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SUPERVISIONADA
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Carolina Isabel Graça Seixas
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Não poderia alcançar esta meta sem vocês e certamente não iria ter o mesmo
gosto se não a pudesse celebrar ao vosso lado. Por isso e em primeiro lugar gostaria de
agradecer a toda a minha família. Aos meus pais, por me ajudarem em todos os
momentos da minha vida, por me terem apoiado e incentivado neste longo percurso, por
me terem educado e acima de tudo por me amarem e me transmitirem os valores da
vida. Quero agradecer ao meu irmão e aos meus primos por serem simplesmente quem
são e por fazerem parte da minha vida, todos os dias. Quero agradecer aos meus tios, em
especial à minha tia pela ajuda, conselhos e orientação a nível pessoal e profissional.
Quero também agradecer aos meus avós por serem uma referência e por me ensinarem o
valor da vida. Quero agradecer a uma pessoa muito especial e que faz parte da minha
vida há sete anos, por toda a paciência, carinho e amizade. Obrigado a todos, por
fazerem parte da minha vida e por acreditarem em mim.
Não posso deixar de agradecer aos meus amigos que me apoiaram em todos os
momentos, que nunca deixaram de estar ao meu lado e que fazem parte da minha vida
de uma forma muito especial. Quero agradecer também aos meus colegas e agora
amigos que fiz neste percurso de cinco anos, por todo o apoio e partilha. Quero
agradecer a todos os locais de estágio por onde passei, por terem contribuído de forma
significativa no meu crescimento, em especial ao grupo de alunos que fez parte desta
investigação. Quero agradecer de forma especial a quatro profissionais que se cruzaram
na minha vida e que felizmente ainda fazem parte dela, obrigado, Teresa, Filipa, Liliana
e Ana Filipa, por acreditarem em mim, por me apoiarem e por me ajudarem a crescer a
nível pessoal e profissional.
Por fim, agradeço ao Instituto Superior de Educação e Ciências, por me ter
ajudado na minha formação. Como são as pessoas que fazem os sítios, agradeço aos
professores que me ajudaram e me ensinaram, em especial à professora Sandra, à
professora Ana Patrícia e também à professora Joana, que foram essenciais neste
percurso e que me apoiaram muito nesta etapa da minha vida.
Agradeço aos meus erros, porque me fizeram crescer.
i
ii
Resumo
Palavras-chave:
iii
iv
Abstract
The present report is part of the Supervised Teaching Practice for the master's
degree Teaching Qualification for Pre-school and the 1st Cycle of Basic Education
carried out in a private school located in Oeiras.
The research at the basis of this report aimed to demonstrate the importance
and influence of educational games in the motivation and learning of pupils in
relation to the area of Portuguese.
To develop this study, two groups were used, a control group and an
experimental one, a group composed of 12 pupils with which the practice was
carried out.
The research in question lies in an interpretative paradigm, through which it
was possible to observe, plan, intervene and interpret the actions of the participants.
It was based on a research-action model and made use of data collection techniques,
including: observation, questionnaires, tests, document gathering and informal
conversations. The first phase of data collection led to the definition and
development of an intervention project which sought to address the objectives of
the research.
The outcomes attained allow stating that educational games encourage pupils
in their learning process, thus helping in promoting educational success.
Keywords:
v
vi
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 1
CAPÍTULO 1 - QUADRO DE REFERÊNCIA TEÓRICO.......................................................... 5
1.1. A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA __________________________________ 5
1.1.1. A importância dos primeiros anos de escolaridade na aprendizagem da língua
materna…………………………………………………………………………………………………………………………….5
O pré-escolar e a aprendizagem da língua materna ............................................................... 6
1.º Ciclo e a aprendizagem do Português .............................................................................. 7
1.2. A LEITURA E A ESCRITA: DOIS PROCESSOS INTERDEPENDENTES ________________ 8
1.3. ASPETOS A DOMINAR PARA MELHORAR A LINGUAGEM: FONOLOGIA, MORFOLOGIA,
LÉXICO, SINTAXE, SEMÂNTICA E A PRAGMÁTICA _________________________________ 10
1.4. O CONTRIBUTO DAS ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS PARA A AQUISIÇÃO E
DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E DA ESCRITA _________________________________ 12
CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZAÇÃO E METODOLOGIA ................................................. 15
2.1. PROBLEMA, OBJETIVOS E QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO ________________________ 15
2.2. PARADIGMA INTERPRETATIVO __________________________________________ 16
2.3. INVESTIGAÇÃO-AÇÃO ________________________________________________ 17
2.4. PARTICIPANTES _____________________________________________________ 17
Caracterização do meio (Porto Salvo (E) e Benfica (C)) .................................................... 18
Caracterização das instituições (E e C) ............................................................................... 20
Caracterização dos participantes ......................................................................................... 23
2.5. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS __________________________________ 25
2.5.1. Observação ................................................................................................................ 26
2.5.2. Questionários............................................................................................................. 26
2.5.3. Testes......................................................................................................................... 27
2.5.4. Conversas informais .................................................................................................. 27
2.5.5. Recolha documental .................................................................................................. 28
2.6. TRATAMENTO E ANÁLISE DE DADOS _______________________________________ 28
2.6.1. Observação .......................................................................................................... 29
2.6.2. Questionários....................................................................................................... 29
2.6.3. Testes................................................................................................................... 30
2.6.4. Conversas Informais ............................................................................................ 32
2.6.5. Recolha Documental ........................................................................................... 32
CAPITULO 3- INTERVENÇÃO ............................................................................................... 34
3.1. INTERVENÇÃO ______________________________________________________ 34
CAPÍTULO 4- RESULTADOS .................................................................................................. 43
vii
4.1. RESULTADOS ................................................................................................................... 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 51
Anexos......................................................................................................................................... 55
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 2- Questionário_______________________________________________________ 61
viii
ÍNDICE DE QUADROS/GRÁFICOS
ix
ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS
Figura 1 – Aplicação do método da triangulação no estudo__________________________ 33
x
LISTA DE SIGLAS
xi
xii
INTRODUÇÃO
1
(2) De que forma os jogos educativos contribuem para o desenvolvimento
linguístico em alunos do 1.º ano do 1.ºciclo?
Como foi referido, cada vez mais os alunos se mostram menos motivados em
relação à escola, o que é notório nos diversos níveis de ensino. Naturalmente, um
professor motivado cumpre melhor a sua missão de ensinar. Assim, o
professor/investigador pretendeu que a prática realizada tivesse como intuito a
utilização e aplicação de diversas estratégias para motivar os alunos na aprendizagem do
Português.
