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Controle Tecnológico de Insumos,

Produção e Execução do Concreto


Professor: Alfredo Santos Liduário
email: aliduario@yahoo.com.br
Sumário
1. Introdução

2. Agregados

3. Aglomerantes e Concreto

4. Dosagem e Exigências de Norma

5. Controle Tecnológico da Produção do Concreto

6. Controle de Aceitação e Execução do Concreto


1. Introdução
Prédio dos Correios- Brasília
Itaipu

12,7 milhões de m³ de concreto


Fonte: http://www.itaipu.gov.br/energia/concretagem

30 mil m³ de concreto
Fonte: http://www.projest.com.br
1. Introdução

Controle Tecnológico

Garantir a execução

Projeto e especificações

Desempenho da
Menor custo Qualidade
satisfatório da vida útil
2. Agregados

# Rocha matriz – Origem


– Ígneas
– Metamórficas
– Sedimentares
# Características dos agregados
Porosidade/massa específica, composição granulométrica, forma, e textura
superficial, dureza, resistência, módulo - Relacionadas com tipo de
exposição e processo de fabricação, e da composição química e
mineralógica.
# Resistência aos esforços mecânicos
– Resistência à compressão
Granitos, arenitos quartzíticos, calcários densos e basaltos 210 a 310 MPa
– Resistência à abrasão
Superfície hidráulica, piso desgastado, lastro de ferrovia
– Módulo de elasticidade
Granitos, basaltos, calcários densos 70 a 90 GPa. (MEHTA E MONTEIRO, 2008)
2. Agregados
Classificação dos Agregados

# Quanto à Origem :

-Naturais >> Encontrados na natureza sob a forma de agregado ( areias de rio,


cascalho, pedregulho, seixo rolados, etc)

- Artificiais >> Forma de obtenção - Processados (britagem e classificação) na


condição especificada para utilização (areia artificial, brita, etc)
2. Agregados

# Quanto às dimensões:

- Agregado Miúdo >> dimensões máximas iguais ou inferiores a 4,75 mm (NBR


7211,2009).

- Agregado Gráudo >> dimensões passam pela peneira com abertura de malha
de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha 4,75 mm (NBR
7211, 2009).
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
A forma e textura têm influência significativa na demanda da água de
amassamento do concreto.

• Forma
Arredondados (seixos, areias naturais etc)
Angulosos: arestas bem definidas
Lamelares ou achatadas: pequena espessura
Alongadas: o comprimento se destaca

• Textura
Lisa (seixos, mármores)
Granular (arenito)
Áspera (calcário)
Cristalina (granito, gnaisse, gabro) e
Porosa (tijolo, pumicita)
2. Agregados

Propriedades dos Agregados

- Massa Específica :
É a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
incluindo os poros internos.

- Massa Unitária:
É a relação entre a massa das partículas necessária para
ocupar uma unidade de volume.
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
 Leve
 até 2000 kg/m³
 agregados expandidos de argila
(≈800kg/m³),escóriasiderúrgica,
vermiculita (≈ 300kg/m³), ardósia, etc.
 Normal
 de 2000 a 2900 kg/m³
 maioria dos agregados: seixo
rolado, pedra britada, areia de
rio, etc.
 Denso ou pesado
 acima de 3000 kg/m³
 barita, magnetita (≈ 3300kg/m³), Iimonita,
hematita (≈ 3200kg/m³), etc.
2. Agregados
Propriedades Agregados
• Absorção e umidade

• Granulometria
Dimensão máxima característica (Dmáx)
Módulo de finura (MF)

• Substâncias Deletérias
Partículas leves
Impurezas orgânicas
Torrões de argila e materiais friáveis
Propriedades dos Agregados
2. Agregados
- Distribuição granulométrica:

• Contínua
Maior trabalhabilidade
Menor consumo de água
Mais econômico

• Descontínua

• Uniforme
Maior consumo de água
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
- Distribuição granulométrica:

- Depende do proporcionamento correto de agregados Mistura de


graúdos e miúdos; 25 e 9 mm
- Altera o consumo de pasta, trabalhabilidade
Tamanho: Afeta a demanda de água, consumo de cimento,
microfissuração (resistência);

Menor índice
de vazios

(MEHTA E MONTEIRO, 2008)


2. Agregados
Propriedades dos Agregados
- Dimensão Máxima Característica:
A dimensão máxima característica é a grandeza associada à
distribuição granulométrica do agregado, correspondente à
abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série
normal ou intermediária na qual o agregado apresenta uma
porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a
5 % em massa (NBR 7211, 2009).
Limites operacionais relativos:
• ao transporte e lançamento do concreto
• às dimensões e espaçamentos peças de concreto
Dmáx ≤ ¼ da distância entre as fôrmas;
Dmáx ≤ 1,2 vezes do espaçamento entre barras
longitudinais;
Dmáx ≤ ¼ do diâmetro da tubulação de bombeamento;
Dmáx ≤ 1,2 vezes espessura do cobrimento nominal (NBR
6118:2014).
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
- Série de peneiras:
Conjunto de peneiras das séries normal e intermediária (abertura nominal) (NBR 7211, 2009).

Módulo de finura: é a soma das


porcentagens retidas acumuladas
nas peneiras de série normal.
2. Agregados
Propriedades dos Agregados Brita 25 mm
- Granulometria: (NBR NM 248)
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
# Dimensões máximas características comerciais dos agregados graúdos

 brita 0 4,75 mm a 12,5 mm


 brita 1 9,5 mm a 25,0 mm
 brita 2 19,0 mm a 31,5 mm
 brita 3 25,0 mm a 50,0 mm
 Brita 4 37,5 mm a 75 mm
 Pedra de mão > 75,0 mm

NBR 7211(2009)
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
Areia natural
- Granulometria:
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
- Substâncias Nocivas:
Podem interferir na trabalhabilidade,
com as reações químicas de hidratação
do cimento, com a durabilidade do
concreto e podem diminuir a
aderência entre o agregado e a pasta
de cimento.
- Material pulverulento (silte, argila e finos provenientes da britagem contidos
principalmente em areias artificiais);
- Impurezas orgânicas (vegetal);
- Partículas não sãs (xistos, carvão e mica);
- Outros (Gesso e outros sulfatos(magnésio e sódio) e piritas ferrosas).
2. Agregados
Propriedades dos Agregados
- Substâncias Nocivas:
2. Agregados
Ensaios com Agregados
2. Agregados
Ensaios com Agregados
2. Agregados
Ensaios com Agregados

• Forma dos grãos


O índice de forma (ABNT NBR 7809)
dos grãos do agregado
não deve ser superior a 3.

• Desgaste
O índice de desgaste por abrasão "Los
Angeles" (ABNT NBR NM 51) deve ser
inferior a 50%, em massa, do material.
2. Agregados
Ensaios com Agregados

Tabelas de resultados de ensaio


Tabela de resultado de ensaio de
agregado.xls
2. Agregados
Obtenção e Processamentos de Agregados

-Grandes projetos (barragens, pontes, estradas, etc);

-Jazidas pré-definidas (Técnicas e econômicas – Caracterização


dos agregados);

-Jazidas definidas (Especificações de projeto e viabilidade-


custo/benefícios.
2. Agregados
Obtenção e Processamentos de Agregados

-Agregados de qualidade satisfatória (equipamentos e


disposições das instalações de britagem e classificação);

-Grandes obras (central de britagem - atender a demanda).


