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Patrimônio Imaterial

Planejamento 2018

A implantação dessa Gerência de Patrimônio Imaterial, dentro desta SEC objetiva


especialmente o cuidado com os bens de natureza imaterial. Estes são complexos, pois
tratam de bens intangíveis, abstratos como as formas de expressão, os modos de criar os
saberes e o fazer da população, que se classificam como cultura tradicional, popular e oral.
No Brasil, o reconhecimento das expressões populares data dos anos 30, cujo
mentor Mário de Andrade, intelectual e modernista, propôs a preservação de processos
culturais e de saberes, conceitos que somente mais tarde seriam classificados como
patrimônio imaterial.
O patrimônio imaterial está expresso nos artigos 215 e 216 da Constituição Federal
de 1988: “Constituem o patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e
imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.
Entretanto, somente em 2000 foi instituído um instrumento legal para a preservação desse
patrimônio, o Registro de bens culturais de natureza imaterial e criou-se também o
Programa do Patrimônio Imaterial por meio do Decreto Federal nº 3.551.
O Patrimônio Cultural Imaterial ressalta a importância que tem os processos de
criação e manutenção do conhecimento sobre o produto a ser protegido como: as práticas,
representações, expressões, conhecimentos e técnicas, junto com instrumentos, objetos e
técnicas e lugares que lhes são associados, e está diretamente relacionado com o
conhecimento, com o processo de criação, e não com o produto resultante desse
conhecimento, muito embora seja este indubitável. Segundo a UNESCO, “é amplamente
reconhecida à importância de promover e proteger a memória e as manifestações culturais
representada em todo o mundo, por monumentos, sítios históricos e paisagens culturais.
Mas não só de aspecto físicos que se constitui a cultura de um povo. Há muito mais
contido nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas nas festas e em diversos outros
aspectos e manifestações, transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e
modificados ao longo do tempo. A essa proporção intangível da herança cultural dos povos,
dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial”.
No Amazonas, o Governo, por meio da Secretaria, vem trabalhando nesse sentido
planejando e executando as políticas de pesquisa, inventário, mapeamento, registro e
salvaguarda dos bens culturais de natureza imaterial.
Projeto Pastorinhas
O projeto Mostra de Pastorinhas realizado no Largo São Sebastião com edições nos
anos de 2006, 2007 e 2008 visou à salvaguarda de tradicional expressão natalina nacional,
também executada no Amazonas, por meio da apresentação de grupos de Pastorinhas de
Manaus, e de registros técnicos especializados.
A Mostra buscou ainda o resgate do sincretismo luso medieval e popular
amazonense, presente no imaginário das Pastorinhas, através da orientação de
reconhecidos mestres da arte pastoral. Essa manifestação integrou o Concerto de Natal
realizado pela Secretaria nos anos de 2006.
Objetivo: A intenção é realizar novo Festival de Pastorinhas em janeiro de 2018, no
Largo São Sebastião como forma de celebrar a festividade de Reis e o fim das
comemorações de fim de ano. Além de dar visibilidade à expressão.
Locais de Realização : Manaus - Largo de São Sebastião

Público Alvo :Mestres e artistas da cultura popular amazonense;

Projeto História Oral e Salvaguarda das Expressões Tradicionais


O Projeto História Oral tem ocorrido intermitentemente desde o ano de 2005,
dentro do âmbito das políticas voltadas para a salvaguarda de nossos patrimônios
imateriais. Esse trabalho tem por objetivo, documentar, através de diferentes suportes, os
mais diversos aspectos de nossas culturas tradicionais, mantendo para as futuras gerações
documentos que possibilitem a recuperação da história recente de nosso Estado.
Esta é uma tentativa de salvaguardar a memória local, as formas de inscrição do
homem do Amazonas em seu tempo, não só na perspectiva teórica de análise dos macros
movimentos, mas da reconstituição da vida cotidiana, constituinte e constituída por esses
processos mais amplos. Como a primeira das ações nesse sentido, foi criada em 2004 a
série de documentários da coleção Patrimônio Imaterial: Série Memória Oral. Essa série
conta através do relato oral de diversas personagens, um pouco da história dos grupos
constituintes de nosso Estado, dentre seus diversos produtos podemos destacar: José
Ribamar do Nascimento (Zé Preto) mestre e fundador do Boi Corre Campo; Carlos Magno
Duarte de Souza da Associação Tribo dos Andirá e fundador da Associação dos Grupos
Folclóricos do Amazonas e Josefina Nakai contadora de história sobre a imigração japonesa
no Amazonas.
Objetivo Geral
Documentar, através de diferentes suportes, os mais diversos aspectos de nossas
culturas tradicionais, mantendo para as futuras gerações documentos que possibilitem a
recuperação da história recente de nosso Estado.