Para a realização desta investigação, foram feitas diversas pesquisas e lidos
vários estudos, que comprovam a importância do domínio do Português para quem tem
o Português como língua materna, demonstrando também a transversalidade desta área,
bem como a influência do lúdico no processo ensino/aprendizagem.
Araújo (2011), num estudo que representa a importância do lúdico no ensino do
Português, defende que as atividades lúdicas motivam os alunos porque lhes suscitam
curiosidade e vontade de conseguir. Também Costa (2011), que elaborou um estudo
sobre os jogos didáticos como estratégias de aprendizagem, afirma que o lúdico é muito
importante na aprendizagem dos alunos, devendo ser um suporte para o professor, e
defende ainda que os jogos podem favorecer a motivação interna, o raciocínio, a
argumentação e a interação ente os alunos.
Pelas leituras realizadas, é possível afirmar-se que o Português é uma área
transversal e que por isso está ligada a todas as áreas curriculares e por consequência o
seu domínio influencia as aprendizagens nas restantes áreas.
Assim, acreditamos que o lúdico contribui em grande medida para a motivação
dos alunos no seu processo de aprendizagem, o que concludentemente faz com que eles
se envolvam nas atividades e melhorem os seus resultados. Vários são os estudos que
comprovam a importância do Português e do lúdico na aprendizagem desta e de todas as
outras áreas.
A conceção e execução de um projeto de investigação percorre diversas fases
que se interligam logicamente. Para a realização desta investigação, o investigador
necessitou de formular e definir o problema, rever a literatura, desenvolver hipóteses,
recolher e analisar dados e finalmente interpretá-los de modo a obter resultados.
O presente relatório encontra-se estruturado do seguinte modo: introdução,
quatro capítulos, considerações finais, referências bibliográficas e anexos. Na
2
introdução é apresentado o tema escolhido, o problema que deu origem à investigação e
a estrutura do trabalho;
O capítulo 1 é composto pelo quadro de referência teórico, onde são abordados
alguns conceitos teóricos que sustentam a investigação, encontrando-se dividido em
diversas secções. No capítulo 2, que aborda a problematização e metodologia,
encontram-se descritos o problema, os objetivos, as questões da investigação, o
paradigma, o design do estudo, a caracterização dos participantes, os instrumentos de
recolha de dados e os procedimentos da investigação. O capítulo 3 é dedicado à
intervenção que foi desenvolvida com os alunos do 1.º ano do Ensino Básico. No
capítulo 4 podem ser consultados os resultados desta investigação.
Nas considerações finais, é apresentada uma reflexão sobre os resultados
apresentados anteriormente, assim como sobre a execução desta investigação. Por
último, são indicadas as referências bibliográficas e os anexos referidos ao longo do
documento.
3
4
CAPÍTULO 1 - QUADRO DE REFERÊNCIA TEÓRICO
5
Nos primeiros contactos com o ambiente circundante, com a mãe, com o meio
familiar e, mais tarde, com o meio escolar e social, estabelece-se uma inter-relação
que se vai aprofundando e modificando, de acordo com o próprio
desenvolvimento. Nessa inter-relação actua tanto a criança que aprende como o
adulto que ensina (Rebelo e Atalaia, 2000, p. 15).
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Posto isto, podemos afirmar que é no nível pré-escolar que a criança deve
estabelecer contacto com os livros e com a escrita. Cabe ao educador promover
ambientes ricos neste sentido, deixando ao alcance da criança livros e materiais de
escrita. É também função do educador promover momentos de leitura, lendo para as
crianças, de modo a criar nelas o gosto pela leitura, como indica o Ministério da
Educação e Ciência, MEC, “O caminho para a aquisição de uma competência sólida no
domínio da leitura é longo e difícil. Para se induzirem hábitos de leitura autónoma, são
necessárias muitas actividades de leitura orientada.” (s.d, p.2).
Ao nível da linguagem oral e abordagem à escrita, espera-se que as crianças, no
final do pré-escolar, consigam segmentar silabicamente palavras, isolar palavras numa
frase, reconhecer e escrever algumas palavras, assim como manter uma conversa e
compreender discursos orais. Estas competências serão facilitadoras do ensino formal
da leitura e da escrita.
7
restantes áreas. Contudo e pelos resultados obtidos pelos alunos em 2012, no PISA, os
alunos portugueses melhoraram ao nível da leitura.
Como afirma Costa (2007), a Língua Portuguesa é a base de todo o ensino e
aprendizagem, na medida em que, por exemplo, para serem compreendidos e
interpretados os enunciados matemáticos é fundamental o domínio da Língua
Portuguesa, algumas dificuldades sentidas pelos alunos na Matemática devem-se ao
fraco domínio do Português. Posto isto, é de extrema importância motivar os alunos na
aprendizagem do Português, sendo essa uma das funções do professor, dando-lhes
ferramentas para melhorarem ou adquirirem aprendizagens ao nível da linguagem, por
exemplo estimulando a oralidade nos alunos. Como afirma Rebelo (2000), é importante
ter consciência que praticar a oralidade em situações diferentes é facilitar o acesso a
novas aprendizagens como a leitura e a escrita. Segundo Whitehurst & Lonigan (2001,
citado por Fernandes 2004, p.67), o vocabulário e outras competências da linguagem
oral encontram-se positivamente correlacionadas com o sucesso nas competências de
leitura e escrita a vários níveis.
Devem, desde o início, ser colmatadas todas as lacunas que o aluno demonstre
ter. A escola tem por isso um papel de extrema importância em relação à aprendizagem
da leitura e da escrita, que se inicia muito antes do seu ensino formal.
Como afirmam Niza e Martins (1998) a aprendizagem da leitura e da escrita é um
processo complexo que exige a motivação e a coordenação de diversas estratégias.
8
Ou seja, quando uma criança inicia o processo de leitura, pretende-se que seja capaz de
interpretar uma mensagem.
Uma das capacidades mais importantes de todas as que é necessário adquirir
para aprender a ler é o reconhecimento preciso, rápido e automático das palavras. “A
automaticidade, apesar de constituir um requisito fundamental para a eficácia da leitura,
escrita e cálculo, é usualmente (e infelizmente) desconsiderada” (Lopes, 2004, p.38).
Segundo Lopes (2004), as potencialidades ou défices na leitura têm enormes
repercussões ao nível de todas as aprendizagens escolares, influenciando a sua
compreensão face às restantes aprendizagens. Rebelo (2000) afirma que saber ler
significa que se conheça a linguagem escrita, a sua organização gráfica e os seus
registos. Comprovamos mais uma vez que a leitura e a escrita se encontram
relacionadas e que uma influencia a outra.
