolter les fruits de ce qu'il avait semé. Notre besoin. L'offre était tentante. Mais cultivions-nous
jardin pouvait rendre l'espoir, si l'on voulait le con- notre jardin uniquement pour ses produits ? Que
sidérer comme un moyen de réparer cette situation. deviendraient toutes ces radiations que nous avions
été conduits à instiller dans le sol ? D'un point de vue
En réponse à cette analyse du terrain, voici ce rationnel, il apparaissait clairement que nous étions
que nous dirent les dévas : Nous savions que ce fous de refuser son offre, mais nous savions en notre
jardin allait confondre les experts car il ne ressemble f o r t intérieur que nous devions continuer d'avoir foi
à aucun autre. Oui, nous pouvons attirer et nous en la guidance de Dieu et rester à Findhorn.
attirons en nous-mêmes ce qui est nécessaire à notre
travail à partir de la substance vitale éternelle. Ce
Toutefois, il était clair que notre période d'iso-
processus est accéléré lorsque la matière dont nous
lement relatif prenait fin car notre travail commen-
avons besoin est disponible sous une forme qu'il
çait à être connu. Comme nous étions entrés en con-
nous est plus facile d'utiliser, c'est-à-dire lors-
tact avec d'autres personnes menant des activités
qu'elle a déjà été transformée. C'est ici, bien sûr,
spirituelles en Grande Bretagne, notre groupe s'éten-
que la coopération que vous apportez en ajoutant
dit bientôt et il comprit sept membres adultes. Je
des substances au sol fait toute la différence pour
devais quitter Findhorn tous les deux ou trois mois
les plantes.
pour rendre visite à des gens, en Angleterre, qui me
Ce processus nous devient aussi plus facile
paraissaient être sur la même voie spirituelle. Ce que
lorsque votre pouvoir créateur se répand dans la
j'ignorais alors, c'est que plusieurs de ces rencontres
terre, lorsque ce qui vient de vous est le plus élevé.
furent à l'origine de nouvelles étapes dans le dévelop-
L'homme neutralise notre travail, non seulement par
pement du jardin.
les poisons qu'il déverse délibérément, mais aussi
par tous les actes dans lesquels il brise, dans son
égoïsme, les lois cosmiques. Lorsque tout est plus A cette époque, il y eut une personne envers
ou moins harmonieux, comme dans ce jardin, qui ma sympathie était particulièrement forte, - un
non seulement notre création va de l'avant, sans homme très paisible qui vivait dans un appartement
retenue, mais elle est aussi accélérée. entièrement tapissé de livres, à Edimbourg. Cet
homme s'appelait R. Ogilvie Crombie. J'appris
C'est ainsi que dix-neuf mois après que notre qu'au cours des soixante années de son existence il
premier jardin eut été créé, les résultats de notre coo- avait non seulement exploré le domaine des connais-
pération avec les forces de la nature devinrent sances spirituelles et occultes, mais q u ' i l était t o u t
évidents bien au delà de notre seule expérience. aussi compétent en physique, en chimie, en psycho-
Nous avions à présent la preuve scientifique que logie et en parapsychologie. Cet homme m'intri-
quelque chose d'extraordinaire se produisait dans guait.
notre jardin.

C'est juste à ce moment-là que notre foi f u t En 1966, Roc — c'est ainsi que nous l'appelions
éprouvée. Dorothy avait commencé à travailler — vint à Findhorn pour la première fois. Peu de
comme secrétaire, en 1965 pour le propriétaire d'un temps après, il vécut une expérience qui s'avéra
jardin clos de pierres et qui avait quelques centaines être un tournant dans sa vie — et dans la nôtre.

29
Un après-midi, alors qu'il était assis dans les authentique coopération entre l'homme et la nature.
jardins botaniques d'Edimbourg, les «Royal Botanic Puisqu'un homme tel que m o i , qui n'étais pas un
Gardens», Roc f i t sa première rencontre visuelle jardinier, pouvait faire surgir une vie luxuriante de
avec un esprit de la nature, avec qui il conversa aussi. sables stériles, les hommes pourraient partout
Peu de temps après cette expérience, il f i t la pre- re-créer la terre, — à condition de suivre certains
mière de ses rencontres avec le dieu de la nature en principes. Ceux-là même que nous étions en train
personne, Pan. Il eut la sensation — et c'est en effet de découvrir en travaillant.
ce qui lui f u t confirmé plus tard — que ces rencon-
Apprendre à travailler avec les esprits de la
tres étaient en relation directe avec le rôle qu'il
nature nous tenait en haleine. Alors que les dévas
devait remplir à Findhorn.
désirent ardemment coopérer t o u t en étant plutôt
détachés des résultats de leur travail, les esprits de la
Il devenait clair que le jardin était devenu le nature sont plus sensibles à l'influence directe que
point focal d'une expérience dans laquelle coopé- peut avoir l'homme et ils sont parfois très perturbés
raient (es trois royaumes : le monde des dévas, celui lorsque celui-ci interfère dans leur travail. Ainsi,
des élémentaux et l'espèce humaine. Chacun d'entre bien vite, nous nous sommes trouvés confrontés à
nous à Findhorn jouait alors un rôle t o u t aussi une grève des esprits de la nature.
distinct que nécessaire dans cette expérience. Ei-
leen recevait une guidance directe par la voix de Entre notre caravane et l'étendue sauvage
la Divinité intérieure. D o r o t h y était en communi- d'ajoncs et de genêts située derrière elle, se trouve
cation avec les dévas. Roc avait la capacité de voir un petit verger. En mai 1966, les ajoncs avaient si
les esprits de la nature et de converser avec eux. bien poussé qu'ils encerclaient complètement nos
J'étais le représentant de l'homme, le créateur pommiers et nos groseilliers à maquereau. J'ai donc
actif et pratique du jardin. Évidemment, étant demandé à Dennis, un jeune homme qui était avec
donné le rôle individuel que nous jouions, nos nous depuis trois ou quatre mois, de couper les
points de vue ne s'accordaient pas toujours. Mais buissons qui gênaient les arbres. Malgré son manque
nous étions en train d'apprendre comment ces trois d'enthousiasme pour exécuter ainsi des ajoncs en
règnes pouvaient travailler ensemble pour créer un fleurs, il expliqua aux esprits de la nature ce qui
monde nouveau en accord avec le plan divin. devait se faire, s'excusa et se mit à l'ouvrage. Lena,
l'une des personne de notre groupe, eut l'intuition
Les erreurs que nous avons commises au cours que c'était une erreur totale de les couper en fleurs.
de cette expérience ont finalement servi à ouvrir D o r o t h y était en larmes, me disant que je les mas-
dans le monde d'aujourd'hui, la voie à une sacrais. Je répliquai : «Oh ! ne soyez pas si stupi-
des», trouvant que ces femmes allaient vraiment
t r o p loin, «chaque fois que vous tondez le gazon,
vous le massacrez.»

Presque aussitôt, quelque chose se produisit.


Roc me téléphona d'Edimbourg pour me demander
ce que j'avais fait pour perturber ainsi les esprits de
la nature dans le jardin. Je me demandai : «est-il
devenu fou ? Je n'ai rien fait du tout.» «Rien ?»,
répondit-il. «Si, vous avez f a i t que'que chose,»
et il débarqua à Findhorn. Au cours de ce week-end

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qu'il passa avec nous, alors qu'il traversait la lande jardins ne devraient pas être utilisées ici. En tant que
couverte d'ajoncs et de genêts en fleurs, Roc se maître du jardin, c'est Peter qui doit prendre les
trouva soudain entouré d'une foule de petits elfes décisions. Mais qu'il sache que, s'il commet une
des ajoncs t o u t en émoi. Nous pensions que Find- erreur, de sérieuses conséquences s'ensuivront. Non
horn était un lieu où existait une coopération entre seulement les forces de la nature qui seront alors
l'homme et les esprits de la nature. Comment, au concernées abandonneront le jardin, mais un châ-
nom du Ciel, ont-ils pu faire quelque chose d'aussi timent s'imposera. Il sera sévère car il n'a mainte-
terrible que de détruire nos maisons ? Les elfes nant plus d'excuse s'il offense ces esprits. Il ne peut
vivaient, semblait-il, dans les fleurs des ajoncs et des plus désormais plaider l'ignorance.
genêts. Ils dirent à Roc qu'ils avaient tous abandon- Certains esprits des fleurs sont partis à cause de ce
né le jardin et qu'ils refusaient désormais de travail- qui leur paraissait être une mutilation gratuite des
ler là plus longtemps à cause de cette destruction plantes qu'ils soignaient en renouvelant leurs fleurs.
irréfléchie. Roc leur expliqua que cela n'était pas Rappelez-vous que ces esprits aiments la beauté et
notre intention, que la coopération dans le jardin souffrent de tout ce qui la viole. Vous pouvez
était, pour ainsi dire, relativement nouvelle. L'hom- cueillir des fleurs pour embellir votre maison. Ils ne
me essayait de faire de son mieux et il n'avait cer- s'en offenseront pas si vous le leur expliquez ; s'il
tainement pas voulu agir de manière délibérée pour faut arracher des fleurs pour stimuler la croissance
les ennuyer. Plus t a r d , nous fîmes une petite céré- des feuilles pour vous nourrir, par exemple, cela
monie en plein air, auprès des ajoncs que nous devra se faire avant que les fleurs ne soient épa-
avions offensés, et au cours de laquelle je présentai nouies. Une fois qu'elles le sont, elles peuvent deve-
toutes mes excuses. Les elfes comprirent et accep- nir le logis de petits êtres dont la présence et la bon-
tèrent de revenir. La grève était finie ! ne volonté devront être chéries et non rejetées.

Cet épisode illustre bien de quelle manière moi,


en tant que représentant de l'homme moderne, je
pouvais négliger les intuitions sensibles d'autres
personnes peut-être instinctivement plus proches de
la nature et ignorer combien l'on peut perturber les
esprits de la nature. Roc reçut plus tard le message
suivant d'une entité supérieure :

Rappelle à Peter qu'à Findhorn, où une expérience


pionnière se poursuit dans la coopération entre
l'homme, les dévas et les forces de la nature, le plus
grand soin doit être apporté pour éviter de commet-
tre toute action qui pourrait les offenser. Ceci L'on m'avait souvent dit par guidance de me
s'applique en particulier aux esprits de la nature qui comparer à Noé. Bon, je découvris que cela compor-
sont actifs dans ce jardin. Vous ne pouvez vous tait deux aspects. Non seulement, Noé avait persé-
attendre à ce que continuent de coopérer ces êtres, véré et s'était attaché à obéir à la guidance de Dieu
dont beaucoup doutent encore que l'homme mérite pas après pas, mais l'on pourrait dire aussi qu'il
leur aide bien qu'ils désirent participer à cette expé- était t ê t u et avait un peu les idées étroites. A peine
rience, si vous ne respectez pas leurs principes. avions-nous arrangé les choses avec les elfes des
Certaines pratiques habituelles dans beaucoup de ajoncs que je découvris un genêt - t o u t en fleurs -

31
cassis dans la région, nous en avons eu une abondan-
te récolte. Eileen grommelait chaque fois que
j'entrais dans la cuisine chargé de paniers de cassis
car cela signifiait qu'il faudrait encore faire des
conserves. Les esprits de la nature avaient rempli
leur contrat. Dès lors, nous n'avons taillé ou coupé
les plantes que lorsqu'elles n'étaient pas en fleurs.

Nous apprenions beaucoup sur la manière


d'apporter aux plantes le plus grand soin. Les dévas
et les esprits de la nature nous dirent les uns et les
autres q u ' i l fallait toujours avertir les plantes avant
de les arracher, les tailler, les repiquer ou exécuter
t o u t autre travail de la main de l'homme. C'est ainsi
qu'en 1967, lorsque le temps f u t venu de construire
une serre, nous avons averti les ajoncs et les genêts
qui poussaient à cet endroit et les avons enlevés
avec amour. Lorsque nous avons commencé à
aplanir cette surface avec une excavatrice légère, elle
n'a creusé que du sable. Plus t a r d , sans m'en avertir,
quelqu'un de notre groupe a pris un bulldozer et
défriché le coin. Le travail était fait, cela souleva
un véritable tumulte parmi les esprits de la nature.
T o u t l'air était imprégné de cette dévastation. A
nouveau, nous avons appris. La terre est elle-même
appuyé sur notre cassis, l'étouffant presque. «Ogilvie, une substance vivante, habitée par de nombreux êtres
dis-je, ce genêt est en train de tuer le cassis dont de la nature dignes de considération. Ils ont, eux
nous avons besoin pour nous nourrir, si vital pour la aussi, besoin d'être avertis. Alors seulement quel-
vitamine C et toutes sortes d'autres choses. Les qu'un peut utiliser une machine de manière conscien-
esprits de la nature comprendront certainement te, comme s'il s'agissait d'une extension de lui-
si je le coupe maintenant.» Roc répondit simple- même, pour nettoyer une surface avec amour et
ment : «Oh ! je pense que oui.» soin. Les actions de l'homme ne doivent pas être
destructrices. S'il est sensible, l'homme peut coo-
Lorsque Roc consulta les esprits de la nature,
pérer avec la nature pour transformer le monde au-
t o u t ce qu'ils eurent à me dire f u t : Peter sait. Du
t o u r de lui.
t o n abstrait qui caractérisait le scientifique en lui.
Roc me dit : «Pourquoi n'essayez-vous pas de le
couper puis de voir ce qui arrivera ?» Je me souvins
alors des elfes des ajoncs. Que pouvais-je répliquer ?
11 nous fallait continuer sans les cassis.
UN JARDIN CRÉÉ PAR L'HOMME : 2ème
Mais les esprits de la nature avaient dit à Roc partie.
que si je laissais les buissons tranquilles, je ne le Notre groupe continua de s'agrandir au cours
regretterais pas ; ils arrangeraient quelque chose des années 1966 et 1967. Il commença même de se
pour moi. Bien que cette année ait été pauvre en joindre à nous des personnes venues de différentes
32
régions du monde. Nous avions déjà plusieurs cara-
vanes et nous nous sommes mis à construire des
bungalows préfabriqués en bois de cèdre. Notre
source de nourriture continuait d'être le jardin et
t o u t ce qui nous restait en excédent était vendu
aux gens de la région et aux visiteurs qui venaient
de plus en plus nombreux. Alors, Eileen f u t avertie
par guidance que le jardin devait être agrandi et
devenir un lieu de beauté. Pour la première fois,
nous avons commencé à cultiver des fleurs.

Toutes les fleurs que nous, avons fait pousser


dans notre jardin provenaient, elles aussi, du monde
entier et nous nous sommes efforcés de leur créer un
milieu qui leur convienne. Nous avons construit une
serre, transporté des rochers de la campagne en-
vironnante pour composer un jardin de rocaille,
installé un jardin aquatique et, plus t a r d , une
pièce d'eau pour accueillir des plantes de maréca-
ges. Nous désirons que ce jardin soit une repré-
sentation du monde car nous souhaitons parvenir
à ce que le monde travaille en coopération avec
nous, nous dirent les dévas. Même si ces milieux que
nous avions ainsi créés étaient artificiels en cette
région, il n'en demeurait pas moins que l'homme f u t Sir George Trevelyan, le neveu du remarquable
était effectivement en train de choisir de re-créer historien G. M. Trevelyan, qui comprit réellement la
la terre. Les plantes y devinrent florissantes. Les signification de ce que nous faisions et q u i , lui-mê-
fleurs irradiaient littéralement la lumière. Bon nom- me, se mit à répandre la nouvelle. Pendant la
bre de nos visiteurs nous disaient qu'ils n'avaient période de Pâques, en 1968, il nous rendit sa pre-
jamais vu auparavant un jardin d'une aussi grande et mière visite.
constante qualité. La pauvreté du sol et ce dur cli-
mat du nord les laissaient confondus. Même les Sir George est très connu pour le rôle qu'il a
primevères, les narcisses et d'autres plantes aimant joué dans la création du mouvement d'éducation
l'humidité s'épanouissaient vigoureusement dans un permanente des adultes en Angleterre. Son collège
sol qui n'était presque que du sable pur. Les digi- d'Attingham Park est un lieu de rencontres pour
tales qui n'atteignent normalement qu'une hau- de nombreuses conférences sur des thèmes concer-
teur d'un mètre ou d'un mètre cinquante, avaient de nant le Nouvel Age. C'est au cours de l'une de ces
deux mètres cinquante à presque trois mètres dans conférences destinées aux leaders de groupes du
notre jardin de sable. Dans le pire terrain que l'on Nouvel Age que je l'ai rencontré pour la première
puisse imaginer pour des roses, les nôtres fleuris- fois, en 1965. Bien que je n'y aie simplement
saient à la perfection. participé qu'en observateur et que notre «com-
munauté du Nouvel Age» n'ait compté que quel-
Le moment se rapprochait où il nous faudrait ques caravanes entourées d'un jardin, je ne pus
révéler publiquement le travail que nous avions m'empêcher de me lever de mon siège pour dire à
accompli avec les dévas et les esprits de la nature. Ce cette imposante assistance que nous, nous étions

33
réellement en train de vivre les principes dont ils intitulé The Living Soil, «L'humus vivant» ; ce livre
discutaient. Ceci eut pour résultat que Sir George à très f o r t tirage traite de l'unité qui relie toute vie
m'invita à prendre la parole. Pendant la discussion et de la responsabilité de l'homme envers les créa-
qui s'ensuivit, l'on me demanda quelle était la tures avec lesquelles il partage sa demeure terrestre :
stratégie financière de Findhorn. A cette époque, les plantes, les insectes et les animaux. Le rapport de
nous vivions encore de mon allocation-chômage et Sir George commençait ainsi :
nous considérions que nous avions de la chance «Au cours de la visite que j'ai rendue à Pâques,
lorsqu'il nous restait un penny à la fin de la se- nous nous sommes assis sur une pelouse émaillée
maine. Notre stratégie financière ? Sur l'instant, je de jonquilles et de narcisses, si belles et si grandes
restai stupéfait, ne sachant que répondre, puis je que je n'en ai jamais vu de telles, poussant en
m'entendis dire : «Bien, c'est très simple. Nous massifs abondants également d'autres fleurs. J'ai
renonçons à t o u t , laissant la première place à Dieu été nourri des meilleurs légumes que j'ai jamais goû-
et à Sa Volonté, et c'est ainsi que les besoins de tés. Un jeune marronnier de près de deux mètres cin-
chacun sont satisfaits grâce aux abondantes ri- quante de haut s'élançait comme un mât écla-
t a n t de puissance et de vigueur. Toutes sortes d'ar-
bres fruitiers étaient en fleurs, — en bref, c'est l'un
des jardins les plus vigoureux et les plus productifs
que j'aie jamais vus, d o n t la saveur et la coloration
ont une qualité sans pareil.

Je ne proclame pas être un jardinier, mais je


suis membre de la «Soil Association», les métho-
des biologiques m'intéressent et je m'y connais
assez pour savoir que le compost et le paillis seuls,
mélangés à un terrain sableux et pauvre, ne sont pas
suffisants pour justifier la qualité de ce jardin. Il
doit y avoir, ai-je pensé, un «facteur X» dont on
d o i t tenir compte. Quel est-il ?»

Après sa promenade à travers le jardin, Sir


George n'était pas prêt d'accepter notre histoire de
«compost plus beaucoup de travail» que nous avions
racontée à la radio.
chesses de Dieu.» Alors, beaucoup écrivirent que «Je pressai Peter Caddy de me donner ses
Findhorn planait dans les contes de fées et n'était explications. Ici, nous devons prendre notre élan car
pas du t o u t réaliste. C'était, en fait, presque trois ce qui suit en séduira certains mais paraîtra parfai-
ans avant que Sir George ne vienne à Findhorn et tement inacceptable aux autres».
découvre lui-même que ce principe réussissait bien
effectivement. Je répondis à Sir George que ce «facteur X»
était notre coopération avec les dévas et les esprits
A la suite de sa visite, il écrivit un rapport de la nature. Et il l'accepta.
enthousiaste à Lady Eve Balfour, la fondatrice de
l'association britannique pour la conservation de «Les anciens, bien sûr, acceptaient l'existence
l'humus, «Soil Association», auteur d'un ouvrage du royaume des esprits de la nature sans se question-

34
ner car ils en avaient la vision et l'expérience direc-
tes. Les organes de perception du monde supra-
sensible se sont atrophiés chez l'homme moderne
comme prix qu'il fallait payer pour que l'esprit
analytique et scientifique puisse se développer.
Les esprits de la nature sont peut-être aussi réels
qu'ils l'ont toujours été, bien qu'ils ne puissent
être perçus, exceptés par ceux qui peuvent re-
développer la faculté de les voir et d'en faire l'ex-
périence. Peut-être le phénomène dont il s'agit ici
n'est-il simplement que l'un des nombreux exem-
ples d'une intervention de plans supérieurs qui
nous offrira de nouvelles possibilités de coopé-
ration créative.»

Non seulement Sir George avait accepté ces


faits, mais il nous encouragea à les divulguer par
écrit, ce qui lança la première édition du «Jardin de
Findhorn», The Findhorn Garden, petite collec-
tion de quatre livrets que nous avons ronéotypés
nous-mêmes. Le rapport que Sir George envoya à
Lady Eve en devint la préface :

A présent, un groupe d'individus les invite de


«Pour m o i , les implications de ce travail sont manière consciente dans leur jardin. Ils démontrent
immenses. Selon l'image qu'en dressent les dévas, de littéralement que le désert peut fleurir comme la
leur propre point de vue, la situation du monde est rose. Ils prouvent également la rapidité étonnante
critique. Le royaume des esprits de la nature est
avec laquelle cela peut s'accomplir. Si cela peut se
devenu malade à cause de la manière dont l'homme
faire aussi rapidement à Findhorn, cela peut appa-
traite les forces de la vie. Les dévas et les élémen-
raître dans le Sahara. Si un nombre d'humains
taux travaillent selon la loi divine à la croissance
suffisamment important pouvait réellement com-
des plantes. Mais l'homme ne cesse de violer cette
mencer de mettre cette coopération en pratique de
loi. Il est t o u t à fait possible qu'ils puissent se dé-
manière consciente, les régions les plus stériles
tourner de l'homme qu'ils considèrent parfois
pourraient produire de la nourriture en quantité.
comme un parasite de la Terre. Cela pourrait signi-
fier que les forces vitales se retirent des formes vé-
gétales, ce qui aurait, de toute évidence, des résul- Puisque le groupe de P. Caddy l'a fait, d'autres
tats catastrophiques. peuvent le faire aussi. Où que nous nous trouvions,
nous pouvons invoquer nos dévas q u i , sans aucun
doute, entrent instantanément en contact avec ceux
Toutefois, leur désir est de travailler en coopé- qui sont sur la même longueur d'onde partout ail-
ration avec l'homme qui a reçu pour tâche divine de leurs. Ceci signifie que beaucoup de jardiniers peu-
prendre soin de la Terre. Pendant des générations, vent se regrouper pour être aidés grâce à des centres
l'homme les a ignorés et a même nié leur existence. comme Findhorn où cette ouverture est consciente.

35
Ce contact n'apportera pas nécessairement
d'autres connaissances scientifiques, bien que cela
puisse se produire. Il s'exercera sur l'intuition immé-
diate du jardinier de telle sorte que ses impulsions le
guideront peut-être mieux pour agir de la manière
juste, même si cela n'est pas habituel. C'est ce qui a
clairement été démontré dans le cas de P. Caddy.
Beaucoup d'autres qui reconnaîtront l'existence des
esprits de la nature et les aimeront, découvriront
peut-être, même s'ils ne sont pas du t o u t sensitifs,
que leur jardin commence à se développer et pro-
duire comme jamais auparavant et qu'ils sont diri-
gés par une intuition plus sûre pour planter et pren- Si l'on en juge par les réponses que nous avons
dre soin des plantes de la manière juste. reçues à ces livrets, le nombre de gens «prêts à com-
La possibilité de coopérer avec les dévas devrait être prendre» ne cessait de croître. Ils envoyaient des
sérieusement explorée. Le temps est venu d'en lettres pour nous remercier de parler ouvertement,
parler plus ouvertement. Ce phénomène que repré- de notre travail avec les dévas et les esprits de la
sente un groupe d'amateurs accomplissant cela for- nature, et nous racontaient comment cela se trou-
ce notre attention. De nombreuses personnes sont vait confirmé par leurs propres expériences. Cer-
maintenant prêtes à le comprendre et ceci de- tains répondaient à cause de leur intérêt pour la
vrait suffire pour que nous agissions. Il est bien culture biologique, d'autres se rapportaient aux
possible, en effet, que cela soit d'une importance implications de nos expériences pour rétablir
cruciale dans la situation du monde actuelle.» la santé sur notre planète, d'autres encore parlaient

des aspects spirituels de notre travail. Findhorn


commençait à jouer un rôle public.

Au moment où Sir George nous rendit visite,


nous étions en train de planter une haie de près de
600 hêtres pour clôturer le terrain sur lequel six
nouveaux bungalows en bois de cèdre avaient
été construits. Notre territoire s'étendait alors
sur presque huit hectares. Des chemins avaient
été tracés à travers les sables, le gravier et les herbes
folles entourant les bungalows. Nous avions projeté
de préparer ce terrain pour le planter d'arbres,
d'arbrisseaux et de fleurs. Notre sol était consi-
déré comme impropre pour des arbres caducs mais,
malgré cela. Pan avait promis son aide et celle de
ses sujets si nous étions décidés à les faire pousser.
Eileen apprit par guidance que les arbres attirent
l'énergie des cieux et élèvent celle de la terre. Il
lui f u t également dit que nous devions faire pous-
ser diverses variétés pour attirer de nombreux et
différents dévas.

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aide, il lui f u t dit : Nous allons entourer tous ces
nouveaux arbres et arbrisseaux d'une forte pluie
de radiations, d'un véritable mur de radiations, car
ils doivent effectivement être stabilisés et rester
baignés dans les éléments vitaux. Ils doivent rester
à l'intérieur de ce mur sans aucune interruption ;
chacun doit être soutenu jusqu'à ce que la vie qui
se trouve en chacun d'entre eux ne fasse plus qu'un
avec ces radiations. Offrez tout votre amour protec-
teur à ce mur, et remercions Dieu ensemble.

Roc invoqua l'aide des esprits de la nature qui


travaillent avec cette énergie provenant des dévas.
Il voyait les gnomes et les elfes t o u t affairés, en

Vers le milieu du mois d'avril, je lus dans une


annonce d'un journal du dimanche une offre spécia-
le pour de grands arbres, convenant aux jardins d'agré-
ment, en provenance d'une pépinière de la côte
sud de l'Angleterre. L'idée-même de les acheter
paraissait folle car, dans notre région, les arbres
à feuilles caduques doivent être plantés vers la f i n
mars. Je demandai à Eileen de vérifier mon in-
t u i t i o n intérieure par guidance. Il nous f u t dit
d'aller de l'avant et de les commander.

particulier entre les racines. Les arbres et les arbris-


Nous avons attendu et attendu. Finalement, les
seaux ont survécu et fleuri. Il semble que nous ayons
arbres ont été livrés à la fin du mois de mai. Après
été conduits à les acheter pour nous montrer
dix jours de transport par rail, ils étaient dans un
qu'une situation apparemment impossible deve-
état lamentable ; leurs feuilles étaient flétries et
nait possible grâce à l'aide des dévas et des esprits
leurs racines desséchées. Je me demandai vraiment
de la nature travaillant par des voies sacrées.
pourquoi il nous avait été d i t de nous les procurer.
N'obtenant aucun encouragement de la part des
divers jardiniers que j'avais consultés, nous sommes Le travail de Roc avec les esprits de la nature
néanmoins allés de l'avant et nous les avons plantés nous démontra aussi quelle était l'importance du
dans du sable presque pur et sous les morsures d'un jardin sauvage. En Grande-Bretagne, où il existe
vent nord-ouest violent et f r o i d . Roc se trouvait là toute une tradition de jardins très soignés, il y a
à cette époque et, pendant plusieurs jours consé- presque toujours dans chacun d'eux une certaine
cutifs, lui et Dorothy bénirent ces nouveaux arbres aire laissée à l'état sauvage. Chez les agriculteurs, il
tandis que chacun de nous consciemment leur existe aussi la coutume populaire de laisser un coin
o f f r i t amour et encouragements. Lorsque Dorothy de terre, où il est interdit aux humains de se rendre,
contacta l'Ange des Paysages pour lui demander son domaine réservé aux elfes et aux fées.

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servée, aussi retirée que possible, et où l'homme ne
d o i t pas pénétrer. Les esprits de la nature utilisent
cet endroit comme lieu de concentration de leur
activité, un centre à partir duquel ils peuvent tra-
vailler.

Pan ajouta enfin qu'à Findhorn, nous ne


respections pas suffisamment notre jardin sauvage.
En effet, nous avions pris l'habitude de traverser cet
endroit lorsque nous allions à la plage pour nous
baigner et, juste au milieu, Denis y avait même
planté sa tente. Il est facile d'imaginer la vitesse à
laquelle Roc décampa en entendant ce message ! Par
la suite, nous avons fait attention à ne pénétrer en
ce lieu que le plus rarement possible.
Un dimanche après-midi. Roc avait accompagné
quelques-uns d'entre nous pour visiter un jardin de Pendant toute l'année 1968, les jardins entou-
la région entouré d'un mur. A l'une des extrémités rant les bungalows se sont étendus. Et le nombre
de ce terrain dont le paysage avait été bien dessiné, d'experts en horticulture que nous attirions ne cessa
serpentait une rivière surmontée d'un pont de bois. de grandir également. Lady Eve avait trouvé fasci-
De l'autre côté, s'étendait une aire sauvage, dont la nant le rapport de Sir George et elle le transmit à sa
fraîcheur et la densité contrastaient avec les plate- sœur, Lady Mary, qui vint cet automne-là nous
bandes bien tenues et multicolores qui se trouvaient rendre visite. Bien qu'elle se décrive avec modestie
de notre côté. Roc, obéissant à une impulsion, comme «un jardinier t o u t à fait ordinaire de l'école
s'élança sur le pont et disparut dans le feuillage. Il d'agriculture biologique», Lady Mary possède un
nous raconta plus tard que, parvenu à une certaine immense savoir acquis au cours de nombreuses
distance, il s'était soudain senti comme un intrus. années d'étude et de collaboration avec sa sœur sur
C'est là que Pan apparut à côté de lui. Il lui d i t que des expériences de pointe faites dans leur ferme. Au
cette partie du jardin était réservée uniquement cours de la promenade que nous avons faite ensem-
à ses sujets et que cela devait être respecté. Il lui ble dans les jardins, malgré son désir d'obtenir des
dit aussi que dans t o u t jardin, quelle qu'en soit explications rationnelles sur ce qu'elle découvrait,
la dimension, si l'on désire une totale coopération elle f u t fortement impressionnée. Comme elle
des esprits de la nature, une partie d o i t leur être ré- l'écrivit plus tard : «J'examinai avec une sorte
d'émerveillement extatique cette masse compacte de
couleurs et de formes.» Puis elle continue ainsi :
«Mon impression la plus forte est que quelque chose
d'important est en train d'arriver ici, à Findhorn, —
quelque chose d'étrange et de merveilleux q u i , je
l'espère, n'est pas unique. Le monde entier a besoin
de jardins semblables à celui-ci, il en a désespéré-
ment besoin là où les déserts s'étendent et où la vie
s'éteint. La Vie ! Peut-être est-ce cela ! O u i , si l'on
me demandait de décrire le jardin de Findhorn en
un m o t , je répondrais «la vie»... La vie en abon-
dance.»

38
Sur la recommandation de Lady Eve, le Profes- sion pratique d'une philosophie qui pourrait être
R. Lindsay Robb, conseiller de la «Soil Asso- la forme suprême de la sagesse - et de la liberté.»
ciation», arriva au début de l'année 1969. Grâce à
ses diplômes d'agriculture, de conservation des fo- Lorsque Lindsay Robb partit, il nous envoya
rêts, et de n u t r i t i o n , le Professeur Robb avait oc- son collègue et ami, Donald Wilson, secrétaire fon-
cupé divers postes de conseiller dans le monde dateur de la «Soil Association», directeur d'un cen-
entier, y compris à la mission des Nations Unies tre de distribution d'aliments biologiques à Lon-
au Costa Rica. Il apparaissait clairement que cet dres et expert en compost.
homme était aussi sage qu'il avait une profonde
connaissance de la terre. Comme Lady Eve l'écri-
vit à son sujet, il exprimait non seulement l'amour
pour la vie sous toutes ses formes, mais aussi une
profonde compréhension des êtres humains et de
leurs motivations à ces myriades d'êtres microsco-
piques qui vivent dans l'humus.

Donald f u t étonné par la qualité et la taille de


notre production, mais notre compost, d'après l u i ,
laissait beaucoup à désirer. Il y planta une fourche
en plein milieu et cela avec un savoir-faire et une
technique bien enracinés par des années de recher-
che avec la Soil Association. Sa visite qui dura deux
semaines nous laissa avec notre premier tas de com-
post et quelque trente-cinq tonnes.

Roc et moi, avons emmené Lindsay dans Le travail que nous avons fait avec lui a démon-
le jardin. Il ne cessa de prélever du sol poudreux, tré comment les connaissances de Findhorn pou-
observant le compost partiellement brisé qui le vaient s'associer à des techniques classiques de jar-
composait et qui en tombait, s'exclamant aussi dinage biologique au bénéfice d'un enrichissement
avec étonnement que rien du t o u t ne devrait pous- mutuel. Donald nous montra ces techniques et
ser ici. Après cette promenade, il écrivit : «La vigueur, les dévas, grâce à D o r o t h y , répondirent aux ques-
la santé et la floraison des plantes qui croissent ici tions qu'il s'était posées pendant des années.
en plein hiver sur une terre qui n'est presque que du
sable poudreux et stérile ne peuvent s'expliquer Avant de partir, il adressa une requête particu-
Par les apports modérés de compost, ni certaine- lière aux dévas, leur demandant que le nouveau tas
ment par la pratique de toute méthode connue de compost dégage de la chaleur et se mette à
de culture biologique. Il existe d'autres facteurs, fumer. A peine quelques jours plus tard, l'Ange des
et ce sont des facteurs vitaux. Paysages nous dit : Oui, nous avons déjà commencé
Vivre de la manière d o n t vit ce groupe, sur la terre, de faire un certain travail sur le compost pour
de la terre et pour l'amour de la terre, est l'expres- répondre à la demande de Donald. Réjouissez-vous,

39
«The Society of the Men of the Trees», nous rendit
visite pour découvrir que son «rêve» d'une commu-
nauté vivant dans des caravanes s'était déjà réalisé.
«C'est un véritable oasis dans ce qui f u t autrefois
une région de dunes de sable hostiles.» S'étant
consacré pendant plus d'une cinquantaine d'années
à créer une coopération active entre l'homme et la
nature pour rendre vie aux déserts du monde en y
plantant des arbres. St. Barbe vit dans nos jardins
une vivante promesse de succès pour son travail.

St. Barbe Baker est l'une des personnes les plus


dévouées et les plus infatigables que j'aie jamais
rencontrées. Rien ne semble l'arrêter ; entre autres
réalisations, il a créé la Commission forestière de
Grande Bretagne, «the Forestry Commission»,
t o u t en poursuivant des études plus poussées en syl-
viculture à Cambridge ; il parvint à réunir, en 1929,
des chefs religieux traditionnellement opposés
en Palestine pour débattre des futures plantations
d'arbres en Terre Sainte ; il a rédigé le projet du
plan pour le Corps civil de Protection de l'Envi-
un grand pas en avant peut avoir lieu dans le jardin ronnement, «the Civilian Conservation Corps»
car la vie dans sa totalité est de plus en plus recon- avec Franklin D. Roosevelt ; il a organisé un effort
nue en tant que telle et vous travaillez en utilisant de coopération entre les pays bordant le Sahara
les énergies positives plutôt qu'en suivant la voie pour rendre vie à ce vaste désert. Il a consacré toute
négative de la destruction. Soyez très reconnaissants sa vie à soigner et guérir la Terre.
et remerciez beaucoup, comme nous le faisons.
Au cours de sa première visite à Findhorn, St.
Donald avait insisté pour créer un sol sain, Barbe Baker surnommé, en fait, «l'Homme des Ar-
gorgé de vie, p l u t ô t que de nous concentrer sur ce bres», nous proposa un plan global et complet pour
q u i pourrait être fait pour éliminer les parasites et soigner les arbres et les intégrer de manière appro-
les maladies, donnant ainsi raison à ce que, plusieurs priée au paysage de notre jardin. Comme nous
années auparavant, les dévas nous avaient enseigné étions encore en train de rédiger et de" publier
en nous aidant à observer d'un regard neuf comment l'histoire de notre jardin en quatre livrets, nous lui
nous mettions en pratique ces connaissances. Cette avons demandé d'écrire l'avant-propos de la partie
sorte d'échange s'était établi avec tous les visiteurs consacrée aux messages des dévas des arbres. Voici
que nous recevions à Findhorn : nos connaissances ce qu'il écrivit : «Les messages des dévas reçus par
techniques s'en trouvaient accrues et leur horizon D o r o t h y nous révèlent des explications par l'oc-
spirituel élargi. culture que la recherche scientifique n'a jamais
été capable de nous fournir. Les anciens croyaient
Nous représentions pour certains l'accomplisse- que la Terre elle-même est un être vivant sensible à
ment d'une vision. Richard St. Barbe Baker, le l'action de l'espèce humaine sur elle. Je propose
fondateur de la Société des Hommes des Arbres, que nous acceptions ce fait et que notre compor-

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tement en tienne compte et qu'ainsi, nous ouvrions Le jardin de Findhorn avait montré ce qui
pour nous-mêmes un nouveau monde de compré- pouvait être accompli par l'homme lorsqu'il travaille
hension. «main dans la main» avec les dévas et les esprits
de la nature. Nous avions désormais l'acceptation
et l'aide d'autres personnes qui possédaient plus
Comme la vie serait morne si nous n'accep-
de connaissances techniques que nous. C'est juste-
tions pas t o u t ce que nous ne parvenons pas à expli-
ment à ce moment-là que nous avons commencé
quer. Pensez au miracle du lever et du coucher du
à recevoir de nouvelles leçons.
soleil sur le Sahara ; au miracle de la croissance qui
transforme des graines minuscules en une forêt
géante, en soi véritable citadelle qui offre nourri-
ture et abri à des myriades d'êtres minuscules et
chaînon indispensable dans le cycle de la nature,
offrant à l'homme le souffle de la vie.»

Les dévas, bien sûr, adoraient St. Barbe Baker.


Pendant son séjour parmi nous, le déva des Cyprès
de Leyland nous dit : Le fait que l'Homme des
Arbres, que nous chérissons tant, se joigne ici à
vous, a fait naître une immense allégresse dans nos
royaumes. N'est-ce pas là, pour vous, l'exemple qu'il
n'existe qu'un seul monde, un seul travail, une seule
cause sous les formes diverses que Dieu a exprimées?

Vous comprenez mieux à présent pourquoi


nous n'avons cessé d'insister sur ce besoin d'arbres
qui se manifeste à la surface de la Terre. D'immen-
ses forêts doivent s'épanouir et l'homme doit
prendre ce fait en considération s'il désire continuer La promesse que j'avais faite de rechercher la
de vivre sur cette planète. La connaissance de cette coopération et la fraternité avec les forces de la
nécessité doit faire partie de sa conscience, de la nature était sincère, mais je découvris que cela
même façon qu'il accepte d'avoir besoin d'eau pour n'était pas toujours facile à mettre en pratique. Le
survivre. En effet, nous constituons la peau de la problème Consistait à établir une différence entre les
Terre. Non seulement une peau couvre et protège, pratiques traditionnelles de jardinage qui tenaient
mais c'est elle qui transmet les forces vitales de la compte des royaumes des dévas et des élémentaux,
vie. Rien, en tant que totalité, ne peut être plus et celles q u i simplement les exploitaient. La décision
important pour la vie que les arbres. pesait lourdement sur mes épaules. En tant qu'hom-
me, j'avais reçu l'autorité pour agir dans le jardin.
Bien qu'occasionnellement il m'arrivât de me t r o m -
Il était clair que nous nous soutenions et nous
per, l'on me dit : Tant que tu feras effectivement
comprenions les uns les autres. Une phrase extraite
des efforts pour obtenir des changements de la part
d'une prière créée par Richard St. Barbe Baker
de l'homme, les erreurs du moment seront oubliées
exprime de manière adéquate notre terrain d'enten-
et éliminées. L'expérience que j'avais des soins à
te mutuelle : «Aidez-nous à offrir le meilleur de
donner aux délicats pois de senteur f u t un parfait
nous-mêmes à la vie et à laisser la Terre un peu plus
exemple du type de défi auquel j'étais confronté.
belle après notre passage.»

41
toutes sortes d'autres choses pour créer les condi-
tions qui offriraient aux plantes que nous avions
installées dans notre jardin une chance de se déve-
lopper et de devenir prospères. Dans le milieu
naturel d'un champ ou d'une forêt, les buissons sont
élagués par les animaux qui stabilisent leur croissan-
ce en les mangeant. Ainsi, j'avais l'impression que,
dans un jardin, l'homme pouvait jouer ce rôle de la
nature et faire la même chose. De plus, sans élagage,
les arbres fruitiers et les buissons ne peuvent por-
ter de fruits, et les roses cultivées ne peuvent offrir
leurs belles fleurs. Tels sont les simples faits. Si
l'on veut construire, il faut, en un certain sens,
détruire également. Les esprits de la nature étaient-
Lorsque j'étais enfant, j'avais observé comment
ils en train de me dire de cesser de m'occuper du
mon père faisait pousser des pois de senteur de la
jardin ? Je ne voyais pas d'alternative.
manière traditionnelle, ne permettant qu'à la tige
principale de chaque plante de pousser en éliminant
toutes les autres. Les fleurs ne devaient s'épanouir Pour tenter d'instaurer un débat, D o r o t h y
que lorsqu'il ne restait qu'une seule tige solide, sans contacta le Déva des Pois de senteur. Elle reçut un
aucune vrille ni aucun rejeton. Le résultat en était message très direct, insistant sur la beauté naturelle
un pois de senteur à une seule et longue tige sur des pois de senteur. Ce déva nous proposa cepen-
laquelle ne s'épanouissaient que quatre ou cinq dant un moyen de changer la forme des plantes sans
grandes fleurs. Pour m o i , c'était le critère de beauté les faire souffrir, — en coopérant avec l'esprit inté-
pour les pois de senteur. rieur de la plante et non par une manipulation
sur leur forme extérieure. Il nous f u t à nouveau
C'est ainsi que, lorsqu'Eileen me demanda de répété de surveiller le pouvoir créateur de nos
faire pousser des pois de senteur pour les deux pensées. Il nous f u t également dit de demander aux
grands vases du sanctuaire de la communauté, je royaumes de la nature, avec toute notre f o i , ce
croyais savoir comment faire pour obtenir les pois changement que nous désirions obtenir. Alors, si
de senteur les plus beaux possible. Après t o u t , notre foi était assez solide et de changement clai-
ceux-ci étaient destinés à glorifier Dieu et non rement pour le bien de tous, elles coopéreraient
l'homme. J'ai fait pousser ces plantes comme je pour qu'il se produise.
l'avais appris, mais en y ajoutant aussi beaucoup
d'amour. Chaque jour, je parlais aux pois de senteur, Toutefois, les dévas nous avaient prévenus que
leur expliquant combien ils étaient beaux et quels nous ne faisions que commencer à entrer dans une
magnifiques pois de senteur ils étaient en train de nouvelle période de coopération. Nous étions, dans
devenir, - t o u t en épinçant leur vrilles et leurs notre jardin, dans la période de transition destinée à
rets. D o r o t h y , bien sûr, n'appréciait pas beau- lancer un pont menant à ce nouveau monde. Je
coup cela. Ni Roc, à qui il apparaissait clairement devais, par conséquent, suivre cette intuition inté-
que c'était là de la manipulation. rieure qui me disait de ne pas abandonner brutale-
ment toutes les méthodes traditionnelles de jardi-
T o u t ceci était très frustrant et me mettait nage. Sinon, cela ne pourrait conduire qu'au chaos.
même en fureur. Pour m o i , le jardinage avait signifié Il faut construire le nouveau en prenant le meilleur
qu'il fallait épincer, élaguer, sarcler, éclaircir et de l'ancien et l'y incorporer. De plus, il nous man-
42
quait souvent des bras et du temps, — et, sans au- tacts particuliers avec des entités supérieures et sa
cun doute, le niveau de conscience nécessaire — capacité de clarifier le rôle plus important que
pour faire plus que de garder le jardin bien entre- pouvait jouer Findhorn qui y contribuèrent. L'in-
tenu ; en soi, ce travail était assez considérable. tense énergie que j'avais consacrée à la création et
au développement du jardin commençait désormais
Encore et encore, il nous était rappelé que dans à dériver vers des occupations administratives.
ce jardin où se manifestait la coopération, nous de- Tandis que je demeurais responsable de cette vision
vions avoir pour objectif de travailler avec les de la coopération, le vrai travail physique dans le
royaumes de la nature de manière harmonieuse, en jardin avait été pris en charge par d'autres membres
découvrant les formes végétales qui pouvaient de notre communauté. Findhorn se concentrait à
exprimer à la fois l'homme et la nature. Comme présent sur l'épanouissement de la conscience
Lady Eve Balfour me l'écrivit dans une lettre : «De humaine. Les leçons que nous avions apprises en
la même façon que nous devons apprendre à être faisant pousser des plantes, nous les appliquions
conscients d'habiter dans une forme physique, nous désormais aux personnes qui se joignaient à nous.
devrons prendre conscience que cela est vrai aussi de
toute forme de vie. Tant que nous identifions des
entités (végétales, animales ou humaines) à la forme,
nous ne serons capables que de considérer Dieu
comme divisé contre lui-même. Mais lorsque nous
parvenons à entrer en communion avec la réalité qui
se cache derrière la manifestation, nous pouvons,
grâce à la coopération, trouver des compromis pour
des formes qui soient acceptables par tous.» Peut-
être que l'homme, en tant que partie de ce proces-
sus, doit modifier son concept de la beauté. Mais
nous ne devons pas oublier que le royaume de la
nature est également en train d'évoluer, qu'il est
prêt à changer et qu'il le désire, — à condition que
les motivations de l'homme soient en accord avec
Notre travail dans le jardin avait profondément
l'ensemble.
enraciné les énergies d'amour et de lumière dans le
sol de Findhorn. Les forces de la nature avaient
En 1970, un jeune homme dénommé David été nos maîtres, nous offrant une nourriture à
Spangler et sa collaboratrice spirituelle, Myrtle la fois physique et spirituelle. De la même façon
Glines, vinrent d'Amérique à Findhorn. Au cours qu'au cours de l'évolution de cette planète, les
des années précédentes, David avait donné des plantes avaient créé un environnement qui permît à
conférences et écrit sur le Nouvel Age. Lorsqu'il l'homme de se développer, chacune des plantes qu'il
arriva, nous étions environ une douzaine de person- nous avait été dit par guidance de cultiver ici avait
nes travaillant dans le jardin et menant une vie contribué par ses énergies à créer l'environnement
centrée sur Dieu. Pendant les dix-huit mois qui convenant au travail encore plus important de
suivirent, le nombre des membres de notre com- Findhorn : la métamorphose de l'âme humaine.
munauté atteignit cent cinquante. Au cours du
séjour de trois années que David f i t chez nous, notre Effectivement, la croissance de ce jardin est
identité devint celle d'une communauté du Nouvel symbolique de la croissance de l'âme. Pour l'âme
Age et d'un centre d'entraînement. Ce sont ses con- aussi, un environnement propice d o i t être créé et les

43
mauvaises herbes, qui pourraient nuire aux qualités jardinage a été conduit sur ce terrain peu pro-
les plus fines et les plus délicates de l'âme, arrachées ; metteur et a répondu au défi d'y créer un jardin.
tous les actes doivent être dirigés par l'amour qui Tous les moyens et toutes les situations nécessaires
permet à toutes les lois de s'accomplir. De la même pour faire revivre en lui l'esprit d'une authentique
façon qu'il est possible de créer des conditions coopération avec la nature lui ont été proposés, ceci
propices à la croissance des plantes, la qualité de la sous la guidance de la Divinité intérieure. Et le
vie qui règne dans la communauté de Findhorn peut jardin s'est développé.
être comparée au milieu qu'offre une serre et où
la croissance et la métamorphose de chaque individu Findhorn a largement montré ce qui peut être
est accélérée et augmentée. opéré dans un esprit de coopération entre l'homme
et la nature. Il reste encore tant à faire. Dans cette
Au début, lorsque nous étions en pleine créa- nouvelle phase d'expérimentation où nous entrons
t i o n du jardin, nous ne parvenions pas à voir vers avec le jardin, nous devons commencer à vivre plus
quoi cela nous conduisait. C'est pourquoi nous complètement ce qui nous a été offert. Certaines
avons dû vivre le moment présent, gardant f o i en directives que nous avons reçues se présentent
la guidance de Dieu. A présent, en regardant en comme d'immenses défis, mais nous savons que
arrière, il est possible de discerner un modèle et un nous devons agir comme nous l'avons toujours fait,
plan bien définis, où chaque défi apparent peut être pas à pas, fidèles à la certitude que nous avons de
considéré comme un enseignement parfait. Un révéler l'unité qui relie entre elles toutes les formes
homme ignorant presque t o u t des techniques de de vie, — l'Unité-même de la Vie.