2. Agregados
3. Aglomerantes e Concreto

- Cimento: Material seco, finamente pulverizado, que por si só não é


um aglomerante, mas desenvolve propriedade aglomerante como
resultado de hidratação. É composto essencialmente de silicatos
reativos de cálcio, que quando hidratados são responsáveis pela sua
característica adesiva e são estáveis no ambiente aquoso.
- Clínquer : nódulos de 5 a 25mm de diâmetro de um material
sinterizado, produzido quando uma mistura de matérias-primas de
composição pré-determinada é aquecida a altas temperaturas.
3. Aglomerantes e Concreto

# Matérias-Primas
- Calcário (~80%): fonte de Cálcio
• CaO (C) + CO2
- Argila (~20%): fonte de Silício, Alumínio,
Ferro e álcalis
• SiO2 (S)
•Al2O3 (A)
•Fe2O3 (F)
• Gipsita (adicionado após a calcinação): fonte de Sulfato
(gesso)
3. Aglomerantes e Concreto

Fonte : http://blogdocimento.blogspot.com.br/2015/09/fluxogramas-de-fabricacao-de-
cimento.html

Fonte:https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Dilemas/no
ticia/2015/07/votorantim-suspende-producao-de-fabrica.html
3. Aglomerantes e Concreto
# Principais Compostos do Clínquer
Material Elementos constituintes Composto
3CaO. SiO2
[ C3S (silicato tricálcico) ]
Pedra calcária CaCO3 = CaO + CO2
2CaO . SiO2
[ C2S (silicato dicálcico) ]

+ 3CaO . Al2O3
[ C3A (aluminato tricálcico)]
Argila SiO2 + Al2O3 + Fe2O3 + H2O 4CaO . Al2O3 . Fe2O3
[ C4AF (ferroaluminato
tetracálcico) ]
Outros compostos
Teores:
C3S – 45 a 60% C3A – 6 a 12%
C2S – 15 a 30% C4AF – 6 a 8%
3. Aglomerantes e Concreto
Hidratação das Fases Principais
Hidratação dos Silicatos (C3S e C2S):
• C3S (Alita)

- Contribui para a resistência mecânica em idades iniciais;


- Elevado calor de hidratação;
• C2S (Belita)
- Contribui para a resistência mecânica em idades mais avançadas (~ > 28 dias);
- Baixo calor de hidratação;

C2S
C3S + H2O C-S-H + CH (Ca(OH)2)
3. Aglomerantes e Concreto
Hidratação das Fases Principais
Hidratação dos Aluminatos (C3A e C4AF):
• C3A e C4AF
- reações que envolvem o consumo de gipsita;
- velocidade de hidratação mais rápida que dos silicatos;
- determinam a perda de consistência (enrijecimento) e
a pega (solidificação);
- elevado calor de hidratação;
- produtos principais: etringita, aluminatos e monossulfato;
C3A + 3CŠ + água → C6AŠ3H32 (etringita)
C3A + água → C3AH6 (aluminato)
C3A + 3CŠ + água → C4AŠH18 (monossulfato)
C4AF + 2CH + água → C3A(F)H6 (aluminato ou ferrito)
3. Aglomerantes e Concreto

CH

CSH

Etringita
3. Aglomerantes e Concreto
# Calor de Hidratação

O calor de hidratação é a quantidade de calor que se desprende até a


hidratação completa do cimento a uma temperatura estabelecida,
podendo ser expressa em joules por grama de cimento (J/g).

• Reação Exotérmica Total (composição)


• Risco de Fissuração • C3A → 866 J/g
• C3S → 502 J/g
• C4AF → 418 J/g
• C2S → 259 J/g
3. Aglomerantes e Concreto

# Velocidade de Hidratação

• Composição química do cimento : quantidade de C3A e C3S

• Finura do cimento (cm²/g ou m²/kg) : grau de moagem, área superficial


para reação, condição da mistura

• Temperatura de hidratação

• Umidade
3. Aglomerantes e Concreto

# Influência da finura no calor de hidratação e resistência à


compressão

MEHTA e MONTEIRO (2008)


MEHTA e MONTEIRO (2008)
3. Aglomerantes e Concreto
# Cimentos Brasileiros

NBR 16697 (2018)


3. Aglomerantes e Concreto
# Características físico-químicas – Limites por Norma NBR 16697 (2018)
Físicas

NBR 16697 (2018)


3. Aglomerantes e Concreto
# Características físico-químicas – Limites por Norma NBR 16697 (2018)

Químicas

NBR 16697 (2018)


3. Aglomerantes e Concreto
# Comportamento
3. Aglomerantes e Concreto

Cimento Tipo CPV-ARI

- Alta resistência inicial;

- Obtido com o aumento do C3S, prolongamento da cozedura e uma

temperatura ligeiramente mais alta;

- Obtido também com a moagem mais intensa do clínquer;

- Maior calor de hidratação.


3. Aglomerantes e Concreto

Cimento Tipo CPIII

- Obtido com a moagem conjunta da escória com o clínquer;

- Menor calor de hidratação;

- Maior resistência a sulfatos;

- Maior durabilidade frente a ação da água do mar e efluentes sanitários;

- Endurecimento mais lento;

- Usado no combate a RAA.


3. Aglomerantes e Concreto

Cimento Tipo CPIV

- Devido à reação da pozolana com o hidróxido de cálcio apresentam maior

resistência química;

- Resistência baixa nas primeiras idades;

- Baixo calor de hidratação;

- Usado no combate a RAA.


3. Aglomerantes e Concreto

Cimentos Resistentes a Sulfatos

Podem ser se tiverem as seguintes características:

- Teor de C3A do clínquer inferior a 8%;

- Teor de escória 60% a 70%;

- Teor de materiais pozolânicos CPIV entre 25% e 40%.

Obs: De qualquer forma, segundo a NBR 16697 (2018), para serem resistentes a sulfatos
devem atender expansão menor ou igual a 0,03 % aos 56 dias, conforme ensaio
preconizado pela NBR 13583 (2014) ,
3. Aglomerantes e Concreto
# Ensaios físicos e químicos dos cimentos
Físico Químico

Físico
3. Aglomerantes e Concreto
# Ensaios físicos e químicos dos cimentos

Físico
3. Aglomerantes e Concreto
# Ensaios físicos e químicos dos cimentos
Químico

Físico
3. Aglomerantes e Concreto
# Ensaios físicos e químicos dos cimentos
Físico Químico

Físico
3. Aglomerantes e Concreto

Adições Minerais

- Adições Minerais são materiais silicosos ou sílico-aluminosos, finamente


moídos, que podem ser adicionados ao concreto em grandes
quantidades, na faixa de 20% a 100% da massa do cimento Portland, com
o objetivo de melhorar as suas propriedades (MEHTA e MONTEIRO, 2008)
3. Aglomerantes e Concreto

# Origem das Adições Minerais

- Natural: materiais que possuem atividade pozolânica no estado natural ou


podem ser facilmente convertidos em pozolanas por britagem, moagem e
ativação térmica (p.ex. argilas e folhetos calcinados, tufos vulcânicos);

- Artificial: subprodutos industriais de transformação e beneficiamento, que


requerem ou não o processamento (secagem e pulverização) antes do
emprego como adição mineral (p.ex. sílica ativa, escória de alto-forno,
metacaulim).
3. Aglomerantes e Concreto
# Classificação
- Cimentante: reagem com a água, assim como o clínquer, para formar
C-S-H. Reação muito lenta para a aplicação prática, sendo necessário uso
de ativadores (p.ex. escória de alto-forno);

- Pozolânica: são ricos em SiO2 e , geralmente, em Al2O3, com baixo


conteúdo de CaO. Reagem com a água e com o hidróxido de cálcio
(produzido pelo cimento Portland) para formar C-S-H (p.ex. cinza
volante, argilas calcinadas, cinza de casca de arroz, sílica ativa, etc).
3. Aglomerantes e Concreto
# Efeitos das Adições Minerais
• Efeito Químico: Reação Pozolânica
– Substituição do hidróxido de cálcio por C-S-H
– Redução do pH da solução do poro (não significativo)

• Efeito Físico: Efeito Fíler


– Alterações na Microestrutura
– Refinamento do sistema de poros
– Maior tortuosidade e Desconexão do sistema de poros
3. Aglomerantes e Concreto
Sílica Ativa 100 vezes < cimento
(Aitcin,1938 tradução Geraldo Serra, 2000 )
Metacaulim

Fonte: (Dal Molin, 2005)

Sílica Ativa
Cinza de casca de
arroz

Fonte: (MEHTA e MONTEIRO, 2008)


