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Marina Bernardes e Lizandra Garcia Lupi Vergara | Entre o saber e o fazer: Percepção de arquitetos sobre acessibilidade arquitetônica

Entre o saber e o fazer:


Percepção de arquitetos sobre
acessibilidade arquitetônica
Between knowing and doing: Architect’s perception
towards Architectural accessibility
Marina Bernardes* e Lizandra Garcia Lupi Vergara**

Resumo Abstract
O papel do arquiteto é garantir espaços proje- The architect role is to ensure spaces designed
tados para atender a todas as pessoas. Entre- to every person. However, both public and pri-
tanto, tanto espaços públicos quanto privados vate spaces present access difficulties. This
promovem dificuldade de acesso. Essa falta de lack of accessibility during the architectural
acessibilidade durante o processo de projeto ar- design process leads to non-inclusive spaces.
quitetônico reflete em espaços não inclusivos. The aim of this study was to develop hypoth-
Este estudo teve como objetivo levantar hipóte- eses about the perception of professional ar-
ses sobre a percepção de profissionais arquite- chitects regarding accessibility and ergonom-
tos a respeito de conceitos sobre acessibilidade ics concepts related to the application of the
e ergonomia, relacionados à aplicação da Norma Norma Brasileira 9050. Through the qualita-
Brasileira 9050. Por meio da abordagem qualitati- tive approach, the design of this study aimed
*Arquiteta e Urbanista pela do (2001) e Doutorado (2005) va, o delineamento deste estudo visou investigar to investigate a new way of understanding the
Faculdade Meridional - IMED em Engenharia de Produção uma nova forma de entendimento do aconteci- empirical event. The interview technique with
(2015), com mestrado em an- pela Universidade Federal de mento empírico. Foram aplicadas, por meio da semi-structured script was applied to 15 pro-
damento no Programa de Pós- Santa Catarina, na área de técnica de entrevista com roteiro semiestrutura- fessionals who work in the design of architec-
-Graduação em Arquitetura e Ergonomia. Professora Ad- do, perguntas a 15 profissionais que atuam na tural, residential or commercial projects. The
Urbanismo - Projeto e Tecno- junto na Graduação (DEPS) e elaboração de projetos arquitetônicos, residen- results reveal issues related to technical items
logia do Ambiente Construí- Pós-graduação (PPGEP) da ciais ou comerciais. Os resultados evidenciaram of the standard, as well as difficulties encoun-
do - Universidade Federal de Engenharia de Produção, e questões relacionadas a itens técnicos da nor- tered in its application, which address aspects
Santa Catarina (UFSC). Bolsista na Pós-Graduação em Arqui- ma, bem como dificuldades encontradas na sua referring to users and the professional himself.
CAPES, com pesquisas na área tetura (PosARQ) da UFSC. aplicação, que abordam aspectos referentes aos
de acessibilidade e ergonomia. Docente Pós-Graduação em usuários e ao próprio profissional. Keywords: NBR 9050. Architectural design. Ergo-
**Arquiteta e Urbanista pela Engenharia de Segurança do
nomics.
Universidade Estadual de Trabalho e Arquitetura. Palavras chave: NBR 9050. Projeto arquitetônico.
Londrina (1997), com Mestra- Ergonomia.

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Introdução

Uma das atribuições do profissional em arqui- cesso e não os resultados ou o produto. A busca
tetura é garantir a igualdade de acesso e uso dos está em verificar como se manifesta o fenômeno
espaços a todas as pessoas, porém, ainda falta em atividade, pois não é possível compreender
acessibilidade arquitetônica em diversos edifí- um comportamento humano sem o entendimen-
cios, tanto público quanto privados. Este traba- to da sua estrutura, onde os indivíduos expres-
lho visa identificar fatores que possam explicar sam suas percepções, pensamentos e atitudes.
a falta de acessibilidade, bem como aplicação (GODOY, 1995).
da Norma Brasileira 9050. As pesquisas em ar-
quitetura que investigam as aplicações da NBR A busca por soluções para a falta de acessibi-
9050, comumente mantém o seu enfoque nos lidade é permeada pelo desconhecimento de
aspectos técnicos, ou seja, objetivam identificar profissionais da área, no que tange às especifi-
a sua eficácia, no que se refere ao quanto está cidades requeridas por diferentes deficiências. A
contemplando a acessibilidade e o desenho uni- maior parte das edificações, ruas e acessos das
versal em geral, para que cada vez mais se torne cidades brasileiras, foi construída sem conside-
abrangente e sua vigência, integral. Porém, pou- rar os princípios do desenho universal, ou seja,
cos são os estudos que visam compreender de sem a aplicação da acessibilidade espacial (DIS-
forma ampla o fenômeno investigado, conside- CHINGER et al., 2008). Porém, essa situação per-
rando dados da realidade, neste caso, averiguan- manece, apesar de todos os recursos quanto a
do através dos responsáveis por aplicá-la. Para leis e normas, afinal há uma complexidade em
isso, emprega-se nesta pesquisa, a abordagem implantar estas diretrizes tanto pelo conhecimen-
qualitativa, preocupando-se em estudar o pro- to técnico para a sua compreensão quanto para