Tu peux comparer la tâche que tu accomplis à celle que réalisa Noé sous Mes instructions précises.
Mot par mot, Je lui ai donné chaque détail qu'il a suivi sans aucune hésitation. Il s'est posé des questions,
comme toi, mais une fois que Je lui ai expliqué la situation, il a poursuivi sa tâche avec fermeté
en suivant Mes instructions. Et l'impossible s'est réalisé :
l'arche a flotté sur l'eau comme J'avais dit que cela s'accomplirait.

44
Cette voie est simple et vraie,
c'est la voie qui était au commencement
lorsque l'homme et Moi
nous marchions main dans la main,
nous parlant l'un à l'autre.

EILEEN
rades chez nous pour jouer dans le living-room,
si bien qu'il n'y avait vraiment plus d'endroit où
s'asseoir. Peter passait la plupart de son temps dans
le jardin. Dorothy avait son annexe et m o i , je me
réfugiais dans la cuisine. Celle-ci était installée dans
le petit corridor situé entre la minuscule chambre
des garçons et le salon qui nous servait aussi de
chambre, à Peter et à moi, ainsi que de salle à
manger aux heures des repas.
LE R O Y A U M E DE LA L U M I E R E . Je ne veux pas
donner l'impression que j'ai t o u t compris de ce Le soir, lorsque les garçons étaient couchés,
q u i se passait lorsque nous avons commencé ce jar- D o r o t h y , Peter et moi-même, nous pouvions alors
d i n , ou aux débuts de la communauté. Je n'ai pas nous installer dans le living-room pour lire ou re-
non plus de conseils précis à donner, si ce n'est garder la télévision. C'est là aussi que nous médi-
que le plus important pour toute personne est de tions ensemble chaque nuit. Les enfants y avaient
rechercher en soi-même ses propres réponses. Mais été habitués dès leur plus jeune âge et ils savaient
peut-être, si je partage avec vous quelques-unes de que nous avions besoin de calme. Pour eux, il était
nos expériences, vous sera-t-il possible de découvrir naturel que nous méditions. En fait, je me sou-
comment, sous tous ses aspects, notre vie, a été diri- viens que Christophe avait l'habitude de me dire
gée par cette recherche intérieure. de me tourner vers Dieu lorsque j'avais un doute
quelconque. «Dieu connaît la réponse. Maman».,
Vivre dans un espace aussi réduit pendant sept disait-il avec une telle confiance. Et je pensais : «De
années nous a certainement beaucoup appris. Nos la bouche des enfants...»
trois garçons, nés avec un an d'écart, venaient t o u t
juste d'entrer à l'école primaire, et vous savez com- Cette situation était idéale pour apprendre la
ment sont les garçons. Lorsqu'ils rentraient de l'éco- maîtrise de soi. Individuellement, Peter, D o r o t h y
le, ils avaient l'habitude d'amener tous leurs cama- et moi-même, nous possédions une solide connais-
sance de nous-mêmes, mais i1 nous restait encore à
apprendre à travailler en groupe. Vous devez ap-
prendre à travailler ensemble de manière parfaite,
comme les cinq doigts d'une main, nous avait dit
la guidance que je recevais. Chacun d'entre vous
a été choisi avec un soin tout particulier et je
vous entraîne pour accomplir un travail très précis
que vous seuls pouvez faire.
Toutefois, quelle qu'ait été la différence entre nos
tâches et nos approches, la chose essentielle que
nous apprenions était de voir t o u t avec de nou-
veaux yeux. Essayez de voir chacune de vos tâ-
ches quotidiennes sous une nouvelle lumière.
Faites-le comme pour la première fois, comme
si chaque acte était nouveau, merveilleux et exci-
tant. Laissez la vie vous apparaître ainsi et vous
découvrirez que toute votre façon de voir change-

48
ra. Vous aimerez effectivement ce que vous faites constations que, chacun, grâce à nos pensées et nos
parceque vous le faites pour Moi et avec Moi.. actes, nous pouvions transformer nos états d'âme et
t o u t ce qui nous entourait. Nous ne pourrions créer
Ce f u t toujours notre attitude qui f u t la plus un nouveau monde sans être nouveaux nous-mêmes
importante. Ce que nous pensions se trouvait re- et il nous fallait constamment travailler à rester sur
flété dans notre vie quotidienne. Si nous voyions cette lancée. Chaque fois que vous sentez que vous
la situation de manière négative, elle devenait né- avez besoin de vous arrêter de travailler, sortez vous
gative. Mais si nous faisions cet effort supplémen- promener et réjouissez-vous des merveilles de la
taire, parfois très difficile, nous pouvions véritable- nature qui vous entourent. Si vous ouvrez les yeux,
ment transformer la situation. vous ne pourrez manquer de les voir. Tout cela vous
aide à ce que vos vibrations restent élevées.
Les moindres choses pouvaient devenir un vrai
test. Par exemple, je préférais cuisiner ou jardiner En regardant en arrière, je m'aperçois que, mal-
plutôt que de faire le ménage. C'est ainsi que pour gré toutes les difficultés que nous avions à surmon-
m o i , le véritable défi était d'aimer faire le ménage ter, nous étions vraiment très heureux — ce f u t
dans la caravane, de bon cœur, et par conséquent, peut-être même la période la plus heureuse de
à la perfection. Il me f u t d i t que même une activi- toutes — car la vie que nous menions était très sim-
té telle que cirer le plancher peut être faite de ma- ple. A ce moment-là, ma guidance nous dit : La
nière si positive que vous éprouverez un réel plai- vie en soi n'est pas vraiment compliquée. En réali-
sir à voir le plancher se mettre à briller lorsque vous té, elle est même très simple. Lorsqu'elle devient
le frotterez. Mais vous pouvez le faire aussi de ma- trop difficile à supporter et qu'elle vous pèse, mar-
nière négative, simplement comme une autre corvée quez une pause et retrouvez votre regard d'enfant.
qui doit être faite. Lorsque vous commencez un Un enfant vit totalement dans l'instant, prend
travail, quel qu'il soit, veillez à avoir une attitude plaisir à ce qu'il fait. Il ne se préoccupe pas du len-
positive envers lui et vous découvrirez combien demain, ni de ce qui pourrait arriver. C'est ainsi que
il en sera différent. C'est de votre attitude que vous devriez vivre. Mais en restant toujours cons-
tout dépend. cients des merveilles de la vie.

Toutes les activités de notre vie quotidienne —


travailler dans le jardin, manger la nourriture qui en
provenait, nous remplir de lumière du soleil et d'air
frais — nous enseignaient à vivre d'une façon nou-
velle, dans la joie de chaque instant et avec une sen-
sibilité profonde à t o u t ce qui nous entourait. Nous
Oui, nous étions alors comme des enfants et
Dieu nous paraissait toujours être un peu comme le
Père, ne faisant pas partie de nous, lointain, descen-
dant sur terre pour tendre une main secourable. Peu
à peu, cependant, j'en suis venue à comprendre ce
que cela signifie de découvrir ce même Dieu inté-
rieurement, en soi-même. Mon rôle essentiel dans la
création du jardin et de la communauté de Find-
horn f u t d'écouter le moindre de Ses murmures.

C'est en 1953 que j'entendis cette voix pour la


première fois, lors d'une visite que Peter et moi,
nous avons faite à Glastonbury, l'un des plus impor-
tants centres d'énergie spirituelle en Angleterre. Je
me tenais assise dans l'atmosphère paisible d'un
petit sanctuaire privé lorsque, là, j'entendis une voix
— une voix très claire —, non à l'extérieur mais à
l'intérieur de moi. Je n'avais jamais vécu de sembla-
ble expérience. Cette voix dit simplement : Sois
en paix, et sache que je suis Dieu. Que se passe-t-il ?
pensai-je. Suis-je en train de devenir folle ? Ma fa-
mille appartenait à la religion anglicane et l'on
m'avait parlé au catéchisme de cette «paisible voix
intérieure», — mais entendre vraiment une voix,
c'est autre chose. J'en fus t o u t à fait boulever-
sée, car elle était très claire.

Je ne veux pas pour autant laisser croire que


cela est arrivé comme ça, sans aucune préparation.
J'avais suivi un long entraînement spirituel et cela
en était l'aboutissement. Pourtant, le fait d'entendre
cette voix était totalement inattendu. A la suite
de cette expérience, je suis passée par une dou-
loureuse période de conflits et de tensions au
cours de laquelle j'ai continué d'entendre de nom-
breuses voix, toutes différentes et se disputant mon
attention. Je n'ai cessé d'écouter, encore et encore,
jusqu'à ce que j'entende à nouveau une seule voix
claire ; alors toutes les autres s'évanouirent.

Quelle relation plus intense et plus merveilleuse


peut demander l'homme que celle de savoir qu'il
ne fait réellement qu'un avec Moi, que Je suis en
vous et que vous êtes en Moi. Je n'ai accepté la réa-
lité de cette unité que lentement. En fait, j'ai t o u t tellement à faire qu'elles n'ont pas le temps de se
d'abord ressenti que le simple fait d'en parler serait retrouver au calme et de plonger dans le silence.
même audacieux. Pourtant, je ne pouvais nier mon Elles préfèrent vivre en se référant à la sagesse et
expérience. Je sais que Dieu se trouve en chacun à la connaissance d'une autre personne, plutôt que
de nous, en tout être et toute chose. Il me semble de les recevoir directement de leur source intérieure.
que ce Dieu que l'Église nous enseigne à consi-
dérer comme nous étant extérieur, n'est que ce Avant t o u t , je devais apprendre à me mettre
même Dieu qui se trouve à l'intérieur de nous- en communion avec ce Dieu intérieur. Je devais
mêmes. Quels que soient tous les noms qu'on lui apprendre à faire naître en moi le calme. Je me rends
donne, il n'y a qu'un seul Dieu. compte que, lorsque mon esprit ne cesse de vaga-
bonder, rien ne se produit. Mais si je suis profondé-
Finalement, cette guidance reçue directement ment calme, en communion avec mon être profond,
de la voix de Dieu devint la chose la plus naturelle alors effectivement quelque chose se passe.
du monde. Entendre Ma voix te paraît désormais
aussi normal que de respirer. Cela ne te demande Lorsque nous étions tous les six entassés dans
aucun effort d'aucune sorte. Il ne devrait jamais cette minuscule caravane, le seul endroit où je pou-
t'être nécessaire de te mettre dans un état parti- vais aller pour trouver une quiétude totale était les
culier pour pouvoir entendre Ma voix. Tu devrais toilettes publiques du parc des caravanes. Je m'em-
être capable de l'entendre à tout instant, partout, mitoufflais contre le froid et je restais assise là
quel que soit ce qui se passe autour de toi, quel pendant deux ou trois heures chaque nuit. L à ,
que soit l'état dans lequel tu puisses être. Tu as je pouvais fermer la porte et ne pas être interrom-
besoin de Moi de manière constante. Comme il pue. Aussi ridicule que cela puisse paraître, c'était
en était lorsqu'au commencement, l'homme chemi- vraiment t o u t à fait agréable. Mais, bien sûr, cela
nait en parlant avec Moi, à nouveau ceci se répète n'était pas toujours facile. Pendant la journée, je
aujourd'hui. C'est cette relation que je veux avoir faisais la cuisine, je m'occupais des enfants et, par-
avec tous Mes enfants. fois, j'aidais au jardin. J'étais si fatiguée certains soirs
qu'il me fallait même faire un effort pour tenir le
Je ne pourrais dire qu'entendre cette voix inté- stylo et coucher par écrit la guidance que je rece-
rieure comme je le fais est la seule façon de vivre vais. Mais je savais que je devais accorder la premiè-
l'expérience d'une rencontre avec Dieu. Non car, re place à ce qui était de première importance. Ce
pour chacun, cela peut être différent. Cette façon n'est pas une chose que tu choisis une bonne fois
est celle qui m'est propre, t o u t simplement. Dieu pour toutes, puis qui devient permanente. Mais tous
se trouve en chacun. Il est l'essence-même grâce les jours, chaque jour, ce choix reste entre tes
à laquelle chacun vit, bien que cela ne soit pas tou- mains. Pour chaque décision que tu prends, tu peux
jours apparent. C'est pourquoi toute personne peut faire ton choix ou bien pour satisfaire ton petit
être, en étroite relation avec lui. T o u t ne dépend moi, ou bien pour rechercher Ma guidance divine
que du fait de le désirer avec suffisamment de force. et la suivre.
Ne comprends-tu pas qu'en toi, se trouvent toute la
sagesse, toute la connaissance, toute la compré- Il me fallait encore beaucoup apprendre. Il
hension ? Tu n'as nul besoin de les chercher à l'ex- est facile de s'installer dans une confortable routi-
térieur, mais il te faut prendre le temps de te retrou- ne, avec des moments réservés au calme et à la mé-
ver au calme et de descendre profondément en toi ditation, et d'autres pour écrire ce qui est donné
pour les découvrir. Beaucoup d'âmes sont trop en guidance et en faire la lecture autour de soi.
paresseuses, ou bien elles ont l'impression d'avoir Mais vivre ce que j'ai reçu est de loin beaucoup plus

51
difficile. J'ai enregistré par écrit quelques trente ment vint o ù , finalement, je ressentis que ce pro-
mille pages de guidance depuis que nous sommes ar- f o n d contact intérieur avec Dieu, ou la Divinité in-
rivés à Findhorn et, maintenant, quelles difficultés térieure, était ce que je désirais par-dessus t o u t .
à surmonter, quel défit pour la mettre en pratique, De plus, suivre cette guidance s'avéra être la maniè-
la reconnaître comme faisant vraiment partie de re de vivre la plus pratique. Mettez Mes messages
moi-même ! Revenons en 1964 ; il me f u t dit alors : à l'épreuve, nous fut-il dit, et découvrez par vous-
Le moment viendra où il ne te sera plus nécessaire mêmes s'ils sont vérité, jusqu'à ce que vous sachiez
de t'asseoir et d'enregistrer par écrit tout ce que sans l'ombre d'un doute qu'ils le sont et qu'ils sont
Je dois te dire. Tu apprendras à laisser tes antennes efficaces lorsque vous les mettez en pratique. Com-
déployées à tout instant pour écouter chaque ins- me je voyais ce que je recevais intérieurement se
truction précise que Je t'enverrai. De la même fa- matérialiser réellement autour de nous, ma foi se
çon que Peter doit à présent être dirigé dans l'ac- renforça.
tion, il en sera ainsi pour chacun d'entre vous.
Action, voilà ce que signifiera ma parole. Toutefois, il m'arrivait de ne pas comprendre
beaucoup de ce que je recevais en guidance pendant
En fait, ce f u t Peter qui m'aida à accepter que cette période. Par exemple, il nous f u t d i t au début
ma guidance était une réalité. Il lui f u t toujours de l'année 1964 : Peter est dans le jardin pour plan-
évident que j'entendais la voix de Dieu et, dès que ter et produire des aliments de haut taux vibratoire,
j'émettais des doutes ou des craintes, ses encourage- destinés à être mangés par chacun de vous pour
ments me stimulaient. Sans son aide, j'ai l'impres- vous aider à élever vos propres vibrations et vous
sion que ni D o r o t h y ni moi-même, nous n'aurions créer un corps de lumière. Bon, «un corps de lu-
développé notre contact avec d'autres royaumes. mière» qu'est-ce que cela signifiait ? Je n'en avais
Peter nous suivait constamment, nous encourageant pas la moindre idée et notre isolement était si grand
à établir ces contacts puis mettant aussitôt en prati- que nous ne savions absolument pas si d'autres
que les messages que nous recevions. Nous avons groupes spirituels passaient par la même expérience.
alors eu l'impression qu'il nous harcelait et, en La seule référence dont nous disposions se trouvait
fait, nous ne lui en étions pas tellement reconnais- en nous-mêmes, comme la guidance l'avait dit. Ce
santes. Cela nous agaçait beaucoup. Mais le mo- que Je vous ai dit à propos du régime que Je vous ai

53
demandé de suivre n'a rien à voir avec un régime de protéines carnées, mais je reçus la guidance
déjà connu. C'est quelque chose de nouveau. Par suivante : Dis à Peter de manger plus de miel. Cela
conséquent, dès qu'une question vous tourmente, lui donnera beaucoup d'énergie. Tu verras alors
demandez-Moi la réponse car vous ne la trouverez qu'il n'a pas besoin d'autant de protéines. Dis-lui
pas dans un livre. Vous êtes Mes pionniers et vous d'essayer de le faire, même si cela nécessite qu'il
devez donc obéir à chacune de Mes instructions. vienne de temps en temps en prendre une pleine
cuillère.
Ces instructions étaient explicites : Vous pou-
vez manger du beurre et du fromage en abondance. Nous avons commencé à réaliser que t o u t ce
Les salades que vous mangez sont bonnes. Prenez que nos corps absorbaient pendant cette période
plus d'huile d'olives. Il n'est pas nécessaire de man- était d'une importance vitale. C'est pourquoi nous
ger autant de pommes de terre, mais mangez autant devions manger les produits de notre propre jardin.
de légumes frais que vous voulez. Vous pouvez Aucun engrais chimique ni aucun pesticide n'était
manger du poisson, mais deux fois par semaine, utilisé ; les dévas et les esprits de la nature s'occu-
c'est suffisant. Vous pouvez manger des œufs en paient du jardin et chacun d'entre nous apportait
abondance, sous la forme que vous voulez. Il n'est sa c o n t r i b u t i o n par ses pensées et ses vibrations
pas bon de manger beaucoup de gâteaux et de petits positives envoyées aux plantes. Je veux que vous
pains au lait, mais une fois de temps en temps peut réalisiez que les produits de ce jardin vous feront
passer. plus de bien que tout ce que vous pouvez acheter.
Depuis notre départ de l'hôtel, nous avions pro- Il s'y trouve une extraordinaire force vitale qui est
gressivement réduit les quantités de viande que nous l'essentiel de ce dont vous avez besoin. J'ai béni
mangions. Nous avions d'abord supprimé la viande cette nourriture.
rouge, puis la volaille. Ceci prit en t o u t une année,
mais nous avions aussi beaucoup d'autres habitudes Nous avons acquis une compréhension totalement
à perdre. En fait, Peter avait été f o r m é à l'intendan- nouvelle du but pour lequel nous nous nourrissons.
ce hôtellière et il avait donc des goûts de gourmet. Il nous f u t d i t que nous étions en train de purifier
De plus, il travaillait tellement dans le jardin qu'il la structure atomique de nos corps, de transformer
nous sembla t o u t d'abord q u ' i l devait avoir besoin sa substance physique dense en lumière et en lumi-

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nescence pour devenir plus réceptifs et pouvoir
mieux absorber les énergies du soleil, de la mer
et de l'air, et qu'il fallait pour ce faire prendre une
nourriture moins solide. Mais ce n'est pas un pro-
cessus qui peut se déclencher brutalement. Vous
devez progressivement raffiner votre corps. Au fur
et à mesure qu'il s'affine et devient moins dense,
votre peau deviendra capable d'absorber des subs-
tances qu'il ne peut assimiler à présent. C'est com-
me si chaque vieille couche de peau, l'une après
l'autre, devait être enlevée pour ne laisser que la
plus fine, celle qui peut absorber les substances pu-
res des éthers. Je demande à chacun de vous d'ab-
sorber plus d'eau, simplement de l'eau pure, très
pure. Ceci nettoie bien et contribue beaucoup à
accélérer ce processus de raffinage.

Auparavant, nous avions pensé à la nourriture


en termes de calories ou de besoins énergétiques
pour construire et maintenir en bonne santé nos
corps physiques. A présent, il nous était appris
que ce qui nous nourrissait effectivement, c'était
une énergie plus subtile. Grâce à ce régime, nous
absorbions la lumière qui active la croissance des
fruits et des légumes : la lumière du soleil et celle

56
de notre conscience. Nos corps devenaient de aimée, lorsque tu croiras réellement, avec tout ton
lumière. cœur et à chaque instant, que l'homme est fait à
Mon image et qu'il Me ressemble, tu auras décou-
L'eau claire et pure était vitale dans ce proces- vert le plus grand secret de la vie. Efforce-toi de
sus de transformation de nos corps. Sans cesse, il comprendre ce que sont le corps de lumière et le
nous était répété d'éviter de boire autre chose. Vous corps physique, de comprendre ce qui relève du
n'avez pas besoin de boire du thé car c'est un sti- corps physique et du corps spirituel.
mulant. Cela n'est pas nécessaire et pourrait même
être dangereux pour ce que vous êtes en train de
faire en ce moment. Il vaudrait mieux boire du lait Je comprenais, bien entendu, que Dieu ne di-
si vous sentez que vous en avez vraiment besoin, sait pas qu'il avait un corps physique comme le
mais sinon, de l'eau. Ne prenez pas de café ; vous nôtre. A cause de mon éducation, j'avais pensé
n'en avez pas besoin. Nous avions effectivement que le corps est une sorte de coquille dans laquelle
besoin des qualités toutes particulières de l'eau. on vit pendant une courte période, puis qui dis-
L'eau possède des forces et des énergies encore in- paraît, et que seul l'esprit ressemble à Dieu. Mais
soupçonnées, que l'espèce humaine n'a pas encore il semblait que ce qui m'était dit était différent.
découvertes Je veux que vous supprimiez progres- L'homme a été créé à Mon image et Me ressemble,
sivement la nourriture solide et absorbiez plus d'eau. mais depuis, il a énormément dégradé son corps en
Faites-le pour Moi, parce que Je vous le demande mangeant ce qu'il ne fallait pas manger, en buvant
et pas pour d'autres raisons. L'eau vous offrira de mauvaises boissons et en ayant de mauvaises pen-
l'énergie dont vous avez besoin. sées.

Je ne comprenais vraiment pas t o u t ceci, mais Quel lien la nourriture et la boisson avaient-elles
j'écoutais attentivement et j'écrivais avec soin ce avec l'image et la ressemblance de Dieu ? Je dois
que j'entendais. Des forces extraordinaires se déver- avouer que je n'ai alors rien compris de toute cela et
sent actuellement sur cette planète. Ces forces sont je ne commence que maintenant à en avoir une idée.
«galvanisées» par l'eau. Comme le génie légendaire Peut-être ne faut-il pas seulement considérer le corps
enfermé dans la bouteille, elles ont été enfin libé- comme un temple qui contient Dieu, mais penser
rées. L'eau est le. moyen qu'il faut utiliser pour que chaque cellule est lumière, est esprit et que
«galvaniser» ces forces. L'eau sur le corps. L'eau chacune est un reflet de Dieu. C'est pourquoi il est
dans le corps. L'eau tout autour de vous. C'est la important de soigner convenablement le corps.
raison pour laquelle vous vivez entourés d'eau sur
trois côtés.

Je me mis à avoir une perception plus intense


de l'eau : la sensation que la pluie provoquait sur
mon visage, cette sensation de picotements, comme
de l'électricité, lorsque je plongeais les mains dans
l'eau.

Néanmoins, nous ne comprenions pas encore


exactement pourquoi il nous était demandé de trans-
former nos corps. Voici ce que je reçus lorsque je
demandai des éclaircissements : Mon enfant bien-

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Une partie de ce processus d'épuration sentir bien, quoi que vous fassiez et que vous vous
consistait à nous rappeler quelles sont la puissan- y donniez à cent pour cent. Il vaudrait beaucoup
ce et l'importance de nos pensées. Nous pouvons mieux que vous alliez vous asseoir dans un coin
transformer notre corps grâce à la pensée. Rappe- pour manger une poignée de raisins, de noix ou
lez-vous sans cesse, vous êtes ce que vous pensez. de toute autre chose dont vous avez réellement
Je vous le répète encore, soyez-en toujours cons- envie au lieu de rester ici assis à mâcher cette
cients. Ne vous imaginez jamais que votre corps salade parce que les autres le font et que l'on
deviendra un corps de lumière si vous ne faites rien vous a dit de le faire. La prochaine fois que cela
pour cela. A chaque instant, pensez que vous êtes se produira, laissez cette nourriture et prenez
en train de construire un corps de lumière, et lais- autre chose. Cela modifiera toute votre attitude.
sez vos pensées vous aider à le créer. Ceci est valable pour chacun d'entre vous. Ne
soyez pas comme des moutons.
Avant de nous mettre à manger, nous rendions
toujours grâce pour cette nourriture. Lorsque vous La tension et la résistance ne pouvaient pas à
mangez, nous fut-il d i t , vous devriez toujours être elles seules alléger notre corps ou notre esprit. Ce
dans un état de joie, de plaisir et de reconnais- f u t l'une des raisons pour lesquelles il f u t deman-
sance. Vous devez avoir conscience en permanence dé à Peter de faire pousser cette immense variété
que tous ces dons sont Miens. Mais il semble que de fruits et de légumes, afin que ce régime o f f r î t une
nous devions apprendre à dire merci car nous l'ou- certaine diversité et ne f û t pas pénible. Chaque jour
blions si souvent. Pourtant, toute chose est un d o n . au déjeuner, nous prenions d'énormes salades qui
J'essaie de commencer le matin lorsque je m'éveille comprenaient parfois jusqu'à une vingtaine de dif-
en disant merci pour cette nuit de sommeil. Ma gui- férents légumes et aromates. L'on aurait dit de vé-
dance nous dit aussi que nous devrions manifester ritables montagnes et je me demandais comment
notre gratitude aux dévas pour leur travail, non Peter pouvait en venir à bout. Finalement, nous
seulement en prenant plaisir à absorber leur nourri- avons découvert que cette nourriture pleine de vi-
ture mais aussi en nous promenant dans le jardin talité qui venait de notre jardin était si nutritive
et en exprimant notre gratitude pour ce que nous qu'il fallait en manger beaucoup moins que nous ne
y voyons. le faisions.

Nous apprécions vraiment beaucoup cette nour-


riture délicieuse et particulière qui venait du jardin,
et nous savions à quel point elle nous faisait du
bien. Mais, très sincèrement, j'avoue que, parfois,
je ne supportais plus la salade et les légumes. Pen-
dant environ huit ans, nous avons presque com-
plètement vécu sur notre propre production.

A un moment, juste alors que nous en avions be-


soin, je reçus cette guidance : Il est extrêmement
important que vous vous réjouissiez vraiment de
ce que vous mangez et que vous ne le fassiez pas
simplement par devoir. Vous en avez assez de
manger de la salade, jour après jour et, au lieu de
résoudre ce problème, vous vous débattez. Il est
extrêmement important que vous appreniez à vous

59
Préparer la nourriture qui venait de notre jar-
din était un plaisir à la fois simple et profond. Lors-
que je devins consciente de l'état dans lequel j'étais
en accomplissant une tâche quelconque, le simple
fait d'aller dans le jardin cueillir des légumes pour
un repas devint un travail très plaisant. Je reçus
alors cette guidance : Il est bon de préparer des lé-
gumes en appréciant réellement ce que tu es en train
de faire car ainsi, les radiations de lumière peuvent
pénétrer dans la nourriture. Entre tes mains, une
pomme de terre n'est plus seulement une pomme
de terre, mais un être de toute beauté. Tu peux
sentir à quel point elle est vivante, vibrante. Arrê-
te-toi un instant et pense à cette différence que ce-
la fait pour les légumes. Parfois, tu sentiras ton cœur
éclater de joie et de reconnaissance.

Je pouvais sentir à quel point t o u t est vivant


au fur et à mesure que je cueillais sur pied chaque
cosse de pois ou de haricot. Je pouvais sentir que
chacun de ces légumes était un être vivant que je
tenais entre mes mains. Bien sûr, je ne serais jamais
parvenue à préparer les repas si je m'étais cons-
tamment arrêtée pour observer chaque légume,
mais de temps à autre, je recevais une guidance à
ce sujet, ou j'étais souvent pleine d'émerveillement
devant la nature, ou parce que je faisais, et je pen-
sais alors : comme la vie est étonnante !

Cette vie au milieu du jardin nous permit de


découvrir à quel point notre vie humaine et celle
des légumes sont liées. Ils constituaient l'essentiel
de notre alimentation et nous leur retournions tous
nos déchets grâce au compost. Ainsi, l'unité de la vie
était une expérience quotidienne, lorsqu'on con-
sidérait le cycle complet, des plantes jusqu'à nous et
inversement.
Les enfants déjeunaient à la cantine de l'école
et donc seul leur dîner était végétarien. Les enfants
n'aimaient pas beaucoup manger t o u t le temps de la Après avoir cueilli des légumes, je les lavais et
salade, si bien que je préparais des légumes du jardin les pelais, dehors dans le patio lorsqu'il faisait beau.
comme du chou-fleur au gratin. De toutes façons, C'était agréable de s'y asseoir, d'absorber les rayons
ils aimaient la cuisine de leur maman et donc t o u t du soleil, de- respirer l'air frais et préparer des
allait bien ! carottes, des radis ou autre légume q u i , à peine
60
quelques minutes auparavant, poussaient encore dans l'attitude, l'état, l'amour avec lesquels vous la pré-
la terre. Comme c'était merveilleux et étonnant de parez et l'absorbez. Même pendant la période où
penser qu'ils étaient nés de graines minuscules et nous passions par ce processus de purification, il
étaient devenus maintenant si grands et brillants. f u t souligné que nos pensées avaient autant d'ef-
Lorsque tu prépares une salade, au fur et à mesure fet que la nourriture que nous prenions. Ainsi, par
que tu prends chaque plante ou chaque aromate exemple, lorsque nous ne sommes pas à Findhorn
concentre ton esprit sur la nature de chacun. Tu (où la nourriture est toujours essentiellement végé-
peux sentir cette lutte que certains d'entre eux ont tarienne) et qu'une personne m'offre quelque chose
dû mener pour survivre tandis qu'avec d'autres, tu qu'habituellement je ne mange pas, comme du
peux sentir l'aisance et la liberté dans lesquelles ils roastbeef ou du pudding façon Yorkshire, je ne
sont parvenus à maturité. Toutes ces pensées et ces dis pas à mon hôtesse : «Excusez-moi, mais je n'en
sensations sont importantes. Elles font que la mange pas». Ce que je fais ? J'encercle cette nourri-
force-même de la vie pénètre ton corps. ture d'amour, je la bénis puis je la mange et m'en
réjouis.
Nous nourrir de cette façon nous a certaine-
ment rendus plus sensibles. Dans l'état d'isolement Il est si facile de se mettre l'idée dans la tête
où nous vivions, c'était très agréable. Mais comme qu'il est mauvais de manger certains aliments.
de plus en plus de monde venait nous rendre visite C'est pour cette raison-même qu'une des histoires
ou se joindre à notre communauté, il nous fallut favorites de Peter concerne mon régime «steak et
modifier notre régime pour ne pas nous séparer w h i s k y » . Il s'amuse beaucoup en la racontant, sur-
nous-mêmes des autres. Quoiqu'il en soit, la gui- t o u t lorsqu'il sait qu'il parle à un groupe de végéta-
dance que nous avions reçue se rapportait à nos riens fanatiques.
propres besoins pendant une période précise et c'est
pourquoi je ne pouvais certainement pas m'attendre Cette histoire est très simple, il y a a plusieurs
à ce que d'autres la suivent. années, j'ai dû aller à l'hôpital pour y subir une opé-
ration. Lorsque je suis rentrée à la maison, il m'est
Je pense qu'il est de loin beaucoup plus im- apparu que je ne pouvais t o u t simplement plus
portant que chaque individu cherche en soi-même supporter les salades. J'avais perdu beaucoup de
pour découvrir ce qui lui convient le mieux. C'est poids, et pourtant je mangeais presque de t o u t . T o u t
pourquoi je préfère ne pas dire que j'ai une compé- ce dont j'avais envie, c'était d'un morceau de viande.
tence quelconque. Lorsque vous déclarez «être L'une des membres de la communauté s'occupait
compétent», vous vous placez au-dessus des autres. de moi à cette époque et je ne cessais de penser :
Lorsque vous savez que vous ne l'êtes pas, alors vous
êtes au même niveau et vous pouvez parler, de
personne à personne. Vous pouvez communiquer.
Ce n'est donc qu'un point de vue pratique. Pour
moi, la seule véritable autorité est la voix de Dieu
telle qu'elle s'exprime intérieurement dans chaque
individu, quelle qu'en soit la manière.

Ainsi, me semble-t-il, c'est à vous de décider


quoi manger. Je pense que vous pouvez manger de
tout. Car ce n'est pas la nourriture que l'on prend
matériellement qui est la plus importante, mais

61
«Mon Dieu, que va-t-elle penser ?» J'étais sûre organique le long de la plage, et qui semblait bon
qu'elle n'aimerait pas faire cuire de la viande dans pour le compost. Nous n'avions plus que le compost
son bungalow où je me trouvais alors. Finalement en tête, ou presque !
je pris mon courage à deux mains et je lui dis : «Tu
sais, Joanie, il y a une chose que j'aimerais bien... J'aimais vraiment beaucoup travailler dans le
c'est un steak». — «Pourquoi ne me l'as-tu pas dit jardin. J'avais toujours aimé les fleurs et les autres
plus t ô t ?», répondit-elle, et elle se précipita chez le plantes. Lorsque j'étais enfant, j'allais très souvent
boucher. Je n'ai rien mangé d'autre, que du steak dans la ferme de ma grand'mère, en Irlande, et
pendant plusieurs jours. C'était t o u t à fait extra- j'éprouvais de l'amour pour la terre elle-même.
vagant. Mais j'étais très anémiée et mon corps savait C'est pourquoi je pouvais parfaitement comprendre
ce qui était nécessaire pour me reconstituer. ce que cela signifiait lorsque la guidance me dit :
Il faut travailler avec la terre, aimer la terre et sentir
Le whisky m'aidait à m'endormir le soir après qu'elle est vivante entre vos mains. Lorsqu'elle
l'opération. Pendant des années, j'avais suivi le ryth- n'est pas vivante, ramenez-la à la vie avec amour et
me de plusieurs heures de méditation chaque nuit. tendresse avec soin et sensibilité. Tout ceci vous
Après cette intervention, j'étais t r o p faible pour rapproche des choses qui sont réellement impor-
continuer à ce rythme, mais je ne parvenais plus à tantes dans la vie. Il nous f u t dit que chacun
trouver le sommeil. «Oh ! la meilleure chose que d'entre nous avait une sorte de radiation parti-
vous puissiez faire, c'est de prendre un bon vieux culière à donner à la terre et au jardin. Très sincè-
remède, dit le docteur. Un whisky chaud avec un rement, je n'avais aucune idée de ce qu'étaient
jus de citron et un peu de sucre. Cela vous aidera des radiations. Cela ne signifiait rien pour moi,
bien. Voila ce que f u t mon régime «steak et whis- mais ne cessait de me venir en guidance. Il nous f u t
k y » . En réalité, c'était assez léger et peu spectacu- d i t que c'était terriblement important, non seule-
laire ; mais sans en connaître les détails il peut sem- ment pour ce que vous êtes en train de faire main-
bler très choquant. «Eh ! o u i , Eileen suivit un ré- tenant dans le jardin, mais aussi pour la recons-
gime de steak et de whisky, vous savez» raconte truction de cette planète. J'allais donc travailler
Peter lorsqu'il rencontre ce genre d'auditeurs. Et dans le jardin, en essayant de garder à l'esprit que
je me tortille juste un peu sur mon siège, observant j'étais en train d'envoyer des radiations dans la
l'horreur se peindre sur leurs visages. terre et dans les plantes. Alors, un jour où je répan-
dais du compost, je me trouvai totalement con-
Pendant ces premières années, nos vies furent centrée sur ce que j'étais en train de faire et pus
inséparables de celle du jardin. Peter, bien sûr, pas- effectivement sentir cette force de vie couler à
sait la plupart de son temps soit à lire des manuels travers m o i . Je sus que ce que je faisais, dépassait
de jardinage, soit à le pratiquer. Chacun de nous le simple fait de soigner physiquement les plantes
apportait sa contribution. Dorothy et m o i , nous et la terre. Au fur et à mesure que les mois pas-
prenions la voiture jusqu'à la baie de Findhorn, sèrent, mon cœur f u t gonflé de gratitude en voyant
pendant que les garçons étaient à l'école, et nous que l'étendue qui se trouvait autour de notre
cueillions les algues sur les rochers. Nos mains deve- caravane devenait vivante grâce au travail de Peter
naient totalement bleues de f r o i d , mais ces algues et à celui que faisait le reste d'entre nous avec
étaient nécessaires pour le compost. Parfois, nous l'aide des forces de la nature.
trouvions un saumon mort ou un cygne sur la pla-
ge, et, t o u t en nous pinçant le nez, nous les ajou- C'est Peter qui avait eu la vision du jardin
tions à ce que nous avions récolté et rapportions et c'était lui qui nous disait ce qui devait y être fait.
cela avec nous. Nous ramassions t o u t ce qui était Parfois je m'en sentais assez froissée parce que

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j'allais dans le jardin et je voyais par exemple un qu'ils avaient leur rôle à jouer et encouragions
chemin qui avait besoin d'être désherbé et je pen- chez eux un certain sens des responsabilités. Nous
sais : «Oh ! comme j'aimerais bien travailler ici étions t o u t aussi bien des jardiniers pour les en-
aujourd'hui». Alors, Peter venait et disait : «Aujour- fants eux-mêmes, aidant leur esprit à croître et à
d ' h u i , il faudra s'occuper de mettre du compost», s'épanouir. Occupez-vous de Mes fleurs particu-
ou : «il faut arroser cet endroit». Dans des mo- lières avec un soin particulier, nous dit ma gui-
ments comme ça, il me fallait me mettre à aimer dance. Les fleurs s'épanouissent avec grâce et len-
ce que j'étais en train de faire, quoi que ce f û t . teur au soleil ainsi ne faut-il jamais bousculer une
âme ou lui infliger des ordres, mais la laisser se dé-
Parfois, nous travaillions tous dans le jardin, ployer selon son propre rythme pour qu'elle ré-
y compris les enfants. Lorsque Peter commença vèle ses véritables merveilles et beautés. En ne
à niveler la déclivité qui se trouvait derrière la cara- cessant d'avoir une attitude positive envers eux,
vane pour découvrir qu'il n'y avait là que des pierres nous pûmes les aider à révéler le meilleur d'eux-
et du gravier, nous avons appelé nos enfants et leurs mêmes. Lorsque nous découvrions en eux, par
amis qui gambadaient autour des caravanes et ils exemple, que le désir «d'avoir» laissait place au désir
se sont mis à ramasser ces pierres dans des seaux de «donner», sans aucune suggestion de notre part,
que nous allions jeter plus loin. Bien sûr, nous mon cœur était rempli de gratitude. Nous savions
devions le leur présenter comme un j e u , mais cela que cela venait d'eux-mêmes et q u ' i l s'agissait donc
nous donnait l'occasion de travailler ensemble, et d'un désir authentique. Cela vient de Moi, l'esprit de
c'était bien agréable. tout ce qui est bon et se trouve au centre de chaque
âme.
D'autres fois, nous emportions des sacs dans les
bois où nous ramassions des feuilles et de l'herbe
pour le compost. Ainsi, l'automne, nous nous
A u j o u r d ' h u i , le rôle de Findhorn est de nourrir
piquions toujours aux ronces. Nous nous entas-
cet état d'esprit chez tous ceux qui entrent en con-
sions dans la voiture et parcourions la campagne
tact avec nous. Notre travail est d'être des jardiniers
pour découvrir un endroit où cueillir des mûres
des âmes, où que nous soyions. Les graines commen-
pour faire de la confiture et de la gelée. Les enfants
cent à germer. Prenez-en le plus grand soin. Ne
adoraient ça. Au retour, leurs mains et leur visage
les piétinez jamais et ne les ignorez pas non plus.
étaient t o u t barbouillés de noir. Ils en mangeaient
Elles sont très tendres et très délicates. Arrosez-les
toujours autant qu'ils voulaient, habituellement
avec amour. Laissez la lumière de Ma vérité briller
beaucoup plus qu'ils n'en rapportaient.
sur elles gentiment pour commencer, puis devenir
Nous ne les forcions jamais à travailler dans le plus forte au fur et à mesure qu'elles se fortifient.
jardin s'ils n'en avaient pas envie. Simplement, Soyez de bons jardiniers pour que viennent des
nous nous arrangions pour qu'ils comprennent fruits délicieux et parfaits.
Les devas, qui, tout d'abord me semblaient des êtres
lointains, devinrent, au fur et à mesure d'une joyeu-
se communion, des compagnons intimes, jusqu'à
ce que, finalement, je prenne conscience que leur
présence est intérieure, comme le Royaume de Dieu.

DOROTHY
LA CONSCIENCE D É V I Q U E . Mon contact avec les Que Ma volonté soit pour toi un mystère à décou-
devas s'établit spontanément : ma vie passée m'y vrir à chaque instant, me disait mon guide intérieur,
avait préparée. J'eus de merveilleux parents et mes cherche-la dans ce qui est petit et ce qui est grand.
deux frères et moi avons grandi dans une jolie mai- Cela comprend tous les êtres et toutes les choses,
son ancienne, à l'orée d'un bois au Canada. Nous toutes les questions et toutes les réponses.
avions un jardin potager et cultivions des fleurs,
mais les plants cultivés n'avaient pas pour moi d'in- Notre premier hiver à Findhorn avait été
térêt particulier. Je préférais les endroits sauvages particulièrement rude pour cette région, avec de
où j'aimais vagabonder. fréquentes rafales de vent en plus de la neige et de la
pluie. Mais dès le début du mois de mai 1963 appa-
J'arrivai à l'université avec beaucoup de ques- rurent les premiers radis et les laitues que Peter avait
tions, mais malgré toutes les discussions sur le sens semés dans le jardin et Peter préparait activement un
de la vie, je ne trouvai pas de réponses satisfaisantes. autre coin pour les petits pois, les haricots et quel-
C'est alors que je prêtai attention à cette voix ques autres légumes. Le temps printanier devenait
intérieure, qui depuis longtemps me demandait de suffisamment chaud pour que nous puissions nous
l'écouter, et que je commençai à écrire les indica- asseoir dans le patio pendant notre méditation quo-
tions journalières que j'en recevais. Pendant une tidienne. C'était l'occasion rêvée pour faire l'expé-
période de f o r m a t i o n spirituelle où j'appris à rience de la présence de Dieu dans t o u t ce qui m'en-
donner, dans ma vie, la première place à la volonté tourait.
de ce Dieu intérieur, je rencontrai Peter et Eileen
Caddy. Avant de vivre à Findhorn, nous avons C'est à cette époque que mon guide intérieur
travaillé ensemble à l'hôtel dont Peter avait la me dit de m'ouvrir à de nouvelles idées et inspira-
charge, en pratiquant cette écoute intérieure. tions : Sois vigilante, et à l'affût de mes suggestions.
Attends-toi à ce qu'il te vienne de nouvelles idées.
Lorsque je parle de la volonté de Dieu, je me Tu entres dans une période de formation plus
rends compte que cela peut faire surgir l'image sté- avancée ; elle comportera beaucoup de nouveau.
réotypée d'un vieux personnage habitant quelque
part dans le ciel, faisant de nous des automates par Ce que je reçus comme indications le matin du
le jeu de sa volonté extérieure. Ce n'est pas ce que je 8 mai f u t en effet le commencement de quelque
veux dire, mais je ne sais comment l'exprimer chose de nouveau : Une de tes activités, en tant
autrement. Pour m o i . Dieu est une présence inté- qu'enfant libre, sera de ressentir de l'intérieur les
rieure, l'essence de ce que je suis et de ce qu'est forces de la nature, telles que le vent. Ressens son
chaque chose. Dieu est la vie elle-même ; il parle à essence et son but, et sois positive, en harmonie avec
travers t o u t ce qui vit. Et la volonté de Dieu est le cette essence. Ce ne sera pas aussi difficile que tu
chemin qui nous permet de développer le meilleur l'imagines, parce que les êtres de ces forces seront
de nous-même et de t o u t ce que nous rencontrons. heureux de sentir une puissance amie. Il faut res-

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sentir toutes les forces, même le soleil, la lune, la Un soir, j'atteignis en méditation un état de
mer, les arbres, l'herbe elle-même. Toutes font conscience accrue et pensai que c'était le moment
partie de Ma vie. Toutes sont une seule et même vie. de contacter l'un de ces esprits de la nature. Comme
Contribue à rendre à la vie son unité, avec Mon on m'avait parlé des légumes, je pensai que je pour-
aide. rais contacter l'esprit d'une des plantes que nous
avions à Findhorn. J'avais toujours aimé les petits
Cela me plaisait, car rien ne m'aurait été plus pois que nous faisions pousser chez nous au Canada,
agréable que de rester assise au soleil et de commu- et je pouvais me sentir en sympathie avec tous les
nier avec la nature. Mais lorsque Peter lut ce messa- aspects de cette plante. Aussi j'essayai de me con-
ge, il le comprit autrement. Tu peux t'en servir centrer sur l'essence de ce qu'était le petit pois pour
pour aider au jardin ! d i t - i l , sentant qu'un contact moi et sur l'amour que j'éprouvais. J'obtins une ré-
direct avec les forces de la nature lui donnerait ponse immédiate par les sens et la pensée, que je
peut-être les réponses aux questions qu'il se posait formulai ainsi : Je puis te parler, être humain. Je
au sujet du jardin. Bien entendu, le jour suivant, suis entièrement pris par mon travail qui consiste
mon guide me dit : Oui, tu vas participer au tra- seulement à manifester un dessein et une forme pré-
vail du jardin. Commence par penser aux esprits établis, mais tu es entré soudain dans ma cons-
de la nature, les esprits irradiants les plus élevés, et cience. Mon travail est simple et clair : rendre ma-
relie-toi à eux. Ce sera si inattendu pour eux que nifestes les champs d'énergie malgré les obstacles,
cela attirera leur attention. Ils seront ravis de et il y en a beaucoup dans ce monde infesté par les
découvrir que des membres de la race humaine ont hommes. Tandis que le royaume des légumes n'a
besoin de leur aide. C'est le premier pas à faire. aucun ressentiment envers ceux qu'il nourrit, l'hom-
Par esprits de la nature les plus élevés, je veux dire me prend ce qu'il peut comme si cela allait de sol,
ceux des nuages, de la pluie, ou des légumes. Les sans remerciements. Cela nous rend étrangement
plus petits esprits de la nature sont sous leur juridic- hostiles.
tion. Dans le nouveau monde, ces royaumes seront J'aimerais vous dire que vous pourriez, comme
tout à fait ouverts aux humains — ou, devrais-je nous, progresser sans jamais dévier de votre che-
dire, les humains leur seront ouverts. Recherche ces min l'instant d'une pensée, d'un sentiment, ou
royaumes glorieux de la nature avec sympathie et d'une action. Les êtres humains semblent géné-
compréhension, en sachant que ces êtres sont de ralement ne pas savoir où ils vont, ni pourquoi.
Lumière, prêts à aider, mais méfiants vis à vis des S'ils le savaient, quelle puissance d'énergie ils au-
humains, attentifs aux mensonges et aux pièges. raient. S'ils accomplissaient seulement ce qui est
Reste reliée à Moi ; ils auront confiance et ensemble à faire, nous pourrions coopérer avec eux ! J'ai
vous construirez ce monde nouveau. terminé mon message, et je te dis adieu.