3. Aglomerantes e Concreto
Cinza Volante
Escória

Fonte: Prof. Claudio S. Kazmierczak retirado do


Material da Prof. Angélica Koppe
Fonte: (MEHTA e MONTEIRO, 2008)
3. Aglomerantes e Concreto
# Análise físico-química – Adições Minerais
Limite Limite
Método de
Propriedades Determinadas Sílica ativa Metacaulim NBR NBR
Ensaio
13956 (3) 12653 (4)
NBR NM 23
Massa específica (g/cm³) 2,2 2,54 --- ---
(ABNT, 1998)
2
Área específica BET (m /kg) ≥ 15000 e
--- 15990 21250 ---
≤ 30000
NBR NM 18
Perda ao fogo 4,12 4,29 ≤ 6,0 ≤ 6,0 (5)
(ABNT, 2004)
Trióxido de enxofre 0,61
0,52 --- ≤ 5,0 (6)
(SO3)
Componentes Óxido de magnésio
Químicos (MgO) 0,72 0,53 --- ---
Procedimento
(%) Dióxido de silício (SiO2) FURNAS 91,58 46,70 ≥ 85,0 ---
Óxido de ferro (Fe2O3) 01.002.135 (1) 0,46 3,49 --- ---
Óxido de alumínio
0,17 41,41 --- ---
(Al2O3)
Óxido de cálcio (CaO) 0,70 0,53 --- ---
Fonte: Liduário Óxido de sódio (Na2O)
Procedimento
0,20 0,20 --- ---
(2006) Óxido de potássio (K2O) 0,25 0,25 --- ---
FURNAS
Equivalente alcalino em 01.002.31 (2)
0,36 0,36 ≤ 1,5 ---
Na2O
SiO2 +Al2O3 + Fe2O3 (%) --- 92,2 91,60 --- ≥ 70,0
Índices de Atividade Com Cimento NBR 5752
109,8 118,2 ≥ 75 ≥ 75
Pozolânica (%) (ABNT, 1992)
Índices de Atividade Pozolânica Procedimento
(Método Chapelle modificado) DEC-LQM-PE- 809 737 ≥ 330(9) ≥ 330(9)
(mg CaO/g amostra) 041 – IPT(8)
3. Aglomerantes e Concreto
# Análise físico-química – Adições Minerais
Método de Limite NBR
Propriedades Determinadas Escória Pozolana
Ensaio 12653 (3)
NBR NM 23
Massa específica (g/cm³) 2,92 2,62 ---
(ABNT, 1998)
Área específica BET (m2/kg) --- 900 443 ---
NBR NM 18
Perda ao fogo 1,40 3,57 ≤ 6,0(5)
(ABNT, 2004)
Trióxido de enxofre ---
0,80 ≤ 5,0 (6)
(SO3)
Componentes Óxido de magnésio
Químicos (MgO) 8,44 4,51 ---
Procedimento
(%) Dióxido de silício (SiO2) FURNAS 33,65 54,40 ---
Óxido de ferro (Fe2O3) 01.002.135 (1) 0,19 4,67 ---
Óxido de alumínio
12,61 16,54 ---
(Al2O3)
Óxido de cálcio (CaO) 40,01 12,57 ---
Fonte: Liduário Óxido de sódio (Na2O) 0,21 0,16 ---
Procedimento
Óxido de potássio (K2O) 0,55 3,62 ---
(2006) FURNAS
Equivalente alcalino em 01.002.31 (2)
0,57 2,54 ≤ 1,5
Na2O
SiO2 +Al2O3 + Fe2O3 (%) --- 46,45 75,61 ≥ 70,0 (7)
Índices de Atividade Com Cimento NBR 5752
92,1 95,61 ≥ 75
Pozolânica (%) (ABNT, 1992)
Índices de Atividade Pozolânica Procedimento
(Método Chapelle modificado) DEC-LQM-PE- *** 277 ≥ 330(9)
(mg CaO/g amostra) 041 – IPT(8)
3. Aglomerantes e Concreto
# Benefícios do uso de Adições Minerais

- Aumento de resistência, e consequentemente a redução do consumo de


cimento;
- Diminuição do calor de hidratação;
- Mitigação da reação álcali-agregado (RAA);
- Aumento da durabilidade;
- Benefício ecológico no caso de adições provenientes de subproduto.
3. Aglomerantes e Concreto

Concreto

o concreto é um material formado pela mistura


homogênea de cimento, agregados miúdo e graúdo e
água, com ou sem a incorporação de componentes
minoritários
3. Aglomerantes e Concreto

Concreto

O concreto não é tão duro e nem tão resistente


quanto aço

Por que é tão utilizado como material de


engenharia ?

Excelente Facilidade da Baixo custo e a rápida


resistência à obtenção de formas disponibilidade do
água e tamanhos material
3. Aglomerantes e Concreto

# Tipos de concreto

Tipos de concreto – (MEHTA e MONTEIRO,


2008)

Concreto de Concreto leve Concreto pesado


densidade normal

Na ordem de Na ordem de Na ordem de


2400 kg/m³ 1800 kg/m³ 3200 kg/m³
3. Aglomerantes e Concreto
# Tipos de concreto
Concretos mais comumente utilizados

Concreto Concreto
convencional projetado

Concreto de
Concreto densidade normal Concreto
massa bombeável

Concreto Concreto de alta Concreto


compactado com resistência e autoadensável
rolo (CCR) alto
desempenho
3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto
• Resistência
– Expressa em MPa (1MPa = 10 kgf/cm²)
– Depende de vários fatores:
• Tipo e consumo de cimento
• Granulometria e tipo de agregados
• Cura do concreto
• Idade do concreto
• Relação água/cimento
3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto
• Relação água/cimento (a/c)

– Governa várias propriedades do concreto (resistência,


porosidade, durabilidade, dentre outras)

RESISTÊNCIA
𝒂/𝒄
DURABILIDADE

RESISTÊNCIA
𝒂/𝒄
DURABILIDADE
3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto

• Temperatura do Concreto
– Depende de vários fatores:
• Tipo e consumo de cimento
• Temperatura de colocação (lançamento)
• Espessura de camada
• Intervalo de colocação da
camada

(PAULON, 1987) apud LIDUÁRIO (2006).


3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto
• Temperatura do Concreto
– Procedimentos para redução do calor gerado:
• Redução do consumo de cimento e a utilização de cimento com baixo calor de
hidratação (CP III e CP IV);
• Pós-refrigeração: conseguido pela circulação de água fria através de tubos de
aço mergulhados na estrutura;

(PAULON, 1987) apud LIDUÁRIO (2006).


3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto
• Temperatura do Concreto
– Procedimentos para redução do calor gerado:
• Pré-refrigeração: substituição de parte da água de amassamento por gelo
e/ou utilização de agregados resfriados;

Gelo em escamas Gelo em cubos


3. Aglomerantes e Concreto
# Propriedades de concreto
• Durabilidade
– Capacidade de resistir aos processos de deterioração:
𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥𝐞 𝐭𝐞𝐜𝐧𝐨𝐥ó𝐠𝐢𝐜𝐨
• Ataques Físicos

– Desgaste superficial / Abrasão Longa vida útil


– Ação da temperatura
– Fissuras
𝐃𝐮𝐫𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
• Ataques Químicos

– Corrosão de armaduras
– Ataque por sulfatos ou soluções acidas Menor custo Segurança
– Reações álcali-agregado de manutenção
3. Aglomerantes e Concreto

Concreto dosado em central

Caminhão-betoneira e caçamba
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
Central dosadora
CENTRAL DE CONCRETO - TRANSILAGEM

GALPÃO
BIG-BAG

CENTRAL DE
REFRIGERAÇÃO
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
Central dosadora

CIBI ERIE

- 2 MISTURADORES FORÇADOS; - 1 MISTURADOR DE EIXO HORIZONTAL;


- CAPACIDADE NOMINAL : 150 m3 / - CAPACIDADE NOMINAL : 165 m3 / h;
h;
- TEMPO DE MISTURA : 50 s.
- TEMPO DE MISTURA : 50 s;
- AUTOMÁTICA.
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
A Norma 7212 (2012) preconiza

Requisitos gerais Requisitos específicos

Contratação de concretos dosados em


central, bem como avaliação de centrais de
concreto
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos gerais

Mistura parcial na central e complementação na


obra

Fibras, aditivos, gelo, entre outros

Adicionados imediatamente antes da mistura


final e descarga em acordo entre as partes e
especificados na formulação
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos gerais

Adição suplementar de água

Após a verificação do abatimento dentro da classe de


consistência especificada

Não se admite adição suplementar de água. Qualquer outra adição


de água exigida pelo contratante exime a empresa de serviços de
qualquer responsabilidade quanto às características do concreto
exigidas no pedido e este fato deve ser obrigatoriamente registrado.
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos gerais

