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Universidade Federal do Ceará

Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Elétrica

Prática 9
Ligações delta-delta e estrela-delta-estrela

Alunos: Matrículas:
Lucas de Albuquerque 388143

Professor: Sérgio Daher Turma: (Quinta-feira; 16h-18h)


Disciplina: Máquinas Elétricas

Fortaleza – CE
10/04/2019
Sumário
1 Introdução Teórica .................................................................................................... 3
2 Objetivos................................................................................................................... 5
3 Procedimento Experimental ..................................................................................... 5
4 Conclusão ................................................................ Error! Bookmark not defined.
5 Bibliografia .............................................................. Error! Bookmark not defined.
1 Introdução Teórica
A ligação delta-delta (∆-∆), em transformadores trifásicos, se baseia na conexão das
bobinas de modo a formar um triângulo tanto no primário, quanto no secundário, como é
visualizado na figura 1. Nessa conexão, percebe-se a igualdade entre as tensões linha a
linha e as tensões aplicadas sobre cada bobina, o que não ocorre em ligações Estrela ou
zig-zag, por exemplo, no entanto, as correntes nas linhas são maiores (√3 maiores) que
as correntes de fase (ou as correntes que percorrem as bobinas), além do defasamento
angular de 30º entre essas correntes, considerando um sistema equilibrado.
As principais vantagens dessa ligação são a facilidade do paralelismo entre
transformadores configurados em delta-delta e a estabilidade que ela proporciona, tanto
em termos de componentes harmônicas, quanto a segurança para o sistema, uma vez que
a mesma permite a perda de um transformador monofásico, onde se configura a ligação
V ou delta-aberto, menos eficiente em termos de potência, mas que consegue, sob certas
limitações, manter um sistema trifásico no secundário, a ligação em V é mostrada na
figura 2. As principais desvantagens da ligação delta-delta estão no fato de não haver
neutro disponível, o que por consequência, impede a alimentação a 4 condutores como é
feito no sistema de distribuição, além disso, para tensões de linha elevadas, o custo de
uma ligação delta se torna bastante grande, devido a fatores como quantidade de material
condutor e níveis de isolamento necessários.
Figura 1. Esquema da ligação delta-delta (∆-∆).

Fonte: [2]
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Figura 2. Ligação em “V” ou delta-aberto.

Fonte: [2]
Existe ainda, um caso particular de ligação delta, menos comum, porém, bastante
útil quando da necessidade de se utilizar um transformador Y-Y, como por exemplo, em
conexões de extra alta tensão, onde a utilização de transformadores em delta-delta pode
se tornar bastante onerosa, é a ligação do transformador em Y-D-Y, ou seja, um
transformador ligado em estrela no primário, mas com dois conjuntos de enrolamentos
como “saída”, um conjunto em estrela convencional e o outro em delta, como é possível
visualizar na figura 3.
A utilização de um transformador com enrolamento terciário em delta vista,
basicamente, aproveitar as vantagens econômicas de um transformador Y-Y, porém, com
um recurso para amenizar ou corrigir os problemas inerentes a essa ligação, pois, como é
de conhecimento, a ligação em estrela-estrela, sem aterramento, sofre com problemas
relacionados a componentes de 3ª harmônica e grande sensibilidade a desequilíbrios de
carga. Com a utilização do enrolamento terciário, as características do transformador Y-
Y são mantidas, porém, a formação do delta permite a circulação de correntes de terceira
harmônica, o que torna as tensões de fase senoidais, bem como, pode permitir alimentação
de cargas trifásicas ou até serviços auxiliares, no caso de uma subestação, por exemplo.
Figura 3. Ligação Y-∆-Y.

Fonte: Adaptado de [1].


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2 Objetivos
 Verificar o desempenho da ligação delta-delta quando alimentando cargas
equilibradas e desequilibradas;
 Verificar o desempenho da ligação estrela-delta-estrela.

3 Procedimento Experimental
3.1 Usando 3 transformadores monofásicos, realizar a ligação delta-delta
mostrada na Figura 4. Cuidado: Não fechar o delta de imediato,
verificar se a tensão entre os terminais do delta é desprezível.
Figura 4 - Ligação delta-delta

Fonte: [1].