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a sua execução. Para os profissionais que atuam diversos pesquisadores (ALDÚAN, 2004; BAP-
nas áreas de projeto, essa lacuna compromete TISTA, 2003; CABRERO, 2004; CEBREROS E
a inserção das soluções técnicas apresentadas PELLÍN, 2004; DISCHINGER E JACKSON, 2005;
pela NBR 9050 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ELY, 2004; LOPES, 2005; OLIVEIRA, 2006).
NORMAS TÉCNICAS, 2015).
A acessibilidade também depende de locais li-
Segundo Duarte e Cohen (2003), o conceito de vres de barreiras arquitetônicas que possam vir
acessibilidade possibilita a inclusão não apenas a estarem presentes. O uso é a condição que
de pessoas com deficiência, mas a todos os indi- proporciona a utilização dos equipamentos e a
víduos que possuem limitações, como os idosos, participação das atividades, de forma indepen-
gestantes, pessoas com mobilidade reduzida, dente, segura e confortável. (OLIVEIRA, 2006).
enfim, todos que possam ter alguma dificuldade Desta forma, percebe-se que a acessibilidade ao
para realizar atividades mínimas que garantam a espaço físico não deve ser destacada como um
sua independência. Além disso, os autores res- agrupamento de medidas concedidas apenas às
saltam a acessibilidade em duas escalas, primeira pessoas com deficiência. A acessibilidade não
a que se refere à mobilidade, e em uma segunda compõe uma medida exclusiva para deficientes,
perspectiva, a acessibilidade aos ambientes, que mas sim uma medida destinada a acolher todos
pode ser associada ao uso privado ou público. os usuários, contemplando suas mais diversas
especificidades e diminuindo a segregação entre
O Desenho Universal parte do princípiode aces- diferentes grupos. Neste sentido, é importante
sibilidade a todas as pessoas, independente de que edifícios públicos ou privados de uso não re-
suas características pessoais, idade ou habilida- sidencial, tais como escolas, bibliotecas, postos
des. O propósito é de que qualquer ambiente ou de saúde, bares, restaurantes, clubes, agências
produto deverá ser alcançado, manipulado e uti- de correio e bancárias, promovam a garantia de
lizado. O Desenho Universal não objetiva alcan- acesso a todos os usuários. (SHDU, 2003).
çar aos que necessitam, mas sim, ser desenhado
para todas as pessoas, para evitar a necessi- A Norma Brasileira (NBR 9050) foi criada em 1985
dade de produtos ou ambientes diferenciados e atualizada em 2015 e estabelece parâmetros téc-
para pessoas com deficiência, assegurando que nicos em projetos, construções e adaptações do
todos possam utilizá-los de forma igualitária. meio urbano e rural com relação a condições de
(CARLETTO; CAMBIAGGI, 2008). A definição de acessibilidade. Para implementar estes critérios fo-
acessibilidade como algo que beneficia todas as ram consideradas condições que incluem além da
pessoas, deficientes ou não, é consenso entre acessibilidade e mobilidade, a percepção do am-