Adição suplementar de aditivo

Caso o concreto apresente abatimento inferior à classe de


consistência especificada

Admite-se adição suplementar de aditivo superplastificante, desde que


a consistência final não ultrapasse a faixa especificada
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos específicos

Pedido do concreto

Pela resistência

Solicitado especificando a resistência característica à


compressão na idade de controle, a classe de agressividade
(NBR 12655, 2015 ou NBR 6118, 2014), a dimensão máxima
característica do agregado e a classe de consistência ou classe
de espalhamento no caso de concreto autoadensável
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos específicos

Pedido do concreto

Pelo consumo

Solicitado especificando o consumo de cimento por m³, a


dimensão máxima característica do agregado e a classe de
consistência
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos específicos

Pedido do concreto

Pelo composição do traço

Solicitado informando as quantidades dos materiais


componentes do concreto por m³.
3. Aglomerantes e Concreto
Concreto dosado em central
# Requisitos específicos
Especificação da trabalhabilidade
Classes de consistência (slump)– NBR 7212 (2012).
Classes de espalhamento (slump-flow) – NBR 15823 -1(2017).
Abatimento (A)
Classe
mm
S10 10 ≤ A < 50 Classe Espalhamento
S50 50 ≤ A < 100 mm
S100 100 ≤ A <160 SF1 550 a 650
S160 160 ≤ A < 220 SF2 660 a 750
S220 A ≥ 220
SF3 760 a 850
4. Dosagem e Exigências de Norma

O traço

A expressão da proporção dos materiais componentes de uma


composição particular de concreto.

O traço expressa as quantidades relativas de adições,


agregados miúdos, agregados graúdos , água e aditivos em
relação à quantidade de cimento.
4. Dosagem e Exigências de Norma

Expressão do traço

O traço do concreto pode ser expresso em termos de


proporções em massa ou volume, além de uma forma mista,
que expressa o(s) aglomerante(s) em massa e os agregados
em volume.

A expressão do traço adotada será em proporções sobre a


massa de cimento (kg/kg), chamado de traço unitário.

1: Massa de cimento em relação à Massa de cimento (Mc/Mc = 1);


1 : a : b : a/c a: Massa de areia em relação à Massa de cimento (Ma/Mc = a);
b: Massa de brita em relação à Massa de cimento (Mb/Mc = b);
a/c: Massa de água em relação à Massa de cimento (Mágua/Mc = a/c).
4. Dosagem e Exigências de Norma

Expressão do traço

No caso de se utilizar mais de um agregado miúdo e/ou mais de um


agregado graúdo, o traço é expresso do material mais fino para o mais
grosso.
Por exemplo: 2 areias e 3 britas: 1 : a1 : a2 : b1 : b2 : b3 : a/c

Denomina-se traço bruto m ou traço não desdobrado, à proporção de


agregado total (miúdo+graúdo) em relação ao cimento.
Por exemplo: quando m = 3, temos um traço 1:3, e isso significa que
para cada kg de cimento temos 3 kg de agregado total.
4. Dosagem e Exigências de Norma

Cálculo da Quantidade de Cimento

Para calcular a quantidade de cimento de um concreto, em


kg de cimento por m3 de concreto utiliza-se a equação deduzida a
seguir:

Sabe-se que um certo volume de concreto é o resultado da soma dos


volumes absolutos de seus constituintes, isto é, do cimento, areia
(agregado miúdo), brita (agregado graúdo) e água.
4. Dosagem e Exigências de Norma

Cálculo da Quantidade de Cimento

A massa especifica de um material é relação da sua massa dividida


pelo seu volume absoluto. Logo, o seu volume é a massa dividida pela
massa especifica, ou seja:

M M
  V
V 
4. Dosagem e Exigências de Norma

Cálculo da Quantidade de Cimento

O objetivo é uma equação para calcular a quantidade de cimento em 1


m3 de concreto, que é o mesmo que 1000 dm3, desta forma adequa-se
a equação à unidade de massa específica usual em normas técnicas
que é kg/dm3, temos:

Mc Ma Mb M água
    1000
c a b  água
4. Dosagem e Exigências de Norma

Cálculo da Quantidade de Cimento

Usa-se o artifício de dividir ambos os lados da equação pela massa de


cimento (Mc), pois trabalha-se com traços, que são proporções em
relação à massa de cimento (traço unitário), tem-se:

Mc Ma Mb M água 1000
   
M c . c M c . a M c . b Mc Mc

1 a b 1000
  a/c 
c a b Mc
4. Dosagem e Exigências de Norma
Cálculo da Quantidade de Cimento

Isolando-se a massa de cimento obtém-se a equação:

1000
Mc 
1 a b
  a/c
c a b

É usual representar a massa de cimento contida em um m3 de


concreto pela letra C, maiúscula, de consumo de cimento. Então,
substituindo-se Mc por C, tem-se:

1000
C
1 a b
  a/c
c a b
4. Dosagem e Exigências de Norma
Cálculo da Quantidade de Cimento

No entanto, não foi considerado nenhum teor de ar no concreto


(aprisionado ou incorporado), que em concretos plásticos normais
varia de 20 dm3 a 30 dm3 por m3 de concreto.

1000  Var
C
1 a b
  a/c
c a b

Vol. Cimento Vol. areia Vol. brita Vol. água Ar

1 m³
4. Dosagem e Exigências de Norma

Dosagem

Ato de medir e misturar os componentes do concreto a partir de um


traço pré-definido.

Empírica Racional e
experimental

Realizada como “Receita de bolo” –


Não leva em consideração a Realizada com os mesmos materiais
caracterização dos materiais na disponíveis na obra, considerando as
elaboração do concreto e em suas prescrições de projeto.
propriedades.
4. Dosagem e Exigências de Norma

O concreto deve ser dosado

Minimizar a segregação, otimizar os consumos dos materiais,


principalmente o cimento

Levando-se em consideração transporte, lançamento e


adensamento
4. Dosagem e Exigências de Norma

Estudo de Dosagem do concreto

Pode ser feita por qualquer método

Baseado na correlação entre as características de resistência e


durabilidade do concreto e a relação água/cimento
considerando a trabalhabilidade desejada.
4. Dosagem e Exigências de Norma
# Classes de Agressividade NBR 12655 e 6118

O concreto deve atender !


4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Condições de variabilidade

Na resistência de dosagem deve-se considerar o desvio padrão de


dosagem “Sd”

fcmj = fckj + 1,65.Sd NBR 12655 (2015)

- fcmj: resistência média do concreto, prevista para a


idade de j dias (idade de controle), em MPa.
- fckj: resistência característica do concreto à
compressão, aos j dias, em MPa;
- Sd: desvio padrão de dosagem, em MPa
4. Dosagem e Exigências de Norma
# Cálculo da resistência de dosagem
Resistência característica do concreto à
compressão

Segundo a NBR 12655, o valor de resistência à compressão que apresenta uma


probabilidade de 5 % de não ser alcançado é denominado resistência
característica do concreto à compressão (fck).
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem

5% 95 %

Figura 4-2 – Representação do fck e fcm


fck fcm

http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/152/artigo156894-
Figura 4-1 – Curva normal com a representação do fck e fcm 1.asp
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Desvio-padrão de dosagem – NBR 12655 (2015)

• Desvio-padrão conhecido
– Concreto produzido nas mesmas condições
– Sd é fixado com no mínimo 20 resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30
dias imediatamente anterior
– Sd ≥ 2,0 MPa
• Desvio-padrão desconhecido
– Função das condições (A, B e C) de preparo
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Condições de preparo do concreto – NBR 12655 (2015)

Condição A

Aplicável às todas classes de concreto (NBR 8953, 2015): O

cimento e os agregados são medidos em massa, a água de

amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo

dosador e corrigida em função da umidade dos agregados.


4. Dosagem e Exigências de Norma
# Cálculo da resistência de dosagem
Condições de preparo do concreto – NBR 12655 (2015)

Condição B

Aplicável às classes C10 até C20 (NBR 8953, 2015): O

cimento é medido em massa, a água de amassamento é

medida em massa ou volume com dispositivo dosador e os

agregados medidos em massa combinada com volume.


