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Henri Wallon1
INTRODUÇÃO
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Artigo elaborado para fins da conclusão de curso de Pedagogia da Faculdade Alfredo
Nasser sob orientação da professora Ms. Milna Martins Arantes.
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Graduanda do 8º período do curso de Pedagogia da Faculdade Alfredo Nasser.
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alguns artigos que atestam seu interesse pelos campos onde se dá atividade da
criança.
momento reflui para dar espaço a atividade cognitiva que promove e incorpora as
construções da inteligência e é a cultura e a linguagem que fornecem ao
pensamento os instrumentos para sua evolução.
A inteligência depende essencialmente do acordo de como cada pessoa se
integra com o meio e compreende os seus signos de forma que lhe permita uma
participação efetiva na realidade em que está inserida.
Nesse sentido, o processo de desenvolvimento da inteligência está marcado a
cada período, ora pela dimensão afetiva, seja pela dimensão cognitiva em um
processo de funções a criança esta voltada para a realidade das coisas e no
conhecimento do mundo. Assim, Galvão (1995) ressalta que, não é possível definir
um limite terminal para o desenvolvimento da inteligência, nem tampouco da pessoa,
pois dependem das condições oferecidas pelo meio e do grau de apropriação que o
sujeito fizer delas. As funções psíquicas prosseguem num permanente processo de
especialização mesmo que os pontos de vista orgânica já tenham atingindo a
maturação, sendo assim, a efetividade corresponde à energia que mobiliza o ser em
direção ao ato, enquanto a inteligência corresponde estruturação do ato, vivência
crônica modela a partir dos esquemas disponíveis naquele momento.
Nesse sentido para Wallon (1971) a gênese da inteligência é genética e
organicamente social, afinal ele entende o desenvolvimento da pessoa como uma
construção progressiva em que se sucedem fases com predominância afetiva e
cognitiva.
De acordo com Galvão (1995) a formação do eu, depende essencialmente do
outro. A partir de quando a criança começa a vivenciar a crise de oposição na qual a
negação do outro funciona, como espécie de descoberta de si própria, isso acontece
por volta dos 3 anos de idade, é quando chega hora de saber que “eu” sou, as
características como imitação, sedução. Em relação ao outro, manipulação, são
momentos voltados para interação social e formação do eu, bem como as relações
afetivas com o outro, completando os processos intelectuais, que possibilitam a
substituição dos objetos pelas palavras correspondentes a partir da apropriação da
linguagem.
Para Galvão (1995) a construção do eu corporal é a condição para a
construção do eu psíquico, pois a primeira forma de relação da criança é de
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A escola está sujeita a lidar com várias situações, tais como: os conflitos, as
emoções, o afeto, as oposições, limites, preconceitos e o despreparo para lidar com
questões emocionais tanto por parte do professor, quanto por parte do aluno.
Almeida (1999) aponta que as manifestações de afetividade como: o medo, a
cólera e a alegria são constantes emoções que influenciam nas relações, nas ações
e a produção do conhecimento que acontecem na sala de aula. Desta forma as
emoções que surgem na sala de aula podem intervir de forma positiva ou negativa,
tanto nas relações professor-aluno, aluno-aluno, professor-conhecimento-aluno.
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Bullying é o termo que significa humilhar, constranger, ofender, perseguir e difamar. Esse
desvio de comportamento parte de um agressor que faz com que seu alvo receba abusos morais ou
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Diante disso não tem como prever as situações emocionais que podem
acontecer na sala de aula e por este motivo o professor deve manter uma
reciprocidade para o conhecimento emocional do outro e de si mesmo desde o
primeiro dia de aula. “A falta de clareza a respeito ligação entre movimento e
emoção interfere, muitas vezes na relação professor – aluno”. (ALMEIDA, 1999
p.91).
Portanto, Almeida (1999) aponta que o movimento não deve ser interpretado
de forma errônea, visto que a criança se expressa corporalmente, tanto nas suas
emoções, quanto em suas aprendizagens. Neste contexto, nem sempre o
movimento deve ser compreendido como desatenção, o professor precisa estar
atento a linguagem corporal e seus possíveis significados.
A aprendizagem passa necessariamente pelo corpo, o professor das séries
iniciais deve promover situações de ludicidade, interação, aprendizagens que
consideram o corpo e o movimento das crianças.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Conforme H. Dantas (1999), o circuito perverso instala-se quando o indíviduo não consegue
reagir de forma corticalizada diante de reações emocionais alheias. O perigo de se estabelecer o
circuito perverso é o fato de que, uma vez instaurado, o sujeito torna-se ainda mais vulnerável à
ampliação das reações emotivas. Envolvido de tal forma nas ondas do circuito, ele fica
completamente alheio à realidade circundante.
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forma significativa para a prática pedagógica do professor que atua nas séries
iniciais. Com isso a prática pedagógica se torna mais próxima da dialeticidade que
marca o desenvolvimento da criança.
Nesta perspectiva o movimento possui um teor expressivo, é a partir dele que
a criança manifesta suas necessidades e seu estado de bem estar ou mal estar.
A afetividade é um elemento primordial que contribui significamente na
formação e construção do sujeito.
A inteligência se integra com a afetividade o que propicia uma relação afetiva
na qual uma evolui para a outra e nasce uma grande conquista no campo intelectual.
A formação do eu se faz importante porque é através dela que a criança
amplia suas relações com o meio e toma consciência da importância do outro em
sua vida.
As dimensões do movimento, da afetividade, da inteligência e da formação do
eu influenciam profundamente nas aprendizagens e no desenvolvimento da criança
ampliando seu comportamento, hábitos conceitos e valores.
Este autor também nos leva a refletir sobre a função da emoção na sala de
aula espaço onde a criança tem uma convivência diária com colegas e professor. E
diante desta convivência é que gera a interação de ambos. Cabe ao professor fazer
a mediação necessária para que essa interação ocorra de forma harmoniosa.
Então, através deste estudo podemos perceber o quanto é importante
conhecer a obra de Wallon.
Para concluirmos, nosso dialogo com Wallon serviu para reafirmarmos que a
afetividade e a emoção estão presentes desde as séries iniciais na sala de aula
constituindo-se como um dos pontos principais do desenvolvimento humano.
Abstrat: This article discusses the affection and emotion as key elements of human
development as well as to provide important concepts for understanding the whole
person and the relationship between teacher. Therefore the text provides a
bibliographical study based on Henri Wallon and his followers: Almeida (1999),
Galvan (2000), Wallon (1971). Also tries to highlight the influence that the affection
and emotion have on the child’s learning and relationship between teacher and
student, student-student and student-teacher-knowledge in the classroom.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ana Rita silva A emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.
ZAZZO, René. Henri Wallon: Psicologia e Marxismo. Editorial Vega, Lisboa, 1978.