Inicialmente, vale ressaltar que foi utilizado um transformador trifásico entre a


rede e os módulos de transformadores monofásicos, que serão conectados como
um transformador trifásico, uma vez que a tensão de linha, que nessa prática será
aplicada diretamente sobre uma bobina, deve ser em torno de 73 V. A saída deste
transformador será denominada doravante de fonte.
Verificou-se inicialmente a tensão no delta aberto. A mesma foi considerada
desprezível.

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3.2 Ligar as lâmpadas e observar o que acontece com as tensões de linha
no secundário do transformador. Verificar as correntes de linha do
primário.

Figura 5 - Tensão de fase Vca e Vba do secundário

Figura 6 - Tensão de fase Vca e Vba do secundário

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Figura 7 - Tensão de fase Vca e Vba do secundário

Figura 8 - Tensão de fase Vca e Ic do secundário

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Figura 9 - Tensão de fase Vca e corrente Ic

Através da adição gradativa de cargas pode-se perceber que a ligação D-d é


resistente ao desequilíbrio de carga e deformações de tensão. Apesar de ser aplicado
um desequilíbrio relativamente grande nos terminais do secundário, pode-se
observar que as tensões de linha continuam com o mesmo formato senoidal, sem
distorção, sofrendo apenas uma diminuição mínima no seu valor eficaz.
Já as correntes do primário do transformador sofrem, tanto deformação, quanto com
o desequilíbrio da carga, sendo observado valores bem maiores nas correntes Ia e
Ic que alimentavam, através do transformador, a carga.

3.3 Simular a falta de um transformador, entretanto conservar as ligações


dos alimentadores nos mesmos pontos. Verificar as consequências
desta perda para o lado da carga e da fonte.
Retirou-se as ligações entre as fases A e B, no primário e no secundário. É
importante ressaltar que essa configuração é a ligação V-V, também chamada
conexão delta aberto. Nessa ligação são utilizados apenas dois transformadores
monofásicos em um sistema trifásico, acarretando uma redução de potência. A
mesma era bastante utilizada no passado com o objetivo de baratear a transmissão
de energia. Não houve alteração da tensão das fases. Nesse tipo de ligação as
características de contenção de corrente de magnetização e desequilíbrio presente
na ligação delta se perde, assim, permitindo a deformação da forma de onda da
tensão no caso de desequilíbrio.

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.

Figura 10 - Tensão de fase Vca do primário

Figura 11 - Tensão de fase Vca do secundário

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3.4 Desligar a alimentação e desmontar todo o experimento. Utilizando três
transformadores monofásicos, realizar a ligação estrela-delta-estrela,
conforme mostrado na Figura 34. Cuidado: Não fechar o delta terciário
de imediato; realizar a energização com o delta aberto e verificar se a
tensão entre os terminais é desprezível.
Figura 6 - Ligação estrela-delta-estela

Fonte: [1].

3.5 Alimentar o primário (todas as lâmpadas desligadas).


3.6 Observar as formas de onda das tensões de fase do secundário. São
senoides? Comentar as observações.

Figura 12 - Tensão Van do secundário

Apesar da configuração em estrela não apresentar neutro aterrado nem no primário


e nem no secundário do transformador, foi observado que não há deformação de

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tensão. Isso é explicado pela existência do delta no terciário do transformador,
garantindo que a corrente de magnetização do núcleo do mesmo seja contida no
delta, resultando na não deformação das tensões do primário e secundário.

3.7 Observe e anote os valores da corrente no delta terciário e das tensões


de fase no secundário para o funcionamento do transformador desde a
vazio até a carga máxima de 08 lâmpadas. Comente os fatos observados
3.8 Desligue a bancada. Em seguida, abra o delta terciário e energize
novamente o circuito. Observe o comportamento das tensões de fase e
de linha do secundário. Trace comentários.

4 Conclusão
A prática obteve sucesso, foi possível comprovar a teoria na prática, pois os
resultados reais foram próximos dos resultados teóricos.

5 Bibliografia
[1] Laboratório de Máquinas Elétricas: Guia prático 02 – Ligação estrela-estrela;
DEEUFC / 2019.1.
[2] Guru, B.S and Hiziroglu, H.R. ‘Electric Machinery and Transformers’. Harcourt
Brace Jovanovich Publishers. 1988
[3] Chapman, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas [recurso eletrônico] /
Stephen J. Chapman ; tradução: Anatólio Laschuk. – 5. ed. – Dados eletrônicos. –
Porto Alegre : AMGH, 2013.

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