A aprendizagem da língua falada e da leitura é um processo que facilita a
aprendizagem da linguagem escrita. “A leitura e a escrita são actividades interligadas,
de tal modo que uma boa adesão à leitura levará a uma escrita mais fácil. “ (Contente,
1995, p.27).
Escrever é também uma forma de comunicação, segundo Rebelo (1990),
escrever significa que o indivíduo é capaz de comunicar pensamentos ou sentimentos
com o auxílio de signos visíveis, compreendidos pelos outros. O acesso à linguagem
escrita ocorre habitualmente em situação formal de ensino. Como afirma Sim-Sim
(1998), a aprendizagem da linguagem escrita integra o currículo escolar de qualquer
sistema de ensino.
Saber escrever será também essencial para que o aluno se desenvolva pessoal e
profissionalmente, “durante toda a escolaridade, a atividade mais frequente é a escrita.
Para ter sucesso na avaliação, o aluno terá de que saber escrever.” (Contente, 1995, p.
27), o que mais uma vez relaciona a aprendizagem do Português com as restantes áreas.
Por estas razões, a escrita é muito importante na formação dos alunos e permite que
estes comuniquem e demonstrem o que sabem. Segundo Contente (1995), a escrita, nas
outras disciplinas que não o Português, é vista pelos professores como um modo de os
alunos trabalharem para adquirem um conteúdo programático, ou como uma forma que
permite, avaliar os conhecimentos.
Posto isto, podemos afirmar que a relação entre a aprendizagem da leitura e da escrita
torna-se uma relação de necessidade.
9
1.3. ASPETOS A DOMINAR PARA MELHORAR A LINGUAGEM: FONOLOGIA,
MORFOLOGIA, LÉXICO, SINTAXE, SEMÂNTICA E A PRAGMÁTICA
Segundo Man, Tobin e Wilson (1987, citado por Rebelo, 2000), ter consciência
de que as palavras são sequências de fonemas é essencial para o leitor principiante, pois
só assim se pode compreender como se utiliza o alfabeto, onde as letras representam
fonemas.
10
uma competência de extrema importância para o desenvolvimento da leitura, através da
qual as crianças utilizam o seu conhecimento das correspondências entre sons e letras
para identificar palavras novas.” (Sieglel, 2010, p. 73).
Não é só o domínio fonológico que deve ser exigido às crianças, o domínio
morfológico pode ajudar muito neste processo de aprendizagem da leitura e da escrita,
contribuindo para o reconhecimento de um maior número de palavras, pois a morfologia
envolve a formação de palavras. Segundo o linguista Aronoff (1994, citado por Lopes,
2004, p. 44), a morfologia é importante pela soletração e pelo vocabulário.
Ao nível da soletração, os alunos devem ser treinados para a soletração literal,
onde é feita uma soletração de letra a letra percebendo a ordem exata das letras na
palavra. Soletração silábica, onde a unidade de repetição não é a letra mas sim a sílaba e
por fim a soletração morfémica, que auxilia a estudar a morfologia e o significado das
palavras, através dos morfemas que constituem a palavra. Na primeira, os alunos
treinam a ordem exata das letras nas palavras, sendo este um precioso auxiliar do
domínio ortográfico. Na segunda, a unidade de repetição é a sílaba e ainda devem passar
pela soletração morfémica, que é uma excelente forma de estudar a morfologia e fazer
derivar o significado das palavras.
As palavras, o vocabulário que um aluno conhece, influenciam também o
processo de leitura e escrita, pois quantas mais palavras um aluno conhecer, maior
facilidade tem em ler e por conseguinte em compreender o significado do que lê, sendo
esta a finalidade da leitura.
O conhecimento lexical corresponde ao conhecimento que todos os falantes
possuem acerca das palavras e dos seus diferentes significados. Segundo o Dicionário
Básico da Língua Portuguesa, o léxico é definido como: “O conjunto de todas as
palavras de uma língua”. Desta forma, pode dizer-se que o léxico de uma língua não é
contável, é neste sentido que Sim-Sim (1998) refere que “o léxico é uma área em
aberto”.
Consideramos importante referir a diferença entre léxico e vocabulário. Segundo
Laranjeira (2013), o léxico é composto pelo conjunto de todas as palavras possíveis
numa determinada língua, enquanto o vocabulário é o conjunto de palavras usadas num
determinado contexto e numa determinada situação.
Na fase inicial do ensino da escrita, quando os alunos já escrevem algumas
palavras, mas ainda não dominam o processo da escrita, inicia-se um novo período em
que os alunos devem ser capazes de escrever e construir frases simples. Este novo
11
período remete-nos para a importância da sintaxe neste processo de aprendizagem,
sendo esta a parte da gramática que compreende as regras segundo as quais as palavras
se combinam para formar frases. A aprendizagem da escrita inclui a formação de frases,
o que torna possível a compreensão da importância da sintaxe neste processo. Através
da construção de palavras, mais tarde de frases e numa outra fase de textos é que o
aluno consegue realmente dominar a escrita.
Compreender o significado das palavras contribui para atingirmos a finalidade
da leitura, ou seja, ajuda-nos a compreender o que lemos. É a semântica que estuda o
significado das palavras, e é neste sentido que se considera também uma área
importante na aprendizagem da leitura e da escrita.
A pragmática, por sua vez, implica saber adequar o discurso a diferentes
situações; esta componente da gramática é aprendida e não adquirida. Num período
inicial de aprendizagem da leitura e da escrita, a fonologia, morfologia e a sintaxe são
fundamentais. Mas é possível ler sem compreender o que estamos a ler, mas para que
sejam atingidas as finalidades da leitura e da escrita, tornam-se cruciais as áreas da
semântica e da pragmática.
A escola desempenha um papel fulcral ao nível das aprendizagens, necessitando
de criar ambientes ricos e estimulantes para que estas se desenvolvam, segundo Sim-
Sim, (1998),
A capacidade natural para adquirir a linguagem não significa que o
desenvolvimento da mesma não seja influenciado pelas experiências de
comunicação a que o aprendiz de falante é exposto. Meios mais estimulantes
proporcionam experiências de interação mais ricas. O reflexo da qualidade e
quantidade das interações manifesta-se em diversos domínios linguístico,
nomeadamente no nível do vocabulário, no domínio de regras específicas de uso
da língua, na maior ou menor utilização de estruturas complexas e no grau de
distanciamento e reflexão sobre a língua de que se é falante. (p. 19).
“Jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois estão presentes na
humanidade desde o seu início”1
1
Consultado em Neurociências Em Benefício da Educação acedido em 15 de janeiro de
2015 (http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.pt/2012/05/o-ludico-na-
educacao-infantil-jogar-e.html)
12
Segundo Malveiro (2013), enquanto recurso didático o jogo é de extrema
importância, permitindo que o aluno melhore a nível intelectual e afetivo, acabando
também por favorecer a motivação no processo de aprendizagem. Assim, conciliar a
temática educativa com o divertimento ajuda a criança a crescer e desenvolve diversas
competências. Consideremos a utilização de jogos como um estímulo que pode
proporcionar experiências ricas no processo de aprendizagem, face à leitura e à escrita.
13
sucesso e adaptação escolar de acordo com os objetivos pedagógicos perseguidos.
(p.35).
Como afirma Abreu (2007), o insucesso escolar é uma realidade dos nossos dias,
os alunos encontram-se cada vez mais desmotivados e com menos vontade de ir à escola
e de aprender. É contudo possível mudar estes factos, motivando os alunos. Para isso é
preciso permitir que os alunos se divirtam, é preciso desafiar os alunos, afinal ganhar ou
competir, está no espírito humano. O professor pode e deve adequar jogos à sala de
aula, motivando os seus alunos.
Concluímos, assim, que é de extrema importância que os professores e os
educadores consigam utilizar o jogo no quotidiano das crianças, tornando as propostas
educativas mais aliciantes. Desta forma, os resultados obtidos serão certamente
melhores.
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CAPÍTULO 2 – PROBLEMATIZAÇÃO E METODOLOGIA
Tendo em conta tudo o que foi referido acerca da importância de criar alicerces,
decidimos averiguar as competências linguísticas dos alunos do 1.º ano da instituição E.
A turma com a qual se realizou a prática é uma turma bastante empenhada, trabalhadora
e com um enorme gosto em aprender. Embora os alunos demonstrem as suas
preferências, respondem positivamente a todas as propostas que lhe sejam apresentadas.
Contudo, demonstram-se desmotivados nas aprendizagens referentes à área do
Português, sendo esta a área que menos gostam de trabalhar. Para aumentar a motivação
dos alunos, utilizou-se como estratégia diversos jogos educativos. Assim para
compreender o efeito dos jogos educativos no processo de aprendizagem, foi utilizada
uma outra turma, além da turma com a qual se realizou a prática, com o intuito de
existir uma comparação entre as duas.
Perante o que foi referido e com base nos registos diários, a prática teve como
objetivo motivar os alunos para o gosto pelo Português, facilitando a aprendizagem dos
conteúdos e consequentemente, melhorar os resultados da turma.
Desta forma, emergiu a seguinte questão problema: De que forma os jogos
educativos poderão contribuir para o estímulo da aprendizagem da leitura e da escrita?
15
Para orientar a investigação definimos as seguintes questões de pesquisa:
Por conseguinte, é possível afirmar que toda a prática pedagógica incidiu sobre
uma área de intervenção prioritária, a área do Português, que sendo uma área
transversal, pode ser trabalhada como área integradora, ou seja, através desta foram
trabalhadas as restantes áreas curriculares.
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2.3. INVESTIGAÇÃO-AÇÃO
2.4. PARTICIPANTES
17
grupo que recebeu o tratamento especial, ou seja, ao qual foram aplicados os jogos
educativos para trabalhar a área do Português.
Os grupos em questão são de instituições diferentes, sendo o grupo experimental
pertencente à instituição onde o investigador realizou a sua prática pedagógica, situada
na freguesia de Porto Salvo, e o grupo de controlo de uma instituição situada na
freguesia de Benfica. A instituição do grupo C foi escolhida por apresentar
características semelhantes à instituição onde o investigador realizou a prática. Contudo,
e de modo a serem percebidas algumas diferenças pré-existentes, apresenta-se uma
breve caracterização dos meios, das instituições e dos grupos.
Meio do Grupo E
18
Desenvolvimento do Parque de Ciência e Tecnologia da Área de Lisboa, SA - é uma
sociedade anónima que tem como atividade principal a instalação, desenvolvimento,
promoção e gestão de um Parque de Ciência e Tecnologia, bem como a prestação de
serviços de apoio necessários à sua atividade. O Taguspark tem como missão promover
um ambiente urbano sustentável, promover a interação entre empresas, Instituições e
Universidades, desenvolver atividades empresariais, de inovação e de ensino e
promover um ambiente de competitividade internacional. Nesta zona empresarial,
encontram-se mais 70 empresas e nas mais diversas áreas, desde a saúde ao ensino. Por
toda a riqueza que o Taguspark oferece, é fácil promover uma ligação entre o ensino e o
meio envolvente à instituição.
Meio do Grupo C
A freguesia é composta por sete bairros, sendo um deles o bairro das Pedralvas,
onde se encontra a instituição. Verifica-se que a maioria das habitações são prédios.
19
Ambas as instituições se encontram em locais onde a ligação entre o meio e a
prática é possível, quer ao nível do comércio, quer ao nível de serviços de apoio à
comunidade. Em Benfica os alunos podem aceder mais facilmente a diferentes
experiências, pois a escola encontra-se numa localização mais central, contudo e pelas
visitas de estudo anuais que são realizadas pelas escolas podemos afirmar que os alunos
acabam por ter oportunidades idênticas face a novas experiências.
Instituição do Grupo E
Instituição do Grupo C
20
A instituição à qual pertence o grupo C é uma instituição privada com fins
lucrativos, que se localiza em Benfica. O edifício foi construído de raiz em 1990. Todo
o edifício se encontra envolvido por uma área exterior delimitado por um muro e
canteiros de flores e plantas, existindo um recreio exterior para cada valência e ainda
um recreio coberto para o 1.º ciclo. Todas as salas da instituição estão equipadas
segundo as necessidades dos grupos e consoante as suas idades. A instituição encontra-
se em bom estado de conservação tanto por fora como por dentro, sendo que há cerca de
5 anos sofreu obras no seu interior para melhoria do mesmo.
Ao longo do ano letivo são desenvolvidos vários projetos pela escola, muitos em
parceria com os pais. A nível pedagógico, a instituição não utiliza um modelo específico
de ensino, ou seja, à semelhança da instituição E, permite que cada educador ou
professor utilize o modelo com que mais se identifica, desde que esse vá ao encontro
das necessidades do seu grupo/turma.
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Quadro 1 – Quadro Comparativo das Instituições E e C.
Corpo docente 20 24
Número de pisos 3 2
Valências Creche
Pré-escolar
1.º Ciclo
(Berçário)
22
Caracterização dos participantes
Tendo em conta o que foi referido anteriormente, será feita uma breve
caracterização de ambos os grupos, E e C.