4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Condições de preparo do concreto – NBR 12655 (2015)

Condição C

Aplicável apenas às classes C10 e C15 (NBR 8953, 2015): O cimento é

medido em massa, os agregados medidos em volume, a água de

amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em

função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da

consistência do concreto.
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Condições de preparo do concreto – NBR 12655 (2015)

Desvio padrão a ser adotado em função da condição de preparo do concreto – NBR 12655

Condição de preparo do concreto Desvio padrão (MPa)


A 4,0
B 5,5
C 7,0
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Cálculo da resistência de dosagem


Recomendação do ACI 214 (2002)

Mesmos parâmetros utilizados pela NBR 12655

𝑓𝑐𝑗 = 𝑓𝑐𝑘 + 𝑡. 𝑆𝑑 𝑓𝑐𝑘


𝑓𝑐𝑗 =
(1 − 𝑡. 𝐶𝑉)
- t: constante dada pela probabilidade de ocorrência de valores abaixo do fck;

- CV: coeficiente de variação.


4. Dosagem e Exigências de Norma

Exemplo (4.1): Calcular a resistência de dosagem para a idade


de 28 dias a partir de uma resistência característica de projeto
(fck) de 21 MPa, sendo o desvio padrão de dosagem (Sd)
adotado de 4 MPa. Utilizar a equação da NBR 12655/2015.

fcmj = fckj + 1,65.Sd

fcm28 = 21 + 1,65.4,0 fcm28 = 27,6 MPa


4. Dosagem e Exigências de Norma

Exemplo (4.2): Calcular a resistência de dosagem para a idade


de 28 dias a partir de uma resistência característica de projeto
(fck) de 21 MPa, sendo o coeficiente de variação de 15 % e um
t = 1,645. Utilizar a equação do ACI 214/2002.
𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑗 =
(1 − 𝑡. 𝐶𝑉)

21 fc28 = 27,9 MPa


𝑓𝑐28 =
(1 − 1,645. 0,15)
Gráficos CCV 9,5mm.xls
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Curvas de dosagem - Método baseado no módulo de finura da mistura dos


agregados (Furnas)
65,0 65,0
Resistência à Compressão

60,0 60,0

Resistência à Compressão (MPa)


55,0 y = 123,46e-2,1672x 55,0 y = 99,079x - 406,13
50,0 R2 = 0,9685
R2 = 0,9951 50,0
91 dias
45,0 45,0
91 dias
40,0 40,0
(MPa)

35,0 35,0
30,0 30,0
y= 112,58e-2,3431x y = 90,602x - 374,13
25,0 25,0
R2 = 0,9947 20,0
R2 = 0,9807
20,0 28 dias
28 dias 15,0
15,0
10,0
10,0
5,0
5,0 4,100 4,200 4,300 4,400 4,500 4,600 4,700 4,800
0,100 0,300 0,500 0,700 0,900 1,100
Módulo de Finura
Relação a/c

184
44,00
182
Percentagem de Areia (Massa)

42,00 y = -30,723x + 171,68 y = 94,792x2 - 818x + 1932,7


180
R² = 1 R² = 0,9486

Água Unitária (kg/m³)


40,00 178
38,00 176
36,00 174
34,00 172

32,00
170
168
30,00
166
28,00
164
26,00 162
24,00 160
4,100 4,200 4,300 4,400 4,500 4,600 4,700 4,100 4,200 4,300 4,400 4,500 4,600 4,700 4,800
Módulo de Finura
Módulo de Finura
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Curvas de dosagem - Alguns outros métodos (EPUSP)


4. Dosagem e Exigências de Norma

# Estabelecimento dos traços na idade de controle.

fck
fcj = (1  t.cv) ACI 214

fcmj = fck  1,65.Sd


NBR 12655
4. Dosagem e Exigências de Norma

# Traços estabelecimento na idade de controle.


5. Controle tecnológico da
produção do concreto

Controle da produção do concreto

Conjunto de métodos

Auxiliam tanto o fabricante do concreto quanto o


engenheiro responsável pelo controle tecnológico a
cumprirem e verificarem o especificado .
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

Concreto com características homogêneas

Assegura a uniformidade dos materiais, a regularidade do


proporcionamento, a qualidade da mão de obra (NBR
15146, 2011) e a eficiência dos equipamentos.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

Forma de controlar a produção

Controlar a resistência à compressão


5. Controle tecnológico da
produção do concreto

Dispersão dos resultados

Variação dentro do ensaio Variação devido à produção

Originada pelas operações de ensaio e Devida às variações dos materiais,


controle: moldagem, mudança de equipamento, mão de obra, produtor
pessoal, capeamento, cura, prensa, do concreto, dentre outros.
dentre outros.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Variação Total (desvio padrão do processo de
produção e ensaio Sc )

Duas componentes: a variação dentro do ensaio (Se) e a variação devido à


produção (Sp).

n
i=1 fci − fcm ²
Sc =
n−1
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

Variação dentro do ensaio

Baseada nas diferenças de resistência entre pares de corpos de


prova

Um único resultado de ensaio de resistência de uma


mistura de concreto não proporciona dados suficientes
para uma análise estatística.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Estimativa do desvio padrão dentro do ensaio

Média das amplitudes (ranger) considerando a quantidade de corpos de


prova
Coeficiente para cálculo do desvio padrão dentro do ensaio NBR 5739
(2018) , ACI 214 (2002)
n Número de corpos de prova d2
Ai
Se = 2 1,128
n. d2 3 1,693
i=1
4 2,059
5 2,326
6 2,534
Se → desvio padrão dentro do ensaio, em MPa;
Ai → amplitude (Intervalo “Range”) dos valores de resistência. É a diferença entre o maior e menor resultado de corpo de prova que
representa um mesmo exemplar (Amáx – Amin).
n → número de exemplares da amostra;
d2 → coeficiente que depende do número de corpos de prova representativo de um mesmo exemplar.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Coeficiente de variação dentro do ensaio

Se
CVe =
fcm

CVe → coeficiente de variação dentro do ensaio, em %


Se → desvio padrão dentro do ensaio, em MPa;
fcm → resistência média dos exemplares, em MPa.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Variação devido à produção

Pode ser estimada

A partir dos resultados de ensaio de resistência de uma


mistura de concreto se cada resultado representa uma
betonada diferente de concreto.

A variância amostral
2 2
Sp = S c − S e
Sc 2 = S e 2 + Sp 2
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Avaliação de eficiência variação total e de ensaio – ACI 214 (2002)
Padrões de controle de concreto – fck ≤ 34,5 MPa(ACI 214)
Variação total
Classe de Desvio-padrão para diferentes padrões de controle, MPa
Operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Controle em
Abaixo de 2,8
canteiros de 2,8 a 3,4 3,4 a 4,1 4,1 a 4,8 Acima de 4,8
obras

Estudo de
Abaixo de 1,4
dosagem em 1,4 a 1,7 1,7 a 2,1 2,1 a 2,4 Acima de 2,4
laboratório
Variação dentro-do-ensaio
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Controle em
Abaixo de 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0 5,0 a 6,0 Acima de 6,0
canteiros de
obras

Estudo de
dosagem em Abaixo de 2,0 2,0 a 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0 Acima de 5,0
laboratório
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Avaliação de eficiência variação total e de ensaio – ACI 214 (2002)
Padrões de controle de concreto – fck > 34,5 MPa(ACI 214).
Variação total
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, MPa
Operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Controle em 7,0 a 9,0 9,0 a 11,0 11,0 a 14,0 Acima de


Abaixo de 7,0
canteiros de 14,0
obras

Estudo de 3,5 a 4,5 4,5 a 5,5 5,5 a 7,0 Acima de 7,0


Abaixo de 3,5
dosagem em
laboratório
Variação dentro-do-ensaio
Classe de Coeficiente de variação para diferentes padrões de controle, %
operação Excelente Muito Bom Bom Regular Ruim

Controle em
Abaixo de 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0 5,0 a 6,0 Acima de 6,0
canteiros de
obras