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biente com ou sem o auxílio de instrumentos espe- dos conceitos de acessibilidade e ergonomia.
cíficos que visam aparar necessidades individuais.
A NBR 9050 visa assegurar a utilização de forma Através da abordagem qualitativa, esta pesquisa
autônoma, independente e segura dos ambientes delineou investigar uma nova forma de percep-
e equipamentos a todos os usuários. Mesmo que ção do acontecimento empírico (BETTOI, et. al,
um usuário possua limitações, sejam elas de loco- 2002). Desta forma, buscou-se compreender em
moção, audição ou visual, o ambiente pode influen- profundidade as percepções de profissionais em
ciar na eliminação destas barreiras, como também arquitetura, para, a partir disso, gerar hipóteses e
pode ser dificultador. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA possíveis soluções, as quais podem vir a serem
DE NORMAS TÉCNICAS, 2015). testadas ou quantificadas para generalizar os da-
dos. Os resultados foram organizados com base
Embora a NBR 9050 seja uma norma que con- nas respostas obtidas. Assim, através da técni-
templa todos os itens para promover a acessibi- ca de entrevista, apresenta-se nesta pesquisa
lidade plena para todos os espaços, permanece uma síntese conclusiva sobre a compreensão em
relevante investigar a relação entre o profissional profundidade entre o entendimento do arquiteto
e a NBR 9050, de forma a identificar as principais com a acessibilidade e a Norma Brasileira 9050.
carências de informações e dificuldades da mes-
ma. (MORAES, 2007). Estratégia metodológica

Diante disso, o arquiteto tem papel fundamental Pesquisa qualitativa do tipo exploratória, com
ao realizar avanços na área da arquitetura inclu- embasamento em pesquisa bibliográfica. Do
siva, já que é responsável pela implementação ponto de vista metodológico, a melhor forma
de novas práticas e técnicas que podem contri- de se investigar a realidade é aquela em que o
buir para a qualificação do espaço e desta for- pesquisador vê através do pesquisado. Diante
ma proporcionar condições dignas para todas as disso, a investigação empírica realizada por meio
pessoas. O presente trabalho objetiva realizar en- da entrevista para a coleta de hipóteses, é uma
trevistas com profissionais que atuam na elabo- estratégia para a abordagem qualitativa. O recru-
ração de projetos arquitetônicos, residenciais ou tamento dos arquitetos foi realizado através do
comerciais, e que já tenham utilizado a NBR 9050 método de amostragem “bola de neve”, onde
em uma situação real, visando levantar quais são o pesquisador iniciou as entrevistas através de
as dificuldades encontradas na aplicação da nor- contatos obtidos por conveniência e solicitou aos
ma, bem como sugestões de melhorias da mes- primeiros entrevistados que indicassem outros
ma, de forma a avaliar a percepção a respeito participantes para o estudo.

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Esta pesquisa teve aprovação pelo Comite de sendo 07 do sexo feminino e com média de idade
Ética em Pesquisa da Universidade Federal de de 36,67 anos (DP=12,14). Em relação ao estado
Santa Catarina (UFSC) a qual o estudo está vín- civil, 53,3%(n=8) eram solteiros, e 46,7% (n=7)
culado. No que diz respeito ao cuidado com a casados. Em relação à escolaridade, 40%(n=6)
postura ética, garantiu-se a liberdade de aceitar possuiam ensino superior completo, 40%(n=6)
ou não participar. Após a concordância, o entre- possuiam pós-graduação latosensu, e 20%(n=3)
vistador aplicava a Ficha de Dados Pessoais e possuiam mestrado. Em relação ao víncu-
Sociodemográficos e o Termo de Consentimen- lo empregatício, 80%(n=12) eram autônomos,
to Livre e Esclarecido era assinado, ea entrevista 13,3%(n=2) possuiam vínculo CTL e 6,7%(n=1)
era gravada e transcrita na íntegra. eram estaturário. A média do tempo de atuação
foi de 12,54 anos (DP=12,28).Os participantes
Optou-se por uma entrevista semiestruturada, que são arquitetos que atuam em uma cidade do in-
segundo Boni e Quaresma (2005) tem como prin- terior do estado do Rio Grande do Sul. O estudo
cipal vantagem a sua flexibilidade, pois a interação delimitou-se nesta cidade, em função da inaugu-
entre o entrevistador e sujeito de pesquisa favorece ração de três novos parques públicos, que tive-
respostas espontâneas. Além disso, são facilitado- ram como uma de suas diretrizes, aimplementa-
ras de uma proximidade maior com o sujeito e per- ção de aspectos regentes da NBR 9050, visando
mite que o entrevistador possa investigar assuntos torná-los acessíveis. Estes locais tornaram-se
específicos, no que diz respeito às percepções e objetos de diversos estudos, os quais objetiva-
opiniões do sujeito. Desse modo, o entrevistador ram testar a sua eficiência em inclusão.
pode conduzir a discussão realizando perguntas
adicionais para focalizar no tema proposto, e as- Instrumentos
sim, obtém-se um melhor direcionamento para que
os objetivos possam ser atingidos. Ficha de Dados Pessoais e Sociodemográficos:
organizada exclusivamente para esta proposta de
Participantes estudo, composta por itens visando caracterizar
sexo, idade, estado civil, escolaridade, vínculo em-
Como critérios de inclusão, delimitou-se a ar- pregatício e tempo de atuação como arquiteto.
quitetos graduados há pelo menos um ano, re-
sidentes há pelo menos seis meses na cidade Entrevista qualitativa semiestruturada: As pes-
onde tenham elaborado ao menos um projeto quisas qualitativas visam analisar conceitos, va-
arquitetônico com a utilização da NBR 9050. A lores, crenças e motivações dos individuos, tais
amostra final foi composta por 15 participantes, questões que não podem ser analisadas apenas

