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DECRETA:
Lei 6.024 -
Art. 2º FAR-SE-Á A INTERVENÇÃO QUANDO SE VERIFICAREM AS SEGUINTES
ANORMALIDADES nos negócios sociais da instituição:
1 - a entidade sofrer prejuízo, decorrente da má administração, que sujeite a riscos os
seus credores;
2 - forem verificadas reiteradas infrações a dispositivos da legislação bancária não
regularizadas após as determinações do BACEN, no uso das suas atribuições de
fiscalização;
3 - na hipótese de ocorrer qualquer dos fatos mencionados nos artigos 1º e 2º, do
Decreto-lei nº 7.661, de 21 de junho de 1945 (lei de falências), houver possibilidade de
evitar-se, a LEX.
Lei de falências...
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
1 – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse
o equivalente a 40 salários-mínimos na data do pedido de falência;
2 – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não
nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
3 – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de
recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio
ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou
da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento
de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de
burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar
com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes
para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu
domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de
recuperação judicial.
Parágrafo 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o
limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso 1 do caput deste
artigo.
Parágrafo 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos
que nela não se possam reclamar.
Parágrafo 3o Na hipótese do inciso 1 do caput deste artigo, o pedido de falência
será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art.
9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos
de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica.
Parágrafo 4o Na hipótese do inciso 2 do caput deste artigo, o pedido de falência
será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.
Parágrafo 5o Na hipótese do inciso 3 do caput deste artigo, o pedido de falência
descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e
especificando-se as que serão produzidas.
Art. 95. Dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua
recuperação judicial.
Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso 1 [não pagamento de
40 SM] do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:
1 – falsidade de título;
2 – prescrição;
3 – nulidade de obrigação ou de título;
4 – pagamento da dívida;
5 – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a
cobrança de título;
6 – vício em protesto ou em seu instrumento;
7 – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação,
observados os requisitos do art. 51 desta Lei;
8 – cessação das atividades empresariais mais de 2 anos antes do pedido de
falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o
qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.
Parágrafo 1o Não será decretada a falência de sociedade anônima após
liquidado e partilhado seu ativo nem do espólio após 1 ano da morte do
devedor.
Parágrafo 2o As defesas previstas nos incisos 1 a 6 do caput deste artigo não
obstam a decretação de falência se, ao final, restarem obrigações não atingidas
pelas defesas em montante que supere o limite previsto naquele dispositivo.
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
1 – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
2 – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
3 – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da
sociedade;
4 – qualquer credor.
Parágrafo 1o O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de
Empresas que comprove a regularidade de suas atividades.
Parágrafo 2o O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução
relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta
Lei.
Parágrafo único. A duração da administração especial fixada no ato que
a decretar, podendo ser prorrogada, se absolutamente necessário, por
período não superior ao primeiro.
Art. 9º Uma vez decretado o regime de que trata este decreto-lei, fica
o BACEN autorizado a utilizar recursos da Reserva Monetária visando ao
saneamento econômico-financeiro da instituição.
Art. 13. A União Federal, uma vez imitida na posse das ações, exercerá
todos os direitos inerentes à condição de acionista, inclusive o de
preferência, que poderá ceder, para subscrição de aumento de capital e o de
votar, em assembléia geral, a redução ou elevação do capital social, o
agrupamento ou o desdobramento de ações, a transformação, incorporação,
fusão ou cisão da sociedade, e quaisquer outras medidas julgadas necessárias
ao saneamento financeiro da sociedade e ao seu regular funcionamento.
g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.
JOSÉ SARNEY