Je trouvai ces instructions p l u t ô t difficiles ; elles Lorsque je montrai cela à Peter, il déclara :
mettaient à l'épreuve ma crédulité et semblaient «Très bien. Maintenant tu peux trouver ce qu'il faut
au-delà de mes talents. J'en savais peu sur les esprits faire pour ces tomates, et ce dont ces laitues ont be-
de la nature, et, bien qu'ayant une idée de la hié- soin ...» Je posais ces questions au déva de l'espèce
rarchie des anges, j'ignorais qu'il existât des dévas concernée et j'obtins un conseil directement appli-
irradiant les légumes. Je dis à Peter que je ne pou- cable.
vais pas faire ce travail, et restai bloquée plusieurs
semaines, malgré ses encouragements. Mais on A ce point de mon récit, je dois préciser que le
n'écarte pas facilement les instructions de la divinité terme «deva» est un mot sanscrit signifiant «ce-
intérieure, pas plus que les suggestions de Peter ! lui qui brille». J'ai choisi d'utiliser ce m o t plutôt

71
que l'équivalent «ange», car ce dernier évoque des ce travail loi naturelle, mais ce sont les dévas qui
images stéréotypées qui sont plus un obstacle qu'une mettent en œuvre cette l o i , sans s'arrêter et joyeu-
aide dans la compréhension de la véritable nature sement. Le niveau de la hiérarchie que je fus amenée
de ces êtres. à contacter n'était pas celui de l'esprit, disons, d'un
plant de petits pois particulier de notre jardin, mais
C'est seulement dix ans plus tard que je pris
plutôt celui de l'intelligence irradiante, de l'âme, ou
connaissance de textes ésotériques sur les dévas.
essence de tous les petits pois du monde entier.
Quoi qu'il en soit, grâce à mon contact avec eux,
nous découvrîmes qu'ils f o n t partie de toute une On peut considérer les esprits de la nature,
hiérarchie d'êtres, du gnome le plus terrestre à l'ar- c'est-à-dire les êtres élémentaires, tels que les
change le plus céleste, et qu'ils évoluent parallè- gnomes et les fées, comme les «architectes» de la
lement à l'humanité. Les dévas détiennent les plans forme des plantes, comme des «artisans», utilisant
et desseins archétypiques de toutes les formes qui le plan original et l'énergie dirigés vers eux par les
nous entourent, et dirigent l'énergie nécessaire à dévas pour donner sa forme à la plante. C'était avec
leur matérialisation. Les corps physiques des miné- ces êtres-là que R. Ogilvie Crombie avait établi une
raux, végétaux, animaux et êtres humains sont le communication. Lorsque Roc rejoignit notre équipe
résultat d'une énergie mise en forme grâce au travail à Findhorn, il m'aida à clarifier et confirmer cer-
du royaume des dévas. Quelquefois nous appelons taines sensations mal définies que j'avais au sujet du

72
monde des plantes. Par exemple, je ne pouvais pas sans formes et ne sommes pas emprisonnés dans une
m'expliquer pourquoi j'étais troublée lorsque les forme comme vous l'êtes. Nous voyageons de royau-
genêts étaient taillés en pleine floraison, alors que me en royaume et nous avons été dotés d'ailes pour
Roc était capable de discerner exactement ce qui indiquer ce mouvement. Lorsque nous voyageons,
n'allait pas, grâce à son contact avec les esprits notre forme change, selon les caractéristiques des
élémentaires de la nature. différents royaumes. C'est pourquoi vous ne pouvez
pas nous fixer dans une seule forme. Nous travail-
Les dévas sont essentiellement énergie, ce sont lons directement avec de l'énergie et cette énergie
des forces de vie. (Nous les humains aussi, mais nous modèle, fait partie de nous, est ce que nous
d'une façon qui nous est particulière). Mon guide sommes, jusqu'au moment où nous l'envoyons là où
intérieur me dit : Vous êtes tout simplement envi- elle doit être. Nous sommes sans limites, libres,
ronnés de vie. Vous êtes une force vitale se dépla- et insubstantiels.
çant avec d'autres forces vitales. Au fur et à mesure
que vous prenez conscience de cela, vous vous Je n'ai jamais vu aucun de ces êtres sous un
ouvrez et vous vous rapprochez des autres, deve- aspect défini, bien que parfois j'aie l'impression
nant de plus en plus unis à elles, travaillant ensem- d'une forme ou d'une couleur. Une fois, quand
ble à mes desseins. m'apparut l'image du dévas du chou-rouge, devant
de nombreuses formes vagues, je reçus ce message :
Les dévas n'ont pas de forme particulière. Mais Ces formes me représentent, moi et ceux qui sont
afin d'établir la communication et la coopération comme moi, tels que nous avons été et tels que nous
avec les êtres humains, des membres du royaume des serons. Bien que nous vivions dans l'instant et que
dévas ont pris une forme visible. Ces formes reflè- nous soyions toujours en mouvement, notre passé et
tent leurs fonctions. Par exemple, un nain est géné- notre présent nous accompagnent. Nous sommes
ralement représenté avec une pioche, ce qui cor- proches des mondes intérieurs où tout est vie. Je
respond à notre interprétation humaine de son vous donne cette image, afin de ne pas vous apparaî-
travail avec le monde minéral. Les anges sont tre seulement sous une forme statique parmi d'au-
dépeints avec des ailes, et portent souvent un tres, mais pour que vous nous associiez plus avec la
message de guérison ou de pardon. Comme l'ont vie. Les humains sont tellement enclins à se limiter
dit les dévas : Nous travaillons dans les mondes et à dépendre de leurs cinq sens pour percevoir le

73
monde qu'ils oublient que nous sommes des forces dirigée, non seulement affirmer la perfection de cha-
vivantes et changeantes à l'instant même, en dehors que plante, mais l'élever véritablement à un niveau
de leur conception du temps. supérieur. En vous efforçant de penser en termes de
lumière vous ajoutez de la lumière à celle qui existe
Tandis que nous devenions plus conscients du déjà. Ainsi vous accélérez la vitesse de croissance
fait que t o u t , autour de nous, participe de la même d'une plante et réhaussez sa beauté ; de plus vous
énergie sous des formes différentes, nous nous avez accès à une compréhension plus juste et vous
ouvrions à une façon entièrement nouvelle de unissez à la perfection de Dieu. En nous com-
travailler dans le jardin. Les dévas nous disaient : muniquant leur façon de voir, l'intention des dévas
Nous comprenons qu'il est facile pour l'homme de n'était pas de rabaisser la beauté du monde telle que
penser à une plante comme à un objet, objet vivant nous la percevons, mais de la réhausser en ouvrant
peut-être mais objet quand même, parce qu'il se notre conscience à une perception plus large et plus
limite au monde physique sans voir au-delà, tout juste.
comme il se coupe de son propre être intérieur qui
est si vaste. En tenant compte de l'être intérieur des Avec le temps nous découvrîmes que penser
plantes, nous nous sommes rendu compte que le ainsi était vraiment une manière pratique de travail-
jardin devait être découvert autant de l'intérieur que ler dans le jardin. Mais au début, en maîtres avisés,
de l'extérieur, qu'il devait croître autant spirituelle- les dévas répondaient à ce qui était le plus vital à ce
ment que physiquement. moment-là — les besoins physiques du jardin — nous
introduisant seulement progressivement à cette nou-
Pour les dévas, le jardin n'est pas une collection velle façon de percevoir. Par exemple, ils nous don-
de formes et de couleurs variées, mais des lignes nèrent un avis précis sur la distance entre les plantes
mouvantes d'énergie. Quand ils décrivaient notre et sur l'endroit où les mettre. Nous pensons que le
jardin, ils disaient qu'ils pouvaient voir les forces site en haut de ce monticule serait un bon endroit
monter de la terre peu à peu et se mêler aux leurs en pour nous, tant qu'il n'y a pas trop de vent, nous
remous vastes et rapides. A l'intérieur de ce champ conseilla le déva de l'artichaut. Le déva du chou
d'énergie, chaque plante était un tourbillon d'ac- nous suggéra : Il serait mieux d'éclaircir les plants
tivité. Nous ne voyons pas les choses comme vous, maintenant et de retirer les feuilles du bas. Au prin-
vous en voyez la matérialisation solide et extérieure, temps, le déva du cassissier nous dit : Non, ne taillez
tandis que nous en voyons l'aspect intérieur émet- pas les plantes maintenant. La racine ne pourrait pas
teur de vie. Nous avons affaire à ce qui est derrière se fortifier ; elle a besoin des feuilles pour que la vie
ce que vous voyez ou percevez avec vos sens. Mais progresse dans toute la plante.
ces deux aspects sont intimement liés, comme les
différents octaves d'une même mélodie. Nous, nous Nous avions l'habitude de ramasser du fumier
voyons différentes formes de lumière. Des années de mouton dans un champ proche pour en faire un
plus t a r d , quand je lus un compte-rendu sur l'effet fertilisant liquide. Le fumier liquide est un excellent
Kirlian, dont les photographies révèlent les ra- véhicule pour un certain nombre de forces, parce
diations émises par la matière, je fis le lien avec que ce qui est liquide attire et rassemble certaines
ces forces plus subtiles dont parlent les dévas. énergies subtiles qui ne pourraient pas se fixer sur
un milieu solide, nous informa un dévas, qui nous
conseilla : La concentration en est pratiquement
Les dévas insistaient pour que nous apprenions bonne, sauf pour certaines plantes où elle pourrait
à voir la vraie réalité, comme eux, afin que nous être plus forte. J'avais prise l'habitude de faire des
puissions grâce à la puissance de notre pensée bien tournées régulières avec l e f u m i e r l i q u i d e , demandant

74
au déva de chaque légume si la plante voulait ou Pendant environ deux ans, nous reçûmes presque
non une dose ce jour-là. Quelque fois la réponse journellement de l'Ange du Paysage des conseils sur
était seulement un oui ou non direct, tandis que la fabrication du compost et la fertilisation de la
d'autres fois elle était accompagnée d'une informa- terre. Il nous dit par exemple : Vous avez un réel
t i o n plus générale. Lorsque je posai ma question au problème avec cette terre qui a besoin d'être aérée
déva de la tomate au sujet des fertilisants, il me dit : mais qui s'envolerait si vous la travailliez. Dans la
Vous pouvez donner à la plante du fumier liquide mesure du possible, binez-la avant une pluie et
maintenant. Nous n'en laisserons pas tout le bienfait aérez-la avant d'y étaler du compost.
aux feuilles. Quand il y a une telle coopération entre
nous, nous pouvons informer la plante que c'est le Nous apprîmes que, sur le plan énergétique, le
fruit qui doit être développé. Le déva de la carotte meilleur apport matériel au jardin, était le tas de
nous dit : Les carottes poussent bien, et pourraient compost. Les dévas, nous donnèrent des instructions
souffrir si vous mettiez une autre dose de fumier précises sur les éléments à utiliser, sur le moment où
liquide. Vous vous demandez pourquoi elles se mélanger chaque tas, puis sur le lieu et le moment
portent bien quand les panais à côté manquent où répandre le mélange parvenu à maturité. L'Ange
de nourriture. : les carottes, grâce à leurs qualités du Paysage nous dit par exemple : Il serait bon de
particulières de carottes, peuvent transformer de retourner le reste de ce premier tas de compost,
l'énergie émise par des radiations auxquelles les pa- mais l'autre n'est pas encore tout à fait prêt pour
nais ne sont pas sensibles. ça — encore une semaine ou deux, puis commencez
à préparer les autres. Nous pouvons déceler grâce
Le sol de notre jardin était bien sûr l'objet à son degré de rayonnement que tel compost a
d'une grande attention. En transformant le sable en besoin d'attention — son éclat s'est terni. Les autres
terre, nous reconstituions le phénomène de création approchent du moment où il va falloir les retourner.
de notre planète, en assemblant les éléments néces-
saires à la vie. Le jour qui suivit mon premier Le fait de répandre du compost partout dans le
contact avec le déva des petits pois, je reçus un jardin apporta une plus grande unité à la zone t o u t
message disant que nous pouvions poser des ques- entière. C'est un processus qui relie, qui unit, com-
tions au sujet du sol à un certain être rayonnant me la circulation du sang dans le corps. Notre igno-
au-dessus de notre zone géographique, que les rance dans ces domaines est évidente pour n'impor-
magnétismes de cet ange et du sol autour de nous te quel jardinier, mais elle nous permit d'accepter
étaient liés et agissaient l'un sur l'autre. Faute d'un les conseils que nous recevions des dévas, d'en voir
nom plus adéquat, nous baptisâmes cet être l'Ange les heureux résultats, et de nous ouvrir ensuite à ce
du Paysage. Je reçus une première impression de lui qu'ils avaient d'autre à nous enseigner sur la vie.
les «mains» tendues, transmettant de l'énergie au
sol. Vous pouvez me voir jonglant avec les forces de Cependant, coopérer avec les êtres humains
vie que j'envoie dans le jardin sans jamais m'arrêter. était également nouveau pour les dévas, aussi ne
Nous travaillons avec ce que vous appelez des purent-ils pas toujours prévoir ce qui risquait
mantras, avec des mouvements, qui produisent un d'arriver dans le jardin. Lors de notre première
son et forment un modèle et nous travaillons ainsi saison, les fèves commencèrent par une floraison
jusqu'à obtention de la qualité voulue. Par ces abondante, mais les fleurs se mirent ensuite à
mouvements, j'introduis actuellement une qualité couler. Quand j'en demandai la raison au déva, j'eus
particulière d'énergie dans le jardin. Il y a beaucoup pour réponse : En vérité, nous nous sommes si
d'irrégularités dans la composition du sol, et en pleinement engagés dans notre coopération avec
ajoutant ces explosions d'énergie, nous les réduisons. vous, que nous n'avons pas prêté attention à la

76
qualité de la terre. L'impulsion donnée par votre égaux, mais avaient parfois imposé leur volonté,
participation nous a emmenés trop loin ! Aussi nous obligeant la nature à rentrer dans leurs desseins.
rétablissons l'équilibre de cette façon. Nous ne C'est pourquoi, bien que les dévas accueillaient
regrettons rien ; ça valait la peine d'essayer. Ils favorablement nos questions comme moyen de
étaient toujours prêts à de nouvelles expériences. Je compréhension et de coopération vraies, ils étaient
crois que quelques fois, ils agissaient ainsi pour nous bien plus intéressés par la manière dont un être
montrer les conséquences de certaines actions et humain — sourd, muet et aveugle à leurs mondes —
façons de jardiner. cherchait à les joindre pour les connaître et leur
parler.
Ne se sentant pas limités dans notre jardin, et
pouvant observer le pouvoir créateur des humains, Les directives que recevait Eileen ainsi que les
ils désiraient montrer ce qui pouvait être obtenu messages des dévas nous suggérèrent de faire croître
grâce à leur coopération. Notre travail avec le déva le plus grand nombre d'espèces possibles dans notre
du cresson en donna un magnifique exemple. Divers jardin. Ceci favorisait un meilleur équilibre du sol, et
manuels de jardinage se trouvaient en complet dés- concentrait les énergies de dévas plus nombreux. En
accord quant à la façon de cultiver le cresson. retour, les grands dévas irradiants étaient attirés et
D'après l'un il fallait le cultiver dans l'eau courante, pouvaient utiliser le jardin dans un certain but pour
l'autre disait que ce n'était pas la peine si on le met- la planète. Peter commandait des légumes et des
tait à l'ombre, et un troisième conseillait de le faire plantes que nous n'avions jamais vus ou dont nous
pousser au soleil. Ne, sachant que faire, Peter me de- n'avions jamais entendu parler, avant de les remar-
manda de contacter le déva, qui suggéra d'essayer quer dans les catalogues de graines. Ces plantes por-
une moitié à l'ombre et une autre au soleil. Ce f u t là taient des noms étranges tels que céleri-rave, salsifi
un conseil avisé car, arrosées tous les jours, les plan- et scorsonère, chou-rave et cardon, saponaire et
tes au soleil crurent rapidement, nous fournissant en cerfeuil. Les plantes que nous commandions nous
cresson t o u t l'été, puis montèrent à graine juste au parvenaient par le t r a i n , joliment empaquetées dans
moment où les plantes à l'ombre arrivaient à matu- de la mousse et de la cellophane, et nous les plantions
rité à la f i n de l'été et à l'automne. soigneusement dans notre jardin. Nous découvrîmes
ainsi que le cerfeuil était l'une des mauvaises herbes
Cela enchantait les dévas de voir Peter suivre la plus communes des talus de la région !
leurs suggestions. Tandis qu'au début de notre
contact, ils avaient paru assez lointains, notre
coopération amena une transformation, ils devinrent
amicaux et même désireux d'aider. Il paraît même
qu'ils faisaient pour ainsi dire la queue afin de
pouvoir expérimenter ce lien nouveau avec la vie
humaine ! Ils expliquèrent que les quelques contacts
établis par le passé avec les occidentaux avaient
rarement été heureux, sauf ceux établis avec des
jardiniers réellement amoureux des plantes. La
création de nouvelles formes de plantes avait égale-
ment amené des contacts, cependant les experts
horticoles responsables de ce genre d'innovations
n'avaient pas toujours travaillé avec les forces de la
nature en les considérant comme des partenaires

77
Le plus souvent les dévas s'exprimaient avec
exubérance et vitalité comme le déva de la courge :
Nous sommes ravis d'avoir autant de place et nous
aimerions pouvoir jeter tout de suite sur vos genoux
de grosses et lourdes courges I Mais si nous le
faisions, nous n'utiliserions pas les énergies disponi-
bles qui nous sont fournies chaque Jour pour la
croissance des plantes, avec la participation de la
nature et de l'homme. Le phénomène de la croissan-
ce est en lui-même une bénédiction. Il s'agit de
créer, ce n'est pas toujours facile, mais tout existe
dans ce but et pour le bien de chacun. Nous sommes
heureux d'y participer, de croître pour vous. Lors-
que nous prîmes la décision de faire pousser des pis-
Tandis que Peter introduisait dans le jardin une senlits comme légumes, le déva répondit : Je suis
plante après l'autre, je souhaitais la bienvenue au très flatté d'entrer dans le jardin par la grande por-
dévas correspondant. Je découvris que chacun avait te ! Lorsque nous sommes appelés par et non contre
une sensation et une qualité uniques. Le déva du le désir de l'homme, cela change certes nos relations
radis, toujours particulièrement actif dans le jardin car avec son aide la lutte est moins dure et la plante
de F i n d h o r n , répondit à mon accueil : Nous revoi- peut s'étendre et faire de son mieux. Laissez-nous
là à l'assaut, ravis de nous épanouir. Il vous sem- vous montrer ce que nous pouvons faire grâce à
ble que nous avons grande hâte. Nos énergies don- cette coopération. Quoiqu'il en soit, nous espérons
nent l'impression que nous sommes d'ardents cas- vous donner des surprises. Coopérer en effet f i t
tors. Nous le sommes, mais nous y mettons notre une grande différence, car les pissenlits que nous
cœur aussi ! Le déva de l'angélique l u i , f u t plus accueillîmes atteignirent d'assez belles dimensions.
hésitant : Nous arrivons sans bruit, concentrés sur
notre petit monde. Nous demander de parler est Il me faut toujours connaître quelque chose
pour le moins inhabituel, mais vous percevez notre d'une nouvelle plante pour être capable d'en contac-
influence et nous espérons que la qualité de votre ter le déva. Souvent je m'informais des qualités
attention à notre égard en sera grandement forti- d'une plante en lisant, ou bien il m'arrivait d'en
fiée. Ainsi s'accomplit notre mission sur cette terre. goûter un morceau. Ce n'était pas toujours une
rencontre agréable ! Choisissant un petit morceau de
feuille d'absinthe, je fus presque étourdie par la
force de son goût, et je n'en recommande pas
l'expérience ! Le déva répondit : Vous êtes étonnés
qu'un si petit morceau de feuille puisse être aussi
fort. C'est dans notre nature d'être puissantes — une
petite racine peut faire craquer des rochers. On peut
utiliser la puissance dans de nombreux buts. Vous
aussi les humains avez de la puissance. Et pourtant
beaucoup de gens reculent devant ce mot parce
qu'il peut utilisé à des fins mauvaises. On dit que
le pouvoir corrompt. Notre perspective est totale-
ment différente. Nous pensons que c'est le plus

78
nous respecter et nous aimer comme faisant partie
de la vie divine, avant que nous puissions vous con-
fier davantage de secrets sur nous. Les plantes ne
sont pas là seulement pour l'utilisation de l'homme,
mais quand vous saurez que le but véritable de l'être
humain est de glorifier Dieu et de se réjouir éter-
nellement en lui, alors chacune à notre façon, nous
pourrons participer à cette glorification et à cette
réjouissance dans votre conscience.

Nous apprîmes que chaque herbe manifestait


une qualité, un rayonnement particulier. Quand
nous les mangeons, cette qualité est rehaussée en
nous. Aussi plus l'éventail des herbes que nous
mangeons est grand, plus elles nous apportent
d'aide. Peu à peu, nous devînmes familiers de toutes
celles qui poussaient dans notre jardin, le plus
souvent en les assortissant de différentes manières
dans les salades quotidiennes.

beau cadeau de Dieu parce que, avec la puissance,nous


pouvons faire plus pour Dieu avec que sans. C'est
notre joie que d'affiner ce pouvoir par le service. En introduisant des fleurs dans le jardin, je
Parce que les dévas des simples concentrent toutes découvris que le moment de la floraison était plus
leurs énergies à exprimer une seule essence parti- propice au contact avec chaque déva, car c'est alors
culière, les parfums de ces plantes sont très dis- que son essence se manifeste de la façon la plus
tincts. éclatante. Je ressentais une intimité naturelle avec
certaines fleurs. Le déva du Mesenbryanthème en
Je découvris que les dévas des simples surtout particulier me semblait aussi proche qu'un frère.
étaient sensibles au contact des êtres humains. Les pétales de cette fleur s'ouvrent seulement au
Des plantes comme nous, les herbes, sont associées
depuis longtemps avec les hommes, et sont ainsi
prêtes à jouer un rôle important dans la coopéra-
tion entre nos deux mondes. Nous faisons partie
de la conscience humaine. Vous avez beaucoup
découvert à notre sujet, nous pouvons pénétrer en
dansant dans votre champ de conscience. Mais sou-
venez-vous, il s'agit d'un contact nouveau sur un
plan nouveau, différent de celui où l'on compile de
longues listes de mots dans des dictionnaires sur nos
propriétés. Je ne veux pas dire que nous ne vous
donnerons pas des informations sur notre utilisa-
tion, mais le contact se fait lorsque vous vous
élevez à un niveau de joie et de pureté. Vous devez
79
soleil, et peut-être en est-ce là la raison, j'ai moi Un mois plus tard, quand notre jardin prit de
aussi un grand amour pour le soleil. Quant aux au- l'extension, l'Ange du Paysage dit que les yeux du
tres, si j'avais une difficulté à ressentir une de leurs nouveau déva s'étaient ouverts et que la tête bou-
propriétés particulières, il m'arrivait de cueillir une geait. Cependant il ne serait pas entièrement formé
fleur et de la garder dans ma chambre le temps de tant qu'un cycle complet de croissance des plantes
faire sa connaissance. Faire des efforts pour obtenir - un an - ne serait pas bouclé ; sinon il ne pourrait
le contact ne servait qu'à créer un obstacle. Ce qui pas incorporer toutes les énergies nécessaires au
vous viendra, le sera comme porté par les ailes du jardin.
chant, avec aisance, me dirent les dévas.
Quand e n f i n , il f u t entièrement f o r m é , l'Ange
Au printemps de notre seconde année à Find- de Findhorn se présenta à nous : Je prends place par-
horn, l'Ange du Paysage nous dit que notre jardin mi mes frères, grand et indivisible en essence. Im-
devenait plus uni et plus complet, et qu'au f u r et à mensément vigoureux et plein de vitalité, j'ai une
mesure de cette transformation, un être angélique mission qui touche aux quatre coins de la terre et
prenait forme, sorte d'ange gardien de notre lieu. Je au-delà. Nous nous réjouissons dans ces royaumes
crois que n'importe quel groupe, que ce soit une qu'avec l'aide de vous tous soit né et se soit épa-
ferme ou une communauté, un couple ou une na- noui un être comme moi, prototype d'une activité
t i o n , possède une présence irradiante, qui d'une ma- en commun. J'ai été conçu près de la divinité, et
nière ou d'une autre incorpore les différents niveaux me suis nourri des deux mondes, celui des dévas
d'énergie utilisés à l'intérieur de ce groupe. L'ange et celui des hommes. N'ayez pas de moi un con-
de Findhorn est un être complexe, «né» de nos pen- cept clair, et ne m'imposez pas de limites.
.sées et de nos aspirations, des radiations du sol et Maintenant je quitte votre champ, de conscience.
des meilleures énergies, émanants non seulement
des hommes travaillant cette terre, mais aussi de
tous les animaux et plantes qui se trouvent là.

L'Ange du Paysage nous décrivait chaque phase


de son développement : L'être qui se forme ici est
un nouveau type de déva. Cela devient de plus en
plus clair. Il prend vie à partir de vous tous dans une
union avec l'humanité jusqu'alors inconnue. Vous
êtes en un sens une partie de son corps. Il jouera le
rôle d'un pont entre vous et d'autres êtres de mon
royaume et vous aidera dans votre travail.
Pour le moment, il est encore flou. Bien qu'il
puisse vous sembler long à se développer, sa crois-
sance est extrêmement rapide comparée à celle des
autres. Vous ne pouvez pas déjà ressentir cette
nouvelle créature ; pas plus que nous, mais nous
devinons son développement. Ses yeux sont encore
fermés, pour ainsi dire, ses mains, au repos, ne sont
pas encore bien définies. Sa taille est très grande. Le
fait de lui envoyer une chaleur déterminée hâtera le
processus de création et lui apportera vie plus vite.

81
mais je suis en vous, et vous êtes en moi, différents
et pourtant un. Je suis l'esprit d'un lieu, et pourtant
combien plus. Vous êtes des êtres humains limités,
mais vous êtes aussi des dieux en devenir. Nous som-
mes un, parce que nous avons tous reçu la vie.

Notre coopération avec la nature influençait


notre monde humain, mais également les royaumes
déviques qui se transformaient grâce à elle. Les
dévas vivent dans le monde de l'Un, accomplissant la
volonté divine sans hésitation. Parce qu'ils acceptent
sans restriction la puissance de Dieu, ils sont, dans
un certain sens, plus puissants que l'homme. En re-
vanche, l'homme, vivant dans le monde des contrai-
res, a la liberté de choix et ainsi le pouvoir de créer.
Pourtant nous évoluons les uns vers les autres, les
dévas en comprenant comment la séparation peut
rehausser la conscience et l'appréciation, et les hu-
mains en étant à nouveau de plus en plus cons-
cients de l'unité de toute vie.

Les dévas exprimèrent ainsi le nouvel état de


conscience suscité dans leurs royaumes par notre
contact : Nous vous avons dit que nous sommes un
par essence, que nous fusionnons les uns avec
les autres n'importe quand. Tandis que cette parti-
cularité n'a pas bougé, s'y est ajoutée une capacité
de regarder l'autre, si l'on peut dire. Cela crée un
échange plus grand, car il est facile d'être un si l'on
n'est pas séparé ! Maintenant nos louanges peuvent
résonner plus haut et plus profond, notre émerveil-
lement peut s'élever, à l'occasion de cette plus gran-
de prise de conscience des forces de la vie. Pour nous,
êtres humains, c'est en reconnaissant notre unité
avec tous les aspects de la vie que nous développons
une plus grande conscience. Vous nous considérez
comme des êtres de lumière et de joie, ce que nous
sommes, mais vous considérez rarement les humains
comme des êtres de lumière, ce que vous êtes. Com-
me vous embrassez de votre esprit tous les mondes,
y compris le nôtre, lorsque vous laissez tomber vos
fardeaux et devenez une créature de lumière, vous
êtes un avec nous.

82
L'effet principal du monde dévique sur moi f u t En m'harmonisant avec les dévas, je partage
la nécessité de m'élever intérieurement à un état su- leurs qualités. C'est comme s'ils frappaient un
périeur afin de les contacter. Si je suis déprimée, diapason qui éveille une réponse en moi — leur joie
en colère, irritée ou prise dans un état émotionnel et la mienne se confondent, et je me découvre un
négatif, je ne peux pas entrer dans l'atmosphère lé- être de joie. Ainsi, chacun de mes contacts avec les
gère et joyeuse de leurs royaumes. Vous ne pouvez dévas devient un prolongement de mon état d'esprit
pas apporter des fardeaux dans notre monde, vous le plus élevé.
ne pouvez venir à nous que si vous êtes libre et lé-
gère, semblable à un enfant. Si vous le voulez, vous J'ai surtout parlé des dévas en tant qu'esprits de
pouvez vivre tous les jours dans la même attitude la nature. Mais ils symbolisent aussi des qualités de
que nous vous connaissons Vous savez que vous de- l'esprit humain, telles que la persévérance, la tolé-
vez déposer vos fardeaux pour entrer en contact avec rance, et le courage. Un moyen remarquable pour
nous. Pourquoi ne pas le faire tout le temps ? Cela nous d'aider les humains est de maintenir une qua-
semble étrange d'en rester à vos vieux modes de lité dans une perfection et une pureté absolues, de
pensée, quand vous pouvez choisir d'être libre à tous sorte que vous puissiez vous en saturer et en empor-
moments. Vous aimez l'ambiance de notre vie ; ter l'essence au cours des tribulations de la vie. Le
pourquoi ne pas vivre ainsi plus souvent ? contact avec les dévas a toujours été l'une des aspi-

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rations les plus élevées de l'homme, ses moments Pour entrer en contact avec le monde des dévas,
d'inspiration et d'adoration, d'émerveillement et un échange de mots ou de pensées n'est pas néces-
d'enchantement. Ce que m'ont dit les dévas, des sa- saire. T o u t comme chacun répond à une personne
ges l'ont exprimé de nombreuses manières à travers ou à une chose selon un mode d'expression particu-
les âges. Cette sagesse est l'esprit en nous qui nous lier, peut-être selon l'humeur du moment, il y a
appelle à travers toutes les manifestations de la vie, infiniment de façons de communiquer avec les
qu'elles soient en nous ou hors de nous, dans le dévas. Chaque fois que nous sommes dans un état de
chant d'un ange ou la voix babillarde d'un ruisseau. joie, d'amour, de légèreté, de liberté, nous sommes
Les dévas ont leur vie propre, mais ils f o n t aussi avec les dévas. Lorsque nous sommes transportés
partie de nous. En fait, t o u t est intérieur pour une hors de notre vieux moi en observant la beauté
conscience suffisamment développée. Comment d'une fleur ou d'un coucher de soleil, ou la forme
l'unité peut-elle exister, si vous cherchez à l'attein- surprenante d'un coquillage, nous faisons l'expé-
dre à l'extérieur de vous ? Si Dieu - qui est tout — rience du monde dévique. Prendre conscience de la
est à l'intérieur, pouvez-vous nous exclure ? Soyez beauté vous met en harmonie avec n'importe quel
raisonnables. Au fur et à mesure que s'agrandit no- aspect de l'univers, m'ont-ils dit. Mon goût pronon-
tre conscience, nous ne pouvons que rencontrer les cé pour l'extérieur, le contact du soleil, du vent et de
dévas, car être en contact avec eux et avec notre moi la pluie me mettait en rapport avec les royaumes
profond est fondamentalement la même chose. déviques. Mais c'est seulement lorsque j'exprimais
consciemment à l'intérieur de moi le désir de
Nous avons tous fait l'expérience des dévas rencontrer ces êtres, que je prenais conscience de
d'une façon ou d'une autre. Ils disent en fait que leur existence.
n'importe quel contact avec le monde des plantes
Les reconnaître est vraiment très important ;
nous met en rapport avec eux. Quand j'entrai en
cela produisit sur le jardin un effet des plus remar-
contact pour la première fois avec le déva de la
quables. Les dévas nous dirent : Des forces travail-
rhubarbe, il me dit : Nous nous sommes déjà ren-
lent jusque dans le sol à travers nous ; que vous en
contrés. Chaque fois que quelqu'un porte de l'atten-
soyez conscients leur donne une vigueur supplémen-
tion ou un sentiment à une plante, un peu de cette
taire. Tout appartient au seul et même univers, mais
personne se mélange à nous et l'unité du monde s'en
en vivant pour soi, chaque chose ou chaque vie se
trouve renforcée. C'est pourquoi vous, les humains,
coupe du grand champ d'énergie unique et foison-
êtes tous profondément reliés à nous, mais tant que
nant. Si chacun s'ouvre au tout, alors les courants
vous ne prenez pas conscience de ces liens, ils sont
circulent sans obstacle. Rendez-vous compte com-
comme inexistants et demeurent non-développés.
bien nous reconnaître, vous et nous, donne de
Les plantes contribuent à la nourriture de l'homme,
la force parce qu'alors les énergies circulent natu-
et se donnent de cette façon. Cela aussi crée des
rellement.
liens, tout à fait tangibles. Bien qu'appartenant au
passé, ces liens peuvent faire partie du présent si on Les dévas insistèrent sur le fait que certains
se les remémore. Voilà une très bonne utilisation de égards que nous avions jusqu'alors trouvés inappro-
la mémoire, se souvenir de l'unité de la vie. 11 est priés au jardin étaient excellents. Ils nous informè-
important d'apprécier ce que nous mangeons et d'y rent que nos attitudes, nos pensées et nos senti-
prendre plaisir pour bien affermir ces liens. Notre ments produisaient un effet sur les plantes. Le fait
essence pénètre dans votre être bien plus facilement de le savoir eut un effet sur nous aussi, puisqu'il
si vous appréciez notre saveur d i t la sarriette. De nous fallut apprendre à faire attention à la façon
cette façon, vous êtes ouverts à notre influence et la dont nous ressentions, dont nous parlions et à ce
laissez se répandre en vous. que nous faisions dans le jardin. Si nous n'étions pas

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dans un bon état d'esprit, il valait mieux aller ail- les taupes vinrent-elles dans notre jardin, creusant
leurs. Nous commençâmes à comprendre la justesse dans notre patio et ailleurs, laissant les racines des
de ce que nous disaient les dévas : Chaque créature, pauvres plantes à l'air, les rendant incapables de se
humaine ou autre, réagit à son environnement tout procurer de l'eau et la nourriture. Peter vint me t r o u -
en agissant sur lui (souvent sans s'en rendre compte) ver et me dit : «Les taupes — faites quelque chose
car tout est lié. à leur sujet.» Ne sachant t r o p que faire, je décidai
d'essayer d'entrer en contact avec elles intérieure-
Leur but étant d'accroître la vie, les dévas ne ment.
pouvaient pas nous dire comment détruire les
insectes qui mangeaient nos plantes. Ils dirent En me concentrant sur l'essence de ce qu'est
cependant qu'en visualisant des plantes vigoureuses une taupe, je reçus l'image d'un grand Roi Taupe
et saines nous pouvions ajouter à leur puissance de p l u t ô t effrayant assis dans une grotte souterraine,
vie et de cette façon les aider à résister aux attaques. une couronne sur la tête. Je commençai d'une
Le pouvoir d'une telle pensée me f u t clairement manière mal assurée : « V o i l à , nous avons un jardin,
révélé une année où les buissons de groseilliers et vous les taupes vous le mettez sens dessus des-
furent envahis par des chenilles. Laissés à eux- sous. Ne pouvez-vous pas y remédier ? » Je lui
mêmes, les insectes auraient complètement dépouil- présentai seulement la situation avec honnêteté,
lé toutes les jeunes feuilles. Aussi je pris sur moi de suggérant leur départ pour un coin de terre voisin
participer en détachant un à un les petits insectes de non cultivé. Je ne pouvais rien faire de plus. Je lui
chaque arbuste. Ce ne f u t pas facile étant donné ma donnai ma parole que je ne lui ferais aucun mal ni
secrète horreur des chenilles. Jamais auparavant je à aucune des taupes. Il émit seulement une sorte de
n'en avais même touchées de ma vie. Je m'armai dé grognement, prononça un « H m m m m » , et je restai
courage et passai des heures à récolter les chenilles incertaine du résultat de ma démarche. Mais pen-
dans un bocal, pour les déposer ensuite en haut du dant plusieurs semaines, il n'y eut plus trace de
tas de compost où les oiseaux les mangeraient. Je ne taupes dans le jardin. Chaque fois qu'elles réappa-
connaissais pas de meilleure solution. raissaient, je répétais ma requête au Roi Taupe. A la
f i n de cette saison-là, elles eurent toutes quitté le
Un jour au milieu de ce travail, je m'aperçus que jardin et ne revinrent pas.
j'étais tellement absorbée par les chenilles que
j'avais complètement oublié les groseilliers. Pendant Quoiqu'il en soit, quelques années plus tard,
le reste de cette tournée, je me fis un devoir d'irra- lorsque Findhorn reçut la zone de terre voisine, elles
dier les arbustes de pensées d'amour et de santé. La étaient toutes là, à l'endroit où nous leur avions
fois suivante, je remarquai que les groseilliers qui demandé d'aller. Je ne travaillais plus au jardin, mais
avaient reçu de l'amour avaient en fait beaucoup je racontai mon expérience au groupe des jardiniers.
moins de chenilles que ceux auxquels je n'avais pas Ensemble, utilisant la même technique, ils entrèrent
particulièrement prêté attention. Ce f u t une illu- en contact avec les taupes et reçurent une réponse
mination. encore plus rapidement que moi — et le jardin de-
Pendant notre première année à Findhorn, une meura exempt de taupes. Ceci me montra que t o u t
expérience plus importante et plus difficile me le monde peut se servir de cette harmonisation inté-
permit de tester ma foi en la puissance de la pensée. rieure dans tous les aspects de la vie pour travailler
Grâce à t o u t le compost que nous répandions dans en union avec la nature, plutôt que d'en venir
le jardin, nous commencions à avoir de très beaux à des solutions destructives.
vers de terre, exactement comme les aiment les tau-
pes. Alentours, il y avait du sable et du gravier, aussi Malgré des années de relation avec le jardin, je

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ne devins jamais ce que j'appellerais un vrai jardi- l'équilibre menacé de notre planète. Nous savons
nier. C'est pourquoi je ne peux pas donner des que si l'humanité pouvait atteindre intérieurement
réponses de jardinier à des soucis de jardinier ; je nos royaumes, la vie sur Terre serait tout à fait
peux seulement donner la réponse des dévas. Espé- autre. Dispensateurs d'énergie, ils offrent leur ai-
rons qu'avec l'expansion de notre conscience, les de pour rendre notre univers aussi léger et joyeux
points de vue se rejoindront. que le leur. Mais comme ils nous l'ont dit et redit,
nous avons notre rôle à jouer, en utilisant le pou-
Dans le jardin de F i n d h o r n , nous avons pu voir voir de notre libre-arbitre pour diriger l'énergie de
le résultat de la coopération entre les hommes et les manière créatrice, à la fois en nous et dans le mon-
dévas, chaque univers y contribuant par une énergie de autour de nous. Chacun de nous peut en toute
vitale et unique. Mais les implications d'une telle conscience choisir de fonctionner au-delà de ses li-
coopération vont bien plus loin que la seule création mites habituelles, et utiliser l'énergie dont il dispose
de merveilleux jardins. A une réponse où il appa- pour un but plus vaste. Et nous pouvons trouver
raît que des solutions matérielles aux crises écolo- joie et satisfaction en prenant de plus en plus cons-
cience que la contribution de chacun a son impor-
giques ne suffisent pas, peut-être les dévas nous
tance, si petite soit-elle.
offrent-ils une alternative valable pour sauver

Lorsque vous êtes près d'une plante et dans son


aura, comme sous un arbre par exemple, vous ab-
sorbez ses vibrations. Lorsque vous mangez une par-
tie de la plante, vous absorbez ses vibrations dans un
autre plan de votre être. Ces deux approches sont
ut aussi importantes. Voilà encore une raison
pour passer du temps au jardin.
La clef de ce changement réside dans la recon- l'enseignement essentiel des dévas, guidant chacun
naissance de l'unité de toute vie, ce que les dévas vers son centre intérieur, vers la divinité intérieure,
nous rappelaient continuellement. Lorsque vous d'où nous rayonnons en harmonie avec toute vie.
venez à nous, nous ne vous gardons pas pour nous,
si l'on peut dire, mais nous vous dirigeons en esprit Si nous pouvons de la sorte changer notre
vers l'Un dont nous sommes toujours conscients, et regard sur la vie, nos actions sur notre environnement
qui est notre vie et la lumière du monde. C'est là ne seront plus les mêmes. L'homme change brutale-
ment la face de la Terre selon son bon plaisir, sans
penser un seul instant qu'il s'en prend à la vie de
Dieu sous des formes variées. Il croit seulement
manipuler de la matière. Mais s'il pensait à tout en
termes de lumière, brillante de substance divine, il
ne transformerait pas si négligemment la terre.
Quand nous commençons à reconnaître Dieu dans
chacun des aspects du monde autour de nous, cette
partie du monde est libérée jusqu'à ce que fina-
lement toute la planète le soit.

Nous, les humains, possédons de suprêmes


talents. Nous pouvons embrasser l'ensemble de la vie
sur notre planète, et notre destin est de le faire.
Nous commençons à être de plus en plus ce que
nous sommes vraiment, ce que sont les dévas. Nous
vous avons souvent exprimé notre grande joie lorsque
vous vous tournez vers nos royaumes, et nous nous
sommes rassemblés pour vous, accompagnés de
notre puissance, engageant beaucoup de nous-mêmes
dans le jardin. Nous avons déversé notre énergie sur
vous tous, stimulant des qualités que vous possédez
déjà, propres au monde angélique : notre joie
débordante, notre légèreté, notre vitalité, notre
liberté, notre souplesse. Nous pouvons continuer
indéfiniment, car il n'y a pas de fin aux dons de
Dieu pour sa création. En tout nous sommes un,
sans séparations. Étendons cette unité à tous les
niveaux et accomplissons cela ici et maintenant.
LES MESSAGES. Chaque plante exhale une quali- humains connaissent la plupart d'entre elles grâce
té particulière. Cependant les messages ne nous ont aux techniques traditionnelles de jardinage. C'est un
pas été communiqués par des plantes données mais échange conscient qu'ils doivent maintenant appren-
plutôt par l'intelligence et l'esprit — le déva — dre. Ils désiraient de plus que nous trouvions par
adombrant chaque variété de plante. Les dévas nous-mêmes ce dont nous étions capables. Toute
eux-mêmes sont au-delà de la forme, mais ils sont la connaissance est en chacun de vous, disaient-ils
néanmoins responsables de la perfection des for- et ils nous guidaient en ce sens.
mes que nous observons dans le règne végétal, de
la merveilleuse précision de chaque graine, feuille L'un des effets les plus importants de mon
ou fleur. Ils accomplissent leur travail dans l'allé- contact avec les dévas f u t l'élargissement de notre
gresse, en grands serviteurs de la vie. vision. Si nous considérons toute chose comme
vivante, intelligente et faisant partie du grand T o u t ,
Je contacte les dévas en pénétrant l'essence notre propre vie en est abondamment enrichie.
d'une plante et en m'harmonisant avec elle. La Découvrir que nous baignons dans un océan de vie
communication ne se fait pas directement en mots avec lequel nous pouvons entrer en communication
mais sous forme de pensées inspirées que je traduis fait naître la coopération entre l'homme et la
en mots selon mon propre état de conscience. Si nature.
je recevais le même message aujourd'hui, je ne
l'exprimerais sans doute pas de la même façon, car La clef, pour contacter les royaumes déviques,
mon stade de conscience et de compréhension s'est nous est donnée lorsque nous cherchons en nous-
approfondi depuis, ce qui est naturel. mêmes et lorsque nous sommes vrais ; en prenant
progressivement conscience de cela, nous décou-
Parce que chaque jardin est unique, les dévas vrons que les dévas f o n t partie intégrante de nous-
ne nous donnèrent pas de règles d'action : Les mêmes.

89
SUR
LA
COMMUNICATION
Le déva de l'Amarante Queue de
Renard.
24 octobre 1968

Vous traduisez ce que je vous tran-


mets selon votre propre niveau
de compréhension. Ainsi se déve-
loppe toute conscience, telle une
plante s'élançant vers un support,
le trouvant et le saisissant, se dé-
veloppant et s'élançant à nou-
veau. Quelqu'un d'autre exprime-
rait peut-être les mêmes idées
très différemment. Chacun est
libre de comprendre selon ses
moyens propres.