Objetivos Específicos

- Resgatar por meio do registro audio visual a memória oral dos atores socais
pertencentes aos diversos seguimentos culturais da sociedade amazonense;

- Realizar entrevistas com mestres da cultura popular amazonense;

- Fortalecer as práticas culturais populares existentes no Amazonas através da criação de


um banco de dados, que possibilite a pesquisa e o conhecimento dessas práticas;

Locais de Realização

Manaus e outros Municípios do Amazonas – notadamente o Baixo Amazonas;

Público Alvo

Mestres e artistas da cultura popular amazonense;

Projeto Inventários de Patrimônio Cultural Imaterial


Uma das principais tarefas da Secretaria realizadas pelo Departamento de
Patrimônio Histórico por meio da gerência de Patrimônio Imaterial tem sido discutir
políticas de patrimônio imaterial e subsidiar através de ações de pesquisa e inventário o
Registro dos Bens Culturais do Amazonas e incentivá-los a conquistarem o mesmo título
em âmbito nacional.
Em 2006, o programa de Edital em Pesquisas Temáticas apontou diversos temas,
referênciais ao patrimônio cultural imaterial do Amazonas, propondo a realização de
pesquisas etnográficas e históricas que pudessem subsidiar as ações de identificação e
registro promovidas pela Secretaria, além de fomentar a produção de conhecimento
específico sobre aspectos da cultura amazonense como celebrações, fazeres tradicionais,
festas profano-religiosas, expressões estéticas, superstições e crenças, ainda não
contemplados na literatura das ciências humanas e sociais regionais.
Desde 2004, a Gerência vem se desenvolvendo importante papel como
fomentadora de suas políticas voltadas às comunidades tradicionais como: indígenas,
quilombolas e ribeirinhos, e tem aplicado e desenvolvido instrumentos de inscrição nos
Editais da SEC, de forma que se incluam essas populações. Promoveu-se ainda encontros e
seminários regionais com mestres e brincantes de cultura popular, bem como apoiou a
Associações de Cultura Popular, com cursos e palestras sobre as temáticas de preservação
cultural, valorização dos mestres e do conhecimento tradicional. Como contributo a este
importante trabalho de resgate, registro e preservação, técnicos da Gerência de
Patrimonio Imaterial da SEC participam de importantes Conselhos Consultivos mantidos
pelo Estado do Amazonas como: Conselho dos Povos e Comunidades Tradicionais,
Conselho de Enfrentamento ao Tráfico Humano, Conselho de Igualdade Racial e do
Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas e da Câmara de Políticas
Públicas para Povos Indígenas.
Objetivo: Dar continuidade aos trabalhos de inventário de patrimônio imaterial,
essenciais ao registro e a salvaguarda dessas expressões.
Objetivos Específicos:
- Concluir o inventário da Festa de São Benedito do Quilombo do Barranco da
Praça XIV
- Dar subsídios na forma de laudos antropológicos às solicitações da Casa Civil
quanto aos Registros de Patrimônio Imaterial enviados pela Assembleia Legislativa.
- Iniciar os trabalhos de inventário do Festival Folclórico do Amazonas como
patrimônio cultural imaterial do Estado.
- Enviar para Registro o inventário do Gambá de Maués para ser reconhecido
como patrimônio cultural imaterial do Amazonas e incluir outras expressões de Gambá no
inventário como o de Borba, Humaitá e Novo Aripuanã.

Locais de Realização

Manaus , Borba, Humaitá e Novo Aripuanã.

Cronograma -
Contínuo até 2019.

Mostra de Cultura Popular do Amazonas

Em parceria com a Associação de Mestres e Brincantes da Cultura Popular do


Amazonas a Secretaria de Cultura têm realizado, desde 2010 a Mostra de Cultura Popular
do Amazonas. A Mostra tem o intuito de estreitar a relação dos mestres da cultura popular,
afrodescendente e indígena do Estado com as populações urbanas. Compõem-se de
apresentações artísticas, palestras, cursos e seminários voltados a valorização e divulgação
das culturas tradicionais. Em seus seis anos de edições já recebeu grupos de gambá, de boi-
bumbá de terreiro, pastorinhas, repente, hip-hop, beiradão, capoeira, samba de roda,
capoeira, entre outras expressões que compõem o rico e exuberante cenário das culturas
tradicionais amazonenses.

Objetivo: Realização da Mostra de Cultura Popular do Amazonas.

Locais de Realização: Manaus e envolvendo artistas de comunidades tradicionais do


interior do Amazonas

Cronograma -

Realização em 20 de Novembro de 2018 por ocasião do Dia da Consciência Negra

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