Grupo E
A turma do 1.º ano da instituição E é composta por doze alunos, nove do sexo
feminino e três do sexo masculino. Todos os alunos da turma frequentaram o Pré-
escolar. A maior parte dos alunos são oriundos de um nível socioeconómico médio-alto.
23
O grupo E foi o grupo com o qual o investigador realizou a sua prática
pedagógica, com a qual todas as áreas curriculares foram trabalhadas, sendo a área do
Português o domínio central da investigação, por ser a área em que os alunos
apresentavam mais dificuldades. As dificuldades mais sentidas nesta área são ao nível
do reconhecimento das letras, da formação de palavras, da competência sintática e do
conhecimento lexical.
Importa referir que existem na turma dois alunos a serem acompanhados por
uma terapeuta da fala. Por apresentarem problemas ao nível dos sons e das suas
combinações, esses problemas têm-se refletido ao nível da escrita.
Grupo C
A turma do 1.º ano da instituição C é composta por dezassete alunos, onze do sexo
feminino e seis do sexo masculino. Todos os alunos da turma frequentaram o Pré-
escolar. O grupo provém de famílias de classe social média-alta.
24
apresentam dificuldades em manter uma postura correta em sala de aula e em relação
aos colegas verifica-se um comportamento por vezes incorreto, sendo que ainda não
respeitam os outros. Contudo, a relação entre aluno e professora é baseada no diálogo e
no respeito mútuo.
Nesta turma existe também um aluno a ser acompanhado por uma terapeuta da fala e
um outro que, além de uma terapeuta da fala, é também acompanhado por um docente
de ensino especial.
25
As formas de registo utilizadas pelo investigador foram essencialmente as
fotografias e os relatórios diários, que se encontram para consulta em anexo (anexo 3).
2.5.1. Observação
2.5.2. Questionários
26
relacionados com o nível da turma nesta área. O questionário encontra-se em anexo para
consulta (anexo 2).
O questionário em questão só continha perguntas de escolha múltipla, que, segundo
Pardal e Lopes (2011), podem ser divididas em perguntas em leque ou perguntas de
avaliação. Neste caso, estamos perante perguntas em leque fechado, nas quais a
professora tinha que escolher apenas uma das respostas apresentadas “O inquirido é
convidado a escolher uma entre as várias alternativas ou a ordenar as mesmas” (Pardal e
Lopes, 2011, p.77).
2.5.3. Testes
27
descritivos e concentrados no contexto e nas pessoas, incluindo ainda material reflexivo
que emerge no decorrer da observação. As conversas informais são um instrumento de
recolha de dados essencial, uma vez que ajudam o investigador a compreender melhor a
turma, as suas dificuldades e as suas opiniões, facilitando também a avaliação da
evolução e desempenho da turma.
28
2.6.1. Observação
2.6.2. Questionários
29
2.6.3. Testes
Com base na análise dos gráficos, verificamos que em ambos os testes a turma E
reconhece mais letras do que a turma C. Em conclusão, podemos inferir que o grupo E
revela uma maior consciência alfabética do que o grupo C.
Com base na análise dos gráficos, constamos que a turma E melhorou de forma
significativa no período de um mês. Demonstrando no segundo teste mais capacidades
na formação de palavras. No primeiro teste, apenas 25% da turma E acertou, enquanto
35,3% da turma C acertou. Um mês depois já 91,7% da turma E conseguiu formar
corretamente as palavras. A turma C também demonstrou melhorias, mas não tão
significativas quanto a turma E.
30
Analisando os gráficos, constamos que ambas as turmas demonstram melhorias
no exercício de formação de frases, contudo verificamos que mais uma vez a turma E
evoluiu mais do que a turma C, que foi mais bem-sucedida no primeiro teste. Na turma
E, existiu uma evolução de 58,3%, enquanto na turma C existiu uma evolução de apenas
35,3%.
Com base na análise dos gráficos, constamos que no primeiro teste a turma E
tinha acertado 73,3% das palavras supostas e no segundo acertou 83,3% do suposto. A
turma C que no primeiro teste acertou 55,2% das palavras supostas, no segundo teste
acertou 85,9% das palavras. Ambas as turmas melhoraram, mas a turma C demonstrou
mais evolução do que a turma E.
31
É legítimo, assim, concluir que no domínio da organização das sílabas, o grupo
C revelou uma maior consciência silábica relativamente ao grupo E.
32
Os procedimentos utilizados para recolha de dados foram vários, de modo a não
serem tiradas conclusões precipitadas em relação aos dados recolhidos.
Segundo Maxwell (1996, citado por Ramos, 2005, p.113), a triangulação reduz o risco
de as conclusões relativas a um estudo sofrerem alterações ou serem influenciadas, o
que conduz a conclusões mais credíveis. Ramos (2005) afirma que a ideia de
triangulação propõe o uso de diversos métodos ao mesmo tempo para que os
enviesamentos de uns dados possam ser anulados pelos outros, ou seja, a triangulação
ajuda a garantir a viabilidade dos dados e, consequentemente, do estudo.
Conversas Testes
Informais
33
CAPÍTULO 3- INTERVENÇÃO
3.1. INTERVENÇÃO
34
A prática realizada pelo investigador decorreu durante o mês de janeiro de 2015
e recaiu sobre a utilização de jogos educativos para motivar e melhorar o desempenho
dos alunos face à área curricular do Português.
Para a prática foi elaborada uma planificação mensal, referente aos jogos
educativos utilizados e às suas finalidades. A planificação foi elaborada tendo em conta
o programa do Português do 1.º ciclo do Ensino Básico, mais especificamente do 1.º
ano, encontrando-se em anexo, para consulta (anexo 7).
Foram desenvolvidos com a turma E sete jogos diferentes. Os jogos educativos
foram realizados a pensar no ensino do Português. Com os jogos realizados, trabalhou--
se a consciência alfabética, fonológica, silábica, morfológica e a sintática, ao mesmo
tempo que se trabalhou o domínio lexical, através do reconhecimento e aquisição de
novas palavras.
De seguida será feita uma breve caracterização sobre cada jogo educativo
aplicado. As explicações encontram-se acompanhadas por fotografias relacionadas com
o jogo, de forma a tornar mais percetível o que está a ser descrito.
Bingo
O bingo é um jogo bastante conhecido e utilizado normalmente com números.
Através de uma adaptação, foi possível utilizar este jogo no ensino das letras.
Foi entregue a cada aluno um cartão com seis espaços ocupados por letras e
vários cubos. O investigador possuía um saco, que continha diversas imagens.