Le Déva de la Clématite.
6 juin 1970

La partie de la création qui vous


met en contact avec notre royau-
me importe peu, qu'il s'agisse d'une
fleur dans toute sa beauté comme Vous ne pouvez pas comparti- Les Dévas.
je le suis actuellement, vous atti- menter la vie. Tout participe du 1er mai 1972
rant par un rideau de couleurs divin. Quand vous venez à l'un de Harmonisez-vous avec la nature
douces et parfumées, qu'il s'agis- nous qui sommes les artisans de la jusqu'au moment où vous ressen-
se d'une petite feuille de trèfle, manifestation, vous vous rappro- tez le flot d'amour. C'est là votre
d'une bouffée de vent, d'une gout- chez automatiquement de Dieu et flèche pour atteindre le monde dé-
te de pluie, ou du soleil lui-même. de l'unité de la vie. Il est peut- vique. Peu importe s'il y a ou non
Tout révèle le souffle de Dieu. être plus facile de saisir Dieu à un message, c'est votre attitude
L'air que vous respirez n'est-il travers la beauté sans défaut d'une intérieure qui compte. C'est tou-
pas de qualité divine, n'est-il fleur parce que vous les humains jours à votre attitude intérieure
pas votre force de vie ? Toute la séparez le bien du mal, mais lors- que répond le monde de la nature,
création y prend part et y contri- que vous creusez au cœur de à ce que vous êtes plutôt qu'à ce
bue. toute chose, vous y trouvez Dieu. que vous dites ou faites.

90
Vous appartenez au monde de l'action où
nous ne sommes pas physiquement incarnés et là vous
L'Ange du Paysage.
avez des possibilités et des privilèges sur nous.
27 avril 1967
Vous êtes notre prolongement extérieur tandis que
nous sommes votre prolongement intérieur.
Votre amour pour notre royau-
Laissez grandir en vous la conscience de l'unité.
me nous unit aux humains. Vo-
yez-vous, nous n'avons pas d'égo
individuel ; lorsque vous aimez
un hêtre, par exemple, vous ai-
mez en réalité tous les hêtres,
vous entrez en contact avec l'en-
semble de l'espèce. Bien que ce
soit un spécimen particulier qui tre aide, mais notre contact peut Le Déva de la Poire.
éveille cet amour en vous, il est aussi vous ramener vers le monde 13 mars 1965
incapable de prendre votre consi- extérieur et celui-ci vers le mon-
Je suis pour vous un être d'une
dération pour lui-même et ainsi de intérieur jusqu'à ce que tout
grande beauté parce que c'est
vous vous reliez automatiquement soit Un.
avec ma réalité que vous entrez
à l'esprit de cette espèce. Si
en contact : avec un être divin, li-
le royaume des humains pouvait
bre et heureux d'exprimer la per-
développer cette qualité, ce serait
fection de sa vie. Pourtant je me
la fin de la guerre, de la compéti-
manifeste au moyen de cet arbre
tion et des conflits.
filiforme qui pousse dans le jar-
din. Vous savez qu'à l'époque de
la floraison la beauté intérieure
Les Dévas.
transparaît plus facilement et que
22 juin 1971
la forme de mon fruit est unique,
mais n'oubliez pas que cet arbre
Les Dévas. L'amour est une réalité tangible
n'est qu'une expression limitée de
22 mai 1964 semblable à un pont que chacun
ce que je suis.
peut traverser. La sentimentalité
Élevez-vous jusqu'à nous et res- n'est pas de l'amour et n'existe
Approchez-vous et ne faites plus
sentez la force captivante des pas chez nous Lorsque nous al-
qu'un avec cet arbre. Glissez-
vibrations de la vie telles que lons vers vous, nous le faisons
vous dans son tronc et ses bran-
nous les connaissons. Ce sont ces par l'énergie ; vous pouvez faire
ches et unissez-vous à lui de la
vibrations que nous déversons sur de même. Bien que vous ne puis-
même manière que l'esprit de
les plantes et que les plantes vous siez pas la voir, l'entendre, la tou-
l'arbre à sa forme. Ressentez com-
apportent. Concentrez-vous en cher, la sentir ou la goûter, notre
bien l'esprit aime l'arbre, est l'ar-
paix, étirez votre être jusqu'à ces énergie est fantastique. Ici et
bre. Nous sommes Un.
fréquences vibratoires qui sont les maintenant nous offrons notre
nôtres, harmonisez-vous avec elles force d'amour, tout un uni- Vous voilà en parfaite commu-
et vous serez de plus en plus sen- vers dynamique prêt pour établir nion avec nous. Continuez de nous
sibles à la présence de ces vibra- une relation d'intelligence avec rejoindre ainsi, cherchons à attein-
tions dans les plantes. Il vous est cette partie de l'humanité qui ac- dre une plus grande unité, et, nous
facile de percevoir de l'intérieur ceptera d'utiliser toutes les éner- en sommes persuadés, le Ciel des-
l'essence de ces plantes avec no- gies divines au service du Tout. cendra sur la Terre.
LES JARDINIERS o u m ë m e l e u r r e t i r e n t de l'énergie
L'Ange du Paysage.
30 juillet 1964
L'Ange du Paysage.
17 octobre 1969 L'eau de pluie, par un processus
Vos vibrations et celles des plan- naturel, traverse de nombreuses
Nous apprécions votre amour pour
tes se mêlent plus que vous ne radiations, aussi est-elle bien meil-
le jardin et tout ce qui le compo-
l'imaginez : les esprits de la natu- leure que l'eau d'arrosage. Mais si
se, les soins et l'attention que vous
re, s'ils fuient les hommes, ne
lui portez. Mais il nous importe l'homme estime nécessaire d'arro-
peuvent éviter de ressentir leurs
bien plus que vous le perceviez ser, il lui est possible d'émettre
vibrations, car l'absence chez eux
comme faisant partie d'un vaste des vibrations qui sont aussi utiles
des diverses enveloppes propres
ensemble. Cultiver des plantes à la plante que celles de la pluie.
aux humains les rend vulnérables.
pour leur beauté, leur apparence Quand l'action de l'homme prend
ou leur utilité ne suffit pas. Fai- place dans un ensemble vivant, il
L'Ange du Paysage.
tes-le aussi parce que chacune est devient lui-même cet ensemble,
20 juin 1963
une expression du Tout. et agit à de nombreux niveaux de
Vous aussi, vous faites partie du Nous percevons la vie en termes
vibrations. Les plantes apprécient
Tout — vous êtes une partie de d'énergie, tandis que vous n'en
l'eau surtout lorsqu'elle s'accom-
cette motte de terre, de cette fleur saisissez que la forme extérieure
pagne d'amour.
minuscule, du soleil ou de la pluie, et n'en percevez pas le processus
de la lumière, d'un regard, de la continuel. Essayez de penser
chaleur d'un sourire ; vous faites comme nous, cela facilitera les Le Déva de l'Épinard.
partie de nos troupes angéliques, choses — vous serez plus proches 16 juin 1963
— nous qui adombrons et donnons de la réalité et vous nous com-
vie à la planète, et prenons soin prendrez mieux. Plus vos pensées créent l'or-
de vous tous, — alors même que Ces énergies sont aussi comple- dre et l'unité, plus elles s'alignent
vous l'ignorez. xes que la forme extérieure, elles avec le Tout, et plus le jardin
ont une forme, une couleur, une reflétera cet ordre et cette harmo-
texture... mais, leur substance est nie ; les énergies contraires dis-
L'Ange du Paysage. plus subtile et d'une grande paraîtront alors d'elles-mêmes. Les
31 mai 1963 richesse. Songez, en regardant une plantes manifesteront la perfec-
Les forces de la nature utilisent plante, que ce que vous voyez a tion de leurs formes, si au préala-
les qualités propres d'un jardi- un complément invisible vibrant ble vous les avez visualisées ainsi,
nier dans la croissance des plantes. au rythme de la vie, et qu'il y a avec confiance.
Par exemple, les vibrations de Pe- peut-être plus encore. Lorsque, Lorsqu'elles existent, vos pensées
ter, qui sont énergiques et bien ca- vous familiarisant avec cette idée, créatives, protégeant et nourris-
nalisées, sont très utiles. Chaque vous visualiserez le rayonnement sant chaque plante, rendent notre
jardinier participe de cette façon et le mouvement des plantes, vous travail très efficace. C'est votre
à la qualité de son jardin, mais leur apporterez vous-même de jardin, vous en êtes les créateurs,
bien plus encore celui qui a aligné l'énergie. Ainsi par la pensée, vous nous y participons seulement
ses énergies sur celles du Grand augmenterez leur vitalité, tout en selon les besoins de chaque plan-
Pourvoyeur. puisant à la Source de toute vie, te ou graine. Le résultat de l'en-
Certaines personnes stimulent la créant une surabondance de puis- semble dépend de la force inté-
croissance des plantes, d'autres sance et de vie. C'est là notre rieure que vous avez déployée
ont sur elles un effet déprimant, commun désir. dans le jardin.
92
L'Ange du Paysage. avons toujours pris part à la vie

LA 28 juillet 1964 sur la terre et aux tentatives hu-


maines, ce dont les hommes ont

COOPÉRATION La
din
fantastique croissance
vous manifeste clairement ce
du jar- été généralement
jourd'hui leur
ignorants.
conscience
Au-
s'ouvre
Les Dévas.
que peut donner notre pouvoir à plus de vérité, et cela nous ré-
26 janvier 1969
commun lorsqu'il est reconnu. jouit bien sûr.
Si la coopération de l'humanité Vous nous avez contactés et re-
avec le monde dévique se déve- connus, nous les dévas ; vous nous
loppe, vous comprendrez mieux avez en quelque sorte donné des
notre rôle. Les créatures de Dieu «pieds et des mains», que nous Le Déva de la Laitue.
ont avantage à approfondir leurs n'aurions pas eus autrement. Nos 25 j u i n 1963
relations réciproques afin de fa- forces autant que les vôtres res-
voriser l'unité et la paix. tent latentes tant que vous ne les Il y a bien des façons de coopé-
avez pas reconnues et invoquées. rer. Par exemple, nous pouvons
contrôler la force vitale de cha-
que plante, l'accélérer ou la
L'Ange du Paysage.
ralentir. Nous n'avons pas seule-
12 juillet 1963 ment pour tâche de déclencher
L'Ange du Paysage. la force de la vie, à la façon d'un
31 octobre 1969 réveil qu'on remonte, laissant les
Je prends soin de tous ces lieux plantes achever leur course du
où les jardiniers ont un grand Nous répondons à tout appel issu mieux qu'elles peuvent; nous
amour de leur jardin et où se d'un aspect de la vie quel qu'il les suivons au contraire pas à
retrouvent des «gardiens» venus soit. Mais l'initiative doit venir pas. Nous avons reçu certains
des royaumes déviques. Mais tant de vous. Nous ne nous impo- pouvoirs, et nous les exerçons
que l'homme n'est pas conscient sons pas. Nous nous réjouissons dans la limite de nos possibili-
de la présence du divin en lui et de la coopération de l'homme, tés. Nous désirons participer à
n'agit pas sous son inspiration, parte qu'elle vient de lui. Nous votre expérience de notre mieux.
il commet des erreurs et ses
œuvres sont imparfaites. Tant que
l'homme ne reconnaîtra pas notre
existence et le rôle que nous
jouons dans la formation des
mondes dont il dépend, il n'y aura
pas de véritable coopération.
Même s'il n'y a pas de contact
direct, affirmer notre existence
crée le lien nécessaire et donc la
réalité sur laquelle construire.
Nous réalisons à nouveau com-
bien, lorsque vous nous reconnais-
sez et coopérez avec nous, cela in-
tensifie le champ d'action des
forces à l'œuvre.
Les jardins du futur surpasseront de loin tout
ce que nous connaissons aujourd'hui, non pas grâce
à la science et à l'intelligence, mais grâce
à la présence de l'amour. Par la qualité de vibration
LE MODÈLE et d'échange, l'unité qu'apporte l'amour,

PRÉÉTABLI la plante s'épanouira selon son essence


propre qui est divine.

tion au moyen des conditions of- qu'elle guide la plante. Tout com-
fertes. L'homme, lui, est capable me la voix de l'homme change à
de modifier ces conditions mesure qu'il atteint la maturité,
cette note se transforme selon les
Le Déva de la Tomate.
étapes de croissance de la plante.
7 août 1963 L'Ange du Son.
3 juillet 1963
Chaque plante suit un modèle Le Déva de la Pomme.
qui lui est propre. Bien que les Chaque plante émet une note qui 26 mai 1970
circonstances, les conditions cli- attire ses artisans, et permet à la
matiques, la nourriture, etc, puis- substance de naître avec l'aide des Les bouquets de fleurs et la pro-
sent altérer ce modèle, notre rôle esprits de la nature. Nous, les dé- messe de fruits à venir vous at-
est d'en réaliser la manifestation, vas, nous connaissons la note de tirent vers nous. Que d'une fleur
selon les matériaux disponibles. chaque plante confiée à nos soins, fragile, à peine colorée, éphé-
Il ne nous appartient pas de chan- et nous la faisons résonner à la fa- mère, naisse une pomme vermeille
ger un modèle ou d'en élaborer çon d'un diapason pour que la plan- et vigoureuse, n'est qu'un des mira-
de nouveaux. Nous poursuivons te puisse l'utiliser. Lorsqu'une grai- cles de Dieu, renouvelé sans cesse
avec ardeur notre but vers la per- ne est prête à germer, c'est nous sous les yeux de chacun. Si vous
fection, mais nous ne pouvons et non l'humidité et la chaleur, qui pouviez en voir davantage le pro-
pas atteindre ni contrôler les plans déclenchons la vibration de cette cessus le long de la chaîne de vie,
physiques. C'est à l'homme de le note. Nous démarrons la graine et vous seriez remplis d'émerveille-
faire. Nous accomplissons l'évolu- maintenons le son de la note afin ment.
De la même façon qu'un arbre
croît à partir de la graine, par
l'intermédiaire d'une idée-graine
un modèle jaillit du Centre, trans-
mis par des rangées silencieuses
d'anges — silencieuses et immo-
biles parce que cette idée n'est
encore qu'une ébauche et ne peut
supporter que l'attention la plus
rigoureuse. Se développant en for-
ce et en taille, le modèle devient
plus lumineux, jusqu'à finalement
émettre des vibrations sonores et
scintiller, toujours sous la garde
du plus grand des anges. Son champ
de force se stabilise et devient bril-
lant.

94
Les royaumes de la nature ont besoin de leurs
champions pour restaurer l'équilibre perturbé par
l'homme. Mais n'oublions pas que l'équilibre
Ensuite le modèle est transmis véritable engendre la fluidité et non la rigidité,
aux «éléments», artisans de la s'écoulant à chaque instant, suscitant l'échange
forme. Ils s'activent pour habiller et s'adaptant dans une constante recherche
ce modèle. Pensez qu'il s'agit d'un d'harmonie.
processus ; le modèle apparaît
partout dans le monde éthérique,
conservé par les anges et rendu
manifeste, au-delà du temps. Puis,
grâce aux soins dévoués des es-
LE SOL est capable d'intervenir, en les
bombardant de vibrations plus éle-
prits de la nature, au moment ap- vées, de sorte qu'il relève entiè-
proprié il apparaît en temps et rement leur niveau. C'est en cela
L'Ange du Paysage.
en lieu, dans la beauté de la fleur qu'il peut prendre part à notre
27 avril 1967
et la succulence du fruit. travail commun : élever le seuil
C'est le Verbe incarné, c'est toute des vibrations de la vie sur cette
Le sol est la substance même de
la création, maintenue en équili- planète.
cette planète, affinée depuis des
bre par des mondes vivants essen- temps immémoriaux, le ferment
tiels dont vous n'avez pas idée. Un à la disposition de toutes les L'Ange du Paysage.
miracle ? Le mot n'est pas assez formes de vie. Vous dites, «la 6 octobre 1963
fort, allons au-delà des mots. pureté marche de pair avec la
Les fruits de la terre sont produits sainteté», et vous lavez la terre qui Il est bon de mettre du compost
par l'humble dévouement de tou- est sur vos mains, tandis que par dans le sol le plus souvent possi-
tes ces formes de vie. Nous espé- ailleurs vous polluez cette terre ble, même par petites quantités,
rons que, de votre côté de l'uni- avec ce qui détruit la vie. C'est vrai, parce que vous y ajoutez l'éner-
vers, les jardiniers éprouvent au- il faut se purifier de toute manière gie du compost plus la vôtre. Nous
tant de joie dans leur travail ! Pe- superflue, mais il est également travaillons sur votre sol tout le
tite est votre participation, pour- vrai que nous aimerions avoir à temps, et notre champ d'action
tant c'est vous les hommes qui ré- notre disposition une matière pure s'élargit quand vous lui apportez
coltez les fruits. Que vos louanges pour remplir nos fonctions. des éléments nouveaux. Notre
surpassent les nôtres, qui sont enchantement surpasse même le
éternelles. vôtre de voir le sol s'enrichir, de-
venir homogène et lumineux.
Le Déva de l'Amarante. Les mots que j'utilise ne sont pas
L'Ange du Paysage.
24 octobre 1968 couramment employés pour le sol,
14 décembre 1968
Toute vie est croissance, et nous mais ils sont exacts, et nous pour-
avons été créés libres pour pouvoir Lorsque vous travaillez le sol avec rons nous en servir plus souvent
en suivre le rythme, pour mainte- amour, lorsque vos pensées pour à mesure que votre pensée se dé-
nir ou changer notre modèle selon lui et la vie qu'il contient sont des veloppera. Naturellement, les ex-
le besoin. Nous ne sommes pas des pensées d'amour, la différence est pressions consacrées à la beauté
ouvriers à la chaîne brassant indé- énorme. Vous canalisez alors vers physique et à la beauté spirituelle
finiment des objets identiques, car lui une énergie élevée et l'impré- se recoupent.
la vie est une progression, un mou- gnez de puissance divine. Car vo- Il a fallu à la nature des millions
vement incessant, un apprentissa- yez-vous, la matière et la vie du d'années pour produire un sol
ge vers un but élevé et une cons- sol n'ont pas grande conscience fertile, vous y parviendrez en peu
cience plus grande. de Dieu, et c'est là que l'homme de temps.

95
L'Ange du Paysage. saurait exister, parce que l'obscu- un niveau, fées à un autre. Les
15 août 1969 rité ou matière, est sa matrice, sa éléments utiles du sol sont maté-
Je vous ai souvent dit de penser substance même. La transforma- rialisés sous forme de champi-
aux plantes en termes de vie, de tion de la matière ou des miné- gnons ; c'est pourquoi dans les
vie rayonnante, parce que c'est raux en une forme capable d'un contes, les fées et les champi-
ce qu'elles sont. Il en est de même niveau vibratoire plus élevé, ce gnons sont associés. Lorsque les
pour le sol. Nous le percevons que vous appelez l'évolution, com- humains désirent participer à
comme une masse de vie, chaque mence au stade le plus bas, pour l'œuvre de création en maîtri-
minuscule cellule ou groupe de progresser jusqu'à la divinité. sant leur pensée, s'ils visuali-
cellules ayant une fonction dans sent intérieurement un modèle
La population du sol y joue un rô-
l'ensemble ordonné de la vie. le vital. Un modèle de plante prend avec une grande concentration,
L'énergie vitale du sol vient de sa naturellement forme en utilisant le processus peut s'accélérer et les
production. C'est comme s'il y le sol, l'eau, la chaleur et l'air. éléments nécessaires se matéria-
avait eu à l'origine des ténèbres Ce sont d'invisibles ouvriers au liser pratiquement hors du temps
ou de la matière inerte, puis de sein de ces éléments qui en ti- et de l'espace. Tel est le résultat
la lumière. La lumière transforma rent la substance des plantes. Vous possible d'une coopération entre
l'obscurité sans laquelle elle ne les appelez population du sol à les humains et notre royaume.

96
LA PLANTATION

L'Ange du Paysage.
13 novembre 1963

Il est bon de laisser reposer quel-


que temps chaque parcelle de ter-
re récemment préparée. Dans vo-
tre jardin, le sol est presque entiè-
rement le produit de divers élé-
ments que vous y introduisez.
Ces éléments, prélevés de leur
environnement naturel pour être
apportés au jardin, ont leur rayon-
nement propre. Ils ont besoin de
s'intégrer avant de pouvoir émet-
tre une vibration globale harmo-
nieuse, et nous y veillons Nous
travaillons sur la région pour
vous ; nous n'intervenons pas
seulement lors de la plantation,
mais à tout moment.

Si on attend le temps nécessaire


pour qu'une bonne vibration glo-
bale s'établisse dans le sol, les Le Déva de l'Aubriétia. L'Ange du Paysage.
5 mai 1967 16 février 1964
plantes n'auront pas à s'accom-
moder de longueurs d'ondes diver-
Certains d'entre nous ont beau-
ses et peut-être disharmonieuses.
coup de bonne volonté, et sont Si nous mettons à part les motifs
peu sauvages. Vous l'avez constaté économiques, nous vous recom-
L'Ange du Paysage. avec les fleurs, moins avec les légu- mandons d'introduire le plus de
27 avril 1967 mes, bien qu'ils soient davantage variétés possible dans le jardin, à
cultivés. Ils fournissent à l'homme la façon d'un orchestre qui
Vous nous demandez si vous de- sa nourriture, et pourtant re- s'agrandit. Notre champ d'action
vez contacter le déva de chaque çoivent peu de compliments, alors s'en trouvera accru, notre monde
variété nouvelle de plante, d'ar- que nous sommes uniquement dé- mieux représenté et le sol pro-
buste ou d'arbre : faites-le, cela coratives et ne cessont d'en rece- fitera d'un meilleur équilibre. La
vous rend plus réels pour nous. voir. Aussi, nous acceptons notre monoculture est naturellement à
Tout lien établi dans l'amour et condition avec bonheur, tandis proscrire, même dans les plus
la compréhension favorise la vie que beaucoup de légumes en sont petites parcelles : rien ne vaut un
du jardin. malheureux. mélange équilibré.

97
Le Déva du Rhododendron. dez-nous avec des yeux neufs, ob- L'Ange du Paysage.
21 mai 1967 servez-vez notre façon de croître. 23 septembre 1963
Cela vous aidera à absorber la
qualité unique que nous apportons.
Chaque variété de plante contri- Tout aspect de la vie fait partie
bue à donner à la terre son ca- du vaste ensemble, mais c'est la Vous auriez intérêt à faire pousser
ractère propre et le transforme. diversité de ces aspects qui susci- vos propres graines. L'atmosphère
Tout comme dans votre évolu- te l'intérêt. Il existe plus de liens qui règne dans votre jardin est dif-
tion, vous cessez maintenant que vous ne l'imaginez entre la férente de celles des autres jardins,
d'avoir des comportements indivi- philosophie et la vie végétale d'un songez alors à l'importance d'in-
dualistes et d'agir en groupes pays. Maintenant qu'une plus fluencer les plantes dès leur dé-
spécialisés, l'univers végétal chan- grande unité naît dans le monde part, de leur donner tout de sui-
ge lui aussi et la flore devient ne laissons pas se perdre l'essence te toutes les chances possibles.
moins spécifique, plus représen- de chaque apport particulier. Comme pour l'enfant, un environ-
tative de la Terre entière. Reliez- Nous vous remercions de nous nement approprié dès les premiers
vous à nous quand et où vous avoir amenés dans le jardin ; nous stades de la vie favorise l'expres-
nous voyez. Notre relation en sera remercions tous ceux qui nous sion de ce qui n'aurait pu autre-
stimulée. Contemplez-nous, regar- ont permis enracinement et vie. ment se développer.

98
L'esprit humain conçoit de grandes hiérarchies,
et des êtres toujours plus élevés. Mais la vérité
est beaucoup plus simple : elle est en moi, elle est
en vous, la vérité tout entière.
Là où il y a la vie. Dieu est. Non pas une fraction
Le Déva de la Laitue. de Dieu, mais Dieu dans sa totalité.
29 mai 1963

Nous ne sommes pas pour le re-


piquage, car il affaiblit la plante.
Nous préférons la méthode natu-
relle : une grande quantité de
Le Déva du Pavot Bleu Tibétain.
graines dont seules les fortes sur-
vivent. Le mieux est de semer plus (Meconopsis Baileyi) UNE AUTRE VIE
épais que nécessaire, puis d'éclair- 16 juin 1968
cir ensuite, en choisissant d'enle- Les Dévas.
ver des pousses les plus faibles. Nous transportons avec nous 13 août 1967
De cette façon, vous aidez la na- l'aura de nos lieux d'origine :
ture, et elle vous le rendra en pro- le sentiment de notre environne- Nous aimerions souligner et évo-
duisant des plantes saines. ment naturel reste présent en nous. quer de nouveau l'idée d'unité,
L'homme nous a déracinés et nous car vous rejetez et qualifiez de
a disséminés partout dans le «vermines» ou de «mauvaises
monde pour décorer ses jardins herbes» de nombreux éléments de
L'Ange du Paysage. Nous sommes heureux d'être ain- la création. Divers autres, moins
12 octobre 1963 si appréciés, mais, pour conserver évidents, rentrent dans votre clas-
notre identité, nous avons besoin sification de «bons» et de «mau-
Nous relions les plantes à leur de garder des liens avec nos origi- vais». Cette façon de voir évoluera
environnement à la façon d'une nes. Lorsque vous observez ces à mesure que se développera votre
toile d'araignée. Le repiquage bri- liens, vous les classez ainsi : «ai- conscience. Nous aimerions tracer
se tout et nous devons recommen- me l'ombre», «sol acide», etc, en lettres de feu que l'unité est.
cer ailleurs. mais ce ne sont là que des consé-
quences. C'est l'impression géné-
rale d'un lieu, son «âme» en quel-
que sorte, qui influence la crois-
Le Déva du Bleuet.
sance d'une plante.
Le Déva du Poireau. 25 juillet 1967
23 avril 1964 Nous apportons notre aura avec
nous. Nous qui sommes libres et Nous sommes heureux de croître
Nous prenons les forces de la non limités par une forme, nous ensemble dans le jardin, comme
plante en considération lorsque pouvons en insuffler l'essence dans vous nous l'avez permis, et non
nous en déconseillons la trans- un jardin étranger, et imprégner éparpillés dans un champ de
plantation. Nous savons que vous nos plantes de leur rayonnement blé, ce qui est notre condition
avez d'autres points de vue, cha- d'origine. Que chaque jardin soit habituelle. Ainsi nous nous soute-
que pépiniériste déplace ses plan- différent et unique, comme l'est nons mutuellement, et la richesse
tes selon des raisons qui lui sont chaque âme. L'homme devrait re- de notre bleu peut s'ajouter, se
propres. Nous donnons le meilleur chercher l'unité au lieu de l'uni- refléter et s'intensifier.
de nous-mêmes, quelles que soient formité. A chacun ses qualités N'allez cependant pas croire que
les conditions et vos décisions. propres. nous n'aimerions pas être dans un

99
Lorsque vous soufflez sur une vitre froide,
la buée qui apparaît est de vous, comme font
partie de nous les plantes que nous «nourrissons»
de nos radiations. Nous sommes en
réalité les différentes matérialisations de la
seule et même vie.

champ, car notre place est aussi là, niveaux, la nature offre la riches- de notre voisin ? Nous sommes
nous aidons le grain à mûrir. se de ses possibilités. Les signes moins conscients des ondes émises
Oui, à mûrir. C'est sûrement de cette connaissance intérieure par les insectes que de celles des
plus simple pour vous de prati- sont observables et chacun peut autres plantes, parce qu'ils sont
quer la monoculture, mais cela les noter dans le plan physique. moins proches de nous. Mais ils
donne la prépondérance à une Cela devrait faire l'objet d'une croisent notre chemin avec grâce,
seule note, à une seule influence nouvelle science, rendue accessible et nous les saluons, comme nous
et manque de grâce. Nous appor- à l'homme grâce à la coopération vous saluons, car ils ont autant
tons grâce et beauté ; des échan- des royaumes de la nature. Il n'y le droit à la vie que vous ou
ges ont lieu entre les autres plan- a pas de règles rigides, mais des nous. Nous sommes un au sein de
tes et nous, et nous comblons lois à respecter : toutes les plantes l'Un. Même lorsqu'il y a ce que
certains manques dans le sol et ne sont pas à associer. vous appelez un «fléau» d'une sor-
l'air. Nous et nos semblables de- La générosité de Dieu est sans te ou d'une autre, ce n'est pas
vrions avoir le droit de pousser limite ainsi que ses moyens. Nous sans raison — cela indique géné-
où cela nous est possible, dans les aimerions vous les faire partager. ralement que l'homme dévie des
conditions que Dieu a prévues Nous les dévas anticipons cette lois naturelles en se séparant du
pour nous. coopération avec la plus grande Tout.
Vous dites que nous ne pouvez joie, et vous remercions de votre
pas avoir de fleurs ou ce que présente écoute.
vous appelez des mauvaises her- L'Ange du Paysage.
bes dans vos rangées de légumes 26 septembre 1963
bien nettes. Nous affirmons le
contraire : sans pour autant que Le Déva du Lupin. Les insectes nuisibles sont deve-
les légumes soient étouffés, toutes 20 j u i n 1968 nus inévitables dans le monde ac-
ces plantes peuvent s'aider mu- tuel. Mais dans votre jardin, nous
tuellement. Nous sommes loin de Par chaque pétale, feuille, coloris les chasserons par notre vitalité,
votre procédé actuel, mais notre et dessin, nous exprimons notre en veillant à ce que les plantes
méthode est meilleure, et vous gratitude envers la Source Unique. aient tout ce qui est nécessaire
recherchez la perfection. Nous sommes un avec les élé- à leur santé physique et spirituel-
Vous nous demandez comment ments, ils le savent et nous aussi. le, en pensant à elles en termes de
concrétiser notre coopération. Nous agissons les uns et les autres santé, en interdisant toute pen-
Vous trouverez la réponse en vous sans notion de « tien» et de «mien », sée négative à leur égard, en les
tournant vers notre monde. Pour car sur toute la surface de la terre, entourant de soins et en les proté-
les pionniers qui apporteraient il n'y a qu'une seule famille, une geant, en demandant conseil aux
dans un jardin l'extraordinaire seule création, une seule intelli- dévas appropriés. Vous-mêmes
perfection où chacun a sa fonc- gence. avez des corps en bonne santé,
tion propre, où régnent l'équili- N'entendez-vous pas toute la créa- dans le monde tel qu'il est, pour-
bre et l'harmonie à tous les tion fêter notre présence, et celle quoi pas les plantes ?

100
L'Ange du Paysage. Oui, nous serions heureux d'expri- L'Ange du Paysage.
25 août 1972 mer notre gratitude en choisis- 22 j u i n 1972
sant davantage ce que nous man-
Une attitude pleine d'attention geons. Si vous nous dites quelles Nous vous laissons prendre seuls
peut dans une certaine mesure plantes sont les nôtres, vous verrez la décision de forcer ou non la
neutraliser ou «spiritualiser» les que nous respecterons notre ac- croissance des plantes en créant
poisons. Mais ce pouvoir varie se- cord. Votre foi est faible, laissez- des conditions artificielles à l'aide
lon la nature positive de chaque nous vous aider à la fortifier. de serres ou de tunnels plastiques.
personne. Comme toujours, c'est Il y a toujours le pour et le con-
l'intention qui compte. Ceux qui tre, la méthode naturelle étant la
s'abstiennent d'utiliser quelque plus équilibrée, donc à l'origine
d'une meilleure qualité. Bien sûr,
chose qu'ils ressentent
néfaste à la vie, reçoivent de l'ai-
comme
AU DELA la serre est très appréciable ;
de par ailleurs.
selon son guide intérieur.
Chacun doit agir DU MODÈLE quant aux tunnels plastiques, spé-
cialement s'ils sont opaques, ils
Nous ne donnons pas de règles, arrêtent des rayons utiles.

nous encourageons et favorisons L'Ange du Paysage.


le développement de la conscience 28 juin 1969
et l'ouverture d'esprit à toute
forme de vie quelle qu'elle soit. Notre coopération va certaine-
ment favoriser des croissances ra-
pides et d'autres développements
particuliers. C'est un effet essen-
tiel de la coopération entre nos
Le Merle, l'Étourneau et les Pe- royaumes. L'homme a trop long-
tits Oiseaux. temps considéré son intelligence
14 juillet 1972 comme seule capable de l'aider à
faire face aux situations, oubliant
Nous vous remercions de nous que le Créateur a doté d'intelli-
avoir donné, grâce à ce jardin, gence tout ce qui vit, et que
un territoire là où il n'y en avait l'évolution et l'existence même
pas, un territoire très spécial à de l'homme dépendent de la
cause des pensées et des senti- nature, sont la nature elle-même.
ments des hommes ici.
Le Déva de la Digitale. plus rapides, elle suscite des La solution de ce problème ré-
14 j u i n 1971 réactions en chaîne. Nous aussi side dans la coopération, dans
sommes vivants, soumis aux mê- un travail commun pour et avec
Nous vous avons dit que les mo- mes lois. Vous nous avez standar- le plan d'ensemble. Vous souhai-
dèles des plantes se trouvent dans disés et forcés à vous obéir : la tez de longues tiges afin de créer
notre monde et que chaque détail réaction en chaîne se fait sentir des buissons de fleurs, cela peut se
est exécuté à la perfection. Vous dans le dérèglement de l'équili- faire à condition que tous ceux
nous demandez pourquoi des bre naturel. Il y a une autre fa- qui sont concernés travaillent à ce
croissances anormales se produi- çon de produire un changement projet. Non pas en détruisant
sent ; parce que la vie n'est ja- et de nouvelles variétés, et nous extérieurement une partie de la
mais statique ; il y a toujours pla- espérons que dans ce jardin, vous plante, mais en se concentrant
ce pour le changement, ouverture allez coopérer avec nous ! intérieurement sur l'effet souhai-
à la volonté divine, mouvement té. Vous les humains avez là un
en avant de la vie. En toute créa- rôle à jouer, parce que vous êtes
tion, il y a un élément d'expéri- Le Déva du Pois de Senteur. les initiateurs du changement.
mentation, autrement elle se cris- 5 août 1969 Pour vous assurer notre coopéra-
talliserait. tion, vous devez être clairs et con-
Il ne s'agit pas d'un hasard aveu- J'arrive tel une bouffée de notre vaincre vos différents membres de
gle. Nous agissons consciemment, parfum, de couleur fraîche et clai- la pureté de votre motivation et
dans l'instant, en fonction des re, gai et délicat ; je ne suis pas de votre souci d'oeuvrer pour le
possibilités offertes Nous ne la promesse mais l'accomplisse- bien de l'ensemble. Puis faites
pouvons pas changer un modèle ment parfait de la beauté du Pois votre demande en y croyant, en
instantanément — cela doit se de senteur. y croyant réellement. Que cet
faire selon les lois naturelles — à Je m'étonne toujours que vous essai ne soit pas accompli pour le
moins, bien sûr, que toutes les demandiez pourquoi nos fleurs seul plaisir de l'expérience, mais
conditions soient propices. Ici les n'ont pas de longues tiges. L'hom- toujours dans un but utile et pro-
humains peuvent nous aider et me a obtenu de longues tiges en ductif, en accord avec le grand
contrôler ces conditions. déviant la croissance naturelle, mouvement en avant de la vie.
Souvent, par le passé, une grande créant ainsi une plante mutilée Comment savoir que nous serons
coopération naissait entre un et déséquilibrée. Voilà un exem- convaincus ? Nos royaumes ne
jardinier et nous, lors de la créa- ple de traitement qui amène notre sont pas déraisonnables, mais
tion d'une jolie variété nouvelle. royaume à se méfier et à s'éloi- certains d'entre nous sont, à juste
Un tel sens de la coopération a gner de vous. L'homme règne sur titre, soupçonneux. En consé-
presque totalement disparu dans la terre, et nous ne pouvons rien quence, il serait sage d'aller
le monde actuel, où l'homme ma- faire lorsqu'il recherche seulement lentement, en attendant le mo-
nipule le monde végétal à ses pro- ses propres fins, sans tenir compte ment d'être reconnus dignes de
pres fins égoïstes, le considérant des moyens. Vous ne pouvez confiance.
sous un angle commercial comme espérer que nous soyons attirés Les prolongements d'une coopé-
il le fait pour les pièces d'une voi- par l'homme, surtout ceux d'en- ration complète entre nos deux
ture. tre nous qui sont directement royaumes sont inimaginables. Nous
On obtient de meilleurs résultats concernés par la manifestation les dévas aimerions une époque où
avec un enfant en utilisant l'amour de chaque plante, lorsque la li- toute la création, unie en Dieu,
plutôt que la force. Bien que la berté de réaliser le modèle dans travaillerait pour le bien de tous,
force puisse amener des résultats sa perfection nous est refusée. où il régnerait parmi nous une

102
harmonie génératrice de vie. Nous Dans notre royaume, vous me
allons nous mettre à l'œuvre en ce comparez à une princesse, car LES ELEMENTS
sens Et vous ? vous manquez de mots pour ex-
primer la grâce et le raffinement L'Ange du Paysage.
de notre beauté. C'est là votre 7 septembre 1963
Le Déva de la Rose Sauvage.
façon de voir, non la nôtre. Ima-
30 novembre 1963
ginez comme il nous serait facile Quand vous pensez à nous, sou-
Vous vous demandez quel rapport
d'être adorées ! N'avez-vous pas venez-vous que là où s'exprime
j'ai avec les centaines de nouvelles
un «Jour de la Rose», aux États- la vie sous quelque forme que ce
variétés de roses créées durant
Unis ? Pourtant je semble aussi un soit, existe une entité issue des
ce dernier siècle. Chaque variété,
peu distante. forces liées à cette vie.
en consolidant ses traits de carac-
tère, donne naissance à son pro- Nous appartenons à l'ordre angé-
pre déva. Quand une certaine lique, à une lignée de purs servi-
Le Déva de la Pluie.
composition de forces se trouve teurs, et notre beauté participe
10 juin 1971
répétée suffisamment souvent, d'un certain détachement. Qui,
une entité se développe. Celle-ci détachement. Certaines fleurs sont Ne suis-je pas étroitement liée à la
est en quelque sorte notre enfant ; au mieux dans une joyeuse planète ! Désirée ou haie, violente
plus encore, elle fait partie de nous. mêlée ; nous, nous trônons ou douce, fécondant la vie, chan-
C'est difficile de vous l'expliquer, de manière solitaire. geante, une avec les nuages et
parce que vous êtes habitués à Les roses sauvages sont mes cou- la mer, liée au vent, nourricière de
un monde de formes concrètes sines, moi j'ai poussé dans les la terre, apportant même la fraî-
et de vies séparées, tandis que lieux cultivés avec l'aide des hu- cheur au matin, voilà tout ce que
pour nous, tout est vie et énergie mains, c'est pourquoi je vous je suis lorsque je balaye la terre. Je
en mouvement, sans notion de sé- semble humaine. Souvenez-vous, fais partie de tout, même de votre
paration, sans conscience d'un je suis aussi pour vous une sorte corps. Pourtant vous me séparez
«moi» individualisé. de cousine lointaine, et si vous et m'éloignez de vous, vous
Nous sommes semblables à un revendiquez ce lien de parenté, cherchez à m'apaiser ou à me sol-
souffle qui va et vient. Parfois la je viendrai à vous. Je vous re- liciter par des prières, des cérémo-
joie pétille sans raison — nous aus- mercie de vos louanges. nies, ou des avions modernes.
si !

Le Déva de la Rose.
6 mai 1967

Vous nous trouvez belles, sages


et quelque peu humaines. Oui, à
travers les âges, nous nous som-
mes mutuellement appréciés et
nous avons appris à mieux nous
comprendre. Vous trouvez gracieu-
se et remarquable la façon dont
nos pétales sont enroulés les uns
autour des autres. N'oubliez pas
que nous sommes toutes diffé-
rentes, comme vous.
103
Le pont menant au paradis est
construit en briques faites par vous.

Puis je vraiment me couper de siques, nous sommes le résultat Comment pouvez-vous ignorer
l'unité de la nature, et - indépen- de l'évolution de modèles se que le souffle du vent, c'est vous,
damment du soleil, du vent et transformant depuis des millions vous encore chacun des rayons
des autres forces qui toutes en- d'années. Imaginez l'effet d'une que le soleil vous envoie, que vous
semble créent l'atmosphère - puis- bombe atomique sur notre forme êtes issus de l'eau, et qu'elle relie
je produire de la pluie ou la rete- volatile après ces éternités d'une tous vos tissus, que vous ne pou-
nir ? Oui, je le peux, non parce perfection savamment construite. vez vivre sans l'air que vous respi-
que je suis tout-puissante, et uni- rez ? Comment pouvez-vous être
que, mais parce que vous l'êtes. Nous sommes pourtant très pro- assez obtus pour ignorer que lors-
Vous êtes toutes ces forces en ches des humains, à qui nous ap- qu'un être souffre ou se réjouit,
miniature, et suivant votre état portons le souffle de vie du Créa- la conscience tout entière de la
de conscience, vous pouvez les in- teur. Respirez ce souffle dans le Terre partage sa souffrance ou sa
voquer. Si vous êtes puissants mais calme absolu et prenez cons- joie ?
égoïstes et oubliez de vous relier cience de l'unité de la vie. Elle Cette notion d'unité est soulignée
au Tout, il y aura distorsion en- existe au plan physique, où vous partout, interprétée partout.
tre votre demande et le résultat dépendez de ce que la Terre pro- Nous aimerions mettre l'accent
que vous recherchez. En revanche, duit pour votre respiration, votre sur son aspect concret, sur le fait
si vous désirez la perfection de alimentation, et votre habillement. que vos corps sont indissocia-
Dieu pour tous, vous invoquerez Elle existe aussi à un niveau plus bles de leur environnement, et que
et recevrez cette perfection indivi- élevé où nous sommes des expres- vous ne pouvez abuser de la Terre
duellement et collectivement. sions plus subtiles et plus intelli- sans vous nuire.
Avant de me contrôler, contrôlez- gentes de la vie. Rien n'est stati- L'unité ne s'adresse pas unique-
vous vous-mêmes, apprenez à que, surtout dans nos royaumes ment aux plus hauts niveaux, ou
maîtrisez votre propre nature d'air ! Ne tentez pas de nous im- aux domaines intérieurs où Dieu
orageuse et aride. Puis reliez-vous mobiliser, mais essayons plutôt de est ; elle existe aussi ici et main-
à moi avec amour et en Dieu, so- nous comprendre. tenant. Déranger le modèle subtil
yez aussi fluides que moi et des de la Terre, l'équilibre des saisons,
miracles se produiront. les échanges entre tous les aspects
de la matière, c'est trancher au
Le Seigneur des Éléments. cœur de l'ouvrage ordonné par le
6 octob-e 1969 Créateur, et ruiner les promesses
L'Esprit du Vent.
19 mars 1967 d'avenir de l'homme. Nous vous le
répéterons encore et encore, nous
Vous êtes des enfants des éléments, ne vous exhorterons jamais assez.
Vous ne savez pas quel degré d'in- ils entrent dans votre constitu- Etes-vous surpris par la violence
tensité évoque le mieux notre tion physique, et vous faites par- des éléments ? Elle sera plus ter-
essence : le doux zéphir, l'ex- tie d'eux. Le monde et vos corps rible si l'homme ne se saisit de
hubérante tempête, le cyclone ra- furent créés pour que vous puis- cette vérité et n'agit en consé-
geur ou quelque chose encore au- siez trouver et exprimer la joie quence.
delà. Allez plus en profondeur, du Créateur dans toutes ses ma- Aimez la vie sous tous ses aspects
au-delà des pensées, comme au nifestations. et ainsi vous y parciperez. Gar-
centre immobile d'un cyclone, et L'homme se détruit lui-même, dez présent à l'esprit qu'elle ma-
imaginez notre évolution sur cette parce qu'il se pense en termes de nifeste le Créateur, mais aussi ce
terre. A l'instar de vos corps phy- séparation ; il se croit seul, isolé. que vous êtes !
105
RÉFLEXIONS

Le Déva du Mesembryanthemum.
28 juin 1968

Partout dans le jardin nous nous ouvrons et exprimons notre joie de nous trouver finalement inclus dans ce
lien conscient — malgré la difficulté de notre nom, bien long pour une si petite fleur !

Quelle joie lorsque l'esprit d'une fleur et l'esprit d'un être humain se rejoignent en toute conscience, s'unis-
sent et découvrent que l'un est l'autre, qu'il existe une fraternité réelle entre leurs manifestations extérieu-
res ! Chaque fois que nous nous rencontrerons, nous aurons désormais un sourire secret, et saurons reconnaî-
tre sans mots ce qui nous relie au-delà des apparences. Nous ne regardons pas les différences, mais la réalité
et l'unité de la vie autour de nous.

Quand vous nous regardez, peut-être pensez-vous : «Jolie petite fleur, quel éclat !» et notre beauté vous
réjouit le cœur. Maintenant, vous savez aussi que nous sommes un sous des revêtements différents, si l'on
peut dire, et vous pouvez vous ouvrir tout entiers à nous, et nous à vous. Nous recevons alors l'ensemble de
vos vibrations, cela nous permet de puiser à de nouvelles sources. Nos ouvriers ont ainsi plus de briques à
leur disposition, cela ne vous enlève rien, car plus vous donnerez et partagerez, plus vous recevrez à tous les
niveaux.

106
Le Déva de la Jonquille.
8 avril 1971

Partout nous proclamons le message triomphant de la renaissance de la saison nouvelle. L'air vibre de ce
thème mélodique, vous l'inspirez à chaque bouffée, tous les atomes de votre corps y répondent.

La vie est changeante et se renouvelle constamment. Vous êtes différents de ce que vous étiez il y a un an ;
de même chaque printemps est particulier, un renouveau dont on doit être à chaque fois conscient. Notre
monde dévique s'harmonise naturellement avec cette profusion d'énergie dont nous sommes les dispensa-
teurs. Une telle harmonie nous vient au rythme de la loi universelle, l'étoile la plus éloignée réfléchit autant
l'unité que la plus petite particule terrestre, tandis que le printemps éclate autour de nous.

Cette petite planète aussi est en train de renaître. Chaque planète participe en un temps et un lieu donnés à
une nouvelle explosion de vie, voici venu votre moment.

Tout autour de vous la création reflète l'unité de la vie, mais qu'en est-il de l'esprit humain ? Nous le voyons
prisonnier et sans couleur, attaché au superflu ou, même, agissant contre l'évolution de la vie. Qu'il serait
merveilleux de le voir participer au vaste jaillissement d'énergie de cette époque, donnant toujours le
meilleur de lui-même ? Quelle surabondance de joie au printemps quand l'homme nous rejoindra !

Notre qualité d'énergie offre à la vie de nouvelles occasions de s'exprimer. De chaque jonquille jaillit un
appel vers de nouveaux départs, vers la perfection, la pureté, la couleur, la renaissance. Nous vous engageons
à répondre ; toute vie est vôtre. En communion avec nous, participez à l'unité de la vie et rendez grâce à
l'Un éternellement.

107
RÉFLEXIONS

Le Déva du Mesembryanthemum.
28 juin 1968

Partout dans le jardin nous nous ouvrons et exprimons notre joie de nous trouver finalement inclus dans ce
lien conscient - malgré la difficulté de notre nom, bien long pour une si petite fleur !

Quelle joie lorsque l'esprit d'une fleur et l'esprit d'un être humain se rejoignent en toute conscience, s'unis-
sent et découvrent que l'un est l'autre, qu'il existe une fraternité réelle entre leurs manifestations extérieu-
res ! Chaque fois que nous nous rencontrerons, nous aurons désormais un sourire secret, et saurons reconnaî-
tre sans mots ce qui nous relie au-delà des apparences. Nous ne regardons pas les différences, mais la réalité
et l'unité de la vie autour de nous.