Estudo de Acima de 5,0


Abaixo de 2,0 2,0 a 3,0 3,0 a 4,0 4,0 a 5,0
dosagem em
laboratório
5. Controle tecnológico da
produção do concreto
Exemplo (6.1): Na tabela abaixo está representado o resultado
de resistência aos 28 dias de um lote correspondente a 50 m³
da moldagem de uma laje de concreto (considerar um fck ≤
34,5 MPa). Calcular os seguintes parâmetros:
Lote de aproximadamente 50 m³
Resistência à compressão (MPa)
Exemplar Corpos de prova
CP 1 CP 2
1 20,6 19,6
2 19,0 18,2
3 14,6 15,0
4 17,1 18,3
5 19,1 20,1
6 16,5 15,9
7 20,9 21,1
8 14,1 14,5
9 16,7 17,7
10 15,7 16,1
11 21,4 21,6
12 18,7 17,5
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

a) Resistência média do lote;


b) O desvio padrão e o coeficiente de variação de produção e
ensaio;
c) O desvio padrão e o coeficiente de variação das operações
de ensaio;
d) O desvio padrão da produção.
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

a) Resistência média do lote:


Resolução: n
fci
fcm =
n
i=1

20,6+19,0+⋯+17,5
fcm = = 17,9 MPa
24

Observação: considerando “n” o número de resultados


5. Controle tecnológico da
produção do concreto

b) O desvio padrão e o coeficiente de variação de produção e


ensaio. Resolução:

n
i=1 fci − fcm ²
Sc =
n−1

20,6−17,9 2 + 19,0−17,9 ²+⋯+(17,5−17,9)²


Sc = = 2,33 MPa
24−1

Sc 2,33
CVc = CVc = = 0,13 = 13%
fcm 17,9
5. Controle tecnológico da
produção do concreto

c) O desvio padrão e o coeficiente de variação das operações de


ensaio. Resolução:
n
Ai Se =
20,6−19,6 + 19,0−18,2 +⋯+(18,7−17,5)
= 0,620 MPa
Se = 12 x 1,128
n. d2
i=1

Se 0,620
CVe = CVe = = 0,0346 = 3,46%
fcm 17,9

Observação: “n” é o número de exemplares


5. Controle tecnológico da
produção do concreto

d) O desvio padrão da produção. Resolução:

Sc 2 = Se 2 + Sp 2 Sp= Sc 2 − Se 2

Sp= 2,332 − 0,6202 Sp= 2,25 MPa


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Definições segunda NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação - Procedimento
O concreto pode ser preparado tanto em obra como em centrais de concreto.

• O preparo em obra resulta num concreto com menor controle de qualidade e a


produção é baixa.

• O preparo em central produz concreto com maior controle e com maior


economia dos materiais e também propicia concretagens de grandes volumes.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Definições segunda NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação - Procedimento

CONTROLE TECNOLÓGICO DO
CONCRETO

Estado Fresco Estado Endurecido

Recebimento Resistência à compressão

Trabalhabilidade
(slump test) Formação de lotes
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Controle de recebimento – Concreto Estado fresco

Determinação do abatimento pelo tronco de cone


Método:
ABNT NBR NM 67:1998
Objetivo:
Medir a consistência e a trabalhabilidade da
mistura para verificar a adequação do concreto
a metodologia de lançamento e adensamento.

Fotografias retiradas do material da Prof. Angélica Koppe


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Controle de recebimento – Concreto Estado fresco
Determinação do teor de ar incorporado pelo
método pressiométrico
Método:
ABNT NBR NM 47:2002
Objetivo:
Medir o teor de ar incorporado ou aprisionado na
mistura de concreto com a finalidade de avaliar
indiretamente a influência na trabalhabilidade, na
resistência e durabilidade do concreto endurecido.
Dimensão Teor de ar
Limites (%)
máxima (mm) incorporado (%)
12,5 / 19 2,5
25 / 38 3,0 0,5
50 / 76 4,0
100 / 152 5,0 1,0
(ANDRADE et. al., 1997)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Definições segunda NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação - Procedimento

• Os responsáveis pelo recebimento do


concreto são o proprietário da obra, e/ou
o responsável técnico pela obra e/ou
funcionário nomeado, designado pelo
proprietário;
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Definições segunda NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação - Procedimento

Etapa 1: Conferir documentação


• Volume confere com o pedido de compra?
• A obra está correta?
• O fck é o solicitado?
• O Slump do caminhão corresponde ao
pedido?
• Aditivo (se solicitado) está especificado?
• Tempo de saída da Central Dosadora.
Etapa 2: Conferir o caminhão
• O lacre está intacto?
R. S. ZALAF, S. R. M. FILHO, T. C. BRAZ (2014)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Definições segunda NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação - Procedimento

CUIDADOS COM O AJUSTE DA CONSISTÊNCIA !

Água complementar ≠ Água suplementar

Prevista Não se admite

Obs: Caso seja solicitada a colocação de


água suplementar, o solicitante deve e será
orientado a assinar a nota fiscal dando
autorização. Nesse caso, exime a
concreteira da responsabilidade.
R. S. ZALAF, S. R. M. FILHO, T. C. BRAZ (2014)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Controle de aceitação do concreto – Reponsabilidades NBR 12655

• Projetista estrutural
- Especificação do fck por etapas
- Especificação dos requisitos de durabilidade
- Consumo mínimo de cimento
- Relação a/c
- Ec na idade de desforma

• Executor
- Escolha da modalidade de preparo do concreto
- Especificação dos materiais
- Responsável pelo preparo
- Escolha do tipo de concreto (consistência, dimensão máxima do agregado,
etc)
- Aceitação do concreto
- Execução
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Controle de aceitação do concreto

Não se trata da análise da estabilidade do processo, e sim, julgar


simplesmente a conformidade ou não de uma porção de concreto

Aceitar um concreto com resistência característica


atendida, seja qual for a dispersão e a média de
produção daquele concreto.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
O interesse em se limitar certa quantidade de concreto (lote)

Dentro do qual se fará uma amostragem aleatória

• Em que momento coletar o concreto?


• Quais os cuidados que devo ter?

NBR 5738 (2015).


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Rastreabilidade

É necessário a identificação dos elementos da estrutura confeccionados com


aquele lote de concreto.

Exemplares
Lotes Data de moldagem Hora de descarga Nota Fiscal
(caminhões)
1 15/10/2013 07:30 027560
2 15/10/2013 08:00 027561
3 15/10/2013 08:40 027562
4 15/10/2013 09:10 027565
5 15/10/2013 09:45 027570
6 15/10/2013 10:10 027571
7 15/10/2013 10:50 027572
1 8 15/10/2013 11:30 027573
9 15/10/2013 11:55 027577
10 15/10/2013 12:30 027580
11 15/10/2013 14:00 027581
12 15/10/2013 14:35 027582
13 15/10/2013 15:00 027583
14 15/10/2013 15:30 027584
15 15/10/2013 15:50 027585
Mapa de concretagem – identificação dos caminhões -
betoneiras
6. Controle de execução e aceitação
do concreto

Formação dos lotes

Lote: volume de concreto que será submetido a julgamento de uma só vez

Formado pelo volume de concreto produzido com um mesmo


traço e numa mesma central, no qual as características dos
materiais (cimento, agregados, água e aditivos) mantiveram-
se uniformes e de mesma natureza
6. Controle de execução e aceitação
do concreto

Formação dos lotes

Separação dos lotes

Em diferentes pavimentos de uma estrutura, bem como as


estruturas que estão sendo solicitadas por tipos diferentes de
carregamento.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Formação dos lotes

Recomendação da NBR 12655 (2015)


Valores para a formação de lotes de concreto - Limites máximos para a definição do número de
lotes – NBR 12655 (2015).
SOLICITAÇÃO PRINCIPAL DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Compressão
Limites Superiores simples ou flexão e Flexão Simples2)
compressão 1)
Volume de
50 m³ 100 m³
concreto
Número de andares
2) 1 1
Tempo de
3 dias de concretagem 3)
concretagem
1) Pilares, tubulões, brocas, blocos
2) Lajes, vigas, paredes de caixas d’água, escadas (No caso de complemento de pilar, o concreto faz
parte do volume do lote de lajes e vigas)
3) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de sete dias, que inclui eventuais
interrupções para tratamento de juntas.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Número de exemplares por amostra – NBR 12655 (2015)