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por ferramentas quantitativas, pois respondem a 5. Baseado em sua experiência na área,


percepções individuais e especificas. Porém, os você teria sugestões de melhorias para a
dados qualitativos e quantativos são considera- NBR 9050?
dos complementativos dentro de uma pesquisa
científica. (MINAYO, 1996). A pesquisa qualitativa Análise dos dados
parte de focos de interesse abrangentes, que vão
se delimitando durante o desenvolvimento do es- A análise das entrevistas possibilitou a identifi-
tudo, por isso buscou-se coletar dados sobre a cação de conteúdos que foram codificados em
atuação dos profissionais, colocando o pesqui- categorias de resposta, por meio da técnica de
sador em contato direto com o contexto em in- análise de conteúdo qualitativa de Bardin (1994).
vestigação, procurando entender o fenômeno O método sugerido por Bardin é baseado em três
através do sujeito. (GODOY, 1995). Para a entre- etapas: pré-análise, exploração do material e tra-
vista, elaborou-se um roteiro composto por cinco tamento, e interpretação dos resultados. Por meio
perguntas norteadoras, sendo que duas pergun- desta análise, foram criadas categorias para as
tas se referiam à acessibilidade de modo geral: questões. Associações e correlações entre as ca-
tegorias foram analisadas pelo software de análi-
1. O que você compreende por acessibilida- se quantitativa SPSS, Statistcs. Foram extraídas
de e ergonomia no projeto arquitetônico? das transcrições realizadas na íntegra de verba-
lizações que definem as percepções acerca dos
2. Como você percebe a acessibilidade em temas questionados. Pela natureza deste trabalho
espaços públicos? todas as categorias foram elaboradas a posteriori.

E três perguntas se referiam especificamente à Resultado e Discussão


norma NBR9050:
Os profissionais arquitetos relataram suas per-
3. Como já aplicou a norma de acessibilida- cepções acerca do que compreendem como
de em seus projetos? (Mesmo em situações acessibilidade e ergonomia, e seus relatos foram
onde não se faz obrigatória a aplicação da extraídos de forma a ilustrar e gerar hipóteses so-
NBR 9050) bre o tema pesquisado. A partir da transcrição
e análise das entrevistas, primeiramente foram
4. Quais as maiores dificuldades encontra- ordenadas as principais verbalizações com o in-
das na aplicação integral da NBR 9050? tuito de agrupar as respostas para uma catego-
rização posterior, com a finalidade de propiciar