Quand vous nous regardez, peut-être pensez-vous : «Jolie petite fleur, quel éclat !» et notre beauté vous
réjouit le cœur. Maintenant, vous savez aussi que nous sommes un sous des revêtements différents, si l'on
peut dire, et vous pouvez vous ouvrir tout entiers à nous, et nous à vous. Nous recevons alors l'ensemble de
vos vibrations, cela nous permet de puiser à de nouvelles sources. Nos ouvriers ont ainsi plus de briques à
leur disposition, cela ne vous enlève rien, car plus vous donnerez et partagerez, plus vous recevrez à tous les
niveaux.

106
Le Déva de la Jonquille.
8 avril 1971

Partout nous proclamons le message triomphant de la renaissance de la saison nouvelle. L'air vibre de ce
thème mélodique, vous l'inspirez à chaque bouffée, tous les atomes de votre corps y répondent.

La vie est changeante et se renouvelle constamment. Vous êtes différents de ce que vous étiez il y a un an
de même chaque printemps est particulier, un renouveau dont on doit être à chaque fois conscient. Notre
monde dévique s'harmonise naturellement avec cette profusion d'énergie dont nous sommes les dispensa-
teurs. Une telle harmonie nous vient au rythme de la loi universelle, l'étoile la plus éloignée réfléchit autant
l'unité que la plus petite particule terrestre, tandis que le printemps éclate autour de nous.

Cette petite planète aussi est en train de renaître. Chaque planète participe en un temps et un lieu donnés à
une nouvelle explosion de vie, voici venu votre moment.

Tout autour de vous la création reflète l'unité de la vie, mais qu'en est-il de l'esprit humain ? Nous le voyons
prisonnier et sans couleur, attaché au superflu ou, même, agissant contre l'évolution de la vie. Qu'il serait
merveilleux de le voir participer au vaste jaillissement d'énergie de cette époque, donnant toujours le
meilleur de lui-même ? Quelle surabondance de joie au printemps quand l'homme nous rejoindra !

Notre qualité d'énergie offre à la vie de nouvelles occasions de s'exprimer. De chaque jonquille jaillit un
appel vers de nouveaux départs, vers la perfection, la pureté, la couleur, la renaissance. Nous vous engageons
à répondre ; toute vie est vôtre. En communion avec nous, participez à l'unité de la vie et rendez grâce à
l'Un éternellement.

107
Le Déva du Lis du Japon.
4 octobre 1968

Nous pensons qu'il est grand temps pour l'homme de s'ouvrir et d'inclure dans son champ de vision les
différentes formes de vie qui constituent son univers. Il a imposé au monde ses propres créations et vibra-
tions, sans se rendre compte que tout ce qui vit, comme lui, fait partie d'un ensemble, placé là par le plan et
le dessein divin. Toute plante, tout minéral apporte sa propre contribution, au même titre que chaque
âme. L'homme ne devrait plus nous considérer comme des formes de vie inférieures sans intelligence, avec
lesquelles par conséquent il ne communique pas.

La théorie de l'évolution, qui place l'homme au sommet de la vie sur Terre, n'est correcte que sous certains
aspects. Elle exclut le fait que Dieu, en tant que conscience universelle, est le créateur des formes vivantes.
Par exemple, selon la norme actuellement en vigueur, je suis un lis ordinaire, dépourvu de conscience et
inapte à la communication ! Pourtant, quelque part existe l'intelligence qui nous créa beaux, de même
qu'existe quelque part l'intelligence qui produisit votre corps physique dans sa complexité.

Vous n'avez que peu conscience de vos facultés intuitives, et vous ne contrôlez qu'une infime partie de
votre corps. Vous n'avez connaissance que de certains aspects de vous-mêmes, et de la vie autour de vous.
Mais il ne tient qu'à vous de vous harmoniser à ce qui vous dépasse, à l'intérieur et à l'extérieur de vous. Il
existe de vastes niveaux de conscience, tous issus de Celui qui est notre conscience intérieure. Lui a pour
dessein l'ouverture de tous les éléments de la création les uns aux autres, et leur union au sein du prodigieux
mouvement qu'est la vie, évoluant toujours vers plus de conscience et de maîtrise.

Observez le lis et tout ce qu'il vous révèle ; soyez prêts à progresser dans la compréhension, l'unité et
l'amour, unis en Dieu.

Le Déva du Pétunia.
19 juillet 1967

Nous nous demandions quand viendrait notre tour, parce que nous tenions à exprimer notre joie d'habiter
dans ce jardin. Ici, nos énergies peuvent tournoyer en un riche et doux éclat en toute sécurité. Maîtres de
chaque petite fleur, nous tourbillonnons, absorbant, pour l'incorporer ensuite, l'énergie du soleil quand il
darde ses rayons sur nous, votre énergie quand vous nous regardez.

Il y a, dans toute la création, un intense échange d'énergies. Comme vous avez besoin d'air pour respirer et
les poissons d'eau pour vivre, ainsi chaque particule vivante est immergée dans une atmosphère qui la cons-
titue et à laquelle elle contribue. L'homme peut y apporter sa part mieux que tout autre, et quand il le
fera, quel monde merveilleux ce sera !

Peut-être nous trouvez-vous envahissants. Nous aimerions — et notre voisin aussi — nous déployer et nous
répandre. Certains d'entre nous sont plus turbulents que d'autres — c'est à vous, jardiniers, d'intervenir !

108
Vous vous demandez à quel niveau vous nous contactez, nous avons l'air si gais et si désinvoltes. On peut
nous contacter à divers niveaux comme les humains. Nous sommes vifs et participons à la vie. C'est néces-
saire, car la saison est courte. De toutes façons, pourquoi se retenir quand la vie ne cherche qu'à s'ex-
primer ? Rien ne nous arrête, comme cela semble si souvent le cas pour vous.

Venez nous regarder. Observez notre structure et familiarisez-vous avec elle, car c'est un de nos modes
d'expression. Tout est un, chaque forme manifestée se répète à des niveaux plus subtils. Observez-en le
fonctionnement.

Le Déva du «Good King Henry».


24 mai 1970

Nous voici, plutôt trapus et sans couleurs vives, ayant nos vertus propres, plantes culinaires sans aucun
doute, proposant notre offrande avec ténacité. Souvenez-vous-en, nous sommes le fruit de siècles d'histoire,
amenés à la perfection dans les tourbillons du temps, et faisant clairement résonner notre note sur une
tonalité moyenne et utile. Vous lisez à notre sujet que nous contenons beaucoup de fer et sommes bons
pour la circulation, c'est certainement exact, de votre point de vue. Nous n'avons pas d'opinion. Nous
sommes bien trop occupés à exister et à suivre notre modèle intérieur pour réfléchir sur les bienfaits que
nous apportons ou non. C'est sans doute aussi bien, car peut-être deviendrions-nous semblables aux humains,
jamais satisfaits de leur sort, toujours envieux de leurs voisins ! Comparer nous semble une dangereuse pra-
tique. Dieu nous a créés tels que nous sommes, chacun manifestant la vie à sa manière.

Oui, je réalise à présent que j'établis une comparaison. En fait je perçois la pulsation de chaque plante et
celle de chaque être humain comme s'inscrivant dans un rythme et un plan à suivre, renouvelant éternel-
lement son modèle. Et comme nous adhérons à notre propre schéma interne, nous sommes étonnés que
vous vous dérobiez si souvent au vôtre. Nous voyons ces magnifiques modèles de lumière qu'ont les humains,
et nous les voyons recouverts et ignorés. Certains dévas participent à la construction de vos modèles et tra-
vaillent à les maintenir purs, tandis que, dans l'ensemble, vous poursuivez votre chemin, sans que votre
véritable être soit révélé ; il est potentiel mais non réalisé. C'est très étrange.

Apprenez que chaque plante a un rôle à jouer dans le grand Tout, sinon elle n'existerait pas. Nous avons
aussi un rôle à jouer avec vous. Certains d'entre vous sont plus attirés par nous que d'autres ; il est bon
néanmoins pour tous de disposer d'une large variété de plantes. Il vous est loisible de choisir celles qui vous
sont les plus utiles selon le moment. Bien sûr, vous pourriez être encore plus sélectif, et faire vos choix de
manière très précise, mais rares sont ceux qui s'en donnent la peine. S'il en était ainsi, nous serions sûrement
plus populaires I

Nous continuons de faire résonner notre note discrète et sommes là en cas de besoin. Qu'il en soit ainsi, et
nous adressons nos remerciements au Créateur de tout et de tous.

109
Le Déva du Cyprès Monterrey.
8 mai 1967

Nous venons vers vous d'un mouvement majestueux car nous ne sommes pas seulement les petits arbres que
vous voyez dans votre jardin ; nous sommes aussi les hôtes d'espaces magnifiques, de grandes collines dans le
soleil et le vent. Nous nous résignons à servir de haies, mais nous avons toujours secrètement la nostalgie
des espaces baignés de soleil où, ensemble, nous nous dressons avec grandeur. Il nous appartient de réaliser
notre propre part du plan divin sur cette terre ; cependant aujourd'hui, beaucoup d'entre nous ne peuvent
que rêver à ces lieux où nous nous épanouissons pleinement.

L'homme contrôle aujourd'hui l'ensemble des forêts et commence à réaliser combien ce monde est précieux
pour la planète. Mais il couvre des hectares entiers d'une seule variété à croissance rapide, qu'il sélectionne
pour des raisons économiques, totalement inconscient des besoins réels de la planète. Cela montre qu'il
ignore complètement le rôle des arbres, particulièrement en tant que canaux d'énergie. Le monde a besoin
de nous sur une grande échelle. Si l'homme s'harmonisait, comme nous, avec l'infini, et offrait sa partici-
pation, peut-être les forces s'équilibreraient-elles. Mais pour le moment la planète a besoin de ce qui, juste-
ment, lui est refusé — ces énergies mêmes qui circulent au travers des grands arbres majestueux.

110
Vous pouvez tout simplement regarder quelque
chose, mais vous pouvez aussi «voir»
ce que vous regardez.

ROC
plantes ainsi traitées s'adaptaient immédiatement à
leur nouvel habitat, lui donnant ainsi raison. Les
travaux récents de Cleve Backster et Marcel Vogel
aux États Unis ont démontré que les plantes sont
même sensibles aux pensées des êtres humains.

Puisque ces faits et d'autres recherches sont


largement publiés, il est inutile de les décrire ici en
détail. C'est l'implication de ces expériences qui
est importante. Cele ne signifie pas pour autant que
ceux qui ont des jardins doivent, par exemple, faire
LES ESPRITS DE LA N A T U R E . Certains humains, une piqûre aux arbres pour les anesthésier avant de
probablement plus que nous ne le pensons, parlent tailler une branche, ou offrir aux fleurs une bouffée
aux plantes dans leurs jardins et dans leurs apparte- d'éther avant de les cueillir. Cela veut dire que les
ments. Comme personne n'aime passer pour fou plantes doivent être traitées avec soin, avec con-
- ou folle -, chacun s'en cache et leur parle donc sidération et, effectivement, avec gratitude pour les
intérieurement, en silence, plutôt qu'à voix haute. services qu'elles rendent aux hommes.
Est-il fou de parler aux plantes ? Elles ne se meu-
vent pas comme les animaux et elles n'ont pas Cependant, la véritable nature des plantes ne
de langage articulé. Mais elles sont vivantes et pos- peut être seulement décrite scientifiquement. C'est
sèdent en f a i t , un certain type de conscience. Les ce que l'expérience que j'ai vécue avec le royaume
personnes qui sont sensibles, voire sensitives, le des élémentaux m'a démontré. Mais ce n'est qu'a-
savent bien et c'est avec le plus grand soin et la plus près que la recherche sur la sensibilité des plantes
grande considération qu'elles s'occupent des plantes. f u t publiée, inaugurant une compréhension plus
profonde de la nature, que je me suis décidé à parler
Il est essentiel de comprendre la véritable na- publiquement des expériences que j ' a i vécues avec
ture des plantes que l'on culive pour pouvoir s'en les esprits de la nature, les élémentaux.
occuper et les soigner correctement. (Le mot
«plante» utilisé ici comprend tous les membres
Leur royaume est intangible. Il n'est pas maté-
du royaume végétal : arbres, buissons, fleurs, fruits,
riel et ne peut être appréhendé au moyen des cinq
légumes.) Le fait que les plantes soient sensibles
sens physiques, si ce n'est dans un état de conscien-
commence maintenant à être bien connu. Des
ce plus élevé. L'existence du monde des élémen-
recherches scientifiques menées depuis plusieurs
taux ne peut être prouvée pour donner satisfaction
années ont démontré cette sensibilité. L'un des
aux scientifiques, pas plus que les réactions de ses
premiers à étudier ce sujet a probablement été
habitants ne peuvent être mises en évidence en labo-
Sir Jagadis Chandra Bose, le remarquable physicien
ratoire. Toutefois, pour celui qui p e u t . percevoir
indien d o n t l'œuvre date de la première partie de ce
à l'aide de sens plus affinés, ce monde est aussi réel
siècle. Il croyait, par exemple, que les plantes su-
que n'importe lequel des mondes plus matériels.
bissent un grave choc lorsqu'elles sont transplantées
et que cette souffrance retarde leur adaptation et
leur croissance dans leur nouvel habitat. C'est Lorsqu'en automne, nous voyons les feuilles
pourquoi avant de transplanter une plante, il l'anes- changer de couleur, nous pourrions nous étonner de
thésiait en la couvrant d'une cloche de verre dans la façon dont cela se produit. Les botanistes ont une
laquelle il introduisait du chloroforme gazeux. Les explication, basée sur l'observation et l'analyse. Le

114
monde des élémentaux en a une autre, qui attribue verleith, Inverleith House situé sur un tertre au cen-
ce travail à des formes d'énergie connues sous le tre des jardins et qui est devenu la Galerie d ' A r t
nom d'elfes et de fées. Les deux points de vue moderne d'Edimbourg. Je quittai cette sente pour
sont corrects. T o u t dépend de la manière de voir traverser une large pelouse parsemée d'arbres et
les choses. de buissons, et allai m'asseoir sous un grand bou-
Qu'entend-on par «le monde des élémentaux» ? leau en appuyant la nuque et les épaules contre
Les philosophes de l'Antiquité et du Moyen Age cet arbre. D'une certaine façon, je m'identifiai à
pensaient que toute matière est le résultat de diffé- celui-ci, devenant conscient du mouvement de la
rentes combinaisons de ce qu'ils appelaient les sève dans son tronc, et même de la croissance
quatre «éléments» : la terre, l'air, l'eau et le feu. infiniment lente de ses racines. Puis survint alors un
Ils croyaient aussi que ces éléments sont habités état de conscience plus élevé et une sorte d'atten-
par des êtres, ou entités, reconnus comme étant les te. Je me sentis en état d'éveil total et rempli
«élémentaux». Bien que la terre, l'air, l'eau et le feu d'énergie.
ne soient pas des éléments selon la signification don-
née aujourd'hui à ce terme, ils n'en demeurent pas
moins des concepts utiles dans les enseignements
ésotériques et occultes car ils ont une signification
plus élevée que celle qui est purement matérielle,
physique. Il est important de comprendre ce que
j'entends par ce mot «élémental» car certaines
écoles l'utilisent pour désigner des entités négatives
ou démoniaques qui viennent du plan astral infé-
rieur. De telles entités existent, et il serait préfé-
rable de les appeler «pseudo-élémentaux» car les
vrais élémentaux viennent d'un plan d'existence
supérieur et ils f o n t partie de la hiérarchie angéli-
que.

Mon contact personnel avec des telles entités, Soudain, je vis une silhouette danser autour
en particulier avec les esprits de la terre, a eu lieu d'un arbre qui se trouvait à une vingtaine de mètres
pour la première fois en mars 1966, dans les jar- de m o i , - une jolie silhouette d'environ 90 centi-
dins botaniques d'Edimbourg, les Royal Botanlc mètres de haut. Je découvris avec étonnement que
Gardens. Ces jardins très vastes contiennent de c'était un faune, cet être de la mythologie grecque,
grandes variétés de buissons, d'arbustes, de fleurs mi-humain, mi-animal. Il avait un menton et des
et d'arbres, et ils ont été pendant des années l'un oreilles pointues, ainsi que deux petites cornes
de mes endroits favoris. Bien que j'aie été un cita- sur le f r o n t . Ses jambes poilues se terminaient
din toute ma vie, sauf pendant une dizaine d'an- par des sabots et sa peau était couleur de miel.
nées, j'éprouve un grand amour pour la nature et, Je le regardai avec étonnement, n'en croyant pas
en particulier, une affinité profonde avec les arbres. mes yeux.

Par un bel après-midi de printemps, je flânais Pendant un moment, je me dis que c'était peut-
parmi les jardins de rocailles et d'autres de mes être un petit garçon qui s'était déguisé pour une
lieux favoris. Finalement, je me mis à marcher le fête d'école. Mais ce ne pouvait être cela - quelque
long d'un sentier allant vers le nord du Palais d'In- chose en lui n'était décidément pas humain.

115
Il se mit à danser là où j'étais assis puis s'arrêta
pour me regarder pendant un moment et, enfin,
s'assit les jambes croisées, devant moi. Il était
parfaitement réel. Je me penchai en avant et lui dis :
« - Hello ! »
Il se dressa sur ses pieds, tressaillit et me regarda
fixement.
— Tu peux me voir ?
«— Oui.»
— Je ne te crois pas. Les humains ne peuvent pas
nous voir.
«— Ah ! oui. Mais certains le peuvent.»
— Comment suis-je ?
Je le décrivis, tel que je le voyais. Bien que parais-
sant encore troublé, il se mit à danser en faisant de
petits cercles.
— Que suis-je en train de faire ?
Je le lui dis.
Il s'arrêta de danser et dit "Alors, tu dois me voir.
Il se rapprocha du banc en dansant, s'assit puis, se
tournant vers moi, il leva les yeux et d i t : Pourquoi,
vous les humains, êtes-vous si stupides ?

D'une certaine façon, je sur-personnalise peut-


être cet être. Je me rends compte que je ne le voyais
pas avec mon regard physique bien que, si je fermais
les yeux, il disparût. La communication ainsi
établie entre nous avait lieu sans aucun doute à un
niveau mental ou télépathique, probablement sous
la forme d'images et de symboles projetés dans mon
inconscient et traduits en mots par mon conscient.
Était-ce une hallucination ? Une ou deux personnes Cependant, je ne parviens pas à savoir avec certitude
se promenaient dans ces jardins. Je portai mon si je lui parlais mentalement ou à voix haute.
regard vers elles puis à nouveau vers ce magnifique (Maintenant lorsque je rencontre de tels êtres, je
petit être. Il était toujours là et semblait aussi leur parle habituellement à voix haute). Je dois
matériel et réel qu'elles. Je m'efforçai âprement rapporter nos échanges sous la forme de dialogue
d'analyser cette expérience et de trouver une expli- car c'est ainsi que je les ai entendus dans ma tête.
cation à sa présence. Soudain, je réagis : qu'étais- Je suis conscient que dans un cas comme celui-ci,
je en train d'essayer de faire ? C'était une expé- il y a toujours la possibilité que j ' y aie apporté la
rience étrange et merveilleuse. Pourquoi ne l'accep- coloration de mon propre esprit. Toutefois, en ap-
terais-je pas, ne verrais-je pas ce qui pourrait se pro- pliquant mon expérience scientifique de l'observa-
duire, quitte à l'analyser plus tard ? Je me mis à tion et de l'analyse objectives, je m'efforce sincère-
observer ce petit être avec délice lorsqu'il commen- ment de relater les expérimentations et les expé-
ça à danser autour d'un autre arbre. riences de manière aussi précise que possible.
116
Pour revenir à sa question me demandant
pourquoi les humains sont si stupides, je lui deman-
dai : «En quoi sont-ils stupides ?»

En beaucoup de points. Quels étaient ces


peaux ou pelages bizarres qu'ils avaient et qu'ils
pouvaient même enlever ? Pourquoi n'allaient-ils
pas dans leur état naturel, comme lui ? Je lui dis
que ces peaux s'appelaient des vêtements et que
nous les portions pour nous protéger et avoir chaud,
et aussi qu'on considérait incorrect le fait de ne pas
en porter. Ceci, il ne parvint pas à le comprendre et
je ne poursuivis pas. Nous avons parlé des maisons,
et des voitures qui lui semblaient être des boites
posées sur des roues dans lesquelles les humains
se précipitaient, parfois en se cognant les uns aux
autres. Il voulait savoir s'il s'agissait d'un jeu.

Il me dit qu'il vivait dans ces jardins. Ce n'est


que partiellement la vérité car il habite t o u t aussi
bien dans un autre plan d'existence. Son travail
consistait à aider à la croissance des arbres. Il me dit
aussi qu'un grand nombre des esprits de la nature
avaient perdu t o u t intérêt pour l'espèce humaine
— Oui, si tu m'invites.
car on leur avait fait sentir ou bien que l'on ne
«- Je t'invite. Je serai charmé que tu viennes me
croyait plus en eux, ou bien qu'on ne les désirait plus.
voir.»
— Si vous, les humains, vous croyez pouvoir vous en
— A lors, tu crois en moi ?
sortir sans nous, essayez donc !
«— O u i , bien sûr.»
«— Nous sommes quelques-uns à croire en vous et à
— Et tu nous aimes ?
désirer votre aide. M o i , par exemple.»
«- Oui, j'éprouve une grande affection pour les
L'une des choses les plus merveilleuses pour esprits de la nature.» C'était vrai bien q u ' i l f û t
moi pendant cette rencontre f u t ce sentiment vraiment le t o u t premier que je rencontrais.
d'avoir trouvé un vrai compagnon. Je ressentais une — Alors je viens maintenant.
étonnante harmonie avec ce merveilleux petit être
assis à côté de moi. Entre nous s'était établie une Sur le chemin du retour à travers les rues
communication qui passait sans les mots. Nous d'Edimbourg, je m'amusais à penser à la sensation
sommes restés assis pendant un certain temps sans que ce petit faune, étrange et délicieux, aurait
parler. Finalement, je me levai et lui dis que je causée s'il avait été aussi visible pour les passants
devais rentrer chez moi. qu'il l'était pour m o i .
— Appelle-moi quand tu reviendras ici et je viendrai
vers toi. Nous sommes entrés dans mon appartement.
Il me dit que son nom était Kurmos. Je lui J'ai une très grande collection de livres et mes deux
demandai s'il pourrait venir me rendre visite chez pièces principales sont tapissées d'étagères. Kurmos
moi. parut très intéressé. Qu'étaient-ils et pourquoi y
117
en avait-il tellement ? Je lui expliquai qu'ils conte- sence se suffisaient à elles-mêmes. Je sentis intui-
naient des faits, des idées, des raisonnements et des tivement que ce que je pourrais apprendre de lui
théories, des relations d'événements passés, des viendrait en son temps.
récits inventés par les écrivains, écrits, imprimés, et
réunis dans ces livres afin que d'autres puissent les
lire. Voici quel f u t son commentaire : J'ignorais alors que ces rencontres avec Kurmos
— Pourquoi ! Tu peux avoir toute la connaissance devaient me conduire à quelque chose d'encore
plus insolite qui se produirait un mois plus tard,
que tu veux en la désirant simplement.
vers la f i n avril. Ce f u t un soir, alors que je revenais
Je lui répondis que les humains ne pouvaient pas
de chez des amis qui habitaient dans la partis sud
accomplir ce prodige, - du moins pas encore.
d'Edimbourg. Il était peu après 23 heures, et je ren-
Nous devions nous contenter de tenir nos connais-
trais chez moi à pied.
sances d'autres personnes ou des livres que nous
lisions.
Les rues étaient presque désertes et je pensais
la ville était alors bien paisible. Je marchais dans
Nous nous assîmes à nouveau pendant un la rue principale d'Edimbourg, la Princes Street. En
certain temps, en silence et dans une heureuse tournant au coin de la rue qui longe la National
harmonie. Puis il se leva ; c'était pour lui le moment Gallery, je pénétrai dans une «atmosphère» ex-
de retourner aux Jardins. La porte de cette pièce traordinaire. Je n'avais jamais rencontré auparavant
était ouverte et il marcha dans l'entrée. Je le suivis une telle ambiance. Comme elle est assez difficile
et, probablement parce q u ' i l semblait si matériel et à décrire, je pourrais dire que c'est comme si je
si réel, je lui ouvris la porte qui donnait dehors. Il n'avais pas eu de vêtements et que je marchais dans
passa devant moi et descendit les escaliers en bondis- un milieu plus dense que l'air, mais moins dense que
sant avec légèreté. Lorsqu'il atteignit la dernière l'eau. Je pouvais le sentir contre mon corps. Cela
marche, il disparut. me donnait une sensation de chaleur et de picote-
ments, comme un mélange de piqûres d'aiguilles
et de choc électrique. Ceci s'accompagnait d'un
C'était une expérience étonnante, une expé- état de conscience accru et de cette même sensation
rience que je suis certain d'avoir été incapable d'attente que j'avais éprouvée dans les Jardins
d'imaginer. Mon imagination travaille à des niveaux avant de rencontrer Kurmos.
prosaïques et pratiques et elle n'est pas encline à la
fantaisie. Mais pourquoi un faune ? Cela me rendit
perplexe. Je n'avais lu aucun récit mythologique
grec depuis des années.

Lorsque je retournai aux Jardins, je l'appelai,


comme il m'avait dit de le faire, et il se trouva
immédiatement à mes côtés. Nous nous sommes à
nouveau assis en silence. Je savais que je me trouvais
ici en présence d'une sagesse infinie, pleine de
maturité, mêlée à la naïveté d'un enfant mais, mal-
gré cela, je ne voulus pas lui poser de questions.
Cette merveilleuse harmonie et cette délicieuse pré-
118
Je réalisai alors que je n'étais pas seul. Une «- L'Église a fait des dieux et des esprits païens des
silhouette - plus grande que moi - marchait à mes diables, des démons et des diablotins.»
côtés. C'était un faune, irradiant une extraordinaire — Elle s'est donc trompée ?
puissance. Je le regardai attentivement. Ce n'était «— L'Église a fait cela avec les meilleures intentions,
certainement pas mon petit faune devenu grand. du moins de son point de vue. Mais elle a eu t o r t .
Nous continuâmes de marcher côte à côte. Puis il Les anciens dieux ne sont pas nécessairement des
se tourna et me regarda. démons.»
— Alors, tu n'as pas peur de moi ? Nous traversâmes la rue Princes et prîmes une
«— Non.» autre rue. Il se tourna vers moi :
— Pourquoi ce non ? Tous les êtres humains ont — Dis-moi ce que je sens !
peur de moi. Depuis son arrivée, je m'étais mis à respirer une
«— Aucun mal n'émane de ta présence. Et je ne vois merveilleuse odeur de forêts de sapin, de feuilles
aucune raison pour laquelle tu souhaiterais me faire humides, de terre fraîchement retournée et de
du mal. Je ne me sens pas effrayé.» fleurs sauvages. Je le lui dis.
— Sais-tu qui je suis ? — Alors, je ne sens pas le fauve, comme un bouc ?
A l'instant je le sus. —«Tu es le grand dieu Pan.» «— Non, pas du t o u t . Cela sent une faible odeur un
— Alors, tu devrais être effrayé. Votre mot «pani- peu comme celle du musc, comme la fourrure d'un
que» provient de la terreur que ma présence cause. chat bien portant. C'est agréable et ressemble aussi
«— Pas toujours. Je n'ai pas peur.» à l'odeur de l'encens. Tu veux toujours te faire pas-
— Peux-tu me dire pourquoi ? ser pour le diable ?»
«— C'est peut-être à cause de mon affinité avec tes — Je dois savoir ce que tu penses de moi. C'est
sujets, les esprits de la terre et les créatures qui important.
vivent dans les forêts.» «— Pourquoi ?»
— Tu crois en mes sujets ? — Parce que.
«— Oui.» «— Tu ne veux pas me dire pourquoi ?»
— Aimes-tu mes sujets ? — Pas maintenant. Cela deviendra clair, le moment
«— O u i , bien sûr.» venu.
— Dans ce cas, m'aimes-tu ?
Il passa son bras autour de mon épaule. Je
«— Pourquoi pas ?»
sentis vraiment le contact physique.
— M'aimes-tu ?
— Cela ne te gêne pas que je te touche ?
« - Oui.»
«— Non.»
— Tu n'éprouves vraiment aucune répulsion, ni au-
Il me regarda avec un sourire étrange et ses
cune crainte ?
yeux se mirent à briller. Des yeux d'un brun pro-
«— Aucune.»
f o n d et mystérieux.
— Excellent.
— Tu sais, bien sûr, que je suis le diable ? Tu viens
tout juste de dire que tu aimes le diable.
Je ne parvenais pas à comprendre pourquoi il
«— N o n , tu n'es pas le diable. Tu es le dieu des faisait un tel effort pour provoquer en moi un signe
forêts et des champs. Il n'y a aucun mal en t o i . Tu de peur. Je ne proclame pas être courageux ; il
es le dieu Pan.» existe beaucoup de choses qui pourraient me faire
— Mais l'Église chrétienne primitive ne m'a-t-elle mourir de peur. Mais, pour une raison ou une autre,
pas pris comme modèle du diable ? Regarde mes sa- je n'avais absolument pas peur de cet être. Une
bots fourchus, mes jambes poilues et les cornes appréhension, à cause de sa puissance, mais aucune
sur mon front. peur : seulement de l'amour.
119
Je lui demandai où étaient ses flûtes. Il sourit Je n'avais aucune idée de la raison pour laquelle
à cette question : cette étrange rencontre s'était produite, ou pour
— Elles sont avec moi, tu sais. laquelle cet être avait choisi de se montrer à moi.
Il me semble que ma rencontre avec le petit faune
Et voici que les flûtes de Pan apparurent entre
des Jardins botaniques avait été le pas préliminaire
ses mains. Il se m i t à jouer une curieuse mélodie. Je
qui avait préparé celle-ci. De plus, j'étais à peu près
l'avais déjà entendue dans les bois auparavant, et
certain qu'aucun de ces êtres n'était imaginaire. Je
je l'ai souvent entendue depuis, mais si discrètement
me demandai ce qui arriverait bientôt.
que j'ai toujours été incapable ensuite de m'en sou-
venir.
Juste au moment où nous venions d'atteindre le
perron de la maison où j'habite, il disparut. J'eus Lorsque j'étais enfant, j'avais passionnément
cependant la très forte sensation qu'il était toujours cru aux fées et j'aimais t o u t aussi bien les mythes
avec moi lorsque j'entrai chez moi. de l'Antiquité grecque que leurs équivalents nordi-

120
cient. Au moment voulu, j'ai compris que les esprits
de la nature s'étaient montrés à moi pour une raison
bien précise.

Ceci apparut clairement lorsque j'ai à nouveau


rencontré Pan au début de mai 1966, sur l'une des
minuscules îles Hébrides, à Iona qui est considérée
comme un ancien centre d'énergie spirituelle.
Peter Caddy et moi-même, nous nous trouvions dans
«la Cellule de l'Hermite», un cercle de pierres, seul
vestige du lieu où St Colombin avait l'habitude
de se retirer. Devant nous, s'étendait un j o l i co-
teau couvert d'herbe qui dissimule la vue de l'Ab-
baye d'Iona, de l'autre côté de l'île. Alors, j'aperçus
ques, les sagas, dont les dieux alors me semblaient une grande silhouette étendue, là, sur le sol. Cela
t o u t à fait réels. Le Pan que je connaissais était cet semblait être un moine en froc b r u n , dont le capu-
être magnifique et merveilleux qui apparaît dans le chon relevé sur la tête cachait les traits du visage.
livre de Kenneth Grahame, The Wind in the Willows, Ses pieds se trouvaient vers la «cellule». Tandis
c'est-à-dire «Du vent dans les saules», au chapitre que je le regardais, il leva les mains et abaissa le
intitulé «Le joueur de flûtes de Pan». Pendant capuchon. Il sourit et dit :
une période, ces sentiments furent effacés par mes Je suis le serviteur du Dieu Tout-Puissant. Mes sujets
occupations d'écolier, mais remplacés par une in- et moi-même, nous désirons venir en aide à l'espèce
satiable curiosité pour découvrir comment et pour- humaine, malgré la façon dont elle nous a traités
quoi les êtres vivent, ce qui se transforma finale- et a insulté la nature ; si toutefois elle affirme croire
ment en un intérêt presque obsessionnel pour la en nous et demander notre aide.
physique et la chimie.

Un pas était franchi vers la réconciliation de


Vers l'âge de trente ans, la faiblesse cardiaque
Pan et des esprits de la nature avec l'homme. Parce
chronique qui m'avait empêché d'obtenir une
que j'avais été capable de lui répondre sans avoir
situation régulière, atteignit un seuil critique et il
peur. Pan communiquait avec moi et m'utilisait
me f u t fortement recommandé de me retirer dans
en tant que médiateur entre l'homme et la nature.
une atmosphère de repos complet. Pendant dix ans,
Ceci ne me donne aucun importance en moi-même,
j'ai vécu dans un isolement relatif à la campagne,
- je ne suis qu'un instrument.
ne cherchant plus qu'à poursuivre mes recherches
en sciences et en littérature et à développer un con-
tact étroit avec la nature. J'aurais certainement Le fait de reconnaître la véritable nature de Pan
d'ailleurs traité la croyance en l'existence réelle est vital pour cette réconciliation. Pan est un être de
de fées, de gnomes et d'elfes, de superstition et de nature très élevée. Il est le dieu de t o u t ce royaume
pure création de l'imagination. En fait, même après des élémentaux, ainsi que celui des royaumes ani-
ce contact avec Pan et le monde des esprits de la maux, végétaux et minéraux. C'est l'imposant res-
nature, je suis passé par une période au cours de pect qu'il inspire qui peut rendre les gens mal à
laquelle j'ai douté de leur existence et où t o u t ceci l'aise en sa présence, mais il ne faut pas en avoir
m'a semblé n'être finalement qu'une fantaisie, peur. Tous les humains ont peur de moi, avait-il
la projection d'une partie de mon propre incons- dit lors de notre première rencontre, non pas d'un
122
air menaçant mais avec tristesse. L'Église chrétienne
primitive ne m'a-t-elle pas pris comme modèle du
diable ? C'est pour cela que Pan inspire la terreur -
à cause de cette image qui a été projetée sur lui.
Ces stigmates doivent être effacés pour que le véri-
table lien qui existe entre l'homme et la nature puis-
se être rétabli.

Pan a dit qu'il préférait ne pas être représenté


sous une forme matérielle quelconque. Toutefois, si
cela est indispensable, il insiste pour qu'on l'accepte
dans notre culture, comme le mythe grec l'a dépeint :
moitié-homme, moitié-animal. Ce symbolisme est
t o u t à fait approprié. La partie humaine supérieure corps de lumière. C'est un t o u r b i l l o n , ou vortex,
représente l'intellect, uni à une énergie puissante, d'énergie en mouvement constant. Nébuleux comme
mystérieuse et profonde, qui est représentée par la un léger brouillard, il rayonne de lumière colorée,
partie inférieure animale : une énergie qui n'est pas parfois en une seule teinte et d'autres fois, en deux
encore révélée chez l'homme. Il est important de ou plus mais qui demeurent séparées comme les
considérer Pan et les esprits de la nature dans leur couleurs d'un arc-en-ciel. Cette fine vapeur de
totalité lorsqu'ils prennent ces formes de ressem- lumière change de couleur et elle est souvent cou-
blance humaine, et non de les comparer à nos pro- verte d'une multitude de petites lignes ondulées.
pres canons de la beauté humaine. Certaines per- Ces dernières sont habituellement dorées, mais
sonnes pensent que Pan doit être laid. C'est loin elles peuvent avoir d'autres tons. Elle semblent
d'être le cas. En lui-même, il est le plus beau de tous s'écouler comme du liquide d'un t u y a u , créant
les êtres que j'aie jamais vus. Seuls, les cornes sur continuellement des formes mouvantes d'une in-
son f r o n t , les sabots fourchus et le f i n pelage qui croyable beauté. Ces corps de lumière diffèrent les
couvre ses jambes suggèrent la partie animale. Mais uns des autres par leur taille et leur brillance, allant
ces jambes sont humaines, pas animales. de tons pastels à des couleurs vives et brillantes.
Toutes sont belles, pures et lumineuses, rayonnantes
Bien que Pan apparaisse sous une telle f o r m e , il de lumière intérieure. On peut considérer que ce
est important de réaliser qu'il n'est pas un être qui sont des tourbillons d'énergie, mais d'une énergie
ne se manifeste qu'en un seul endroit à la fois. Le intelligente. Il est possible de voir ces corps de lu-
mot pan signifie t o u t , partout. Pan est une énergie mière et de communiquer avec eux.
universelle, une énergie cosmique que l'on rencontre
constamment partout, dans la nature t o u t entière. Toutefois, les élémentaux, ou esprits de la
Il pourrait apparaître personnifié dans beaucoup nature, ne peuvent accomplir leur travail avec les
d'endroits différents au même moment et il ne fau- plantes dans ces corps purs. Pour ce travail, ils
drait jamais penser qu'il puisse se trouver seulement utilisent les énergies qui leur sont canalisées par les
à un moment donné au coin d'un jardin, ou assis dévas pour construire un «corps éthérique» ou
au sommet d'une colline près d'un buisson d'ajoncs. «contre-partie éthérique» de chaque plante, selon
son modèle archétypique. La plante croît et se
Il peut être utile de considérer pourquoi Pan et développe à l'intérieur de ce corps éthérique. A f i n
les esprits de la nature prennent de telles formes. de remplir leur tâche, les esprits de la nature doivent
Leur état originel est ce que l'on peut appeler un aussi prendre un corps éthérique.

123
Selon la tradition ésotérique, le plan éthérique incarnons l'esprit. De même les plantes ont au moins
est constitué d'une fine substance énergétique à un corps éthérique. C'est pourquoi l'homme doit être
partir de laquelle est créé le moule de toute forme vigilant lorsqu'il interfère avec la croissance natu-
que nous voyons manifestée sur le plan physique. relle des plantes. En essayant de modifier la forme
Chaque forme matérielle possède une contre-partie par des moyens artificiels, souvent par la force,
éthérique. L'existence d'une telle chose sera, bien l'homme peut supprimer le dessin archétypique. Ou-
entendu, rejetée par de nombreuses personnes,
(1) mais il ne fait aucun doute que cela sera prou-
vé dans l'avenir.

Nous savons très bien que nous sommes bien (1) Les découvertes de deux chercheurs soviétiques, les
Kirlian, n'étaient pas encore divulguées à l'époque
plus que notre corps physique. Selon la tradition
de la rédaction de ce livre. «L'effet Kirlian» semble
ésotérique, nous possédons un corps éthérique, et un premier pas considérable vers cette explication
d'autres corps sur des plans encore plus élevés. Nous scientifique. (N. d. T.)

125
tre la peur et la souffrance q u ' i l inflige ainsi à la quel point les formes éthériques de ces êtres furent
plante, ceci peut briser l'harmonie avec le corps le produit de l'imagination créatrice de l'homme, ou
éthérique et provoquer un malaise et une détresse si elles sont le résultat d'une inspiration provenant
considérables. d'une autre source.

Plutôt que d'utiliser la force pour provoquer


des changements chez les plantes, il vaudrait beau-
coup mieux que l'homme demande aux esprits de la Il suffit de dire que ceci constitue ce que l'on
nature de les conduire à modifier cette contrepar- pourrait appeler une vaste réserve de «formes-pen-
tie éthérique. Ils peuvent le faire s'ils sont convain- sées» qui sont produites par l'existence et la persis-
cus que ce changement est raisonnable et peut ai- tance de ces légendes. Comme l'on y pense et l'on
der l'espèce humaine au lieu de n'être simplement en parle souvent, ces formes ont pu être préservées
qu'une mesure opportuniste. En ce moment, l'ac- à la fois oralement et visuellement. Ainsi, une enti-
t i o n des esprits de la nature est limitée car, en géné- té élémentale souhaitant prendre corps, peut «re-
ral, personne ne croit en leur pouvoir, ni même vêtir» l'une de ces formes-pensées et apparaître
en leur existence. sous la forme personnifiée d'un être particulier :
un dieu grec ou nordique, un elfe, un gnome, un
Qu'en est-il des corps éthériques des esprits de faune, une fée et ainsi de suite. Dans les mythes et
la nature eux-mêmes ? Dans les mythes, les légendes les légendes, ces êtres paraphysiques ont été dé-
et les contes de fées, l'homme a dépeint une vaste peints sous une forme humaine et comme ayant
galerie de portraits de ce à quoi il se réfère comme un comportement humain. Mais, bien sûr, ils sont
étant des êtres «surnaturels». (En réalité, le terme par essence informels et n'adoptent une forme et
de «paraphysique» serait bien plus approprié pour son comportement caractéristique que lorsque cela
les décrire). Il est difficile de déterminer jusqu'à est nécessaire.

127
que celle de n'être qu'un avec le Divin, - ce qui pro-
duisit en moi une grande exaltation ainsi qu'un
profond sentiment de respect et d'émerveillement.

Je me rendis compte que Pan marchait à mes


côtés et je pris conscience qu'un lien puissant
existait entre nous. Il marcha derrière moi puis
s'avança en moi si bien que nous ne fîmes plus
q u ' u n et je pus voir ce qui nous entourait à travers
ses yeux. Mais en même temps, une partie de moi -
la partie qui observait et enregistrait - resta à côté.
Cette expérience ne f u t pas une forme de posses-
sion, mais d'identification, une sorte d'intégration.

En septembre 1966, je fis une rencontre avec


Au moment où il entra en m o i , les bois devin-
Pan qui me permit d'accéder à une compréhension
rent vivants, habités de myriades d'êtres : des élémen-
plus profonde de sa forme et de sa nature. J'avais
taux, des nymphes, des dryades, des faunes, des
participé à un stage dirigé par Sir George Tre-
elfes, des gnomes, des fées, tous beaucoup t r o p
velyan au Parc d'Attingham. Juste avant de partir
nombreux pour être énumérés. Leur taille variait,
le lundi m a t i n , je me sentis poussé à aller vers un
allant d'à peine deux ou trois centimètres de hau-
endroit que l'on appelle la Promenade du Moulin,
teur - comme ceux que j'avais vus voleter par es-
dans les vastes et belles étendues de ce parc. Je sui-
saims sur des nénuphars - à ces belles créatures de
vis ce sentier jusqu'à la Promenade des Rhodo-
soixante à quatre-vingt centimètres que sont les
dendrons que certains considèrent comme un lieu
elfes. Certains d'entre eux dansaient en ronde au-
d'où émane une puissante énergie spirituelle. Juste
tour de m o i , tous me souhaitaient la bienvenue et
à son entrée, s'élève un immense cèdre protégeant
un banc. Je restai assis là pendant un certain temps,
me délectant de la beauté de ce lieu, puis me levai
et commençai à marcher sur cette Promenade.
Ce faisant, je ressentis comme une grande mon-
tée d'énergie et une incroyable augmentation
de ma capacité de perception. Les couleurs et les
formes devinrent plus significatives. Je devenais
conscient de chaque feuille des buissons et des
arbres, de chaque brin d'herbe sur le sentier avec
une clarté étonnante. C'était comme si la réalité
physique était devenue beaucoup plus forte que la
normale, et que l'effet tridimensionnel auquel
nous sommes habitués était même devenu plus so-
solide. Cette sorte d'expérience est presque impossi-
le à décrire par les mots. J'avais l'impression
d'une réalité complète, et que t o u t ce qui s'y t r o u -
lit intérieurement ou extérieurement m'était
totalement présent. J'avais la sensation aiguë de
être qu'un avec la nature, de façon totale, ainsi

129
Le passage de cette étrange expérience extati-
que à la réalité normale de la vie quotidienne ne f u t
pas décevant. Ce dont j'avais fait l'expérience était
toujours présent ; cela l'est toujours en fait car
c'est une partie de là vraie réalité. Nos sens émous-
sés et l'habitude que nous avons de traverser la vie
en portant des œillères matérialistes et dans un état
proche du somnambulisme, nous empêchent d'être
conscients de la fantastique beauté de la vie qui
nous entoure. Bien sûr, cela ne serait peut-être pas
bien si nous l'étions t o u t le temps ; nous nous en
trouverions submergés et deviendrions incapables
d'accomplir nos tâches quotidiennes. Nous devrions
toutefois être plus conscients de ce qui nous en-
manifestaient leur joie. Les esprits de la nature
toure.
aiment le travail qu'ils accomplissent et ils s'y
délectent, exprimant cette joie par le mouvement.

En parvenant à la f i n de ce sentier, près du


J'avais l'impression d'être sorti du temps et de
cèdre, je me mis à marcher tranquillement, - ce qui
l'espace. T o u t se passait dans le présent éternel. Il
était t o u t aussi bien car un jeune homme était assis
m'est impossible de rendre autre chose qu'une
sur le banc. Si j'avais descendu ce sentier en dansant
faible impression de la réalité de cette expérience
et en jouant de ces flûtes invisibles, à mon âge, cela
et je ne peux qu'insister sur ce sentiment exal-
aurait été déconcertant !
tant de joie et de délice. Toutefois, t o u t ceci était
sous-tendu par un sentiment de paix, de plénitude
et de présence spirituelle. Quelques semaines plus tard, je refis cette
expérience de ne devenir qu'un avec Pan. Cela se
J'arrivai dans une clairière située aux confins produisit à St Annes-on-Sea où je m'étais rendu
de cette partie de la promenade des Rhododen- avec plusieurs amis qui participaient à une confé-
drons, là où se trouve un grand chêne. Je me re- rence. Je me promenais seul dans le jardin lorsque je
tournai pour reprendre le chemin par lequel j'étais devins conscient de la présente de Pan à mes côtés.
venu. J'avais alors des flûtes de Pan entre les mains Comme précédemment, il entra en moi. Cet «être
et j'étais conscient d'avoir des jambes velues et des composite», comme on pourrait l'appeler, appela
sabots fourchus. Je me mis à danser sur le sentier, les esprits de la nature pour qu'ils se réunissent et
jouant sur ces flûtes la mélodie que j'avais entendu apportent leur aide à ce qui devait avoir lieu.
Pan jouer. Les innombrables oiseaux répondirent, L'étang ainsi que tous les buissons et les arbres
leur chant s'élançant en exquis contrepoint à la mu- furent immédiatement habités d'êtres de toutes
sique des flûtes. Tous les êtres de la nature étaient sortes. Je - ou plutôt devrais-je dire «nous» - me mis
en action ; beaucoup dansaient t o u t en travaillant. à marcher vers une partie plus élevée des jardins
Au moment où j'avais presque atteint l'endroit d'où il est possible de regarder vers la maison où
où cette expérience avait commencé, cette per- avait lieu la réunion. Pan, intérieurement, invita
ception plus élevée commença à s'estomper et Pan le rayon vert des forces de la nature à surgir de la
se retira, me laissant une fois de plus en compagnie maison. Lentement, cette lumière apparut jusqu'à
de mon moi habituel. Je m'arrêtai de danser et me émerger par le t o i t . Quelque temps après, Pan
mis à marcher. Les flùtes-de-Pan avaient disparu. disparut.