Tipos de controle estatístico e número mínimo de exemplares por Classes de resistência de concreto – NBR
amostra 8953(2015).
Controle Estatístico do Concreto CLASSES DE CLASSES DE
Por RESISTÊNCIA DO RESISTÊNCIA DO
Casos GRUPO I GRUPO II
Por Amostragem Parcial Amostragem
Excepcionais Grupo Grupo
Total fck fck
I II
Grupo I Grupo II De 2 a 5 C10* 10 C55 55
exemplares C15* 15 C60 60
Mínimo de Mínimo de 1 exemplar
para cada 10 C20 20 C70 70
6 12 por amassada
m³ de C25 25 C80 80
exemplares exemplares C30 30
concreto C100 100
C35 35
C40 40
C45 45
C50 50
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.1: Seja o caso da concretagem do 1 º e 2º pavimento de um edifício residencial, onde o
projeto estrutural especifica uma única resistência característica (fck) de 25 MPa (idade de controle
28 dias) para os elementos a serem concretados. O volume a ser concretado para pilares é de 80 m³
e para as vigas e lajes o volume é 140 m³. Com base na NBR 12655, definir o número de lotes, tipo
de amostragem e quantidade de exemplares por lote. Considerar o período de concretagem dentro
de 3 dias e para concretagem serão utilizados caminhões betoneiras de 8 m³ .
SOLICITAÇÃO PRINCIPAL DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS
Exemplo 6.1: resolução Compressão simples
Limites Superiores ou flexão e Flexão Simples2)
compressão 1)

Volume de concreto 50 m³ 100 m³


Número de andares
2) 1 1
Tempo de
3 dias de concretagem 3)
concretagem

• 1) Devemos separar elementos com esforços diferentes em lotes separados;


• 2) Cada pavimento terá lotes distintos;
• 3) Devemos respeitar a limitação dos volumes de concreto para os lotes, segundo a NBR 12655, em
função do tipo de esforço do elemento estrutural.
• 4) Tipo de amostragem, depende muito da viabilidade, consultor, proprietário, entre outros.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
• 1) Considerando amostragem total, podemos ter a seguinte configuração dos lotes:
CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR 12655/2015
Volume 50 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias) Lotes de Pilares
Resistência à compressão
(MPa) CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR 12655/2015
Consistência Lote 01 (Pilares) Volume 30 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias)
Exemplar
(Slump test) 1º pavimento
Resistência à compressão (MPa)
Corpos de prova
CP 1 CP 2 Lote 02 (Pilares)
Consistência 1º pavimento
1 Exemplar
(Slump test)
2 Corpos de prova
3 CP 1 CP 2
4
1
5
6 2
7 3
CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR 12655/2015 4
Volume 50 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias) CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR 12655/2015
Resistência à compressão Volume 30 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias)
(MPa)
Resistência à compressão (MPa)
Consistência Lote 03 (Pilares)
Exemplar Lote 04 (Pilares)
(Slump test) 2º pavimento
Consistência 2º pavimento
Corpos de prova Exemplar
(Slump test)
CP 1 CP 2 Corpos de prova
1 CP 1 CP 2
2 1
3 2
4
3
5
6 4
7
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
• 1) Considerando amostragem total, podemos ter a seguinte configuração dos lotes:

CONTROLE AMOSTRAGEM CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR 12655/2015 Lotes de Lajes e vigas
TOTAL - NBR 12655/2015 Volume 40 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias)
Volume 100 m³ - fck 25 MPa Resistência à compressão
(Idade de Controle 28 dias) (MPa) CONTROLE AMOSTRAGEM
Resistência à Consistência Lote 06 (Lajes e vigas) TOTAL - NBR 12655/2015
Exemplar
compressão (Slump test) 1º pavimento Volume 100 m³ - fck 25 MPa
Consis (MPa) Corpos de prova (Idade de Controle 28 dias)
Exempl tência Lote 05 (Lajes CP 1 CP 2 Resistência à
ar (Slump e vigas) 1 compressão
test) 1º pavimento 2 Consis (MPa)
Corpos de prova 3 Exempl tência Lote 08 (Lajes
CP 1 CP 2 4 ar (Slump e vigas)
1 5 test) 2º pavimento
2 Corpos de prova
3 CONTROLE AMOSTRAGEM TOTAL - NBR CP 1 CP 2
4 12655/2015 1
5 Volume 40 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias) 2
6 Resistência à compressão 3
7 (MPa) 4
8 Consistência Lote 07 (Lajes e vigas) 5
Exemplar
9 (Slump test) 2º pavimento 6
10 Corpos de prova 7
11 CP 1 CP 2 8
12 1 9
13 2 10
3 11
4 12
5 13
6. Controle de execução e aceitação
OBSERVAÇÕES: do concreto
Exemplo 6.1: resolução
1) Caso as concretagens ultrapassem os 3 dias de concretagem (dentro de 1 semana) , deveremos fechar os
lotes que já estão abertos e abrir outros, mesmo que seja no mesmo pavimento;
2) Para diminuir o custo do controle, podemos fazer amostragem parcial apenas para os elementos que
necessitam de menor rigor, por exemplo: Lajes e vigas, uma vez que parte dos esforços serão absorvidos
pela armadura. Neste caso, deve-se obedecer o número mínimo de exemplares para o nível de resistência
do concreto (grupo de concreto NBR 8953), segundo a NBR 12655.

CONTROLE AMOSTRAGEM PARCIAL - NBR 12655/2015


Volume 100 m³ - fck 25 MPa (Idade de Controle 28 dias) Concreto Grupo I
Resistência à compressão (MPa)
Lote 01 (Lajes e vigas)
Consistência
Exemplar 1º pavimento
(Slump test)
Corpos de prova
CP 1 CP 2
1
2
3
4
5
6
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Resistência característica estimada (fckest)

Obtida em função dos resultados de ruptura dos corpos de prova e deve ser
comparada com a resistência característica (fck) estabelecida de projeto

O lote deve ser Aceito

fckest ≥ fck
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Lote não aceito

 Revisão do projeto com fckest do lote em questão;


 Extração de testemunhos e proceder da mesma forma do
cálculo do fckest da NBR 12655.
 Persistindo a não conformidade, define-se uma das
seguintes alternativas:
 Determina-se as restrições do uso da estrutura;
 Providencia-se o projeto de reforço;
 Decide-se pela demolição parcial ou total
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Tipos de controle – NBR 12655 (2015)

Por amostragem parcial Por amostragem total

Para cada um destes tipos de controle


é prevista uma forma de cálculo

A resistência do exemplar é o maior dos dois


valores obtidos no ensaio de resistência à
compressão (NBR 12655/2015)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Cálculo por amostragem parcial

f1  f 2  ...  f m1 6  n  20
f ckest  2  fm
m 1
- m = n/2. Despreza-se o valor mais alto de n, se n for ímpar
- f1, f2, ... , fm = valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente

Não se deve tomar para fckest valor menor que 6.f1 ,


adotando-se para 6 os valores da Tabela 8-4, em função
da condição de preparo do concreto e do número de
exemplares da amostra, admitindo-se interpolação
linear.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Cálculo por amostragem parcial

Valores de 6 – NBR 12655 (2015 )

Condição Número de exemplares


de
preparo 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14  16

A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02

B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02

Caso o fckest pela equação anterior seja menor do que 6.f1 , adota-se:

f ckest   6 . f1
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.2: conhecendo os resultados do controle estatístico do concreto
do 8º pavimento de um edifício residencial, onde o fck = 20 MPa. Verificar se
o lote pode ser aceito.
Controle estatístico parcial
Resistência à compressão (MPa)
Exemplar Corpos de prova
CP 1 CP 2
1 23,0 21,0
2 25,3 23,9
3 21,5 22,2
4 23,4 24,4
5 22,0 23,1
6 22,9 22,1
7 24,9 25,1
8 23,3 22,2
9 20,8 21,9
10 23,8 23,8
11 24,2 22,7
12 23,0 24,5
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.2: resolução

f  f 2  ...  f m1 6  n  20
f ckest  2 1  fm
m 1 “n” número de exemplares

𝑛 12
m= = 2
= 6 21,9 < 22,2< 22,9 < 23,0 < 23,1 < 23,3 < 23,8 < 24,2 < 24,4 < 24,5 < 25,1< 25,3
2

21,9+22,2+22,9+23,0+23,1
fckest = 2. - 23,3 = 21,9 MPa
6 −1

fckest = 6.f1 = 0,99.21,9=21,7 MPa


fckest = 21,9 MPa ≥ fck= 20 MPa OK!