À medida que era retirada uma imagem, de forma aleatória, o investigador
enunciava a palavra que caracterizava essa mesma imagem. A partir da palavra dita, os
alunos deveriam automaticamente reconhecer a inicial dessa palavra e se o cartão que
lhes foi entregue tivesse essa letra, deveriam colocar um cubo nessa mesma letra.
O jogo exigia que os alunos conseguissem facilmente reconhecer a letra inicial
da imagem mostrada, ou seja, que fossem trabalhadas as letras. Quando um aluno
terminava um cartão deveria dizer “bingo”. De modo a enriquecer o jogo, existia uma
segunda fase onde os alunos iam ao quadro, escolhiam uma das imagens e ilustravam-
na. De seguida um colega lia o que tinha sido escrito e todos passavam a palavra para o
caderno.
Através deste jogo foi trabalhada a consciência alfabética, através do
reconhecimento das letras. Foi também trabalhada a consciência fonológica, pelo
35
reconhecimento do grafema que corresponde ao som dito bem como a ortografia e o
léxico.
36
Figura 4- Formar palavras com sílabas 1 Figura 5- Formar palavras com sílabas 2
Este jogo seguiu as regras aplicadas no jogo das palavras e das sílabas. A cada
aluno foi entregue um envelope com várias palavras e uma folha. Os alunos deveriam
ler as palavras e a partir dessas construir o maior número possível de frases. Depois de
as frases serem construídas, deveriam ser copiadas, para trabalhar a ortografia.
Segundo o programa do Português do ensino básico (2009), os alunos do 1.º ano
devem ser capazes de elaborar e escrever uma frase simples. Com este jogo foi possível
trabalhar a consciência sintática dos alunos, ou seja, a capacidade de combinar palavras
de modo a estruturar uma frase, respeitando a sua estrutura interna. Como afirma Duarte
(2008), a consciência sintática desempenha um papel fulcral na aprendizagem da leitura
e da escrita.
38
Dominó
Este jogo permitiu aos alunos trabalharem em grupo, lerem e conhecerem novas
palavras. Cada peça era composta por uma imagem e uma palavra, o objetivo era
através da observação da imagem, encontrassem a palavra que a descrevia e vice-versa.
Este jogo aumentou o campo lexical dos alunos, que conheceram palavras novas,
aumentando também a rapidez com que identificava algumas palavras. O facto de os
alunos reconhecerem de forma automática as palavras facilita o processo de leitura.
“podemos enunciar como grande objectivo a atingir com o ensina da decifração a
competência para o reconhecimento automático das palavras escritas.” (Sim-Sim, 2009,
p.25).
39
Sopa de letras
Foi entregue a cada aluno, uma folha composta por uma grelha onde cada
quadrado era preenchido por uma letra, cada aluno deveria na sua grelha encontrar
diversas palavras e transcrevê-las. Este jogo serviu para trabalhar o domínio lexical,
especificamente o reconhecimento de palavras.
Os alunos resolveram várias grelhas, e quando existiam palavras repetidas de um
jogo para o outro, os alunos demonstravam maior rapidez em encontrá-las, ou seja, uma
maior automaticidade, o que, segundo Sim-Sim (2009), deve ser uma das preocupações
nos primeiros anos de ensino. Essa automaticidade é atingida através do trabalho
constante como a soletração de palavras.
Jogo da memória
O jogo da memória, que tradicionalmente é jogado através de imagens, onde se
pretende encontrar duas imagens iguais, foi alterado e teve como finalidade os alunos
encontrarem duas palavras iguais que pudessem associar a uma imagem. Eram
obrigados a ler as palavras para poderem encontrar a imagem. O objetivo do jogo foi
aumentar o léxico dos alunos, que conheceram palavras novas. O jogo foi organizado
por temas.
JOGO FINALIDADE
Bingo Trabalhar a consciência alfabética,
fonológica, ortografia e o léxico.
Dominó
Aumentar o campo lexical e a
Sopa de Letras automaticidade no reconhecimento de
palavras.
Memória
41
42
CAPÍTULO 4- RESULTADOS
4.1. RESULTADOS
43
QUESTÃO 2 (T1) QUESTÃO 2 (T2)
FORMAÇÃO DE PALAVRAS FORMAÇÃO DE PALAVRAS
12 12
10 10
8 8
6 6
4 4
TURMA E 2 TURMA E
2
0 0 TURMA C
TURMA C
44
QUESTÃO 7 (T1)
PALAVRAS RECONHECIDAS
16
14
12
10
8
6
4 TURMA E
2
0 TURMA C
ABELHA
BONECA
PAPAIA
MINDINHO
FLOR
CORRENTE
DENTE
JARDIM
CENOURA
HIENA
NETO
MACACO
ARMADURA
ESQUILO
OCULISTA
JACARÉ
GIRAFA
TIJOLO
DADO
INGREDIENTE
LEÃO
Gráfico 5- Teste Diagnóstico- palavras reconhecidas
QUESTÃO 7 (T2)
PALAVRAS RECONHECIDAS
18
16
14
12
10
8
6
4 TURMA E
2
0 TURMA C
ABELHA
MINDINHO
BONECA
HIENA
TIJOLO
CORRENTE
DENTE
FLOR
JARDIM
CENOURA
ESQUILO
NETO
MACACO
OCULISTA
PAPAIA
ARMADURA
JACARÉ
GIRAFA
INGREDIENTE
DADO
LEÃO
45
importantes e relevantes na aquisição e aprendizagem do léxico por parte dos alunos do
1.º ano da turma E.
Gráfico 7- Teste Diagnóstico- formação de frases Gráfico 8- Teste Final- formação de frases
46
sentindo-se também mais motivados e empenhados em relação a esta área.Como afirma,
Costa (2011), o lúdico desperta nos alunos a vontade de aprender, como sabemos essa
vontade em aprender, fará com que os alunos apresentem melhores resultados.
Ao fim de um mês de prática, pelo que já foi dito e também pelas observações
realizadas, podemos afirmar que os alunos passaram a estar mais motivados e
envolvidos nas aprendizagens relativas à área do Português.
O facto de os alunos se encontrarem motivados faz com que queiram aprender mais.
Os jogos educativos criam bons alicerces para uma aprendizagem de sucesso ao nível
do Português, ao mesmo tempo que estimulam os alunos nas tentativas de leitura e
escrita. Posto isto, podemos afirmar que os jogos educativos utilizados contribuíram e
estimularam os alunos na aprendizagem da leitura e da escrita.