130
Je quittai le jardin et environ cinq minutes plus
t a r d , je rencontrai Peter Caddy qui venait juste de
sortir de la maison. Je fus surpris de l'entendre me
dire que Pan était venu dans la pièce où se tenait la
réunion. Il avait communiqué avec une femme
de l'assistance qui était une sensitive et, sur les
quinze personnes alors présentes, presque toutes
avaient eu des visions ou des impressions en relation
avec la nature.

La signification de ces deux épisodes devait


devenir plus claire en temps voulu. Il nous est dit de
descendre en nous-mêmes pour rechercher la Divi-
nité intérieure, le Christ intérieur. Mais cela ne
signifie pas que cette «intériorité» se trouve dans
notre corps physique qui la limiterait ; elle se t r o u -
ve dans toutes dimensions de l'espace et du temps ;
elle est infinie. C'est l'éternel présent. Nous nous
détournons du monde des apparences, du monde
matériel que tant de gens croient être la seule réa-
lité, pour chercher cette vraie réalité qui s'y trouve
et qui est partout.

En ce sens, Pan est en m o i , l'univers t o u t entier


est en moi ; le royaume des élémentaux, la hiérar-
chie angélique. Dieu lui-même sont en moi. Cette
«intériorité» est le T o u t , ce grand mystère que nous,
pauvres humains, ne pouvons espérer comprendre
complètement. Nous ne pouvons nous avancer
qu'en tâtonnant vers lui et chercher en quelque
sorte à l'appréhender.
pénétrai dans la partie du jardin où poussent les
Je m'étais souvent interrogé sur le processus bruyères, il f u t rempli de myriades d'êtres. Des el-
de ces expériences de perception accrue qui permet fes verts, d'un peu plus d'un mètre de hauteur,
d'entrevoir la vraie réalité. En particulier, j'avais marchaient devant moi, pleins de joie et de gaieté
envie de comprendre comment ma capacité de et des petits gnomes couraient partout, presque sous
percevoir les esprits de la nature était apparue. Mais mes pieds. Le merveilleux petit faune Kurmos
je n'avais pas clairement exprimé cette demande. En s'approcha de m o i , entre les buissons. M'accueil-
1972, une rencontre que je fis avec Pan répondit à lant avec joie, il se m i t à danser parmi les elfes.
quelques-unes de ces questions.
Je marchai vers le sommet de cet endroit
J'étais allé aux Jardins botaniques au début de couvert de bruyères, jusqu'à un arbre de l'espèce
l'après-midi de la St Jean d'été, un jour très impor- Zelkova Carpinifolia que Richard St Barbe Baker
tant pour les esprits de la nature. Dès l'instant où je appelle «l'ArDre de Vie». J'aime saluer cet arbre

131
étrange lorsque je me rends dans ce jardin. Cette Je m'avançai sur le sentier vers un banc vide.
fois-ci, mon attention f u t attirée par un ensemble de Kurmos qui avait assisté à cette scène depuis le début,
marques sur l'écorce qui avaient la forme d'une sil- s'approcha et s'assit près de moi.
houette d'environ trente centimètres de haut. «— Cela me rappelle notre première rencontre,
Je n'avais jamais remarqué cet effet précédemment. lorsque tu m'as demandé pourquoi les humains sont si
Cette silhouette apparaissait distinctement. Elle stupides.»
était étrange et vaguement sinistre : un être qui
ressemblait à un faune, avec de longues cornes Kurmos leva les yeux vers moi. — Nous trouvons
droites ; ses yeux apparaissaient avec netteté. J'avais que le comportement des humains est parfois amu-
été conscient de la présence de l'esprit de cet arbre, sant, mais il est si souvent destructeur, cruel et
mais ne l'avais jamais vu auparavant. Était-ce lui qui horrible, du moins c'est ainsi qu'il nous apparaît.
était ainsi représenté sur l'écorce ? Une brume se Nous essayons de le comprendre, mais ce n'est pas
f o r m a entre l'arbre et m o i , et je m'aperçus que facile. Nous savons qu'il y en a qui aiment la nature,
j'étais en train de regarder cette entité elle-même, qui aiment ce jardin. Il ne fait aucun doute qu'ils
debout devant l'arbre. L'esprit de cet arbre avait nous aimeraient s'ils pouvaient nous voir. Ceci nous
environ ma hauteur, sa peau était sombre et épaisse. rend heureux et nous nous approchons d'eux. Cer-
Ses yeux fiers me défièrent. tains d'entre eux sont même conscients de notre
— Toucheras-tu à cet arbre comme tu l'as toujours présence bien qu'ils ne puissent nous voir. Pourquoi
fait, conscient cette fois-ci que tu le fais à travers peux-tu nous voir si facilement ?
moi ? «— C'est sans doute parce que je suis un privilégié,
Je posai la main sur le tronc de l'arbre et sentis le l'un de ceux qui ont été choisis pour établir un lien
f l u x habituel et puissant d'énergie. avec Pan et pour aider à renouer ce vieux contact
— Tu me trouves étrange, - ce n'est pas ce à quoi entre l'espèce humaine et les esprits de la nature.»
tu t'attendais. Tu n'éprouves pas de répugnance ? Pan apparut à cet instant, juste en face de nous.
«— Je suis déconcerté. Tu n'es certainement pas ce
à quoi je m'attendais, mais j'aime cet arbre et tu es
cet arbre. Tu n'es pas le diable.»
— Je ne fais partie ni du bien, ni du mal. Mon arbre
a été appelé l'Arbre de Vie. Je suis ce que vous avez
fait de moi.
Je m'éloignai de l'arbre et tournai autour de lui.
Pan était à mes côtés. Il me demanda si le fait de
découvrir cet aspect de l'esprit de l'arbre avait
apporté une différence dans ce que j'éprouvais pour
l'arbre.
«— Non. Le champ d'énergie de cet arbre demeure
inchangé.» Je regardai Pan t o u t en lui demandant :
«— Tu as d i t «cet aspect de l'esprit de l'arbre», cela
signifie-t-il qu'il en ait d'autres ?» — Tu as été choisi parce que tu conviens à cette
— Oui, il en a d'autres. La forme dans laquelle il se tâche. Ta vie entière n'a été qu'un entraînement et
montre convient en cette occasion. Ceci dans un une préparation pour celle-ci. Dès que l'intégration
but précis entre ton moi inférieur et ton moi supérieur a atteint
«— Pour tester mes réactions ? Me troubler ?» un certain degré d'accomplissement, tu étais destiné
Pan sourit. — Peut-être un peu les deux. à nous voir. Ton moi inférieur et ton corps physi-

132
que ont été entraînés et conditionnés de nombreu- — Bien sûr, tu peux le faire n'importe quand, mais
ses années avant que ce niveau puisse être atteint. tu ne peux nous voir qu'en certaines occasions.
C'est à cause de ce que tu es et du travail que tu
dois accomplir que tu me vois, moi et mes sujets, Dès l'instant où tu penses à une entité, tu es
comme si nous faisions partie du monde matériel. Ce immédiatement en communication avec elle. Tu peux
n'est pas une projection que tu fais, c'est transformer percevoir ou non sa réponse, selon ton degré de sensi-
la réalité cosmique en manifestation tangible lorsqu'il bilité à ce moment-là, mais il y aura presque certai-
est juste qu'il en soit ainsi. nement une réponse.
«— Peux-tu m'en expliquer le mécanisme ?» lui «— N'importe qui peut établir un tel contact ?»
demandais-je. «Je ne suis pas certain que cela ne soit — Oui, n'importe qui le peut et il est important que
dû qu'à une sensibilité plus élevée de la vue phy- cela soit compris Le contact vers l'entité est toujours
sique.» établi, mais devenir conscient de la réponse demande
— C'est un mélange de cela et d'une vision plus habituellement de l'entraînement ou du moins une
élevée qui provient du développement de la cons- certaine pratique. C'est très subtil et difficile à obte-
cience cosmique. nir.
«— Je le comprends. Mais je suis incapable d'en avoir «— Beaucoup de personnes aimeraient très honnê-
le contrôle moi-même. Par exemple, il m'est impos- tement et sincèrement partager mes expériences
sible de voir un esprit de la nature dès que je le dé- et l'on me demande très souvent comment y par-
sire, même si je me donne beaucoup de mal.» venir.»
— Cela dépend de nous, - du moment où il est juste
que tu aies cette perception visuelle plus élevée, ou Alors tu dois leur dire «un jour, vous y parvien-
lorsqu'une entité particulière désire devenir visible drez sans doute si votre foi est assez forte. Ne faites
à tes yeux. pas trop d'efforts, cela arrivera juste à un moment
«— Comment cela se passe-t-il ?» inattendu. » Tu leur diras aussi de suivre ton exem-
— Imagine un théâtre avec une grande scène. Cette ple et de vivre dans un isolement relatif à la campa-
scène est plongée dans l'obscurité. Elle est emplie de gne pendant une dizaine d'années, comme tu l'as
monde, mais tu ne peux voir personne à cause de cet- fait toi-même.
te obscurité qui symbolise ton manque de sensibilité. «— C'est ce que je fais et la plupart semble épouvan-
Un étroit rayon de lumière sort d'un spot pour éclai- tés, me disant que c'est impossible à faire ; les
rer l'un de ceux qui sont sur la scène et il devient gens n'ont pas le temps et cela signifierait de renon-
immédiatement visible de cette façon. De la même cer à beaucoup t r o p de choses.»
manière, les lumières des spots pourraient éclairer — On trouve toujours le temps pour les choses
un groupe de personnes, ou la scène entière. Cette importantes. Communiquer avec mes sujets n'est
lumière symbolise une perception plus élevée de tes pas une simple manière de tuer le temps durant une
sens. C'est une analogie grossière mais qui peut répon- demi-heure passée dans un jardin lorsqu'on n'a rien
dre à ta question. d'autre à faire. J'ai observé beaucoup trop souvent
«— Elle y répond. Si je comprends bien, les lumières cette attitude méprisante et supérieure de l'homme
sont contrôlées par quelqu'un qui se trouve de ton envers mes sujets ; c'est presque pire que de ne pas
côté ?» croire en nous. Mais laissons cela et revenons-en
— Oui. à ces gens honnêtes et sincères dont la curiosité
«— Par conséquent, je ne peux pas sélectionner les en- envers mon royaume est légitime et qui aimeraient
tités que je dois voir, ni le moment où je les verrai. tant nous voir. Il n'y a rien de mauvais en cela, si
Mais je sais que tes sujets existent et je peux commu- ce n'est que cela marche très rarement : ils essayent
niquer avec eux.» trop !

133
Peut-être est-ce une chance qu'ils ne réalisent avait- avec le monde des dévas. C'est ainsi que put
pas combien cela pourrait être dangereux s'il était être atteint le but qui était assigné aux Jardins de
répondu trop vite à leur désir, avant que leur Findhorn : une coopération totale entre les trois
corps ou leur esprit n'aient été préparés et condi- royaumes : celui des dévas, celui des esprits de la
tionnés pour cette expérience et qu'ils n'aient at- nature et celui de l'homme.
teint le nécessaire degré de conscience cosmique.
Il est d'importance vitale pour l'avenir de
Beaucoup de ceux qui croient aux esprits de la l'humanité que soit rétablie la croyance en les
nature et qui les aiment peuvent devenir conscients esprits de la nature et en leur dieu Pan, et qu'ils
de leur présence, communiquer avec eux et même apparaissent sous leur vraie lumière. Malgré les
parfois les entrevoir. Les esprits de la nature coopé- outrages que l'homme a commis envers la nature,
reront toujours avec de telles personnes lorsqu'elles ces êtres ne sont que t r o p heureux de l'aider s'il
les invoqueront, ce qui signifie simplement deman- recherche cette aide.
der leur aide. Cette simple perception est possible Après cette conversation avec Pan, bien que ce
pour tous ceux qui la désirent. Mais le lien total soit lui qui m'ait choisi, j ' a i pu déclencher vraiment
doit venir de nous seulement lorsqu'il est nécessaire. ce contact moi-même. J'étais rempli de curiosité
à l'idée de savoir ce q u ' i l voulait dire. Je l'ai décou-
Il est certain qu'une réconciliation entre vert en automne 1974.
l'homme et les esprits de la nature est maintenant
nécessaire pour la survie du monde. C'est pour cette Il y a de cela quelques années, dans une grande
raison que Pan devait inaugurer un contact direct. Il propriété près de la petite station balnéaire de Rose-
me semble que la raison essentielle pour laquelle j'ai markie, au nord de l'Ecosse, il existait un endroit
communiqué avec les élémentaux a été la contri- merveilleux nommé la Prairie de la Fée, the Fairy
bution qui a été ainsi apporté au travail fait dans Glen. En 1903, j'allais avoir quatre ans et mes pa-
les Jardins de Findhorn. En situant à un niveau rents m'y emmenèrent. Je conserve un souvenir
conscient les liens qui y existaient déjà avec les très vif d'une chute d'eau d'où partaient deux tor-
esprits de la nature, je pus recevoir une guidance rents, d'une volée de marches taillées dans la terre,
et des connaissances complétant le lien que Dorothy d'un pont surmontant l'un des torrents et, par-

134
dessus t o u t , d'un puits votif au fond caillouteux
surmonté d'un roc. J'y suis retourné en 1974, ac-
compagné d'un ami. Le puit votif était totalement
comblé mais la chute d'eau, bondissant dans une
vasque rocheuse, était toujours là. Il faisait très
beau et nous nous sommes assis pour regarder la
cascade et goûter l'atmosphère du lieu.

Soudain, trois petits gnomes apparurent sur un


rocher plat, en face de m o i .
— Eh ! tu as grandi, dit l'un d'entre eux.
«— Que veux-tu dire ?»
— Nous nous souvenons d'un petit garçon qui venait
ici il y a longtemps, murmura le second gnome.
— C'était toi. N'es-tu pas heureux que ton vœu soit
accompli ?, demanda le troisième.
«- Quel vœu ?»
— Tu ne te souviens pas d'avoir jeté un penny dans
le puit à vœux et souhaité de pouvoir voir les fées et
parler avec elles ?, demanda à son tour le premier
gnome.
— Et des bulles sont sorties des cailloux sur le côté
du puit, ce qui signifiait que ton vœu serait exaucé,
ajouta le second.

Il est vrai que j'avais jeté des sous dans le puit et


fait des vœux. Je ne me souviens pas de celui-là
en particulier, mais c'est t o u t à fait possible car je
croyais alors aux fées, comme à nouveau aujour-
d'hui ce qui pourrait expliquer comment t o u t ce-
la a commencé.

Que ceux qui ont pu exprimer le vœu de voir


les esprits de la nature et de parler avec eux, qu'ils
aient ou non jeté une pièce de monnaie dans un puit
votif, se souviennent que, pour m o i , cela a pris
soixante-trois ans et qu'ils ne perdent donc pas es-
poir. Il faut croire aux esprits de la nature avec une
sincérité et une f o i totales. Ils doivent comprendre
qu'ils sont appréciés et il faut les remercier et aimer
le travail qu'ils f o n t . Nous devons tous essayer par
nos propres moyens de faire que ces être merveil-
leux deviennent nos amis et demander leur aide
pour que la Terre devienne un endroit magnifique
et parfait.

135
Non seulement nous devons coopérer
avec les royaumes de la nature, mais nous devons
leur permettre de ne faire qu'un avec nous. Grâce
à cette union, nous devenons plus authentiquement
humains.

DAVID
Cette recherche de «quelque chose de plus»
m'amena à créer des ateliers basés sur des techni-
ques d'expression artistique et à faire des recherches
parmi les petites communautés locales qui avaient
été créées par des groupes de jeunes dans la région de
San Francisco où nous travaillions, Myrtle et m o i .
J'essayais aussi de savoir ce que d'autres groupes
faisaient dans d'autres parties du monde. En janvier
1969, un collègue me parla d'une petite communau-
té du Nord de l'Ecosse qui obtenait des résultats
DE LA D O M I N A T I O N A LA SYNTHESE. Comme miraculeux dans un jardin grâce à la communica-
de nombreuses personnes, c'est par l'histoire de ses t i o n de ses membres avec les dévas, des elfes et
jardins que je suis entré en contact avec Findhorn. d'autres esprits de la nature. Il me montra un
En janvier 1969, je venais de commencer la cin- exemplaire de leur livret intitulé «Les Jardins de
quième année de conférences que je donnais en tant Findhorn, une expérience de la coopération entre
qu'éducateur sur des sujets ésotériques et spirituels. les trois royaumes». Je fus enthousiasmé. C'était
Un nouvel âge, fondé sur une conscience de l'uni- exactement ce que j'avais cherché, la démonstration
té existant entre toute forme de vie et la divinité vivante d'une réalité trans-physique, ancrée dans une
créatrice inhérente à cette vie, prenait forme en manifestation tangible.
nous et autour de nous. Cette perception était de-
venue si forte en moi qu'elle me demandait de
passer à l'action. J'ai alors abandonné mes études L'impact qu'eut sur moi cette histoire en trans-
universitaires en biochimie et commencé une cenda les aspects phénoménaux, tels que ces légu-
carrière consistant à partager avec d'autres les vi- mes extraordinairement gros ou même la vitalité
sions intérieures qui emplissaient ma conscience. de ces plantes poussant sur du sable. Sa signifi-
cation la plus importante se trouvait dans la dé-
A un certain niveau, grâce à l'aide de ma monstration pratique d'une solution spirituelle à la
collègue et compagne, Myrtle Glines, je rencontrai crise mondiale croissante, à l'écologie et la pol-
un grand succès dans cette nouvelle aventure. Je l u t i o n , ainsi qu'à la crise de la production alimen-
couvrais par mes conférences un vaste territoire de taire. Il est clair que l'actuel mouvement écolo-
l'Ouest des États-Unis, donnais au moins quatre gique tente de restaurer l'équilibre en soulignant la
cours par semaine et j'avais également un program- relation existant entre toutes les formes de vie sur
me assez chargé en tant que conseiller. Par ailleurs, il Terre et en insistant sur la nécessité de trouver une
me semblait que donner simplement des conférences vision holistique si nous voulons survivre. Toute-
sur le Nouvel Age et la naissance d'une nouvelle fois, les présentations les plus écologiques de la na-
conscience n'était pas suffisant. Je ne contribuais ture ne la dépeignent que sous l'aspect de ses
qu'à grossir le cours d'un fleuve de mots provenant formes extérieures. Si l'humanité d o i t survivre,
d'écrivains et de conférenciers du monde entier ; proclament à juste titre les écologistes, l'environ-
mais les mots seuls, quelle que soit leur noblesse, ne nement doit conserver son équilibre. Peu, si ce n'est
pouvaient suffire à faire que ce nouveau monde rien, a été d i t de cette relation existant entre l'hu-
existât. Il fallait quelque chose permettant d'appli- manité et la nature comprises comme deux aspects
quer ces concepts et ces principes, pour prouver que d'une seule et même vie, ou de la relation d'âme à
ces théories étaient valables et qu'elles apportaient âme existant entre elles. Mais voici que surgissaient
une contribution pratique à la vie moderne. les jardins de Findhorn, proposant une solution
138
fondée sur cette même unité de la vie qui est deve- nion et la coopération avec la nature, fondée sur une
nue pour moi un principe directeur, et sur une vision de la vie et de l'intelligence organisée qui lui
vision élargie de l'environnement incluant des est inhérente. C'est un rôle important, surtout si
niveaux de conscience dont il n'est habituellement l'on considère la crise du milieu culturel occiden-
pas tenu compte. tal dans lequel la nature n'a cessé d'être considérée
d'un point de vue quantitatif et comme faisant par-
La première rencontre eut lieu un an et demi tie d'un processus industriel. La Nature a été mise
avant la visite que nous avons rendue, Myrtle et m o i , en équation dans un ensemble de statistiques
à Findhorn. définissant les ressources, les conditions qui entrent
dans les équations de la croissance et du progrès. La
Je n'oublierai jamais cette journée de juin 1 9 7 1 , Nature est devenue un objet commode à utiliser et à
où nous sommes arrivés dans la communauté et exploiter, un adversaire à conquérir et à dominer.
où nous avons vu ces jardins pour la première fois.
De belles fleurs éclatantes entouraient des caravanes La plupart des motivations et des actions de la
et des bungalows gais et coquets : les couleurs, la vie, civilisation occidentale ont été modelées par le
les parfums, la vitalité et les formes se synthétisaient
en une totalité dynamique. C'était une expérience
plus existentielle que visuelle ; l'expérience d'être
à la fois inclus dans une association fraternelle en
pleine croissance et en plein épanouissement et de
sentir ses propres potentialités s'affirmer et se fon-
dre en un t o u t plus grand au sein duquel t o u t
pouvait trouver son accomplissement. V o i c i que
nous découvrions un jardin, c'est sûr, mais sa
«jardinitude» ne s'arrêtait pas aux plantes. Ce jardin
était chaque chose et chacun.

Au cours des trois années qui suivirent, avant


que Myrtle et moi ne retournions continuer notre
travail aux États-Unis et ailleurs, nous avons été té-
moins de la traduction du potentiel de ce jardin
et de son énergie en de nombreuses activités q u i ,
extérieurement, offraient peu de ressemblances avec
l'horticulture. Bien vite, la communauté étendit ses
activités à des domaines tels que les arts et l'artisa-
nat, l'imprimerie et l'édition, la construction, divers
moyens de communication et un programme
d'enseignement, outre le travail à faire dans le
jardin. Toutefois, ces activités portaient l'empreinte
de ces énergies organiques qui avaient été si bien
ancrées dans ce témoignage vivant qu'était le jardin.

Le rôle de Findhorn, depuis sa création, a été


de démontrer l'expérience pratique de la commu-

139
Terre et t o u t ce qui y vit ont été assujettis long-
temps avant que nos moyens et processus technolo-
giques n'apparaissent. Le concept d'un esprit, d'une
intelligence, d'un dieu agissant au cœur de la nature
et régissant tous ses aspects a été relégué au rang
de mythe et de légendes de cultures plus simples.
Le rôle de Findhorn est de faire renaître la m y t h o -
logie dans notre vie.

Cette idée d'une vie et d'un esprit donnant sa


forme à la nature et dirigeant ses activités n'est pas
nouvelle. Elle constitue le fondement de philoso-
phies telles que l'animisme et le panthéisme. Les
enseignements ésotériques les plus sacrés ont soute-
nu à toutes les époques que c'est par la compréhen-
sion des réalités extérieures et intérieures que l'hu-
manité peut se comprendre elle-même.

A u j o u r d ' h u i , la nature de l'identité et les


processus d'auto-révélation sont abordés sous
un nouveau jour : cette exploration nous permet
de rechercher les caractéristiques de la nature
profonde de notre milieu environnant et de ses
formes, et de les réutiliser. Nous avons aussi la
chance d'aller au-delà des symboles, des légendes et
paradigme archétypique selon lequel l'homme a été des mythologies qui ont essayé d'exprimer ces
créé à l'image de Dieu et a reçu le pouvoir de do- réalités internes, de dépasser les contes de fées de
miner toute la Terre. Dans la tradition judéo-chré- notre enfance et de commencer à comprendre ce
tienne, ceci s'exprime de la manière la plus claire que ces images étaient destinées à véhiculer. Sur
dans la Genèse 1 : 26-28 : Et Dieu dit : «Faisons cette base pourra se créer une nouvelle relation
l'homme à notre ressemblance : et qu'il règne sur entre l'humanité et un monde en transformation
les poissons de la mer, et sur les oiseaux du ciel, et et de plus en plus créatif, et se déployer un Eden
sur le bétail, et sur toute la terre, et sur toute planétaire où c r o î t r o n t toutes formes de vie. Find-
créature qui rampe sur la terre». Ainsi Dieu créa horn est un lieu où l'on peut explorer la nature de
l'homme à sa propre image, à l'image de Dieu il le cette compréhension et de cette relation.
créa : mâle et femelle il les créa. Et Dieu les bénit, et
Depuis sa création, Findhorn poursuit cette
Dieu leur dit : «Soyez féconds, multipliez, et
recherche par une communication avec la réalité
emplissez la terre et assujettissez-la ; et régnez sur
cachée de la nature et un travail concret dans le
les poissons de la mer, les oiseaux du ciel, et sur
jardin découle de ces communications. Cette com-
tout être qui se meut sur la terre. »
munauté démontre q u ' i l existe effectivement des
vies à d'autres niveaux d'énergie et qu'elles sont
Sans comprendre la véritable signification de ce directement responsables des manifestations tangi-
t e x t e , nous avons réussi à un degré considérable à bles de la nature : ces seigneurs et bâtisseurs invisi-
manifester cet archétype au niveau physique. La bles de l'environnement, connus sous le nom de dé-

140
vas et d'élémentaux. L'histoire des jardins de Find- alors que je participe à son identité et à sa cons-
horn relatée dans ce livre est essentiellement celle de cience. Je reste moi-même toujours pleinement
la communication avec ces êtres et de sa concréti- conscient en tant qu'être humain t o u t en devenant
sation dans le jardin. également quelque chose d'autre, dans une profonde
relation empathique d'où peuvent émerger des in-
formations, des explications, des visions et des en-
En vivant au sein de cette communauté, je me
seignements.
suis trouvé engagé dans ce processus de communi-
cation. L'existence de royaumes de vie et d'énergie
Ce qui émerge ainsi se manifeste parfois sous la
au-delà du monde physique avait été réelle pour moi
forme de mots que je répète mais, habituellement,
dès ma plus tendre enfance, et j'avais déjà vécu
c'est une succession d'images, de sensations, de
quelques expériences de communication avec les
visions intérieures et d'impressions que je dois
esprits de la nature avant de venir à Findhorn. Tou-
mentalement traduire sous une forme verbale pour
tefois, d'autres personnes telles que Roc et Doro-
ceux qui m'écoutent. C'est parfois extrêmement
thy étant les sources habituelles d'information et
difficile, mais, habituellement, le point de contact
vivant dans une profonde intimité avec les trans-
agit lui-même comme un modèle qui guide mon
formations du jardin, mes communications furent
esprit ; je me retrouve dans un rythme de paroles et
alors essentiellement centrées sur un principe de re-
une perception de nuances particulières dans le choix
lation, ou sur une vision de ce qui pouvait se déve-
de mon vocabulaire qui sont différentes de ma maniè-
lopper. A i n s i , alors que les questions qui ont sus-
re habituelle de m'exprimer. Ainsi, je ne communique
cité ces communications sont liées à des événe-
pas seulement des informations, mais aussi une
ments précis qui ont eu lieu dans les jardins de
expérience. Je participe pleinement à cet acte de
Findhorn, ces communications sont en elles-mêmes
communion et de communication qui, selon m o i ,
fondamentalement philosophiques. Dans certains
est très différent de cette sorte de transmission
cas, elles décrivent des idéaux qui dépassent peut-
passive connue dans la médiumnité ou le spiritisme.
être les capacités de perception actuelles de l'huma-
nité, mais elles n'en offrent pas moins une vision
qui peut l'inspirer et renforcer ses efforts. Pour m o i , il ne s'agit pas d'une expérience
psychique mais mystique. La communication qui en
Je vais décrire brièvement la manière dont je résulte est le produit de la synergie entre plusieurs
reçois ces communications. Je me mets en harmo- énergies et de leur mélange : mon esprit conscient,
nie avec un état intérieur, subjectif, du mental qui ma perception consciente plus élevée de l'âme, le
est lui-même en correspondance avec un niveau de niveau avec lequel je communique, l'être ou les êtres
conscience plus vaste et plus impersonnel que j'es- représentant ce niveau et personnifiant ses énergies,
saie de rencontrer. Pour parvenir à cette harmoni- les énergies qui entourent les personnes partageant
sation, je dois surtout maintenir dans toute ma cons- cette expérience avec m o i , et, dans une certaine
cience (qui comprend le mental, les émotions et la mesure, les énergies de l'environnement qui incluent
création spirituelle) une vision de ce que je désire les qualités de l'espace/temps, ainsi que toutes les
rencontrer puis me mettre dans un état de disponi- qualités et conditions du moment où la communi-
bilité et d'attention. Alors, mon identité person- cation s'établit (par exemple, est-ce le bon moment
nelle se mélange à l'identité d'un niveau particulier et l'endroit juste pour qu'une certaine information
de conscience et de vie, mais pas nécessairement soit transmise ?). C'est ainsi qu'une telle communi-
à un être quelconque. Toutefois, ce niveau ainsi cation offre les qualités et les caractéristiques d'un
identifié peut être celui d'une vie ou d'un groupe acte de communion au-delà du temps mais aussi
d'esprits représentant un ensemble de vies. C'est dans le temps-même où sont impliquées les diffé-

141
rentes formes de vie qui y prennent part. Et pour
m o i , l'énergie de cette c o m m u n i o n est toujours
plus importante que l'information spécifique ou les
mots qu'elle véhicule.

Les communications qui suivent sont donc nées


d'un besoin particulier, mais l'acte de communion
destiné à répondre à ce besoin allait au-delà pour
pénétrer des niveaux plus profonds de compré-
hension au sujet du rôle de l'homme dans la natu-
re et cette question posée par la domination et le
travail dans un esprit de synthèse. C'est la signifi-
cation de ces communications qui est importante.
Trop souvent, l'attention a été attirée par les aspects
phénoménaux, c'est-à-dire le contact lui-même, les
esprits de la nature ou les sensitifs eux-mêmes, par
exemple Roc, Dorothy ou m o i . Si ces phénomènes
peuvent avoir de l'importance à un certain niveau,
c'est surtout la signification de cette recherche et
de ce partage, la signification de telle ou telle trans-
mission rapportée dans ce livre, qui sont importan- John : Les élémentaux ne sont pas les corps physi-
tes. J'aimerais, par conséquent, que vous accordiez ques des plantes. Une plante est une manifestation
la plus sérieuse attention au message lui-même et à tangible de l'être de la Terre, de la vie, de l'âme de la
la démonstration pratique de ce que signifie le mes- planète que vous pouvez appeler le Logos de la Ter-
sage véhiculé par les jardins de Findhorn. re. Les plantes sont au service de cet être. Elles
servent aussi à fournir un environnement pour que
des formes de vie plus évoluées pénètrent dans cette
dimension physique et s'y sentent bien. Les élé-
Transmission № 1 : La Coopération avec les mentaux, que je représente, rendent possible la
esprits de la Nature. La communication qui suit croissance et le développement des formes natu-
est celle d'une entité qui se présente simplement relles.
sous le non de «John». Myrtle et m o i , nous avons Nous sommes, pour la plupart, beaucoup plus
contacté cette présence au t o u t début de notre anciens que la Terre physique elle-même et nous
recherche. Depuis, «John» est devenu un nom de nous déplaçons librement dans les énergies de la
code, ou un point de contact avec un grand nom- créativité cosmique. Avant qu'une planète existe,
bre d'énergies vivantes dont les véritables identités nous existons ; nous donnons son existence à la
sont difficilement traduisibles en termes de person- planète.
nalités humaines. Ici John apparaît comme un
émissaire, «représentant les intérêts et la conscience A une époque, nous étions les seuls maîtres de
des royaumes élémentaux» qui participent à l'expé- la Terre. D'une certaine façon, l'homme est sorti de
rience des jardins de Findhorn. Cette communica- notre sein, que vous appelez la Nature. L'homme est
t i o n est née de nos interrogations sur la relation en- en partie un produit des royaumes des élémentaux
tre deux volontés, celle de l'homme, représenté par et des dévas car il fut autrefois un être semblable
Peter au jardin, et celle des esprits de la nature. à nous, relié aux sources cosmiques et créatives.
143
Lorsque la forme de l'homme fut créée et que Nous n'avons jamais perdu notre autorité. Il
l'humanité telle que vous la connaissez a commencé nous fut dit, cependant, que l'homme, pour déve-
à se développer, nous étions ses maîtres. Pendant lopper sa nature divine et se préparer à une des-
très longtemps, nous avons guidé et protégé l'hom- tinée cosmique, avait besoin d'être libéré de notre
me. Il a pu dialoguer avec nous car, dans sa sensi- autorité ainsi que de la domination que pouvaient
bilité profonde et à cause de ce souvenir, il ne exercer sur son être les forces planétaires plus
faisait qu'un avec nous. Dans ce royaume de notre puissantes de la nature. Pour trouver une telle
véritable existence, nous cheminions en étant un. liberté, il fut mis en contact avec l'autorité de son
propre être qu'il devait comprendre pour mettre
Mais vint une époque où il fut décidé d'accé- en œuvre la sagesse, l'amour et la compréhension
lérer l'évolution de l'homme et l'accomplissement qui répondraient aux besoins de la Terre et aux
de sa destinée ; il devait pour cela recevoir le don de rythmes de notre travail et de notre vie.
la pensée créatrice, le don de l'individuation, et du
sentiment de soi. Ceci impliquait aussi qu'il fît
l'expérience de la séparation, de la polarité et de la Nous, les élémentaux, le royaume des bâtisseurs
dualité en tant que partie de sa conscience et de et de ceux qui extériorisent les formes, nous com-
son énergie créatrice. La voie qui conduit à la maî- prenons bien les besoins de la Terre. L'humanité
trise de cette capacité était ouverte à l'homme. En parce qu'elle a la même origine que nous et qu'elle
lui et devant lui étaient déposés le pouvoir et la est une avec nous aux niveaux profonds de son être,
graine de l'autorité nécessaires pour modeler la a, elle aussi, une sensibilité inhérente aux besoins
Terre à sa convenance. Il reçut le pouvoir de domi- de la Terre et au plan de Dieu. Mais, puisque l'hom-
ner la Terre, car on pensait qu'il l'utiliserait avec me s'est considérablement perdu dans le déve-
sagesse. loppement de son propre moi et qu'il a obscurci

144
est devenu tel qu'il lui manque la sensibilité, les
connaissances et la sagesse qui nous permettent de
travailler avec ces forces et qu'il ne peut contrôler
ces énergies fondamentales. Ayant perdu la relation
avec ses propres qualités divines, ou avec ce que
vous pourriez appeler la conscience de l'âme, l'hom-
me tente d'exprimer ce pouvoir créatif uniquement
par son mental qui n'est ni assez développé, ni assez
subtil, ni assez fort pour contenir ces énergies. C'est
pourquoi la nature ne lui obéit pas aussi facilement
ni aussi parfaitement qu'à nous.

Nous reconnaissons que l'homme a le droit et


l'obligation de créer la nature, d'extérioriser les
formes qui reflètent sa propre nature. Toutefois,
lorsque ce droit est outrepassé et que l'homme
tente de détruire l'équilibre qui existe entre nous,
qu'il remplit toute la planète de ses artifices, alors
naissent les conflits et les difficultés. L'homme doit
apprendre que l'autorité ne signifie pas la licence.
Lui-même, bien qu'il soit évolué, fait toujours partie
du royaume de la nature. Il règne sur la nature, mais
il ne peut la détruire sans se détruire lui-même. La
clé de l'expression de sa domination est de maî-
triser d'abord sa propre nature ; alors toutes les expres-
sions de la nature sur une plus grande échelle souhai-
teront ardemment et joyeusement travailler avec lui.

Si l'homme continue de se méprendre sur la


nature de son autorité et de sa domination, il
anéantira les modèles écologiques de sa planète et il
se détruira lui-même au cours de ce processus.
Nous ne pouvons être détruits car nous existons
au-delà de la forme. La véritable nature de l'homme
ne peut pas non plus être détruite, quoique sa forme
puisse l'être. Il peut rendre sa planète impropre à sa
forme de vie, se coupant ainsi de la voie qui lui était
cette connaissance intérieure, agissant par consé- offerte pour son développement et son évolution.
quent sans aucune sensibilité et même de manière Cela aura pour lui de sérieuses conséquences sur le
hostile envers sa planète et envers la divinité de plan spirituel. Nous survivrons à une telle action ;
celle-ci, nous avons le droit de ne plus lui obéir. mais l'homme, sous sa forme actuelle, n'y survivra pas.
Nous ne pouvons pas contester l'autorité de l'hom-
me. Nous nous retirons simplement et laissons son Vous nous avez demandé plus particulièrement
énergie créatrice s'exprimer sans le protéger désor- quel est le rôle de l'homme dans la nature, quel est
mais des forces primitives de formation. L'homme le rôle de Findhorn et celui de son jardin.
Le rôle de l'homme est d'être le serviteur de la de communion et une plus grande maîtrise de sa
Terre et d'en prendre soin. C'est une erreur de propre nature. De ceci peut naître une union avec
vouloir jouer le rôle de seigneur des dévas ou des nous qui incarnera un pouvoir divin permettant
élémentaux ; ceci est notre rôle. Ce que l'homme de transformer notre planète.
doit faire, c'est exercer son autorité créatrice et
Pour nous, l'expérience que fait ce centre est un
inspirée ; c'est le vrai rôle qu'il doit remplir selon le
événement qui suscite une joie profonde car, ici,
schéma des êtres vivants sur Terre. L'homme a reçu
nous participons à cette coopération que je viens de
le don de l'imagination créatrice et il doit créer la
décrire et qui témoigne de cet appel vers de nou-
vision de ce qui doit être fait. Ce pouvoir est équi-
velles et puissantes énergies. Nous considérons cette
valent à celui des dévas mais, d'une certaine maniè-
expérience comme le moyen de pénétrer dans la
re, il le dépasse ; c'est le pouvoir divin de l'homme.
conscience humaine et cela nous rend pleins d'es-
poir.
Les êtres élémentaux, sous l'autorité de cet être
que vous appelez Pan, n'inventent pas les modèles
Lorsque nous travaillons avec vous ici, vous
de la Terre ou de la nature ; nous ne faisons que les
devez nous laisser les mains libres ; sinon, nous ne
construire et les maintenir. Nous possédons cette
pourrons contrôler les énergies que vous invoquerez
grande puissance parce que nous sommes d'origine
et nous devrons nous retirer. Si vous pensez que
cosmique. C'est l'homme qui a l'autorité et le
vous pouvez vous-mêmes incorporer les énergies de
pouvoir de faire que les énergies de la vie dépassent
la nature pour faire pousser ce jardin, alors nous
ces modèles et entrent dans de nouveaux royaumes
accueillerons avec joie cette tentative, mais ce sera
de possibilités et de formes.
tellement mieux si nous pouvons travailler ensemble.
Au fur et à mesure que vous poursuivez cette expé-
Jadis, l'homme a essayé d'extérioriser ce poten-
rience de votre jardin, vous devez penser à nous
tiel et cette autorité à travers le jardinage, mais son
et nous considérer comme de parfaits partenaires.
approche a souvent manqué d'esprit de coopération
Utilisez votre autorité pour nous encourager, pour
et de sens de l'unité pour faire place à un esprit de
avoir confiance en nous et nous offrir une plus
conquête, à un désir de façonner la Terre selon son
grande liberté d'action afin que nous puissions dé-
propre modèle. C'est peut-être juste intrinsèque-
verser nos énergies cosmiques dans ce jardin et dans
ment, mais la sensibilité lui a fait défaut et il est
les êtres humains qui en font partie - car nous
tombé dans l'erreur. Il n'a pas besoin d'inonder
recherchons également ici cette union avec les
la terre de produits chimiques ni d'exercer une force
êtres humains. Ensemble, nous créerons un jar-
brutale sur les formes de la nature pour les plier à
ses desseins. Il doit nous offrir la possibilité de tra-
vailler avec lui dans l'amour, le respect et la coopé-
ration.

Mais comprenez ceci : si notre pouvoir se li-


mite à servir l'homme, il est amputé. Il est impor-
tant que cette coopération débouche sur un ni-
veau plus profond que celui de l'obéissance car,
en nous comprenant et en coopérant avec nous,
l'homme apprendra à mieux nous connaître, ce qui
est l'un des buts recherchés. L'homme doit élargir
sa conscience et parvenir à la fois à une plus profon-

147
din, une floraison, une abondance au-delà de tout
ce que l'imagination humaine peut concevoir.
Telle est notre promesse.

L'homme ne pourra pas s'épanouir s'il n'essaie


pas de comprendre qu'il est un avec son univers,
avec nous. L'homme doit nécessairement franchir
une étape et retirer son héritage naturel de son être
ancien pour l'élever. Il ne deviendra pas un déva ou
un élémental, mais quelque chose de plus grand,
quelque chose qui nous soulagera et nous offrira une
nouvelle promesse et une nouvelle possibilité de
développement. Notre évolution et la vôtre en
dépendent. C'est pourquoi nous ne pouvons pas
répondre à vos désirs ou être simplement vos
serviteurs, car ce serait trop peu stimulant pour que
vous nous compreniez réellement et que vous vous
compreniez vous-mêmes. Si nous vous voyons
manipuler et mutiler nos plantes, comme vous et la
plupart des jardiniers l'avez fait, afin de les forcer à
répondre à vos critères humains et à vos petites
images de la perfection, tout en ignorant la perfec-
tion divine qui leur est inhérente, et si vous ne faites
rien pour nous aider à encourager leur développe-
ment, alors comment pouvons-nous nous associer
à vous ? Comment pouvons-nous accomplir nos
destins qui sont unis ?

Question : Voulez-vous dire que des changements


doivent intervenir dans la façon dont le jardinage
est fait ici, à Findhorn ?

John : Oui. C'est plus qu'une simple aventure


de coopération. Nous ne sommes pas ici pour
embellir ce jardin pour la gloire d'un homme,
mais pour la gloire de Dieu. Nous aussi, nous som-
mes des manifestations de Dieu. L'homme ne nous
est pas supérieur ; nous ne lui sommes pas supé-
rieurs. Nous sommes des amants. Nous ne devons
plus faire qu'un avec ces nouvelles énergies créa-
trices qui doivent être utilisées de manière juste et
non devenir destructrices. Nous aspirons à cette
unité, mais elle doit dépasser la simple coopération.
Tout travail entrepris dans le jardin doit d'abord
être examiné de notre point de vue et de celui de
l'homme.