Escolher o maior dos dois fckest


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Cálculo por amostragem parcial

n ≥ 20
f ckest  f cm  1,65  S d

- fcm: é a resistência média dos exemplares do lote em MPa


- Sd: é o desvio padrão da amostra de n elementos, calculado com
um grau de liberdade a menos (n-1) no denominador.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.3: abaixo estão apresentados os resultados de resistência de uma
viga de ponte rolante, onde o fck = 25 MPa aos 28 dias. Verificar se o lote
pode ser aceito. Controle estatístico parcial
Resistência à compressão
Exemplar
(MPa)
1 32,0
2 41,8 Os maiores
3 46,9 valores
4 32,0
5 42,5
6 37,4
7 26,6
8 40,4
9 44,9
10 39,0
11 31,8
12 36,4
13 38,9
14 43,8
15 41,3
16 39,1
17 42,6
18 52,0
19 43,9
20 46,6
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.3: resolução

n
fci
f ckest  f cm  1,65  S d fcm =
n
n ≥ 20
i=1

n
fci − fcm ² fcm = 40,0 MPa
i=1
Sc =
n−1 Sd = Sc = 6,09 MPa
O desvio padrão Sd passa a ser
o calculado com os resultados
obtidos. fckest = 40,0 − 1,65. 6,09 = 29,95 MPa

fckest = 29,95 MPa ≥ fck = 25 MPa OK!


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Cálculo para casos excepcionais

Cálculo por amostragem parcial

Divide-se a estrutura em lotes de no máximo 10 m³ e amostrá-los com


número de exemplares ente 2 e 5

f ckest   6 . f1
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
# Verificação da Resistência à Compressão
Cálculo por amostragem total

fckest = fc,betonada

fc, betonada → é o valor da resistência à compressão do


exemplar que representa o concreto da betonada.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.4: conhecendo os resultados do controle estatístico por
amostragem total do concreto do 8º pavimento de um edifício residencial,
onde o fck = 20 MPa. Verificar se o lote pode ser aceito.
Controle estatístico amostragem total
Resistência à compressão (MPa)
Exemplar Corpos de prova
CP 1 CP 2
1 23,0 21,0
2 25,3 23,9
3 21,5 22,2
4 23,4 24,4
5 22,0 23,1
6 22,9 22,1
7 24,9 25,1
8 23,3 22,2
9 20,8 21,9
10 23,8 23,8
11 24,2 22,7
12 23,0 24,5
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Exemplo 6.4: resolução

Controle estatístico amostragem total Verificação


Resistência à compressão (MPa)
Resistência
Exemplar Corpos de prova
do exemplar Critério
CP 1 CP 2
(fckest)
1 23,0 21,0 23,0 ≥ fck = 20 M Pa Ok
2 25,3 23,9 25,3 ≥ fck = 20 M Pa Ok
3 21,5 22,2 22,2 ≥ fck = 20 M Pa Ok
4 23,4 24,4 24,4 ≥ fck = 20 M Pa Ok
5 22,0 23,1 23,1 ≥ fck = 20 M Pa Ok
6 22,9 22,1 22,9 ≥ fck = 20 M Pa Ok
7 24,9 25,1 25,1 ≥ fck = 20 M Pa Ok
8 23,3 22,2 23,3 ≥ fck = 20 M Pa Ok
9 20,8 21,9 21,9 ≥ fck = 20 M Pa Ok
10 23,8 23,8 23,8 ≥ fck = 20 M Pa Ok
11 24,2 22,7 24,2 ≥ fck = 20 M Pa Ok
12 23,0 24,5 24,5 ≥ fck = 20 M Pa Ok

Nesse caso não há a inferência estatística através do estimadores, a


verificação é realizada diretamente para cada exemplar.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto
Planejamento geral:
 Dimensionar equipe - preparo,
lançamento adensamento e cura do 10 a 17 p/ laje 20 a 30 m³ (Pini, 2013)

concreto;
 Equipamentos e ferramentas
(quantidade e funcionamento);
 Locar plataformas de serviço e de
transporte;
 Disponibilizar pontos de energia, luz
e água;
 Elaborar plano de amostragem do
concreto (abatimento e moldagem
dos CPs);
 Planejar proteção e cura do
concreto.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

“Chek-list” antes da concretagem >> Plano de


concretagem
Fôrmas e Escoramento:

 Conferir as dimensões baseadas no projeto;


 Verificar a capacidade de suporte e de deformação (peso próprio, operações de
lançamento e adensamento do concreto);
 Verificar a estanqueidade das fôrmas;
 Limpar as fôrmas e aplicar desmoldante; Molhar as fôrmas (se de material
absorvente).
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

Fôrmas e Escoramento :

 Seguir as prescrições da NBR 14931 – execução de estruturas de concreto;

 Não sofrer deformações prejudiciais pela ação das cargas atuantes (peso
próprio, operações de lançamento e adensamento)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

Movimentação da fôrma
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

Armadura:

 Conferir as bitolas, quantidades e dimensões das barras;

 Conferir o posicionamento das armaduras na fôrma;

 Fixar adequadamente a armadura;

 Limpar as armaduras, removendo película oxidada, gorduras e desmoldantes

(aderência);

 Armaduras negativas - não pisar


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares
Falta de espaçadores ou insuficientes

Recomendação : 5 unidades/m²
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

Baixo cobrimento nas partes inferiores de lajes e vigas


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares

Planejamento específico: Função do tipo de concreto


empregado
CONCRETO PREPARADO EM OBRA:

 Definição da quantidade de material;

 Dimensionar a equipe envolvida na operação e produção;

 Aferir equipamentos de medição (padiolas, balanças, etc.)


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Etapas Preliminares
Planejamento específico: Função do tipo de concreto
empregado
CONCRETO DOSADO EM CENTRAL:

 Escolha da Concreteira
 Programar o horário de início de concretagem, volume de
concreto por caminhão betoneira e intervalos de entrega;

 Definir a forma de lançamento;

 Verificar acesso à obra e estacionamento do caminhão.


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento

Tempo de transporte:

 Fixado de forma que o


adensamento não ocorra após o
início da pega do concreto
lançado;
 Inferior a 90 min (caminhão-
betoneira);
 Inferior a 40 min (caminhão sem
equipamento de agitação);
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento

Lançamento:
 Procure lançar o concreto mais
próximo da sua posição final;
 Garantir a homogeneidade do
concreto;
 A altura de lançamento não deve
ultrapassar 2m. Para alturas de
lançamento elevadas sem acesso
lateral janelas), utilizar trombas,
calhas, funis, etc.

 Evitar arrastar o concreto (distância


permitida 1 m)
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento
Lançamento:
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento
Lançamento:
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento

Adensamento:

 Evite, tanto a falta, quanto o excesso de vibração;

 Inicie o adensamento logo após o lançamento;


 Evite o adensamento a menos de 10 cm da parede da fôrma
devido ao aparecimento de bolhas de ar e perda de argamassa.
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento
Adensamento:
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento

Adensamento: Escolha do vibrador


 Raio de ação – evitar áreas “mortas”;

 Espessura do peça estrutural

Diâmetro da agulha Raio de ação


do vibrador (mm) (cm)
31 10
54 25
75 40
100 50
140 85
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Transporte, Lançamento e Adensamento

Adensamento: Revibração

 Correção das consequências da exsudação e do assentamento


plástico;

 1 a 2 horas após o adensamento inicial;

 Sempre antes da pega (CUIDADO!);


6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Cura

 Inicie a cura tão logo a superfície concretada tenha resistência à


ação da água (algumas horas) e estenda por, no mínimo, 7 dias;

 Suprimento contínuo de água - processo mais eficiente sempre


que possível deve ser o escolhido

 Cura inadequada - fissuração


e camada superficial fraca -
maior porosidade e
permeabilidade - redução da
durabilidade
6. Controle de execução e aceitação
do concreto
Execução do concreto – Cura

Tipos de cura

 Molhagem das fôrmas com água no


caso de pilares irrigação periódica das
superfícies;
 Recobrimento com materiais úmidos:
areia, sacos de aniagem, papel
impermeável ou mantas;
 Películas de cura (cura química);
 Submersão;
 Cura a vapor;
OBRIGADO !

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