47
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
49
estágio constitui um passo muito importante na formação dos educadores e professores
e o comportamento que se desenvolve durante este período vai delinear o tipo de
profissional que seremos. Acreditamos que é no estágio que devemos arriscar e arranjar
as estratégias que mais se identificam ao nosso trabalho, sendo que estas devem sempre
ser adaptadas e adequadas à turma com que trabalhamos.
Esta investigação permitiu ao investigador colocar em prática as suas crenças
pessoais e profissionais, comprovando a importância de motivar os alunos, para que
estes conquistem o sucesso.
Após a realização deste trabalho, podemos também concluir que o lúdico deveria
fazer parte de todas as salas de aula, que os professores deveriam apoiar-se em
estratégias mais diversificadas para motivar os seus alunos. Acreditando que a
motivação levará a um caminho de sucesso.
“Os bons professores são mestres temporários, os professores fascinantes são mestres
inesquecíveis” (Cury, 2004).
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Abreu, C. (2007). Jogos Rápidos Na Sala de Aula do 1.º ao 12.º anos. Porto: Porto
editora.
Beard, R., Siegel, L., Leite, I., & Bragança, A. (2010). Como se aprende a ler? Lisboa:
Fundação Francisco Manuel dos Santos
51
Cury, A. (2004). Pais brilhantes, Professores fascinantes. Lisboa: Pergaminho.
Duarte, I. (2008). O conhecimento da língua: desenvolver a consciência linguística.
Lisboa: Ministério da Educação.
Duarte, I., Colaço, M., Freitas, M., & Gonçalves, A. (2011). O conhecimento da língua:
Desenvolver a consciência lexical. Lisboa: Ministério da Educação.
Fernandes, P. (2004). Literacia Emergente. In Lopes, J., Velasquez, M., Fernandes, P.,
& Bártolo, V. Aprendizagem, Ensino e Dificuldades Da Leitura. (pp. 53- 87). Coimbra:
Quarteto.
Freitas, M. & Santos, A. (2009). Contar (histórias de) sílabas: Descrição e implicações
para o Ensino do Português como Língua Materna. Lisboa: Colibri.
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jogos pedagógicos, Extensio. Revista Eletrônica, V.4, número 5, Dezembro 2007, 1-11.
Lenneberg, E. (1967). Estudando o mundo da criança. In Papalia, D., Olds, S., Feldman,
R. O mundo da criança. (pp. 5-20). São Paulo: Mc Graw Hill.
Lima, D. (2004). Filosofia para crianças: uma abordagem crítica dentro da filosofia da
educação. Dissertação de Mestrado. Braga: Universidade do Minho. Acedida a 18 de
dezembro. Disponível em http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/4925.
Lopes, A., & Costa, L. (2009). A oralidade: Uma porta aberta para a leitura e escrita. In
Gomes, A., Lopes, A., Relvas, A., Gonçalves, A., Cadeia, C., Mamede, E., Sardinha, F.,
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Lopes, J. (2004). Ler ou não ler: eis a questão! In Lopes, J., Velasquez, M., Fernandes,
P. & Bártolo, V. Aprendizagem, Ensino e Dificuldades Da Leitura. (pp. 13- 49).
Coimbra: Quarteto.
Lopes, J., Velasquez, M., Fernandes, P., & Bártolo, V. (2004). Aprendizagem, ensino e
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Malveiro, D. (2013). A Utilização dos Jogos no Ensino da Matemática no 1.º ano do 1.º
Ciclo do Ensino Básico. Dissertação de Mestrado. Beja: IPB/ESSE de Beja. Acedida a 6
de dezembro. Disponível em
https://repositorio.ipbeja.pt/bitstream/123456789/609/4/Dina%20Isabel%20Palma%20
52
Marujo%20Malveiro%20%20A%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20dos%20Jogos%20
no%20Ensino%20da%20Matematica%20no%201%C2%BAano%20do%201%C2%BA
Ciclo%20do%20Ensino%20B%C3%A1sico%20-2013.pdf.
Morais, J. (2010). Como aprender a ler e como ensinar a ler. In Beard, R., Siegel, L.,
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Francisco Manuel dos Santos.
Pardal, L., & Lopes, E. (2011). Métodos e Técnicas de Investigação Social. Porto: Areal
Editores.
Porto Editora. (2006). Dicionário Básico da Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora.
Pinto, A. (2013). A escola técnica e a dinamização dos meios. In ISCTE (2013). Centro
de Estudos Africanos e Escola Superior de Educação e Ciências Sociais – IPL, 136-143.
Acedida a 4 de janeiro de 2015. Disponível em https://repositorio.iscte-
iul.pt/bitstream/10071/6030/1/Pinto_COOPEDU.pdf.
Rebelo, D., & Atalaia, L. (2000). Para o ensino e aprendizagem da língua materna.
Lisboa: Livros Horizonte.
53
Sim-Sim, I. (2009). O ensino da leitura: a decifração. Lisboa: Ministério da Educação
54
Anexos
Anexo 2- Questionário
55
56
Anexo 1- Guião Semiestruturado
57
58
GUIÃO SEMIESTRUTURADO – TURMA
59
Comportamento/atitudes
Relação aluno-professor
Relação aluno-aluno
Relação aluno-materiais
60
Anexo 2- Questionário
61
62
QUESTIONÁRIO AO PROFESSOR TITULAR DE TURMA (1.º ANO)
Analítico-Sintético
1 2 +2
63
64
Anexo 3- Relatório Diário de Observação
65
66
RELATÓRIO DIÁRIO DE OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA EDUCATIVA __/__/____
Estagiário Alunos
4. ANÁLISE E REFLEXÃO
Assinatura___________________________________
67
68
Anexo 4- Teste Diagnóstico/Final
69
70
Grupo __
Data:____/____/_____
A E I O U P T L
D M C V R N G B
J F S Z Q H X
2. Forma palavras.
jolo
poila
gela
leta
Ti
gre to
Pa
nta cote
A planta a salada.
71
A R M A D U R A
E R S C E L R J
S P A B N U A I
Q E I A T L T P
U I A N E A O E
I X C A S A C O
L E C N U V E M
O E F A P E I I
E G O M A A E R
5. Ditado de palavras:
72
6. Lê as palavras e pinta os espaços consoante o número de sílabas da
palavra.