Dieu nous ordonne de nous engager et de nous


montrer plus vulnérables que par le passé depuis
que l'homme a perdu son sens de la communion
avec nous ; ceci doit vous permettre de nous ap-
procher plus directement et plus facilement, dans
ce centre et dans d'autres qui vont naître. Si au
cours de cette expérience, nous sommes blessés afin qu'ils produisent de plus grandes fleurs. Pen-
par des actions insultantes pour les formes que nous dant une période, les messages que Roc reçut des
construisons et que nous gouvernons, nous resterons élémentaux laissaient entendre que cette pratique
patients et supporterons ces blessures, sachant que était effectivement une mutilation destinée à servir
vous faites votre apprentissage. Nous n'en tiendrons les buts égoïstes de l'homme. Cette question f u t
pas compte s'il s'agit d'une petite offense survenue abordée au cours d'une communication établie
alors que vous cherchez à élargir cette communion et avec l'entité nommée «Amour et Vérité infinis».
si vous la réparez, en essayant de percevoir nos
besoins tels qu'ils vous sont révélés. Nous sommes Amour et Vérité infinis : Vous trouvez la clé de
conscients de vos motivations et de vos intentions. votre question dans ce que je représente : l'amour
Mais si vous continuez de nous blesser, ou si vos illimité, infini. Celui qui vous a inspiré cet amour,
motivations deviennent moins sensibles au Tout, qui a représenté l'incarnation du Christ, a dit :
nous devrons nous retirer pour obéir à la loi à « Le plus grand de tous doit être le serviteur de tous. »
laquelle nous sommes soumis. Si nous nous retirons Tout ce qui est à comprendre se trouve dans cette
de ce centre à cause de votre manque de sagesse, déclaration. Cette domination de l'homme sur la
cela diminuera cette énergie de guérison - l'amour, la Terre ne lui a jamais été accordée pour qu'il s'ex-
paix, l'espoir, la lumière - qui se répand dans le prime dans un état de conscience isolé et à sens
monde à partir de ce centre et d'autres centres où unique. La domination de l'homme est due au fait
la coopération et la résonance entre nos royaumes que son âme est un entrelacement de nombreux
sont approfondies et se développent. Comprenez modèles qui appartiennent à d'autres règnes de l'évo-
la responsabilité que vous avez prise. lution. L'homme représente une forme plus com-
plexe et potentiellement plus évoluée, une cons-
cience qui possède une gamme plus large de possi-
Transmission № 2 : Le règne de l'Amour. bilités créatrices, que les autres règnes de la nature
Cette communication fait partie de celles que je vivante, les dévas et les élémentaux étant néan-
reçus en août 1970, d'une force archétypique se moins à leur manière, en plus parfaite harmonie
nommant elle-même «Amour et Vérité infinis» (Ces avec leur évolution et leur mission.
transmissions et les circonstances dans lesquelles
elles ont eu lieu sont rapportées dans mon livre Cette nature complexe de l'homme lui fait
Révélation : The Birth of a New Age*, c'est-à-dire occuper une position unique. Un être appartenant
«Révélation : Naissance du Nouvel Age». Mais au monde dévique ne peut voir le monde que du
cette communication-ci n'a pas été incluse dans le point de vue des dévas et un élémental, du point de
livre car elle concernait spécifiquement la nature vue des élémentaux. Potentiellement, un être hu-
et les jardins de Findhorn.) main peut le percevoir sous ces deux aspects ainsi
que sous bien d'autres encore. Ceci lui donne une
Comme pour le précédent message, c'est le vision créatrice plus large.
besoin de comprendre le sens du concept de do-
mination de l'homme sur la Terre qui a donné Voici sa domination : la puissance de l'amour et
lieu à ce message. Certaines pratiques de jardina- la capacité créatrice d'exprimer une nouvelle vision.
ge communément acceptées étaient en usage à L'homme n'a pas à imposer cette vision à la nature.
Findhorn ; ainsi en était-il de l'habitude d'épincer Il doit la lui communiquer et la nature y répondra,
les rejets des plants de tomate pour que leur vi- car elle attend seulement de pouvoir répondre à
talité se dirige dans les f r u i t s plutôt que dans les
feuilles. Il en était de même pour les pois de senteur
* à paraître en français.
149
l'authentique capacité créatrice de l'homme. Mais, L'homme doit apprendre à communier avec la
par ailleurs, si l'homme tente de manipuler les nature. Afin d'exercer de manière juste sa domina-
formes physiques sans en avoir la compréhension, tion créatrice, il doit être informé, connaître les
non seulement il bloque la communication, mais il conséquences de ses actes, l'effet de son amour,
limite aussi ses propres possibilités. de sa compréhension et de sa capacité à obtenir la
coopération de tous ceux qui peuvent être tou-
chés. Les énergies qui se trouvent en l'homme sont
Le pouvoir qu'ont les royaumes de la nature puissantes. Pour sa propre sécurité et celle de son
de transformer complètement la forme physique en univers, elles ne sont pas totalement actualisées
un laps de temps donné s'est déjà manifesté sous vos au cas où elles seraient mal utilisées.
yeux. L'homme doit surtout communiquer ce qui
est nécessaire aux êtres de la nature, sans autres
interventions physiques que celles qui lui sont ins- Cette nouvelle coopération avec les esprits
pirées au cours des harmonisations. C'est un re- de la nature, qui est explorée dans ce centre, ne
flet de la grande force créatrice de l'humanité, de signifie pas que l'homme ne va plus dominer la
cette capacité d'agir totalement sur la matière par la Terre. C'est un pas dans son évolution pour lui
puissance de la pensée et de l'esprit. De nombreux permettre d'exprimer cette domination de manière
êtres humains parvenus à ce haut niveau de relation différente, avec plus d'amour et de conscience,
harmonieuse avec Dieu manifestent cette capacité. comme Dieu le désirait depuis le commencement.
Mais celle-ci ne pourra se révéler d'une manière «Celui qui est le plus grand de tous doit être le
authentique, pure et correcte dans le Nouvel Age serviteur de tous» et il doit servir dans l'amour,
tant que ne seront pas d'abord apparus une cons- dans la compréhension, dans la coopération. C'est
cience d'amour et un désir de protéger et de com- ainsi que l'homme découvrira sa dimension de
munier avec la vie sous toutes ses formes, minérale, profondeur et des facultés qui lui apporteront
végétale, animale et humaine, chacun pouvant la liberté et une créativité plus grande que dans
être influencée et atteinte par cette énergie créa- leur expression actuelle. Celui qui est destiné à
trice. incarner et mettre en action la volonté de Dieu doit
être totalement innocent, c'est-à-dire incapable de
Observez votre monde. L'homme en a bien blesser quiconque, que ce soit volontairement, par
altéré la face par des procédés physiques. Dans ignorance ou par manque d'amour. Ceci ne signifie
certains cas, cela a semblé très bénéfique mais au- pas que l'amour soit incapable de détruire des
jourd'hui il découvre que le mal s'y manifeste formes si cela est nécessaire pour donner à d'autres
par un déséquilibre dans les processus vitaux. De formes plus importantes une chance de vivre. Mais
grandes quantités de terre, d'eau et d'air sont cette énergie doit s'exprimer selon la loi qui incarne
empoisonnées et hautement négatives sur le plan l'amour, la sagesse, la conscience et la relation avec
éthérique, mettent toute forme de vie en danger. l'Un.
Protéger les dimensions physiques de la vie contre
ces énergies déséquilibrées nécessite un effort
considérable de la part des royaumes invisibles. Dieu est présent en toute vie. Les royaumes de
Tout ceci est dû au fait que l'homme a cru agir la nature ne vous sont ni inférieurs, ni supérieurs ;
pour le bien mais selon son point de vue limité. ils sont différents. Ils ne disposent pas de la même
Aujourd'hui, il abat des arbres pour satisfaire ses liberté d'action que vous. Cest pourquoi ils vous
besoins de l'instant sans penser qu'il disparaîtra demandent de les conduire avec soin vers des
peut-être demain à cause de l'érosion du sol. niveaux plus avancés de leur propre évolution

150
en concevant pour eux des formes nouvelles et de loin beaucoup plus puissants que ne l'est aujour-
plus complexes leur permettant d'incarner leurs d'hui le royaume des humains, car ils sont encore
énergies vitales et en les leur suggérant. Vous devez en relation harmonieuse avec les énergies de Dieu.
leur proposer de nouveaux aspects de la beauté et Toutefois, l'homme conserve en lui cette immen-
de la perfection, mais comprendre que si cette se filiation créatrice qui le relie à Dieu mais il
offre n'est que le reflet du point de vue humain, les doit l'exprimer selon le modèle divin. Dieu n'est pas
dévas et les élémentaux auront du mal à com- seulement le dieu des êtres humains. Il est le Sei-
prendre totalement ce que vous souhaitez. Pour gneur et le Bien-Aimé, le Créateur et le Nourricier,
obtenir leur totale coopération et leur permettre de la Graine, la Promesse et l'Accomplissement de
travailler avec vous, vous devez être capables, au toutes les formes de la nature, de celles de la Terre
moins à un certain degré, d'établir avec eux une et de celles qui se trouvent au-delà, dans le Cosmos.
communication sur leur «longueur d'onde», en Pour accomplir la volonté de Dieu, vous devez vous
accord avec leurs valeurs et leur vision de la vie. efforcer de voir la vie selon Sa vision, de connaître
avec Son amour, de vivre selon Sa vie. C'est aussi
Les royaumes des élémentaux et des dévas sont simple que cela. Ce n'est pas un modèle complexe.
Au cours de cette séance, les questions trai- J'ai déclaré que l'énergie et les lois de la mani-
tèrent d'expériences spécifiques qui avaient lieu festation*, c'est-à-dire la manifestation de l'énergie
dans le jardin ; ainsi l'une d'elles portait sur les sur le plan visible de la matière, ne peuvent fonc-
tomates et sur le moyen d'obtenir des fruits plus tionner qu'en présence d'amour. Vous devriez
gros. pouvoir comprendre que, sinon, les lois de la mani-
festation dégénèrent pour devenir l'essence de la
magie noire, ou même pour en prendre les formes.
A m o u r et Vérité infinis : Je comprends que la
L'amour et la communion, par ailleurs, vous aident
nourriture vous préoccupe. D'où vient votre nour-
à réaliser votre œuvre en harmonie avec les entités
riture ? C'est Dieu qui pourvoit à tout ce dont vous
impliquées dans ce processus. Si les royaumes de la
avez besoin et non la vigne ou l'arbre, non le sol ni
nature s'aperçoivent que votre amour est plus grand
d'autres humains, ni les royaumes de la nature. Dieu
que l'angoisse que vous éprouvez à l'idée de la
est la source qui répond à tous vos besoins. Dieu est
nécessité de vous nourrir, alors, pour honorer le
partout et en tout. Il n'est pas grand. Il n'est pas
Dieu que nous servons tous, ils déverseront leurs
petit. Un petit fruit qui pousse sur une plante
énergies coopératives dans la manifestation tangible,
heureuse et joyeuse, pleine de vitalité, contient plus
la matérialisation, de ce dont vous pouvez avoir
de nourriture divine qu'un gros fruit poussé sur une
besoin, pas toujours en termes de taille ou de
plante qui a été mutilée et qui a, par conséquent,
quantité mais toujours selon des valeurs supérieures
vécu une expérience de douleur et de peur, car ce
de qualité, de cette qualité qui, provenant de Dieu,
sont alors des énergies négatives qui entrent dans ce
est la nourriture suprême.
fruit. Il peut fournir plus de volume en termes
quantitatifs, mais moins de nutriments en termes
L'homme, dans cet état de conscience qui
d'énergie divine contenue dans ce fruit.
l'isole du reste du monde vivant, cherchant à
dominer la Terre, a violé et exploité la nature.
Selon ces communications avec la nature, et d'au-
Si vous éprouvez une certaine anxiété à propos tres établies à Findhorn sur plusieurs années, cer-
de votre nourriture, c'est que vous n'avez pas taines entités des royaumes invisibles de la nature
confiance en Dieu. Il a été dit que vous aurez de la
nourriture en abondance. Si, à l'heure actuelle, vous
cherchez à produire de la nourriture qui soit à la
fois abondante et d'un gros volume mais que vous
utilisiez en même temps des méthodes sans aucune
considération pour ce que peuvent ressentir les
plantes et les êtres de la nature qui en prennent
soin — leur propre point de vue comme avez le vô-
tre — ces plantes ne pourront répondre que par la
douleur, la peur et la colère car elles ne compren-
nent pas ce qui leur arrive. Même si elles le perce-
vaient, elles répondraient toujours par la douleur
aux actes qui les mutilent. Ce genre d'actes dus à
votre anxiété et à votre manque de considération
affaiblit vos pouvoirs de manifestations, pouvoirs
qui sont enracinés dans votre relation harmonieuse De la même façon qu'une «manifestation» en fran-
çais concrétise sur le plan visible, dans la rue, une
avec le Tout. expression de la voix collective.

153
considèrent l'humanité, au mieux comme une nui- établis, de relier les dimensions matérielles et
sance et, au pire, comme une source dangereuse spirituelles, le présent et le f u t u r , l'essai et la réali-
de négativité et de destruction. Que d'autres re- sation concrète. L'humanité est la Race du Jar-
connaissent le rôle et la valeur de l'homme n'est d i n , la Race de l'Eden, chassée du paradis afin de
pas une consolation. découvrir comment être le créateur du paradis et
pas uniquement son enfant. L'homme apprend
C'est là une différence subtile mais importante à devenir un jardinier sur tous les plans, à tous les
entre l'humanité et les royaumes de la nature. Bien niveaux, comment co-créer avec Dieu, comment
que la nature ait biologiquement et psychiquement re-créer la Terre.
porté l'homme dans son sein et qu'elle ait été sa
mère, il n'en demeure pas moins que, spirituelle-
C'est vers ce destin que se tournent et que
ment, l'homme a une autre source. Son être profond
travaillent avec espoir tous les royaumes de la
ne se trouve pas dans la nature seule mais en lui-
nature, confiants en cette capacité qu'a l'humanité
même en relation avec cette Source. L'une des tra-
d'utiliser la conscience de soi avec sagesse et amour
ditions ésotériques rapporte que l'humanité avait
et de créer la liberté pour tous. Il n'est pas étonnant
besoin de se séparer des forces puissantes des éner-
qu'un endroit comme Findhorn soit considéré avec
gies instinctives et inconscientes de la nature et que
une telle attention, car l'expérience qui s'y déroule
le mécanisme utilisé à cette f i n f u t de promouvoir
va dans le sens de ce destin. Dans ce jardin, les hom-
cette expérience de la conscience de soi. La d o m i -
mes peuvent apprendre la véritable nature de leur
nation de la nature par l'homme s'est révélée mal-
d o m i n a t i o n , qui n'est pas le fait de leur existence
saine, comme d'ailleurs la domination de l'homme
en tant qu'hommes, mais de leur caractère divin.
par la nature.
C'est une domination fondée sur la participation
à la totalité de la vie et non sur le force qu'un
Pour revenir à un juste milieu, il faut, de toute
des aspects de la vie peut exercer sur les autres.
évidence, comprendre la signification de la domi-
nation. Est-ce le gouvernement par la force et la
tyrannie, ou la conduite par l'exemple, la commu- A Findhorn, l'homme exerce toujours son
n i o n , la compréhension et l'attention ? Dans la Ge- ancien rôle, sa domination, mais à travers la com-
nèse, Dieu ne donne pas le pouvoir de domination munion, la communication et les arts de la vie en
à d'autres créatures de la Terre : il affirme la domi- communauté. Par cette domination, aucun n'est
nation d ' u n être créé à son image. Une image est rendu inférieur mais tous sont exaltés. Les royaumes
plus qu'une forme ; c'est le processus vital à partir de la nature ne sont pas considérés comme habités
duquel prennent naissance les formes qui expri- par des formes qui doivent être manipulées, ou par
ment ses différentes étapes. L'image de Dieu est le des êtres inférieurs dans l'échelle de l'évolution,
déploiement de la divinité elle-même ; il s'agit d'une mais par ces frères et ces amis très chers qu'ils au-
transformation par la croissance, la sagesse, la lu- raient toujours dû être. Findhorn ne cherche pas à
mière et l'amour. C'est le processus de la vie, se retrouver des formes primitives d'un culte de la
déployant en des niveaux de liberté, de connais- nature ou à abandonner la conscience de l'homme
sance et d'expression plus élevés. aux pulsions instinctives des énergies sauvages et
élémentales. Il démontre plutôt qu'il peut être
La capacité d'incarner ce phénomène dans la fait appel à ces énergies perçues comme étant une
conscience de soi distingue l'humanité des autres aide extérieure et qu'elles peuvent être transfor-
royaumes. L'homme a le pouvoir divin de trans- mées grâce à la conscience de soi et grâce à des
cendance, la faculté de dépasser les schémas pré- individus en état d'harmonie profonde, en sécurité

155
dans leur unité avec Dieu et, par conséquent, actifs et de celles de la Terre... Puisque nous sommes son
dans leur unité avec la Terre. De la séparation émerge image faite chair, nous ne pouvons être moins. Ce
la synthèse, et de la domination naissent la coopé- n'est pas un modèle complexe. Nous trouvons notre
ration et la coévolution. C'est cette promesse de reflet dans nos propres actions. Si nous devons
recréer le Jardin d'Eden qui constitue l'essence de la découvrir la promesse de l'image divine qui est en
nature de la Terre. nous, nos actes, eux, doivent nécessairement re-
Selon les termes de l'entité Amour et Vérité fléter cette totalité et cet amour du Nourricier et de
infinis : Dieu n'est pas seulement le Dieu des êtres cette Promesse, cet amour de la Graine et de l'Ac-
humains. Il est le Seigneur et le Bien-Aimé, le complissement nous conduisant vers l'Un. De la
Créateur et le Nourricier, la Graine, la Promesse et domination à la synthèse, et au-delà... C'est aussi
l'Accomplissement de toutes les formes de la nature simple que cela.

157
IL est impossible d'atteindre d'un seul coup ce
niveau de conscience. Il émerge progressivement,
au fur et à mesure que vous commencez à perce-
voir que c'est Ma vie qui baigne tout ce qui vous
entoure.

LE JARDIN
AUJOURD'HUI
ET ENSUITE ? Celui qui visiterait le jardin de il que l'expérience de coopération entre l'homme
Findhorn aujourd'hui le trouverait entièrement et la nature soit terminée ? Sans l'aide de ces êtres
différent du prodigieux jardin que Peter démarra réceptifs qui peuvent se mettre directement à l'écou-
dans le milieu des années 60. Les choux ont re- te des forces de la nature, l'homme se retrouve-t-il
trouvé leur poids moyen de deux à trois livres une fois de plus seul dans le jardin ?
chaque, et les digitales cherchent de nouveau à
atteindre des hauteurs de 1,20 mètre plutôt que de S'il en était ainsi, le jardin de Findhorn créé par
2,40 mètres. En de nombreux endroits la terre Peter avec l'aide des dévas et des esprits de la nature
sableuse d'origine est difficilement visible sous des ne serait qu'un moment historique, un événement
couches de compost. Les plants de cytise, d'euca- remarquable en son temps. Que peut-il nous o f f r i r ,
lyptus et de pin amenés par Peter, dominent au- à nous autres qui cherchons à retrouver l'harmonie
j o u r d ' h u i les buissons d'hypéricum, de spirées et de nos personnes et de notre planète ? On trouvera
de rosiers sauvages, entremêlés de centaines de va- la réponse à la fois dans l'histoire suivante du jar-
riétés de fleurs et de plantes rampantes. C'est un din et dans la beauté que révèle celui-ci aujour-
jardin magnifique, croissant dans un endroit plu- d'hui.
t ô t inattendu. Mais est-ce là ce qui rend le jardin
de Findhorn suffisamment original pour susciter En 1970, quand Peter se tourna vers d'autres
un intérêt particulier ? aspects de la communauté, l'expérience liée au jar-
din entra dans une phase nouvelle, d'une manière
C'est sûr que, les premières années, il se distin- que personne n'attendait. Une série de jardiniers
guait des autres jardins parce que ses jardiniers re- professionnels et non professionnels, avec des de-
cevaient des conseils de Dieu par Eileen, des dévas grés divers d'harmonisation aux dévas et aux esprits
par D o r o t h y , des esprits de la nature par Roc, et de la nature, se succédèrent dans le jardin pendant
de divers plans de réalité par David. Mais cette si- les années suivantes. Les besoins croissants de la
tuation ne pouvait pas se poursuivre indéfiniment. communauté les empêchèrent d'y consacrer t o u t
En 1973, D o r o t h y et David retournèrent aux leur temps et leur énergie comme Peter l'avait fait.
États-Unis avec quelques autres pour former en La communauté s'attachait à développer la cons-
Californie l'Association de Lorian. Vers la f i n de cience humaine au moyen de divers programmes de
1974, la voix intérieure qui s'était adressée à Eileen travail et d'étude.
pendant plus de 20 ans prit un aspect nouveau,
moins distinct d'elle. La technique de notation Au printemps 1974, le Hall Universel, nouvelle-
des messages qui f u t nécessaire au moment de la ment dessiné et construit par des membres de la
création des bases de Findhorn, disparut au fur et communauté pour servir de centre d'expression
à mesure qu'Eileen découvrait que Dieu est véri- créatrice, absorba toute notre attention. L'excita-
tablement en chacun de nous à chaque instant, t i o n créée par l'épanouissement de notre conscience
d'une façon non distincte et infiniment variée. nous f i t négliger ce qui lui avait donné naissance. Le
Au printemps 1975, Roc quitta son corps matériel jardin était en danger de glisser peu à peu hors de
pour un royaume où il est peut-être plus en harmo- notre perception.
nie maintenant avec ses chers esprits de la nature.
Les puissantes énergies créatives de Peter sont de Ce même printemps, la plupart de ceux qui
plus en plus dirigées vers le développement de la avaient participé au jardin au cours des trois années
communauté et le rôle public de Findhorn On peut précédentes, changèrent d'activité ou quittèrent
avoir l'impression que le jardin est devenu seulement la communauté. Ceux qui les remplacèrent avaient
l'un des aspects de la vie en c o m m u n . Cela signifie-t- un grand amour de la nature mais peu d'expérience

160
technique en horticulture : «Nous avons fait de no- nage. Cette conférence avait pour sujet : « L ' H o m -
tre mieux, nous avons persévéré avec ce que nous me, la Nature, et le Nouvel Age», l'accent étant mis
savions». En attendant, l'éclat des plantes commen- sur le jardin. Dorothy et Roc arrivèrent sur la scène,
çait à baisser. et les éternelles tensions entre l'homme et la nature
surgirent. Par moment on aurait dit que la conféren-
C'est alors que Fred Barton arriva dans la com- ce contribuait plus à susciter les questions qu'une
munauté, avec ses quarante années d'expérience conscience plus grande. «Que signifie en termes
comme jardinier amateur et professionnel, une concrets, pour mon jardin, la coopération avec les
mémoire encyclopédique des noms latins et des o r i - dévas et les esprits de la nature ?» - «Quelle est la
gines de chaque arbre, arbuste et fleur qui poussent différence entre coopération et manipulation ?» —
en Grande-Bretagne, et des soins à leur donner. «Jardiner, au f o n d , qu'est-ce que c'est ?» — La
Il tirait sa sagesse de nombreuses années d'études et nature et l'homme, semblait-il, donnaient des ré-
d'une observation attentive de la nature — mais il ponses différentes. Comment allait évoluer l'expé-
n'avait pas d'oreilles, d'yeux ou de sens intérieurs rience à partir de là ?
pour ceux qu'on appelait esprits de la nature ou dé-
vas. Fred était seulement conscient de la puissance La conférence permit certes de concentrer à
et du merveilleux de la nature, qu'il expérimentait nouveau une partie de l'intérêt de la communauté
en travaillant avec les plantes. «Quand je sus que sur le jardin, mais les jardiniers eux-mêmes restèrent
j'allais vivre à Findhorn, je me demandai sans cesse en conflit. Fred était jardinier et n'avait pas besoin
si je serais jamais capable de relier ce que je sentais de cours sur le développement de la conscience
et connaissais du jardinage d'une manière pratique pour savoir comment mener à bien un jardin. Il
à la méthode de connaissance qui semblait être en- n'avait pas non plus l'arrière-plan spirituel de Peter
seignée ici. Au fond de m o i , j'étais persuadé qu'il qui lui aurait permis d'intégrer sans difficulté la
devait s'agir de la même chose.» Toutes les années réalité des dévas et des esprits de la nature. D'autre
d'étude de Fred étaient-elles inutiles quand ces gens part la plupart des jardiniers avaient la conviction
de Findhorn disaient qu'ils pouvaient répondre aux que la connaissance des dévas était essentielle au
besoins d'une plante simplement en s'harmonisant jardinage, et ils s'opposaient à une manipulation de
avec les dévas, ou en l'inondant d'amour ? Rien la nature telle qu'elle est pratiquée au cours de cer-
qu'à voir l'aspect du jardin, c'était clair pour t o u t taines façons horticoles traditionnelles. L'équipe
le monde qu'il n'en était pas ainsi. Mais chaque fois du jardin faillit abandonner Fred ; Fred faillit aban-
que Fred disait, avec toute la sollicitude qu'il por- donner l'équipe du jardin — et le jardin attendait
tait dans son cœur pour les plantes : «Taillez ce patiemment. Mais une fois les deux extrêmes suffi-
Fagus sylvatica purpurea (hêtre pourpre)», ou samment éloignés l'un de l'autre, ils parvinrent à
«Rabattez cet arabis, il étouffe les crocus», les trois- une entente, comme toujours en pareil cas. A un
quarts des jardiniers, avec toute la sollicitude qu'ils certain moment, les jardiniers commencèrent à
portaient dans leurs cœurs pour les plantes, protes- réaliser que leur principal souci n'était pas de choisir
taient : «Non, ça leur ferait du mal, nous avons pré- des techniques, mais bien plutôt de savoir pourquoi
féré demander aux dévas d'y remédier.», ou «Peut- ils travaillaient tous au jardin. Leur terrain de ren-
être qu'ils aiment se trouver t o u t près comme ça». contre étant leur amour pour les éléments de la
création, cela leur donnait envie d'apporter chacun
leur petite part en coopérant avec la nature par le
Quand arriva l'époque de la conférence semi-
truchement du jardin. L'amour et l'ouverture d'es-
annuelle tenue pour les visiteurs à l'automne 1974,
prit firent naître une harmonie et un échange nou-
le groupe du jardin se trouva bloqué par ce qui sem-
veaux. Tandis que l'homme coopérait avec son
blait être deux approches irréconciliables du jardi-

161
semblable, partageant connaissances et perceptions, pas que ce f û t possible, parce que je restais toujours
l'homme commença à participer d'une nouvelle à mon profond amour des plantes ; mais cette con-
manière à la nature. naissance des dévas et des esprits de la nature a élar-
L'expérience évoluait. Au départ, Peter, Eileen, gi ma notion du jardinage. Je l'envisage maintenant
Dorothy et Roc avaient chacun mis en valeur des au-delà du procédé semblable à la manipulation des
aspects uniques et distincts des forces nécessaires écrous et des boulons sur une machine, et lui ai
pour créer le jardin avec l'aide de Dieu et de la na- donné une vitalité nouvelle. Et pourtant, le travail
ture. Ces différences montraient clairement le rôle lui-même reste bien ancré dans la terre, et tire de
et l'apport de chacun de ces aspects. Et c'est ainsi moi un pouvoir que je ressens comme étant d'origi-
que du sable surgit une vie abondante. Mais une fois ne divine, si bien qu'en travaillant avec les plantes,
ce sable devenu terre vivante et les techniques tradi- j'ai vraiment l'impression qu'elles sont une part
tionnelles de jardinage connues et appliquées, quel vivante de m o i . Avant, mes sentiments au sujet des
était le pas suivant ? plantes étaient plus nébuleux, et je ne pouvais com-
muniquer avec personne ce que je vivais à leur con-
Les fondateurs de Findhorn ne proposaient pas tact, sauf peut-être en disant que le pouvoir dont
un programme déterminé pour coopérer avec la na- j'avais conscience était ce qui donnait aux gens «les
ture. A f i n de faire revivre votre lopin de terre, vous mains vertes». Je découvre aujourd'hui que j ' a i des
n'avez pas besoin d'une dynamo telle que Peter, possibilités nouvelles pour communiquer mes sen-
d'un canal pour recevoir la voix de Dieu tel qu'Ei- timents et pour écouter ceux des autres. C'est ainsi
leen, d'un esprit plein de ressources pour recevoir que nos malentendus ont été surmontés». Les au-
des conseils des dévas comme Dorothy, et d'un ma- tres jardiniers découvraient, eux aussi, de nouvelles
ge pour parler avec les esprits élémentaires de la na- possibilités. En écoutant Fred, et en lui posant des
ture comme Roc. Mettre l'accent sur la forme ex- questions, ils assimilaient la connaissance et la sa-
térieure de l'expérience plutôt que sur son message gesse que l'être humain a acquises depuis q u ' i l a
essentiel nous ferait manquer le but. Dieu, les dévas entrepris d'inviter les plantes à vivre avec lui plutôt
et les esprits de la nature sont des aspects différents qu'autour de lui. Selon les termes de Fred : «Nous
d'une seule et même vie, celle que nous-mêmes mélangeons t o u t ensemble, et pour finir nous ob-
exprimons. Ils sont en fait à l'intérieur de nous et tiendrons ce qu'on pourra appeler un magnifique
chacun de nous a la possibilité de travailler avec ces compost».
forces pour créer le Royaume Céleste sur la terre.
Le reconnaître et agir en conséquence, voilà le défi Bientôt la structure du Hall Universel se déve-
que se proposaient les jardiniers en 1974 : le défi loppa parallèlement à un jardin redevenu rayonnant
d'un changement de conscience. et vital. Le fait d'avoir pris conscience que toute
forme de vie cherche à exprimer la plénitude de
L'esprit et la matière sont deux aspects divins son identité permit leur double épanouissement.
de l'unité de la vie. Aussi chaque jardinier doit-il L'élargissement de la conscience humaine ne peut
participer à l'essence et à la forme des plantes de pas être séparé du développement de la totalité de
son jardin, d'une part en découvrant au fond de lui l'environnement dans lequel elle trouve son expres-
la connaissance des dévas, d'autre part en harmoni- sion. Ou bien les deux progressent ensemble, ou
sant cette recherche avec des techniques pratiques bien ils ne progressent pas du t o u t . Plus les jardiniers
de jardinage. Avec le temps, Fred se mit non seule- perçoivent la présence du divin dans tous les aspects
ment à lire mais aussi à étudier les messages des dé- de la plante qu'ils soignent, plus la véritable essence
vas : «J'ai découvert ici une conscience beaucoup de toute chose leur est révélée. Ainsi la réelle
plus aiguë des plantes et du jardinage. Je ne pensais beauté du jardin de Findhorn, et de n'importe quel
162
semblable, partageant connaissances et perceptions, pas que ce f û t possible, parce que je restais toujours
l'homme commença à participer d'une nouvelle à mon profond amour des plantes ; mais cette con-
manière à la nature. naissance des dévas et des esprits de la nature a élar-
L'expérience évoluait. Au départ, Peter, Eileen, gi ma notion du jardinage. Je l'envisage maintenant
Dorothy et Roc avaient chacun mis en valeur des au-delà du procédé semblable à la manipulation des
aspects uniques et distincts des forces nécessaires écrous et des boulons sur une machine, et lui ai
pour créer le jardin avec l'aide de Dieu et de la na- donné une vitalité nouvelle. Et pourtant, le travail
ture. Ces différences montraient clairement le rôle lui-même reste bien ancré dans la terre, et tire de
et l'apport de chacun de ces aspects. Et c'est ainsi moi un pouvoir que je ressens comme étant d'origi-
que du sable surgit une vie abondante. Mais une fois ne divine, si bien qu'en travaillant avec les plantes,
ce sable devenu terre vivante et les techniques tradi- j ' a i vraiment l'impression qu'elles sont une part
tionnelles de jardinage connues et appliquées, quel vivante de m o i . Avant, mes sentiments au sujet des
était le pas suivant ? plantes étaient plus nébuleux, et je ne pouvais com-
muniquer avec personne ce que je vivais à leur con-
Les fondateurs de Findhorn ne proposaient pas tact, sauf peut-être en disant que le pouvoir dont
un programme déterminé pour coopérer avec la na- j'avais conscience était ce qui donnait aux gens «les
ture. A f i n de faire revivre votre lopin de terre, vous mains vertes». Je découvre aujourd'hui que j ' a i des
n'avez pas besoin d'une dynamo telle que Peter, possibilités nouvelles pour communiquer mes sen-
d'un canal pour recevoir la voix de Dieu tel qu'Ei- timents et pour écouter ceux des autres. C'est ainsi
leen, d'un esprit plein de ressources pour recevoir que nos malentendus ont été surmontés». Les au-
des conseils des dévas comme D o r o t h y , et d'un ma- tres jardiniers découvraient, eux aussi, de nouvelles
ge pour parler avec les esprits élémentaires de la na- possibilités. En écoutant Fred, et en lui posant des
ture comme Roc. Mettre l'accent sur la forme ex- questions, ils assimilaient la connaissance et la sa-
térieure de l'expérience plutôt que sur son message gesse que l'être humain a acquises depuis qu'il a
essentiel nous ferait manquer le but. Dieu, les dévas entrepris d'inviter les plantes à vivre avec lui plutôt
et les esprits de la nature sont des aspects différents qu'autour de lui. Selon les termes de Fred : «Nous
d'une seule et même vie, celle que nous-mêmes mélangeons t o u t ensemble, et pour finir nous ob-
exprimons. Ils sont en fait à l'intérieur de nous et tiendrons ce qu'on pourra appeler un magnifique
chacun de nous a la possibilité de travailler avec ces compost».
forces pour créer le Royaume Céleste sur la terre.
Le reconnaître et agir en conséquence, voilà le défi Bientôt la structure du Hall Universel se déve-
que se proposaient les jardiniers en 1974 : le défi loppa parallèlement à un jardin redevenu rayonnant
d'un changement de conscience. et vital. Le fait d'avoir pris conscience que toute
forme de vie cherche à exprimer la plénitude de
L'esprit et la matière sont deux aspects divins son identité permit leur double épanouissement.
de l'unité de la vie. Aussi chaque jardinier doit-il L'élargissement de la conscience humaine ne peut
participer à l'essence et à la forme des plantes de pas être séparé du développement de la totalité de
son jardin, d'une part en découvrant au f o n d de lui l'environnement dans lequel elle trouve son expres-
la connaissance des dévas, d'autre part en harmoni- sion. Ou bien les deux progressent ensemble, ou
sant cette recherche avec des techniques pratiques bien ils ne progressent pas du t o u t . Plus les jardiniers
de jardinage. Avec le temps, Fred se mit non seule- perçoivent la présence du divin dans tous les aspects
ment à lire mais aussi à étudier les messages des dé- de la plante qu'ils soignent, plus la véritable essence
vas : «J'ai découvert ici une conscience beaucoup de toute chose leur est révélée. Ainsi la réelle
plus aiguë des plantes et du jardinage. Je ne pensais beauté du jardin de Findhorn, et de n'importe quel
162
jardin, vient du rayonnement de ses plantes et de ses
jardiniers, tournés ensemble vers la lumière de Dieu.

Peter, représentant le travail créateur de l'hom-


me dans le jardin, se trouvait entouré de personnes
pour qui Dieu et les anges étaient aussi réels que
pour Adam et Eve dans le Jardin du Paradis. Bien
que Peter, dans la pureté de sa démarche, f û t capa-
ble d'accepter cette réalité, elle lui demeurait ex-
térieure. L'expérience du jardin et des jardiniers
en 1974 consistait à intérioriser cette réalité. Adam
et Eve durent choir de leur état d'insconciente
innocence dans le monde des apparences contradic-
toires afin d'apprendre que le dialogue entre les
extrêmes révèle l'unité. Ils n'étaient pas séparés
l'un de l'autre, ni du monde qui les entourait, mais
l'un par l'autre, et au moyen du désert dans lequel
ils se trouvèrent, ils eurent la possibilité de recréer
le jardin harmonieux de Dieu. A u j o u r d ' h u i , nous
leurs enfants, nous pouvons retrouver la nature, et
retourner dans le Jardin d'Eden, dont l'accès n'est
plus interdit par l'ange à l'épée flamboyante, mais
en compagnie de la hiérarchie angélique, des dévas
et des esprits de la nature.

Dans ce chapitre, les jardiniers de Findhorn


nous f o n t partager ce qu'est le travail au jardin au-
j o u r d ' h u i , mettant en pratique la sagesse et la per-
ception intérieure des dévas et des esprits de la na-
ture. Toutefois, la connaissance essentielle ne s'arrê-
te pas aux informations précises données ici, mais
inclut la commune expérience de joie et d'engage-
ment ressentie par les jardiniers au cours de leur
travail. Les questions et les réponses ont été tirées
des discussions qui eurent lieu pendant la confé-
rence sur l'Homme, la Nature et le Nouvel Age, et
des problèmes que se posent les jardiniers. Nous
espérons que ces textes donneront des directives
précieuses à ceux qui désirent découvrir à leur
façon la coopération avec la nature, car le retour
au Jardin d'Eden n'a pas lieu seulement à Findhorn
aujourd'hui, mais aussi dans votre jardin.
QUESTIONS ET RÉPONSES. p r o f o n d pour la terre et ses créatures qui nous a
réunis ici dans le but de travailler au jardin et sur
J'aimerais que vous me parliez du jardin de Find- nous-mêmes. Selon la saison et les exigences q u o t i -
horn aujourd'hui et du déroulement de votre diennes des autres travaux, un nombre variable de
travail quotidien. membres de la communauté qui choisissent de
travailler à temps partiel dans le jardin, ou de visi-
Nous sommes à peu près six à nous occuper teurs, se joint à nous.
principalement du jardin et nos âges varient de
dix-sept à presque soixante-dix ans. C'est un amour Nous commençons chaque journée de travail
par une «harmonisation» (attunement). Nous
nous tenons les mains en silence en formant un
cercle. Pendant une minute ou deux, chaque jardi-
nier bénit intérieurement la nouvelle journée, ses
compagnons de jardin, les royaumes de la nature
et le travail de la journée. C'est là que nous pre-
nons conscience de nos énergies individuelles mê-
lées aux énergies des autres et de t o u t ce qui nous
environne. Après l'harmonisation, nous discutons
des projets du jour, prenant en considération le
temps et les divers travaux en cours. Nos coordi-
nateurs de groupe, ou «focalisateurs» comme nous
les appelons, prennent en considération les besoins
du jardin et nos énergies, et nous guident en nous
révélant le meilleur plan d'ensemble du travail de
la journée. Puis, ramassant nos outils, nous formons
différents groupes pour récolter des algues, retour-
ner du compost, ou travailler dans l'une des diverses
parties du jardin comprises dans l'hectare et demi
sur lequel vit la communauté aujourd'hui.

«Souplesse en t o u t » est devenu un mot d'ordre


favori à Findhorn, et le temps en est le plus fidèle
instructeur : en un seul jour, un jardinier peut re-
cevoir une belle giboulée de pluie, de grésil ou de
neige, puis, d'un cœur reconnaissant, une éclaircie
soudaine de soleil.

Sous le vaste ciel qui nous apporte cet assorti-


ment climatique, s'étendent les cinq kilomètres
de la péninsule de Findhorn, battus par les marées et
la violence de vents millénaires. Tandis que certaines
zones de la péninsule conviennent à l'agriculture,
la plus grande part se compose de dunes sableuses
recouvertes d'une méchante végétation de chien-
dent, de bruyère, de genêts et d'ajoncs. La com-
munauté de Findhorn se trouve à peu près au mi-
lieu de cette péninsule. A l'est, nous sommes bordés
par une ferme d'une cinquantaine d'hectares. En
été, on y voit l'orge mûrissant danser comme les
vagues de la mer ; en hiver, rien ne bouge sur cette
terre sableuse et nue. A quatre cents mètres au sud,
se trouve la base aérienne de la Royal Air Force de
Kinloss, d'où l'on peut entendre et voir décoller
ou se poser à n'importe quelle heure du jour ou de
la nuit, d'assourdissants avions de transport, ou des
avions de chasse ultra-rapides. Au nord, Findhorn
est bordée de quelques hectares de jeunes arbres
à feuilles persistantes qui ont été plantés par un voi- lets de la plage semble n'être qu'à un jet de pierre
sin écologiste. A plus d'un kilomètre au-delà de ces de la communauté. La baie de Findhorn fixe notre
arbres, par-delà des dunes de sable et à travers les frontière à l'ouest. Là se rencontrent les eaux bru
fourrés d'ajoncs, s'étend la mer du Nord. Par les nes de tourbières de la rivière Findhorn et les eaux
nuits calmes, le martellement de la vague sur les ga- salées du Moray F i r t h . Le village de Findhorn, cen-

165
Gulf Stream passant le long des Iles Britanniques
maintient une température assez douce toute l'an-
née. Aussi la saison des cultures peut-elle durer en
moyenne de mars à fin octobre, bien que nous
ayons parfois des gelées en juin ou même en sep-
tembre.

tre estival animé de yatching dans la mer du Nord,


se trouve à l'embouchure de la baie, à la pointe de
la péninsule.

Dans notre jardin, situé dans le Parc Caravanier


de la baie de F i n d h o r n , le f i n sable marin calcifère
de la péninsule a été transformé grâce à la coopé-
ration entre l'homme et la nature sur une période
de pius de dix ans. Le sol léger mais fertile du jar-
din central entretient les arbustes, les arbres et les Attenant au Centre Communautaire, niché
classiques parterres de fleurs qui entourent les entre deux caravanes sur une surface de deux
caravanes, les bungalows et les constructions com- mètres carrés, se trouve notre jardin aromatique.
munautaires. Près du Centre Communautaire, qui Dessiné par Dawn Macleod, spécialiste britanni-
abrite une cuisine et une salle à manger, se trouve le que de la plantation et de l'utilisation des fines
jardin d'origine créé par Peter qui nous f o u r n i t herbes, ce jardin offre un magnifique échantillon
toujours en légumes frais tels que laitues, radis, de formes, de couleurs et de parfums. Les herbes
persil et courges en été, et en légumes rustiques fraîches, qui nous fournissent tisanes, aromates et
tels que choux frisés, choux rouges et poireaux plantes médicinales t o u t au long de l'été, sont sé-
à la f i n de l'hiver. En dépit du fait que Findhorn chées en automne pour notre utilisation hivernale.
se trouve plus au nord que Moscou, le courant du Nous avons un banc dans ce jardin, parce que nous
166
avons remarqué que la simple présence de ces plan- et pourtant la nature repartit avec une magnifique
tes produisait un effet apaisant. foison de graines sauvages. Je m'émerveille souvent
de la façon dont la nature, maltraitée par l'homme,
Un chemin bitumé part du centre de la commu- rejaillit encore et encore. Les dévas et les esprits de
nauté, passe devant nos deux serres, les pépinières, la nature n'oublient jamais la terre, c'est seulement
et le jardin sauvage, jusqu'à un coin appelé «Pine- l'homme qui oublie.»
ridge». On trouve là les ateliers ainsi que d'autres
caravanes et bungalows. Outre les petits jardins
entourant ces habitations, un parc naturel a été
dessiné puis planté là où auparavant il n'y avait
qu'une étendue d'ajoncs, de genêts et de bruyère.
Un jour, le propriétaire avait défriché cet endroit
pour agrandir son parc de caravanes, mais l'auto-
risation lui f u t refusée par les autorités locales :
il f i t alors venir plusieurs camions de terre végétale
brune et sableuse pour maintenir les dunes exposées
et instables. Les graines sauvages cachées dans cette
terre nouvelle donnèrent plus d'une cinquantaine
de variétés naturelles de fleurs dont les épervières,
En plus de ces jardins environnant la commu-,
des campanules, des becs de grues et de la camo-
nauté, nous avons également un terrain d'environ
mille sauvage. A u j o u r d ' h u i , avec la permission du
mille cinq cents mètres carrés à une dizaine de
propriétaire, nous avons créé un jardin naturel où
kilomètres au sud ouest. Facilement quatre fois
les fleurs sauvages poussent au milieu des arbres et
plus grand que notre potager local, ce lopin nous
des arbustes récemment plantés. D'ici quelques
offre de nouvelles possibilités de coopération.
années, un bosquet de bouleaux argentés, de syco-
Là, par l'observation et l'expérience, nous déve-
mores et de pins se dressera au-dessus des buis-
loppons une meileurë connaissance des associa-
sons de genêts, de senecios et de cotoneasters.
tions de plantes, la maîtrise des mauvaises herbes
Ainsi que Fred, créateur dessinateur de ce jardin
et des prédateurs, et la culture de diverses variétés
l'a exprimé : «C'est en premier lieu pour les toutes
de légumes. Plusieurs après-midi par semaine, nous
petites fleurs sauvages que nous avons créé ce jar-
invitons l'ensemble de la communauté à nous re-
din naturel. Elles se maintiendront parmi les arbus-
joindre dans ce travail.
tes rustiques que nous plantons. C'est à nous de
travailler ici avec la nature : d'observer son état
sauvage, de sentir sa présence et de créer ce jardin.
Notre rôle consiste simplement à tracer des sen-
tiers pour pouvoir contempler son admirable tra-
vail, et à mettre des bancs pour nous asseoir tran-
quillement et écouter les oiseaux attirés ici. Nous
ferons peut-être des erreurs comme celle de planter
des arbustres t r o p près les uns des autres, et bien
sûr, il nous faudra y remédier ; mais si la nature sent
notre désir de coopérer, elle acceptera volontiers nos
erreurs. Les ajoncs, les bruyères et les herbes qui
poussaient librement ici ont été enlevés un jour,

167
Étant donné que les cours, les réunions et autres
programmes de travail ont généralement lieu l'après-
m i d i , le déroulement des activités au jardin pour le
reste de la journée est moins précis. C'est à chaque
jardinier d'être alors conscient des divers domaines
où s'exerce la responsabilité individuelle dans le jar-
din et d'y insérer ses autres activités.

Nous avons conscience que ce n'est pas seule-


ment le travail concret des jardiniers qui donne aux
plantes leur vitalité et leur éclat. Le jardin de Find-
horn appartient à t o u t le monde, et l'attention et
l'amour donnés par chaque invité, chaque visiteur,
ainsi que par l'énergie des dévas et des esprits de la
Au milieu de la matinée, nous faisons un arrêt nature sont essentiels à sa vie. Lorsque nous don-
qui a, pour notre journée de travail, une significa- nons de l'amour à ces plantes, la réponse qui nous
t i o n vitale. Pendant cette demi-heure, dans notre est renvoyée est une expérience chaleureuse et
remise aux outils, en prenant le thé ou le café, des tangible. Elles communiquent avec nous quel que
tartines et des biscuits, nous pouvons faire l'expé- soit notre mode d'approche.
rience d'une ambiance remplie de silence et de la
paix des dévas ou du rire en cascade des esprits de
la nature. C'est le moment de mieux faire connais-
sance les uns avec les autres et avec les invités Voyez-vous les dévas et les esprits de la nature,
qui nous ont rejoints, de réfléchir aux expériences leur parlez-vous ?
du matin, de partager de nouvelles prises de cons-
cience, ou de discuter d'un travail concret à accom- Chacun sent et expérimente à sa façon le con-
plir au jardin. Notre activité de jardiniers est sous- tact avec les dévas ou les esprits de la nature. Ceux
tendue par les mêmes principes éducatifs qui sont dont le contact avec ces royaumes prend une forme
en action dans toutes les sphères de vie à Findhorn, aussi particulière que le don de Roc pour voir les
tirant de nous autant de manifestations nouvelles esprits de la nature ou la façon de communiquer
de la vie unique inhérente à toute vie. avec les dévas de Dorothy sont l'exception. Il n'y
a actuellement personne à Findhorn qui ait un tel
contact. Dans sa forme la plus simple, aimer une
plante ou la pluie ou le soleil constitue un lien avec
les dévas et les esprits de la nature. Le simple fait
de reconnaître leur existence est une façon de com-
muniquer avec eux, même si leur réponse n'est ni
verbale ni visuelle. Les dévas et esprits de la nature
savent que nous reconnaissons leur existence et ré-
pondent à notre amour par le leur.

Fred : Une fois dans le silence d'un bois, j'ai enten-


du un bruit inhabituel, puis quelque chose bougea.
Un oiseau ... mais était-ce un oiseau ? Une autre

168
Holger : En travaillant au jardin, je n'ai jamais réel-
lement espéré ou demandé que les esprits de la natu-
re se révèlent à moi sous forme de gnomes, ou
d'elfes. J'ai seulement conscience de leur présence,
et je ne veux pas les restreindre, ou me restreindre
en disant : «Hé bien, je ne suis pas sûr que vous
soyez là. Montrez-vous.» Je ne veux même pas
les restreindre par une communication verbale ;
aussi, c'est plus par une harmonisation que par une
conversation que je parle avec eux. Ce que je recher-
che, c'est un travail en pleine conscience avec eux,
afin d'aider à retrouver l'équilibre que l'homme a
troublé sur la terre.

Sono : Je ne peux pas, en l'état actuel de ma cons-


cience, percevoir Dieu directement, pas plus que je
peux percevoir les esprits de la nature. Mais en ve-
nant ici et en travaillant au jardin, j'ai appris qu'ils
existent bel et bien. En fait, c'est ce qui se produit
lorsque le soleil est caché par un nuage ; je sais que
le soleil est l à , même si je ne peux le voir à ce mo-
ment-là. C'est ainsi que je ressens les dévas et les
esprits de la nature. Je sais qu'ils sont là, et le sim-
ple fait de le savoir m'a rendue plus proche du di-
vin en toute chose.

Michael : La semaine dernière, alors que je me pro-


menais seul dans les bois, je décidai de me concen-
trer sur chaque son. Je m'assis, observant des mou-
ches et écoutant. L'une d'elles atterrit sur une ai-
guille de pin comme je la regardais. Mais il m'a sem-
blé que je l'avais aussi entendue se poser. C'était in-
croyable, ce son. Pour m o i , une telle expérience est
une sorte de pont jeté entre nos différentes façons
de percevoir les esprits de la nature. J'avais décidé
de ne rien rechercher en dehors de ce qui existait là
d'une manière purement physique, d'être seulement
attentif à ce que je pouvais entendre et voir avec
mes oreilles et mes yeux. Et je découvrais que c'est
justement grâce à ce qu'on fait, là, observant des
fois, j'ai entendu couler un ruisseau — l'eau chantait, choses bien «réelles», que soudain s'ouvre un au-
et soudain la note n'était plus la même. Était-ce le tre domaine. Ce n'est pas en désirant faire l'expé-
ruisseau ou autre chose ? Je ne sais pas. Puis à nou- rience d'un autre monde que l'on y parvient, mais
veau, un sifflement — était-ce le vent ? Non, il n'y en étant entièrement conscient de chaque mouve-
avait pas de vent. Mais je n'ai jamais rien vu. ment, son et couleur autour de soi.