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rigor aos dados, bem como fornecer respostas Como o termo diz; o acesso universal, qualquer
objetivas quanto às perguntas. pessoa indiferente de opção sexual, cor, raça,
necessidade especial, ou mobilidade reduzida,
Percebeu-se, no que diz respeito às definições seja idoso, cego, qualquer pessoa tem que ter
de acessibilidade, que há um padrão de concep- acesso a essa edificação, a esse espaço que
ção entre os profissionais, de forma que conside- esta sendo construído ou revitalizado.
ram a inserção de diretrizes inclusivas como par-
te inerente à arquitetura, como exemplificado nos E também na fala do participante E11, que res-
depoimentos dos participantes: E1 “Primeiro que salta a importância de considerar a diversidade
é uma condição sine qua non, intrínseca da arqui- humana no momento de projetar:
tetura. A acessibilidade no meu entendimento, é
que todas as pessoas tenham a possibilidade de Acessibilidade e Ergonomia, no projeto arquite-
acesso a todos os lugares, sem restrição”.Em re- tônico, estão relacionadas ao conforto dos usuá-
lação à acessibilidade e ergonomia o participante rios independente da questão deste usuário ser
E7 refere que: cadeirante, idoso, ou grávida. Claro que reque-
rem algumas especificidades, mas temos que
“Uma depende da outra. Não dá para pensar buscar atender a todos de uma maneira geral.
na ergonomia sem acessibilidade e vice-versa.
A função da acessibilidade é através das suas Foram evidenciadas percepções que abordam
normas e leis e permite que os espaços, tanto adversidades vigentes na arquitetura, como em
públicos quanto privados, se tornem seguros e muitas situações onde a NBR 9050 é implantada,
mais democráticos, para toda a população. e o edifício é concebido como acessível, porém
restringe os usuários destacando o que é pos-
Constatou-se que muitos profissionais possuem sível ou não de ser acessado. Conforme relato
domínio sobre os princípios do desenho uni- do participante E1: “E geralmente o edifício tem
versal, o qual não se restringe em acessibilida- uma lógica, ou a construção tem uma lógica de
de apenas a deficientes, e sim a concepção de acessibilidade que tem restrições, por exemplo,
qualquer ambiente ou produto que deverá ser o sujeito não entra no subsolo, não entra na casa
utilizado e manipulado por todo individuo, inde- de máquinas, e aí é questionável se ele precisa ir
pendente das suas condições específicas, como ou não... mas o ideal de acessibilidade é que o
tamanho do corpo, postura ou sua mobilidade sujeito fosse a todos os lugares”.
(CARLETTO E CAMBIAGGI, 2008). Como pode
ser ilustrado no argumento do participante E10: Entretanto, partindo do pressuposto de que ser hu-

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mano “normal” é o ser humano “diverso”, desta for- evidenciou-se ainda que os espaços públicos
ma, os espaços devem ser projetados de forma que são percebidos como em processo de melhorias,
a utilização seja ilimitada. Estes princípios são refe- que na cidade deste estudo, já estão sendo revi-
rência de qualidade e inclusão a todas as pessoas, talizados diversos espaços públicos, implantan-
de forma discreta, não evidenciando discrepância do diretrizes de acessibilidade, é possível obser-
do que é ou não inclusivo. (CAMBIAGHI, 2007). var na fala do participante E5:

No que diz respeito à percepção dos profissio- Os espaços públicos são carentes de acessibi-

nais perante os espaços públicos, diversos re- lidade, mas percebe-se que os novos espaços,
latos apontaram a insatisfação dos profissionais aqueles que são reformados ou revitalizados,
e percebem os espaços como desprovidos de são pensados de forma a garantir a melhor
acessibilidade. Conforme exemplificado pelo acessibilidade possível, nem sempre se con-
participante E2: “Praticamente inexistente na mi- segue acessibilidade total, mas ao menos se
nha percepção, todos os acessos das esquinas criam rotas ou espaços acessíveis, que já tem
não atendem a NBR, por que realmente eles são melhorado bastante.
maiores, demandaria ter uma calçada de no mí-
nimo 2 metros que é o que vários manuais de
acessibilidade de prefeituras estão colocando”. E
pelo participante E7:

No Brasil, principalmente a acessibilidade nos


Figura 01 – Categorização; percepção sobre acessibilidade
espaços públicos, parece que só acontece em espaços públicos. Fonte: Autores, 2016.
quando existe uma fiscalização, e alguma obri-
gatoriedade imposta, então a gente vê uma Com relação à percepção dos profissionais
rampa, vê um rebaixo de meio fio, mas a gente quanto à aplicação da NBR 9050, constatou-se
não sente que aquilo ali foi feito para resolver o uso da norma em diversos ambientes, catego-
um problema maior em relação à acessibilidade rizados pelo pesquisador entre espaços públicos
da população de uma forma geral. e privados, para uma melhor análise dos dados,
buscando-se identificar o modo de aplicação dos
Os resultados evidenciaram que na percepção de profissionais, conforme Figura 02.
60% dos profissionais Arquitetos a acessibilida-
de em espaços públicos é ruim. (Figura 01). No É possível perceber que a aplicação da NBR
que diz respeito ao restante dos entrevistados, 9050, para os entrevistados, já é decorrente em

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locais privados, pois são aplicações que deman- os arquitetos percebem a acessibilidade em es-
dam outras questões como a aprovação dos pro- paços públicos. Diante disso, evidencia-se que
prietários e investimento financeiro por parte dos há uma discrepância entre o conhecimento teóri-
mesmos. Constatou-se a falta de acessibilida- co e a prática, visto que os arquitetos que tiveram
de, tanto em espaços privados quanto públicos, contato com a NBR 9050 em espaços públicos
como ilustrado pelo Gráfico da Figura 03. percebem de forma divergente, pois constatam
como insatisfatória.
Figura 02 – Categorização; aplicação da NBR 9050. Fonte:
Os dados evidenciaram que a acessibilidade em
Autores, 2016.
espaços públicos foi classificada como “ruim” Ainda foram levantadas as dificuldades encon-
tanto pelos sujeitos que aplicaram a NBR 9050 tradas pelos profissionais para aplicação da
em espaços privados quanto os que não apli- NBR 9050. Segundo relatos coletados foi pos-
caram. Em contraponto, a maioria dos arquite- sível categorizar as respostas em três eixos:
tos que aplicaram a NBR 9050 em espaços pú- dificuldade informativa, de espaço e financeira,
blicos identificou a acessibilidade como ruim. conforme Figura 04.
Entretanto, os que não aplicaram a NBR 9050
em espaços públicos tenderam a classificar a
acessibilidade em espaços públicos como “em
Figura 03– Gráfico da aplicação da NBR 9050 com a percep- processo de melhorias”. Assim, a experiência na
ção dos profissionais. Fonte: Autores, 2016. aplicação da norma parece influenciar em como

Figura 04 – Tabela da dificuldade de aplicação da NBR 9050.


Fonte: Autores, 2016.

A categoria Dificuldade informativa diz respeito a


uma melhor divulgação e introdução da norma,
tanto pela importância por questões inclusivas,
quanto pela legislação, pois os profissionais
acreditam que essa falta de informação à popu-
lação em geral, e em órgãos pertinentes, interfere
na compreensão da relevância da sua aplicação,
como ilustrado no relato de E4: “ O caminho in-
felizmente seria obrigar, ter lei rígida que obrigas-
se, e assim, as prefeituras não fornecerem alvará
para quem não tem acessibilidade, se você vai

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atender o público, ou atende todos ou nenhum.” diretrizes inclusivas, fato possível de observar no
E do participante E8: relato do participante E06:

Está na falta de conhecimento das pessoas lei- Recentemente fiz um projeto de um restauran-
gas, dos clientes enfim, para as necessidades te que foi pensado naquela cadeira inclusiva,
e o quanto essas normas e essas qualidades que contorna o corrimão, a qual custava 60 mil
de desenho poderiam facilitar a locomoção das reais, aproximadamente. Pensando que um ca-
pessoas, então eu acho que por grande falta de deirante frequente por semana o restaurante, o
conhecimento e pela dificuldade de se colocar que hoje em dia mesmo que os restaurantes te-
no lugar do outro, as pessoas acabam não en- nham acessibilidade; não se tem este fluxo. 60
xergando as necessidades alheias. mil reais é um custo que ninguém pagaria, nem
mesmo um cadeirante pagaria para a sua casa.
Já a categoria Dificuldade de espaço, que se .
trata de questões técnicas da norma, como a A Norma visa assegurar a utilização de forma
inclinação da rampa que não há flexibilidade autônoma, independente e segura dos ambien-
alguma, e em diversas situações não há espa- tes e equipamentos a todos os usuários. (ASSO-
ço para inseri-la, conforme relatado pelo par- CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
ticipante E2: “A rampa ocupa um espaço bem 2015). Percebe-se que no que diz respeito aos
considerável, em uma escola precisei de 70 m² profissionais responsáveis pela utilização da nor-
destinados para atender e ainda não consegui ma, que de forma geral eles estão orientados à
colocar com 8%. A rampa ficou 11%, então aplicação da mesma, e consideram o conceito de
eu acho que a maior dificuldade é realmente igualdade de acesso e usabilidade indispensável
o tamanho que a gente precisa desprender do na elaboração de projetos arquitetônicos. No en-
projeto para colocar as circulações que neces- tanto, os profissionais enfrentam dificuldades,
sitam.” E também pelo participante E5: “Princi- principalmente relacionadas à falta de informa-
palmente nas rampas que a maior dificuldade, ção, que trata de diversos aspectos, como a falta
são as muitas barreiras enfrentadas em função de fiscalização e conscientização da população
do espaço que ela ocupa para conseguir a in- em geral. Acredita-se que com estes resultados,
clinação que a norma exige.” foi possível evidenciar uma possível lacuna na
falta de aplicação da NBR 9050, visto que mes-
E por último obteve-se em diversas situações um mo com a clareza e detalhamento da norma, a
dificultador relacionado à questão financeira, que maior dificuldade está ligada a questões de dis-
inviabiliza o arquiteto de implementar e aplicar as seminação da mesma.

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A última questão do roteiro de entrevista foi a de da população que efetivamente é até proprietá-
sugestão de melhorias para a norma. Itens téc- ria da residência.
nicos foram apontados, além da ênfase em uma
melhor divulgação da importância da aplicação. Bem como sugestão para o tamanho das portas
Os profissionais ainda acreditam que a norma e pia do banheiro, visto que a norma sugere 80
não está inserida suficientemente entre os profis- cm, entretanto atualmente já estão sendo utiliza-
sionais e população em geral. Este aspecto está das cadeiras maiores. Além disso, estas questões
relacionado também à falta de informação, que também acabam interferindo no posicionamento
foi uma dificuldade apontada nesta pesquisa. da pia do banheiro para portadores de necessi-
Diante disso, foram categorizadas as respostas dades especiais (PNE), conforme exemplificado
coletadas, entre sugestões técnicas e culturais, na fala de E02:
conforme Figura 05.
Na parte dos tamanhos das portas, por que
80 cm ele dai vai ter de cadeira, então tería-
mos que ter uma porta maior. Acredito que o
que não funciona muito bem é a pia. A pia ela
Figura 05: Sugestões de melhorias para a norma. Fonte: Au-
fica muito restrita a um canto. Não consigo en-
tores, 2016.
tender como a pessoa vai utilizar aquilo sendo
muito menor do que uma pia normal que a gen-
As sugestões técnicas abordaram itens como a incli-
te usa, ela deveria ser igual.
nação da rampa, conforme relato do participante E01:

Quanto às questões técnicas da norma, diversos


Há prédios no Brasil inteiro, onde há rampas,
entrevistados relataram a dificuldade na aplica-
antes da NBR 9050 e que as declividades che-
ção da rampa com a inclinação estabelecida, os
gam a ter 10 ou 15% e são perfeitamente utili-
relatos destacaram que a falta de flexibilidade
zadas, por que são curtas. E com 8,6% ela fica
deste item, muitas vezes foi determinante, impe-
muito longa, por vezes se ela for longa, ela tem
dindo a inserção de rampas.
que ser menor e menos inclinada, se não ela
fica insuportável. Se eu projeto uma residência
As sugestões culturais abordam aspectos seme-
unifamiliar de um proprietário a norma não o
lhantes à dificuldade de informação apontada
atinge. E por não atingir, ela não prestigia o me-
pelos entrevistados. Os profissionais acreditam
nor, ela não prestigia a infância, o carrinho do
que ainda há pouco conhecimento por parte ge-
bebe, o idoso e não atinge essa outra camada
ral, inclusive entre a própria área da arquitetura,