Arco
Ditongo
Pacote
Oculista
Torneira
Armadura
Mindinho
Boneca
Jacaré
Corrente
Dado
Dente
Esquilo
Flor
Girafa
Hiena
Ingrediente
Jardim
Cenoura
Tijolo
Leão
Abelha
Neto
Macaco
73
Oculista
Papaia
Raposa
Rua
Lagarto
Teia
Urso
Vaca
Baliza
Sapo
Saia
74
Anexo 5- Tabela de registos referente aos testes
75
76
Teste TESTE 1 TESTE2
7 - - - - - - - -
77
78
Questão 7 – Número de palavras encontradas
TESTE 1 TESTE 2
Armadura
Mindinho
Boneca
Jacaré
Corrente
Dado
Dente
Esquilo
Flor
Girafa
Hiena
Ingrediente
Jardim
Cenoura
Tijolo
Leão
Abelha
Neto
Macaco
Oculista
Papaia
Raposa
Rua
Lagarto
Teia
Urso
Vaca
Baliza
Sapo
Saia
79
80
Anexo 6- Gráficos Referentes aos Testes (T1 e T2-
comparação)
81
82
QUESTÃO 1 (T1)
LETRAS RECONHECIDAS PELAS TURMAS
18
16
14
12
10
8 TURMA E
6 TURMA C
4
2
0
QUESTÃO 1 (T2)
LETRAS RECONHECIDAS PELAS TURMAS
18
16
14
12
10
8 TURMA E
6 TURMA C
4
2
0
83
QUESTÃO 2 (T1)
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
12
10
6 TURMA E
TURMA C
4
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
QUESTÃO 2 (T2)
FORMAÇÃO DE PALAVRAS
12
10
6 TURMA E
TURMA C
4
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
84
QUESTÃO 3 (T1)
FORMAÇÃO DE FRASES
10
9
8
7
6
5 TURMA E
4 TURMA C
3
2
1
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
QUESTÃO 3 (T2)
FORMAÇÃO DE FRASES
12
10
6 TURMA E
TURMA C
4
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
De 16,7% dos alunos que acertaram passaram a ser 75%, na turma C, passou
de 29,4% para 64,7%.
85
QUESTÃO 4 (T1)
NÚMERO DE PALAVRAS ENCONTRADAS
16
14
12
10
8
PALAVRAS
6
4
2
0
TURMA E TURMA C
QUESTÃO 4 (T2)
NÚMERO DE PALAVRAS ENCONTRADAS
20
18
16
14
12
10
PALAVRAS
8
6
4
2
0
TURMA E TURMA C
86
QUESTÃO 5 (T1)
DITADO DE PALAVRAS
16
14
12
10
8 TURMA E
6 TURMA C
4
2
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
QUESTÃO 5 (T2)
DITADO DE PALAVRAS
16
14
12
10
8 TURMA E
6 TURMA C
4
2
0
CERTO INCOMPLETO ERRADO
87
QUESTÃO 6 (T1)
DIVISÃO SILÁBICA
14
12
10
8
TURNA E
6 TURMA C
4
0
ARCO DITONGO PACOTE OCULISTA TORNEIRA
QUESTÃO 6 (T2)
DIVISÃO SILÁBICA
18
16
14
12
10
TURNA E
8
TURMA C
6
4
2
0
ARCO DITONGO PACOTE OCULISTA TORNEIRA
88
QUESTÃO 7 (T1)
PALAVRAS RECONHECIDAS
16
14
12
10
8
6
4 TURMA E
2 TURMA C
0
ABELHA
BONECA
MINDINHO
CORRENTE
DENTE
FLOR
JARDIM
CENOURA
OCULISTA
ESQUILO
HIENA
NETO
MACACO
TIJOLO
PAPAIA
ARMADURA
JACARÉ
GIRAFA
INGREDIENTE
LEÃO
DADO
QUESTÃO 7 (T2)
PALAVRAS RECONHECIDAS
18
16
14
12
10
8
6
TURMA E
4
2 TURMA C
0
ABELHA
BONECA
DENTE
MINDINHO
FLOR
JARDIM
ESQUILO
CORRENTE
CENOURA
NETO
HIENA
OCULISTA
MACACO
PAPAIA
ARMADURA
JACARÉ
GIRAFA
INGREDIENTE
TIJOLO
LEÃO
DADO
89
90
Anexo 7- Planificação Mensal
91
92
Inst Instituto Superior de Educação e Ciências/Universitas Prática de Ensino Supervisionada II
Planificação Mensal
Janeiro 2015
MODALIDADES
ÁREA MATERIAIS E
SUBDOMÍNIOS METAS/OBJETIVOS DESCRITORES DE DESEMPENHO ATIVIDADE
INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO
1.Contar até 100 - Saber de memória a sequência dos nomes dos Fichas de
Números números naturais até 20 e utilizar corretamente trabalho Avaliação
Naturais os numerais do sistema decimal para os Quadro formativa
representar. Resolução de Caneta/Apagador
Grelhas de
exercícios do Fichas
registo
manual Lápis
Sistema de 2. Descodificar o - Designar dez unidades por uma dezena e Borracha Fichas de
numeração sistema de numeração reconhecer que na representação de «10» o Utilização de Manual Trabalho
decimal decimal algarismo «1» se encontra numa nova posição materiais Livro de fichas
marcada pela colocação do «0». didáticos Materiais Trabalhos de
Matemática -Saber que os números naturais entre 11 e 19 são como ábaco, didáticos casa
compostos por uma dezena e uma, duas, três, tangram,
(NO1) Caderno diário
quatro, cinco, seis, sete, oito ou nove unidades. cuisenaire.
- Ler e representar qualquer número natural até
100, identificando o valor posicional dos
algarismos que o compõem.
Adição 3. Adicionar números - Adicionar fluentemente dois números de um
naturais algarismo.
- Efetuar adições envolvendo números naturais
93
até 20, por manipulação de objetos ou recorrendo
a desenhos e esquemas.
MODALIDADES
ÁREA MATERIAIS E
SUBDOMÍNIOS METAS/OBJETIVOS DESCRITORES DE DESEMPENHO ATIVIDADE
INSTRUMENTOS
DE AVALIAÇÃO
94
letra ou ao segmento fónico que corresponde palavras casa
habitualmente à letra.
Trabalho de
- Reconhecer o significado de novas palavras, pares
9. Apropriar-se de relativas a temas do quotidiano, áreas de
novos vocábulos interesse dos alunos e conhecimento do mundo. Caderno diário
95
1.Os seres vivos do Trabalhos de Manual registo
seu ambiente grupo Livro de fichas
Estudo do - Conhecer partes Material de Fichas de
Meio constitutivas das Trabalhos laboratório ou Trabalho
- experimentais adaptado
plantas mais
Computador Trabalhos de
comuns (raiz, caule,
folhas, flores e casa
frutos)
Trabalho de
4.Localizar espaços pares
em relação a um
ponto de referência Registos dos
Bloco 4 - Reconhecer - trabalhos
espaços em relação experimentais
a um ponto de
referência Caderno diário
96