170
Que veut dire coopérer avec la nature outre le f a i t Les métaux font partie d'une seule et même vie ;
de se mettre à l'écoute des dévas et des esprits de traitez-les en conséquence
la nature et de communiquer avec eux ? et vous en obtiendrez une réponse.
Donnez de la joie au monde des métaux
Ce serait une erreur de considérer que coopé- en coopérant avec nous.
rer avec la nature, c'est seulement parler aux dévas Le Déva des machines
et aux esprits de la nature. Faire savoir qu'ils exis-
tent n'est certainement pas la seule raison pour
laquelle les royaumes déviques se sont fait con- Quelles règles faut-il respecter dans le jardin de
naître à nous. Ils désirent nous faire partager ce Findhorn ?
qu'ils savent déjà, que par delà l'aspect extérieur
nous sommes tous frères et sœurs grâce au divin Nous n'avons pas de règles de jardinage en tant
qui nous relie. Il n'est pas nécessaire de cultiver que telles, car elles limiteraient ce qui chaque jour
son jardin pour coopérer. Par exemple, vous roulez croît et évolue. Nous nous conformons fondamen-
sur une autoroute ; si vous bénissez les arbres que talement aux procédés et pratiques de jardinage
vous croisez et que vous êtes conscient de leur pré- biologique, mais nous travaillons également à dé-
sence vivante et de ce qui vous relie à eux, alors velopper une communication consciente avec les
vous coopérez. plantes et la présence divine en elles. Cela nous a
obligé à constamment examiner nos motivations,
Entrer en contact avec les royaumes déviques et à changer beaucoup de notre façon de jardiner.
éduque notre expérience du t o u t . Ils nous ont en-
seigné à prendre conscience de t o u t ce qui vit avec Toujours prévenir les plantes avant de leur faire
nous sur cette planète, non seulement les plantes, quoi que ce soit — désherber, transplanter, tailler,
mais aussi les minéraux et les machines que nous fa- tondre — est une règle que nous suivons mais cela
briquons à partir d'eux, les animaux et nos sembla- veut surtout dire aimer les plantes et ainsi leur
bles, les hommes. Nous devons parvenir à considérer communiquer nos décisions et les y faire participer.
ces autres habitants de la terre comme foncièrement Une fois que nous avons prévenu une plante d'un
divins et admettre qu'ils méritent que nous les changement imminent, nous lui donnons le temps
acceptions et les respections. d'accepter ce changement et de s'y préparer. Un
arbre peut avoir besoin de quelques heures seule-
Les machines, elles aussi, ment pour se faire à l'idée d'être transplanté, tandis
sont sensibles à la sollicitude de l'homme. qu'un autre aura besoin de plusieurs semaines.
Vous en avez tous fait l'expérience, Nous ne pouvons là encore en faire une règle, parce
mais n'en avez pas réalisé qu'il s'agit de développer la connaissance intuitive
les implications parce qu'elles semblaient absurdes du moment où une plante est prête à un change-
à l'esprit humain. ment. Il est beaucoup plus important de chercher
Nous ne voulons pas déprécier comment communiquer que d'établir des règles.
la pensée de l'homme, Toutefois communiquer avec les plantes ne signifie
car c'est elle qui nous a créées. pas nécessairement leur parler avec des mots, mais
Mais au-delà de la pensée humaine plutôt nous unir à elles afin de prendre conscience
et lui apportant son pouvoir, de leurs besoins et de la meilleure façon de les aider
existent des forces bien plus puissantes à croître. Ainsi que Roc l'a exprimé : «L'amour
que nous vous demandons d'utiliser est toujours la clef fondamentale qui nous ouvre
quand vous avez affaire à des machines. aux besoins d'une plante.»

171
Dorothy : Apprendre à entrer en résonance avec la pouvons inviter dans notre jardin. Nous essayons
nature et avec toute vie est l'une des raisons pour de dépasser l'étiquette négative donnée aux «mau-
lesquelles nous avons un jardin. Chacun est libre de vaises herbes» en reconnaissant et en appréciant
créer son propre contact avec les plantes et de t r o u - consciemment toutes les plantes comme des créa-
ver sa manière à lui de coopérer avec elles. Nous ne tions divines, t o u t en sachant que nous avons la res-
sommes pas ici pour donner ou recevoir des règle- ponsabilité de créer les conditions qui favorisent
ments, nous sommes ici pour découvrir cette har- les plantes cultivées dans notre jardin.
monie.
Livrée à elle-même, la nature se maintient en
Que fait-on des mauvaises herbes à Findhorn ? équilibre. Aussi nous essayons d'observer la nature
et d'apprendre directement d'elle. Nous avons
Le terme «mauvaises herbes» a pris un sens remarqué dans notre jardin que les mauvaises her-
péjoratif, alors qu'il désigne simplement une fleur bes particulièrement tenaces ne semblaient pas
sauvage croissant là où l'homme ne la désire pas. pousser aussi facilement près des plantes pleines
Vivant dans leur environnement coutumier, ces de vigueur. C'est à nous d'assurer aux plantes une
fleurs sauvages poussent naturellement avec plus bonne santé, en satisfaisant leurs besoins physiques
de vigueur que les plantes étrangères que nous et grâce à nos pensées. Les dévas dirent à Dorothy

173
que les mauvaises herbes ont leur rôle à jouer et Comment vous débarrassez-vous des insectes ?
qu'elles poussent là où elles sont nécessaires. Il est
possible que certaines fleurs sauvages aient des élé- Tout d'abord nous voyons si c'est notre inté-
ments qui apportent à la terre quelque chose dont rêt pour la plante elle-même, et notre désir de
elle a besoin. Ou bien la nature indique de cette protéger la nourriture que mangent ces insectes,
façon un déséquilibre probablement amené par qui motivent notre volonté de nous débarrasser
l'homme en créant des variétés de fleurs et de lé- d'eux. Nous reconnaissons que les insectes ont eux
gumes qui ont un bel aspect, mais auxquelles man- aussi un rôle à jouer dans l'ensemble de la vie,
quent la vigueur et l'éclat de celles créées par la et qu'ils doivent être approchés avec amour afin
nature elle-même. Nous sommes au courant des de trouver une solution apportant les plus grands
recherches qui ont été faites sur les relations de sym- bienfaits à tous ceux concernés. Il est normal que
biose existant entre différentes sortes de plantes, les plantes vivent avec une population équilibrée
et nous pensons que dans ce domaine aussi nous d'insectes autour d'elles. Nous avons observé que
pouvons beaucoup apprendre. les plantes saines ne sont pas abîmées par les in-
sectes qu'elles attirent, t o u t comme un corps sain
n'est pas infecté par les germes avec lesquels il
entre en contact.
Dans un jardin où l'on s'attache à faire pousser
exclusivement des légumes et des fleurs, c'est au
Toutefois, il peut se produire des déséquili-
jardinier de décider de l'équilibre entre croissance
bres dans la population des insectes du jardin.
sauvage et croissance cultivée. Lorsque les mau-
Grâce à Dorothy et à Roc, nous avons découvert
vaises herbes commencent à vraiment empiéter
que c'est souvent le signe d'une défaillance de notre
sur les autres plantes et doivent être enlevées, il
part dans la qualité de la coopération dans laquelle
faut les prévenir et les retirer avec amour. Tandis
nous nous sommes engagés. C'est pourquoi, t o u t en
que nous les enlevons, nous demandons au déva
nous occupant des insectes, il nous faut aussi cher-
de ces fleurs sauvages de transférer leurs énergies
cher ce qui dans le jardin a pu provoquer ce désé-
aux mêmes plantes de notre jardin sauvage ou de
quilibre : peut-être que les plantes n'ont pas assez
notre parc naturel où la nature n'est pas troublée.
de nourriture pour leur croissance. Mais ce déséqui-
Puis nous mettons les mauvaises herbes dans le
libre peut également provenir de quelque chose q u i ,
compost où elles peuvent participer activement
en apparence, n'a rien à voir, comme l'utilisation
au jardin dans son ensemble.
de certains modes agressifs de jardinage. Ou bien,
il peut provenir du bouleversement général que
Le problème des mauvaises herbes nous conduit l'homme a provoqué dans la nature par l'utilisation
directement à la signification de ce qu'est la coo- de produits nocifs à certaines formes de vie, tels que
pération car, pour beaucoup de gens, jardiner est les insecticides qui empoisonnent les oiseaux. Un
avant t o u t une guerre contre les mauvaises herbes, aspect de la nature ne peut pas être séparé d'un au-
le temps, les insectes, et autres nuisances. Comme t r e , c'est pourquoi attaquer l'un d'eux amène une
Roc l'a suggéré : «Peut-être qu'en manifestant série de conséquences qui troublent le t o u t .
de l'agressivité et de la haine à l'égard des mau-
vaises herbes, nous les rendons agressives. Peut- Un moyen de traiter le problème des insectes
être que si nous les aimions, elles n'auraient pas est de contacter l'esprit de l'espèce ou le déva de
besoin d'être agressives.» En même temps que les l'insecte concerné. En reconnaissant qu'il a sa
attitudes, les façons de jardiner évoluent du con- place dans l'ordre naturel, vous pouvez présenter
f l i t à la coopération et à l'amour. votre point de vue, en lui disant qu'il abîme des

174
plantes dont vous espérez vous nourrir. Il est impor- Avec les roses-thé hybrides, nous pratiquons
tant de leur suggérer un endroit spécial où aller encore à Findhorn une autre manière de tailler.
quand ils se retirent de la plante. Comme vous ne Puisque pendant des générations on les a fait se
désirez pas les envoyer à votre voisin le plus pro- reproduire dans le but d'être taillées pour favoriser
che, cela met l'accent sur l'absolue nécessité d'une pousses et nouvelles fleurs, nous avons pensé qu'il
vision plus large concernant l'équilibre de la nature ne serait pas équitable d'abandonner soudain cette
sur l'ensemble de la planète, plutôt que de chercher pratique. Ce serait comme ouvrir la porte à un cana-
une solution à court terme. ri apprivoisé, s'imaginant qu'il va pouvoir vivre à
l'état sauvage. Dans ce- cas précis, nous ne savons
pas, honnêtement, si la taille intensive nécessaire
Si les insectes ne s'en vont pas, c'est que vous
à cette variété de roses est le fait d'une manipula-
n'avez pas été suffisamment clair ou concentré
t i o n ou d'une coopération avec la nature. Il y a au-
au cours de votre communication avec l'esprit
tant d'opinions parmi nous que de jardiniers. Nous
de l'espèce, ou que peut-être, vous n'avez pas
sommes conscients d'être dans une période transi-
essayé de remédier à la situation qui est à la base
toire entre l'ancien et le nouveau. Roc nous a dit
de ce déséquilibre. Lorsque nous n'avons pas t r o u -
que nous pouvions en f i n de compte demander
vé d'autre solution rapide et qu'il n'est pas possible
aux esprits de la nature d'ajuster la forme de la
de les laisser, nous avons soit enlevé les insectes à la
plante sur le plan éthérique, ce qu'ils f o n t , suppri-
main, soit utilisé une vaporisation biologique de
mant la nécessité d'un élagage t r o p important. Nous,
notre fabrication. Dans les deux cas les insectes sont
le groupe des jardiniers, avons une préférence mar-
prévenus à l'avance, et nous avons disposé d'eux
quée pour les buissons de roses et nous espérons
avec une attitude d'amour et de respect, prenant
que l'une des expériences de la coopération future
sur nous toute la responsabilité de nos actes. sera la culture de roses qui n'auront plus besoin
d'être taillées. Dans ce cas, il se pourrait que l'hom-
me ait à réviser sa conception de la beauté.

Taillez-vous les arbres ? L'élagage, en t o u t cas, semble bien avoir sa


place dans l'ordre naturel. A l'état sauvage, beau-
Nous sommes conscients que tailler est dou- coup d'arbustes, d'arbres et de plantes sont «taillés»
loureux pour les plantes, aussi essayons-nous de librement par le vent ou par les animaux qui s'en
faire seulement ce qui est absolument nécessaire et nourrissent. Lorsqu'ils sont retirés de leur environ-
utile, en les prévenant longtemps à l'avance, Lors- nement naturel et placés dans un jardin cultivé,
que nous taillons, nous ne devons pas prendre en le jardinier doit rester sensible à leur rythme pro-
considération notre seul désir d'avoir des chemins pre.
dégagés et des haies magnifiques, mais comme l'a
exprimé par David la conscience des royaumes Roc : C'est à l'homme de choisir entre continuer
de la nature : Avant de faire quoi que ce soit dans à dominer ou coopérer ; c'est à lui de décider
le jardin, vous devez songer autant à notre point de la rapidité d'évolution de cette coopération.
de vue qu'à celui de l'homme. Tailler est nécessaire Certains procédés, dont la taille, sont toujours
et utile, par exemple, lorsque deux plantes empiè- pratiqués et acceptés, mais c'est la manière de les
tent l'une sur l'autre. Cependant c'est au jardinier pratiquer qui importe le plus. Tant que ces modes
de savoir quelle va être la dimension finale des ar- de jardinage continuent, une parfaite coopération
bustes qu'il plante, afin de réduire au minimum avec des royaumes de la nature est repoussée d'au-
le besoin d'élaguer.
tant.

175
Comment faites-vous le compost à Findhorn ? cle. Une bande de terre en bordure d'une forêt de
pins à huit kilomètres environ de Findhorn, nous
Comme tous les aspects de la vie à Findhorn, procure des coupes d'herbe sauvage. Là aussi se
notre méthode de fabrication du compost est issue trouve l'énorme monceau de copeaux dont Peter
de nombreuses sources de connaissance — amis, se servit pour composer ses premiers tas de com-
livres, et contacts avec les royaumes déviques en- post. Ces copeaux d'écorce de pin furent abandon-
tre autres. Sans nous appuyer seulement sur l'une nés il y a de nombreuses années après une coupe
des techniques, une forme unique s'est précisée, faite par le service des forêts, et servent toujours à
adaptée à nos ressources et aux circonstances. notre compost.
C'est p o u r q u o i , plutôt que de transmettre les éta-
pes précises de la création du compost, nous aime- Nous préférons mélanger les matériaux ensem-
rions vous faire partager les grandes lignes de notre ble en construisant chaque tas, plutôt que de les
méthode, en même temps que l'état d'esprit dans le- superposer en couches. Il nous semble que cela
quel nous travaillons. donne un compost plus riche et plus homogène.
Le cycle de vie moyen de chaque tas est d'environ
Composter c'est essentiellement fabriquer de la trois mois, et nous en utilisons la plus grande par-
bonne terre. Aussi nous observons comment la na- tie dès qu'il est prêt. Nous en répandons sur t o u t
ture crée l'humus et nous adaptons ce processus. le jardin deux fois par an, au printemps et à l'au-
Il ne s'agit pas seulement de jeter ensemble une tomne.
grande quantité d'ingrédients en espérant qu'ils
explosent en une substance vivante. Comme dans Le compost n'est pas seulement une substance
toutes les opérations alchimiques, équilibre, préci- physique, mais aussi un moyen de donner de
sion et mesure sont nécessaires. l'amour au jardin. En travaillant à la création du
compost, nous montrons notre volonté de parti-
En cherchant autour de Findhorn, nous avons ciper à la vie des plantes, en y consacrant temps et
trouvé les matériaux pour notre compost. La mer énergie. C'est un effort de coopération entre les
f o u r n i t toute une variété d'algues. Nous mettons jardiniers et leurs compagnons de travail tels que
également les mauvaises herbes de notre jardin, les les vers de terre et les bactéries, les substances
coupes de gazon, les plantes annuelles que nous arra- elles-mêmes, les esprits de la nature et l'énergie des
chons en automne et les restes de légumes verts de dévas. Par la fabrication du compost, nous parti-
notre cuisine. Nous obtenons du fumier de poule à cipons ensemble au processus essentiel de création.
la laiterie qui nous f o u r n i t en lait et en œufs. La
ferme voisine et les écuries en bas de la rue nous Holger : Chaque tas de compost est t o u t à fait
fournissent en paille et en fumier de cheval et de unique, grâce aux ingrédients physiques que nous
porc, parfois en échange de services rendus. Nous y mettons et à l'amour et au degré de conscience
ramassons du terreau de feuilles dans le bois de des différentes personnes qui y ont travaillé. Nous
bouleaux à côté de Cluny H i l l . Nous avons décou- construisons en fait le corps d'un être vivant. Si
vert qu'il était important de respecter l'équilibre vous vous harmonisez avec cet être que vous créez
que les arbres créent eux-mêmes dans leur environ- et avec les esprits de la nature qui vous aident au
nement, et de ne pas leur imposer des privations compost, ces derniers peuvent vous indiquer les
pour satisfaire à nos besoins. Aussi, nous commen- besoins particuliers d'un tas. Il est souvent arrivé
çons par nous harmoniser avec un arbre et lui de- que quelqu'un dise en travaillant sur un tas : «Je
mandons s'il a ou non besoin de toute la couche de ne sais pas pourquoi, mais il faut ajouter plus de
feuilles qui se trouve sous lui pour son propre cy- terreau de feuilles à ce mélange». Même si c'est

176

-
t o u t à fait différent du mélange précédent, nous je veux, je suis épuisé à la fin de la journée. Mais si
nous exécutons, sachant que c'est la chose à faire. je tiens la fourche avec légèreté, me contenant
Voilà vraiment une combinaison de savoir faire de la balancer et sans lui imposer ma volonté, elle
et d'harmonisation. Si vous vous harmonisez avec la devient une extension de moi-même et notre mou-
région où vous vivez, vous trouvez les matériaux vement se déroule avec aisance, sans résistance. Si
dont vous avez besoin pour un bon compost ; si nous reconnaissons l'existence d'une entité dans
vous vous harmonisez avec votre tas de compost, cette fourche, nous pouvons apprendre comment
vous savez le mélange et le dosage qu'il lui faut. l'utiliser correctement.

Tom : Ce qu'il nous faut vraiment apprendre, c'est Si dans mon jardin, je coopère avec les dévas et les
comment traiter la terre comme un être vivant. La esprits de la nature, sera-t-il vraiment différent
terre est vivante, mais beaucoup de pratiques agri- d'un jardin cultivé de tout autre manière ?
coles semblent avoir pour seul but d'en récolter
les bénéfices en y apportant des fertilisants et en Coopérer ne veut pas dire que vous obtiendrez
effectuant les moissons — sans respect pour la automatiquement d'énormes légumes dans votre
terre elle-même. Si nous comprenons que nous jardin comme cela s'est produit les premières an-
participons, avec la terre, à l'activité créatrice, nées. Ce n'est pas impossible, mais là n'est pas le
alors nous aiderons à rétablir un équilibre dans la but ni l'aspect essentiel de la coopération. Lorsque
nature. débuta un contact conscient avec la nature à Find-
h o r n , les dévas eux-mêmes ne savaient pas ce qui
Holger : En travaillant aux tas de compost, j'ai dé- arriverait dans le jardin. Pour tous ceux concernés,
couvert qu'un simple objet comme une fourche c'était une expérience, une aventure, où l'homme
avait une identité et une énergie propres. En effet, était amené à connaître et à partager l'unité de la
si je l'empoigne fortement et l'oblige à faire comme vie et l'harmonie divine qui sans cesse l'environnent.

Il faut absolument garder présent à l'esprit


que votre jardin est le reflet de vous-même. Aussi,
la différence que suscitera la coopération dépen-
dra du changement de votre conscience au fur et
à mesure que celle-ci s'élargira en prenant connais-
sance des royaumes déviques et en les acceptant.
Votre jardin peut être dessiné de façon traditionnel-
le, sa vitalité reflétera l'intensité avec laquelle vous
avez perçu la joie et l'allégresse des dévas, le rire des
esprits de la nature et les mêmes qualités à l'inté-
rieur de vous.

Nous sommes tous à l'aube d'un phénomène


relativement nouveau. Nous ne savons pas quelle
sorte de jardin peut créer une conscience centrée
sur la coopération, mais nous savons en revanche
que celle-ci produit des jardins magnifiques ici, et
ailleurs dans le monde. A Findhorn, nous sentons
q u ' i l y a encore beaucoup à faire, et il est impor-
tant que nous ne soyons pas les seuls engagés dans

cette exploration. Notre travail est juste un signe


vers de nouveaux royaumes à découvrir, et nous
aimerions avoir des nouvelles d'autres pionniers
dans ce domaine. C'est à partir des nombreuses
explorations que nous pouvons tous faire que se
développera une nouvelle manière de jardiner
en coopérant.

On parle beaucoup de l'«unité de la vie», mais


qu'est-ce que cela signifie dans ma vie quotidienne ?

Avec les minéraux, les plantes et les animaux,


nous composons le corps et l'esprit d'un unique or-
ganisme vivant, la Terre. Nous nous déplaçons à
l'intérieur de ce corps, intimement reliés à chacune
des autres parties et dépendants d'elles. Mais en tant
qu'êtres humains doués de réflexion, nous sommes
uniques dans ce système, car nous prenons du recul
pour en regarder, écouter, sentir, goûter et ressen-
t i r la beauté consciemment. Tandis que ses innom-
brables formes et niveaux de perception nous appa-
raissent distincts les uns des autres, même dans les
expériences les plus ordinaires de notre vie q u o t i -
dienne, nous affirmons l'étroite corrélation de ces

178
aspects. Nous respirons l'oxygène que les plantes Tandis que nous sentons de plus en plus le be-
rejettent dans l'atmosphère ; elles respirent le gaz soin de retrouver un équilibre dans l'environnement
carbonique que nous rejetons. Les fruits et les lé- de notre planète, nous sommes appelés à créer
gumes que nous mangeons apportent dans notre un semblable équilibre dans notre milieu intérieur.
corps la lumière d'un unique soleil. Notre corps physique, nos émotions, notre intellect
et notre esprit, t o u t , en nous, désire contribuer à
Ce que nous appelons des opposés sont sim- l'harmonie et à l'intégrité de notre être. C'est créer
plement les aspects complémentaires d'un plus un déséquilibre que de renier un aspect pour en fa-
grand ensemble. Comme l'obscurité de la nuit est voriser un autre. Pour guérir la Terre, qui est notre
aussi nécessaire au cycle de la vie que l'énergie créa- second corps, nous devons créer un équilibre écolo-
trice du soleil, le vide ou l'isolement qu'il peut gique aussi bien à l'intérieur qu'à l'extérieur de nous.
nous arriver de ressentir un jour, sert à nous purifier Nous y participons en reconnaissant que la vie est,
et à nous ouvrir à la joie légère du lendemain, si par essence, un tissu de relations.
nous en acceptons le déroulement naturel. Ce n'est
pas toujours facile, mais nous avons chaque jour
de multiples occasions d'apprendre que l'unité
existe au sein de la séparation apparente. Nous pou- Par l'amour, nous prenons conscience et souli-
vons travailler à cela à chaque instant. gnons les échanges intimes de toutes les formes de

179
vie. En tant qu'êtres humains, nous avons le choix
entre considérer comme distincts tous les éléments
de la création, ou bien saisir la vie unique qui les
relie. L'amour est l'énergie bienveillante qui tra-
verse les cloisonnements apparents et nous rattache
à toutes les manifestations de la vie. En aimant et en
acceptant chaque aspect de nous-mêmes, nous deve-
nons harmonieux. Nous commençons à éprouver
la compassion qui nous permet de ressentir et de
comprendre l'essence de toute forme de vie. C'est
par l'amour que nous pouvons nous fondre dans la
conscience d'une plante, ou dans celle d'un autre
être humain. Nous faisons partie de cette énergie
sans f i n et indicible qui est à l'origine de toutes les
formes et de tous les actes de la vie. Lorsque nous
acceptons et reconnaissons la beauté et la perfection
de chacune des manifestations de cette énergie,
nous expérimentons l'unité. Comme l'ont dit les
dévas : Vous pouvez toujours parler d'énergie posi-
tive et négative ou même l'étiqueter bonne ou mau-
vaise ; lorsque le fruit de l'Arbre de la Connaissance
sera digéré, vous reconnaîtrez l'unité de toutes cho-
ses, après vous être affranchis de la lutte des con-
traires et avoir trouvé l'unité.

Légende de la photo :

Le jardin est un seul corps


De la même façon que nous ressentons la terre à
Pineridge,
Nous sentons dans le potager que nous sommes
le même corps que lui.
Soyons conscients de ce corps unique qui est nôtre,
où que nous soyons.
Quelle plus grande vision pourrait être donnée
à l'humanité que cette invitation de Dieu :
« Vous êtes mes bien-aimés.
Construisez et créez avec moi. »

POSTFACE

F I N D H O R N : LE CENTRE O R G A N I Q U E . Le thème que développent les jardins de Findhorn -


la coopération active de l'homme avec les royaumes de la nature représentés par les dévas et les esprits de
la nature — est d'une grande portée pour réorienter notre conscience vers cette approche plus holistique
et plus transcendentale que nous paraît devoir requérir la survie planétaire. L'importance de ce jardin, et
celle de toutes les autres aires d'activités de la communauté, réside dans la manière dont son démontrés
les processus de la nature organique de la conscience lorsqu'elle est en relation profonde, harmonisée, avec le
centre et l'unité de toute vie. Ce genre d'harmonisation peut faire appel et utiliser de façon équilibrée les
forces de formation et les énergies de création de l'univers pour transformer la matière et reconstruire la Terre.

A une époque où l'on parle beaucoup des possibilités de communiquer avec des extraterrestres, il est
intéressant de réaliser que nous sommes entourés d'un monde de vies intelligentes qui manient les forces les
plus puissantes existant sur la Terre et qui attendent avec impatience d'entrer et de renouer un dialogue
intéressant avec nous. Comme Roc et Dorothy l'ont montré de manière éloquente dans ce livre, ces êtres ont
beaucoup à nous apprendre et, espèrent qu'en retour l'humanité les aidera et les guidera à poursuivre le tra-
vail de l ' é v o l u t i o n . Ils nous offrent une véritable collaboration t o u t en affirmant l'essence divine de l'huma-
nité. L'humanité jusqu'ici n'a fait que jouer aux confins du vrai pouvoir, et elle est très près de détruire ainsi
le monde. Findhorn démontre aujourd'hui qu'il est possible de commencer à entrer dans un monde où le
véritable pouvoir soit partagé et consacré à une collaboration dans l'amour, la sagesse et la compréhension.

Il existe également un autre message plus profond, qu'illustrent les jardins de Findhorn et qu'offre cette
communauté. Les dévas, les élémentaux et les humains, participent tous et se reflètent dans ces mêmes pro-
cessus universels de la croissance et du développement. Notre planète est constituée d'une vie et d'un esprit
qui se déploient progressivement et réalisent leurs potentiels latents. Ce processus se répète à tous les niveaux
de la vie. Il peut se symboliser par une graine qui révèle à travers les différents stades de la vie d'un arbre,
d'une fleur ou d'un légume, la totalité de ce qu'elle est. Les traditions ésotériques de toutes les cultures
parlent de cette «intériorité» des êtres qui cherche à s'exprimer et à se réaliser. Si nous pensons à notre pla-
nète comme à un système organique en pleine croissance — comme à un être vivant—, elle possède alors une
représentation de son accomplissement enfouie dans le centre de sa semence, une image qui utilise t o u t ce
qui dans la nature peut lui permettre de se développer.

183
Selon cette façon d'envisager la vie, l'humanité occupe une position unique. Nous sommes le monde de
la synthèse : nous avons en partie évolué à partir de la Terre et en partie à partir d'un niveau plus élevé et
plus cosmique. Nous sommes, disent les dévas, leurs frères qui firent autrefois partie de leur monde et nous
avons pris un chemin divergeant pour suivre une évolution différente q u i , cependant, a maintenu les qualités
déviques, divines, de notre nature supérieure. Nous avons également conservé notre relation avec le monde
des élémentaux. Dans ce biosystème, nous partageons avec eux toute l'écologie et les énergies psychiques du
monde naturel de la Terre t o u t en participant au monde de la pensée, de l'intuition et de l'esprit qui s'étend
au-delà de ce monde-ci. A l'inverse des schémas qui incluent l'évolution des plantes et des animaux, notre
évolution reste ouverte, ouverte à la possibilité de se recréer et se remodeler à l'aide de notre propre cons-
cience. (Cette possibilité, qui est fondamentalement spirituelle, se reflète faiblement dans les essais d'ingénie-
rie génétique qui sont faits actuellement et dans les manipulations biomoléculaires destinées à modifier la
programmation héréditaire). Nous pouvons devenir les véritables Maîtres de l'Évolution, en prenant en main
notre propre développement confié jusqu'alors aux forces de la nature de cette planète qui nous ont conduits
jusqu'ici, et en élargissant notre conscience et notre capacité de contribuer à l'évolution de t o u t ce qui existe
sur la Terre.

Ainsi, l'humanité représente ce stade du développement de la Terre auquel l'âme de la Terre non seule-
ment devient consciente d'elle-même, mais aussi consciente de manière fonctionnelle et créative des processus
à travers lesquels la croissance, la conscience et la réalisation de l'esprit dans la forme prennent place. Non
seulement une conscience parvenue à une telle étape peut dire : «Je suis», mais elle peut aussi ajouter :« Je
sais comment je suis ce que je suis. Je sais et je peux travailler avec ces processus selon lesquels se forme
l'identité à travers laquelle je deviens ce que je suis». Les dévas sont des personnifications et des représenta-
tions de ces processus. Ils représentent pour l'humanité la conscience de ce qui doit se réaliser pour fran-
chir l'étape suivante de l'évolution.

A mon sens, la conscience du Nouvel Age est essentiellement consciente d'elle-même et enracinée dans le
centre organique de son identité, en ce point où la conscience émerge de l'existence à l'état pur et simple
pour passer dans un devenir dynamique. Une telle conscience participe en toute connaissance de cause au
processus du développement car elle comprend ce dernier et en maîtrise les énergies. L'essence de t o u t pro-
cessus de croissance relève, en fait, de la divinité. Par conséquent, cette conscience sait ce qu'est la divinité,
non pas comme une chose que l'on possède, ni comme quelque agent extérieur qui la dirigerait. En effet, la
divinité est plutôt le centre-même, la source et l'identité du processus de son existence. En vivant ce pro-
cessus de manière sensible, la conscience du Nouvel Age est capable de devenir une avec son «Père», c'est-
à-dire avec sa source. En révélant ce secret de la puissance créatrice de ce qui est organique, le développement
conscient et intégré est la contribution qu'apporte Findhorn à cette expansion de la conscience inhérente
à l'humanité.

Findhorn dans sa totalité affirme l'existence de ce centre organique de l'identité, et celle de ce processus
d'émergence. Qu'il soit perçu grâce aux influences qu'exercent les dévas ou les élémentaux sur ses jardins,
à travers une «harmonisation» avec Dieu et une guidance divine, ou simplement en tant que cet esprit créa-
teur agissant chez des personnes qui ont reçu la liberté de se réaliser au sein d'une communauté créatrice, ce
processus est le véritable phénomène que représente ce centre situé sur un rivage de la Mer du Nord. L'on n'y
cultive pas seulement des fleurs et des légumes sur des sables stériles. Les membres de cette communauté
travaillent en utilisant ces processus de l'émergence et en permettant à ce que la Terre possède potentielle-

184
ment de se révéler. Cette actualisation du Soi vivant de la planète est ce qui a permis de transformer ces sa-
bles stériles en un jardin. Cela est également vrai en ce qui concerne les membres de la communauté. Ces
personnes ne se développent pas parce qu'elles cultivent un jardin, parce qu'elles f o n t de la poterie, créent
une nouvelle université ou se livrent à l'une des autres activités dans lesquelles Findhorn est maintenant
engagé. Elles se transforment pour devenir de nouvelles personnes parce qu'elles apprennent à identifier
et à comprendre le processus qu'elles sont elles-mêmes, plutôt que de s'identifier à leur forme. Les mem-
bres de cette communauté apprennent à comprendre et à devenir les énergies de croissance qui se trouvent
déposées dans les profondeurs de leur psyché organique, dans le centre de la semence de leur individualité.

Si Findhorn évoque un retour à la nature, cela peut être trompeur car il ne s'agit pas seulement de cette
nature que l'on entend par des forêts et des bois, des prairies et des jardins, des vallons ombragés, des lochs
paisibles et des sommets scintillants de glaces. Il s'agit d'un retour à la dynamique de la nature, à la «nature»
de la nature. C'est un retour à l'âme, à l'intelligence et à la divinité de cette nature dont l'humanité fait
intégralement partie et grâce à laquelle l'esprit de l'homme se révèle. C'est ce monde qu'illustre Findhorn.
Telle est l'histoire des jardins de Findhorn, l'histoire de ces processus qui ont donné naissance au monde et
grâce auxquels il évolue ; c'est grâce à ces processus que le monde s'approche, avec l'aide de l'humanité,
d'une nouvelle unité d'esprit et permet à l'énergie de se manifester dans l'évolution.

Findhorn et ses jardins, par ce qu'ils démontrent, jettent un pont entre le passé et le futur. En nous
réconciliant avec les mythes et les légendes et travaillant dans la coopération avec les esprits de la Terre,
les elfes, les gnomes et les fées, Findhorn nous invite à redécouvrir des temps plus anciens où l'homme encore
jeune partageait son monde de manière consciente avec ces êtres. Ce cadeau sans prix qu'est la capacité
de s'émerveiller est une exhortation à devenir comme de petits enfants, dansant une ronde féérique et dé-
licieusement légère et évoluant dans le sillage majestueux du grand dieu Pan. Il nous est offert de faire revivre
des liens récemment oubliés dans cette frénésie d'industrialiser la Terre. Mais en même temps, Findhorn offre
l'image parlante d'une humanité ayant découvert une nouvelle maturité, perçu la naissance de cette cons-
cience de participer à la divinité, de co-créer avec Dieu.

Sur moins de quelques cent vingt ares de terre, la moitié d'un parc de caravanes, ces gens éclairent le
destin de l'espèce humaine, de l'humanité du Jardin d'Eden d'Hier et de Demain, en travaillant de manière
consciente pour comprendre et exprimer l'identité qui se trouve au cœur, de son centre organique.

Vous avez lu dans ce livre l'histoire de ces personnes et de cet étonnant jardin de Findhorn. L'on vous
y a parlé des dévas et des esprits de la nature. Mais derrière t o u t ceci, c'est de vous dont il a été question,
et de la nature de cette vie que vous avez en partage. Que vous cultiviez ou non un jardin, vous êtes le jardi-
nier de votre propre être, la semence de votre destinée. Comme le démontre Findhorn, les principes qui
y sont appliqués dépassent de loin le jardinage ; ils embrassent toutes les activités de notre existence. Peut-
être avez-vous découvert dans ces pages des moyens de faire que sur vos propres sables stériles jaillisse une vie
nouvelle pour vous lancer de. manière plus totale dans cette aventure cosmique qu'est l'existence, qu'est vo-
tre vie.

185
FINDHORN, AUJOURD'HUI. il est possible de ramener à la vie, partout sur notre planète,
les régions qui ont été appauvries, voire même détruites
Il n'est sans doute pas inutile de rappeler que la Fondation biologiquement, par une manière totalement aberrante de
Findhorn est avant t o u t une communauté spirituelle. Elle doit traiter la nature. Cette expérience démontre qu'il est enfin
son existence à deux personnes qui ont vécu en obéissant à la possible d'entrer dans une ère où la population mondiale,
volonté de Dieu: l'orientation de l'organisation matérielle et du sans cesse croissante, pourra disposer d'une nourriture saine
mode de vie de cette communauté est en résonance avec ce et abondante.
même plan divin.
Cette communauté expérimente une nouvelle manière de
vivre. Certes, cette expérience n'est pas absolument nouvelle Findhorn ne cesse de croître et de changer. Son défi suprême
mais elle indique une direction que l'humanité peut prendre et consiste à éviter de devenir rigide et à rester assez souple
elle lui offre un espoir concret pour l'avenir. pour que des changements internes puissent se produire
Les membres de la communauté sont unis dans une foi organiquement.
commune selon laquelle chacun peut trouver en soi la voie Le plus grand défi auquel ceux qui vivent à Findhorn
intérieure indiquée par Dieu, car nous sommes tous potenti- doivent faire face est de ne jamais cesser de désirer ce change-
ellement «des dieux en action». Cette Divinité intérieure est ment et de ne jamais cesser de changer, d'être prêts à s'élancer
précisément le moyen par lequel les membres de la communauté dans de nouvelles dimensions de l'expérience et de se consacrer
ne font qu'un avec tous les êtres humains, quels que soient entièrement au plan divin concernant cette Terre.
leur race, leur couleur, leur milieu ou leurs croyances. Ils ne
Le Travail, C'est L'Amour Rendu Visible
f o n t qu'un avec toute vie parce que Dieu se trouve en toute
vie. Ils manifestent leur unité avec le Centre divin ou la Source Le travail est l'un des domaines qui a subi un changement en
de tout-au-monde. profondeur. Le secret de Findhorn, en bref, consiste à aimer
Cette expérience de l'Unité est mise en pratique à tous les tout ce que l'on fait: aimer l'endroit où l'on se trouve et aimer
niveaux, dans chacune des activités de la vie de la communauté. ceux qui nous entourent. Ceci peut paraître assez simpliste,
C'est pourquoi Findhorn est un lieu qui démontre que la foi mais c'est en fait un principe extrêmement actif.
et l'illumination spirituelle peuvent se manifester de manière Le travail, aussi dur ou monotone qu'il puisse paraître,
concrète dans la vie pratique et quotidienne. Cette manière de peut se réaliser dans l'amour et dans la joie, à condition de
vivre est loin d'être facile pour les membres de la communauté l'exécuter avec un nouveau niveau de conscience. Que ce soit
car ils sont d'origines très différentes et, comme chacun, en nettoyant un plancher, une table ou de la vaisselle, il nous
conditionnés la plupart du temps par le matérialisme et l'esprit est toujours possible de réaliser notre unité quoi que nous
de compétition. fassions, de nous apercevoir que, le Divin étant en t o u t et
Ne plus former qu'un avec Dieu permet à chaque personne partout, le fait de nettoyer ou faire briller un objet et lui
de faire appel à ce potentiel divin qui demeure là, en chacun rendre sa perfection devient autant un moyen de réaliser sa
de nous. Ceci a pour résultat un changement dans notre propre Divinité que la nôtre. Et cet objet ou cette chose sur
conscience qui, «d'un être de séparation et d'isolement, fait lesquels vous avez travaillé refléteront comme un miroir
de nous un être de communion, de résonance, de plénitude et l'amour et la joie que vous y avez déversés.
d'universalité.» Ce changement de conscience doit transformer Le travail est l'un des moyens les plus efficaces pour pro-
de manière inéluctable tout ce que nous faisons: notre attitude voquer ce changement de conscience. C'est en travaillant
envers le travail, toutes nos relations avec notre entourage, ensemble que vous découvrirez à Findhorn comment il vous
qu'il s'agisse d'humains ou de n'importe quel autre règne de est possible de développer des relations plus créatives avec les
la Nature. autres. En effet, c'est en travaillant avec amour que nous
permettons à notre Divinité intérieure de se manifester et de
se développer. Travailler tous ensemble nous aide les uns les
Coopération Avec La Nature autres à cette réalisation en même temps qu'à découvrir l'une
des relations des plus joyeuses et des plus épanouissantes qui
Le jardin, le travail avec la nature, démontre à Findhorn de
soient.
quelle façon l'une de ces activités quotidiennes a ainsi été
Chacune des différentes activités de la communauté offre la
métamorphosée. Ici, un changement complet s'est produit:
possibilité de réaliser cette découverte: le jardin, la cuisine,
l'activité par laquelle l'homme a exercé sa domination sur la
les départments administratifs, les ateliers de construction,
nature à des fins uniquement égoïstes, est devenue le moyen
d'édition, d'arts plastiques et scéniques. Il vous est possible de
d'apprendre comment coopérer avec celle-ci dans la créativité
développer, dans chacun d'entre eux, des talents que vous ne
et dans l'amour.
soupçonniez pas auparavant et, mieux encore, de trouver un
Ce changement n'implique pas que l'utilisation de méthodes moyen d'exprimer votre nature divine.
agricoles bio-dynamiques et organiques, mais aussi de com-
mencer à apprendre à communiquer avec les royaumes des
plantes et des animaux, avec la vie et l'intelligence qui existent
en chacun d'entre eux.
C'est en appliquant ce principe dans le jardin que des sables La Conscience De Groupe
stériles sont devenus fertiles et qu'y ont poussé des légumes de La caractéristique fondamentale de Findhorn est que toutes les
très haute qualité et des fleurs d'une éclatante beauté, à activités y ont lieu en groupe. Ceci constitue une expression
l'étonnement de nombreux experts. Actuellement, la superficie très particulière du changement de conscience qui intervient
de ce jardin ne permet de nourrir qu'une famille mais elle est lorsque «d'un être séparé et isolé, nous devenons un être de
suffisante pour y apprendre tous les aspects de l'horticulture— communion, de résonance et d'universalité.» Toutes ces divi-
ce qui nous permettra plus tard de produire nos propres fruits sions, toutes ces barrières qui séparent les hommes les uns des
et légumes en quantité suffisante. autres est l'une des plus terribles caractéristiques de notre
La Fondation Findhorn espère que ses méthodes de jardinage époque et ceci a pour conséquences les conflits, l'esprit de
serviront d'exemple pour montrer à tous de quelle manière compétition, la cupidité et la haine. Dès que le niveau de

186
conscience se modifie, il devient alors possible de vivre et de que Findhorn s'est assigné. Les personnes désirant faire cette
travailler ensemble tout en partageant une unité et une paix expérience sont invitées à écrire pour demander la brochure
spontanées. détaillée de ces programmes et à faire leurs réservations à
C'est la mise en pratique de la conscience de groupe et des l'avance.
activités de groupe qui permet à ce changement de se mani-
fester à Findhorn. Chaque département est constitué par un
groupe qui fonctionne toujours ensemble —non comme un
groupe réuni autour d'un leader distribuant des ordres, ou
encore comme un groupe travaillant selon le mode démo- La Communauté Et Son Budget
cratique du vote à majorité — mais comme un groupe dont La communauté comprend maintenant plus de 2 5 0 membres
chaque membre apprend à suivre la voie indiquée par sa qui vivent pour la plupart dans des caravanes et des bungalows
Divinité intérieure et devient capable de fondre cette direction situés dans le Parc des Caravanes de la Baie de Findhorn, ou
personnelle dans une vision collective pour le bien de tous. bien dans le Collège de Cluny Hill, ancien hôtel trois étoiles.
Ceci développe en chacun un grand sens du dévouement pour La communauté dispose également de deux maisons situées
son groupe de travail—dévouement qui se combine à une dans le port de Findhorn et d'une petite Ferme à quelques
profonde attention aux besoins de la communauté t o u t kilomètres de là qui produit une partie de nos légumes. De
entière. nombreuses familles vivent maintenant dans la communauté
Il existe dans la communauté un «core group», ou groupe qui compte une cinquantaine d'enfants. Pour répondre à leurs
de synthèse et de coordination; sa responsabilité consiste à besoins, nous avons créé une crèche où les mères peuvent
prendre les décisions et à choisir les différentes options con- confier leurs bébés et un centre d'activités pour les petits
cernant la communauté dans sa totalité, ainsi qu'à assurer la enfants. Les enfants en âge scolaire vont dans les écoles com-
continuité de sa voie spirituelle. Le secteur administratif a munales locales et les lycées d'état.
pour fonction de mettre en pratique les décisions et les choix L'argent qui permet à la communauté de vivre et de croître
du «core group». De plus, celui-ci est responsable du budget provient principalement de la contribution personnelle des
quotidien. Enfin, tous les groupes de la communauté travaillent membres, des frais de participation versés par les visiteurs ainsi
en respectant le principe de l'illumination et de la direction que de la vente des livres que nous éditons et d'autres de nos
spirituelle indiquées par la Divinité intérieure de chacun pour produits. Des personnes du monde entier, qui partagent notre
la collectivité. Les décisions finales incombent, le cas échéant, vision du Nouvel Age, nous font de nombreuses donations.
à Peter et Eileen Caddy qui sont les co-fondateurs de la Nos finances sont administrées selon les principes commerciaux
communauté de Findhorn. habituels, aussi bien eh ce qui concerne les dépenses ordinaires
telles que nourriture, chauffage, éclairage, que les investis-
sements plus importants tels que la construction du «Hall» de
Education notre université et l'achat du Collège de Cluny H i l l .
La communauté de Findhorn est parfaitement consciente Mais, comme à sa création, il demeure vrai que la com-
qu'il existe ailleurs dans le monde de nombreux centres qui munauté vit de la foi qu'elle a en Dieu et en ses ressources
partagent cette même vision du Nouvel Age dans lequel illimitées pour répondre à tous nos besoins.
l'humanité est en train d'entrer et qui ont pour même but
d'apporter un profond changement de conscience chez tous. Le Sanctuaire
Ces centres constituent un unique réseau de lumière. C'est
Le changement de conscience le plus important est celui qui
pourquoi il est urgent de réaliser l'unité entre tous ceux qui
a rendu possible cette expérience d'unité en Dieu. Pour beau-
partagent ce même idéal car le mouvement qui se développe
coup, Dieu est un Etre lointain, séparé de nous—qui n'est pas
est universel et comprend des groupes nombreux et variés.
de ce monde ou qui se trouve très «haut»—ce qui, d'une
Sensible à cette question, Findhorn a développé un secteur certaine façon le rend irréel. Findhorn est fondé sur l'expéri-
éducatif dans le Parc de Findhorn et dans le Collège de Cluny ence et l'attention accordées à la «Divinités intérieure». C'est
Hill. Ces programmes éducatifs ne sont pas académiques car pourquoi il est désormais nécessaire de faire l'expérience de
ils consistent, bien plus, à approfondir les principes spirituels ce changement d'état qui nous rend conscients de notre
sur lesquels Findhorn est fondé et à entraîner des personnes de unité avec Lui, et qui fair que nous pouvons vivre et travailler
t o u t âge à devenir des bâtisseurs du Nouvel Age où qu'ils se à chaque instant de notre existence en résonance avec le Divin.
trouvent par la suite. Le sanctuaire constitue donc le coeur de la communauté.
Divers programmes sont proposés aux visiteurs qui ne C'est là que tous, quelles que soient leurs croyances, deviennent
peuvent venir que quelques semaines—ceci dans le but de leur capables de s'unifier dans la méditation silencieuse, délivrés de
permettre d'expérimenter et de vivre, à un certain degré au tout sens de la division ou du conflit, en un seul flot de joie et
moins, ce changement de conscience qui est le but principal d'amour.

187
FINDHORN
Eileen Caddy est connue dans le monde entier comme l'un des trois fondateurs de la com-
munauté de Findhorn, dans le nord de l'Ecosse où elle vit actuellement. Ses livres y ont
attiré des dizaines de milliers de personnes venues pour partager une vie simple en étroit
contact avec la nature et pour développer leur vie spirituelle.
Des séjours d'une semaine en français sont organisés au cours de l'année. Vous pourrez
y découvrir de nombreux aspects de la communauté et de son histoire. La moitié du temps
est consacrée à travailler avec les membres de la communauté, l'autre à des programmes
variés.

Pour tout renseignement, s'adresser à :


FINDHORN FOUNDATION
Forres IV36 3TY,
SCOTLAND
ROYAUME UNI
Tél. : 00 4 4 1 309 691 620
Fax : 00 4 4 1 309 691 663
ÉDITION 1999

Achevé d'imprimer en février 1999 sur les presses de l'imprimerie Laballery


58500 Clamecy
Dépôt légal Editeur, mars 1999 Numéro d'imprimeur : 902007
La réédition tant attendue du premier livre en français, paru en 1982,
sur l'aventure des pionniers et fondateurs de la c o m m u n a u t é spirituelle de
Findhorn.
Voici relatée par plusieurs d'entre eux, et illustrée de nombreuses pho-
tographies, cette merveilleuse rencontre entre des êtres humains et les
esprits de la nature, qui débuta en 1962 au Nord de l'Ecosse. Ensemble, ils
d é m o n t r e n t ainsi que c'est avant tout la force d ' a m o u r qui nourrit plantes
et h o m m e s .
Cette coopération permit de faire pousser des légumes gigantesques
sur un sol presque stérile et dans un climat très rude, puis, progressive-
ment, de redécouvrir les lois de l'agriculture biologique, centrées sur l'im-
portance de l'humus.
Au-delà, cette expérience originale amène à considérer, respecter et
aimer tous les êtres de la nature c o m m e des êtres vivants : de la Terre aux
êtres les plus subtils.
Nous découvrons aussi au cours de ces pages l'histoire et la vie m ê m e
de cette c o m m u n a u t é qui joue toujours un rôle important dans l'émergence
d'un nouveau paradigme.
Pour une meilleure compréhension de la relation de l'Homme à la
Nature, laissez-vous é m o u v o i r par la force de ces témoignages sur une
approche à la fois très concrète et sensible du jardinage et de la Nature.

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