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e de formação de cada um. É possível identificar para acessibilidade espacial no mundo, e mesmo
algumas situações, conforme exemplificado pela com todas as considerações encontradas, ainda
fala do participante E01. é o melhor meio que o profissional possui para
projetar espaços mais acessíveis possíveis.
Nós temos que convencer os usuários, e aos
arquitetos a informação. Isso é a gente que Conclusões
tem que convencer. E nem sempre é fácil. “Por
que tenho que chegar aqui onde você quer que O estudo teve como objetivo investigar a per-
eu chegue? Quero ir a onde eu quero ir.” Isso cepção dos profissionais arquitetos sobre a NBR
é uma condição de acessibilidade que não é 9050, buscando as dificuldades observadas pe-
atendida. Essa absolutamente falta de restrição los mesmos, bem como sugestões de melhorias.
não é atendida. Neste sentido, verificou-se que de modo geral,
a principal barreira para a aplicação integral da
Destaca-se ainda, que é possível perceber que norma está relacionada a fatores culturais, vis-
a falta de disseminação da norma pelos profis- to que há uma grande dificuldade por parte dos
sionais interfere na sua utilização, visto que mes- profissionais de expor efetivamente suas vanta-
mo em situações onde se faça obrigatório o uso, gens e justificar os custos envolvidos.
ocorre falta de conhecimento para sua aplicação,
conforme relata o participante E12: Além disso, recomenda-se maior atenção sobre
alguns itens apontados pelos profissionais, como
Eu acho que a maior dificuldade é o desco- uma melhor inserção da NBR na área de arquite-
nhecimento dela mesma, como no meu caso, tura, no que se refere à formação dos profissio-
eu desconhecia então não aplicava. E acredito nais, órgãos pertinentes e população em geral,
que o arquiteto, no momento em que se depa- evidenciada pela falta de aplicabilidade da mes-
rar com a necessidade de aplicar a norma, terá ma. Acredita-se que investimentos em difundir
que se dedicar um pouco mais. melhor a sua importância perante a sociedade
irão trazer benefícios para a área de arquitetura,
Segundo Moraes (2007), quanto aos parâmetros além da sociedade em geral, partindo do pres-
técnicos, a NBR é uma das mais detalhadas e suposto que uma cidade acessível é uma cidade
abrangentes, com exceção da norma norte ame- para todas as pessoas.
ricana Americans with disabilities act and archi-
tectural barriers act accessibility guidelines, ou Sugere-se que novas pesquisas sejam realizadas
seja, está no nível das melhores normas técnicas nesta área, a fim de mensurar com um maior nú-

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mero de parâmetros. Outra possibilidade é bus- CAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
car amostras maiores, com maior representativi- mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
dade, para investigar a perspectiva do arquiteto 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 97 p.
brasileiro perante o tema, bem como, testar quais
das respostas coletadas refletem a percepção BETTOI, W; SIMÃO, L.M. Entrevistas com pro-
destes profissionais. fissionais como atividade de ensino-aprendi-
zagem desejável na formação do psicólogo.
A análise do conjunto de informações coletadas Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15, n. 3, p. 613-
através da técnica de entrevista pode contribuir 624, 2002.
para levantar hipóteses sobre a relação entre o
arquiteto e a acessibilidade, além de corroborar CAMBIAGHI, S. Desenho universal: métodos e
com a aplicação da NBR 9050, visando expandir técnicas para arquitetos e urbanistas. São Paulo:
o diálogo entre os profissionais que a executam. Senac, 2007.
Deste modo, também é possível propiciar a ou-
tros profissionais o acesso a estas informações, BAPTISTA, A. Procedimentos metodológicos
promovendo uma reflexão sobre a relação entre para a avaliação da acessibilidade de estru-
os responsáveis por implementar estas diretrizes. turas de circulação de pedestre com vistas ao
O caminho para a inclusão social ocorre através projeto de “antropovias”. Dissertação (Mestra-
de ambientes ergonômicos e acessiveis, asse- do em Engenharia de Produção) – Universidade
gurados por leis e normas. Compreender como Federal de Pernambuco, Recife, 2003.
arquitetos percebem as barreiras nas aplicações
destas leis, possibilita tornar sua execução mais BARDIN, L. Análise de conteúdo.  Lisboa: Edi-
efeitva, para assim, promover à todas as pessoas ções, v. 10, 1994.
uma vida autonoma.
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